- Preservação da integridade territorial e unidade nacional. 🡪 Prática Parlamentar/ o “Parlamentarismo às avessas”: - modelo inglês: governo exercido por um ministério; para governar depende da maioria no legislativo. “O rei reina, mas não governa”. - monarquia brasileira: constituição de 1824, Imperador com os poderes Executivo e Moderador; nomeava e destituía o ministério; o legislativo devia moldar-se à política dele. - 1847 criou-se a figura do presidente do Conselho de Ministros (equivalente ao cargo de primeiro-ministro), indicado pelo imperador que deveria organizar o governo. Ocorreram casos em que a Câmara dos Deputados não apoiava a política do Ministério, o imperador, se desejasse preservar o ministério, dissolvia a Câmara de Deputados e convocava novas eleições. - O Parlamentarismo foi considerado “às avessas”, pois o Imperador interferia constantemente. 🡪 Liberais e Conservadores: - Revezavam-se no legislativo durante o segundo reinado. - exceto “Época de Conciliação” (1853-1857); governaram juntos. - * Ambos representavam os interesses dos grandes proprietários rurais escravocratas. - Diferenças: Conservadores davam importância a autoridade do governo central (centralização politico-administrativa). Liberais defendiam o fortalecimento dos poderes locais. (descentralização político-administrativa). 🡪 Economia e Sociedade: - durante o segundo reinado, o café tornou-se o principal produto da economia brasileira. Gerou transformações na sociedade. - Fatores: 1. crise da produção açucareira no nordeste. 2. aumento da procura do café nos mercados internacionais. 3. disponibilidade de capitais. - fazendas de café: Período Inicial Vale do Paraíba (Rj - SP) mão de obra africana (África e NE). - Tráfico de Escravos - 1808, vinda da família real: compromisso com os ingleses em abolir a escravidão. - Adiamento até 1831 com a Lei Barbacena (proibiu o tráfico de escravos para o Brasil). Época de expansão da cafeicultura, a lei não foi cumprida. - Crise com o governo inglês, que aprovam o Bill Aberdeen 1845. Aprovava o apresamento de navios brasileiros que transportassem escravos ou apresentassem indícios. - 1850 Lei Eusébio de Queirós: lei que aboliu o tráfico de escravos no Brasil. - Imigração europeia - proibição do tráfico: aumento no preço dos escravos (continuou o tráfico interno). - alternativa: imigração europeia para as fazendas de café. - “europeização da sociedade” - primeiramente sistema de parceria: o imigrante entrava com seu trabalho e o fazendeiro com a terra e ferramentas, com o tempo os imigrantes se endividaram, o que gerou descontentamento. - a partir de 1870, o imigrante passa a receber salário e bonificação durante a colheita. - Consequências da cafeicultura: - deslocamento do eixo econômico para o sudeste. - imigração, mudança na sociedade: antes senhor/escravo. - capitais gerados pelo café possibilitaram investimentos em outras atividades: Infraestrutura: transportes/ferrovias; diversificação do comércio: manufatura; São Paulo principal eixo econômico: aceleração do processo de urbanização. - NE: decadência econômica. - desenvolvimento da produção de algodão (guerra de secessão EUA). - região amazônica: desenvolvimento da produção da borracha (contexto da segunda revolução industrial). - Região sul: exportação de couros e peles. - BA: cacau/ fumo. - PR: erva-mate (importância regional). - entre 1845-1875, surto manufatureiro com a aprovação da Tarifa Alves Branco (1844), aumentou cerca de 30% o imposto sobre os produtos importados (aumentar a renda do governo). Além da Lei Eusébio de Queirós (1850), liberando capitais para serem empregados na manufatura. Imigrantes, aumento do mercado consumidor. - Em tal contexto surge a figura de Irineu Evangelista de Souza (recebeu títulos de barão e visconde de Mauá). * Processo de modernização da economia brasileira. - desenvolvimento da cafeicultura no Oeste Paulista (a partir de campinas); Mão de obra principalmente imigrante europeia; capitais estrangeiros são atraídos para a região e desenvolvem-se obras de infraestrutura e desenvolvimento de um mercado interno. POLÍTICA EXTERNA DO SEGUNDO REINADO (1840-1889) * QUESTÕES DE POLÍTICA EXTERNA COM A INGLATERRA: 🡪 Bill Aberdeen (1845): autorizava o apresamento de navios brasileiros (transportando escravos ou com indícios de tal). - pressões inglesas referentes à extinção do tráfico de escravos. - tratados assinados em meados do século XIX; não resultaram na extinção do tráfico (elite agraria brasileira, base trabalho escravo). 