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Instituto Superior de Ciências da Saúde Dr.

Victor Sá Machado

Curso Licenciatura em Psicologia Clínica

Tema:

Criação de Contextos Educativos e Saudáveis

Docente:
Dr. Yonelma Daio
Discentes:
8- Edmerk Martins
10- Eduardo Lima
13- Hiomira P. dos Santos

São Tomé- 2022

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Sumário
Objetivo Geral....................................................................................................................................3
Objetivo Específico............................................................................................................................3
Justificativa........................................................................................................................................4
Introdução..........................................................................................................................................5
Fundamentação Teórica.....................................................................................................................6
1. Processo Educativo....................................................................................................................6
1.1 Contexto Educativo......................................................................................................................6
2. Promoção da Saúde....................................................................................................................8
2.2 Promoção da Saúde no Contexto Escolar.....................................................................................8
3. Criação de Contextos Educativos e Saudáveis...........................................................................9
3.1 Envolvimento da Família no Processo Educativo...............................................................9
3.2 A Participação dos Alunos na Tomada de Decisão...........................................................10
3.3 Construção de Ambientes Saudáveis na Escola................................................................11
3.4 Práticas adequadas para Criação de Ambientes de Qualidade..........................................12
3.5 Mediação e Gestão de Conflito.........................................................................................13
Considerações Finais........................................................................................................................15
Referências Bibliográficas...............................................................................................................16

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Objetivo Geral

 Analisar a importância de um contexto educativo e saudável para o desempenho dos


alunos.

Objetivo Específico

 Mostrar a capacidade que os alunos têm de tomar decisões que possam melhorar o
contexto escolar;
 Enumerar as práticas necessárias para garantir um ambiente saudável de qualidade;

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Justificativa

A escolha deste tema levou em conta a sua importância para a nossa sociedade, visto que
muitas escolas públicas do nosso país não têm as condições necessárias para um ambiente
educativo e saudável.
A ausência dessas condições propícias põe em causa o bom desenvolvimento dos
educandos, uma boa aprendizagem, a interação entre docentes e discentes bem como a
criação de ambientes que motivam a criatividade de novas habilidades e o bem-estar dos
alunos.
Essas condições precárias das escolas saltam os olhos de qualquer visitante que circule por
elas, entretanto é de grande relevância tomar em conta as ideias e reclamações dos alunos
perante as situações escolares com vista a melhorar o espaço escolar.
Proposta para resolução do problema:
Para que haja um ambiente educativo saudável há necessidade das escolas levarem em
conta as solicitações dos educandos bem como criar atividades dinâmicas nas escolas, com
objetivo criar relações de interação entre os alunos e entre os docentes.
Contudo, é necessário que as escolas encorajam a convergência de ideias e a construção
conjunta de soluções que fortaleçam a paz, amizade e solidariedade entre os membros da
escola.

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Introdução

O presente trabalho tem como tema a criação de contextos educativos e saudáveis, visto
que é um assunto de muita relevância não exclusivamente para o professor, mas sim para a
própria escola, no desenvolvimento e bem-estar dos alunos.

O objetivo desse estudo é analisar e compreender o quão importante é um contexto


educativo e saudável para o desempenho dos alunos, garantindo uma aprendizagem de
qualidade.

No primeiro capítulo, abordaremos sobre o processo educativo sendo que o mesmo não se
realiza no vazio se não em um contexto determinado que influência o processo de ensino-
aprendizagem dos alunos e no seu desenvolvimento integral.

O segundo capítulo, demonstraremos a importância da promoção da saúde no contexto


escolar, de modo que os alunos possam valorizar a sua saúde e dos outros, aprender a
respeitar o ambiente, a evitar comportamentos que ponham em risco a saúde e prevenir a
doença.

E, no terceiro capítulo apresentaremos elementos necessários para criação de contextos


educativos e saudáveis, fortemente relacionado com a melhoria da aprendizagem dos
alunos, bem como do ambiente escolar.

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Fundamentação Teórica

1. Processo Educativo

Educação é o processo constante de criação do conhecimento e de busca da transformação-


reinvenção da realidade pela ação-reflexão humana (Freire).

Segundo o dicionário educação é a “ação e efeito de educar, de desenvolver as faculdades


físicas, intelectuais e morais da criança e, em geral do ser humano; disciplinamento,
instrução, ensino” (Dicionário contemporâneo da língua portuguesa, caldas Aulete).

