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ESTAÇÃO
carandiru-completara-30-anos-com-projeto-de-
anistia-antes-de-condenacao-policial.ghtml.
Acesso em: 22 nov. 2022.
CARANDIRU
Alexandre Fayrdin Bellintani Filho, Enzo Sobral
Comisso, Fernando Teixeira Ribeiro, Julia
Milanezi Teixeira e Tom de Souza Freire
HISTÓRIA DO
SISTEMA
PRISIONAL
Na Antiguidade, o encarceramento não era uma forma de pena, mas um meio de
custódia e tortura dos acusados.
O Código Penal de 1890 põe fim às penas de prisão perpétua, de morte e coletivas.
A restrição de liberdade individual fica limitada a 30 anos.
No século XX, com o objetivo de aumentar o controle, se distribui a população
carcerária segundo categorias criminais.
“Vigiar e Punir” foi publicado por Michel Foucault em 1975. Esta é uma das obras
mais famosas do filósofo francês e trata profundamente da questão da disciplina e do
poder no mundo moderno. Também se debruça com cuidado sobre a importante
mudança de estratégia que abandonou a punição em troca da vigilância constante e
reguladora. A pergunta que atravessa todo o Vigiar e Punir é: por que a prisão? Por
que a sociedade capitalista fez as instituições penais desempenharem o papel de
encarcerar? Quais são suas causas e seus efeitos?
JORNALISMO
New Journalism
Tabus e sensacionalismo
Revista Realidade (1966)
Contestação social (AI-5)
Pessoas comuns
https://pitangadigital.wordpress.co
m/tag/sensacionalismo-midiatico/
Considerações finais
Novas perspectivas de
jornalismo
Nuances
Era da Informação
Contestação ao próprio
jornalismo
https://www.thepattersonfound
ation.org/new-media.html
CARANDIRU
Construído em 1954, durante o período de governo de Jânio Quadros, a Casa de Detenção
Professor Flamínio Fávero, o então denominado Carandiru, possuía uma área equivalente à 60
mil metros quadrados e era considerada a maior penitenciária da América Latina
“O Carandiru, que deveria abrigar 3,2 mil presos, na data do episódio, acolhia quase 7,2 mil
presos, sendo 2000 só no Pavilhão 9, distribuídos em 248 celas, ou seja, oito presos em média
por cela. Sendo assim, a penitenciária descumpria a Lei no 7.210, do Conselho Nacional de
Política Criminal e Penitenciária, de 11 de junho de 1984, no artigo número 83, que dizia que as
instituições penitenciárias deveriam ter lotação compatível com a sua estrutura e finalidade. O
documento diz ainda no artigo 88, que o condenado seria alojado em cela individual que conteria
dormitório, aparelho sanitário e lavatório.” (ONODERA, 2005, p.12)
O Casarão
A Divinéia
Os Pavilhões: Seis, Dois,
Cinco, Oito, Quatro, Sete e
Nove
Algumas caracterizações e
diretrizes internas
Corredor da Casa de Detenção permeado por sangue proveniente
do Massacre. Fonte: <https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-
noticias/2022/11/17/barroso-transito-em-julgado-sentenca-pms-
massacre-carandiru.htm>. Imagem: Folhapress. Acesso em: 5 de
dezembro de 2022
VARELLA, Drauzio.
Estação Carandiru.
Companhia das
Letras. São Paulo.
2005. p 5.
A Casa de
Detenção
Desculpa galera, eu
esqueci a maquete
Julia
08/15
CARANDIRU E
DRÁUZIO
Dráuzio Varella
Aids e o
do Departamento de Esportes, Waldemar Gonçalves (
amigo pessoal de Dráuzio e vítima da covid) fazia
assim: após terminar as perguntas, o Dráuzio iria
embora e era passado um filme pornô, sendo assim a
a Aids no Carandiru?
EM CARANDIRU. YouTube,
2022. 1 vídeo (11 min e 1
seg). Publicado pelo Canal
Cortes Podpah Oficial.
