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AULA
Lendo, compreendendo,
parafraseando e produzindo
Meta da aula
Demonstrar a importância da leitura para a
reprodução de textos.
objetivos
Pré-requisito
Aula 19.
Português Instrumental | Lendo, compreendendo, parafraseando e produzindo
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complexas. Não podemos, por outro lado, esquecer os muitíssimos
imigrantes que os tempos recentes trouxeram para Portugal e que
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têm problemas lingüísticos diferentes.
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Ler pode ser uma fonte de alegria. Pode ser. Nem sempre é. Livros
são iguais à comida. Há os pratos refinados, como o caillles au
sarcophage, especialidade de Babette, que começam por dar prazer
ao corpo e terminam por dar alegria à alma. E há as gororobas,
malcozidas, empelotadas, salgadas, engorduradas, que além de
produzir vômito e diarréias no corpo produzem perturbações
semelhantes na alma. Assim também os livros. Ler é uma virtude
gastronômica: requer uma educação da sensibilidade, uma arte de
discriminar os gostos. O chef prova os pratos que prepara antes
de servi-los. O leitor cuidadoso, de forma semelhante, prova um
canapé do livro antes de se entregar à leitura (ALVES, 2001).
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ATIVIDADE
AULA
1. Vamos ler outros textos e entrevistar o(a)/os(as) autor(es)(as).
Primeiramente, localize as palavras-chave no texto e consulte o dicionário
sempre que necessário. A seguir, inicie a entrevista.
Trecho 1
Certos cientistas vêem o cérebro como um computador e comparam
a mente ao seu sistema operacional. Não é de surpreender, portanto,
que alguns pais e professores tenham começado a ver a mente
das crianças como máquinas programáveis. Nos dias de hoje, a
imagem do cérebro como um computador aparece comumente
na linguagem cotidiana, tanto nas escolas como em qualquer
outro lugar. Habilidades envolvendo computadores são admiradas,
em especial porque são vistos como a tecnologia de ponta.
A inteligência, portanto, é definida como um tipo de arremedo
técnico, através do qual a mente trabalha sincronizada passo a
passo com os procedimentos da máquina, enquanto a memória
humana torna-se apenas mais um banco de dados. Essa glorificação
do raciocínio técnico — a ênfase na capacidade de entender funções
técnicas — tem corroído a visão mais ampla do que significa ser
educado e começado a diminuir nosso entendimento de como
as crianças aprendem. Uma educação em ciências humanas, por
exemplo, consiste em muito mais do que a aquisição de informação
e técnicas. A palavra educação é derivada do latim educare, que
significa conduzir. Sócrates acreditava que o papel do professor
era o de extrair do aluno a consciência, o esclarecimento e o
conhecimento que dissipariam a ignorância e conduziriam a uma
clareza de pensamento. Em outras palavras, educação significa o
desenvolvimento de uma certa estrutura mental, um pensamento
meditativo baseado no autoconhecimento e na observação cuidadosa
do mundo. Isso é muito diferente de moldar mentes jovens para
que funcionem como máquinas (ARMSTRONG, 2001).
a) Palavras-chave:
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Trecho 2
Inicialmente, é preciso reconhecer que, qualquer que seja a cultura,
o ser humano produz duas linguagens a partir de sua língua: uma,
racional, empírica, prática, técnica; outra, simbólica, mítica, mágica.
A primeira tende a precisar, denotar, definir, apóia-se sobre a lógica
e ensaia objetivar o que ela mesma expressa. A segunda utiliza
mais a conotação, a analogia, a metáfora, ou seja, esse halo de
significações que circunda cada palavra, cada enunciado e que ensaia
traduzir a verdade da subjetividade. Essas duas linguagens podem
ser justapostas ou misturadas, podem ser separadas, opostas, e a
cada uma delas correspondem dois estados. O primeiro, também
chamado de prosaico, no qual nos esforçamos por perceber,
raciocinar, e que é o estado que cobre uma grande parte de nossa
vida cotidiana. O segundo estado, que se pode chamar justamente
de estado segundo, é o estado poético” (MORIN, 1998).
a) Palavras-chave:
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RESPOSTAS COMENTADAS
Trecho 1
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Trecho 2
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a) Palavras-chave: linguagens, prosaico, poético.
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Exemplo 1
Como foi bem lembrado por Chartier (1998, p. 17), autores não
escrevem livros, eles escrevem textos que se tornam objetos escritos, manus-
critos, gravados, impressos e, hoje, informatizados (SANTAELLA, 2004).
Exemplo 2
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do romance. E Lukács (2000) retruca que, ainda que venha a
ser reconhecida a classificação desses escritos como romances,
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eram fenômenos isolados, não havia nenhuma continuidade
no aparecimento deles, ou seja: não compunham uma história
(KONDER, 2005).