Educar não é uma função exclusiva do professor visto que a escola é um microssistema que
se encontra dentro de um contexto, no qual influenciam o processo educativo devido aos
valores, crenças, tradições e fatores socioeconómicos, políticos e culturais que o
caracterizam.

O processo educativo não se realiza no vazio senão em um contexto determinado. O


determinador comum dos que participam na busca da excelência educativa gira em volta da
preocupação pela qualidade do ambiente onde se desenrola estas tarefas e a verdadeira
convicção compartida de que uma educação de qualidade exige alguns contextos
educativos de qualidade, o que supõe possibilidades e estímulos propícios que favoreçam o
desenvolvimento pessoal, a participação, a criatividade, a autonomia, a colaboração e o
reconhecimento das diferenças nos ambientes familiares, escolar e urbano (López).

Tudo o que envolve o centro escolar forma parte de seu contexto e influencia o processo de
ensino/aprendizagem dos alunos e, desta forma, em seu desenvolvimento integral. É por
esta razão que adquire grande relevância conhecer, analisar e ter em conta as características
do contexto socioeducativo e, assim poder transmitir um ensino individualizado, atendendo
as necessidades, interesses e expetativas dos alunos e desenvolver uma educação justa de
qualidade.

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1.1 Contexto Educativo

Segundo Coll & Ontubia (1992) define “o contexto educativo como cenários em que
emergem múltiplas formas de relacionar-se, discussão e intercâmbio de ideias, conceitos e
imaginários interpessoal” (p. 241). Neste sentido, se considera o contexto educativo como
aquele meio no qual os indivíduos podem interagir entre si estando na possibilidade do
intercâmbio de ideias e pensamento, e ao mesmo tempo evidência as condutas de cada um
dos membros que conformam determinado contexto.

O contexto educativo tem uma série de elementos e fatores que favorecem ou obstaculizam
o processo de ensino/aprendizagem na aula. Para os professores frente a grupos é de vital
importância conhecer o tipo de contexto no qual seus alunos se desenvolvem, os níveis de
aprendizagem e conhecimento adquiridos até esse momento e as situações sociais e
culturais nas quais estão inseridos, Rodrigo (1998).

Segundo Coll & Ontubia (1992), o contexto educativo está conformado por muitos fatores,
sendo eles:

 Localidade: país; comunidade, cidade o povo e tamanho da localidade; se está no


centro ou no subúrbio.
 Situação geográfica: costa ou zona continental, clima, comunicação e transportes.
 Situação histórica: património, costumes, festas da localidade.
 População: se o número de habitantes é reduzido ou não; se esse número de
habitantes vai em aumento, em retrocesso ou se mantêm habitualmente; se há muita
ou pouca imigração e a situação em que se encontram essa imigração (se sabem o
idioma, se vivem em seus próprios bairros, se estão em idades escolares ou são
adultos).
 Tipo de cultura: a mentalidade maioritária, grupos minoritários: religião, ideias
políticas, padrões morais.
 Relação quantitativa: quantidade de alunos e se são alunos passageiros ou estáveis
durante todo o ano.

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 Diversidade entre os alunos: se há alunos de diferentes idades, sexo, nacionalidades,
classe social na aula.
 Tipo de centro: Se é um colégio público, privado, religioso ou um internato (p.
241).

O contexto é um elemento indispensável quando falamos de educação, já que contribuem


no desenvolvimento dos meninos (as), sendo a escola, a família, os companheiros, o bairro,
os materiais, etc. (Federação de Ensino de CC. OO de Andalucía,2009).

2. Promoção da Saúde

O conceito de promoção da saúde foi usado pela primeira vez por Marc Lalonde em 1974,
que destacou a influência de fatores ambientais, comportamentos individuais e modos de
vida na ocorrência de doenças e na morte. A estratégia de trabalho por ele apresentada
preconiza que a promoção da saúde deve combinar as melhorias ambientais com as
mudanças de comportamentos, o que reduz a morbilidade e mortalidade prematuras
(Oliveira, 2005).

O conceito de promoção da saúde integra também o conceito de saúde, que a OMS define
como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de
doença, e como um recurso para a vida. Neste âmbito a promoção da saúde deve ser vista
de forma mais ampla, não apenas na prevenção da doença (World Health Organization
(WHO), 1998).

