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Capim-cidreira

Muito consumido na forma de infusão, o capim-cidreira (Cymbopogon citratus) faz


bem para a saúde e é perfeito para jardins rústicos e de baixa manutenção.
A rusticidade, aliás, sempre foi um dos principais atrativos desse parente da grama-
esmeralda (Zoysia japonica) e do bambu-mossô (Phyllostachys pubescens). Nos
séculos 19 e 20, o capim-cidreira era utilizado ao longo de linhas férreas no
Sudeste brasileiro para conter as encostas e evitar a erosão.
Mas o fato de ser resistente não significa que a planta possa ficar abandonada. Ela
suporta geadas e curtos períodos de estiagem, porém, para manter suas folhas
verdinhas, o ideal é regá-la de duas a três vezes por semana.

Usos comuns
Ele também é chamado de “capim santo” porque é uma planta cheia de virtudes: na
cozinha, suas folhas viram chá desde os tempos de avó e auxiliam no tratamento
de inúmeros males, de dores de cabeça a insônia.
Já no jardim, a espécie valoriza o paisagismo com suas touceiras rústicas e
vigorosas, de até 1 m de altura, e inunda os ambientes com um delicioso perfume
cítrico, que rendeu à espécie os apelidos de capim-limão e capim-cheiroso.
Folhas: Longas, lineares e recurvadas, com até 90 cm de comprimento e 1,5 cm de
largura. Apresentam coloração verde-acinzentada, textura áspera e bordas
cortantes. Exalam perfume cítrico, principalmente quando maceradas.
Flores: Amarelas e diminutas, elas se agrupam em inflorescências piramidais
acima da folhagem, mas não são consideradas ornamentais. A espécie não
costuma florescer fora de sua região de origem.
Plantio: Em um berço de 30 cm x 30 cm, com 20 cm de profundidade, acomode a
muda e preencha o restante do espaço com substrato composto por três partes de
terra, uma de areia e uma de adubo orgânico. Para garantir o pleno
desenvolvimento das plantas, deixe um espaçamento de 50 cm entre elas.
Regas: Regar de duas a três vezes por semana.
Luz: Sol pleno.
Solo: Arenoargiloso acrescido de matéria orgânica e mantido úmido.
Clima: Tropical e subtropical, desde que não haja geadas.
Doenças: A espécie costuma ser atacada por ferrugem, doença comum em
plantações de cana-de-açúcar e que deixa as folhas com manchas amarelas e
aspecto ressecado.
Para tratá-la, a herborista Silvia Jeha recomenda a remoção das estruturas
danificadas e a pulverização de óleo de neem diluído de baixo para cima até a
recuperação da planta.
Propagação: Por divisão de touceiras.

Bacaba
Nomes populares: Bacaba, bacaba-açu ou bacaba-verdadeira.

Família Botânica: Palmae

Distribuição Geográfica e Habitat: Encontrada por toda a Bacia Amazônica, com maior frequência no
Amazonas, Pará, Acre e Tocantins, e no sul do Maranhão. Possui como habitat a mata virgem alta de terra
firme. Também se acha na floresta do pacífico, no oeste da Colômbia.

Características Gerais: É uma palmeira monocaule muito popular na Amazônia, de porte alto e estipe
liso. Pode atingir até 20 metros de altura e 20 a 25 cm de diâmetro. Parecido com o açaí, seu fruto é um
caroço pequeno e arredondado, com uma massa branco-amarelada recoberta por uma casca roxa-escura,
que dá em cachos nos galhos da bacabeira. Fruto: é uma drupa subalongada quando jovem, subglobosa
quando adulta podendo atingir até 3,0 gramas. É arredondada, de casca roxa e polpa branco-amarelada,
rica em um óleo, de cor amarelo-clara, usado na cozinha. Dá frutos em cachos, com dezenas de caroços.
Os cachos pesam normalmente 6 a 8 quilos, podendo ocorrer, no entanto, exemplares com mais de 20
quilos. As amêndoas e os restos de macerado da polpa são utilizados na alimentação de suínos e aves. As
folhas são usadas pela população do interior como cobertura de moradias, enquanto o tronco serve como
esteio, viga e cabo de ferramentas.

Clima: Prefere clima quente.

Usos: O modo de preparo da Bacaba é igual ao do açaí. Após colhidos, os caroços são lavados e deixados
de molho, em água quente, para amolecer a casca e facilitar a retirada da polpa em uma despolpadeira
industrial, parecida com um liquidificador, movida por um motor elétrico. Na Região Norte do Brasil, essa
máquina é conhecida como “Batedeira”. Após retirado o vinho, a Bacaba é servida gelada ou natural,
misturada com açúcar e farinha de mandioca ou de tapioca. Fica tão deliciosa quanto o seu parente famoso.
Na Amazônia, a Bacaba é vendida nos mesmos estabelecimentos onde é comercializado o açaí. Porém,
sem a popularidade deste, a Bacaba ocupa um lugar secundário nas “batedeiras” e na mesa das famílias da
região. Até no preço ela fica atrás do seu primo ilustre: um litro de vinho da Bacaba vale a metade do que é
cobrado pela mesma quantidade de açaí. Quando o assunto é valor nutricional, a Bacaba não perde em
nada para o açaí. Ela é rica em proteínas e carboidratos. Seu vinho é uma poderosa fonte de energia, que
fornece 212 quilocalorias em 100g do produto. A mesma quantidade de carne de boi, por exemplo, fornece
70% menos quilocalorias, apenas 140 Kcal. A vantagem da Bacaba, em relação a outros alimentos ricos
em calorias, é o seu alto teor de ácidos graxos (a gordura boa), que ajudam na produção do colesterol bom
e reduz o ruim, e grande concentração de fibras alimentares, que regulam o funcionamento do intestino.
Seu vinho tem ação antioxidante que combate os radicais livres, substâncias que destroem as células do
corpo humano e causam o envelhecimento precoce e algumas doenças crônicas. Ou seja, além de nutritiva,
a Bacaba ajuda a manter a juventude da pele e a saúde. Como alimento, o vinho da Bacaba é recomendado
para pessoas que desempenham atividades que consomem muitas calorias, como, por exemplo, os atletas.
Mas também é recomendado para quem precise de uma alimentação rica em vitaminas e proteínas ou
necessitem ganhar peso.
Curiosidades: Os índios e os caboclos da Amazônia sempre souberam do poder nutritivo do vinho da
bacaba. Depois de um dia cansativo de trabalho na floresta, eles costumam repor suas energias
complementado suas refeições com uma gostosa “cuia” desse maravilhoso produto.

Propagação: É feita por sementes que germinam entre 60 e 120 dias, apresentando crescimento lento.

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