🡪 Questão Christie (1863): - Willian Christie (embaixador inglês no Brasil). - acobertou marinheiros britânicos (haviam assassinado um agente alfandegário no RJ). - acusou o governo brasileiro de negligência (fuga dos que pilharam a carga do navio Prince of Wales RS). - 1862; oficiais da fragata Fort (embriagados), desacataram autoridades na Corte, foram detidos e soltos. Christie exigiu satisfações pelo incidente e reclamou pagamento imediato de uma grande indenização pela pilhagem do Prince of Wales. Negativa brasileira 🡪 1863 ordenou o aprisionamento de Cinco navios mercantes brasileiros. - agitação popular; D. Pedro II mandou pagar 3,200 libras (indenização), mas negou satisfações sobre os oficiais. Reclamou, via representante brasileiro em Londres, explicações ao Ministério das Relações Exteriores. - insatisfeito, rompeu ligações com a Inglaterra. - solicitou mediação internacional. - rei Leopoldo I (Bélgica), deu ganho de causa ao Brasil. - 1865, a Inglaterra formalizou seu pedido de desculpas. * QUESTÕES DE POLÍTICA EXTERNA NA BACIA DO PRATA: - questões: campanhas militares envolvendo o Brasil, a partir de 1851. - contra: - Manuel Oribe no Uruguai (1851) e Juan Manuel de Rosas na Argentina (1852): - Uruguai: dois partidos disputavam o poder (colorados, apoio do Brasil e os blancos, oposição liderados por Oribe, apoiado por Rosas, governante da Argentina). - acordo militar e político entre o Brasil, os colorados no Uruguai e os adversários de Rosas na Argentina. - 1851; Oribe foi derrotado, no ano seguinte, Rosas foi derrotado. - Atanásio Cruz Aguirre no Uruguai (1864) e Francisco Solano López no Paraguai (1864-70): - mudança no sistema de alianças: colorados na oposição (liderados por Venâncio Flores) e os blancos na situação (liderados por Anastásio Cruz Aguirre). - Aguirre, aliança com Solano López (governante do Paraguai). - Brasil: alegou a violação das fronteiras do país, e, em acordo com os colorados, invadiu o Uruguai e ocupou Montevidéu. - Aguirre abandonou a capital. - tropas brasileiras exigem do senado uruguaio a declaração de vacância na presidência e colocasse Venâncio Flores no poder. Além disso, o Uruguai deveria se aliar ao Brasil na luta contra o Paraguai. * motivos da guerra do Paraguai: influência da Inglaterra, mas os fatores internos foram preponderantes. 🡪 Guerra do Paraguai (1864-70): - Solano López, nota de protesto ante as pressões militares brasileiras contra Aguirre. - além disso, Solano López ordenou o apresamento do navio brasileiro Marques de Olinda. - estava a bordo, o novo presidente de província do Mato Grosso; foi detido pelos paraguaios. - declaração mútua de guerra entre os dois países. 🡪 Tríplice Aliança: - tropas paraguaias invadem o Mato Grosso para prestar auxílio à Aguirre no Uruguai e pede autorização para passar pela Argentina (não obteve permissão); ocupou Corrientes (Argentina) e o Rio Grande do Sul (São Borja e Uruguaiana). - formou-se a tríplice aliança entre o Brasil, o Uruguai (Venâncio Flores) e a Argentina (Bartolomeu Mitre) contra o Paraguai. 🡪 Principais episódios militares e consequências: - primeira ação militar: desalojar os paraguaios da cidade de Corrientes (Argentina). - Batalha Naval do Riachuelo (11/06/1865); próximo à Corrientes; foi o primeiro grande confronto. - poderio naval paraguaio derrotado, rendição de Uruguaiana (1865). - inversão: aliados na ofensiva - invasão do Paraguai: Batalha do Tuiuti (maio de 1866). - Retirada de Laguna (1867): fracasso em operação contra os paraguaios - Tomada da fortaleza de Humaitá (ago/1868); abriu caminho para a conquista de Assunção, capital do Paraguai. - Dezembro de 1868; batalhas de Itororó, Avaí, Angostura e Lomas. Danificaram o poderio militar paraguaio. - Janeiro de 1869: ocupação de Assunção. Fuga de Solano López à fronteira com o Brasil (cordilheira de Ascurra). - comando das tropas: Conde d’Eu - perseguição a Solano López (Campanha das Cordilheiras). - Solano López foi morto no Combate de Cerro Corá (01/03/1870), pôs fim à Guerra do Paraguai. - Acordo preliminar de paz (20/06/1870) - não houve anexação de territórios - o Paraguai foi muito abalado pela guerra. - dívida de guerra (perdoada por Getúlio Vargas em 1943) - metade da população dizimada - economia arrasada. 