Você está na página 1de 32

'' -Y,-íV'Vvv* -<-" ..„•'.

"
IS¡f:


garlos Pérez gambini
' ' v ¡S^, * I
f: • ,1, -i.’ Í 1
. ■■ ... ... ‘ .. . . ..................................... : ■ ■■'
..,


.

íi
Ü

- 1« i
9 3 0 .9

4117

ob
_______________________ ¿
Serie de HISTORIA UNIVERSAL
ALFR EDO TR A VER SO N I
Dirigida por

C a rlo s Pérez G a m b in i
1. P R E H I S T O R I A , H e r m in i a Feo
2. L A S P R I M E R A S C I V I L I Z A C I O N E S D E L C E R C A N O O R I E N T E Y D E L E G E O ,
Rosa Alo n so
3. G R E C I A E N T R E LO S S I G L O S X I I y V I a.C., Hílela M o l i n a .
4. E S P A R T A Y A T E N A S . L A D E M O C R A C I A A T E N I E N S E , M a r í a A . G a li an a
5. L A R E L I G I O N , E L P E N S A M I E N T O Y E L A R T E EN G R E C I A ,
LA CULTURA
6.
7.
Renée H e g u lt o de Berreta
A L E J A N D R O Y L A C I V I L I Z A C I O N H E L E N I S T I C A , H e r m i n i a Feo.
LOS O R IG E N E S R O M A N O S Y LOS P R IM E R O S S IG L O S DE LA R E P U B L IC A ,
José F. Estapé
MEDIEVAL
8. LOS PROGRESOS DEL PODER PERSONAL Y EL FIN DE LA REPUBLICA
ROMANA, Enrique Méndez Vives
9. E L I M P E R I O R O M A N O , Sara A b a d i é de Lang ón
10. L A C I V I L I Z A C I O N R O M A N A , Cel iar E n r iq u e M e n a Segarra
1 1. E L F I N D E L I M P E R I O R O M A N O , Rosa Al on so
12. C R I S T I A N I S M O , M a t i l d e A ro c e n a
13. B I Z A N C I O Y E L I S L A M , José D e to m a s i
14. E C O N O M I A Y S O C I E D A D E N L A E D A D M E D I A , C a r m e n A p p r a t o
15. E L E S T A D O EN L A E D A D M E D I A , Celiar E nr iq ue M e n a Segarra
16. L A C U L T U R A M E D I E V A L , Carlo s Pérez G a m b in i
17. EL F I N D E L A E D A D M E D I A , Iv o n n e Plnl
18. H U M A N I S M O Y R E N A C I M I E N T O , Celia C o lo m b o
19. L A R E F O R M A , Susana M a z z a r a
2 0. L A E C O N O M I A E N L A E P O C A M O D E R N A , Pedro O j e d a
21. EL A B S O L U T IS M O , Gu ldo .B ru netto
2 2 . E L S I G L O X V I I I , Mig uel F e ld m a n
2 3 . L A R E V O L U C I O N F R A N C E S A Y E L I M P E R I O , A l f r e d o Tr aversoni
2 4 . L O S E S T A D O S E U R O P E O S E N E L S I G L O X I X ( 1 8 1 5 - 1 8 7 1 ) , Ivo n ne Plni
y M a r í a Sara Izzl
2 5. L O S C A M B I O S E C O N O M I C O S Y S O C I A L E S E N E L S I G L O X I X , Hu go L l c a n d ro
2 6 . E L P E N S A M I E N T O P O L I T I C O Y S O C I A L E N E L S I G L O X I X , B e n ja m í n N a h u m
2 7. E L D E S A R R O L L O E U R O P E O Y LA E X P A N S I O N IM PE R IA L I S T A (1 8 7 0 -1 9 1 4 ).
Selva L ó p e z Ch iri co
28. L A C I E N C I A , E L P E N S A M I E N T O Y E L A R T E EN E L S I G L O X I X ,
Blanca Tra versoni
2 9. L A P R I M E R A G U E R R A M U N D I A L , Raq uel G a r c ía Bo uzas de B r u n e t t o E D I T O R I A L
3 0. E L M U N D O E N T R E D O S G U E R R A S , A l f r e d o Tr a ve rs on i
31. L A S E G U N D A G U E R R A M U N D I A L , A l f r e d o Tr aversoni
32. E L M U N D O C O N T E M P O R A N E O , A l f r e d o Trave rs oni Moreno 372 • Buenos Aires
INDICE

CARACTERES GENERALES .................................................................... 7


Elementos de Unidad ................................................................................... 10
Desarrollo de la escritura ...................................................................... " 15

E L PENSAMIENTO
La base ........................................................................................................... 17
La infiltración creciente del helenismo ...................................................... 18
El método intelectual ................................................................................... 19
Los grandes representantes del pensamiento medieval ....................... 19
El fin de la Edad Media ............................................................................... 25

EL ESTADO DE LOS CONOCIMIENTOS Y LAS CIENCIAS ............... 26


Generalidades ............................................................................................... 26

LOS CENTROS DE ENSEÑANZA ............................................................ 31


Los primeros siglos de la Edad Media ........................................................ 31
La época carolingia ....................................................................................... 32
Las materias de estudio ................................................................................ 32
Las Universidades ......................................................................................... 33

LA LITER ATU R A ...................................................................................... 43


Los primeros humanistas ............................................................................. 47
El teatro ........................................................................................................ 47

EL A R T E ....................................................................................................... 48
Manifestaciones en los primeros siglos ....................................................... 48
. „ iQ79 1 f-D lT O R lA L KAPELUSZ S.A. El peri'odo carolingio ................................................................................... 49
Todos los derechos reservados por ((c,-,
El arte románico ........................................................................................... 51
Buenos A.res. Hecho el depósito que establece la ley 1 U Ü .
Arte gótico .............................................................................................. 57
Publicado en marzo de 1972.
LIBRO DE EDICION ARGENTINA. P rinted m Argentina. Hacia el renacimiento ................................................................. 6

5
ni una línea de corte o ruptura tajante. En la evolución de la
humanidad, una época prepara la siguiente. Si somos consecuentes la fuerza de la autoridad y la tradición actuaban como un
con este principio, no podemos pensar que el Renacimiento es un obstáculo al cambio rápido.
período que surge espontáneamente, sino que es la culminación de Del mismo modo que se puede hablar de distintas fases de la
un proceso, el momento en que llegan a alcanzar su grado más alto evolución europea general en esta época, se puede hablar de fases
ciertas características que sirven para definirlo. Los últimos siglos culturales distintas. Las situaciones en el momento inmediato a la
de la Edad Media llevan al Renacimiento y lo explican. caída del Imperio de Occidente, en la época carolingia, o en los
Relacionando de este modo la cultura medieval con las de los siglos XIV y XV, por ejemplo, difieren profundamente entre sí.
períodos históricos vecinos, reafirmamos por un lado la necesidad Tomemos la arquitectura, como caso para ejemplificar lo que
de ver la historia como un devenir continuo en que cada hecho afirmamos. Tiene como elemento unificador estar al servicio de los
está condicionado por el anterior y condicionando al posterior, y intereses de la religión. Pero aun siendo sus mayores expresiones
vemos por otro cómo se fueron forjando cambios de importancia construcciones religiosas, tuvo diferencias geográficas, porque en
en ella. España, Francia, Inglaterra o Alemania cada estilo evidenció
Esto nos lleva a plantear otra consideración básica: la cultura variantes locales. También específicas, porque se expresó por
medieval, que puede tentar a simple vista a ser considerada como estilos distintos, como el románico y el gótico. Por último, a lo
una realidad homogénea, tiene componentes muy diversos a pesar largo del tiempo sufrió una evolución, que es apreciable aún en
de ciertos elementos que le dan unidad. cada uno de los estilos.

Diversidad de las manifestaciones culturales


Relaciones de la cultura con el momento histórico
La diversidad en las manifestaciones culturales de la Edad
Media debe ser destacada en los aspectos geográficos, específicos y Existe una vinculación íntima e innegable entre las condicio­
temporales. nes económicas, sociales y políticas de una época y sus manifesta­
ciones culturales. Esto lo podemos ver claramente a través de
• Diversidad geográfica porque el nivel no fue el mismo en varias etapas.
todo Occidente, y las variantes locales se dieron en todas las
manifestaciones culturales, contribuyendo a formar la base de las • Hay inestabilidad y falta de centros de autoridad y
tradiciones de cada uno de los estados nacionales que se perfilan a gobierno con sentido del cumplimiento de los fines del Estado;
fines de la Edad Media. La influencia de la historiografía francesa decrece en volumen la actividad económica; descienden las cifras
o la mayor abundancia de datos sobre este país no pueden demográficas; disminuye la importancia de la vida urbana. A todo
hacernos olvidar que es un error generalizar y atribuir a toda ello corresponde una escasa actividad intelectual, ausencia de una
Europa lo que distingue a Francia. arquitectura importante, bajo nivel de instrucción y de enseñanza
en general, y sólo aparecen manifestaciones valiosas en la
• Diversidad específica porque también en cada terreno de la orfebrería.
actividad cultural se aprecian diferencias. Muy evidente en arte y • A la época de la restauración imperial de Carlomagno
literatura por ejemplo, esta afirmación vale también para el corresponde la aplicación de un modo de pensar y enseñar que se
pensamiento, que expresó tendencias distintas.• venía preparando, un interés creciente en la difusión de la
enseñanza y un florecimiento artístico y literario, que se paralizó
• Finalmente diversidad temporal, porque a lo largo de los con la crisis del sistema carolingio.
mil años que abarca la Edad Media se produjo un cambio lento
pero cierto. La lentitud del cambio se debe entender en la • A partir del siglo XI, detenidas las invasiones y recobrada
perspectiva, considerando una época tan distinta de la nuestra, en la tranquilidad, vuelve a cambiar el panorama; en la Europa feudal
que todos los cambios sociales se producían lentamente, y en que de base agraria predomina la nobleza militar; se ve desarrollar la
actividad comercial y resurgir la vida urbana; transcurren las
8 9
otra forma de vida religiosa. Se sentían '• gados estrechamente a su
Cruzadas y la Iglesia lucha por superar sus problemas internos y comunidad, y en ella la Iglesia estaba presente, marcando todos los
hacer efectiva su supremacía sobre la sociedad. A esto corresponde acontecimientos de excepción dentro de la rutina de su vida. No
la afirmación del escolaticismo, el auge de una arquitectura sólida, aparecía una división clara entre la Iglesia y el Estado, ni había
rural y militante como es el románico, y la aparición de la poesía división clara entre vida religiosa y vida civil. Cada episodio
épica escrita. importante de la vida medieval estaba bajo control de la Iglesia.
• A su vez el siglo XIII, época de desarrollo de las ciudades, Esta daba las fórmulas que había que seguir desde el bautismo al
del surgimiento de una burguesía activa y próspera, de la mayor entierro, y no sólo en ese aspecto práctico, sino también en cuanto
vitalidad económica de la Europa feudal, del lento pero seguro a reglas morales para ajustar su conducta, y medios de defensa
fortalecimiento de las monarquías, del momento cumbre de la contra los temores que siente el hombre ante los misterios de a
autoridad papal, corresponde al esplendor de las Universidades y vida y la muerte. La fe popular era una mezcla de cristianismo
de los grandes centros urbanos de la enseñanza, a la elaboración y (recibido de la prédica de los monjes, tanto del clero regular como
difusión de sistemas de pensamiento que buscan conciliar la del secular) con supervivencias paganas y tradiciones locales.
sabiduría antigua con los ideales cristianos y a la construcción de Frente a ella la Iglesia se mostraba tolerante dentro de ciertos
las grandes catedrales góticas que serán orgullo de las ciudades. límites, y fuera de ellos, inflexible.
La religión ejercía gran influencia sobre la moral pública y
• Finalmente en los siglos XIV y XV la estructura típica del privada. A los pecados canónicos clásicos (idolatría, homicidio,
medioevo entra en crisis; se derrumba la organización feudal, y en adulterio), se les sumó la usura, el perjurio, el robo, el incendio y
medio de los problemas se afirma la economía urbana; surge el la magia. Contra los grandes pecados y los grandes pecadores, la
capitalismo como sistema económico; se desarrollan los estados Iglesia usó grandes armas, de efectos espectaculares: la excomu­
nacionales y se afianza la autoridad absoluta de los reyes mientras nión y la interdicción. La excomunión era la privación de
declina la de la Iglesia. En esta época cunde la preocupación por el sacramentos; la interdicción era el cierre de las iglesias y la
sentido de la vida terrena, la muerte y la salvación; se debilita el prohibición de los servicios religiosos en determinada circunscrip­
interés en los asuntos teológicos y abstractos que antes habían ción.
preocupado así como también sus grandes centros de expresión, Los pecados se pagaban con penitencias, públicas y privadas,
aparecen los precursores del Humanismo, y el ambiente se prepara que constaban en los llamados Libros Penitenciales. Durante
para lo que será el Renacimiento. algunos siglos fueron muy severas. Posteriormente aparecieron las
indulgencias, o sea la posibilidad, en casos particulares que se
estipulaban, de redimir el pecado mediante una buena acción o
ELEMENTOS DE UNIDAD una buena limosna.
El ritmo de los días y las horas era marcado por la Iglesia. El
clero conocía como pocos el calendario y las iglesias tenían
Pasemos ahora a considerar aquellos elementos que sirvieron campanas. Estas marcaban las divisiones del día, al señalar las
como unificadores de la cultura medieval. horas de oración: diurnas (Prima. Tercia, Sexta, Novena, Vísperas,
Completas) y nocturnas (Maitines y Laúdes).
La Iglesia Católica Para aquellas personas que sintieran más inquietudes que el
común, también tenía la Iglesia su lugar, no solamente dando
En primer lugar tenemos que destacar la importancia de la satisfacción al deseo de bondad, sino a la lucha por la verdau.
Iglesia Católica. Su peso sobre la vida cultural de la Edad Media Detrás de lo desconocido, y explicándolo, se podía descubrir un
fue enorme, porque lo fue sobre la vida entera de la comunidad orden divino. Lucha difícil, que determinó soluciones diferentes, y
occidental. No debemos pensar que los sentimientos religiosos de que ya por su naturaleza permite comprender que abriría distintos
aquellos hombres fueran mayores que en otras épocas. Pero el rumbos que romperían con la soñada unidad, pero en la que el
hecho es que no se conocía el ateísmo. Los hombres, en general, hombre medieval volcó toda la capacidad de su intelecto y la
eran cristianos porque habían nacido cristianos, y no se conocía energía de su temperamento.
11
10
Otro tipo de vida religiosa, que constituyó el ideal máximo,
sobre todo en los primeros tiempos, es el representado por Los hombres
aquellos que se retiraban de la sociedad y consagraban su vida a la de la Iglesia como creadores
religión. El eremita y el monje eran personajes mirados con el
mayor respeto. Las figuras que durante su vida habían demostrado
virtudes excepcionales y religiosidad poco común, a las que se Las palabras últimas nos acercan a examinar otra caracterís­
atribuían acciones singulares o milagros, eran veneradas después de tica, ligada a la anterior pero con individualidad propia.
su muerte como santos. Durante algunos siglos las canonizaciones En las distintas manifestaciones artísticas es difícil pensar que
fueron muy abundantes, y las decidían los obispos. A partir del los hombres puedan repetir exactamente fórmulas elaboradas por
siglo X ésta fue una potestad reservada al Papa. otros. Las circunstancias que los rodean, las características del
La veneración popular se manifestaba frente a las reliquias o momento histórico en que viven, determinan que la herencia
imágenes del santo, o en peregrinaciones hasta su sepulcro; muchas recibida sea modificada y se creen así formas nuevas. Esto sucede
veces derivó en excesos transformándose en verdadera adoración, también en la época que estudiamos. Las fórmulas del pensamien­
contraria a los principios cristianos. Las visitas a los santuarios to medieval, las conclusiones de los distintos pensadores, la
dieron lugar a las peregrinaciones, a las que fueron afectos los literatura y las distintas manifestaciones artísticas en que intervi­
hombres medievales. Hubo tres centros de peregrinación princi­ nieron los hombres, revelan un fuerte espíritu creador, tanto en
pales: Roma, Jerusalén y Santiago de Compostela. formas como en temas
La importancia de la Iglesia en la vida cultural se puede
fundamentar en varios aspectos en que se evidencia su gran Los hombres de la Iglesia como educadores
influencia.
Al ser los únicos que poseían el patrimonio de la cultura,
resulta claro que fueran los únicos con medios y posibilidades de
trabajar en la difusión de la cultura y la instrucción de la
Los hombres de la Iglesia población. Desde los primeros tiempos, en que la casi totalidad de
como conservadores de cultura los habitantes de Occidente eran iletrados, la Iglesia cumplió una
labor educadora que se fue afirmando con el paso de los años. En
Desde la época de las grandes invasiones y la caída del antiguo los monasterios y las iglesias funcionaron los primeros centros
ordenamiento romano, los clérigos fueron los únicos letrados, los
especializados de instrucción. Cuando llegó el momento del
que recibían una formación especial, basada en los antiguos resurgimiento urbano y la aparición de las Universidades, los
moldes elaborados en los primeros tiempos de la Iglesia. Además hombres de la Iglesia siguieron actuando en ellos como educa­
de la literatura bíblica se contaba con la obra de los llamados dores. A pesar de la autonomía universitaria buscada y conseguida,
“ padres de la Iglesia”, producida en los años de crisis del Imperio la autoridad del Papa se ejercía, sobre todo para afirmar la inde­
de Occidente, y destinada a desempeñar un papel muy importante pendencia sobre los poderes locales, pero marcando la relación con
en la organización católica de los siglos siguientes.
la Iglesia, que es lo que nos interesa destacar.
Todo ese legado del mundo antiguo en materia estrictamente El monopolio de la función educadora desde el comienzo de
religiosa se vio aumentado por la conservación de obras de la la Edad Media es quizás el elemento de mayor importancia para
antigüedad pagana, que la paciente labor de aquellos hombres explicarnos la gran influencia de la Iglesia en los tiempos
permitió copiar en forma de manuscritos, como se estilaba siguientes. Dice Arnold Hauser: “El Estado se clericaliza por el
entonces, y que se conservaban en los monasterios. Con el paso de mero hecho de que es la Iglesia la que coloca a los empleados y los
los años, tales bienes culturales, conservados gracias a esa labor educa. Y los laicos cultos se apropian sin querer del modo de
agotadora y extensa serían utilizados en forma creciente y pensar eclesiástico, pues las escuelas catedralicias, y más tarde las
permitirían el conocimiento del pensamiento antiguo y la labor de monásticas, son los únicos establecimientos educativos donde
los intelectuales medievales.
pueden enviar a sus hijos” .
12 13
Presencia de la Iglesia en los temas que ocupan
el pensamiento y el arte desde entonces la utilización, cada vez en mayor proporción, de las
lenguas nacionales. A algunas de ellas se las ha llamado “roman­
El peso innegable de la Iglesia también se ejerció en este ces” . Con este nombre se designa a aquellas lenguas derivadas del
plano, que no es por cierto nada menor: la imposición de temas. latín, frutos de la mezcla de distintas lenguas por poblaciones
Los asuntos que preocuparon a los intelectuales de la Edad Media europeas, en lasque predomina fuertemente el latín. Es el caso del
fueron teológicos. La preocupación religiosa llevó a tratar de francés, el italiano, el español y el portugués, y de los distintos
conciliar con el dogma las enseñanzas y los métodos recogidos del dialectos que perduran dentro de esos países, con la excepción del
pensamiento antiguo. Toda la filosofía medieval está impregnada vascuense, cuyo origen es discutible. En otros lugares, la influencia
de sentimiento religioso. germánica fue mucho más fuerte. Es el caso del alemán, el
En el terreno artístico se puede comprobar también esta holandés, el flamenco, el noruego, el danés. En cuanto a Inglaterra,
característica. La arquitectura dedicó sus grandes esfuerzos a las su lengua fue fruto de un proceso más complejo, pues a la mezcla
construcciones religiosas, ya fueran monasterios, iglesias o cate­ de las lenguas germánicas de los anglosajones (que predominaron)
drales. Gran dominadora de las artes plásticas de la época, la con el latín, se agregaron elementos franceses llevados por los
escultura y la pintura le estuvieron subordinadas; integradas al normandos.
conjunto arquitectónico, expresaron también motivos religiosos. El proceso, en este orden, puede sintetizarse en los siguientes
Se ha hecho célebre por otra parte la expresión de que la términos. Las poblaciones asentadas antes de la conquista romana
iconografía medieval fue la Biblia del iletrado, significando la tenían lógicamente sus dialectos propios, sobre los que se impuso
intención de proceder por esa vía a dar conocimiento a las grandes el latín como lengua oficial. La incorporación de los pueblos
masas de analfabetos de los episodios bíblicos. germánicos introdujo a su vez otras lenguas. En los momentos de
La forma en que eso fue interpretado y expresado revela el difíciles comunicaciones y falta de autoridades comunes, el
espíritu creador de la época, y resulta por otra parte muy útil para proceso determinó que en los distintos lugares cada región
la interpretación histórica. Como veremos después pon más detalle, adoptara un dialecto propio. Cuando se fueron definiendo los
el arte refleja muy ajustadamente la concepción medieval del estados modernos, se operó a su vez una unificación que condujo a
mundo. la formación de las lenguas nacionales.

