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1. Introdução.................................................................................................................................2
1.2. Objectivos.............................................................................................................................3
2.1. A Escola...............................................................................................................................4
3. Conclusão..............................................................................................................................11
4. Referencias Bibliográficas...................................................................................................12
1. Introdução
O presente trabalho tem como objetivo propor uma discussão acerca da Escola, mais
especificamente sobre a função da escola, bem como refletir sobre as dificuldades que ela
enfrenta no âmbito educativo.
A escola se distingue por este seu caráter educativo, mediador, reflexivo, frente às influências
múltiplas que recebe cada pessoa na interação social espontânea, no convívio cotidiano e frente
às formas com que cada pessoa interpreta e atua na realidade social, lembrando, com os
antropólogos, que toda ação social é, simultaneamente, ato físico e significação.
A escola deixou de cumprir seu papel como local de acesso ao saber sistematizado e empreendeu
esforços para se adequar às exigências do mercado. É preciso resgatar urgentemente sua função,
rediscutindo o que é específico do processo ensino-aprendizagem e o que é específico domundo
dos negócios (ou do mercado) e empreender esforços para ofertar um ensino de boa qualidade.
A escola em parceria com a família deve repensar essa questão, pois à partir do momento em que
não se pode depositar a confiança em uma pessoa para realizar algo, sendo a recompensa a única
maneira de levá-lo a executar, surge então o cultivo da formação de um indivíduo sem moral. É
fundamental que o indivíduo saiba o que deve fazer, mas principalmente porque está fazendo.
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1.2. Objectivos
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2. Escola e sua funcionalidade
2.1. A Escola
Para Bourdieu (1999, p. 41) o sistema escolar “é um dos fatores mais eficazes de conservação
social, pois fornece a aparência de legitimidade às desigualdades sociais, e sanciona a herança
cultural e o dom social tratado como dom natural”. Conforme Bourdieu (1999, p. 41/42), é a
herança cultural a primeira responsável pela diferença inicial da criança na escola, uma vez que
cada família transmite a seus filhos certo capital cultural e certo ethos – sistema de valores – que
contribui para definir, entre outras coisas, as atitudes face ao capital cultural e à instituição
escolar. Assim, quanto mais elevada for a categoria socioprofissional e, conseqüentemente, o
nível cultural dos pais e dos avós, mais se elevam as probabilidades de êxito escolar da criança.
É importante que os professores tenham muito claro quais são as funções da escola.
Sacristán & Goméz (2000) sobre o objetivo básico da escola e as suas funções sociais, seguidas
de algumas questões.
A escola deve prover os indivíduos "não só, nem principalmente, de conhecimentos, idéias,
habilidades e capacidades formais, mas também, de disposições, atitudes, interesses e pautas de
comportamento". Assim, tem como objetivo básico a socialização dos alunos para:
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Em resumo, longe de a educação ter por objeto único e principal o indivíduo e seus interesses,
ela é antes de tudo o meio pelo qual a sociedade renova perpetuamente as condições de sua
própria existência. A sociedade só pode viver se dentre seus membros existe uma suficiente
homogeneidade. A educação perpetua e reforça essa homogeneidade, fixando desde cedo na
alma da criança as semelhanças essenciais que a vida coletiva supõe. (DURKHEIM, 1973, p.
52).
Geralmente os pais se comportam dessa forma achando este é o caminho mais fácil para que seus
filhos realizarem suas atividades rotineiras, os professores que dão continuidade muitas vezes em
nome da instituição e do sistema, acabam por incentivar o comportamento competitivo, ao
conferir recompensas àqueles que alcançam as metas estabelecidas.
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A escola em parceria com a família deve repensar essa questão, pois à partir do momento em que
não se pode depositar a confiança em uma pessoa para realizar algo, sendo a recompensa a única
maneira de levá-lo a executar, surge então o cultivo da formação de um indivíduo sem moral. É
fundamental que o indivíduo saiba o que deve fazer, mas principalmente porque está fazendo.
Desenvolver a consciência de que aprendendo a cuidar de si próprio, por entender ser o mais
sensato e certo, é o que levará o indivíduo a se tornar independente, bem como viver em um
mundo mais integrado e livre de disputas podendo ensinar e conseqüentemente aprender algo em
relação ao próximo.
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às formas com que cada pessoa interpreta e atua na realidade social, lembrando, com os
antropólogos, que toda ação social é, simultaneamente, ato físico e significação.
2.2. A Escola como Promotora do Homem
Para Saviani (1980, p. 51) a função das instituições educacionais seria de “ordenar e sistematizar
as relações homem-meio para criar as condições ótimas de desenvolvimento das novas gerações
[...]. Portanto, o sentido da educação, a sua finalidade, é o próprio homem, quer dizer, a sua
promoção”. Conforme Saviani (1980, p. 52) promover o homem significa “torná-lo cada vez
mais capaz de conhecer os elementos de sua situação a fim de poder intervir nela transformando-
a no sentido da ampliação da liberdade, comunicação e colaboração entre os homens”. Isso
implica, afirma o autor, definir para a educação sistematizada objetivos claros e precisos, quais
sejam: educar para a sobrevivência, para a liberdade, para a comunicação e para a transformação.
Nesse sentido, Saviani (1980, p. 172) defende a luta pela difusão de oportunidades e pela
extensão da escolaridade do ponto de vista qualitativo. Para tanto, as escolas deveriam assumir a
função que lhes cabe de dotar a população dos instrumentos básicos de participação na
sociedade.
Saviani (1983, p. 35-36) alerta que, sendo a escola um instrumento de reprodução das relações na
sociedade capitalista, necessariamente reproduz a dominação e a exploração, porém, é preciso
superar essa função colocando nas mãos dos educadores uma arma de luta capaz de permitir-lhes
o exercício de um poder real, ainda que limitado.
