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Comte Bittencourt
Secretário de Estado de Educação
Elizângela Lima
Superintendente Pedagógica
Assistentes
Carla Lopes
Fabiano Farias de Souza
Roberto Farias
Verônica Nunes
Catia Batista Raimundo
Texto e conteúdo
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Capa Luciano
Cunha
Revisão de texto
Esse documento é uma curadoria de materiais que estão disponíveis na internet, somados à
experiência autoral dos professores, sob a intenção de sistematizar conteúdos na forma de
uma orientação de estudos.
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Língua Portuguesa – Orientação de Estudos
1º Bimestre- 9º ano- 2020
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO 5
7. Indicações Bibliográficas 26
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COMPONENTE CURRICULAR: Língua Portuguesa
META:
OBJETIVOS:
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1. INTRODUÇÃO
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2. Aula 1 - Norma padrão e variações linguísticas
TEXTO amigo!
To meia preocupada com você! Não tenho notícias suas já faz um mes. Como você
tá?
Estou aguardando meus pais chegar para irmos vizitar vc. O numero do meu telefone
continua o mesmo. Quando puder me liga.
Abrassos!!
TEXTO 2 Mae, não consegui termina de lavar a lousa por que tive que ir para aula
de natação Não quis acordar a senhora para avizar mas quando aí eu termino de
lava a louça.
Irei passar na padaria para pega aquele pão quentinho que a senhora gosta. AI O pai
avisou que chegará mais cedo.
Você pode ter percebido algumas marcas de oralidade e até algumas inadequações
ortográficas, mas de modo algum são textos que estão “errados”.
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Há alguns anos, a preocupação com falar e escrever “certo” era muito
maior. Atualmente, existe uma flexibilização muito maior do uso da língua. É preciso
lembrar que a língua varia de acordo com o uso dela. Se a pessoa que fala ou
escreve estudou um pouco mais, terá mais facilidade de ler e escrever de acordo
com a norma padrão. Se o falante mora em um local ou outro do país, também
poderá falar e escrever de outras maneiras. Todas essas possibilidades são
chamadas de variações linguísticas. A norma culta é um das variantes, é ela que
possui maior prestígio social. Ficar criticando a forma “errada” de o outro falar ou
escrever pode ser considerado preconceito linguístico.
https://www.normaculta.com.br/normaculta/#:~:text=A%20norma%2Dpadr%C3%A3o%20pode%20ser
,mais%20se%20aproxima%20desse%20padr%C3%A3o.
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Para alguns educadores, o preconceito linguístico é um preconceito social.
“Não é por acaso, então, que são as pessoas mais pobres, em suas maiorias negras,
as que mais sofrem a acusação de ‘falar errado’ ou ‘não saber português’", afirma
Marcos Bagno (doutor em Língua Portuguesa pela Universidade de São
Paulo (USP) e autor do livro "Preconceito linguístico: o que é, como se faz” ). (...)
Para o doutor pela USP, o fundamental e necessário nas propostas políticas e
discussões é o foco no letramento das pessoas, isto é, a inserção crescente de
cidadãos na cultura escrita. “E isso se faz por meio da leitura e da escrita de todos
os tipos e gêneros textuais possíveis, desde os mais marginalizados, como letras de
funk e hip-hop, até os mais prestigiados, como a literatura canonizada”, enfatiza.
A língua é viva, dinâmica e carregada de intencionalidades e isso precisa se
refletir no ensino atualmente. A norma padrão é importante, mas mais importante é
conseguir se comunicar.
(Trechos adaptados https://novaescola.org.br/conteudo/12459/as-criancas-
agoravao-poder-falar-e-escrever-errado. Acesso em 15/1/21.) Atividades:
● O Jornal Folha de São Paulo introduz com o seguinte comentário uma entrevista recente
(8 dez. 1988) com o professor Paulo Freire:
Os trechos da entrevista nos quais a Folha se baseou para fazer tal comentário foram
os seguintes:
A criança terá uma escola na qual a sua linguagem seja respeitada [...]
Uma escola em que a criança aprenda a sintaxe dominante, mas sem desprezo pela
sua.
Esses oito milhões de meninos vêm da periferia do Brasil [...] Precisamos respeitar a
(sua) sintaxe mostrando que sua linguagem é bonita e gostosa, às vezes é mais bonita
que a minha. E, mostrando isso, dizer a ele: “mas para tua própria vida tu precisas dizer
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‘a gente chegou’ [em vez de “a gente cheguemos”]. Isso é diferente, [a abordagem] é
diferente. É assim que queremos trabalhar, com abertura, mas dizendo a verdade.