Disponível em:
https://www.youtube.com
/watch?v=6zhK6E2xrp4.
Acesso em: 25 nov. 2022.
O Vira Lata
"Isto porque o "samurai das ruas" fez sucesso entre
<
Clima e " Pagar a dívida assumida, nunca relatar
companheiro, respeitar a visita alheia, não cobiçar a
o
Existe humor
o-varella-sus-ja-tem-tudo-
que-precisa-o-que-falta-e-
politica-publica.ghtml>,
acesso em 27 de nov de
2022
O MASSACRE
Começa a briga entre Barba e o Coelho
Nessa altura, a malandragem já havia se Capa da Folha de São Paulo no dia 4 de out de 2022. Disponível em:
<https://imprenca.com/2013/04/massacre-do-carandiru-segue-e-
seguira-impune/>, acesso em 27 de nov de 2022
rendido
CARANDIRU E
A ARTE
RACIONAIS MC'S - DIÁRIO DE UM DETENTO (1997)
https://www.bing.com/images/search? https://www.bing.com/images/search?
view=detailV2&ccid=wQMT0QUF&id=F35E379FAF297077C9E1A7F09A72E89F view=detailV2&ccid=s7YbbaMD&id=01DD3F1A83547FA27C0B2A4A214430DAD4A7E7
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São Paulo, dia 1º de Outubro de 1992, oito Tirei um dia a menos ou um dia a mais, sei lá
horas da manhã Tanto faz, os dias são iguais
Aqui estou, mais um dia Acendo um cigarro, e vejo o dia passar
Sob o olhar sanguinário do vigia Mato o tempo pra ele não me matar
Você não sabe como é caminhar com a Homem é homem, mulher é mulher
cabeça na mira de uma HK Estuprador é diferente, né?
Metralhadora alemã ou de Israel Toma soco toda hora, ajoelha e beija os pés
Estraçalha ladrão que nem papel E sangra até morrer na rua 10
Na muralha, em pé, mais um cidadão José Cada detento uma mãe, uma crença
Servindo o Estado, um PM bom Cada crime uma sentença
Passa fome, metido a Charles Bronson Cada sentença um motivo, uma história de lágrima
Ele sabe o que eu desejo Sangue, vidas inglórias, abandono, miséria, ódio
Sabe o que eu penso Sofrimento, desprezo, desilusão, ação do tempo
O dia tá chuvoso, o clima tá tenso Misture bem essa química
Vários tentaram fugir, eu também quero Pronto, eis um novo detento
Mas de um a cem, a minha chance é zero Lamentos no corredor, na cela, no pátio
Será que Deus ouviu minha oração? Ao redor do campo, em todos os cantos
Será que o juiz aceitou a apelação? Mas eu conheço o sistema, meu irmão, hã
Mando um recado lá pro meu irmão Aqui não tem santo
Se tiver usando droga, tá ruim na minha mão Rátátátá preciso evitar
Ele ainda tá com aquela mina Que um safado faça minha mãe chorar
Pode crer, moleque é gente fina Minha palavra de honra me protege
Pra viver no país das calças bege Qual que foi? Quem sabe? Não conta
Tic, tac, ainda é 9 e 40 Ia tirar mais uns seis de ponta a ponta
O relógio da cadeia anda em câmera lenta Nada deixa um homem mais doente
Ratatatá, mais um metrô vai passar Que o abandono dos parentes
Com gente de bem, apressada, católica Aí moleque, me diz, então, cê quer o quê?
Lendo jornal, satisfeita, hipócrita A vaga tá lá esperando você
Com raiva por dentro, a caminho do centro Pega todos seus artigos importado
Olhando pra cá, curiosos, é lógico Seu currículo no crime e limpa o rabo
Não, não é não, não é o zoológico A vida bandida é sem futuro
Minha vida não tem tanto valor Sua cara fica branca desse lado do muro
Quanto seu celular, seu computador Já ouviu falar de Lúcifer?
