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Aparelho de reprodução sonora ou celular com caixa de som, papel para cartaz (pardo,
cartolina, color set), caneta hidrográfica. Dependendo das sugestões das crianças, talvez
seja preciso separar materiais para o jogo escolhido para o dia. Envolva a turma,
levantando os materiais necessários e conversando sobre a disponibilidade deles na
escola e sobre a melhor forma de coletá-los. Para o desenho serão necessários materiais
riscantes, como:lápis grafite, canetinhas, lápis de cor, gizes de cera, borrachas, folhas e
apontadores (em quantidades que atendam a todas as crianças).
Espaços:
Planeje que a atividade ocorra em dois espaços: na sala de atividades e em uma área
externa. Ao final, as crianças retornarão à sala.
Tempo sugerido:
Aproximadamente uma hora e meia.
Na sala, com a turma sentada em roda com você, em um grande grupo, convide as
crianças para ouvir a música “Vou brincar lá no quintal”, do Quintal Musical, para
instigar a conversa:
Pergunte para a turma quais jogos, dentre os que conhecem, gostariam de jogar no
quintal da escola.Encaminhe a conversa de forma que as crianças reflitam sobre as
possibilidades do espaço.
Após todos se expressarem, proponha que façam uma lista em um cartaz no qual ficarão
registradas as sugestões de jogos para brincar no quintal da escola. Como escriba,
registre o nome do jogo e a criança que o sugeriu.
Combine com as crianças o melhor lugar para fixar a lista, para que ela possa ser
consultada sempre que quiserem, adotando uma rotina de brincadeiras frequentes no
grupo.
A partir da lista, problematize com as crianças sobre como irão eleger um jogo para ser
vivenciado no quintal. Elas podem sugerir uma parlenda como “Uni duni tê”, podem
escolher fazer um sorteio ou uma votação. É importante deixar as ideias partirem das
crianças e dar espaço para que o grupo interaja e chegue à uma definição sobre a
escolha.
Definido o processo de escolha, organize com o grupo o que for necessário. Se a turma
optou por fazer um sorteio, por exemplo, será preciso copiar os nomes dos jogos em
uma folha, cortá-los, dobrá-los e colocá-los em um saquinho. É importante que todo
esse movimento seja compartilhado pela turma, com a participação das crianças em
todas as ações.
Possíveis falas do professor neste momento: Agora nós vamos brincar de um dos jogos
desta lista, como faremos para escolher qual iremos jogar hoje? Alguém tem alguma
sugestão?
Após a definição do jogo que será realizado no dia, convide a criança que o sugeriu a
explicar para a turma a forma de jogar.
Esteja atento à expressividade dela, se perceber que ela precisa de ajuda, fique próximo
e contribua na interlocução, para que a explicação fique clara a todos.
Enquanto as crianças jogam, observe como resolvem os possíveis conflitos que podem
ocorrer, seja por descumprimento das regras, frustração por perder, comemoração
exagerada etc. Atente-se ao deslocamento pelo ambiente, à transposição de obstáculos, à
forma como realizam os diversos movimentos (correr, saltar, girar, mudar de direção
rapidamente, andar de costas, se arrastar, abaixar, arremessar ou chutar uma bola) e às
conquistas individuais em relação às aprendizagens desenvolvidas.
Enquanto observa, procure documentar a vivência com fotos e vídeos. Esses registros
podem ser usados para uma avaliação sobre a adequação dos jogos, a necessidade de
mudanças e de variações. Servirão também para a observação do envolvimento dos
pequenos nas propostas. Analisar as imagens com as crianças, indicando diferentes
observáveis para avaliação do grupo, por exemplo, quanto às habilidades e movimentos
envolvidos em cada jogo ou a interação entre elas.
Caso alguma criança não deseje participar, converse com ela sobre os motivos e veja se
é possível apoiá-la para que participe. Apresente opções, como ajudá-lo na
documentação, fotografando ou filmando junto com você.
Ofereça-se para jogar também e experimente as sugestões das crianças. Alguns jogos
podem ser conhecidos, outros podem ter sido criados pela criança que o sugeriu.
Esteja atento ao envolvimento do grupo e ao tempo para cada jogo. Há jogos que podem
ter um tempo maior de execução (pato-ganso, por exemplo) e outros que cansam mais
rápido (por exemplo, pega-pega). Favoreça o tempo necessário para que as crianças
joguem tranquilamente até o final (se tiver pontuação ou tempo, por exemplo) ou até
que manifestem o desejo de parar.
Após a vivência do jogo, diga à turma que este será o momento de recolhimento e de
organização dos materiais (se houver) e de higiene. Conte que depois retornarão à sala e
lá conversarão um pouco mais sobre a experiência de jogar.
Na sala, proponha que as crianças expressem por meio de um desenho como se sentiram
jogando, o que mais gostaram de fazer no jogo, o que não gostaram, uma experiência
que viveram durante a atividade. Converse com a turma sobre os materiais disponíveis
para desenhar e promova a autonomia no uso e na organização dos recursos.
Para finalizar:
Cinco minutos antes do término da atividade, avise as crianças que terão mais esse
tempo para encerrar os desenhos. Convide quem for terminando para expor sua
produção em um mural ou em um varal na sala ou no corredor da escola. Peça que
colaborem na organização dos materiais e incentive a observação dos desenhos dos
colegas.
Desdobramentos
Esta proposta pode se tornar uma atividade permanente, por meio da realização dos
outros jogos listados pelo grupo. A cada jogo, proponha diferentes formas de expressão
e de registro. As crianças podem conversar em pequenos grupos sobre a vivência,
podem fazer escritas espontâneas, textos coletivos, pinturas, mímicas, entre outras.
Quando todos os jogos listados forem experimentados, ampliem a lista por meio de
pesquisa com outras turmas, funcionários da escola, familiares ou na internet.
Engajando as famílias
Para aumentar o repertório de jogos da turma e envolver as famílias, organize com as
crianças uma pesquisa sobre qual jogo os familiares mais gostavam na infância.
Após a realização da pesquisa, convide um familiar (que desejar participar) para vir à
escola ensinar o jogo e brincar com as crianças.