1) Qual é a posição defendida pelo professor Paulo Freire com relação à correção de
erros gramaticais na escola?
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____________________________________________________________________
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b) Por que o autor desta mensagem escreveu para o colega usando essa escrita?
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___________________________________________________________________
c) Essa escrita pode ser usada nos trabalhos escolares? Por quê?
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__________________________________________________________________
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d) Essa escrita atrapalhou o seu entendimento do texto?
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__________________________________________________________________
f) Qual a intenção das pessoas ao usarem esse tipo de escrita nas redes sociais?
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(a) Não pode ser considerado um texto, visto que não cumpre sua função comunicativa.
(b) Por ter palavras abreviadas em excesso está totalmente contrariando as regras da
gramática, logo não é um texto.
(c) Esse tipo de escrita é valorizado em qualquer meio de comunicação formal.
(d) Mesmo por se tratar de linguagem abreviada, cumpre sua função comunicativa, mas
só deve ser utilizada em situações informais como internet, celular etc.
4) Observe a imagem retirada do Facebook abaixo e marque (V) ou ( F) nos
parênteses:
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( ) Pela linguagem utilizada pelos falantes, eles não conseguem se comunicar.
( ) Os fatores regional, escolar e social influenciam o modo de falar dos
personagens acima.
( ) Esse modo de falar é totalmente inaceitável em qualquer situação, porque é
linguagem matuta.
( ) Mesmo sendo linguagem matuta cumpre sua função comunicativa.
( ) Não devemos ter preconceitos com exemplos de língua como essa acima, pois há
diversos motivos que explicam esse modo de falar.
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3. Aula 2 - Verbos de Ligação e Predicado Nominal
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RELEMBRANDO:
Predicado nominal Apresenta
as seguintes características:
a) Possui um nome (substantivo ou adjetivo) como núcleo;
b) É formado por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito;
c) Indica estado ou qualidade.
Por Exemplo: Leonardo é competente.
Predicado Nominal
No predicado nominal, o núcleo é sempre um nome, que desempenha a
função de predicativo do sujeito. O predicativo do sujeito é um termo que
caracteriza o sujeito, tendo como intermediário um verbo de ligação.
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Atividades:
Texto 1:
Primeira experiência em balão pelo padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão
Um dia desses, eu estava lendo o livro Cinco semanas em um balão, de Júlio Verne,
que conta a história de 3 aventureiros que cruzaram a África em um balão. Eu fiquei
tão empolgado com o livro que decidi pesquisar um pouco sobre a origem dos balões.
Descobri que foi Bartolomeu Lourenço de Gusmão, um padre brasileiro, que fez, em
Portugal, o primeiro balão. O Passarola, como era chamado o balão, elevou-se quatro
metros de altura e realizou um percurso do castelo de São Jorge até o Terreiro do
Paço… Eu não faço a mínima ideia de quantos metros há entre o castelo e o Terreiro,
mas, para a época, acredito que era uma boa distância. Hoje em dia, isso parece
pouco, mas as pessoas ficaram tão impressionadas com essa experiência que
chegaram a pensar que Gusmão era mágico.
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5) Em “[…] chegaram a pensar que Gusmão era mágico.”, o complemento grifado é:
( ) verbal
( ) nominal
( ) verbo-nominal
Texto 2:
6) Observe o 3º quadrinho:
a) Qual é o sujeito? _____________________________________________________
b) Como se classifica o verbo ser (é): _______________________________________
c) Passageiro é classificado como: _________________________________________
Texto 3:
7) Retire da tirinha uma oração com a estrutura: Sujeito / verbo de ligação/ predicativo:
____________________________________________________________________
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8) Escreva cinco frases usando a estrutura: Sujeito / verbo de ligação/ predicativo:
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
Veja como o verbo estar pode deixar de ser verbo de ligação e ganhar outras
funções.
O que define o tipo de predicado? O tipo de verbo, não é? Logo, os verbos
significativos ou nocionais compõem o predicado verbal, ou verbo nominal, e o de
ligação, o predicado nominal.
E o verbo estar aparecerá em que tipo de predicado? Muitos dirão: “No
predicado verbal, claro!” Cuidado. Só o contexto poderá definir a predicação verbal,
ou seja, o tipo de verbo. Por isso, as listas que em geral são apresentadas são
perigosas, pois não consideram o contexto. Vejamos alguns exemplos:
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● Que função sintática possui o termo no seu aniversário?
Adjunto adverbial.
João estava em casa no dia do jogo.
● Quem é o sujeito da oração?
João.
● Que tipo de sujeito?