2.2 Promoção da Saúde no Contexto Escolar


A escola, é um espaço socialmente reconhecido, que contribui na construção de valores
pessoais, crenças, conceitos e maneiras de conhecer o mundo e interfere diretamente na
produção social da saúde, na medida em que atua na inclusão social. É um local excelente
de promoção da saúde, tendo em conta a idade precoce das crianças que a frequentam e
dado que as aprendizagens se fazem em espiral consoante o nível etário das crianças. Se as
crianças aprenderem precocemente na fase inicial da escolaridade, ou seja, na educação

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pré-escolar, a valorizar a sua saúde e a dos outros, aprenderem a respeitar o ambiente, a
fazerem escolhas e a desenvolverem o sentido crítico, serão no futuro, cidadãos
responsáveis e dotados das competências e conhecimentos necessários a evitar
comportamentos, que ponham em risco a sua saúde e daqueles que os rodeiam e a preservar
o meio ambiente (Pereira, 2000).

3. Criação de Contextos Educativos e Saudáveis

As evidências científicas demonstram que as escolas mais saudáveis e eficazes na


promoção do sucesso educativo possuem níveis elevados de envolvimento dos seus alunos
e professores, dos não-docentes, dos técnicos especializados e dos serviços, da família e da
comunidade. Este envolvimento está fortemente relacionado com a melhoria da
aprendizagem dos alunos, o comportamento e disciplina escolar, assim como com a
diminuição do absentismo.

3.1 Envolvimento da Família no Processo Educativo

A literatura científica é igualmente clara quanto à importância e o impacto do envolvimento


da família e da comunidade na saúde psicológica e no sucesso educativo dos alunos
(independentemente da idade dos alunos e do seu estatuto socioeconómico):

 Os alunos cujas famílias se envolvem na sua aprendizagem têm melhores notas e


maior probabilidade de prosseguir estudos para além da escolaridade obrigatória.

 O sucesso educativo é maior quando os pais podem desempenhar vários papéis na


aprendizagem dos filhos, por exemplo, ajudar nos trabalhos de casa, participar em
atividades e eventos escolares, guiar os filhos nos procedimentos escolares e participar
nos processos de tomada de decisão da escola.

 Quando as famílias apoiam ativamente a aprendizagem, os alunos têm atitudes mais


positivas face à escola, menos absentismo e menos problemas disciplinares.

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No entanto, desenvolver e implementar estratégias de colaboração entre a família, a
comunidade e a escola nem sempre é fácil. Requer doses elevadas de compromisso e
tempo, quer por parte das escolas, quer por parte das famílias e da comunidade. Para além
disso, e em primeiro lugar, é necessário mudar algumas atitudes na escola e nas famílias,
que lhes permitam criar relações em que se vejam, ambas as partes, enquanto aliadas no
processo educativo, numa visão em que famílias e escola trabalham juntas, em parceria, na
educação das crianças e jovens.

3.2 A Participação dos Alunos na Tomada de Decisão

As ações para promover saúde se caracterizam por adotar uma estratégia mediadora entre
pessoas e ambiente. São práticas que enfocam os determinantes sociais, articulam os
saberes técnicos, populares e a participação de sujeitos. Tendo em vista melhorar a
qualidade de vida e saúde, as iniciativas típicas de promoção da saúde incluem a
formulação de políticas públicas saudáveis; o fortalecimento da participação social; a
construção de ambientes saudáveis; o desenvolvimento de habilidades e a reorientação de
serviços (Brasil, 2002).

A política nacional de promoção da saúde (BRASIL, 2015) adota como princípio a


participação social e a autonomia. Já a participação das crianças se refere ao processo no
qual as crianças e os jovens se engajam com outras pessoas em torno de questões que
afetam individual e coletivamente as suas condições de vida (HART, 2007).

Ao tratar da educação, o estatuto da criança e do adolescente (ECA) institui a “participação


ativa dos jovens no processo educativo em lugar de serem meros objetos passivos”
(BRASIL, 2002) e assegura que, no plano local, “deverão ser criadas e reforçadas
organizações juvenis que participem da gestão dos assuntos comunitários” (p. 171).
Entretanto, poucas pesquisas abordam a participação de crianças no debate político ou em
processos decisórios (Pérez, Póvoa, de Castro, e de Paula Monteiro, 2008). Sua ausência na
tomada de decisão torna-se ainda mais inexplicável face às inúmeras questões relacionadas
a elas, como educação, saúde, lazer e segurança (ALBUQUERQUE et al., 2014).