El latín DESARROLLO DE LA ESCRITURA


Prosiguiendo con el análisis de los elementos que sirvieron Para completar este panorama inicial sobre los caracteres de la
como unificadores de la cultura, debemos mencionar al latín. cultura medieval, hay que destacar el desarrollo que se observa en
La vieja lengua romana siguió siendo la lengua en que se la escritura y la edición de libros, que permitió el avance cultural.
expresaba la intelectualidad, sea para el estudio como para la La historia de la escritura y la del libro están íntimamente
redacción.
Tal como la religión católica fue denominador común de las conectadas.
Los caracteres grandes y rectos que se usaron en la escritura
poblaciones europeas por sobre las diferencias locales, sociales o en la época clásica dificultaban su difusión, así como los libros en
políticas, el latín fue vehículo de acercamiento entre ios hombres
de distintos lugares de Europa. Tanto en las obras literarias de los forma de rollo hacían difícil su manejo por quienes los utilizaban.
primeros siglos, como en las filosóficas, como en la legislación En este momento se introducen varias modificaciones.
escrita de los estados, en las negociaciones diplomáticas entre los • El comienzo de la utilización, desde la época carolingia. de la
gobiernos, en las anotaciones de los grandes comerciantes o en las letra cursiva, que se adapta mejor a los elementos con los que se
fórmulas del culto religioso, el uso de la lengua latina fue la gran trabaja.
norma unificadora.
A pesar de ello conviene tener presente que se fue gestando • La creación de las letras minúsculas, que permite su entrelaza­
14 miento, y en consecuencia, ganar espacio.
15
• La sustitución del pergamino, material empleado hasta enton­ distante de la problemática actual, así como no caer en la
ces y cuyo costo elevado operaba negativamente contra la difusión tentación de tildar de ridiculas o ahsurdas a explicaciones que
de los escritos, por el papel, material más adecuado y barato. entraban dentro de un esquema que sirvió a aquellos hombres, por
el hecho de que ya no nos sirva.
• El reemplazo de los libros en rollos por los libros doblados en Tal como se anotaba al caracterizar la cultura medieval en
pliegos. general, es apreciable en el pensamiento la presencia de elementos
Estos progresos contribuyeron a una extensión mayor de los que le dan unidad, lo que no significa uniformidad.
bienes culturales. En los primeros tiempos, el libro en rollos, típico El pensamiento de la Edad Media fue teológico, interesado en
de los monasterios, estaba destinado a conservar obras y no a explicar los grandes problemas en torno a la divinidad y la
creación, en los que el hombre podía entrar sólo como la criatura
circular; con la ampliación de la enseñanza en la época del
más importante, pero no como el centro de la especulación. Hay
crecimiento de las Universidades, la necesidad de libros que
apoyaran la difusión de la cultura llevó a adoptar innovaciones; una tendencia a la abstracción muy marcada en toda esta postura.
aparece entonces el libro más manuable, que sin embargo continuó Esto es en esencia lo que sirve como denominador común al
siendo escaso hasta que la invención de la imprenta en los años pensamiento medieval, lo que lo hace más lejano de nuestro modo
siguientes permitió llegar al libro moderno. de pensar, en cuya base está sin embargo. Porque era imposible
que el libre juego de las facultades humanas no llevara a romper
esos moldes y buscar otras vías a medida que la realidad ambiente
iba cambiando. Y no sólo a lo largo del tiempo, sino en un mismo
momento, la disparidad de los individuos conduciría a buscar, a
indagar sin sujetarse a moldes estrechos, ya determinados. Cita­
remos a continuación a F. M. Powicke, quien, en la obra El legado
■de la Edad Media, escribe algo valioso y claro:
“Ahora sabemos lo bastante acerca de lo que solió llamarse la
‘edad de la fe’ como para descartar la idea de una sociedad
obediente, ordenada hasta el extremo de renunciar, voluntaria e
EL inexplicablemente a mezclarse en nada referente al gobierno, a la
P E N S A M IE N T O doctrina, al culto y a los intereses artísticos de la Iglesia. Ya no
creemos en la existencia de una comunidad de fieles que, aunque
esencialmente bárbara e ignorante, estaba bien educada y fue
siempre tan sumisa respecto de los misterios de la fe cristiana. En
la Edad Media el paganismo fue tan endémico, la especulación tan
audaz, el lenguaje tan punzante, las variedades de la experiencia
religiosa tan numerosas y extravagantes, como en cualquier
Introducción período de la historia de la humanidad. El sistema estatal de la
Al entrar en el estudio del pensamiento medieval debemos Europa moderna, su nacionalismo, las tradiciones de política
detenemos a efectuar algunas reflexiones. En primer lugar debe­ exterior y las ideas, extrañamente mezcladas, de derecho, fuerza y
mos comprender que el esfuerzo por situamos en una realidad utilidad, tienen su origen en la Edad Media” .
distinta debe llevarnos ante todo a dejar de lado nuestra moderna
formación y modo de ver las cosas. Una sociedad distinta,
ordenada política, económica y socialmente de otra forma, tenía LA BASE
otra concepción del mundo y expresaba sus preocupaciones por
otros temas. Debemos tener presente esas conexiones con la La unidad partía de la formación de aquellos hombres. Como
sociedad que la produjo, al introducirnos en un pensamiento tan ya se ha establecido, la base de los estudios y las lecturas era la
17
16
tradición de la antigüedad recogida por los monjes católicos desde
el momento en que se hundió el mundo romano. La utilización de los grandes pensadores griegos, no destruyera ios fundamentos de
ese legado de la antigüedad se fue ampliando con los años. En los la religión católica, sino que los apoyara.
primeros tiempos, el tratamiento se reducía a la literatura bíblica y
la obra de los Padres de la Iglesia, fundamentalmente San Agustín EL METODO INTELECTUAL
y San Jerónimo. A este último pertenecía precisamente la versión
de la Biblia que se utilizaba, conocida como la Vulgata. El habría El dogma, conjunto de verdades reveladas a los hombres, era
traducido al latín gran parte de la obra, compilando a su vez trozos el fundamento inatacable. De él partiría la especulación para
ya traducidos. San Agustín a su vez estableció las reglas para su explicarlo racionalmente. Esto nos está ya mostrando cuál fue e!
interpretación. El abad de Reichenau, Walefrido Estrabón, com­ método intelectual de los pensadores de la Edad Media: ei
piló en el siglo IX los comentarios de estos Padres de la Iglesia deductivo. No se parte de la experiencia, de los hechos particula­
sobre los textos bíblicos en la llamada “Cdosa” , que se convirtió res, para llegar desde ellos, utilizando orocedimientos racionales, a
en uno de los pilare; de los trabajos teológicos de la Edad Media. extraer principios generales, sino a la inversa. Se parte de los
San Agustín fue también el autor de “La Ciudad de Dios” , de principios aceptados por la fe, y se procura explicarlos, y con ello
singular significación por su proyección sobre la organización del afirmarlos, utilizando los métodos racionales. La razón se pone así
catolicismo y las concepciones medievales. al servicio de la fe.
A través de estos autores eran conocidos también los grandes En este sentido y con estas características fue progresando en
pensadores griegos Platón y Aristóteles, aunque fragmentariamen­ términos generales el pensamiento medieval. En su debido mo­
te. Indirectamente éstos influyeron en la forma y caracteres de los mento anotaremos las excepciones al proceso. Pero repetimos, en
comentarios y escritos de aquéllos. líneas generales esos rasgos caracterizaron al pensamiento medieval
A estos autores se pueden agregar varios otros. Uno de los más y crearon toda una forma de pensar, y también de enseñar, a la
importantes fue Boecio (470-525), que actuó como ministro del que se ha llamado escolusticimo. Este término puede encontrarse
rey ostrogodo Teodorico y fue autor de un conjunto de obras aplicado también a la filosofía religiosa medieval en sí.
muy leídas en los primeros tiempos de la Edad Media.

LOS GRANDES REPRESENTANTES


LA INFILTRACION CRECIENTE DEL HELENISMO DEL PENSAMIENTO MEDIEVAi.