Sujeito Simples.
● E o predicado, qual é?
Estava em casa no dia do jogo.
● Que tipo de predicado?
Verbal.
● Quais são os adjuntos adverbiais?
Em casa - indicando circunstância de lugar.
No dia do jogo - indicando circunstância de tempo.
(...)
1º Sempre que o verbo estar for de ligação, ele não será núcleo do predicado, ou seja,
a informação básica não estará contida nele.
2º O núcleo do predicado nominal será o predicativo do sujeito, pois morfologicamente
é representado pelo adjetivo.
3º Se o verbo for significativo, sua ausência implicará em prejuízo para a mensagem.
Por que isso ocorre? Porque o verbo é o núcleo, ou seja, a parte mais importante. 4º
No caso do segundo exemplo, o verbo é intransitivo, ou seja, tem sentido completo.
Dica:
Quando o Verbo é Intransitivo, as perguntas feitas são: Quando? Onde? Com quem?
Quando? E em todas elas o objetivo não é buscar o complemento verbal e sim, o
adjunto adverbial.
Portanto, aparecendo estas características analise, pois em geral, o verbo é
intransitivo.
É importante lembrar que da mesma forma que o verbo estar modifica-se de acordo
com o contexto, os verbos permanecer, andar, parecer, continuar, também
considerados de ligação, podem modificar sua predicação.
Fonte:
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5. Aula 4 - Verbos de ligação – traços peculiares
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* O objeto indireto e o objeto direto podem ser caracterizados por um
predicativo.
Consideramos louvável sua atitude.
(verbo transitivo direto) (predicativo do objeto) (objeto direto)
* O predicativo do sujeito também pode ocorrer com verbos transitivos ou
intransitivos. Nesse caso, ele poderá ocupar qualquer lugar no contexto
oracional.
Fonte:
https://mundoeducacao.uol.com.br/gramatica/os-verbos-ligacaotracos-peculiares.htm
Quer saber mais? https://www.sabermais.am.gov.br/odas/verbos-de-ligacao-verbos-
significativos-52148
https://www.youtube.com/watch?v=BGKN72zHxNg&ab_channel=Esquemaria
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6. Aula 5 – Orações subordinadas Adjetivas
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo, ou
seja, que a ele equivale.
As orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto
adnominal do antecedente.
Observe o exemplo:
Esta foi uma redação bem-sucedida.
Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal)
Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse
caso, é possível formarmos outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo
papel. Veja:
Atenção:
Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome relativo que: ele sempre pode
ser substituído por: o qual - a qual - os quais -as quais Por Exemplo:
Refiro-me ao aluno que é estudioso.
Essa oração é equivalente a:
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Refiro-me ao aluno o qual estuda.
Por Exemplo:
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
Exemplo 1:
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Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele
momento.
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido
da palavra "homem": trata-se de um homem específico, único. A oração limita o
universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que
estava passando naquele momento.
Exemplo 2:
O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra
"homem": na verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar
contida no conceito de "homem".
Saiba que:
A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa,
que, na escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja
indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas: de fato, as
explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
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Exemplo 2:
Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma.
Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou
escreve tem apenas um irmão, o qual mora em Roma. A informação de que o
irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento
identificador, diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar.
Adaptado de :
https://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint35.php
https://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint36.php
Atividades:
1) Reescreva as frases abaixo, criando orações adjetivas introduzidas pelo pronome relativo
que:
Exemplo: Ele é um homem cumpridor de seus deveres.
Ele é um homem que cumpre os seus deveres.
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2) Use (E) para orações adjetivas explicativas ou (R) para restritivas:
( ) Aqui há brinquedos que fascinam.
( ) Aplaudimos o cantor que foi premiados.
( ) A casa ,onde nasci é foi reformada.
( ) O pianista , que era francês, chegou ao Brasil cedo.
( ) A rua onde caí vive deserta.
( ) Deixei-o em sua tristeza, que parecia incurável.
( ) Pedro, que é muito agitado, derrubou a jarra
3) Leia a tirinha:
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( ) A 1ª frase indica que apenas os alunos do 9º ano que fizeram bagunça estão sem
recreio e a 2ª frase indica que todos os alunos do 9º ano fizeram bagunça e estão sem
recreio.
b) Minha tia, que adora uma fofoca, espalhou a notícia para o bairro.
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c) As crianças de rua, que não tiveram oportunidade, foram convidadas para cursos
gratuitos.
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7. Indicações Bibliográficas
OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber –
a teoria na prática. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-
depraticas/ensino-fundamental-anos-finais/
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