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O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para realizar essa atividade, é necessário que as crianças já conheçam a


dinâmica do jogo de percurso.

Materiais:

Organize algumas cartelas de percurso previamente trabalhado. Con-


sidere que elas não tenham indicações numéricas. Separe um dado por
grupo e um marcador para cada criança, que podem ser tampinhas, bo-
tões, entre outros.

Espaços:

A atividade começará com o grande grupo reunido em roda. Depois, em


pequenos grupos com 4 componentes cada. Os grupos serão acomoda-
dos nas mesas e, ao final, todos devem retornar a roda.

Para compor os grupos, considere a diversidade dos conhecimentos re-


lativos à contagem e identificação número/quantidade entre as crianças.
Agrupe as que têm mais autonomia com contagem numérica com aque-
las que necessitam de mais apoio. Dessa forma, uma criança poderá aju-
dar a outra.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 01 hora.

Perguntas para guiar suas observações:


1. Como está sendo a interação das crianças enquanto jogam? Elas res-
peitam as regras do jogo? Esperam a sua vez? Respeitam os outros joga-
dores? Ajudam uns aos outros?

2. As crianças relacionam a quantidade do dado com a quantidade de


casas que devem andar?

3. Quais estratégias utilizam para Identificar quem está na frente, atrás e


quanto falta para finalizar o percurso?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Sugira alternativas para a contribuição individual e coleti-
va, traçando estratégias para que uma criança ajude a outra.

O que fazer durante?

Chame as crianças para se sentarem em roda com você. Diga que irão
jogar o jogo de percurso e que, para isso, se organizarão em grupos de
até 4 componentes. Mostre o percurso, o dado e os marcadores. Pergunte
se elas lembram das regras fazendo algumas perguntas, a fim de reme-
morar com todo o grupo as formas de se jogar.

Possíveis falas do professor neste momento: Pessoal, vocês se lembram


como se joga? Onde devemos colocar os marcadores para começar o
jogo? Como fazemos para andar as casas? Quando termina o jogo?

Convide as crianças a se organizarem nos pequenos grupos. Diga que


chamará os nomes individualmente para a composição dos grupos. Ao
chamar cada um, indique o local para se acomodarem. Terminada a or-
ganização das crianças, peça que uma de cada grupo pegue o percurso, o
dado e os marcadores para seu grupo.

Conte para as crianças que, para iniciar o jogo, elas precisam entrar em
um acordo sobre quem irá começar. Nesse momento, observe quais es-
tratégias as crianças estão traçando. Se perceber que algum grupo neces-
sita do seu apoio, ajude-o, de forma que entrem em consenso para dar
início a partida.

Possíveis falas do professor e da criança neste momento: Pessoal, como


vamos resolver quem irá começar o jogo? Como podemos decidir de
uma forma justa?

Ao observar que um grupo não entra em acordo, aproxime-se e sugira:

Quem sabe se vocês tentarem a sorte? Que tal jogar o dado e, aquele que
tirar o maior número, começa?

Circule pelas mesas e faça observações sobre como as crianças estão


construindo estratégias para jogar. Você pode, por exemplo, observar:
como as crianças contam as bolinhas do dado (com os dedos ou men-
talmente); como iniciam a contagem para andar no jogo; se partem da
casa seguinte ou da mesma casa que estão; se permanecem até o final da
partida; como lidam com a possibilidade de perder; se apoiam os amigos
que, porventura, enfrentam alguma dificuldade ao jogar. Considere fazer
algumas mediações, tendo em vista a ampliação de suas observações.

Caso você observe que um dos grupos está enfrentando um conflito,


pois umas das crianças avançou mais casas do que a indicada pelo dado,
aproxime-se e diga: O que aconteceu? Como podemos fazer para aju-
dá-lo? Você não quer voltar para onde estava antes e fazer a contagem
de forma mais lenta? Dizendo o próximo número apenas quando andar
com seu marcador?

Conforme as crianças vão terminando de jogar, solicite que guardem os


percursos, os dados e os marcadores em um lugar estipulado. Diga que,
enquanto esperam os colegas terminarem de jogar, podem ler livros no
espaço de leitura da sala.

Para finalizar:

Quando todos os grupos terminarem de jogar, reúna as crianças em roda


e converse sobre como foi o jogo. Estimule a falarem sobre quais proble-
mas encontraram ao jogar e quais soluções traçaram para resolver. Após
essa conversa, convide-as para a próxima atividade do dia.

Desdobramentos
O jogo de percurso é uma ferramenta que possibilita aprendizagens di-
vertidas para as crianças. O que acha de criar alguns percursos com seu
grupo? Eles podem ser temáticos, acolhendo histórias queridas pelas
crianças, temas de interesses e investigação do grupo, entre outras pos-
sibilidades. Para ampliar o processo de construção do conhecimento
numérico, podem trazer sequência de números e obstáculos ao longo
da trilha. Por exemplo, “pule duas casas”, “volte até o número 10”, “avan-
ce até o número 20” etc. Com o tempo, você pode acrescentar mais um
dado, para as crianças somarem e criar alguns problemas, como: “Imagi-
ne que você tirou 2 na primeira jogada e depois 6. Em que casa você está
agora?”. Você pode dar um percurso com números e incompleto para
elas completarem ou desafiá-las a criarem o próprio percurso em duplas
ou pequenos grupos.

Engajando as famílias
Proponha que as crianças façam um revezamento para levarem o jogo de
percurso para casa. Envie, junto às regras, um bilhete convidando para
que joguem em família.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para realizar essa atividade é necessário que as crianças já conheçam a


dinâmica do jogo de percurso e que já o tenham jogado algumas vezes.

Materiais:

Para que as crianças montem as trilhas, preveja a organização de um


suporte. É necessário um material resistente, como papel cartão de co-
res variadas. Separe papel sulfite para as ilustrações e coloque todos os
papéis em bandejas. Reserve também, em recipientes, lápis de cor, giz de
cera, canetinhas, colas, tesouras, tampas de garrafas, caixas de fósforos,
entre outros. Para os marcadores de jogadores, organize tampinhas, bo-
tões ou rolhas.

Organize cartelas numéricas de 1 a 30 para serem recortadas. Observe


uma forma de dispor o material, respeitando a autonomia da criança de
forma que ela possa escolher os materiais desejados para sua criação.

Espaços:

A atividade deve começar com o grande grupo reunido em roda. Depois,


divida pequenos grupos com 4 componentes cada. Os grupos poderão
escolher o espaço da sala que quiserem para criar o jogo, no chão ou nas
mesas.

Para compor os grupos, considere a diversidade de liderança, organiza-


ção entre as crianças e conhecimentos relativos à contagem e identifica-
ção número/quantidade. Preveja compor os grupos de forma que uma
criança ajude a outra.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 01h30min.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como se apropriaram e transformaram dos materiais disponibilizados


para a confecção do jogo?

2. Como as crianças resolveram os possíveis impasses que encontraram


na execução da proposta? Ajudaram umas às outras? Levaram a tarefa
até o fim?

3. Trocaram informações entre elas? Que estratégias utilizaram para


criar o percurso?

Pensaram na sequência numérica do percurso?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo.Disponibilize pequenos cartões com números de 1 a 30,
para quem preferir colar ao invés de grafar, e deixe fixada na parede uma
reta numérica para as crianças consultarem sempre que necessário. In-
centive que uma criança ajude a outra.

O que fazer durante?


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Convide as crianças para sentarem em roda com você. Diga que hoje elas
irão criar um jogo de percurso que fará parte do acervo da sala, que elas
poderão brincar em diversos momentos. Relembre os percursos que já
brincaram em sala e traga modelos de outros percursos. Incite-as a fa-
zer uma descrição. Você pode perguntar, por exemplo: onde começa a
trilha? Por que ela começa onde elas estão indicando? Há obstáculos no
caminho? O percurso tem um tema? Faça mediações na conversa, para
que as crianças se expressem com liberdade.

Apresente os materiais que elas poderão utilizar. Disponibilize pequenos


cartões com números de 1 a 30 para quem preferir colar ao invés de gra-
far. Deixe tudo exposto em uma mesa de uma forma organizada e con-
vidativa, para que as crianças peguem o que quiserem com autonomia.
Acorde com elas a duração da atividade e a organização do espaço ao
final da confecção.

Organize as crianças em pequenos grupos. Diga que chamará os nomes


dos componentes de cada grupo e que poderão escolher em qual local da
sala irão trabalhar.

Convide as crianças para escolherem os materiais e iniciarem a mon-


tagem do percurso. Diga que elas poderão voltar à mesa dos materiais
quantas vezes for necessário. Observe a dinâmica dos grupos e a movi-
mentação. Esteja atento para as necessidades de apoio que, porventura,
alguns grupos precisarão. Antes de propor uma resolução, encoraje as
crianças a consultarem o grupo para apoiá-las nas decisões de escolha de
material, por exemplo.

Possíveis falas do professor e ações das crianças neste momento: ao ob-


servar uma criança parada um tempo frente a mesa, aparentando dúvi-
das sobre a escolha do material, se aproxime e diga:Quem sabe você não
convida um colega do grupo para escolher o material junto com você?

