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Com relação ao Behaviorismo Radical, foi fundado entre 1938 e 1945, por B. F.
Skinner, e levava em consideração o comportamento privado, em oposição ao
Behaviorismo Metodológico. Skinner desenvolveu o conceito de operante, que se
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refere a uma seleção dos comportamentos em acordo com suas consequências, e
também definiu o homem como fruto da filogênese, da ontogênese e da cultura.
A autora acrescenta, ainda, que para Skinner o homem não é livre, sendo seu
comportamento controlado pelo ambiente e por contingências de reforço.
Partindo para a terceira parte do texto, a autora faz referência ao conceito de self,
contextualizado no que se refere à Ciência do Comportamento, a qual descarta
hipóteses como a existência da mente como origem dos comportamentos. Citando
Skinner, Adriana Regina defende que, embora as causas do comportamento não
sejam explicadas através do interior do organismo, a genética e a experiência de
vida garantem que cada indivíduo seja único quanto à sua identidade. Para
Skinner, o self não se trata de um iniciador do comportamento, mas sim de um
repertório comportamental conforme um complexo organizado de contingências;
ou seja, considerando a teoria da evolução das espécies proposta por Darwin,
esses comportamentos que compõem o self seriam determinados por
contingências filogenéticas, ontogenéticas e também culturais.
Este modelo considera que, da mesma maneira que a seleção natural atua sobre
a definição de aspectos físicos das espécies em prol de sua sobrevivência, atua
também sobre aspectos comportamentais, caracterizando o primeiro nível de
seleção, a filogênese. Num segundo nível de seleção, a experiência individual
estabelece o condicionamento operante, que permite que o indivíduo desenvolva
características comportamentais particulares, adaptando-se a mudanças no
ambiente e às consequências imediatas do comportamento, garantindo também
sua sobrevivência e gerando individualidade e subjetividade, o que constitui a
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ontogênese. Com base no comportamento social e verbal, surge a cultura, a qual
permite a transmissão e acúmulo de conhecimento ao longo do tempo e do
espaço, constituindo também uma importante parcela do self e garantindo a
individualidade.
Para Skinner, há uma diferença entre pessoa e self, sendo que o primeiro termo
faz referência ao organismo em si, e o segundo engloba também eventos privados
e a visão que o indivíduo tem de si próprio. A autora aborda também o conceito de
auto-observação, que consiste no comportamento que permite a consciência
quanto às variáveis controladoras do próprio comportamento, caminhando em
direção ao autoconhecimento. Este, por sua vez, é importante na distinção entre o
privado e o público, e também no âmbito social, visto que através do
comportamento auto-descritivo o indivíduo é capaz de apresentar seu self aos
demais com quem interage, exprimindo sentimentos, sensações, pensamentos,
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mental, mas sim de um conjunto de comportamentos que é produto da interação
entre o indivíduo e o ambiente. Além disso, o self é construído pelo meio social e
responsável pela individualidade.