Desde los primeros tiempos de la Edad Media los intelectuales El período carolingio
se manejaron también con grandes escritores romanos como
Séneca, Cicerón, Ovidio, Juvenal, Dionisio el Areopagita. Esta base
inicial se fue ampliando con los años. La labor de los traductores Los primeros grandes pensadores de la Edad Media fueron los
adquiere gran importancia, pues si bien no aportaron creación, que actuaron en la época carolingia. La restauración imperial trajo
permitieron hacer conocer obras de gran valor a generaciones una preocupación cultural que se basó en la renovación y
posteriores. La influencia del pensamiento de la vieja Grecia fue afirmación de la Iglesia franca, cuyos miembros serían los
aumentando merced a esos aportes. protagonistas y beneficiarios de la ampliación cultural producida
Su conocimiento, limitado en la primera época, se fue entonces.
ampliando sin cesar. Al llegar el siglo XII la obra aristotélica será Alcuino (730-804) es el personaje más importante de esta
conocida totalmente. Esto daría lugar al gran trabajo de los época, pero como se destacó más como educador que como
pensadores cristianos: la conciliación de la razón con la fe. La obra creador intelectual, hablaremos de él con más detenimiento en el
de la antigüedad no fue solamente conocida sino también capítulo dedicado a la educación. Se trata de uno de los
apreciada, y por ello se quiso aprovecharla. El esfuerzo del fundadores de las formas de enseñar medievales.
intelecto iba dirigido a que el razonamiento, tal como lo marcaban Juan Escoto Erígena ( ¿ -870) estaba destinado a convertirse
en el primero de los grandes pensadores de la época. Nacido en
18
19
Irlanda, desarrolló su principal actividad en la corte francesa. Con Apasiona entonces el asunto de los “Universales”, juego de
una formación muy sólida para la época, conocía no sólo las obras inteligencia cuya importancia nos resulta difícil entender hoy. El
de común manejo por la intelectualidad del momento, sino que hecho es que entonces se constituye en centro del interés
amplió el campo con otras de importancia. Se lo conoce como el intelectual aclarar la naturaleza de los conceptos generales. Se
traductor e introductor de Dionisio el Areopagita, cristiano de
fines del Imperio influido profundamente por el platonismo. busca saber si la “ patria” o la “humanidad” por ejemplo, son
Tradujo también a Máximo el Confesor y a Gregorio de Nicea. realidades en sí, o simplemente nombres, siendo lo único real sus
Su mérito mayor fue presentar un conjunto de ideas origina­ componentes. Los realistas adoptaron la primera posición, los
les. Se lo considera iniciador de la corriente intelectual de la Edad nominalistas la segunda. De acuerdo con lo visto, Erígena fue un
realista porque para él las ideas tienen existencia real, no son
Media, y por ello fundador de la Escolástica. imagen de las cosas, sino su esencia misma.
No gozó a pesar de ello del reconocimiento de su época, y una
de sus obras capitales, “ De divisione naturae” , mezclada en un En el siglo XI surge un poderoso movimiento nominalista,
proceso contra los discípulos de Amalrico de Bena, fue condenada cuya principal figura fue Roscelino de Compiégne (1050-1120).
por el Concilio de París en 1210 y por el Papa Honorio II en 1225. Sin embargo la figura más importante del siglo fue San Anselmo
Erígena planteaba allí claramente el método de que hemos (1033-1109), con el cual se reafirma el realismo y se consolida el
hablado. El punto de partida del trabajo intelectual deben ser las método escolástico. El partió de la fe. Intentó tratar y explicar
Sagradas Escrituras, de las cuales se sacarán conclusiones. Se parte sistemáticamente los grandes problemas del dogma, que para él no
de Dios y se vuelve a Dios, en un movimiento del pensamiento que podían ser discutidos. Sus grandes obras, el Proslogion y el
ha hecho que se lo tilde de neoplatónico. Monologion, tratan de hacerlo, y son comentadas y estudiadas
Para él existen en la “ Naturaleza” o “ Realidad cuatro clases hasta hoy. En la primera llega a lo que sería llamada la prueba
de elementos. 1) lo que crea y no es creado, o sea Dios, lo único de ontológica de la existencia de Dios. Ella afirma que desde el
existencia cierta; 2) lo que es creado y crea, las ideas divinas o momento en que los hombres tienen la noción de Dios en el
primeras causas, que forman el ordenamiento jerárquico del pensamiento. Dios existe; sería imposible formarse una noción de
algo inexistente en la realidad.
mundo; 3) lo que es creado y no crea, o sea el producto de la
creación, el mundo. De él el centro es el hombre, del cual importa La nuestra es una formulación demasiado simple, pero que
pretende ir al centro de una conclusión y no seguir la exposición
la naturaleza espiritual, porque por ella se llega a Dios. El anselmiana, que escapa al ifiterés de un curso de Historia. Lo
pensamiento del hombre, creación de Dios, permite volver a Dios, importante es ver en San Anselmo el profundo esfuerzo del
por eso es fundamental; 4) lo que no crea ni es creado, Dios como raciocinio puesto al servicio de la fe, la preocupación no sólo de
consumación de todas las cosas. Se trata del punto final de la ver a Dios como bondad y creación, sino también como verdad. Es
evolución del mundo, cuando después de la resurrección de los en este sentido que su figura adquiere gran relevancia dentro del
muertos desaparece el cuerpo físico y la humanidad retorna a sus pensamiento medieval, tal como éste fue encaminado.
orígenes, reasumida en el ser divino.
Los progresos del pensamiento en el siglo XII
El siglo XI y el problema de los universales.
San Anselmo Anselmo de Laón. Los progresos de la especulación racional
en el siglo XII fueron decisivos y crearon verdadero entusiasmo
Como decíamos, Erígena no fue reconocido plenamente, y por el trabajo intelectual. Abierto el camino, cada vez las
está separado del proceso del pensamiento medieval que se inicia libertades del pensador serían mayores. Con Anselmo de León ( ¿
en el siglo XI a raíz de las convulsiones de los siglos IX y X. -1117) se procede a reunir sistemáticamente todos los trabajos
En la época en que Occidente recobra la tranquilidad e inicia relacionados con un asunto determinado, y luego a estudiarlos.
una expansión económica y demográfica, encaminándose a formas Cuando aparecen discrepancias, corresponderá analizar racional­
de organización distintas, el pensamiento también se esfuerza por mente qué interpretación es la más acertada. Surgen así las
logros mayores. “sentencias” , que por su índole misma de decidir en problemas de
20 21
Revelación; de la filosofía se aplica sólo la lógica. El conocimiento
interpretación tendrán grandes repercusiones. Ya no se está ampliado del pensamiento aristotélico aparejará un cambio en el
aceptando fielmente la interpretación oficial de las autoridades siglo XIII. Es entonces cuando se conocen obras de Aristóteles
bíblicas y los Padres de la Iglesia, sino trabajando para armonizar­ hasta entonces no manejadas, como la Metafísica. Y a su vez se
las, y si es el caso, corregir sus posiciones. El procedimiento conoce a través de versiones distintas que suponen interpretaciones
supone además partir de las verdades, plantearse preguntas y y estudios diferentes. Además de las versiones de antiguos como
procurar contestarlas racionalmente, en un todo de acuerdo con el Felopon, Alejandro de Afrodisia y Temistio, llegaron a Occidente
método escolástico. europeo los trabajos de filósofos árabes como Avicena y Averroes,
Abelardo. Esa apertura creada resulta evidente cuando nos y judíos como Moisés Maimónides. Estos trabajos tuvieron enorme
encontramos con pensadores como Pedro Abelardo (1079-1142). difusión y repercusión sobre los intelectuales europeos. Muchos
Personaje típico de tiempos nuevos, en su actitud y su postura pensadores se destacaron en el siglo XIII, pero son sobre todo dos
frente a la vida nos muestra ya con claridad una sociedad que está de los cuales nos interesa hablar en primer término: Alberto el
formando hombres distintos. Apasionado y activo, docente por Grande (1206-1277) y su discípulo Santo Tomás de Aquino
excelencia, dueño de un gran magnetismo personal, ejerció enorme (1225-1274). Ambos fundaron todo un sistema de singulares
influencia en su época. Por su mismo temperamento tendría proyecciones futuras, culminación a su vez del proceso del
seguidores entusiastas y opositores ardientes. Los monjes de San pensamiento medieval. Hay entre ellos una relación clara, pero
Víctor y Bernardo de Claraval (1091-1153), representantes del también existen diferencias. Alberto fue quien abrió las posibili­
espíritu monástico, se levantaron contra los excesos del pensa­ dades, aunque careció de la organización en su exposición que
miento racionalista, buscando en la caridad y la humildad el caracterizó a su discípulo. Santo Tomás, aplaudido como el
verdadero camino a Dios. exponente culminante del esfuerzo de conciliación entre la razón y
Abelardo fue condenado dos veces (en Soissons en 1121 y en la fe, creador de un sistema de pensamiento de gran vigencia para
Sens en 1141) por congresos católicos. ¿Cuál era la posición de algunos, simple recopilador de estudios de otros pensadores para
este clérigo tan “condenable” ? En lo referente al problema de los otros, fue el autor de la “Summa Theologica” , y un gran estudioso
“ universales” , pensó que éstos no podían existir separados de las de Aristóteles y sus seguidores, los llamados peripatéticos. Por
cosas, no aceptando así la posición realista, pero que tampoco eran sobre la discusión moderna de sus valores, la importancia del
simples nombres, sino que son concepciones de la mente humana, tomismo es indudable. Su éxito consistió en purificar la doctrina
con valor propio. En cuanto a la Trinidad, consideró que sus aristotélica de las adiciones árabes, en utilizarla en apoyo del
manifestaciones representan las virtudes esenciales de Dios, que dogma católico con una claridad y sistematización muy logradas.
separadas no valen, pero reunidas son la perfección: poder, Su tarea no era descubrir verdades: éstas ya estaban dadas. Eso le
sabiduría y bondad. dio una tranquilidad de espíritu que no existe en un San Anselmo
La condena de Abelardo no fue la condena a su doctrina: lo o un Abelardo.
fue a su orgullo intelectual, a su modo de pensar y enfocar el El camino hacia la ciencia experimental. Al hablar de los
estudio. Según él, sus alumnos “ reclamaban razones humanas, y caracteres del pensamiento medieval, destacábamos su diversidad.
físicas, y necesitaban explicaciones inteligibles más que afirma­ En el mismo momento en que en París los intelectuales continúan
ciones. Es inútil hablar si no se hace inteligible lo que se dice, y no
se puede creer lo que antes no se ha comprendido, y es irrisorio en el camino de la integración de la razón y la fe, los ingleses de
enseñar a los otros lo que ni uno mismo ni aquellos a quienes se Oxford transitan un camino diferente. Para ellos es menos
explica pueden comprender” . Combatiendo la intolerancia,’pro­ importante la intención de poner el razonamiento al servicio de la
fe. Partiendo de la experiencia usarán un método intelectual
curando la libre discusión, se coloca, como lo señala Fouillé, en el
camino de la futura independencia de la filosofía con respecto a la diferente y echarán las bases de la ciencia experimental. De
Aristóteles se recoge la exigencia de la observación y la experimen­
teología. tación.
El acuerdo de la razón y la fe. A pesar de los grandes avances El espíritu laico progresa allí aceleradamente, aunque sus
logrados, hasta el siglo XII la razón está trabajando para la representantes sean hombres de Iglesia como Roberto Grosseteste
23
22
(1 175-1253). El mayor representante de la corriente fue Roger tomismo, sino del librepensador que defiende hasta la muerte su
Bacon (1214-1292), también clérigo, y crítico agudo de la independencia de criterio.
escolástica y sus representantes. Una frase suya es muy clara para En Juan Duns Escoto (1265-1308) encontramos otra oposi­
afirmar esa posición, así como para acercarnos a sus ideas: ción al tomismo, que ha sido presentada tradicionalmente como la
“Alberto y Tomás son muy inteligentes; lo único que se les podría oposición de lo crítico a lo dogmático. Dice Vignaux: “ Su ardor es
observar es que enseñaron antes de aprender, ya que aprender es el del buscador, no el de un doctrinario; pero una vez verificados
imposible sin experimentar” . los materiales, viene la construcción rápidamente. O mejor
Para él es de gran importancia el conocimiento perfecto de los diríamos: poner a prueba y construir con un solo movimiento” . Es
idiomas en que están escritas las obras que se estudian para captar también un teólogo, interesado en los problemas de la Revelación
plenamente la intención del autor, así como piensa que la y la Trinidad, y en sus posiciones el problema de los universales
Matemática es una ciencia básica; ella es en sí el arte de demostrar: está de nuevo presente.
para él la lógica depende de la matemática. La inquietud del siglo XIV encuentra en Guillermo de Ockam
No debemos pensar sin embargo que este hombre, en el que (1293-1350) a su mayor representante. Expositor del nomina­
apuntan ya tendencias tan modernas, estaba desconectado de su lismo, combatió la forma en que el pensamiento de la Edad Media
tiempo. También hace provenir sus hallazgos de las Sagradas había entendido a Aristóteles, pero además declaró indemostrable
Escrituras: “Puesto que las Sagradas Escrituras nos dan esta la inmortalidad del alma, y también no válidas las argumentaciones
sabiduría, es evidente que la verdad está en ellas” (citado en que probaban la existencia de Dios y sus atributos. El sostuvo la
Vignaux). Las Escrituras contienen la verdad; el hombre debe existencia de Dios, pero los dogmas de la Iglesia católica eran para
desarrollarla, no rechazar las ciencias profanas sino atenderlas, él indemostrables y también improbables, pues a la mayoría de los
luchando contra la ignorancia. hombres razonables les parecían falsos.
Contra la unidad del pensamiento. En Santo Tomás y en Aunque condenada, su doctrina irradió en París y luego en
Bacon encontramos los representantes de los dos grandes sistemas Europa. Sobre todo, dio gran impulso a la actividad científica por
del siglo XIII, ambos destinados a tener gran influencia. Pero su fundamentación en la experimentación y en la observación
mientras el método del segundo sería seguido y ampliado en el como bases del trabajo intelectual.
futuro, el escolástico alcanzó su culminación con Santo Tomás, Otro gran representante del pensamiento de los últimos años
pasando a desintegrarse ya en los años siguientes. Esto va dicho sin de la Edad Media, y valioso antecedente para la ciencia futura, lo
desmedro de reconocer que el tomismo, pasando por etapas de constituyó Raimundo Llull o Llulio (1235-1315), terciario fran­
aceptación diferente, ha perdurado. La encíclica “Aeterni Patri” ciscano de origen catalán y de gran erudición, defensor de los
del papa León XIII del 4 de agosto de 1879 resucitó la estudios de la sabiduría islámica, judía y antigua, defensor del
importancia de su vigencia en la Iglesia moderna. sueño de una ciencia total que abarcara todos los principios.
No obstante ello, en su misma época, la influencia de la
filosofía árabe llevó a otros pensadores a conclusiones diferentes.
31 libre estudio de Aristóteles, sobre todo a través de la visión de
Averroes, condujo a interpretar que los planteamientos del EL FIN DE LA EDAD MEDIA
maestro griego contrariaban el dogma católico.
Siger de Brabante (1240-1282) es el representante de esta Estas tendencias diversas continuaron mostrándose en los años
corriente, que, sin negar las verdades reveladas y ni siquiera afirmar finales de la Edad Media, preparando el camino a lo que serían los
que podían existir dos verdades, muestra que la filosofía contra­ caracteres de los tiempos modernos.
dice a la teología. Su lucha indeclinable por imponer el uso de la El hombre de la Edad Media tuvo como aspiración más
razón y su apasionada entrega a la causa de la ciencia pura, hacen importante el goce de, la vida eterna. Eso determinó la atención a
de su figura centro de admiración y de ataque. Condenado por la los temas teológicos, la intención de mantener un ordenamiento
Inquisición, encarcelado y asesinado, Siger de Brabante será en el del mundo que se basaba en las ideas de la creación impuestas por
futuro todo un símbolo, no sólo de la corriente opuesta al la Biblia y completadas por el esquema de funcionamiento y
24 25
muy bajo. La instrucción estuvo muy poco difundida, y se
estructura del planeta de Ptolomeo y por las normas que al concretó, en general, a conocimientos elementales. Sólo en los
pensamiento le dio Aristóteles. La grandeza de la obra de Santo últimos tiempos de la Edad Media se llega en las Universidades a
Tomás es reunir y conciliar esos aportes en un edificio. un nivel superior de estudios, pero éste será privilegio de una
El pensamiento medieval, dominado por el interés de de­ minoría. Téngase presente que recién en el siglo XVIII los hombres
mostrar la armonía suprema que reinaba en el mundo, tan de la Ilustración harán suyos los deseos de difusión de la cultura,
emparentado con la Teología, y preocupado por ver todas las de llevar al número más amplio posible de hombres los bienes
manifestaciones de la vida unidas para la realización de un ideal culturales.
común, dejó trabajos importantes pero no pudo concretar su Se puede distinguir entonces muy claramente entre el cono­
sueño: elaborar un sistema universalmente aceptado. cimiento vulgar, las ideas comunes con las que los hombres
El rechazo por parte de algunos pensadores de las grandes corrientes se manejaron, y el nivel de conocimiento a que llegaron
obras de síntesis, es el testimonio de que el gran ideal de la Edad los hombres más preparados.
Media cristiana, la unidad de la fe y el pensamiento, está perdido. En el primer aspecto, en el que se incluyen los porcentajes
Esto se vio claramente cuando la angustia por los problemas de la más altos de población, los conocimientos eran escasos y defor­
existencia y la muerte se hicieron más fuertes en tiempos en que mados. Se encontraba en la religión respuesta a las preguntas más
grandes calamidades azotaban a las poblaciones. Un modo de trascendentes sobre el origen y el destino del hombre. En el
pensar alejado de las necesidades reales y materiales del hombre terreno del conocimiento común del mundo se manejaban con
murió por su propia ineficacia para adaptarse a los cambios. ideas ingenuas. Con relación a la posibilidad de obrar sobre la
Por otra parte las tendencias del pensamiento en los centros realidad, se mantenían vigentes ideas mezcladas con superstición y
urbanos que crecen, donde la burguesía y la nueva economía se hechicería. Se creía comúnmente en los poderes mágicos. Como lo
afirman, preparan el Humanismo. Desde fines del medioevo están ha pintado con gran habilidad Huizinga en El Otoño de la Edad
presentes precursores corno Petrarca y Bocaccio. Media, había regiones de Europa en que la hechicería se daba con
mayor intensidad, pero el fenómeno era común a todo el
continente y alcanzaba también a los círculos altos de la sociedad.
Aunque hechicería y brujería acarreaban la condena y persecución
de la Iglesia, las prácticas no pudieron ser extinguidas. Para el
pueblo solamente eran condenables si conducían a crímenes. De lo
contrario, las apoyaba. Cuando en la ciudad francesa de Arras se
suspendieron los procesos por brujería que se habían iniciado, el
hecho fue celebrado con fiestas por la población.
EL E S T A D O DE L O S Por su parte el nivel de conocimiento y ciencia entre los
círculos de intelectuales, si bien más elevado, no brilló por su
C O N O C IM IE N T O S altura. También la superstición y la hechicería estaban fuerte­
mente mezcladas con los conocimientos científicos. Eso, y la
Y L A S C IE N C IA S actitud de los intelectuales, constituyó un freno importante para el
avance de las ciencias. Antes que a los trabajos científicos y de
explicación del mundo natural, los intelectuales de la Edad Media
-an te todo teólogos—dedicaron su preocupación a los problemas
de Dios. Por otra parte, las condenas repetidas a quienes se
GENERALIDADES apartaban del dogma, en una época en que la Iglesia como
institución era tan importante, fueron un obstáculo serio.
El conocimiento que los hombres medievales tuvieron del Y no sólo eso: los hombres que se interesaban en las ciencias
mundo y su funcionamiento fue reducido. Por una serie extensa de de la naturaleza eran subestimados. Todo lo que se relacionara con
causas, el hecho es que el nivel del conocimiento científico fue las artes mecánicas quedaba excluido de las Universidades y sólo
27
26
podía ser tratado en los talleres de los pequeños artesanos. Se transformación en oro de los metales vulgares, proporcionaron