Circule pelos grupos para encorajar a participação de todos. Estimule


que os integrantes de cada grupo cheguem a um consenso de como será
o percurso. Observe se há cooperação, organização e verifique como
estão construindo a sequência numérica. Estão pulando algum número?
A crianças têm dúvidas quanto a ordem da sequência e o que vem antes/
depois? Incentive a ajuda entre as crianças, fazendo perguntas ao grupo
para pensarem em possibilidades de reorganizarem as percepções. Ob-
serve que algumas crianças podem espelhar alguns números ao traçá-
-los. Considere que essa é uma etapa natural do processo de escrita para
a faixa etária.

Possíveis falas do professor e ações das crianças neste momento: ao per-


ceber que as crianças têm dúvidas em relação à sequência, se aproxime
e sugira: Já olharam a reta numérica fixada na parede? Ela pode ajudar a
organizarem os números do percurso de vocês.
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Conforme as crianças forem terminando, peça que guardem todos os
materiais utilizados, organizem a sala e sentem na roda com o percurso
criado. Enquanto as crianças estiverem guardando e se encaminhando
para a roda, podem cantar a música “Guardar a bagunceira” do Pala-
vra Cantada. https://www.youtube.com/results?search_query=guar-
dar+a+bagunceira

Quando todas estiverem reunidas, peça para cada grupo compartilhar


o seu percurso. Coloque no meio da roda todos os percursos, para que
possam ver e apreciar o resultado. Compare os percursos, até quanto vai
cada um e se têm ou não obstáculos. Pergunte qual o percurso mais lon-
go, o mais curto e o porquê dos temas. Elogie o esforço de todas e diga
que agora poderão escolher o percurso que quiserem para jogar.

Para finalizar:

Quando terminarem de jogar, solicite que guardem os percursos, os da-


dos e os marcadores em um lugar estipulado. Diga que, enquanto espe-
ram os colegas terminarem de jogar, podem ler livros no espaço de leitu-
ra da sala.

Desdobramentos
Por ser a primeira experiência de elaboração de um jogo, não é espera-
do que todos fiquem perfeitos. Você pode desenvolver uma proposta em
que as crianças refaçam o jogo. Depois, eles poderão fazer parte do acer-
vo do grupo para jogarem em oficinas de jogos ou em outros momentos.
As crianças podem confeccionar outros jogos como, por exemplo, dama,
trilha, bingo, jogo da velha. Quando tiver um número interessante de jo-
gos, poderão escrever um convite para outras salas virem jogar com elas.

Engajando as famílias
Escreva um bilhete aos pais relatando sobre a confecção do percurso e
encoraje a criarem também um jogo juntos, para brincarem.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

O jogo Feche a Caixa tem como objetivo cobrir todos os números do ta-
buleiro. Nele, lança-se dois dados e a criança poderá escolher se cobrirá
o número que representa os dois dados juntos ou cobrir dois números,
um de cada dado.Portanto,para realizar essa atividade, faz-se necessário
que as crianças já tenham tido a vivência com dados. É importante que o
professor se aproprie das regras do jogo e que jogue várias vezes antes de
apresentá-lo para as crianças.

Materiais:

Um tabuleiro de Feche a Caixa para cada criança que poderá ser impres-
so, conforme o modelo, e colado em papel cartão. Dois dados para cada
dupla e 9 tampinhas ou botões por criança. Uma folha de registro de
partidas por criança, conforme o modelo, e lápis de cor.

Modelo tabela de registro:

https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/52PAkAtpunsv3AysR-
ShguvcSqvqqMu7MdcbthpMP7aybBEWv7R2qdPsYcuPY/atividade-pa-
ra-impressao-registro-de-partida-edi3-23und03.pdf

Modelo tabuleiro:

https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/GfSbySX3p8VV7uD-
ZqpYTHhNwsrewVQtttXqrFdyCjG8hG8vtWrqMxdJMjskj/atividade-
-para-impressao-feche-caixa-edi3-23und03.pdf
Espaços:

A atividade começará com o grande grupo reunido em roda. Depois, as


crianças serão divididas em duplas e acomodadas nas mesas. Por fim,
todos retornam para roda.

Para compor as duplas, considere a diversidade dos conhecimentos re-


lativos à contagem e identificação número/quantidade entre as crianças.
Preveja organizar as duplas, considerando as que têm mais autonomia
com contagem numérica com aquelas que necessitam de mais apoio. As-
sim, uma criança poderá ajudar a outra.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. As crianças conseguem relacionar a quantidade do dado com os nú-


meros que têm que tampar? Contam os dois dados juntos?

2. Quais estratégias utilizampara tampar os números? Refletem sobre as


diferentes possibilidades?

3. Como estão os registros no final das partidas? Com numerais? Com


ícones?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Deixe fixada na parede uma reta numérica para as crianças
consultarem quando sentirem necessidade. Contextualize a proposta,
tendo em vista um momento de diversão em um espaço em que as crian-
ças sintam liberdade para apoiarem-se umas às outras.
O que fazer durante?

Convide as crianças para sentar em roda com você. Conte que elas vi-
venciarão um momento em que irão jogar o Feche a Caixa. Sonde se
algumas crianças conhecem o jogo ou já ouviram falar sobre ele.

Após ouvir as crianças, diga que o Feche a Caixa foi criado há muitos
anos atrás, por marinheiros que jogavam nos portos para se distraírem
entre uma viagem e outra. Mostre o jogo e todos os seus elementos para
as crianças.

Possíveis fala do professor neste momento: Vejam, esse é o tabuleiro do


jogo. Que números têm? Para jogar vamos precisar de dois dados e tam-
bém de tampinhas.

Ainda em roda, conte para as crianças que o objetivo é cobrir o máximo


de números possíveis com as tampinhas. Para isso, o jogador lança os
dois dados para descobrir qual número irá cobrir. Ele pode somar o re-
sultado das duas faces dos dados e cobrir o número que representa essa
quantidade ou tampar os dois números que representa a quantidade de
cada face dos dados. Faça algumas jogadas com as crianças para ilustrar
o jogo.

Possíveis fala do professor neste momento: Vamos testar quais números


saíram no dado? O que devo fazer? E agora, que o número 6 já está com
a tampinha, tenho outra alternativa? (por exemplo, no caso de ter tirado
6 e 2).

Diga que agora irão jogar e que, ao final de cada partida, elas anotarão
em uma folha quantos números conseguiram tampar. Mostre a folha.

Possíveis falas do professor neste momento: Aqui está a folha que vo-
cês vão anotar quantos números conseguiram tampar em cada partida.
Aqui, onde está escrito NOME (apontando), vocês escrevem o nome
de vocês. Embaixo, em 1ª partida (apontando), vocês escrevem quantos
números tamparam na primeira partida. Depois tem a 2ª (apontando) e
a 3ª (apontando). No final, vamos ver quantos números foram tampados
em cada partida.
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Conte que cada um da dupla terá um tabuleiro, entretanto, irão revezar o


uso dos dados nas jogadas. Diga que uma criança poderá ajudar a outra
sempre que necessário.

Organize as crianças em duplas, chamando-as individualmente. Ao cha-


má-las, entregue os tabuleiros, os dados, as tampinhas e a folha de mar-
cação. Peça que se acomodem nas mesas para iniciarem o jogo.

Circule pelas mesas e faça observações sobre como as crianças estão


construindo estratégias para jogar. Você pode, por exemplo, observar
como elas contam as bolinhas do dado, com os dedos ou mentalmente?
Refletem sobre as diferentes possibilidades para tampar os números?
Que estratégia utilizam? Como estão estabelecendo as trocas entre elas?
Anote algumas estratégias que achou interessante para compartilhar na
roda final.

Possíveis falas do professor neste momento: Nossa! Falta fechar o nú-


mero 9 em seu tabuleiro. Que números você precisa tirar para conseguir
fechá-lo?

Observe como as crianças estão registrando a quantidade de números


que conseguiram tampar. As crianças escrevem os numerais ou repre-
sentam com pauzinhos/bolinhas? O registro corresponde realmente ao
que ocorreu na jogada?

Conforme as crianças vão terminando as três partidas, peça que entre-


guem os registros, guardem os tabuleiros, os dados e as tampinhas em
um lugar pré determinado. Diga que, enquanto esperam os colegas ter-
minarem de jogar, podem ler livros no espaço de leitura da sala.

Para finalizar:Quando todos terminarem de jogar, reúna as crianças em


roda para compartilharem e compararem no grande grupo os registros
feitos. Estimule a falarem o que acharam, se teve algum número que foi
mais difícil de fechar e se alguém tem alguma dica para dar. Pergunte,
por exemplo, se alguém fechou o número 7, como conseguiu e se existe
outra forma de fechá-lo. Se, em alguma partida, conseguiram fechar to-
dos os números e por que elas acham que isso aconteceu. É importante
que nesse momento você deixe alguns dados disponíveis na roda. Assim,
será mais fácil se alguma criança sentir necessidade de mostrar como
construiu sua estratégia. Após essa conversa, convide-as para a próxima
atividade do dia.
Desdobramentos
O professor poderá disponibilizar várias vezes o jogo para as crianças se
apropriaram das regras e para que elas criem estratégias. Com o jogo, as
crianças irão pensar nas diversas possibilidades de decompor um núme-
ro. Aproveite os dados e lance desafios para que descubram formas dife-
rentes de compor um número.