“Ler pode ser uma fonte de alegria. Pode ser. Nem sempre é. Livros
são iguais à comida. Há os pratos refinados, como o caillles au
sarcophage, especialidade de Babette, que começam por dar prazer
ao corpo e terminam por dar alegria à alma. E há as gororobas,
malcozidas, empelotadas, salgadas, engorduradas, que além de
produzir vômito e diarréia no corpo produzem perturbações
semelhantes na alma. Assim também os livros. Ler é uma virtude
gastronômica: requer uma educação da sensibilidade, uma arte de
discriminar os gostos. O chef prova os pratos que prepara antes de
servi-los. O leitor cuidadoso, de forma semelhante, prova um canapé
do livro antes de se entregar à leitura” (ALVES, 2001, p. 49).
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Vejamos:
De acordo com Alves (2001, p. 49), ler pode ou não ser uma
fonte de alegria.
De acordo com Alves (2001, p. 49), ler pode ou não ser uma fonte
de alegria. Esse autor salienta que os livros são iguais à comida e, para
provar tal afirmação, compara os pratos refinados e os não refinados
aos livros, argumentando que, se o alimento não for bom, causará mal-
estar no corpo e na alma; da mesma forma, se o livro não for bom,
causará sensações semelhantes às provocadas por tal alimento. E conclui
que ler é uma virtude gastronômica, pois demanda uma educação da
sensibilidade, sugerindo que o leitor cuidadoso deve provar um pouco
do livro antes de lê-lo, assim como o chef de cozinha prova o alimento
antes de servi-lo.
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A resposta a tais questões deve ser sempre: Alves, o autor.
Repetimos que não é de bom tom chamar o autor somente pelo primeiro
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nome (ou chamá-lo de ele), a não ser que este seja uma pessoa do seu convívio.
Alves (2001, p. 49) afirma que ler pode ou não ser uma fonte de alegria.
(Observe que, neste caso, não há vírgula separando o nome do
autor e o verbo afirmar.)
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ATIVIDADES
Tipos de violência
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nossa. No entanto, existe violência quando, mesmo sem usar
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o chicote ou a palmatória, o pai ou o professor exigem o
comportamento desejado, doutrinando as crianças, impondo
valores e dobrando-as para a obediência cega e aceitação passiva
da autoridade. Nesse caso, embora não haja violência física, existe
violência simbólica, já que a força que se exerce é de natureza
psicológica e atua sobre a consciência, exigindo a adesão irrefletida,
que só aparentemente é voluntária.
Ocorre violência simbólica também nos casos em que um candidato
a cargo público distorce informações para conseguir votos, quando a
imprensa manipula a opinião pública ou ainda quando o governo usa
propaganda e slogans para ocultar seus desmandos. Enfim, constitui
violência simbólica toda manipulação ideológica que obriga a adesão
sem crítica das consciências e das vontades. O manipulador dirige,
molda as formas de pensar e agir de maneira que o manipulado
acredita estar pensando e agindo por livre vontade. Portanto, a
violência existe, mas não se apresenta como tal.
Nem sempre a violência “salta à vista”, não sendo claramente percebida.
Às vezes, não é possível se conhecer o agente causador, outras vezes a
ação não é prevista nem nos códigos penais, e, portanto, a tendência
é não reconhecê-la como violência propriamente dita. Por exemplo,
a existência da pobreza parece ser conseqüência inevitável de uma
certa ordem natural que comanda as relações entre os homens.
Haveria, então, pessoas pobres ou países subdesenvolvidos devido à
incompetência, ao descuido ou à fatalidade: “afinal, sempre foi assim...”,
é o que se costuma dizer. Porém, na raiz desses problemas encontramos
a violência da desigualdade social decorrente da injusta repartição
das tarefas e dos privilégios que levam ao irregular aproveitamento
dos bens produzidos pela comunidade. Nesse sentido, é violência
a fome crônica em amplas regiões do mundo como resultado do
planejamento econômico que visa, em primeiro lugar, ao interesse
dos negócios. É também violência a criança permanecer fora da escola,
privando-a de educação e do saber acumulado pela sociedade em que
vive, porque precisa trabalhar, ou por outros motivos decorrentes dos
desfavorecimentos da classe a que pertence.
Chamamos de violência branca a esse tipo de privação, devido ao
fato de não ser sangrenta (vermelha). Mas nem por isso pode ser
considerada menos cruel (ARANHA, 1992, p. 171).
Sugestão:
Primeiramente, leia todo o texto.
