A Psicologia Social Comunitária e a dialogicidade como potencializador da
prática profissional do psicólogo
Juliane Aparecida Geisler
Psicologia - juliane.geisler@aluno.unc.br
INTRODUÇÃO: A atuação do psicólogo social comunitário é de extrema importância
para a promoção do bem-estar e desenvolvimento das comunidades. Nesse sentido, a dialogicidade se apresenta como um potencializador da prática do profissional de psicologia, permitindo a construção de relações horizontais e emancipatórias. Neste texto, iremos explorar a relação entre o psicólogo social comunitário e a dialogicidade, utilizando como referência teórica os pensamentos de Paulo Freire, Ronald Arendt, Campos e Michel Foucault. OBJETIVO: O objetivo deste texto é discutir a importância da dialogicidade na atuação do psicólogo social comunitário, destacando como essa abordagem pode potencializar a prática profissional. Para isso, serão apresentados os conceitos de dialogicidade propostos por Paulo Freire, Ronald Arendt, Campos e Michel Foucault, e como essas ideias podem ser aplicadas na prática do psicólogo social comunitário. MATERIAIS E MÉTODOS: Para a elaboração deste texto, foram utilizados como referência os principais trabalhos de Paulo Freire, Ronald Arendt, Regina Campos e Michel Foucault sobre dialogicidade e psicologia social comunitária. Foram realizadas leituras e análises críticas desses textos, buscando compreender as contribuições teóricas de cada autor e sua aplicabilidade na prática profissional. RESULTADOS: A dialogicidade, conforme Paulo Freire, é um processo de interação e troca de saberes entre o psicólogo social comunitário e a comunidade. Essa abordagem busca superar a relação verticalizada e autoritária, promovendo a participação ativa dos indivíduos na construção de soluções para os problemas enfrentados pela comunidade. Ronald Arendt, por sua vez, destaca a importância da escuta ativa e do diálogo como ferramentas fundamentais para a compreensão das demandas e necessidades da comunidade. Campos, por sua vez, enfatiza a importância da dialogicidade na construção de políticas públicas e na transformação social. Para ele, o diálogo entre os diferentes atores envolvidos no processo é essencial para a construção de soluções coletivas e para a superação das desigualdades sociais. Já Michel Foucault traz a perspectiva do poder e da resistência, destacando como a dialogicidade pode ser uma forma de resistência às estruturas de poder opressoras. CONCLUSÕES: A dialogicidade se apresenta como um potencializador da prática do psicólogo social comunitário, permitindo a construção de relações horizontais e emancipatórias. Através do diálogo e da escuta ativa, é possível compreender as demandas e necessidades da comunidade, promovendo a participação ativa dos indivíduos na construção de soluções para os problemas enfrentados. Além disso, a dialogicidade também pode ser uma forma de resistência às estruturas de poder opressoras, permitindo a construção de políticas públicas mais justas e igualitárias. Portanto, é fundamental que o psicólogo social comunitário esteja atento à importância da dialogicidade em sua prática profissional, buscando sempre promover a participação e o empoderamento da comunidade.
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