Engajando as famílias
Escreva um bilhete contando que as crianças aprenderam o jogo Feche a
Caixa, um jogo antigo com dados. Pergunte se eles conhecem outro jogo
com dados que possam compartilhar.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

O jogo pressupõe que as crianças comparem os números de cada carta,


convidando-as a refletirem sobre qual número é maior que outro. Dessa
forma, é necessário que as crianças já reconheçam os numerais de 1 a 9
e suas respectivas quantidades. É importante também que o professor se
aproprie das regras do jogo e que jogue várias vezes antes de apresentá-lo
para as crianças, a fim de propor um contexto de qualidade para o gru-
po.

Materiais:

Organize cartas de um baralho, de Às a 9,, ou 36 cartões com numerais


de 1 a 9, considerando quatro cartas de cada numeral para cada pequeno
grupo. Disponibilize ainda uma reta numérica de 1 a 9 para cada grupo.

Espaços:

A atividade começará com o grande grupo reunido em roda. Depois, a


turma será organizada em pequenos grupos, que serãoe acomodados nas
mesas, ou no chão. Por fim, todos voltam para a roda.

Para compor os grupos, considere a diversidade dos conhecimentos re-


lativos à sequência numérica e identificação número/quantidade entre as
crianças. Pondere agrupar as que têm mais autonomia em conhecimen-
tos numéricos com aquelas que necessitam de maior apoio. Assim, uma
criança poderá ajudar a outra.

Tempo sugerido:
Aproximadamente 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como está sendo a interação das crianças enquanto jogam? Respeitam


as regras do jogo, os outros jogadores? Esperam a sua vez?

2. As crianças relacionam número com a quantidade? Identificam as po-


sições dos números na sequência?

3. Comparam resultados durante o jogo, quem tem mais no monte,


quem tem menos? Que estratégia usam para isso?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Disponibilize em cada mesa uma reta numérica (de 1 a 9)
para que as crianças possam consultar sempre que necessário e estimule
que uma ajude a outra.

O que fazer durante?


1

Convide as crianças para se sentarem em roda com você. Conte que


hoje você planejou um momento para que elas conheçam um novo jogo.
Pergunte se elas conhecem algum jogo de cartas. Instigue a conversa de
forma que as crianças sintam-se livres para contar suas experiências com
os jogos que conhecem. Após acolher os relatos, conte então que o jogo
de hoje se chama “Batalha”. Com o intuito de dar início a uma reflexão,
questione as crianças sobre suas primeiras impressões, considerando o
nome do jogo.

Após acolher as percepções das crianças, apresente as cartas do jogo.


Caso você opte por usar as cartas de um baralho convencional, conte que
nesse jogo o Ás representa o numeral 1. Inicie então a proposição do ob-
jetivo do jogo, contando que a batalha acontece entre números, de forma
que o maior número ganha do menor. Diga que no jogo cada jogador
organiza suas cartas em uma pilha com os números virados para baixo.
E que, sem olhá-las antecipadamente, os jogadores, ao mesmo tempo,
viram a carta de cima de sua pilha. Aquele que tiver a carta de maior
quantidade ganha as cartas que foram viradas de todos os outros joga-
dores. Entretanto, caso dois jogadores virem cartas com o mesmo valor
e esses valores são os mais altos, reserva-se as cartas dessa rodada e par-
te-se para uma segunda. O jogador que ganhá-la, leva também as cartas
da rodada anterior. Considere jogar de forma coletiva, com as crianças
ainda sentadas em roda. Para este momento, escolha três crianças e seja
você também um dos jogadores. Ao término da partida, instigue o grupo
a refletir sobre quem ganhou e por que ganhou. Faça isso algumas vezes
até que as regras tenham sido compreendidas por todos.

Depois de conversar com as crianças sobre o jogo e suas regras, conte


que agora elas irão vivenciar a batalha de números. E que para isso, você
as organizará em pequenos grupos de quatro jogadores cada um. Fale
ainda que você chamará os nomes individualmente e indicará o local
para o jogo. Nesse momento, acorde com o grupo o tempo que eles têm
para a experiência. Revele ainda que você deixará disponível retas nu-
méricas nos grupos, para que caso necessitem consultar qual número é
maior que outro.

Após os grupos organizados, distribua as cartas para as crianças. Diga


que enquanto elas estiverem jogando, você circulará entre os grupos para
apoiá-las, se necessário. Comente que quando faltarem cerca de dois
minutos, você avisará que o tempo reservado para o jogo está chegando
ao fim. E que a partir dessa sinalização, cada grupo jogará apenas uma
rodada. Conte também que terminando essa última rodada, as crianças
começarão a contar a quantidade de cartas de cada jogador do grupo
para descobrirem quem venceu a batalha. Após esse momento, vocês
retornarão à roda para conversarem sobre o jogo.

Considerando que acordaram todas as necessidades do grupo, peça en-


tão que as crianças iniciem as batalhas.

Enquanto as crianças jogam, circule pelas mesas e faça observações so-


bre como estão jogando. Você pode, por exemplo, observar se elas estão
relacionando número com a quantidade, se percebem qual é a carta que
vale mais. Se apoiam os amigos que, porventura, enfrentam alguma di-
ficuldade. Se recorrem a novas estratégias para construírem a lógica de
que carta é maior. Esteja atenta para as necessidades de apoio às crianças.
Contudo, priorize a consulta aos pares e só interfira no ato do jogo se, de
fato, elas não encontrarem sozinhas suas soluções.

Possíveis falas do professor neste momento e possíveis ações da crian-


ça neste momento: Ao perceber que as crianças têm dúvida de qual é a
maior carta, você se aproxima e pergunta: Querem olhar a reta numéri-
ca? Quem sabe ela pode ajudar.
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Observe o tempo reservado para o jogo e sinalize-o ao grupo. Pode


acontecer de o tempo terminar e as crianças ainda terem cartas para jo-
gar. Nesse caso, diga a elas que o jogador que tiver alcançado o maior
número de cartas em sua batalha é o vencedor.

Observe como as crianças estão se envolvendo em relação a contagem


das cartas para descobrir quem venceu a batalha. Se necessitarem de
apoio, interaja assumindo um papel problematizador, lançando ques-
tionamentos que ajudem na elaboração de pensamentos para ampliar as
estratégias delas. Conforme as crianças forem finalizando as contagens,
peça que elas se encaminhem para o espaço da roda, assim vocês pode-
rão conversar sobre o jogo.

Possíveis falas do professor neste momento: Ao observar que a criança


de um grupo, ao contar as cartas, se perde na sequência a partir de 15,
você pode se aproximar e dizer: O que você acha de convidar (considere
uma criança do grupo com maior conhecimento numérico) para contar
com você? Ou então, vocês podem combinar assim. Você conta até 10 e
o (colega) conta a partir do 10. Acho que vai ser divertido!.

Na roda, converse com as crianças sobre o jogo. Estimule-as falarem so-


bre quais problemas encontraram ao jogar e quais foram as soluções que
traçaram para resolvê-los. Traga também algumas observações feitas por
você durante a atividade, a fim de proporcionar ao grupos reflexões acer-
ca de situações problemas.

Possíveis falas do professor neste momento: O professor pode solicitar a


uma criança que conte como ele fez para contar suas cartas, perguntan-
do: Como você fez para contar suas cartas? E como fez para saber qual
era o maior número quando tinhas essas cartas (mostre duas cartas).
Para finalizar:

Ainda na roda, pergunte se gostaram do jogo e se gostariam de jogá-lo


em outros momentos. Após essa conversa, convide-as para se organiza-
rem para a próxima atividade do dia.

Desdobramentos
Disponibilize o jogo em outros momentos para que as crianças se apro-
priem das regras e confeccione cartões com números mais altos, para
ampliar as construções numéricas do grupo. Sugira ainda que crianças
criem suas próprias cartas de baralho. Elas poderão, por exemplo, de-
senhar ou recortar figuras de animais e estipular um número para cada
uma, sendo assim, autoras do jogo.

Engajando as famílias
Escreva um bilhete para os pais contando que as crianças aprenderam
um jogo novo com baralho. Envie um cartão com as regras para que
brinquem em família. Aproveite para perguntar se conhecem outro jogo
com cartas de baralho para compartilhar com a turma.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

O jogo pressupõe que as crianças comparem os números de cada carta,


convidando-as a refletirem sobre qual número é maior que outro. Dessa
forma, é necessário que as crianças já reconheçam os numerais de 1 a 9
e suas respectivas quantidades. É importante também que o professor se
aproprie das regras do jogo e que jogue várias vezes antes de apresentá-lo
para as crianças, a fim de propor um contexto de qualidade para o gru-
po.

Materiais:

Organize cartas de um baralho, de Às a 9,, ou 36 cartões com numerais


de 1 a 9, considerando quatro cartas de cada numeral para cada pequeno
grupo. Disponibilize ainda uma reta numérica de 1 a 9 para cada grupo.

Espaços:

A atividade começará com o grande grupo reunido em roda. Depois, a


turma será organizada em pequenos grupos, que serãoe acomodados nas
mesas, ou no chão. Por fim, todos voltam para a roda.