consideraba ofensa sagrada, y por ello pasible de condena, todo datos y elementos que resultarían base de futuros trabajos
intento de afectar el orden de la naturaleza. Friedrich Heer en su realizados ya con otra orientación en los siglos siguientes.
obra El mundo medieval recuerda que aún en el siglo XIX la
Academia Española de Ciencias “rechaza por motivos teológicos” Física
un proyecto de canalización del río Manzanares, haciendo gala del
mejor espíritu medieval. En el campo de la Física, las más importantes conquistas se
Ciertamente no es posible negar la existencia de inquietudes hicieron en óptica. Esta, poco trabajada hasta entonces, se vio
intelectuales que dieron lugar, como hemos visto, a distintas impulsada en el siglo XIII con la invención de anteojos para
corrientes de pensamiento. Pero no es menos cierto que el clima de utilización humana, pero sobre todo con el perfeccionamiento de
censura, puesto de manifiesto en repetidos procesos y condenas, las lentes que servirían para la observación astronómica.
debió de actuar en sentido negativo sobre todos aquellos que no se La mecánica y el estudio de las leyes que regulan los
atrevían a afrontar las consecuencias de sus actos. Puede decirse fenómenos llevó a conocimientos importantes, entre ellos el
que el ambiente no era favorable para un gran desarrollo del perfeccionamiento de los relojes en el siglo XIV.
espíritu científico. Ejemplos sobran de la actitud negativa asumida
frente a los primeros sabios que con sus descubrimientos atentaban
contra la tradicional concepción cristiana del Universo. La prisión Geografía
de Bacon y el famoso proceso de Galileo en los primeros años de Desde este punto de vista, los conocimientos del mundo eran
los tiempos modernos, son algunos de los más sonados. deficitarios. Fuera de las costas del Mediterráneo y Europa en
Con todos estos obstáculos y caracteres, el conocimiento y la general, el conocimiento estaba restringido y era parcial, limitán­
ciencia medievales aparecen como una mezcla de elementos dose a aquellas zonas que se conocían por vínculos comerciales.
racionales e irracionales, científicos y no científicos, que confun­ En los más importantes centros del comercio medieval se llegó a
den los resultados y la visión del conjunto. elaborar los mapas y registros más importantes de la época, que
representan los mayores logros en este aspecto. Es el caso de los
Astronomía “ portulani” , mapas y guías de viaje que los navegantes preparaban,
sobre todo en las ciudades italianas, y que fueron fundamentales
Los conocimientos de astronomía eran todavía elementales. para el desarrollo de la cartografía.
Se aceptaba la teoría geocéntrica, o sea la que afirmaba que la Al margen de esto, algunos viajeros especiales contribuyeron
Tierra era el centro del sistema planetario y que alrededor de ella con sus datos al conocimiento del mundo que tenía el hombre
giraban el Sol y los planetas. Sin embargo, el conocimiento de los medieval; es el caso del famoso Marco Polo, quien, en su obra “II
astros y sobre todo el perfeccionamiento de los métodos de Millioni” , describió sus viajes por Oriente, que lo llevaron a habitar
observación y estudio prepararían el terreno para la gran revo­
lución de los siglos siguientes. En la Edad Media todavía lo más diecisiete años en China.
importante era la astrología, herencia de la vieja Mesopotamia. Por
ella se sostenía, como lo hacen aún hoy algunas personas, la Matemática
influencia de los astros sobre la vida humana y sobre la Tierra en
general. Con la finalidad de sacar conclusiones y predicciones, los Uno de los campos en que los avances de la ciencia medieval
astrólogos se vieron obligados a hacer estudios que en algún fueron más marcados radicó en las Matemáticas. Se debió ello a la
aspecto resultaron valiosos. gran influencia de los árabes. Los europeos se habían mantenido
con la vieja numeración de base romana, carecían de la noción de
Química cero, y estaban bastante atrasados en general en este terreno. Los
conocimientos árabes fueron expuestos y comenzaron a ser
En materia de Química los trabajos de los alquimistas, difundidos entre los europeos, aunque bastante tardíamente. En
empeñados en buscar la piedra filosofal que permitiera la los últimos años de la Edad Media, Leonardo Fibonacci dio a
28 29
conocer el sistema decimal y ia utilización del cero, así como la
aplicación del álgebra al estudio de los problemas geométricos. Los largo de los años, eran mezcla de disposiciones y consejos sin
números arábigos comenzaron a ser utilizados en forma general, aplicación imperativa.
también tardíamente, hacia el siglo XIV. Desde el siglo XI se comienza su depuración, con trabajadores
como Ives de Chartres y Bernaldo de Constanza. Con el apoyo y el
trabajo de varios concilios, se llegó en el siglo XIII a la primera
Medicina colección oficial ordenada por Gregorio IX. Codificaciones poste­
riores ordenadas por Bonifacio VIII y Clemente V constituyen el
Hacia los tiempos culminantes de la Edad Media, dentro del cuerpo del Derecho Canónico.
ámbito universitario, se llega también a conocimientos más La Universidad de Bolonia se convirtió en el centro funda­
avanzados en Medicina. La Universidad de Montpellier fue un gran mental de los estudios de Derecho en los siglos XII y XIII.
centro de esta especialidad. Los estudios progresaron, con el
inconveniente de que estando prohibidas las disecciones no se
podía conocer en mejor forma el funcionamiento del cuerpo
humano y el desarrollo de las enfermedades. Para el hombre
medieval el cuerpo humano era la imagen de Cristo. Practicar la
disección era un acto impío, un acto contra el mismo cuerpo del
Señor. A pesar de ello se lograron algunos progresos. En Salerno se
practicó desde el siglo XII la disección de cerdos y luego de
cadáveres de criminales.
Otro aspecto positivo es que se fue valorando en forma
creciente la especialización y la preparación adecuada, cuando los LOS C EN TR O S
estudios universitarios cobraron prestigio. En muchas ciudades se DE E N S E Ñ A N Z A
exigía entonces el título para ejercer la Medicina. En este campo
también la influencia de los árabes fue importante. Los adelantos
por ellos logrados, sobre todo en cirugía, y la formación de centros
hospitalarios, fueron aportes valiosos para la evolución de Occi­
dente.
LOS PRIMEROS SIGLOS DE LA EDAD MEDIA
Derecho
Los estudios de Derecho, abandonados en los primeros siglos Como se ha afirmado anteriormente, el nivel de la enseñanza
medievales, fueron retomados a partir del siglo XII. La mezcla que medieval fue bajo, sobre todo en los primeros tiempos.
se había producido en •re la vieja legislación romana con el Caída la autoridad romana, era imposible, en el desorden
Derecho de los pueblos germanos, así como la observancia consiguiente, pensar en una enseñanza sistemática y organizada.
despareja de esas normas, determinó que entonces se fuera a una Los intelectuales y la gente culta guardaban para su disfrute o
tarea de estudio paciente que tuvo su centro en el Derecho conservaban para tiempos futuros los conocimientos que poseían.
Romano. Formados los reinos bárbaros, las cosas no cambiaron en absoluto.
La Edad Media lo conservó, lo trasmitió y lo estudió. Los En el caso de los hijos de las familias nobles la educación
estudios del Derecho Romano tendrían gran trascendencia en los consistía únicamente en una corta iniciación en los ideales
años futuros al iniciar un nuevo concepto de los derechos humanos cristianos (en el caso de reinos católicos), y sobre todo en
y los deberes del Estado al servicio de los intereses públicos. educación física, con miras a la actividad militar. Esta educación,
Es necesario citar también la sistematización del Derecho de tipo familiar, no alcanzaba más que a ese sector.
canónico. Las normas y disposiciones de la Iglesia, producidas a lo En el caso concreto del reino franco, en la época merovingia
comenzaron a organizarse las escuelas cristianas destinadas a la
30 31
formación de clérigos en las mismas parroquias o monasterios. desarrollándolas. Esas siete disciplinas —incluidas en dos grandes
Estos centros fueron los primeros en convertirse en escuelas para grupos, el trivio y el cuadrivio- constituían el núcleo de la cultura
los niños. Se enseñaba fundamentalmente escritura, para preparar a trasmitir.
en la lectura de la Biblia a los futuros religiosos. Desde comienzos El trivio, que significa triple camino, comprende el estudio de
del siglo VI el concilio de Vaison (529) recomendó la conveniencia la gramática, la retórica y la dialéctica. Para el estudio de la
de que las parroquias también se dedicaran a educar a los jóvenes retórica se utilizaban lecturas de Quintiliano y Cicerón. Para la
espiritualmente, imitando la costumbre establecida en Italia con dialéctica se empleaba a Porfirio y la lógica de Aristóteles a través
éxito. Aunque especializados en la formación de clérigos, estos de San Agustín. La gramática, considerada muy importante,
establecimientos admitieron rápidamente a niños destinados a la basaba su estudio en clásicos como Virgilio, Horacio, Juvenal,
vida laica, proceso inevitable cuando se trataba del único centro de Prudencio Fortunato y Sidonio Apolinar. Gracias a ella se podían
enseñanza. conocer los escritos y discursos antiguos, y corregir adecuada­
mente los que se producían entonces. Esa utilidad explica que
estuviera en la base obligada de los estudios. A la retórica se la
LA EPOCA CAROLINGIA estimaba por dar reglas para la expresión literaria, que complemen­
taba adecuadamente la gramática. La dialéctica fue vista como la
El período carolingio se destacó por un renacimiento de las lógica formal elemental, pero también en un sentido más amplio
letras y una renovación de la cultura en general. El impulso como la asociación de la filosofía antigua con el pensamiento
comenzó por una reforma de la iglesia franca que, auspiciada entre cristiano.
otros por San Bonifacio, no concebía la vida religiosa sin estudio e El cuadrivio comprendía los estudios de aritmética, geometría,
instrucción. La renovación de la Iglesia, que benefició al principio astronomía y música. Procuraba proporcionar al estudiante, que
sólo a algunos miembros de la sociedad, los clérigos, se extendió ya estaba preparado para adquirir los conocimientos por el
luego más ampliamente. aprendizaje básico del primer ciclo, una sabiduría más profunda, el
Cuando las conquistas de Carlomagno alcanzaron zonas donde dominio de los mayores y más apreciados conocimientos que el
la cultura romana se conservaba más, el proceso cultural aumentó. hombre poseía.
Pero el hecho más destacado de este período fue la voluntad
manifiesta de hacer llegar la educación a un número más amplio de
personas. Se asocia siempre al mismo Carlomagno la política de LAS UNIVERSIDADES
atraer a su corte a los intelectuales más famosos de su época y
sobre todo de impulsar la educación desde las escuelas parroquiales Las Universidades tuvieron su antecedente más directo en las
o monásticas, o fundándolas en los mismos palacios. escuelas episcopales anexas a las catedrales. Con el tiempo fueron
Uno de los personajes más destacados de este período, jefe y adquiriendo una personalidad propia y desde mediados del siglo
conductor de la escuela palatina de Carlomagno, fue Alcuino, XII y sobre todo en el siglo XIII se convirtieron en los repositorios
monje inglés al que ya mencionamos y del que precisamente del saber de la época.
afirmamos que se había destacado más como docente que como Este fenómeno del desarrollo y auge de las universidades no
pensador. constituye un hecho fortuito, sino que está íntimamente ligado a
las transformaciones económicas, sociales, políticas y culturales
que ocurrían en la época.
LAS MATERIAS DE ESTUDIO El renacimiento urbano y el crecimiento económico que se
producen a partir del siglo XI repercuten en el plano cultural, pues
Es en esa época cuando se echan las bases del ordenamiento de a mayor bienestar y menores preocupaciones corresponden nuevas
los estudios que distinguirá a la Edad Media. Como la Atenas de apetencias de un orden superior. Agréguense a ello los crecientes
Platón siguió las Siete Artes Liberales, se pensaba que París, contactos con Oriente y la importancia de España e Italia como
inspirado por la sabiduría divina, también alcanzaría brillo centros de irradiación cultural, y se tendrá una idea de los factores
32 33
hicieron sentir la fuerza de su autoridad, que pesó sobre las
favorables que cristalizarían en el desarrollo de las Universidades. universidades y fue otro de los incentivos para la lucha por la
La autonomía universitaria. La Universidad medieval aparece autonomía.
perfectamente encuadrada en el ámbito urbano. Allí donde la Con las autoridades municipales, escandalizadas muchas veces
ciudad naciente se organiza y reclama sus cartas o fueros, donde por la agitación universitaria, las peculiaridades de su gente y su
todos sus habitantes están integrados en gremios o corporaciones sentido de independencia, las luchas fueron frecuentes. Al cabo de
fuera de los cuales es imposible trabajar, la Universidad es un ellas obtuvieron algunas conquistas, reforzando su autonomía.
gremio más, el de los estudiantes y sus profesores, que se organizan Es importante la ayuda que prestó el Papa a la lucha por la
como tales. autonomía universitaria. La Iglesia tuvo sentido de oportunidad al
El propósito que movió a asociarse, a formar “universitas” o mantener a la Universidad en la esfera de su influencia, mediante la
sea corporaciones, no fue sólo el de copiar el modo de relación y dependencia con respecto al papado, en el momento mismo en que
organización de los distintos tipos de actividad de la época. crecía la tendencia a la laicización.
Respondió a una necesidad real de sus miembros. En medio de
ciudades no siempre hospitalarias, la unión organizada daba Organización interna. En líneas generales, las universidades
seguridad y defensa a sus miembros. La organización flexible y la agrupaban cuatro facultades: Artes, Derecho, Medicina y Teología.
falta de bienes materiales daban a la corporación universitaria la Cada una de éstas se organizó de acuerdo con sus necesidades.
posibilidad de emigrar en bloque si sus miembros eran molestados Había entre ellas, además, un ordenamiento jerárquico.
por las autoridades o los habitantes de la ciudad. Al procederse a su estudio suele tenerse en cuenta ante todo la
Universidad de París, que figura entre las más importantes y que
Las Universidades estaban sometidas a diversos lazos de
dependencia, que procuraron debilitar en su lucha por la autono­ sirvió de modelo a muchas otras.
En el grado más bajo, la Facultad de Artes era la que tenía más
mía. Sobre ellas se hacía sentir la autoridad de la Iglesia, del alumnado por ser el comienzo de los estudios. Los estudiantes y
monarca y del gobierno local.
profesores se organizaron en ella por el sistema de “ naciones” ,
Con la Iglesia, los vínculos eran muy fuertes. En primer lugar, agrupándose de acuerdo con su lugar de origen. Cada una de ellas
porque tradicionalmente la educación había sido función de la tenía en su dirección a procuradores, y éstos actuaban como
Iglesia y porque el origen de las universidades, como se há dicho,
asistentes del rector, que era la autoridad suprema de la facultad.
estaba en los centros eclesiásticos. En segundo lugar por el hecho Las restantes facultades tenían a su frente a un decano, con
de que los profesores eran clérigos.
quien colaboraban los maestros titulares o regentes. La dirección
Este vínculo se manifestó desde el punto de vista administra­
general de la universidad estaba a cargo de un rector, que
tivo en una relación de dependencia con relación a los obispos de normalmente era el rector de la Facultad de Artes, y de una
las ciudades. En los primeros tiempos, el obispo nombraba un
“ canciller” , encargado de los asuntos internos de la universidad, Asamblea de profesores.
quien, como representante del obispo, tenía, entre otras, la Este tipo de organización no fue el único existente. En Bolonia
facultad de conceder la licencia docente, o sea la habilitación para eran los estudiantes quienes directamente ejercían el gobierno de
ejercer los cargos de profesor. Posteriormente la Universidad la casa de estudios. Eso les daba grandes poderes y derechos sobre
obtuvo la importante conquista de reservar para sí esa prerroga­ “ sus” profesores, a quienes exigían cumplimiento puntual de los
tiva, con lo que se consumó el primer gran triunfo sobre la programas, sancionando con multas el incumplimiento, o llegando
supremacía episcopal. a boicotear a los “ no gratos” .
La relación con la monarquía tuvo un carácter especial. Las Planes de estudio. En lo referente a planes de estudio y
monarquías en proceso de fortalecimiento necesitaban del apoyo programas sólo se pueden establecer los lincamientos generales,
de la burguesía en su lucha contra la nobleza feudal y vieron porque en la práctica se dieron diferencias locales.
también en las universidades una solución para su necesidad de El aspirante a ingresar en la Universidad debía poseer
personas preparadas y aptas para integrar los cuadros de la únicamente conocimientos de latín, y lógicamente, poder pagar la
administración real y atender los problemas de los nacientes cuota fijada. No eran necesarios títulos de estudios previos, (que
estados. Por ello los monarcas brindaron apoyo, pero también
35
34
sin duda debían poseer quienes dominaran el latín), como
tampoco exámenes de ingreso. exámenes eran públicos, e incluían disertación y respuestas a un
El conocimiento del latín era imprescindible, puesto que la interrogatorio.
El problema de la escasez de libros impulsó una utilización
enseñanza se impartía en esa lengua. Consistía, esencialmente, en amplia de la memoria en los procedimientos de estudio. Los
comentarios de textos. Se conocen las obras y autores empleados,
pero también en este terreno hay diferencias según la época y el estudiantes se repetían sin cesar las fórmulas resumidas y aplicaban
lugar. En los estudios de París tuvieron gran importancia la lógica reglas nemotécnicas, en cuyo manejo parecen haber sido muy
y la retórica y se usó a Aristóteles predominantemente. En Bolonia hábiles. Ello no va en desmedro de que el método por excelencia
también se lo usó, pero la importancia asignada a las ciencias hizo de los estudios, tal como ya se ha dicho, lo fuera la discusión.
que se recurriera a Euclides y Ptolomeo. Problemas estudiantiles. Los miembros de la corporación
Ya hemos señalado que la Facultad de Artes significaba el universitaria, a pesar de haber conseguido un grado de autonomía
comienzo de los estudios universitarios. Impartía una enseñanza bastante amplio, seguían teniendo una serie de problemas, que
básica que duraba generalmente seis años, a partir de los catorce de eran, en primer lugar, de orden material. Los profesores eran en
edad. Comprendía dos ciclos: uno inicial de dos años con el que se gran medida monjes agustinos o benedictinos. Estos podían
obtenía el bachillerato, y el siguiente de cuatro con el que se encontrar su sustento en la comunidad a la que pertenecían, pero
llegaba al doctorado en Artes. Luego se podía ingresar en el resto de los profesores y alumnos no contaban con ese recurso.
cualquiera de las otras tres facultades. Medicina y Derecho La solución para los profesores podía estar en la percepción de un
comprendían cinco años de estudios, mientras que Teología, salario que les fijara la corporación. Esta contaba con los recursos
ubicada en el punto más alto de la jerarquía de los estudios, provenientes de las cuotas que pagaban los alumnos. Esta solución
comprendía quince años de cursos. complicaba la situación del sector estudiantil, que necesariamente
debía estar sostenido por sus familias. El hecho provocaba la
Cómo se estudiaba. El método de trabajo, de acuerdo con las existencia de una población estudiantil proveniente en gran
características del escolasticismo, suponía las siguientes etapas: número de las clases altas y sobre todo de la burguesía enriquecida
primero la lectura comentada de un libro (lectio)\ en segundo de las nuevas ciudades. Al estudiante de origen modesto, si bien no
término el planteamiento de un problema derivado de ese texto excepcional, escaso sí en porcentaje, le quedaba la solución de
(questio); seguía la discusión de ese problema (disputatio), para la beca, que podía provenir de un benefactor privado o ser la
arribar finalmente a las conclusiones posibles (determinado). Este subvención otorgada por un organismo público.
método fue el que se impuso en los estudios de Artes y Teología. La Iglesia, y más concretamente el papado, que se encontraba
Se trabajaba fundamentalmente planteando preguntas que dieran tan directamente, relacionado con las universidades, se encontró en
lugar a disputas y dentro de ese régimen se impuso la dialéctica. la obligación de atender este problema. Proclamó en consecuencia
el principio de gratuidad de la enseñanza. Entre las razones que