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Com frequência as crianças são vistas como seres destituídos de raciocínio ou desprovidos
de sabedoria pela sua pouca experiência e por não poderem agir por si mesmas. A doutrina
de proteção integral, consubstanciada no estatuto da criança e do adolescente (BRASIL,
2002) salienta mais “a sua fragilidade e dependência do que a intenção de criar condições
para sua superação” (SIERRA e MESQUITA, 2006) e, por conseguinte, ao fornecer
proteção e atender às suas necessidades, seu direito à participação é, frequentemente,
desconsiderado. O reconhecimento de que as crianças têm coisas importantes a dizer é um
dos fatores que contribuem para melhorar o seu bem-estar (MANNION, 2007; TE ONE et
al., 2014). Caso sejam ouvidas, isso as beneficiará e criará as condições de empoderamento,
visto que a abordagem baseada no direito delas admite sua competência e capacidade. Tal
perspectiva incentiva o exercício da cidadania potencial e salienta o lugar que desse
segmento ocupa na sociedade, situado entre sua condição atual e futura como cidadãs.

Pautada numa perspectiva emancipatória, a inclusão de estudantes na construção de


ambiente favorável à saúde contempla os componentes de iniciativas comunitárias exitosas:
o reconhecimento das crianças como construtoras competentes na identificação de
propostas e soluções para problemas existentes; a interação com adultos para favorecer o
desenvolvimento de lideranças jovens e a geração de oportunidades para incluir jovens na
tomada de decisão (FINN e CHECKOWAY, 1998; ALBUQUERQUE et al., 2014;
WATERS e WHITE, 2015).

A inclusão das crianças nesse processo de interlocução e a escuta do seu entendimento


sobre o espaço escolar encontra ressonância na questão epistêmica reconhecida por
Delgado e Muller (2006): “como inscrever na pesquisa o ponto de vista e poder do outro? O
outro não tem voz porque é negro, apátrida, pobre, analfabeto, estrangeiro, migrante, índio,
criança (...)”. Na sequência, os mesmos autores refletem sobre o método a ser adotado para
atingir esse tipo de entendimento: “(...) a questão metodológica permite que a técnica de
investigação seja um espaço democrático, participativo, dialógico, de construção de
conhecimento, mesmo admitindo que o investigador adulto é quem tem o ultimo poder, o
poder textual. Mas, esse pode (deve) ser não um poder que oprime ou oculta, mas um poder
que clarifica e liberta” (DELGADO e MULLER, 2006).

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3.3 Construção de Ambientes Saudáveis na Escola

As condições precárias das escolas (ABRAMOVAY, 2010) saltam aos olhos de qualquer
visitante que por elas circule, mas se depara com a insensibilidade do poder público para
destinar recursos que propiciem um ambiente digno para a educação da juventude no país.
As solicitações dos educandos para “melhorar na higiene e no ensino” e para ‘ter uma
educação melhor” (ODG 6) evidenciam uma percepção ampliada para aspectos da
educação, que no fim das contas, é o objetivo precípuo da existência da escola.

“Apoiar o desenvolvimento de espaços de produção social e ambientes saudáveis,


favoráveis ao desenvolvimento humano e ao bem-viver” é um dos objetivos específicos da
política nacional de promoção da saúde (2015).

Tal constatação exprime a multiplicidade de meios pelos quais o ambiente vem


influenciando o cotidiano da escola. Levar em conta as solicitações dos educandos
demanda mudança na sua organização política, na sua dinâmica de interação entre os
diferentes segmentos ali existentes, bem como nas relações entre educadores e estudantes.

As soluções para os problemas não pertencem apenas a uma pessoa ou a um grupo, mas a
toda comunidade presente no universo escolar. Por essa razão os diferentes segmentos que
ali convivem deveriam se respeitar e negociar com base na paridade em busca de soluções
comuns. Assim fazendo a educação contribui para reafirmar a identidade, encorajar a
convergência de ideias e a construção conjunta de soluções que fortalecem a paz, a amizade
e a solidariedade entre corpo docente e discente.

Ao apontar fatos e expressar seu ponto de vista com clareza de detalhes, os educandos têm
uma postura crítica, propositiva na identificação dos problemas e naquilo que gostariam de
modificar.