Para compor os grupos, considere a diversidade dos conhecimentos re-


lativos à sequência numérica e identificação número/quantidade entre as
crianças. Pondere agrupar as que têm mais autonomia em conhecimen-
tos numéricos com aquelas que necessitam de maior apoio. Assim, uma
criança poderá ajudar a outra.

Tempo sugerido:
Aproximadamente 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como está sendo a interação das crianças enquanto jogam? Respeitam


as regras do jogo, os outros jogadores? Esperam a sua vez?

2. As crianças relacionam número com a quantidade? Identificam as po-


sições dos números na sequência?

3. Comparam resultados durante o jogo, quem tem mais no monte,


quem tem menos? Que estratégia usam para isso?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Disponibilize em cada mesa uma reta numérica (de 1 a 9)
para que as crianças possam consultar sempre que necessário e estimule
que uma ajude a outra.

O que fazer durante?


1

Convide as crianças para se sentarem em roda com você. Conte que


hoje você planejou um momento para que elas conheçam um novo jogo.
Pergunte se elas conhecem algum jogo de cartas. Instigue a conversa de
forma que as crianças sintam-se livres para contar suas experiências com
os jogos que conhecem. Após acolher os relatos, conte então que o jogo
de hoje se chama “Batalha”. Com o intuito de dar início a uma reflexão,
questione as crianças sobre suas primeiras impressões, considerando o
nome do jogo.

Após acolher as percepções das crianças, apresente as cartas do jogo.


Caso você opte por usar as cartas de um baralho convencional, conte que
nesse jogo o Ás representa o numeral 1. Inicie então a proposição do ob-
jetivo do jogo, contando que a batalha acontece entre números, de forma
que o maior número ganha do menor. Diga que no jogo cada jogador
organiza suas cartas em uma pilha com os números virados para baixo.
E que, sem olhá-las antecipadamente, os jogadores, ao mesmo tempo,
viram a carta de cima de sua pilha. Aquele que tiver a carta de maior
quantidade ganha as cartas que foram viradas de todos os outros joga-
dores. Entretanto, caso dois jogadores virem cartas com o mesmo valor
e esses valores são os mais altos, reserva-se as cartas dessa rodada e par-
te-se para uma segunda. O jogador que ganhá-la, leva também as cartas
da rodada anterior. Considere jogar de forma coletiva, com as crianças
ainda sentadas em roda. Para este momento, escolha três crianças e seja
você também um dos jogadores. Ao término da partida, instigue o grupo
a refletir sobre quem ganhou e por que ganhou. Faça isso algumas vezes
até que as regras tenham sido compreendidas por todos.

Depois de conversar com as crianças sobre o jogo e suas regras, conte


que agora elas irão vivenciar a batalha de números. E que para isso, você
as organizará em pequenos grupos de quatro jogadores cada um. Fale
ainda que você chamará os nomes individualmente e indicará o local
para o jogo. Nesse momento, acorde com o grupo o tempo que eles têm
para a experiência. Revele ainda que você deixará disponível retas nu-
méricas nos grupos, para que caso necessitem consultar qual número é
maior que outro.

Após os grupos organizados, distribua as cartas para as crianças. Diga


que enquanto elas estiverem jogando, você circulará entre os grupos para
apoiá-las, se necessário. Comente que quando faltarem cerca de dois
minutos, você avisará que o tempo reservado para o jogo está chegando
ao fim. E que a partir dessa sinalização, cada grupo jogará apenas uma
rodada. Conte também que terminando essa última rodada, as crianças
começarão a contar a quantidade de cartas de cada jogador do grupo
para descobrirem quem venceu a batalha. Após esse momento, vocês
retornarão à roda para conversarem sobre o jogo.

Considerando que acordaram todas as necessidades do grupo, peça en-


tão que as crianças iniciem as batalhas.

Enquanto as crianças jogam, circule pelas mesas e faça observações so-


bre como estão jogando. Você pode, por exemplo, observar se elas estão
relacionando número com a quantidade, se percebem qual é a carta que
vale mais. Se apoiam os amigos que, porventura, enfrentam alguma di-
ficuldade. Se recorrem a novas estratégias para construírem a lógica de
que carta é maior. Esteja atenta para as necessidades de apoio às crianças.
Contudo, priorize a consulta aos pares e só interfira no ato do jogo se, de
fato, elas não encontrarem sozinhas suas soluções.

Possíveis falas do professor neste momento e possíveis ações da crian-


ça neste momento: Ao perceber que as crianças têm dúvida de qual é a
maior carta, você se aproxima e pergunta: Querem olhar a reta numéri-
ca? Quem sabe ela pode ajudar.
6

Observe o tempo reservado para o jogo e sinalize-o ao grupo. Pode


acontecer de o tempo terminar e as crianças ainda terem cartas para jo-
gar. Nesse caso, diga a elas que o jogador que tiver alcançado o maior
número de cartas em sua batalha é o vencedor.

Observe como as crianças estão se envolvendo em relação a contagem


das cartas para descobrir quem venceu a batalha. Se necessitarem de
apoio, interaja assumindo um papel problematizador, lançando ques-
tionamentos que ajudem na elaboração de pensamentos para ampliar as
estratégias delas. Conforme as crianças forem finalizando as contagens,
peça que elas se encaminhem para o espaço da roda, assim vocês pode-
rão conversar sobre o jogo.

Possíveis falas do professor neste momento: Ao observar que a criança


de um grupo, ao contar as cartas, se perde na sequência a partir de 15,
você pode se aproximar e dizer: O que você acha de convidar (considere
uma criança do grupo com maior conhecimento numérico) para contar
com você? Ou então, vocês podem combinar assim. Você conta até 10 e
o (colega) conta a partir do 10. Acho que vai ser divertido!.

Na roda, converse com as crianças sobre o jogo. Estimule-as falarem so-


bre quais problemas encontraram ao jogar e quais foram as soluções que
traçaram para resolvê-los. Traga também algumas observações feitas por
você durante a atividade, a fim de proporcionar ao grupos reflexões acer-
ca de situações problemas.

Possíveis falas do professor neste momento: O professor pode solicitar a


uma criança que conte como ele fez para contar suas cartas, perguntan-
do: Como você fez para contar suas cartas? E como fez para saber qual
era o maior número quando tinhas essas cartas (mostre duas cartas).
Para finalizar:

Ainda na roda, pergunte se gostaram do jogo e se gostariam de jogá-lo


em outros momentos. Após essa conversa, convide-as para se organiza-
rem para a próxima atividade do dia.

Desdobramentos
Disponibilize o jogo em outros momentos para que as crianças se apro-
priem das regras e confeccione cartões com números mais altos, para
ampliar as construções numéricas do grupo. Sugira ainda que crianças
criem suas próprias cartas de baralho. Elas poderão, por exemplo, de-
senhar ou recortar figuras de animais e estipular um número para cada
uma, sendo assim, autoras do jogo.

Engajando as famílias
Escreva um bilhete para os pais contando que as crianças aprenderam
um jogo novo com baralho. Envie um cartão com as regras para que
brinquem em família. Aproveite para perguntar se conhecem outro jogo
com cartas de baralho para compartilhar com a turma.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:

Apreciando Fotografias

Retratos do cotidiano

Como chegamos ao álbum digital?

Enquadramento fotográfico

Partilha de olhares fotográficos

Para este plano você precisará conhecer um pouco da trajetória de David


Reeks, no projeto que motivou as fotografias, e ter noções básicas sobre o
acervo de imagens a seguir. Selecionar algumas delas para montar a sua
exposição. Algumas informações estão disponíveis no site do Território
do Brincar.

http://territoriodobrincar.com.br/o-projeto/

http://territoriodobrincar.com.br/brincadeiras-pelo-brasil/

Materiais:

Imprima as imagens que você selecionou em papel sulfite tamanho A3.


Caso não seja possível que a escola faça essa impressão, procure utilizar
um tamanho menor, como A4 ou que for possível. Escolha um outro
papel mais rígido, que pode ser papelão ou papel cartão, recorte-o em
tamanho que acolha a imagem colada. Reserve também fio de nylon ou
barbante, pregadores de roupa, tesoura, furador e um aparelho de mídia
que possua gravador de voz.

Espaços:

Preveja que a proposta será realizada em um local externo que acolha o


grupo acomodado em roda e a instalação fotográfica das obras selecio-
nadas por você. Para organizar a exposição das fotografias, você pode
fazer varais com fio de nylon ou barbante, fixando-as com clip ou prega-
dor de roupa. Observe a necessidade de que a exposição acolha o olhar
das crianças, para tal, cuide da altura em que disponibilizará as imagens.
Caso não seja possível a realização da proposta em área externa, conside-
re uma sala, o pátio ou um espaço amplo disponível em sua escola.

Tempo sugerido:

Aproximadamente uma hora e 30 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

Como foi para a turma se deparar com uma exposição que retrata fotos
de crianças brincando? Houve identificação com alguma das fotos? De
que maneira os pequenos expressaram isso?

Conhecer os motivos que inspiraram o fotógrafo na realização do proje-


to contribuiu de que forma para a contextualização da exposição?