Hoje tá difícil, não saiu o Sol Que veio do Inferno com moral
Hoje não tem visita, não tem futebol Um dia no Carandiru, não, ele é só mais um
Alguns companheiros têm a mente mais fraca Comendo rango azedo com pneumonia
Não suportam o tédio, arruma quiaca Aqui tem mano de Osasco, do Jardim D'Abril,
Graças a Deus e à Virgem Maria Parelheiros
Faltam só um ano, três meses e uns dias Mogi, Jardim Brasil, Bela Vista, Jardim Ângela
Tem uma cela lá em cima fechada Heliópolis, Itapevi, Paraisópolis
Desde Terça-feira ninguém abre pra nada Ladrão sangue bom tem moral na quebrada
Só o cheiro de morte e Pinho Sol Mas pro Estado é só um número, mais nada
Um preso se enforcou com o lençol Nove pavilhões, sete mil homens
Que custam trezentos reais por mês, cada De madrugada eu senti um calafrio
Na última visita, o neguinho veio aí Não era do vento, não era do frio
Trouxe umas frutas, Marlboro, Free Acertos de conta tem quase todo dia
Ligou que um pilantra lá da área voltou Tem outra logo mais, hãn, eu sabia
Com Kadett vermelho, placa de Salvador Lealdade é o que todo preso tenta
Pagando de gatão, ele xinga, ele abusa Conseguir a paz, de forma violenta
Com uma nove milímetros embaixo da blusa Se um salafrário sacanear alguém
Aí neguinho, vem cá, e os manos onde é que tá? Leva ponto na cara igual Frankestein
Lembra desse cururu que tentou me matar? Fumaça na janela, tem fogo na cela
Aquele puta ganso, pilantra corno manso Fudeu, foi além, se pã, tem refém
Ficava muito doido e deixava a mina só Na maioria, se deixou envolver
A mina era virgem e ainda era menor Por uns cinco ou seis que não têm nada a perder
Agora faz chupeta em troca de pó Dois ladrões considerados passaram a discutir
Esses papos me incomoda Mas não imaginavam o que estaria por vir
Se eu tô na rua é foda Traficantes, homicidas, estelionatários
É, o mundo roda, ele pode vir pra cá Uma maioria de moleque primário
Não, já, já, meu processo tá aí Era a brecha que o sistema queria
Eu quero mudar, eu quero sair Avise o IML, chegou o grande dia
Se eu trombo esse fulano, não tem pá, não tem pum Depende do sim ou não de um só homem
E eu vou ter que assinar o 121 Que prefere ser neutro pelo telefone
Amanheceu com Sol, dois de Outubro Ratatatá, caviar e champanhe
Tudo funcionando, limpeza, jumbo Fleury foi almoçar, que se foda a minha mãe
Cachorros assassinos, gás lacrimogêneo
Quem mata mais ladrão ganha medalha de prêmio
O ser humano é descartável no Brasil
Como modess usado ou Bombril
Cadeia? Guarda o que o sistema não quis
Esconde o que a novela não diz
Ratatatá sangue jorra como água
Do ouvido, da boca e nariz
O Senhor é meu pastor
Perdoe o que seu filho fez
Morreu de bruços no Salmo 23
Sem padre, sem repórter
Sem arma, sem socorro
Vai pegar HIV na boca do cachorro
Cadáveres no poço, no pátio interno
Adolf Hitler sorri no inferno
O Robocop do governo é frio, não sente pena (RACIONAIS mc's)-diario de um detento.mpg. YouTube, 2010. 1 vídeo
Só ódio e ri como a hiena (5 min e 46 seg). Publicado pelo Canal Márcio Almeida Márcio Preto.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LuqA3003eeo.
Ratatatá, Fleury e sua gangue
Acesso em: 5 dez. 2022.
Vão nadar numa piscina de sangue
Mas quem vai acreditar no meu depoimento?
Dia 3 de Outubro, diário de um detento
PLÍNIO MARCOS (1935-1999) - INÚTIL CANTO E INÚTIL
PRANTO AOS ANJOS CAÍDOS (1977)
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Referências bibliográfica