La enseñanza se basaba en la palabra del profesor. Los libros motivaron esta posición, la más legítima fue la voluntad de
eran escasos, sobre todo en los primeros tiempos. Ya en el siglo asegurar enseñanza a los estudiantes pobres. Se argumentaba que la
XIII se apreciaba su importancia y las mismas Universidades se sabiduría es un don de Dios, y que, por lo tanto, no se la podía
preocupaban por publicarlos, contando para ello con copistas y vender sin incurrir en simonía. La enseñanza integraba además el
oiganizando sus bibliotecas. No sólo se conservaban los textos de
los autores que servían de base a los cursos, sino también se ministerio del clérigo.
En cuanto a la vida diaria y las costumbres de estos
recogían en textos las enseñanzas de los profesores sobre la base de estudiantes, sobre todo los que venían de lugares distantes y los de
las notas que tomaban los estudiantes. La publicación de estos escasos recursos, constituían para la sociedad de la época un
textos se hacia rápidamente y parecen haber sido fundamentales espectáculo inusual, considerado indigno y escandaloso. La juven­
para el manejo de los educandos, sobre todo en la preparación de tud medieval, como la de todos los tiempos, caminaba más
los exámenes. La reglamentación de los exámenes, así como la
colación de grados, variaban de acuerdo con las Universidades. Sin adelante en costumbres y se mostraba menos prejuiciada que los
embargo, al igual que en los cursos, prevalecía la prueba oral. Los adultos, ya acostumbrados a una forma de vida estable. Los
estudiantes alquilaban su alojamiento cumpliendo diversas tareas
36 37
para hacerse de recursos y se concentraban en barrios especiales
como lo fue, en París, “ el barrio latino” .
Con el paso del tiempo se crearía el sistema de internados, o Pasaron por París, como alumnos o profesores, Pedro Abelar­
sea colegios que resolvían internamente el alojamiento de sus do, Alberto el Grande, Santo Tomás de Aquino, Alejandro de
estudiantes, o por lo menos de parte de ellos. Uno de los primeros Hales, Juan Duns Escoto, Roger Bacon, entre otros célebres
en este sentido fue el J e la Sorbona de París. El sistema derivó en intelectuales de entonces.
que los internados o “ colegios” se convirtieran con el tiempo en La otra universidad francesa de la época que gozó de gran fama
centros de estudios autónomos dentro de la Universidad, sobre fue Montpellier, dedicada en especial a los estudios de Medicina.
todo en Inglaterra. Se debe ello en gran parte a la presencia en esa zona, como en toda
la Provenza, de árabes, españoles y judíos. La influencia del primer
La época fue testigo también del estudiante que ambulaba
sostenido por la caridad pública, pidiendo limosna de Universidad grupo es de gran significación.
en Universidad. El hecho parece haber sido bastante común en En cuanto a Orleáns fue el gran centro francés de estudios
jurídicos y de conservación de la literatura clásica. Santo Tomás la
Alemania a fines de la Edad Media, y no debe ser confundido con
los casos de los clérigos pobres que en su período de estudios consideraba una de las más importantes de su época. Una de las
innovaciones más importantes que aparecen ligadas a la Universi­
cumplían ciertas funciones, como la de repartir agua bendita por
las casas de la jurisdicción de su diócesis, obteniendo así limosnas dad de Orleáns es que en ella, desde el siglo XIV, comenzaron los
profesores a dictar sus cursos en lengua nacional, abandonando el
Las Universidades más importantes. Si bien casi todas las latín.
ciudades importantes del medioevo tuvieron su Universidad, La gran rival de París, el otro polo intelectual de la Edad
algunas de ellas contaron con un prestigio mayor. Es el caso de las Media, fue Oxford. Alejada de los comunes problemas universita­
Universidades de París y de Oxford, en que ese prestigio se hacía rios le fue posible cumplir un desarrollo mucho más sereno.
evidente por la concentración de las personalidades intelectuales Las “ naciones” internas incluso dividieron escasamente y por
más importantes. Pero en la misma Francia y en Inglaterra hubo poco tiempo a Oxford. La autoridad papal no pudo afirmarse allí.
otros centros de gran notoriedad: Montpellier y Orleáns en la El ejemplo más claro de esto es quizás el éxito de Wycliff en el
primera, Cambridge en la segunda. siglo XIV. La Facultad de Artes impuso sobre tocio M orientación
En los restantes países de Europa occidental alcanzaron humanística que determinó la escasa importancia de Medicina,
prestigio las Universidades de Bolonia y Salerno en Italia; de Derecho o Teología, y el mayor impulso hacia las ciencias
Colonia y Heidelbetg en Alemania; y las de Salamanca y Valladolid naturales y a la actividad científica en general. Roberto Grosse-
en España. teste y Bacon fueron animadores de esa tendencia que distinguió a
Estos grandes centros de estudio se distinguieron, además, por esta Universidad. .
la especialización preferencial en ciertas disciplinas de estudio. Como secesión de Oxford, nació a principios del siglo XIU la
Universidad de Cambridge, de inseguros comienzos pero de gran
La Universidad de París fue el centro por excelencia de los
estudios de Teología. Surgida en la misma Isla de Francia, fue el prestigio posterior.
En Alemania la Universidad de Colonia gozo de enorme
fruto de la unión de varias escuelas que se concentraron en la prestigio como centro de estudios de Teología. Alberto Magno
colina de Santa Genoveva. Su evolución sirve de ejemplo de la enseñó allí, y también pasó por ella Tomás de Aquino.
lucha contra los poderes laicos y eclesiásticos, como también del De las Universidades italianas, Salerno se distinguió en estudios
apoyo papal. En el siglo XIII su prestigio era enorme y gozaba de de Medicina. Ya desde el siglo X se especializaba en este campo,
verdadero poderío. Los intelectuales europeos se mostraban concentrando los logros del antiguo conocimiento grecolatino en
ansiosos de llegar hasta París. Los miembros de la Universidad Medicina, y manteniendo contacto permanente con Constan-
provenían de todos los países de Europa y de las diversas regiones
de Francia. El papa Inocencio III la protegía especialmente: veía tinopla.
El otro centro de estudios importante de Italia fue Bolonia. Al
en ella un verdadero órgano de la Cristiandad. Las órdenes de hablar de la organización interna de las corporaciones universita­
dominicos y franciscanos se instalaron allí. rias, ya la habíamos mencionado como un caso especial, en que los
38 alumnos eran los verdaderos conductores y dirigentes de la
39
institución En lo relativo a los estudios, fue el gran centro católica. La presencia de formas y materias de estudio comunes
dedicado a la enseñanza del Derecho. dio también unidad al panorama universitario, reforzada por el
La vieja tradición del Derecho Romano tenía que mantenerse hecho de que la licencia docente habilitaba para enseñar en
COnS lríten5>idaa en Italia que en otros lugares de Occidente Las cualquiera de las Universidades de la Europa Occidental.
posibilidades de estudio eran mayores y más accesible la utiliza­ Cuando el número de Universidades creció en los últimos años
ción de fuentes. Sin duda pesó, además, para desplazar del centro de la Edad Media, los príncipes que contribuían a fundar sus
de ínteres los estudios de Teología, la vigencia de un espíritu laico Universidades nacionales, prohibían a sus compatriotas estudiar en
mas acentuado en la educación. Esto propició tanto el poderío el extranjero. Este fue uno de los factores del surgimiento del
estudiantil como la dedicación a los estudios de Derecho. Las particularismo que anotáramos.
cüi ’talianas’ a la vanguardia del movimiento comercial de la Con el paso de los años la gran cantidad de Universidades
Edad Media, necesitaban juristas y especialistas en administración fundadas trajo otra consecuencia negativa: el número pareció
para organizarse y desarrollar sus actividades. Desde el siglo XI exceder las necesidades reales. Muchos centros desaparecieron,
Bolonia crece, recogiendo lo que habían preparado ya como otros, como Pisa y Florencia, se fusionaron a mediados del siglo
centros de estudios jurídicos Roma, Pavía y Rávena. En el siglo XV. El número de estudiantes con que contaba cada casa de
XII llega a su apogeo en el estudio de Derecho Romano, cobrando estudios era reducido, salvo en el caso de los grandes centros como
vuelo en la dirección de la casa la figura de Irnerio. París, Oxford o Bolonia.
Allí se formaron los principales asesores de los emperadores Por otra parte la misma evolución del pensamiento y las
del Sacro Imperio y también los grandes papas de los siglos XII v vinculaciones con una sociedad que cambiaba, determinaron que la
XIII, como Alejandro III e Inocencio III. Universidad viviera en sí misma el proceso que vivía la sociedad
Como secesión de Bolonia nace en 1222 la Universidad de medieval entera. Cuando el orden feudal entraba en quiebra y los
Padua, que bajo la protección de la República libre de Venecia ideales medievales aparecían comprometidos y perdidos deíimtiya-
continuó la tradición liberal italiana. Gente de toda procedencia mente porque nuevos vientos soplaban anunciando lo que serian
acudía a Padua y formó la base de un trabajo que llevará a los los tiempos modernos, la Universidad engendró también elementos
grandes personajes a los umbrales de la ciencia moderna, como disolventes del antiguo orden.'Es el caso de las enseñanzas de
Galileo y Copérnico. Wycliff en Oxford o Juan Huss en Praga. La Universidad medieval,
Las Universidades españolas cuentan a su favor el aporte que la fruto de su época y enmarcadas perfectamente su organización y
cultura islámica pudo tener de renovador en el horizonte intelec­ sus inquietudes en el clima material y espiritual de la Edad Media,
tual medieval. Sin embargo la dependencia estrecha a los reyes y tuvo su momento culminante en el siglo XIII, y luego languideció.
las autoridades eclesiásticas no permitió un desarrollo muy amplio Los mismos contemporáneos fueron conscientes espectadores de
de las universidades peninsulares. Su momento más importante se esa decadencia que alcanzó también a los grandes centros como
lograría en ios primeros tiempos modernos, con la entrada del París Las críticas se centraban en cosas materiales, como la taita
Humanismo en España. de recursos para sueldos, o de libros, incluso en la falta de espíritu
Las Universidades de Europa Central son tardías. Las mismas de trabajo de los estudiantes. Pero también se criticaban cosas mas
alemanas nombradas, a las que habría que agregar las de Praga, serias: la parálisis de los métodos, la escasa capacidad demostrada
Viena, Cracovia, son fundadas a partir de la segunda mitad deí para cambiar su estructura y procedimientos tradicionales a tin de
siglo XIV. adecuarse a los tiempos nuevos. La Universidad medieval había
cumplido su ciclo. En los tiempos modernos las comentes
Declinación de las Universidades. El aumento del número de renovadoras del pensamiento y el gran avance de las ciencias se
las Universidades llevó a un cierto particularismo, que rompió el
antiguo universalismo. Al hablar de las distintas naciones en que se darían en marcos diferentes.
dividía la Facultad de Artes, se destacaba la presencia de personas
procedentes de distintos lugares geográficos en cada centro. En su El papel de la Universidad medieval. Ensayemos un pequeño
momento de esplendor, las Universidades fueron así internacio­ balance de la importancia de la Universidad medieval. Después de
nales, y parecían cumplir el sueño de la unidad de la Edad Media siglos de escasa preocupación por los bienes culturales, y sobre
40 41
¡°do 7 ? t¡ifusi? í1’ ,a Universidad vino a satisfacer con brillo una
deTa e x iste n c ifm ? 1* humano- Cuai?do las cond^ o n e s materiales la homosexualidad y las libaciones abundantes asombraban e
de la existencia mejoraron, y nos referimos a los medios urbanos
as exigencias de la nueva vida llevaron a los sectores burgueses a inquietaban. Bernardo de Claraval incitaba ardorosamente a
volcarse con avidez al conocimiento de todo aquello que resultaba abandonar París para “salvar el alma” a profesores y estudiantes de
la Universidad. Tan grave como ello era el desprecio a los
contabilidad*.6 ^ SU y SUS nesoclos fritu ra ! ignorantes y la confianza ciega en las propias posibilidades. Este
Los reyes que acrecentaban su poderío eran asimismo cons­ peligro, al que condujeron algunas de las carencias del sistema
cientes de la necesidad de una administración más racional­ educativo tal como estaba estructurado, no puede sin embargo
mente llevada, para la cual necesitaban de gente preparada Ese empalidecer la tarea que muchos otros cumplieron, superando por
impulso hacia la cultura arrastró también a los nobles, que se su propia grandeza esas dificultades.
preocuparon mas que antes por una formación sistemática que
incluso parece haber llegado en algunos casos a las mujeres: si bien
la educación se impartía sobre todo a los hombres, hay testimo-
cúkur mUJereS nobles ° religiosas que llegaron a elevado grado de
Dentro de ese mundo de nuevas exigencias culturales, la
universidad encontró la posibilidad de un gran crecimiento.
Cumplió su misión satisfaciendo esas necesidades y siendo un
ejemplo de organización medieval. Se ajustó en integrantes,
organización e inquietudes a los caracteres generales que tuvo la' LA L IT E R A T U R A
cultura medieval. Fue el centro de acción de quienes demostraban
mayores preocupaciones culturales, y si bien transitó con prefe­
rencia por las vías que el ambiente le imponía, fue también
semillero de donde brotaron preocupaciones distintas. La poesía épica
Fue en ella donde los intelectuales hicieron su esfuerzo por
comprender los misterios que la preocupaban, por integrar sobre Dentro del campo de la literatura, la Edad Media significo el
todo en un solo rumbo la razón y los métodos legados por la principio de la producción propia de cada país europeo. Este
antigüedad greco-latina con el dogma de la religión dominante. hecho tiene gran importancia: comenzó el uso de las lengua
Esfuerzo que si por un lado mostró una gran capacidad intelectual, nacionales y, además, las obras producidas entonces están en la
condujo también a una esclerosis que le fue mortal. Y lo fue base de las tradiciones que sirven de sosten espiritual y dan
porque no le permitió adaptarse a las nuevas exigencias que se le cohesión a grupos humanos modernos.
planteaban. Durante los primeros siglos de la Edad Media no hubo
En cuanto a la Universidad como centro educador, sus logros producción literaria importante que se conserve. A medida que se
más importantes están sin duda en el lado del intelecto. En este borraba la impronta romana, los letrados se dedicaban a la
aspecto parece haberse proporcionado elementos para una buena conservación de obras antiguas y no a la producción de obras
formación. Se ignoró en cambio todo el terreno de la personalidad nuevas. . .
individual, trabajar con las necesidades de cada uno respetando y En cuanto a los pueblos germanos que se instalaron en
atendiendo sus características psicológicas y sus sentimientos. Esas Occidente, debieron de tener sin duda sus propias composiciones
carencias promovieron personalidades muy especiales, que choca­ heroicas referidas a sus sucesos más importantes. El mismo proceso
ron a las gentes comunes y a los espíritus más religiosos. Hábiles en de asentamiento y conquista de los territorios europeos tiene que
ci razonamiento, se sentían distintas de cjuienes no tenían su nivel haber dado tema abundante a la inspiración poética de aquellos
y propensas a tomar actitudes distintas. La libertad de costumbres. hombres. Estas obras tuvieron carácter oral, y su existencia esta
confirmada por las disposiciones de Carlomagno, que con el atan
42 cultural que lo caracterizó, ordenó coleccionar y copiar esas
43
antiguas composiciones germanas. Arnold Hauser supone con cruzadas. Los cantares de gesta surgen así por la conjunción de
propiedad que el hecho demuestra que ese género estaba en tren varios elementos que se integran: una nobleza guerrera en la
de desaparecer, no era ya practicado por los poetas, y que se cúspide de su sociedad que conoció peregrinaciones y cruzadas, en
procuraba por esos medios conservar lo posible. Se explica el las aue convivían monjes y pueblo, y donde surgió como elemento
abandono de este género porque el gusto de las clases educadas de típico el juglar. Este ya no es para Hauser el antiguo cantor
la época debía volcarse ya hacia otros horizontes: el rescate y la aristocrático de la época carolingia, sino un cantor vulgar y
admiración de la producción clásica grecolatina. La poesía épica ambulante, uno más de los sectores desarraigados que conocio la
dejo de gustar a los intelectuales pero debió conservarse entre las Edad Media.
masas populares adaptándose a las normas impartidas por el
cristianismo. La poesía trovadoresca
En el siglo XI, correspondiendo con el florecimiento econó- Un género diferente aparecerá en ciertas cortes señoriales una
mico, urbano y cultural, comienzan a tomar forma escrita las vez que los tiempos se calmen. Nos referimos a la poesía
primeras obras literarias medievales. Estas son redactadas en trovadoresca, que surge en Provenza, al sur de F ran c i^ El
lenguas romances; son poemas épicos que narran episodios bélicos refinamiento de gustos y costumbres que se alcanzo allí determino
y azanas de los nobles locales, y se los conoce con el nombre todo un modo de vida distinto. Este estilo de vida, del que se ha
genenco de cantares de gesta. En la Europa occidental ya feudal la tomado como símbolo a la famosa Leonor de Aquitama esposa
nobleza guerrera que ocupa el plano superior de la sociedad sucesivamente de un rey de Francia y de un rey de Inglaterra,
encuentra colmados sus gustos en tales cantos, que exaltan los provocó un género literario distinto. Los trovadores poetas y
ideales caballerescos. músicos generalmente nobles, son quienes componen los nuevos
Los temas están inspirados en episodios de épocas anteriores poemas líricos que agradan a esta sociedad. En tanto las canciones
del mismo modo que la nobleza guerrera de la época homérica en de gesta iban dirigidas a un auditorio masculino, la poesía
recia gustaba de oír las hazañas de los nobles y reyes del período trovadoresca está destinada a la mujer. t _
micemco. Cada país europeo tuvo su gran epopeya épica: Francia De acuerdo con el papel que la mujer desempeña en esta
La chanson de Roland; España, El cantar del Mió Gd; Alemania’ sociedad, los trovadores cantarán los sentimientos que esta
La canción de los Nibelungos. despierta, marcando una tendencia a la espiritualización en las
r... L,a distancia que media entre los episodios que se relatan y la relaciones entre los sexos en la que se ha visto algo asi como el
íijadon por escrito de los poemas determina un problema no origen de la concepción moderna del amor. Este aparece como una
dilucidado, y frente al cual los autores han asumido distintas sublimación del instinto y promotor de un enriquecimiento
posiciones. Estas pueden ser resumidas en dos grandes grupos: interior del hombre. Antes se había cantado solo al amor físico,
• Las composiciones fueron elaboradas en la época antigua v sin tener en cuenta las repercusiones que esas relaciones pudieran
trasmitidas oralmente.• tener sobre la personalidad. .
El origen de este género se liga a la estructura social en que
• Quienes objetan que es imposible que una colectividad surge. Quienes cantan su amor a la dama noble, esposa del
trasmita íntegramente composiciones tan extensas, y piensan que principal del castillo, son caballeros de segundo orden. El trato
solo se pueden trasmitir oralmente motivos aislados e inconexos, dado no sería más que una trasposición a formas poéticas de los
contribuyen a elaborar una teoría que integra y tiene presente lazos de dependencia que el vasallaje ha establecido. El trovador le
elementos distintos. Los poemas épicos fueron compuestos por los canta a una dama a quien admira, pero con quien no mantiene
juglares o ministriles (cantores ambulantes que decían sus cancio- relaciones. Es otra forma en que el vasallo rinde homenaje al señor.
nes en las justas y torneos que se celebraban en las cortes Por eso no ofende a éste y puede dirigirse libremente a la mujer
señoriales). Se trasmitieron oralmente hasta fijarse por escrito casada. La falta ae contacto entre el poeta y su heroína conducen
hacia el siglo XI. Todo esto sucedió en una época alejada de los a que el trato sea muy especial, hable de sentimientos y no tenga
episodios en sí. Lstos fueron conocidos por la erudición de los ninguna alusión a la relación carnal. Es en este sentido que se ha
monjes, que fueron quienes aportaron los datos de los episodios hablado de espiritualización. Esto no significa que ja atracción
pasados, sobre todo en ocasión de las grandes peregrinaciones o sexual no existiera. Mientras la mayoría de las doncellas se
44 45
misma línea del de los autores de las Summas, como Santo Tomás