2.3. Dificuldades que as escolas enfrentam no âmbito educativo
Infelizmente, a resistência a esses aparelhos ainda é muito grande nesse tipo de instituição de
ensino. No entanto, precisamos destacar que os tablets e os smartphones não são os inimigos do
aprendizado. Muito pelo contrário, eles podem ser convertidos em grandes aliados do professor
em uma prática pedagógica.
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Os educadores e até mesmo determinadas gestões escolares muitas vezes resistem à tecnologia
na prática educativa, por terem receio ao novo. Existem professores que nem se quer sabem
manipular muitas dessas tecnologias que podem ser utilizadas em sala de aula. Logo, lhes parece
mais cômodo seguir com uma prática mais tradicional, a qual já esteja acostumado.
Inclusive, muitas crianças hoje em dia são extremamente apegadas à tecnologia, mas no caso da
internet, por exemplo, ainda não sabem como explorá-la do jeito certo, e tampouco sabem
selecionar as melhores informações que contribuam ao desenvolvimento de seus conhecimentos.
Já com uma mediação adequada de um professor, essa criança poderia explorar o universo
tecnológico com maturidade e saberia fazer uma seleção coerente de informações que
enriqueçam o seu leque de saberes.
No futuro, os saberes mais gerais e integrados serão mais importantes que uma excessiva
especialização em certas áreas, como acontece nos dias de hoje.
Portanto, as diferentes áreas precisam dialogar, inclusive para que o aluno possa perceber que o
conhecimento adquirido em sala de aula é aplicável em sua vida em sociedade e tem relação com
diferentes áreas do conhecimento.
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2.3.3. Não permitir que o aluno vivencie para aprender
Uma das coisas que os educadores mais questionam no ensino tradicional é a relação entre teoria
e prática. Quem nunca questionou certos ensinamentos da escola, pensando que eles são apenas
conceitos teóricos, sem aplicação na vida real.
O mercado de trabalho já valoriza bastante uma integração entre os conceitos que o aluno
aprende e a sua capacidade de aplicar esses conceitos no trabalho cotidiano.
Dito em outras palavras, podemos dizer que o ensino tradicional forma crianças despreparadas
porque ele representa uma forma estática de pensar o mundo e de vivenciá-lo.
Em função disso, uma prática educativa, que seja inovadora, deve fazer com que os educadores
incentivem seus alunos para que possam envolver-se em uma aprendizagem na qual
compreendam os conteúdos de forma contextualizada, e que envolva a vivência na prática, pois
precisamos estar cientes de que o aluno, pertencente à sociedade moderna, é mais questionador e
exigirá aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos.
Mas, também cabe pensar quais seriam as alternativas mais cabíveis para romper o
tradicionalismo escolar que se mostra cada vez mais ineficiente diante do novo perfil de aluno
que se constitui na sociedade tecnológica.
Saiba que mesmo que haja uma grande resistência ao novo na educação tradicional, uma nova
perspectiva educativa se faz necessária. É possível construir um novo modelo pedagógico que
seja condicionado e consistente ao nosso contexto social, com foco em escola/instituição, método
pedagógico atualizado e conteúdo educacional eficiente.
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Os métodos de aprendizagem precisam ser mais dinâmicos e que facilitem o aprendizado e
desenvolvimento intelectual e moral do aluno, bem como a aquisição de competências e hábitos
que lhes permitam participar ativamente da criação cultural e, portanto, da construção de valores.
Podemos dizer, portanto que não se trata de ensinar conhecimentos técnicos, mas sim, poder
possibilitar ao aluno a compreensão histórica e social dos fundamentos científicos e tecnológicos
da sociedade na qual vive.
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3. Conclusão
O sistema escolar “é um dos fatores mais eficazes de conservação social, pois fornece a
aparência de legitimidade às desigualdades sociais, e sanciona a herança cultural e o dom social
tratado como dom natural.
A função educativa da escola consiste em provocar a reconstrução do conhecimento experiencial
dos alunos, resultante dos processos mais gerais de socialização, vividos por eles na sociedade
mais ampla, nos outros grupos sociais que não a escola.
Tem-se por certo que duas são as funções postas à escola pelas sociedades contemporâneas
caracterizadas pela rigidez e riqueza da produção e comunicação das informações: a função
social (de socialização) que é cumprida com a transmissão/ aquisição da cultura, como qualquer
outra instituição, e a função educativa que define a escola, caracterizando-a, especificando-a.
A função educativa da escola é, assim, hoje, considerada indispensável, isto é, é aquela que
precisa ser bem cumprida de modo a não comprometer a convivência democrática e o
desenvolvimento pessoal que se almeja.
A escola se distingue por este seu caráter educativo, mediador, reflexivo, frente às influências
múltiplas que recebe cada pessoa na interação social espontânea, no convívio cotidiano e frente
às formas com que cada pessoa interpreta e atua na realidade social, lembrando, com os
antropólogos, que toda ação social é, simultaneamente, ato físico e significação.
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4. Referencias Bibliográficas
HAYDT, Regina Célia Cazaux, Curso de Didáctico Geral, 7ª Edição, São Paulo.
PERES. Cláudio A. CASTANHA André P. Educação: Do liberalismo ao
neoliberalismo. EDUCERE ET EDUCARE. UNIOESTE, Vol. I, jan./jul. 2006, p. 233-
238.
SAVIANI, D. Sentido da Pedagogia e papel do Pedagogo. In revista ANDE, São Paulo,
n. 9, p. 27-28, 1985.
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