🡪 Consequências para o Brasil; - crise do regime monárquico - aumento da importância do exército - militares passaram a ter voz ativa nas questões políticas na Monarquia - fortalecimento do movimento abolicionista - aumento da produção para o esforço de guerra. CRISE DO REGIME MONÁRQUICO - século XIX. - transformações econômicas, sociais, politicas. - demonstraram que o governo monárquico seria ultrapassado. - imobilidade, centralização politico-administrativa. - crises; religiosa, militar e sucessória. (republicanos 14 de maio). Perda de autoridade da monarquia possibilitou sua derrubada, para implantação da república. 🡪 Transformações econômicas: - século XIX. - transferência do eixo econômico do Brasil. - do Nordeste (açucareiro) para o sudeste (cafeicultor). - surge uma nova elite que soube usar o estado para benefício próprio. 🡪 Transformações sociais: - a passagem da escravidão para o trabalho livre. - ampliou o mercado de consumo. - dinamizou as atividades econômicas. - urbanização. - estado brasileiro empreendeu uma abolição gradual (evitar revolução/desorganização da economia). - processo abolicionista; - 1871; Lei Visconde de Rio Branco (lei do ventre livre). - duas províncias aboliram a escravidão. Ceará (1883) e Amazonas (1884). - 1885; Lei Saraiva-Cotegipe (lei dos sexagenários). - 1888; Lei Áurea (aboliu a escravidão no país). - em paralelo houve significativa atuação das sociedades abolicionistas (apoio e incentivo aos movimentos pela abolição; destaque: Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, Castro Alves). - Transformações politicas: - inicio da monarquia: poder centralizado. - final do século XIX, intensidade de propostas pela descentralização politico-administrativa. - República; identificada com a descentralização e com a democracia. 🡪 estadunidense. - Monarquia; acusado de não atender os interesses regionais. - um setor do movimento republicano defendia; descentralização, transformação das províncias em estados, sufrágio universal e fim da nomeação do governo central dos governos locais. 🡪 Questão religiosa: - conflitos entre a Igreja Católica e a Monarquia. - setores republicanos destacam problemas em ter a união do Estado e da Igreja. - pregavam o estado laico. 🡪 Questão Militar: - conflitos entre o exército e o governo. - monarquia proibiu manifestações de militares por meio da imprensa (sem fundamento constitucional). 🡪 Questão da sucessão do trono: - Clima de opinião contrária à ideia de um terceiro reinado. - antipatia em Conde d’Eu (esposo da princesa Isabel). 🡪 Republicanos de 14 de maio: - após a abolição, proprietários de escravos retiraram o apoio dedicado ao regime monárquico. - não eram republicanos por convicção, mas por descontentamento com a abolição. 🡪 Proclamação da República: - final do século XIX; - descontentamento de vários setores da sociedade brasileira com o governo monárquico. - a queda do regime se deu por conta de republicanos organizados que aproveitaram o clima de descontentamento com a monarquia. - 15/11/1889; “o povo assistiu bestializado à Proclamação da República pensando que se tratava de uma parada militar”. -**** republicanos; históricos e oficialidade jovem do exército. - Republicanos históricos: *Signatários do Manifesto Republicano de 1870. (grupo empresarial da cafeicultura). - república, sinônimo de descentralização (modelo EUA). - defendiam o regime federativo. - províncias se tornariam estados e teriam bastante autonomia. - Oficialidade Jovem do Exército: - os que derrubaram o regime. - liderados por Benjamim Constant (tenente - coronel). - defensor do positivismo. 🡪 O Positivismo e a República: - influência para a república brasileira. - doutrina de Auguste Comte (1798-1857). - existência de estado leigo (separação do estado e igreja). - não eram partidários do regime federativo. - defendiam a “ditadura republicana”. - centralização politico-administrativa.