recluían para su formación en los conventos, las señoras tenían de Aquino, o de los constructores de las catedrales que resumían
que ser el centro de las aspiraciones de quienes vivían en las cortes. toda una ideología y una intención de integrar y reunir el Universo
Ajustándose a estas características, el canto de amor trovado- en un edificio.
resco presentó una formulación diferente de la que había predomi­
nado hasta entonces. Proyectada hacia el futuro, y transformándo­ LOS PRIMEROS HUMANISTAS
se con los cambios de la sociedad que se produjeron, se Ilesa a las
concepciones actuales. Si seguimos adelante en el tiempo, nos encontramos en la
Los romances misma Italia con Bocaccio, Petrarca y los primeros humanistas,
temas que se conectan con la preparación del Renacimiento y
Además de estos géneros mencionados. Ja Edad Media conoció escapan a lo típicamente medieval.
los llamados romances, composiciones escritas también en lenguas
nacionales —de ahí su nombre—, que toman como inspiración EL TEATRO
ciertos temas que se repiten, como Troya, las aventuras del Rev
Arturo, los amores de Tristán e Isolda. Uno de los más famosos, ’v En lo relativo al teatro, no fue éste un género al que se le
que sirve para hacerse una idea clara del tipo de composición que asignó la importancia que tuvo en la Grecia clásica o el sentido de
es el romance, es el llamado “ Romance de la Rosa”, dividido en los tiempos modernos. Lo que se representaba fundamentalmente
dos partes que corresponden a autores y épocas distintos. La eran “ misterios” , como se le llamaba a la representación de los
primera corresponde claramente a las concepciones de la poesía episodios bíblicos o la Pasión de Jesucristo, o los “milagros ,
trovadoresca. La posterior encara ya las relaciones de una forma temas religiosos vinculados a la vida de santos. Las representacio­
diferente, evidenciando el cambio hacia una forma más materialis- nes se hacían en las mismas iglesias o en escenarios especialmente
ta de la relación entre los sexos, que se corresponde con las construidos a esos efectos.
características de la poesía urbana de que pasaremos a hablar.
La poesía de los goliardos
Hacia el final de la Edad Media aparece otro género literario.
Es la poesía de los goliardos, típicamente urbana y relacionada con
las formas de vida y costumbres de la burguesía urbana y los
estudiantes ambulantes. Se trata de una lírica amorosa que
desconoce la espiritualidad del trovador, y se expresa con una
crudeza y un tono irrespetuoso muy marcado. Es una literatura
parcial y a veces autocrítica, que expresa la mentalidad, muchas
veces irónica, y la forma de vida de un grupo social especial. Si EL A R T E
tuvo eco fue precisamente por su forma llana y hasta picante de
expresarse.
Dante
Dentro de la literatura medieval de fines del período, merece MANIFESTACIONES EN LOS PRIMEROS SIGLOS
destacarse una obra de la que es difícil hacer un juicio, y ni
siquiera un resumen breve, por su importancia capital y por el Los primeros años de la Edad Media en el Occidente europeo
sitial que ocupa en la literatura mundial: La Divina Comedia de no fueron testigos de una producción artística importante. En
Dante Alighieri. Dentro del panorama histórico es necesario anotar arquitectura, Italia, España y Francia son las regiones que aun
que se trata de una obra típicamente medieval en su concepción conservan restos importantes para el estudio de este periodo de
del mundo y en la expresión de gustos y formas de vida. El barbarización de Occidente: el baptisterio longobardo de Albenga.
conjunto es todo un símbolo, y el esfuerzo está sin duda en la
47
46
las iglesias visigodas de San Pedro de Waves y San Juan de Baños,
el baptisterio de Tarraja, el baptisterio de Saint Jean de Poitiers. y la granulación.
La precariedad de materiales empleados no ha permitido la Los ejemplos merovingios más destacados en el siglo Vil son la
supervivencia de algunos edificios. Se construyó a veces con fíbula de Wittislingen y el broche de Mólsheim. Los manuscritos
piedra, otras con ladrillo y piedra, y se utilizó en muchas ocasiones son de influencia copta, armenia y lombarda. Abundan los
material y columnas de monumentos clásicos. relicarios con forma de casa o de sarcófago, vasos litúrgicos y
Mientras se desarrollaba en Oriente el arte bizantino, el centro frontispicios de altares.
de Europa Occidental producía un tipo de artesanía menuda. Gran El aporte bárbaro en esta materia se fue mezclando con las
parte de esa producción ha desaparecido, robada o fundida en supervivencias romanas a medida que pasaron los años del
épocas posteriores. asentamiento. Los hombres de la Iglesia serían el vehículo
La orfebrería de los pueblos germánicos es lo más importante principal de la trasmisión.
de lo que poseemos. Joyas y adornos se han encontrado en las
tumbas de los reyes merovingios. Hechas de metal fundido, se EL PERIODO CAROLINGIO
caracterizan por su decoración, realizada sobre la base de dibujos
entrelazados, con líneas curvas y figuras convencionales, sobre El período de la restauración imperial bajo Carlomagno
todo de animales. La figura humana aparece escasamente. mostró, como ya fue establecido, un interés mayor por la cultura
Es un arte abstracto y primitivo, que recoge influencias en general. En el terreno artístico fue apreciable una utilización
orientales de las recorridas anteriores de los germanos. Una de ellas mayor de los temas y las técnicas de la antigüedad greco-romana,
es el tipo de decorado “ cloisonné” . Piedras preciosas y de pasta que en gran parte se tomó indirectamente a través del arte
coloreada eran engastadas en pequeños moldes formados con tiras bizantino. La influencia de éste fue notoria. Determinó la
de metal. Ejemplos de este tipo fueron encontrados entre los aparición de la figura humana con un tratamiento característico,
merovingios principalmente, pero también entre los visigodos. Es colocada de frente, así como otros cambios en las formas de
el caso del tesoro de Guarrazar en España, que posiblemente se decoración. Se continuaría con el empleo del esmalte, que en
relaciona con el rey Recesvinto y consta de varias coronas de oro y orfebrería alternaría con el empleo de las piedras preciosas. Era
piedras preciosas que se suponen votivas, cruces pectorales y una pasta de vidrio coloreada, fundida y pulimentada.
pendientes. El adorno de los libros, tanto en las miniaturas del interior
El arte de los pueblos bárbaros en estos primeros siglos marca como en los trabajos de encuadernación en marfil, constituyen la
con claridad sus relaciones con el nivel de su organización. Recogía manifestación más original e importante del período. Es esencial­
la influencia de los pueblos sedentarios que conocían, pero mente un arte de monjes. En esta época los monasterios se
expresaba su gusto y sus necesidades. Adornos pequeños y armas convirtieron en los verdaderos tallerés que dieron las normas del
era lo que se hacía; líneas geométricas y animales eran sus temas trabajo organizado. Es apreciable esto en varios terrenos de
de inspiración. Sus autores tienen que haber sido ya gente de actividad, no sólo artística sino económica.
oficio y especializada. En Inglaterra hay dos grandes corrientes religiosas, la iglesia
El tipo de producción y decoración corresponde así plena­ irlandesa y la romana, y se fusionan una serie de pueblos, lo que
mente al estadio de evolución en que se encontraban estos determina características muy especiales, a veces únicas, en su arte.
pueblos: economía agrícola predominante, pastoril y errante al Tales, las cruces que se levantaban aisladas para el servicio religioso
principio, que lentamente se sedentariza y se adapta también al donde no había iglesias. En el siglo Vil hay un florecimiento en
trabajo de la tierra, con una sociedad guerrera aún escasamente Nortumbria e Irlanda de la decoración en manuscritos iluminados.
diferenciada. Así, podemos citar al evangelio de Lindisfarne en Nortumbria y
Hay varios estilos: el franco, policromo, con piedras en libros de Durrow y de Kells en Irlanda quizás originarios de Iowa
disposición geométrica y simétrica, que desemboca en el franco- (el último es de principios del siglo IX).
merovingio, síntesis del primero; lombardo, con animales enfren­ La renovación de la iglesia franca mencionada fue motivo
tados, hojas, volutas; germano, lacerías, entrelazados animales de impulsor del trabajo en el campo del adorno del libro. Al
formas distorsionadas. La técnica es el damasquinado, el alveolado incorporarse parte del antiguo ritual fue necesario proceder a
48 renovar los libros sagrados. En los nuevos ejemplares aparecería
49
esta técnica distintiva de la época. Diversos monasterios, en no corresponde a la misma época, sino que fue aplicada desde el
Aquisgrán, en Corbie (que tenía cuatro talleres con veintiocho siglo pasado. Trata de indicar que es una derivación del arte
obreros), Saint-Denis, Tours, entre otros, se destacaron como romano, operada por los pueblos bárbaros y conteniendo en
verdaderos talleres de producción artesanal. La obra maestra es el consecuencia elementos germánicos, evidentes sobre todo en la
libro de Oro de San Émerano realizado hacia el 870 en Reims o
Saint-Denis. Su cubierta es de oro y piedras preciosas engarzadas decoración. “Como primera plasmación de un arte pancristiano se
en filigrana. nutre de aportaciones muy diversas y distantes entre sí” . El
El motivo central, de oro, tratado en relieve como el marfil, es románico es integración, porque al margen de los aportes romanos
el Dios de Majestad rodeado por los cuatro evangelistas y cuatro y germánicos es evidente la influencia bizantina.
escenas alusivas. Cada color de las piedras preciosas tenía un Sus orígenes han sido muy discutidos y si bien cada uno de sus
significado simbólico, y se empleaba como motivo de exaltación caracteres puede haber aparecido en distintos lugares, la fusión de
religiosa. todos los elementos pudo haberse logrado en diversos terrenos: a)
La arquitectura de la época también evidencia progresos en el Primer Románico de los monasterios benedictinos del Norte
señalados. En este campo es apreciable la influencia bizantina pero de Italia; b) en la expansión de la orden de Cluny; y c) en las
también aparecen innovaciones que resultan antecedentes de las iglesias de las zonas de peregrinaciones.
futuras formas arquitectónicas medievales, como el románico. La El arte románico expresa ante todo armonía y severidad de
influencia bizantina está presente en la construcción de la capilla líneas. Está plenamente integrado a la sociedad que lo produjo. En
del palacio de Carlomagno en Aix-la-Chapelle, que se inspira medio de un mundo religioso, donde la importancia de la Iglesia ya
directamente en la basílica de San Vital de Rávena. Es un ejemplo fue aquilatada, el románico expresó esos caracteres con claridad.
de la relativa incapacidad técnica de Occidente y del afán de El estilo adquirió de este modo caracteres muy propios y
reeditar la antigüedad. Tres siglos posterior a ésta es evidente la valiosos. Contra la opinión que dominó mucho tiempo, conside­
relación, a pesar de la carencia de “ la sutileza de las armonías rándolo un arte tosco, pesado y sin atractivos, hoy se valora su
espaciales de San Vital”. Debe destacarse el empleo de columnas originalidad y entereza, y se lo considera un gran estilo arquitectó­
antiguas en su construcción. nico por su sinceridad y la limpieza en la utilización de sus
En los años posteriores, las construcciones de la Basílica de elementos.
Saint Germain de Auxerre o la antigua catedral de Reims La arquitectura. Al caracterizar al románico en general
incorporaron por necesidades del culto que se practicaba nuevos forzosamente hablamos de la arquitectura. Esta es el arte
elementos en las plantas y una distribución distinta del espacio. dominante; las demás manifestaciones artísticas le están subor­
“Varios de los elementos del Alto Románico pueden verse dinadas. Va a servir a los ideales de la época al construir
empleados aisladamente en la arquitectura carolingia. La novedad esencialmente monasterios e iglesias. La relación, además, entre la
reside en la combinación de ellos; esto es lo que determina su cristalización de este estilo y la prédica y expansión del movi­
espíritu” . En España, en Asturias, Santa María del Naranco, cerca miento monástico cluniaciense, es innegable.
de Oviedo, es una de las construcciones más antiguas con bóveda Encontramos aquí un ejemplo claro de los caracteres que le
de cañón y arcos torales. atribuimos a la cultura medieval en general. Sirve a los intereses de
la religión, y esto le da una serie de rasgos que caracterizan al
estilo: monástico, rural y señorial, de acuerdo con las formas de
EL ARTE ROMANICO vida religiosa de entonces. Por otra parte las necesidades del culto
determinan la presencia de ciertos elementos constructivos nuevos.
Con este nombre se designan las manifestaciones artísticas que Hubo una diversidad de fórmulas para satisfacer esas necesidades.
se dan en Occidente desde fines del siglo X hasta mediados del Por eso se les hace necesario a algunos autores hablar de escuelas
siglo XII. Cubre un área vasta, que comprende los territorios románicas, más que de románico. La diferencia no se dio sólo en el
actuales de Francia, España, Italia, Inglaterra y Alemania. tiempo, sino simultáneamente en el espacio. Esto se comprende si
Su mismo nombre está ya señalando una vinculación con el tenemos en cuenta la dificultad de las comunicaciones y los
arte antiguo, vinculación que en realidad existió. La denominación distintos materiales de que se disponía en cada lugar. Recuérdese
50 51
por otra parte que la época feudal acentuó el regionalismo. arista. Cada tramo de la bóveda se reforzaba con arcos torales que
Trataremos ahora de caracterizar el estilo. Como ya lo dijimos, se correspondían y descargaban en las columnas. Exteriormente,
las iglesias románicas no surgen espontáneamente. Son en realidad correspondiendo a los arcos torales y las columnas, se hallaban los
el fruto de una evolución de los sistemas arquitectónicos. Después contrafuertes. Los arcos eran de medio punto o semicirculares,
de las destrucciones provocadas en el período de las invasiones, un aunque a veces se usó el arco apuntado o quebrado.
impulso enorme cubrirá de iglesias el occidente europeo, integran­ El espesor de los muros, y la imposibilidad de abrir en ellos
do las distintas influencias y ajustándolas a las necesidades del ventanas porque los debilitaban, determinaba que la iluminación
momento. fuera escasa, lo que contribuía a dar la sensación de solidez que
Las iglesias y monasterios, ubicados en el ámbito rural, serán tenía el conjunto.
verdaderas “ fortalezas de Dios” . En el ambiente desolado, en La cúpula se utilizó en algunas iglesias como Saint-Front de
contraste con las pobres construcciones que servían de vivienda a Périgueux. En casos como éste se planteaba el problema de
los campesinos, la impresión que producen estas grandes cons­ adecuar la estructura a una base cuadrada. Los arquitectos del
trucciones de piedra será mayor, señalando simbólicamente la románico recurrieron a dos procedimientos ya conocidos en
autoridad y el dominio de Dios sobre los hombres, y de unos Oriente: 1) las trompas, pequeñas bóvedas cónicas o esféricas
hombres sobre otros hombres. construidas en los ángulos del cuadrado, a fin de convertir éste en
En la mayor parte de las iglesias regionales la planta adquiere la un octógono que sirviera de base a la cúpula; 2) las pechinas,
forma de una cruz latina, o sea dos ejes perpendiculares de triángulos cóncavos, o sea triángulos de lados curvos, que
diferente dimensión. El mayor consta de una nave sola o de una rellenaban los espacios sobre los arcos de apoyo en los ángulos del
central y otras laterales, y en él su ubican los fieles, desde la cuadrado, convirtiéndolos en un plano circular en el que se
entrada hasta la intersección con el otro eje. A este eje transversal apoyaba la cúpula.
de menor longitud se le denomina transepto. Detrás de esta zona En el cruce del transepto y la nave central se levantaba una
de cruce de los dos brazos de la cruz, al fondo de la construcción torre linterna casi siempre octogonal. Algunas iglesias tenían torres
mirada desde la entrada, se ubica el ábside, de forma semicircular. a ambos lados de la fachada.
En su parte central, dejando alrededor un corredor llamado Las fachadas varían según las regiones. En general el motivo
deambulatorio y destinado a la circulación de los fieles, se halla el central es la puerta de acceso, enmarcada por una serie de
coro o altar. En muchos casos alrededor del ábside se construyen elementos. La puerta propiamente dicha puede estar dividida por
pequeñas capillas radiales llamadas absidiolos. una piedra central o parteluz. Puede o no haber dintel entre la
El gran problema que tenían que resolver los arquitectos era puerta y las archivoltas. Si existe el dintel determina con las
cómo techar los edificios. Las antiguas iglesias usaban la planta archivoltas el tímpano. Las archivoltas a su vez descansan en las
basilical, generalmente de tres naves, con cubierta de madera. Los jambas.
incendios, tan comunes en la época, terminaban con ellas. Hay tímpanos que son verdaderas obras de arte, como los de
Los constructores del románico utilizaron la piedra para Moissac, Vézélay y Autun en Francia.
techar, a fin de eliminar ese problema y lograr edificios perdura­ El parteluz, las archivoltas y las jambas pueden estar cubiertos
bles. Esto los llevó a utilizar la bóveda con piedras talladas que se por esculturas en bajo o alto relieve.
ajustan apoyándose entre sí, logrando un equilibrio dinámico de Grandes ejemplos de arte románico son en Francia las iglesias
fuerzas y empujes. de San Benito sobre el Loira, Paray le Monial, Santa Magdalena de
Emplearon dos tipos de bóvedas: a) la bóveda de medio cañón, Vézélay, San Esteban de Nevers, Notre Dame de Poitiers, Santa
que forma un semicilindro, y en la que las fuerzas se descargan en María del Mar en Provenza. En España la catedral de Santiago de
los muros laterales; b) la bóveda de aristas, formada por el cruce en Compostela, y en Italia las iglesias de Lombardía y Toscana.
ángulo recto de dos bóvedas de medio cañón del mismo diámetro.
También se utilizó la cúpula. La escultura. Resulta un arte complementario de la decoración
En la nave central se empleaba bóveda de medio cañón, salvo de las grandes construcciones. Sus temas son religiosos y destina­
en algunas iglesias borgoñonas en las que se utilizó bóveda de dos a ilustrar episodios de la tradición católica, dotados a veces de
aristas. Las naves laterales y las criptas se techaban con bóvedas de fuerte simbolismo.
52 53
La escultura no tiene vida independiente; se ajusta a las
necesidades de la decoración del edificio. Los capiteles de las en el arte copto de Bawit. Los antecedentes españoles se hallan en
columnas de las iglesias y de los claustros, las columnas mismas, el siglo IX en las iglesias pre-románicas de Asturias. En Cataluña la
estuvieron decorados con figuras humanas, animales o elementos pintura románica se presenta bajo dos formas y dos técnicas. El
geométricos. Lo que se practica es la escultura de relieve, adherida fresco en los muros y la pintura sobre madera en los frontones y
al muro, y no la escultura de bulto o independiente. En el relieve baldaquinos de altares, con temas similares. Los artistas son
se utilizó tanto el bajo relieve, donde el contorno se define sobre el diversos, son evidentes los regionalismos y las influencias de
muro pero sin desprenderse de él, como el alto relieve donde la algunos maestros y sus obras pueden ubicarse entre 1123 (Santa
figura si bien está vinculada al muro adquiere un contorno más María de Tahull) y 1187 (el panteón de San Isidoro de León.)
libre y definido. En los frescos predomina la línea exterior neta, el planismo, la
Las figuras se adaptan en sus proporciones al espacio en que se inexistencia de efectos volumétricos y los claroscuros. Con líneas
representan, y su efecto no es por lo tanto naturalista, fiel a la precisas se fijan los caracteres esenciales del personaje y el color
realidad. La deformación aparece por otra parte voluntaria. Las complementa la línea.
representaciones son hieráticas, duras y desprovistas de movimien­ En la pintura sobre madera los colores son más vivos, azules,
to, pero en los gestos y con la misma desproporción se busca ocres, rojos, amarillos. Algunos en su tratamiento se relacionan
acentuar la expresión. La autoridad del conjunto requiere monu- con los frescos y otros con los manuscritos iluminados.
mentalidad de figuras, pero las figuras representan temas bíblicos y Entre los más hermosos frontales se halla el de Seo de Urgel y
religiosos y deben ser simbólicas y conmover al observador. Se entre los frescos más monumentales el Dios de Majestad de San
advierten en ella influencias orientales. Clemente de Tahull.