Responda:
a. Sobre qual assunto as autoras construíram o texto?
b. Como esse assunto foi delimitado?
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3. Leia o trecho a seguir. Elabore uma paráfrase. Mais uma vez, lembramos
a necessidade de você citar o nome da autora, o ano em que foi publicada a
obra e a página em que se encontra o trecho parafraseado. Você encontrará
esses dados na referência bibliográfica após o texto.
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o lugar que ocupa o seu dialeto na estrutura de relações sociais,
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econômicas e lingüísticas, e a compreender as razões por que esse dialeto
é socialmente estigmatizado; tem de apresentar as razões para levar o
aluno a aprender um dialeto que não é o do seu grupo social e propor-lhe
um bidialetarismo, não para a sua adaptação, mas para a transformação
de suas condições de marginalidade (SOARES, 1999, p. 78).
4. Elabore uma paráfrase do texto a seguir. Alertamos, mais uma vez, sobre
a necessidade de você citar o nome da autor, o ano em que foi publicada a
obra e a página em que se encontra o trecho parafraseado. Você encontrará
esses dados na referência bibliográfica após o texto. No entanto, cabe
lembrar que o autor do texto é Aguiton. O artigo “Uma estratégia para novos
tempos” se encontra no livro O outro Davos: mundialização de resistências
e de lutas, coordenados por Houtart e Polet.
COMENTÁRIOS
Apresentamos-lhe, a seguir, possíveis leituras. Vale lembrar que você
deverá, após realizar o seu trabalho, verificar a “voz” do autor. Em
outras palavras, você deverá verificar quem faz as afirmações. Após
cada ponto final, realize essa tarefa. Assim:
Quem salienta? Quem ressalta? Quem afirma? Quem aponta? Quem
informa? Quem conclui? A resposta deverá sempre ser: o autor do
texto. A sua resposta poderá estar, provavelmente, diferente da
resposta apresentada, porém, deverá estar próxima da leitura que
fizemos.
Veja, agora, as possíveis leituras dos três trechos apresentados e
compare com o seu trabalho.
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4. Segundo Aguiton (2002, p. 71), o neoliberalismo é caracterizado
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pela ausência de consideração para com as relações sociais, haja
vista que o mercado é apresentado como auto-regulamentador de
todos os processos sociais. Para esse autor, tal sistema aparenta
promover, invisivelmente, um equilíbrio geral, permitindo que as
leis de mercado funcionem livremente; esse autor salienta que
as políticas de ajuste estrutural são consideradas liberadoras da
economia e comportam as privatizações, a abertura dos mercados,
a desregulamentação do trabalho, entre outros; entretanto, tudo isso
é pensado num vazio social. Em face disso, ressalta que as pessoas
ainda se surpreendem ao verem que os ricos ficam mais ricos e os
pobres mais pobres, como se esse fato fosse acidente de percurso,
e não a lógica de tal sistema.
ATIVIDADE FINAL
Trecho 1
centrada nela mesma, não será capaz de ouvir o apelo do outro. É isso que
acontece com a criança que procura com naturalidade quem melhor preencha
próprio, o que causa sua morte, pois esquece de se alimentar, tão envolvido se
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Português Instrumental | Lendo, compreendendo, parafraseando e produzindo
vida infantil para a vida adulta. Por isso, o adolescente, muitas vezes, não
ama propriamente o outro, ser de carne e osso, mas ama o amor. Trata-se
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Trecho 2
açúcar que deu energia a nossos ancestrais, três bilhões de anos antes de se
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Antes de iniciar a próxima paráfrase, fornecemos mais informações sobre os
termos utilizados pela autora, que é considerada uma excelente leitora de
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Sigmund Freud, por meio de outro texto, que poderá esclarecer as suas dúvidas.
Siga as orientações das aulas anteriores: grife as palavras-chave, entreviste o autor
e consulte o dicionário. Acreditamos que essa é uma das formas de construir
conhecimentos. Lembre-se de que o sentido que damos a um texto pode depender
do conhecimento de outros textos com os quais ele se relaciona. Ei-lo:
entre eles. Ao nascer, o ser humano é apenas uma massa de desejos biológicos
costumes.