Que narrativas as crianças trouxeram ao apreciar as fotografias ? De que


forma se relacionaram e se comunicaram durante a apreciação?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Potencialize para que todos participem e expressem suas
impressões, estimule-os a conversar entre si, contando um para o outro o
que estão vendo, sentindo e pensando a respeito da exposição. Se alguma
criança não se sentir à vontade para expor uma opinião ao grupo, res-
peite essa opção e observe a interação dela com as outras crianças ou até
mesmo as suas expressões faciais e gestos enquanto aprecia as fotos.

O que fazer durante?

Convide as crianças para se acomodarem em roda com você. Conte que


hoje você preparou uma visita à uma exposição de fotografias do fotó-
grafo que se chama David Reeks, organizada no espaço externo da es-
cola. Ainda na conversa, investigue junto às crianças o que conhecem
sobre uma exposição fotográfica. Acolha suas expressões e caminhe com
o diálogo, fomentando a ideia de apreciação de imagem como forma de
leitura do olhar do fotógrafo.

Possíveis falas e ações do professor: Para que tiramos fotografias? Quan-


do vemos uma fotografia, todos têm a mesma impressão sobre a foto ou
surgem olhares diferentes? Por que será que isso acontece?

2
Após a conversa, acorde com as crianças quais serão os combinados para
a visita da exposição. Peça que ao longo da apreciação elas conversem
com os pares, a fim de trocar ideias e de contar o que sentem ou veem ao
olhar para as imagens. Acolha as ideias delas, que podem trazer elemen-
tos inusitados, como por exemplo, observar tampando um olho, deitar
em frente a uma imagem, olhar bem de pertinho, olhar bem de longe etc.
Terminados os acordos, convide então o grupo para iniciar a visita.

Enquanto as crianças apreciam as imagens, circule pelo grupo, a fim de


escutar as expressões que revelam ao contemplarem as fotografias. Faça
registros fotográficos e escrito das relações estabelecidas do grupo com a
exposição. Atente-se para as diversas expressões que as crianças podem
trazer, pautando-se sobre quais olhares a contemplação das imagens evo-
cam das crianças: Quais surpresas? Sorrisos? Que convites as fotografias
fazem a elas? Como usam o corpo durante suas apreciações? Imitam as-
pectos das fotos? Movimentam-se conforme a sensação (alegria, dúvida,
euforia etc)?

Fique atento ao envolvimento do grupo para que possa considerar quan-


do a vivência está chegando ao fim, atente-se para a interação das crian-
ças com a exposição, verifique se todos já circularam pelo espaço, se
conversaram a respeito das fotos e se as exploraram de várias maneiras.
Sinalize ao grupo que em cinco minutos vocês terminarão a visita e se
reunirão para conversarem sobre a exposição.c

Tendo finalizado o momento de apreciação , convide as crianças para se


acomodarem em roda e esclareça que neste momento você quer ouvir o
que elas têm a dizer sobre a experiência de apreciação. Ouça os comen-
tários que fazem e verifique quais elementos trazem a respeito do que
sentiram e pensaram, que descobertas fizeram por meio do olhar con-
templativo. Neste momento, paute-se também nas observações que você
fez enquanto as crianças apreciavam a exposição, lançando essas obser-
vações para a reflexão do grupo.

Aproveite ainda as imagens utilizadas na exposição como apoio para


seguir com os encaminhamentos do plano e, partindo das contribuições
que as crianças trouxeram, investigue junto ao grupo quais hipóteses
possuem acerca da exposição, tais como: o que ela contava? Por que o
fotógrafo quis capturar aqueles momentos? Existe alguma fotografia
da qual não gostaram? Por que? As pessoas retratadas estavam felizes?
Como elas sabem disso? O que mais querem contar sobre a exposição?
Considere gravar o áudio dessa conversa para utilizar em projeções futu-
ras.

Após acolher as percepções das crianças, com apoio das imagens da ex-
posição, compartilhe uma breve biografia do fotógrafo David Reeks no
projeto Território do Brincar. Conte que a brincadeira foi a inspiração
para os registros do fotógrafo, com o propósito de retratar em suas ima-
gens a espontaneidade e alegria do brincar das crianças de vários lugares,
e que para isso, visitou diversas regiões do Brasil. Acolha nesse diálogo
as possíveis manifestações dos pequenos ao entrarem em contato com a
informação sobre o projeto fotográfico, assumindo uma postura respon-
siva em que as crianças sejam motivadas a ampliar curiosidades e hipó-
teses sobre a poética que envolve a fotografia.

Possíveis falas do professor: O professor, ao observar que uma criança


questiona sobre como as crianças não olhavam para a foto para fazer
pose, pode acolher o questionamento e interpretando essa curiosidade
da espontaneidade presente no pensamento da criança, pode relançar
apoios para a ampliação dessa reflexão.

Será que o fotógrafo montou a pose da brincadeira ou ele as fotografou


enquanto elas brincavam? Vocês acham que nas fotos as crianças estão
pensando na pose ou só brincando? Será que todas as fotos necessitam
que façamos uma pose?
Para finalizar:

Ainda em roda, conte para o grupo que ao longo dos dias vocês continu-
arão vivenciando propostas de atividades que trazem a fotografia como
foco, de forma que todos vivenciem o papel de fotógrafos para capturar
imagens do cotidiano da escola. Após a conversa, organize o grupo para
a próxima atividade do dia.

Desdobramentos
Ao apreciar imagens as crianças trazem ricas expressões. Caso queira,
você pode utilizar os registros coletados a partir das experiências de
apreciação das crianças e fazer um albúm de relatos e fotografias, tanto
do artista como as registradas por você, que revelem a vivência do grupo
na exposição.

Engajando as famílias
Transfira os varais da exposição para o pátio central da escola e convide
os pais para apreciar as imagens. Considere compor a instalação com o
áudio que gravou das crianças, de forma que os familiares o ouçam en-
quanto apreciam a exposição.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:

Apreciando Fotografias

Retratos do cotidiano

Como chegamos ao álbum digital

Enquadramento fotográfico

Partilha de olhares fotográficos

A proposta da atividade é um convite para as crianças registrarem fo-


tografias do cotidiano da escola. É fundamental que você organize uma
tabela para registrar o número da máquina fotográfica que a criança uti-
lizará e a sequência das três fotografias que ela registrou, a fim de que,
posteriormente, você consiga organizar a curadoria das fotos, atentando-
-se para a autoria das imagens.

Pesquise nos links abaixo retratos dos fotógrafos David Reeks e Adrian
McDonald e selecione duas ou três imagens de cada artista para apresen-
tar ao grupo.

http://territoriodobrincar.com.br/brincadeiras-pelo-brasil/

http://www.criatives.com.br/2015/07/a-pureza-da-infancia-pelas-lentes-
-de-adrian-mcdonald/
Materiais:

Imprima as imagens selecionadas em folha de sulfite tamanho A3 e se


possível plastifique-as ou cole sobre papel cartão, para fiquem firmes.
Caso sua escola não conte com equipamento que imprima no tamanho
sugerido, considere fazê-las em tamanho A4 ou projetá-las digitalmente,
por meio de um projetor. Reserve no mínimo quatro máquinas fotográ-
ficas ou tablets para os registros das crianças e uma máquina para você.
Lembre-se de levar uma prancheta e caneta para registrar suas observa-
ções. Selecione ainda uma atividade e o material, para que, enquanto os
pequenos grupos se engajam na fotografia, os demais estejam envolvidos
em uma atividade que realizam com autonomia ou com apoio de uma
professora auxiliar.

Espaços:

A atividade se iniciará no espaço interno, que pode ser a sala das crian-
ças. Organize-o de modo que seja possível sentar-se em roda com a tur-
ma. Preveja também que no decorrer do plano a atividade se desenvol-
verá por outros ambientes da escola. Contudo, a seleção dos ambientes
percorridos dependerá da escolha das crianças, podendo haver variação
entre espaço interno e externo. Dessa forma, é importante que combine
com elas a logísticas de movimentação e organização do material, para
que as crianças que estão envolvidas na atividade que selecionou possam
realizar com autonomia.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 1 hora e 20 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

Quais expressões, falas e comentários as crianças revelaram ao recebe-


rem a proposta de que, com autonomia, registrassem fotografias?
Quais as maneiras que as crianças encontraram para buscar apoio quan-
do percebiam a necessidade de ajuda?

Quais movimentos corporais as crianças faziam em busca de uma me-


lhor posição para registrarem as fotografias?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Potencialize para que todas as crianças possam participar
da experiência de fotografar. Organize os grupos de modo que as crian-
ças que não disponham de muita habilidade com a máquina fotográfica
consigam encontrar um colega disponível para oferecer ajuda e apoio.

O que fazer durante?

Convide as crianças para se organizarem em uma roda com você. Conte


que hoje você trouxe retratos dos fotógrafos David Reeks e Adrian Mc-
Donald, para que elas olhem com atenção, buscando encontrar o que
revelam. Circule os retratos entre o grupo e acolha as percepções que as
crianças trazem ao se relacionarem com as imagens. Nesse momento,
assuma uma postura responsiva frente ao grupo, atentando-se quanto às
surpresas e curiosidades que emergem, lançando questões que ampliem
as trocas e construções das crianças.

