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RESENHA
3.1 Artigo: Ensino de Língua Portuguesa: reflexões sobre a necessidade de
análise crítica de textos.
O artigo tem como objetivo analisar aulas de Língua Portuguesa nos anos de
2013 e 2014, em escolas públicas de Belo Horizonte. Os professores e alunos foram
analisados sob a forma como trabalham textos que circulam na sociedade. A
pesquisa trabalhada contou com o apoio de um docente de ensino superior,
professores de língua portuguesa da educação básica e alunos da graduação da
Universidade Federal de Minas Gerais, que se encontraram semanalmente nas
escolas para analisar trabalhos de alunos de ensino médio, com o objetivo de
construir soluções para problemas encontrados.
Atualmente, muito se discute a necessidade de implantar novos objetos de
ensino nas aulas de Língua Portuguesa. Há pouco tempo, a discussão se baseava em
ministrações de aulas de gramática e, hoje, a discussão se volta para os gêneros
textuais. Geraldi (1984, 1997) busca afastar o ensino de língua portuguesa da
redação e da gramática, defendendo que o ponto de partida e de chegada deva ser a
produção de texto, e a análise linguística como um instrumento para auxiliar na
melhor escrita e leitura, fazendo com que o aluno atinja seus objetivos, tanto para si,
quanto para o leitor de seu texto.
É a partir disso que será definido o letramento crítico, não apenas leitura e
análise do texto, mas o poder de criticidade. Dar ao aluno ferramentas para que,
juntamente com o seu conhecimento de mundo, possa ter a capacidade de fazer um
letramento crítico, não apenas de assuntos problematizados, mas de todo texto.
Posso me recordar do meu ensino médio. Minha professora de língua portuguesa
trabalhou muito nosso senso crítico. Todas as aulas eram voltadas para leituras de
textos, e ela sempre nos estimulava e perguntava nossa opinião a respeito de
determinado tema. Foi muito importante para o nosso desenvolvimento e nos
auxiliou na produção de redações para possíveis vestibulares.
Portanto, penso que seja de extrema importância que o letramento e o letramento
crítico sejam postos em prática dentro de sala de aula, principalmente nas aulas de
língua portuguesa. O conteúdo das aulas não deve de forma alguma ser considerado
neutro, visto que deve permanecer em constante confronto com ideias, pensamentos,
conceitos e teorias. Estimular o senso de criticidade do aluno é estimular seu
desenvolvimento pessoal e intelectual, portanto, faz-se necessária a produção de
atividades e conversas, as quais eles possam exercer o papel de sujeitos agentes e
protagonistas de seu ensino.
2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GERALDI, João Wanderley. Portos de Passagem. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes,
1997.
LOPES, Adriana Carvalho; Daniel Nascimento e Silva. Todos nós semos de frontera:
ideologias linguísticas e a construção de uma pedagogia translíngue. Linguagem em
(Dis)curso – LemD, Tubarão, SC, v. 18, n. 3, p. 695-713, set/dez. 2018.
FREIRE, Paulo. A Pedagogia do Oprimido. 1º edição. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra
LTDA, 2013.
FRANON, Frantz. Pele Negra, Máscaras Brancas. 1º edição. ed. São Paulo: Ubu,
2020. 320 p.