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Português Instrumental | Lendo, compreendendo, parafraseando e produzindo
impulsiona-nos para a ação real. Por exemplo, o homem casado, pai de filhos,
poderá provocar sonhos eróticos com uma mulher desconhecida, cujo rosto
Trecho 3
Sob pressão excessiva dos impulsos e desejos inconscientes, como frustrações, inveja,
ódio, sexo, etc., o EGO adota medidas extremas, que são chamadas de mecanismos
mental com a realidade física; daquilo que está na mente com aquilo que se
o objeto perdido por meio da fantasia. [...] Uma pessoa pode identificar-se com
um ídolo, com um símbolo ou mito público ou com uma pessoa mais forte e
se, ser melhor e pertencer ao grupo de fãs, por exemplo. Este mecanismo é
Isto justifica o grande sucesso dos mitos infantis, como Xuxa e Menudos.
passa fantasiosamente a ser igual, a ter sucesso, ser amado e admirado. Além
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A racionalização é, talvez, o mecanismo mais correntemente usado, pois
AULA
incompetência, a preguiça, enfim, tudo aquilo que não aceitamos em nós
mentiras, como cheguei tarde porque o pneu furou, até as mortes fictícias
de parentes (a avó, que já morreu há vinte anos, está morrendo sempre que
a situação exige uma justificativa destas). O aluno que tira notas baixas e não
No âmbito mais geral, até mesmo países (Brasil) podem culpar os estrangeiros
bela garota passa a dizer que não a quer mais e que rompeu o namoro, pois
ela é feia e burra. Ou aquele que bebeu demais na festa e cheio de culpa se
tem por finalidade, nestes casos, evitar que o indivíduo enlouqueça e agrave
contra conflitos e situações com as quais não sabemos lidar ou não podemos
a crer que o marido a traía com outra, em casos em que a mãe se recusa a
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Português Instrumental | Lendo, compreendendo, parafraseando e produzindo
com ela. Projeta, dessa maneira, seu desejo de ser amada e conquistada. É o
caso de todo apaixonado supor ser correspondido e ver sinais nos gestos e
seu sentimento de inadequação. O pai, frustrado por não ter podido estudar,
outro objeto perigoso. O homem humilhado por seu patrão pode chegar a
sua casa e bater na mulher, pois esta oferece menores conseqüências para o
seu ato. Aquele que brigou com o vizinho pode chutar-lhe o cachorro, pois
[...] Como vimos, pelos parâmetros freudianos, torna-se difícil estabelecer o que
motivo oculto. Contudo, estes mecanismos, desde que não exagerados, ajudam
Os mecanismos de defesa podem atuar em conjunto (...), mas se pode fazer uso de
alguns mais freqüentemente do que os outros. Isto vai depender dos resultados
Trecho 4
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Há, porém, um fato notável de natureza surpreendente: mesmo no tempo em
que se dizia que as pessoas iam à escola para aprender a ler, escrever e contar,
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o ensino de Matemática e o da Língua Materna nunca se articularam para uma
de interações intencionais.
Trecho 5
questões que, no meu entender, necessitam ainda de maior atenção nas escolas:
suas produções;
• a falta de trocas interativas, na escola, entre os alunos acerca de seus textos, bem co-
A atual discussão sobre a eficácia desse ensino justifica-se, de fato, pelas práticas
essencial à sua formação pessoal e profissional. É cada vez mais evidente a falta
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COMENTÁRIO
Conforme dito no enunciado da questão, em caso de dúvida, consulte o
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tutor presencial ou o tutor a distância. Esperamos que você, ao parafrasear
os trechos de textos, resumidamente, utilize os verbos adequadamente
e cite o(s) nome(s) do(s) autor(es), bem como o ano em que a obra
foi publicada e a página em que se encontra o trecho.
Eis algumas sugestões para você iniciar a paráfrase desses trechos:
Trecho 1
Trecho 2
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Português Instrumental | Lendo, compreendendo, parafraseando e produzindo
Trecho 3
ou
A seguir:
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RESUMO
AULA
Nesta aula, apresentamos entrevistas com lingüistas de expressão e definimos o
termo entrevista, que possibilita o diálogo. A entrevista é uma técnica fundamental
para permitir o desenvolvimento de uma estreita – ou quase estreita, inferimos
– relação entre as pessoas. Trata-se de um modo de comunicação no qual
determinada informação é transmitida de um sujeito para outro. A palavra
entrevista é construída a partir de duas palavras, entre e vista, que se referem,
respectivamente, à relação de lugar ou estado no espaço que separa duas pessoas
e ao ato de ver, ter preocupação com algo.
A seguir, solicitamos que faça entrevistas com os autores de textos e mostramos
uma técnica de reescrita: a paráfrase.
Essa técnica, segundo Garcia (1992, p. 185), “corresponde a uma espécie de
tradução dentro da própria língua, em que se diz, de maneira clara, num texto
B, o que contém um texto A, sem comentários marginais, sem nada acrescentar e
sem nada omitir do que seja essencial,” ditos com outras palavras e de tal forma
que a nova versão deixe claro o entendimento do texto original.
Frisamos que a não-citação do nome do autor ou autores constitui apropriação
indevida, o que é antiético.
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