Possíveis falas e ações do professor: Ao acolher uma fala da criança que


traz a observação de que o rosto da criança no retrato está feliz, você
pode dizer: Mostre para seus colegas! Por que você acha que ela está fe-
liz? Como será que o fotógrafo fez para tirar essa fotografia que te trans-
mite a felicidade da criança?

Assim que as imagens já tiverem circulado entre todas as crianças, ain-


da na roda, investigue junto à elas o que as fotografias têm em comum.
Potencialize que percebam as características que trazem de forma a de-
terminá-las como retratos, ou seja, aquelas fotografias com intenção de
evidenciar as expressões subjetivas dos sujeitos fotografados. Acolha
as ideias das crianças, expressas em comentários ou de outras formas,
como, por exemplo, poses fotográficas para contextualizar o conceito de
retrato. Considere apoiar-se também nas imagens que organizou, usan-
do-as como exemplos para sua fala.

Após a conversa, compartilhe com elas a ideia de experimentarem o pa-


pel de fotógrafos, capturando retratos do cotidiano escolar. Caso perceba
a necessidade, dialogue com o grupo sobre as formas de uso da máquina
fotográfica. Acorde com elas a forma de gestão da atividade, contando
que ela acontecerá em grupos de até 8 crianças. Revele que este pequeno
grupo vivenciará a atividade em dupla. Cada dupla receberá uma câmera
e deverá caminhar pelo espaço escolhido, para que cada criança da dupla
registre 3 fotografias. Esclareça que a outra criança da dupla só poderá
começar a fotografar quando a primeira finalizar seus três registros. É
fundamental que você acorde com elas um tempo para registrarem as
fotografias. Preveja que esse tempo dependerá da quantidade de crianças
da turma, contudo, sugerimos algo em torno de 10 minutos. Diga ainda
que, enquanto um grupo fotografa, os demais estarão engajados em uma
atividade que consigam realizar com autonomia, utilizando o material
que você separou, e depois farão a troca de atividades.

Após os combinados, levante com o grupo quais espaços percorrerão


para fotografar. Acorde a escolha de dois ou três, trazendo a necessidade
de que sejam frequentados por grupos de crianças ou adultos, pois irão
registrar retratos nestes locais.Perceba que as crianças podem escolher
fazer retratos de pessoas ou de um grupo. Lembre-as quanto a necessi-
dade de que cada uma registre 3 fotografias. Acolha a ideia das crianças,
apoiando suas construções acerca da ideia de registro.Observe se os es-
paços escolhidos são próximos a algum outro em que você possa organi-
zar a movimentação dos grupos que estarão realizando a atividade com
autonomia. Dessa forma, caso não conte com uma professora auxiliar,
eles também terão seu apoio para eventuais encaminhamentos. Consi-
dere organizar os pequenos grupos da fotografia de acordo com os locais
escolhidos para fotografar, facilitando sua observação e registros das
relações que as crianças estão estabelecendo na ação de fotografar.

Após todos os acordos serem feitos, convide o pequeno grupo para ca-
minhar pelo local escolhido em busca de seus retratos. Leve com você a
tabela para anotar a sequência das fotografias registradas pelo grupo e
uma máquina fotográfica para capturar as crianças na realização da ati-
vidade. Procure não intervir ou mediar este momento. Observe e registre
suas impressões e interpretações, tomando notas e fazendo fotografias.
Busque focar em quais expressões emergem das crianças nesta relação
de busca por imagens. Como elas fazem a escolha do que irão registrar?
Como seus corpos se movem em busca das imagens? O que elas mos-
tram ou dizem para seus parceiros de fotografia?
6

Enquanto o pequeno grupo faz os registros, observe o tempo, buscando


atender ao combinado. Quando faltarem 3 minutos, sinalize ao grupo
com o intuito de que comecem a se organizar e finalizar os retratos. Con-
tudo, seja sensível caso perceba que alguma criança necessita de mais
tempo e ajuste de forma que ela possa terminar o registro após os outros
grupos finalizarem ou no dia seguinte. Atente-se quanto ao registro em
sua tabela da última fotografia que a criança tirou, observando o número
que fica registrado na tela da máquina digital, a fim de garantir a autoria
dos retratos. Organize a troca de atividades entre os pequenos grupos e
siga as mesmas estratégias para o novo grupo que irá fotografar.

Quando todos já estiverem finalizado as fotografias, convide as crianças


para organizarem o espaço, os brinquedos e as máquinas fotográficas,
guardando-as no local acordado. Após a organização, reúna as crianças
e investigue junto à elas quais experiências trazem da ação de fotografar.
Interaja de forma responsiva, acolhendo as surpresas, curiosidades, de-
safios, descobertas e encantamentos que emergem no diálogo. Considere
oportunizar a ampliação e trocas das expressões do grupo por meio de
bons questionamentos. Para isso, você pode recorrer aos registros que
coletou ao longo da atividade.

Possíveis falas e ações do professor: Pessoal, como foi fotografar? Eu vi


que você precisou se abaixar para registrar a fotografia. Por que precisou
fazer isso? E você chegou bem pertinho do rosto do colega para registrá-
-lo. Chegar mais perto fez alguma diferença?

Para finalizar:

Após a roda de conversa, partilhe com o grupo que haverá um momento


para que organizem e partilhem as fotografias que registraram. Em se-
guida, convide as crianças para a próxima atividade do dia.
Desdobramentos
Você pode utilizar os retratos tirados pelas crianças para montar uma
exposição ou organizar um painel em local visível, acolhendo as foto-
grafias dos fotógrafos da escola. Lembre-se de identificar os responsáveis
pela fotografia e registre os relatos que colheu durante a vivência para
compor a exposição. Considere criar um convite com crianças, para que
a comunidade aprecie as produções.

Engajando as famílias
Convide as crianças para escolherem um dos registros fotográficos que
fizeram na atividade, a fim de levarem para casa e seus familiares apre-
ciem. Junto à fotografia, escreva uma carta coletiva da turma contando
sobre as experiência da vivência.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:

Apreciando Fotografias

Retratos do cotidiano

Como chegamos ao álbum digital

Enquadramento fotográfico

Partilha de olhares fotográficos

Para essa atividade é fundamental que você já tenha reunido as fotogra-


fias que as crianças registraram e as organizado, inserindo a autoria em
cada uma. Considere também apresentar um vídeo curto que conte a
história da fotografia, para que as crianças assistam. Você pode acessá-lo
no link abaixo. Entretanto, considere ajustar o tempo do filme e conteú-
do ao interesse e tempo de foco de seu grupo, selecionando momentos
de paradas, para conversar com as crianças sobre o que estão vendo e
aprendendo. - História da fotografia

Organize a seleção de diferentes imagens de fotografias antigas, máqui-


nas de diferentes tipos e épocas e de fotógrafos registrando imagens. O
objetivo é que as crianças estabeleçam relações com o percurso histórico
e evolução da fotografia ao longo do tempo.

Materiais:
Esta atividade envolve a projeção de imagens e vídeos, por isso você pre-
cisará de computador ou notebook, equipamento multimídia de proje-
ção de imagens e um arquivo com as fotografias que irá projetar. Se pos-
sível, busque reunir com a comunidade máquinas fotográficas antigas,
negativas de impressão, binóculo de fotos e algumas imagens em preto e
branco para enriquecer a vivência das crianças.

Espaços:

Preveja que a atividade acontecerá em um espaço interno. Cuide para


que haja tomadas disponíveis e mesa para acomodar o projetor de ima-
gens. É fundamental que você teste os equipamentos e arquivos antes de
propor a vivência para o grupo. Considere propor a disposição de um
espaço acolhedor para as crianças, oportunizando, por exemplo, almofa-
das, cangas e outros, para a acomodação do grupo. Organize a exposição
dos objetos que reuniu. Você pode disponibilizá-los em mesas, cubos
expositores ou caixotes de mercado.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 1 hora.

Perguntas para guiar suas observações:

Qual foi a reação das crianças ao apreciarem os retratos fotografados por


elas e pelos colegas? O que revelam as expressões que trazem neste exer-
cício de apreciar a própria produção?

Como as crianças se expressaram ao entrar em contato com a história


da fotografia? Trouxeram experiências e conhecimentos do cotidiano? O
que diziam ao observar as imagens de máquinas antigas e negativos de
fotos?

As crianças apresentaram interesse em repetir a atividade a partir da


apreciação das imagens? Elas consideraram adequar a postura corporal
para melhorar a qualidade do registro? Escolheram um local com mais
fonte de luz?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Ao apresentar os retratos que o grupo registrou, potencia-
lize a singularidade de cada criança ressaltando ao grupo que a imagem
retrata o olhar subjetivo de cada uma. Potencialize para que o grupo ob-
serve as imagens de maneira positiva, revelando que a ação de cada um
possibilitou a coletânea de fotos exibidas.

O que fazer durante?