Al lado de la figura humana, los elementos geométricos y En esta época ya se domina perfectamente la técnica del vitral.
naturalistas que aporta el temperamento germánico completan la Las posibilidades de su aplicación eran muy reducidas por las
decoración abundante del románico. pequeñas dimensiones de las ventanas, por lo que su desarrollo fue
La escultura se manifiesta como una red complicada de escaso. Debido a ello, sólo el gótico ie permitirá posibilidades de
corrientes, y las tradiciones locales o regionales sufren la influencia expansión, y cuando lleguemos a ese punto nos detendremos a
extranjera y se modifican continuamente. explicar su técnica y función.
Se destacan ciertas regiones como Aquitania, con Moissac y Digamos ahora que su antecedente se halla en las vidrieras
San Saturnino de Tolosa, Borgofia con Cluny, Autun y Vézélay; figurativas historiadas del siglo IX en Alemania y el siglo X en
Provenza con San Giles Du Gard y San Trófimo de Arles, y la Isla Reims. La técnica aparece en el siglo XI y cambiará muy poco
de Francia con Chartres (Portal Real). En Italia San Ambrosio de posteriormente. Se desarrolla en el arte de Francia y a mediados
Milán, San Zenon de Verona, la Catedral de Módena (Wiligelmo), del siglo XII hay dos tendencias definidas: composiciones con una
la catedral de Pisa (puerta de San Raniero) y la catedral de Parma escena de gran tamaño y composiciones con pequeñas escenas.
(Benedetto Antelomi). En España, San Isidoro de León, Santo Los primeros ejemplos son las vidrieras de las catedrales de Le
Domingo de Lilas, Santa María de Ripoll y Santiago de Compos- Mans y de Poitiers. Predominan los azules, rojos y amarillos y los
tela (Pórtico de la Gloria). vidrios son irregulares en grosor, lo que aumenta su luminosidad.
La pintura. Dentro de la ornamentación de las iglesias Iconografía. Se ha dicho que la pintura y la escultura del
románicas, también la pintura tuvo su lugar. Las composiciones románico eran “la Biblia de los iletrados” : tal es su sentido
trataban, lógicamente, también temas religiosos, y se ejecutaban didáctico. Los temas son los mismos con el tratamiento adecuado
con la técnica del fresco o al temple. a cada técnica. Podemos citar, como ejemplos:
La pintura románica que se conserva tiene su máxima el Dios de Majestad (Pantcgrator), dentro de la almendra
expresión en España y dentro de este país la región más rica es mística, la Virgen con el niño en su trono celestial (la Theotocos),
Cataluña. el tetramorfos: San Mateo (el ángel), San Marcos (el león), San
Las fuentes principales deben ser los mosaicos bizantinos y los Lucas (el toro), San Juan (el águila); temas del Antiguo y del
manuscritos iluminados, incluso las pinturas más similares se hallan Nuevo Testamento. La influencia de los manuscritos iluminados es
evidente en la mayor parte de las obras.
54
55
Artes menores. La tradición de la orfebrería, que arrancaba organización feudal aún es firme, pero las ciudades han adquirido
como vimos de los primeros años de la Edad Media, continuó en el un mayor desarrollo, y en ellas la clase burguesa ha logrado
periodo del arte románico. Se vio incluso aumentada y mejorada progreso y organización. Mientras el arte románico era rural,
en sus técnicas, y se empleó en forma principal en la fabricación de expresión de una aristocracia feudal y del movimiento monástico,
artículos religiosos como relicarios, cruces, vasos de altar, agua­ el gótico es urbano, expresión de la nueva burguesía que busca
maniles, recipientes para reliquias e imágenes. Los relicarios de rico embellecer su ciudad.
material y formas diversas son la expresión más destacada de la El románico aparece más impregnado de espíritu religioso que
orfebrería. el gótico, ya que éste nace en un medio urbano en el que va
Subsistió la decoración de los libros ilustrados con miniaturas primando el espíritu laico.
y las decoraciones en marfil de sus tapas, por lo menos hasta que el La catedral, la casa de Dios, significa el esfuerzo principal del
espíritu ascético de las órdenes mendicantes los rechazó como arquitecto y de la comunidad urbana. La influencia de la Iglesia
símbolo de lujo, cuando bregaron por que la sencillez de está en su punto más alto, es la época del pontificado de Inocencio
costumbres imperara en la Iglesia. III, y la arquitectura sigue siendo la más importante de las artes. El
ascenso de la burguesía y el desarrollo de las ciudades la favorece
ARTE GOTICO directamente.
Carneterizucion. Las artes plásticas de la Edad Media se han Arquitectura. Al estilo gótico se le ha llamado también ojival o
expresado por medio de dos estilos fundamentales: el románico y francés. Ha sido considerado el corazón mismo de Francia, la
el gótico, que se suceden uno al otro, y que no se pueden oponer llamada “Isla de Francia” , el punto de partida de este estilo que
terminantemente. alcanzó tanta difusión.
En el estilo gótico las influencias clásicas están más desdibu­ “ Los rasgos que caracterizan al estilo gótico son suficiente­
jadas que en el románico, porque la evolución llevó a otras mente conocidos... el arco apuntado, el arbotante y la bóveda de
formulas. Por eso resultó despreciable al Renacimiento enamorado crucería” .
de la antigüedad clásica. El mismo nombre, que se deriva de godo, “ Ninguno de ellos es un invento del gótico. Arcos apuntados se
busca relacionarlo con los pueblos bárbaros, y considerarlo así el emplean a veces en iglesias románicas en Borgoña, Provenza y
producto de la Edad Media atrasada e inculta. Durham. El uso de los arbotantes era corriente en varias partes de
En el siglo XIX el movimiento romántico iba a reivindicar al Francia y también se los encuentra en Durham. Generalmente no
gótico, e incluso a acompañarlo de ciertos conceptos de los que ha se reconocen como tales porque quedan ocultos bajo las techum­
costado desprenderlo. El gótico ha pasado a ser el arte religioso bres. Hubo nervaduras en Durham y en el norte de Italia. La
por excelencia, expresión de una época profundamente cristiana, aportación del gótico a estos elementos fue su combinación en una
que invita con sus mismas formas a elevar la vista y buscar nueva voluntad estética. Esta voluntad fue vitalizar masas inertes
continuamente a Dios. Para algunos autores ha llegado a ser de cantería, aumentar el dinamismo espacial y reducir la cons­
también la expresión de un temperamento distinto, contrapo­ trucción a un sistema aparente de activas líneas de múltiples
niendo el espíritu oriental y mediterráneo al nórdico en sus nervios” ...
sentimientos y formas de expresión. “En San Dionisio (consagrada en 1144) es donde por primera
Procurando ubicarnos en la época que los produjo, y siguiendo vez aparecen estas numerosas innovaciones de carácter técnico y
la evolución de los estilos, veremos que la oposición no es tan visual integradas en un solo sistema: el sistema gótico (Peusner).
tajante, y corresponde más que a diferencias temperamentales de Los elementos característicos de la construcción gótica son
pueblos distintos, a momentos históricos distintos. entonces la ojiva, el arco quebrado o apuntado, y el arbotante. Dos
El gótico se da en la misma extensa zona geográfica del arcos se cruzan en diagonal, apoyándose en los pilares, para servir
románico, entre mediados del siglo XII y comienzos del siglo XV. de soporte a la bóveda en cuatro secciones o cascos cuyo apoyo es
El punto culminante está en el siglo XIII; después los caracteres completado en sentido transversal por dos arcos dobleros, y en
más puros irán cambiando. sentido longitudinal por dos arcos formeros. Así construida, la
El siglo XIII es el siglo de oro de la Edad Media. La bóveda queda dividida en tramos y los empujes laterales, en vez de
56 57
2^ * - er se
que sostienen los arcos1 ’ p ndientes a los cuatro pilares contribuye a crear un ambiente muy diferente al de la iglesia
románica. Se habla de una luz gótica, que sólo es posible ver y
cuadrada^o^ectan^üa^r^e5acuerdo^ ! 3 PU^ en 861 de planta sentir ahora en Chartres donde de los 186 vitrales originales se
construidas. Las p r i m e r a s PIe nodo en W fueron conservan 152. Esa luz transfigura el espacio gótico, modifica la
segundas al gótico ciad™ ’c» n eSponden a* 8 °tlco primitivo y las visión arquitectónica a medida que varia en intensidad según las
que tiene cuatro*apoyos y s e x t a í S ? H T H ? “ í b6veda c» si“ horas del día.
agrega un arco doblero y^iene en Crm «J boveda primitiva que En los coros de Beauvais, Bourges y Le Mans se conservan
bastante bien los efectos lumínicos originales.
Entre el gótico primitivo y el clásico, por obra del maestro de
Chartres, se produce no sólo el pasaje de la bóveda sextipartita a la
dem sk
función es descargar y soportar n a r t e ^ 3 ^ 61 contrafuerte. Su
^ cuatripartita, sino también modificaciones en la estructura de las
naves laterales. En el estilo primitivo sobre las naves laterales se
Pilares de sostén de las bóvedas f y; Í emp,UJe <lue reciben los levantan galerías que sirven de refuerzo, en el estilo clásico éstas
desaparecen y las naves laterales se elevan. Además, la supresión
d° bM8’ legÚn la iglesia posea tres o'cinío níveasrb° tanteS SÍmples y del arco doblero suplementario permite amplios ventanales en el
Claris teño.
que“ o ^ u 7 ? o l T d ™ j r „ T o n d e c PÍn,áCU,° “ la ^ ^ io r Tal como lo establecíamos en el románico, también en el
acentúa la función de dichos co n tr¿u ert° ^ . en^ras con su peso
arco corre un canal destinado “ "Jrafuei¡tes- Finalmente, sobre el gótico por sobre la unidad que determinan los elementos comunes
deslizan del techo, y arróbalas nnr f - ,as/g u as pluviales que se que acabamos de describir, se plantean diferencias temporales y
paredes. J s por canos de desagüe lejos de las geográficas. Dentro de su evolución en Francia, se distinguen
cuatro períodos.
«rfiHclo>d¿ ? ^ M I^f00^ ,ne^ ^ S S S t e sSe¿ ^ . ‘a? bién, en la Pla»ta del • el gótico primitivo (1150-1230), en que aparecen ya los
latma, aunque el eje menor tiende a 1 Ia forma de c™z elementos fundamentales. Ejemplo: las catedrales de Noyon,
amplitud del mayor cuvas navP? f casi absorbido por la Senlis, Soissons, Laon y París.
hace más alargado y en te fíchSJ^ íerales aumentan. El coro se • el gótico clásico (1230-1300), donde se logran los resul­
más profundos que en el r a m á n S ^ v” íres grandes Portales tados más altos en materia de iluminación. Ejemplo: la catedral de
también dos grandes .torres, coronadas' dom T ” 3 T " ? aparecen Beauvais.
se eleva una torre en la intersección de 1!faS echas' A veces
transepto. m u sección de la nave central y el • el gótico radiante (siglo XIV), donde las formas se hacen
más complejas y aumenta la decoración. Ejemplo: las catedrales de
Rouen, Clermont-Ferrand y Burdeos.
• el gótico flamígero (siglo XV), que busca modificar la
f e íó & “ ° ft ía HE^eZ
fuertes q te actúan e x te r io Z n íl ^
7el “
L° S arbotantes y contra­
°>"a
decoración de las catedrales ya construidas, con una tendencia
marcada al refinamiento y el irrealismo.
El anonimato caracterizó a los primeros maestros de obras.
contrapeso para equilibrar el emnni^H n<Txo, e Pr¡mero y como
aparecen como expresión de nn t-f6 de 3 boveda’ eí segundo, Pero conocemos los nombres de algunos arquitectos del período
interior como ei ¿ ¿ é rió r ,l0 qUe Se evidencia ‘« ‘o en el clásico: Jean D’Orbais (Reims), Robert de Luzarghes (Amiens).
La expansión del estilo en un amplio espacio geográfico
El románico es un edificio cerrado v estahlp mi» * i determinó diferencias locales. Fn Inglaterra el estilo asumió
gótico, aparece como nn <dQt»rv,n j ó y estable> mientras el
caracteres muy particulares, aprovechando como elementos deco­
resultado. “El edificio se hace ante n u T s T r^ jü ^ T e 'S a u s e " 0 Un rativos los mismos elementos arquitectónicos, sin recurrir tan
La iluminación lograda a través de los°grá„dS venfanales abundantemente a la pintura o la escultura. En España y Alemania
58 la influencia francesa fue más fuerte, lo mismo que en los Países
59
Bajos, donde se tendió más a la arquitectura civil. Italia no ofreció Sabiduría. Muchas veces se lo ubica como figura rectora en el
campo tan propicio a este estilo. Puede mencionarse la catedral de parteluz (Beau Dieu de Amiens). A veces es la virgen quien ocupa
Orvieto como uno de los más hermosos ejemplos. ese lugar de privilegio (Virgen dorada de Amiens).
Escultura. Los ejemplos más importantes de escultura gótica El vitral. Se convirtió en el gran hallazgo de la ornamentación
están en la decoración de las catedrales, y tienen por ello carácter del gótico. A causa del predominio de las aberturas sobre los
religioso. Pero respondiendo a un momento histórico distinto y espacios llenos, la pintura mural se encuentra solo excepcional-
una sensibilidad por lo tanto también diferente, se señalan mente. También se hace una pintura de revestimiento, aplicada
marcadas diferencias con la escultura románica. Mientras ésta sobre la escultura y destinada a contribuir al ambiente de luz y
deformaba las figuras y era ante todo expresionista, el gótico es color que busca el vitral. Los retablos colocados en lugares
mucho más naturalista. Al ver una figura gótica nos reconocemos escogidos de la catedral van tomando mayor importancia en el
respiramos aliviados” , dirá elocuentemente Focillon. Sus temas siglo XIV.
son los mismos, pero la figura humana aparece con más frecuencia El vitral será una forma muy particular de pintura. Destinado a
en las representaciones. Dentro del ámbito urbano, el interés por cubrir las grandes aberturas que el estilo se permitía, está formado
los problemas del hombre se hará mayor. En la escultura gótica, por vidrios de color, cortados en trozos que se unen con finos
todavía religiosa, se ve claramente la predisposición a interesarse soportes de plomo. La totalidad de la composición está sostenida a
por los asuntos humanos. Siguiendo esa tendencia nos acercaremos la pared por una armadura de hierro. Con pequeños trozos de
al Humanismo y al Renacimiento. vidrio se componen así grandes o pequeñas escenas enmarcadas
La escultura muestra inclinación no solamente a ilustrar la con hierro. El dibujo se completa con trazos de grisalla, mediante
historia bíblica, sino a fijar los atributos de los santos y dar cabida los cuales se dan las líneas y sombras indispensables.
a los problemas humanos, ilustrando sobre la Naturaleza, la ciencia El verdadero efecto se da por transparencia, cuando la luz que
y la moral, y mostrando ejemplos de los vicios y las virtudes lo atraviesa llena de color el interior de la iglesia.
humanos. La catedral “ es espejo del mundo” , y aparecen en ella La difusión y amplitud del arte de la vidriería determinó la
representaciones de los actos humanos, las concepciones acerca del existencia de grandes talleres especializados. Marcó además una
mundo y los seres, la misma organización de la época. gran influencia sobre la pintura. Las miniaturas de la época cierran
Predomina el alto relieve, y en tal grado que en muchas las figuras con un fuerte trazo oscuro que reproduce los engastes
ocasiones son verdaderas esculturas de bulto adosadas. Se ubica de plomo del vitral. ,
preferentemente en las fachadas y las torres, desapareciendo Sus raíces se hallan en el románico e incluso los mas hermosos
prácticamente del interior. Las columnas se harán espigadas y lisas, vitrales de Chartres pertenecen a ese estilo (siglo XII).
desapareciendo los capiteles cargados que reducen la sensación de Los vitrales del siglo XIII de los cuales Chartres conserva gran
verticalidad y altura. Las grandes aberturas contribuyen también a parte son la culminación de esta técnica en color y composición.
su disminución en el interior. Es una escultura figurativa, con La Santa Capilla de París representa el triunfo del vitral sobre el
ratiíont° S n° ñguratlvos que aParecen como complemento deco- muro. , , ,
A partir del siglo XIV el vitral va a dar paso a los grandes
E1 proceso escultórico gótico comienza, desprendiéndose del vidrios coloreados y dibujados.
románico^ en las estatuas-columnas de Saint Denis y del Porta
Real de Chartres Son personajes del Antiguo Testamento los que Manuscritos. La influencia del vitral se hace sentir en los
flanquean la entrada en la fachada románica de Chartres manuscritos iluminados de París y del sur de Inglaterra a principios
del siglo XIII, donde se utilizan láminas de oro en la decoración.
los n 'r í ;qpst?,.añ0,S máS tardC fuer° n realizadas las esculturas de La demanda es principesca y los libros son casi todos salterios.
los portales laterales que presentan como en Reims y Amiens el
gotico clasico en su plenitud. y A fines del siglo XIII predominan los talleres parisienses, con
La temática románica se conserva, pero la virgen y los santos encargos de San Luis. A comienzos del siglo XIV se desarrolla un
van adquiriendo mayor importancia. arte predominantemente laico y aristocrático en el que se destacan
El Dios de Majestad se transforma en un Dios de Amor y de “ Las muy ricas horas del Duque de Berry” por los hermanos
60 Limburgo. fi1
L° s dípticos y polípticos se desarrollan en distintos lugares época brillante de la pintura del siglo XV en esa región. Expresión
pero debe citarse la corte de los duques de Borgoña como uno de de una burguesía enriquecida, la pintura de caballete, para adorno
los centros, lo mismo que de la miniatura. particular de mansiones particulares, hará su aparición. Como
Uno de los más hermosos ejemplos es el retablo de Champel de vemos, se abre una época nueva.
Brooderlam. Los flamencos del siglo XV realizarán espléndidos La orfebrería siguió estando presente en esta época marcando
. etablos al mismo tiempo que desarrollarán la pintura de caballete. y acompañando las tendencias generales. Admirable perfección
lograron los tapices. Ejecutados con gran maestría, en Arras,
HACIA EL RENACIMIENTO Tournai y Bruselas, constituyeron otra forma de expresión de la
Hacia los últimos años de la Edad Media, podemos ver cómo pintura.
distintos caminos señalan la presencia cercana del Renacimiento. El arte medieval tuvo distintas manifestaciones y etapas. El
En escultura, la atención por la figura humana, por el conjunto más perdurable y grandioso es la arquitectura religiosa,
patetismo de los sentimientos, aumenta. Pero por sobre todo, la románica y gótica. Pueden señalarse varios caracteres: en primer
escultura se desprende de la arquitectura buscando su autonomía lugar la importancia de la piedra como material básico del trabajo.
La estatuaria es monumental y busca el realismo, la imitación de En segundo lugar lo grandioso del esfuerzo, que necesitó induda­
ias figuras tales cuales son. La tendencia al virtuosismo que ya se blemente de la participación colectiva de poblaciones entregadas
apreciaba desde el siglo XIII cobra mayor vuelo. Ya en esa época el con fervor a la obra. Y finalmente su carácter enciclopédico ,
modelado de los vestidos que traslucen las formas del cuerpo, como lo han señalado varios autores.
como la expresión de los rostros, habían acercado esta estatuaria a En las grandes iglesias medievales no sólo se reúnen los logros
la de la Grecia clásica. de la arquitectura, escultura y pintura, sino que está presente el
Ahora, sobre el fin de la Edad Media, y preferentemente en conocimiento que aquellos hombres tenían del mundo, así como
ciertas zonas como Italia, Flandes y Borgoña, algunos escultores se los aspectos más importantes de la forma como encaraban sus
dedican a hacer escultura de bulto, independiente de las construc­ relaciones con la Divinidad, y las mismas relaciones humanas.
ciones. Se acercan más a lo que caracterizó la época clásica y están La Edad Media dejó así valiosos testimonios artísticos. Víctor
anunciando lo que será el Renacimiento. Hugo diría: “Durante la Edad Media, el género humano no pensó
Representantes de esta tendencia son Nicolás Pisano y Juan nada importante que no esté escrito en piedra” .
Pisano en Siena, y Claus Sluter, en Dijon.
En Italia, un conjunto de condicionantes económicas sociales
y políticas preparó una evolución especial. Allí además la fidelidad
a las formas de la antigüedad clásica había sido mayor que en otros
lugares. En materia de pintura se operará todo un cambio. El
tratamiento de las figuras que había prosperado hasta ese
momento, hieráticas, de imágenes planas, de influencia oriental y
bizantina, comienza a abandonarse.
Desde fines del siglo XIII Cavallini en Roma y Cimabue en
Florencia^ en el siglo XIV Duccio, Martini y los Lorenzeti en
Siena, y Giotto en Florencia, proceden a inaugurar una tendencia
nueva; Al ultimo de los nombrados se le considera el mayor pintor
de la época. Sus frescos de Asís y Padua muestran la búsqueda de
una mas amplia libertad artística, la tensión dramática de los
personajes, el sentido de la vida y de la realidad, la expresión de
sentimientos y una nueva manera de concebir el espacio y la luz.
En otro punto de Europa se va preparando otra corriente
renovadora. La obra de Jean Van Eyck en Flandes inaugura la
62 63
SELECCION BIBLIOGRAFICA