Entretanto, as instituições sociais como escolas, têm um longo caminho a percorrer para se
transformarem em ambientes de convívio que privilegiem a interação pessoal, criativa e
autônoma. Para se articularem a demandas sociais de maneira eficaz e para direcionarem
sua atuação numa perspectiva de formação de consciência crítica e de ampliação da
liberdade.

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3.4 Práticas adequadas para Criação de Ambientes de Qualidade

A qualidade de um programa não pode ser julgada sem considerar o meio social onde este
está inserido, na medida em que os mesmos critérios de qualidade não podem ser aplicados
a todos os contextos. Desta forma, a qualidade do contexto não pode ser vista de uma forma
limitada, mas sim relativa, em que os recursos humanos e materiais do contexto e os estilos
de vida e valores. O processo de qualidade é contínuo e vai-se inovando consoante as novas
circunstâncias e as prioridades de mudança.

Segundo Woodhead (1996), a qualidade pode ser alcançada de forma mais eficaz através da
negociação e colaboração com as crianças e os pais que participam neste processo de
qualidade, bem como com os profissionais e gestores que põe em prática o programa. A
associação nacional da educação de jovens e crianças (ANEJC), apresenta o conceito de
alta qualidade que consiste “num meio ambiente rico que promove o desenvolvimento
físico, social, emocional e cognitivo das crianças, respondendo igualmente às necessidades
das famílias” (Bredekamp, 1992, cit. in Ministério da Educação, 1998, p. 48). Um ambiente
de alta qualidade requer práticas desenvolvimentalmente adequadas, ou seja, práticas que se
adaptam à idade e ao indivíduo.

De acordo com Zabalza (1996), existem dez aspetos chave da qualidade que qualquer
proposta ou modelo de educação infantil deve ter:

o Organização dos espaços;


o Equilíbrio entre a iniciativa da criança e o trabalho dirigido pelo adulto no
momento de planificar e desenvolver as atividades;
o Atenção privilegiada para os aspetos emocionais;
o O uso de uma linguagem rica;
o A diferenciação de atividades para abordar todas as dimensões do
desenvolvimento e todas as habilidades;
o As rotinas estáveis;
o Os materiais diversificados e polivalentes;
o Atenção individualizada para cada criança;

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o Os sistemas de avaliação, anotações, entre outros processos, que permitem o
acompanhamento global do grupo e de cada uma das crianças
individualmente;
o O trabalho com os pais e com o meio envolvente.

3.5 Mediação e Gestão de Conflito

Com a introdução da mediação, estamos perante uma nova cultura no processo de gestão de
conflitos dentro da escola. Um conflito bem trabalhado e resolvido pode significar
criatividade, inovação e mudança através de soluções que, aplicadas na prática, traduzam
modificações positivas na vida escolar. É um novo espaço para a gestão de um conflito, que
se apoia numa redefinição das relações entre os membros da comunidade educativa.
Neste contexto, justifica-se plenamente a implementação de políticas públicas de apoio a
programas de Mediação Escolar, pois estes pretendem a auto composição dos conflitos, a
auto regulação das relações interpessoais, a responsabilização pelos próprios atos, a
capacidade e a autoridade para gerir os próprios conflitos, a democratização da escola, o
reconhecimento do saber resolver e administrar os conflitos por parte das crianças e dos
jovens, o serem independentes e, por sua própria iniciativa, lutarem pelo bem-estar dentro
da comunidade educativa, ao terem confiança no modo de resolução dos conflitos.

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Considerações Finais

Podemos constatar que num contexto educativo e saudável há a necessidade de um


aprendizado contínuo, que desperte nos educandos a capacidade de análise e o
desenvolvimento de competências e habilidades educacionais e pessoais no uso da
informação ao longo da vida.

Sendo assim, a criação de contexto educativos e saudáveis nos permite esclarecer da forma
mais precisa a importância de um meio educativo saudável poderá influenciar o bom
desenvolvimento e o bem-estar dos alunos no contexto escolar.

Todavia, a ausência dessas condições propícias põem em causa o crescimento dos mesmos,
uma boa aprendizagem, a interação entre os docentes e discentes bem como a criação de
ambientes que motivam a criatividade de novas habilidades dos educandos.

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Referências Bibliográficas

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