Reúna as crianças em frente a tela de projeção e conte que você trouxe


uma fotografia que cada criança registrou para ser partilhada com todo
o grupo. Conte que no canto de cada fotografia está inserido o nome da
criança autora do registro. Acorde que, enquanto as fotografias forem
projetadas, o grupo traga suas percepções. Contudo, há necessidade de
considerar que uma criança fale por vez. Inicie a projeção das imagens.
Neste momento, acolha os comentários e interaja com o grupo a fim de
potencializar as ideias e percepções. Observe as expressões das crianças
ao apreciarem as fotografias do grupo. O que evidenciam? Como sor-
riem? Quais as surpresas? Como revelam admiração? Do que não gos-
tam? Instigue-as a investigarem os detalhes das expressões das pessoas
retratadas, se a fotografia foi tirada de perto ou de longe, se aparece todo
o rosto ou parte dele, dentre outros detalhes. Busque registrar as expres-
sões e relatos das crianças. Caso seja possível, organize a filmagem deste
momento para usar em projeções futuras.

Aproveite o envolvimento das crianças com as fotografias em formato


digital e investigue, junto ao grupo, se sempre foi possível ver as fotos
assim, em grandes telas e pouco tempo depois de terem sido registra-
das. Acolha as hipóteses que as crianças trazem. A partir delas, convide
o grupo a conhecer outras imagens, alguns retratos em preto e branco e
outras que expressam o modo como os fotógrafos fotografavam antiga-
mente e como o fazem hoje. Conte que você trouxe imagens de modelos
de máquinas fotográficas diversas de diferentes tipos e épocas.

Convide as crianças para que, a partir da observação das fotografias,


busquem imaginar como era o processo de fotografar, de que maneira
os equipamentos eram utilizados e como era o trabalho dos fotógrafos.
Instigue-as a refletirem e construírem hipóteses sobre como a fotografia
evoluiu ao longo do tempo.

Inicie a mostra de imagens que você selecionou. Procure seguir uma or-
dem cronológica para que percebam as mudanças ocorridas nos equipa-
mentos e imagens ao longo do tempo. Chame a atenção para o tamanho
das máquinas, o formato das lentes, as especificidades das fotografias
quanto as cores e outras características que, porventura, o grupo revelar
interesse. Aproveite as imagens para dialogar com as crianças a respeito
dos benefícios que a tecnologia trouxe para a fotografia. Caso consiga
disponibilizar de máquinas, negativos e fotografias antigas, isso poten-
cializará a vivência, oportunizando experiências ímpares ao grupo e
ampliando, inclusive, para uma possível conversa e investigação sobre o
processo de revelação de imagens.

Após esse momento, conte para as crianças que preparou um vídeo que
conta a história da fotografia e convide-as a assistir. Após a apreciação do
vídeo, inicie um diálogo de modo que elas expressem suas descobertas a
respeito da fotografia e das mudanças que ela sofreu ao longo do tempo.
Acolha e potencialize o diálogo, assumindo o papel daquele que lança ao
grupo perguntas que aprofundam e sistematizam as ideias emergentes.

Considere que é fundamental que ao longo da atividade você observe o


engajamento da turma com a proposta. Caso sinta que as crianças estão
cansadas, você pode pausar a proposta e combinar com elas a apreciação
do filme no próximo dia ou em outro horário, por exemplo.

Para finalizar:

Após a conversa, ainda em roda, conte que haverá outras atividades para
que façam novas descobertas sobre as fotografias. Em seguida, convide a
turma para a próxima atividade do dia.

Desdobramentos
Você pode aproveitar os registros fotográficos do grupo para a criação
de um álbum digital da turma. Para isso, considere utilizar um programa
digital, como, por exemplo, power point, canvas, google fotos, picaboo
etc. Separe as crianças em pequenos grupos para a composição do ál-
bum, de forma que escolham a ordem das fotografias, molduras, legen-
das e outras possibilidades que o programa escolhido ofereça. Ao final,
você poderá presentear as famílias com este álbum.

Caso queira, é possível investigar a poética sugerida nas fotografias,


construíndo com as crianças quais histórias as fotografias antigas contam
ao grupo, desenvolvendo interpretações fotográficas.
Considere que, caso o grupo se engaje em uma investigação acerca da
revelação de imagens, você pode utilizar como apoio o vídeo da seguinte
experiência: Experimento para revelar fotos antigas.

Engajando as famílias
Aproveite os retratos registrados pelas crianças e os utilize para confec-
cionar um painel fotográfico digital. Escolha um espaço para projetar as
imagens e escreva um pequeno texto que contextualize a atividade de-
senvolvida. Disponibilize-o junto à instalação. Encaminhe um convite às
famílias elaborado pelas crianças chamando-as para apreciarem as fotos
produzidas pelo grupo.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:

Apreciando Fotografias

Retratos do cotidiano

Como chegamos ao álbum digital

Enquadramento fotográfico

Partilha de olhares fotográficos

A proposta convida as crianças para registrarem imagens com foco em


enquadramentos. Sendo assim, é fundamental que você organize uma
tabela para registrar o número da máquina fotográfica que a criança uti-
lizará e a sequência das três fotografias que ela registrar. Dessa forma,
posteriormente você poderá organizar a curadoria das fotos, atentando-
-se para a autoria das imagens. Pesquise imagens que revelem situações
de enquadramento fotográfico. Selecione duas imagens dos fotógrafos
contextualizados na sequência. Aqui você encontra algumas de David
Reeks, e, aqui, as de David McDonald. Planeja reservar um espaço e pro-
jetor de imagens, para que ao final da vivência dos registros fotográficos
das crianças as imagens sejam partilhadas no grupo. Organize molduras
em formatos cilíndricos, retangulares, quadrados, em diferentes tama-
nhos. Considere que sejam em papel panamá, ou recolhidas de materiais
de largo alcance, como pedaços de canos, por exemplo.
Preveja que a atividade ocorrerá em pequenos grupos e que será necessá-
rio o apoio e acompanhamento do professor enquanto as crianças foto-
grafam. Por isso, planeje uma outra atividade para que o grupo que ficar
na sala realize. Verifique a possibilidade de que um adulto apoie o outro
grupo enquanto você acompanha as construções dos registros.

Materiais:

Planeje projetar as imagens que selecionou. Reserve um projetor de


imagens, computador e arquivo das fotografias. Providencie cerca de
quatro máquinas fotográficas ou tablets para os registros das crianças,
uma prancheta, caneta e uma máquina fotográfica para você registrar as
interações delas com a atividade. Selecione brinquedos, jogos ou outra
situação de aprendizagem que a turma possa realizar com apoio de um
professor auxiliar enquanto um pequeno grupo está envolvido nos regis-
tros fotográficos.

Espaços:

Preveja que a atividade se iniciará no espaço interno, que pode ser a


sala das crianças. Organize as mesas e cadeiras em pequenos grupos de
forma que acomodem até quatro crianças. Observe a necessidade de
reservar um espaço que possibilite a reunião do grupo todo em roda.
Na organização dos grupos, busque reunir as diversidades das crianças,
agrupando as que revelam maior autonomia com as que necessitam de
mais apoio para se arriscarem. Reúna aquelas que são mais observadoras
e detalhistas com as que observam com menor detalhamento. Conside-
re que a proposta pressupõe a vivência em outros ambientes da escola.
Contudo, as seleção destes locais dependerá da escolha das crianças,
podendo haver variação entre espaço interno e externo. Dessa forma, é
importante construir combinados para a logística de movimentação e
organização do material para as crianças que estarão realizando a outra
atividade.

Tempo sugerido:
Aproximadamente 1 hora e 30 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

Ao fotografar, como as crianças visualizavam os registros e os compara-


vam com o objeto ou situação? Como revelavam estar satisfeitas com o
capturado?

Quais movimentos corporais e expressões faciais as crianças faziam ao


buscar o enquadramento da imagem? De qual forma elas demonstram
estar pensando sobre o uso do corpo ao fotografar?

Ao sugerirem o registro do objeto ou situação, as crianças apoiaram suas


ideias na potencialização de características específicas do fotografado?
Como revelavam essas ideias?

Para incluir todos:Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou re-


lacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e
aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as necessidades e dife-
renças de cada criança ou do grupo. Atente-se a desenvoltura das crian-
ças no momento de fotografar e perceba aquelas que, mesmo em grupo,
necessitam de maior tempo ou apoio para o desenvolvimento da ativida-
de. Esteja por perto para auxiliar, caso sinta necessidade. Medie e ajuste
o tempo diante às necessidades individuais que possam surgir.

O que fazer durante?


1

Faça uma roda com o grande grupo e apresente as três fotografias que
você selecionou. Convide as crianças para observarem as imagens, inves-
tigando junto à elas o que as fotos trazem em comum. Paute-se em ques-
tionamentos que revelem o foco do enquadramento presente. Você pode
perguntar o que será que ficou de fora da cena quando o fotógrafo esco-
lheu registrar um abraço, por exemplo. Por que ele escolheu mostrar esta
parte e não outra? Quais intenções ele tinha? Neste momento, chame a
atenção para o papel importante do fotógrafo, que diante de uma cena
faz escolhas e fotografa apenas aquilo que quer mostrar. Continue fazen-
do questionamentos para que pensem sobre o enquadramento, investi-
gando junto às crianças como o fotográfo faz para registrar apenas partes
dos objetos ou de pessoas. Quais estratégias utiliza? Ouça as hipóteses
que surgirem e apoie-se nos comentários que fizerem para, a partir deles,
ampliar as possibilidades de enquadramento.