Algrin R.: Histoire des Universités, P.U.F. (Que sais je? ), 1949.
Brehier E.: Historia de la Filosofía, Tomo 1. Sudamericana, 1948.
Buhler J.: Vida y cultura en la Edad Media, Fondo de Cultura
Económica, 1.946.
D’Irsay S.: Histoire aes Universités, A. Picard, 1933.
Durant W.: La Edad de la Fe, Tomo III. Sudamericana, 1956.
Gilson E.: La Filosofía en la Edad Media, Pegaso, 1946.
Hauser A.: Historia social de la literatura y el arte, Tomo 1. Gua­
darrama, 1968.
H eerF.: El mundo medieval, Guadarrama, 1963.
Hourtico L.: LeM oyen Age, Hachette, 1936.
Huissman G.: Historia General del Arte, A. Quillet, 1947.
Huyghe R.: El arte y el hombre, Larousse, 1962.
Jeauneau E.: La filosofía medieval, Eudeba, 1964.
Le Goff J.: La civilisation de l’Occident médieval, Arthaud, 1964.
Le Goff J.: Los intelectuales de la Edad Media, Eudeba, 1965.
López R. S.: El nacimiento de Europa, Labor S.A., 1965.
Male E.: El arte religioso del siglo X IIa lX V III, Fondo de Cult.Ec.,
1952.
Pernoud R.: Las grandes épocas del arte occidental, Hachette,
1959.
Perroy E.: La Edad Media (Col. Hist. de la Civ. Tomo III), Des­
tino, 1969.
Reau L., Cohén, G.: El arte en la Edad Media y la civilización fran­
cesa, Uthea, 1956.
Universidad de Oxford: El legado de la Edad Media, Pegaso, 1950.
Vedel V.: Los ideales culturales de la Edad Media, Pegaso, 1950.
Vignaux P.: El pensamiento de la Edad Media, Fondo de Cult. Ec.,

: La esencia del arte gótico, Nueva Visión, 1958.


% V \

— v KAPELUSZ S.A. dio término a la presente tirada de la primera


4 /j edición ..dg'esta obra, que consta de 5.000 ejemplares, en el mes de agosto de
^ 7 5 , en Offsetcolor.S.R.L., Olazábal 3920/26, Buenos Aires.
e « © ü í ¿ í ;.ía w - i

K 12.792
C T a . 5 1 0 , - AC. A#
ÍNV-* U n \

Você também pode gostar