Após acolher as hipóteses das crianças, conte que hoje farão uma vivên-
cia em que buscarão registrar fotografias como os artistas fazem, ou seja,
de partes de objetos ou cenas. Conte que preparou molduras para apoiar
o olhar focado. Ao encontrarem o que querem registrar, elas devem co-
locar as molduras para destacar o que querem capturar. Entretanto, há
um desafio, pois a moldura não pode aparecer na fotografia registrada,
só poderá aparecer o que está dentro dela. Caso considere necessário,
exemplifique a utilização das molduras em alguns objetos da sala, para
facilitar o entendimento.

Conte para as crianças que a atividade de fotografar deverá acontecer


em pequenos grupos, de até 8 crianças. Sendo assim, elas formarão du-
plas e cada dupla receberá uma máquina para realizar os registros e uma
moldura para enquadrá-los. Explique que, enquanto um grupo registra
as fotos, o outro estará envolvido em uma atividade que já realizam com
autonomia, apoiados pelo professor auxiliar. Em seguida eles farão a
troca das propostas. Sendo assim, todos experimentarão o papel de fotó-
grafo.

Levante com o grupo quais espaços percorrerão para fotografar em bus-


ca de detalhes para as imagens. Acorde a escolha de dois a três lugares.
Observe se os espaços escolhidos são próximos uns dos outros. Assim,
caso não conte com professor auxiliar, o grupo que estiver realizando a
atividade com autonomia também terá seu apoio para eventuais encami-
nhamentos. Considere organizá-los de acordo com os locais escolhidos
para fotografar, para facilitar sua observação e registro das relações que
as crianças estabelecem durante a ação de fotografar.

Após contar sobre como a atividade acontecerá e planejar os espaços que


serão percorreridos, organize as crianças nos pequenos grupos e dis-
tribua o material para o grupo que irá realizar a atividade com autono-
mia. Com o grupo que irá fotografar, faça uma reunião e conte que cada
criança da dupla registrará 3 fotografias. Esclareça que a outra criança só
poderá começar a fotografar quando a primeira finalizar seus três regis-
tros. Contudo, elas podem se ajudar conversando sobre como fazer para
que só o detalhe apareça na fotografia, por exemplo, ajudando a dispor
a moldura no objeto ou local para o registro. É fundamental que você
acorde com elas um tempo para registrarem as fotografias. Preveja que
esse tempo dependerá da quantidade de crianças na turma. Contudo, su-
gerimos algo em torno de 10 a 12 minutos. Certifique-se de que os acor-
dos estão claros para todos e convide as crianças a buscarem os detalhes
que querem capturar.

Enquanto as crianças fazem as buscas, circule pelo espaço observando


como elas se movimentam, o que escolhem para fotografar, como intera-
gem com os colegas, como utilizam o corpo, a moldura e o equipamento.
Tome notas dos comentários que trazem e, se possível, fotografe as ex-
pressões delas. Atue de forma responsiva, acolhendo as descobertas ou
oferecendo apoio, caso sinta que é realmente necessário.

Possíveis falas e ações do professor: Ao perceber uma criança se afastar e


se aproxima do objeto a ser fotografado mas sem realizar a ação, o pro-
fessor se aproxima: O que você quer mostrar na fotografia? O que falta?
Você deixou de fora o que queria ou deixou dentro o que não queria?
Quem sabe se você experimentar chegar com a máquina mais perto ou
afastá-la um pouco do objeto? Veja no visor da câmera, nele só aparece o
detalhe que enquadrou? Que tal você agachar ou sentar no chão para ver
se consegue capturar melhor o enquadramento que deseja? Ao perceber
uma criança que se mostra muito feliz por ter conseguido fotografar, o
professor se aproxima: Você pode me mostrar sua fotografia? Que lindo
detalhe você capturou! O que você deixou de fora da fotografia? Quando
escolhemos o que vai aparecer na foto estamos realizando um enquadra-
mento!

Observe o tempo de vivência, buscando atender ao combinado com o


grupo. Quando faltarem 5 minutos, sinalize as crianças com o intuito de
que comecem a se organizar para finalizar as fotografias. Atente-se quan-
to ao registro, em sua tabela, da última fotografia que a criança tirou na
máquina, a fim de garantir a autoria dos retratos. Organize a troca de
atividades entre os pequenos grupos e siga as mesmas estratégias para o
novo grupo que irá fotografar. Quando todos já tiverem realizado a ati-
vidade, organize com as crianças as câmeras fotográficas, as molduras e
materiais utilizados nas propostas. Convide a turma para uma atividade
que já conhecem e realizam com autonomia, como, por exemplo, explo-
rar materiais de largo alcance, realizar desenhos, ou brincar de faz de
conta. Aproveite o tempo para organizar as fotografias em um computa-
dor.

8
Ao finalizar a organização das fotografias, convide as crianças para or-
ganizarem o espaço que estavam utilizando. Em seguida, as reúna para
dialogarem, a fim de investigar junto à elas as impressões que tiveram
acerca da vivência. Neste momento, projete as imagens que elas registra-
ram. Paute-se em questões que chamem atenção quanto a especificidade
deste tipo de fotografia, quais as dificuldades encontradas e como se sen-
tiram na realização da atividade. Aja de maneira responsiva, instigue as
ideias das crianças, trazendo provocações, apoiando suas relações e va-
lorizando suas descobertas. Considere que é fundamental que ao longo
da atividade você observe o engajamento da turma com a proposta. Caso
sinta que as crianças estão cansadas frente a atividade, você pode pausar
a proposta e combinar que a continuidade da proposta seja realizada no
próximo dia ou em outro período do dia.

Para finalizar:

Após o momento de diálogo, organize o grupo para a próxima atividade


do dia.

Desdobramentos
Possibilite trazer fotógrafos à escola para conversarem com as crianças
a respeito do trabalho que realizam ou realize este contato por meio de
vídeos. Estabeleça a continuidade do tema, oportunizando às crianças a
apreciação de fotos que expressem outros tipos de técnicas, como close,
formas de composição fotográfica, enquadramentos inclinados, panning
(técnicas de movimento) e outras que ache interessante abordar. Consi-
dere organizar uma exposição de fotografias em que as crianças tenham
elegido legendas para as imagens e participado de toda organização.

Engajando as famílias
Oportunize que as imagens fotografadas pelas crianças sejam projetadas
em algum local de circulação na escola por alguns dias nos horários de
entrada e saída. Convide as famílias para visitarem o espaço e aprecia-
rem as fotografias.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:

Apreciando Fotografias

Retratos do cotidiano

Como chegamos ao álbum digital

Enquadramento fotográfico

Partilha de olhares fotográficos

*A proposta convida as crianças para que, partindo da vivência com re-


gistros fotográficos, criem legendas para imagens que são de sua autoria.
Por isso, é fundamental que a turma já esteja engajada em produções
que envolvam fotografia. Selecionecom as crianças algumas fotografias,
de modo que uma tenha uma foto de sua própria autoria. Identifique as
imagens, inserindo o nome da criança autora do registro. Reúna-as em
um arquivo digital, a fim de projetá-las utilizando tablets ou iPads. Caso
não seja possível, faça a impressão das imagens para que o grupo possa
utilizá-las como apoio no momento da criação da legenda.

Para a realização da atividade é necessário que você leia a respeito do


fotógrafo Steve McCurry e selecione cerca de duas ou três imagens que
possuam legendas. Você pode acessar informações sobre o fotógrafo e
encontrar algumas fotografias dele aqui.
Materiais:

Esta atividade envolve a projeção de imagens e vídeos, portanto, con-


sidere organizarcomputador, projetor de imagens, tablets ou iPads e o
arquivo com as imagens previamente identificadas. Faça a impressão das
imagens que foram selecionadas pelo grupo. Reserve também uma pran-
cheta, caneta e folhas de sulfite, que serão utilizadas no momento em que
você assumirá o papel de escriba para apoiar as construções das crianças.

Espaços:

Preveja que a atividade acontecerá em um espaço interno. Cuide para


que o ambiente tenha possibilidade de diminuição de luminosidade, to-
madas disponíveis e mesa para acomodar o projetor de imagens. É fun-
damental que você teste os equipamentos e arquivos antes de propor a
vivência para o grupo. Considere propor a disposição de um espaço aco-
lhedor para as crianças, oportunizando, por exemplo, almofadas e cangas
forradas para a acomodação do grupo. Cuide para que haja um espaço
no qual as crianças possam se reunir em pequenos grupos escrever as
legendas. ta.

Tempo sugerido:

Aproximadamente uma hora.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como as crianças expressaram suas impressões ao apreciar as foto-


grafias? Nas fotografias em que o registro evidenciavam os colegas e a si
próprias, o que seus olhares, movimentos e fala contavam?

2. De que maneira as crianças fizeram negociações ou defenderam seus


pontos de vista nos momentos de discussões? Como fizeram para ex-
pressar pensamentos e emoções?

3. Ao ouvir as legendas criadas pelos outros grupos as crianças descobri-


ram novas possibilidades demonstrando necessidade de recriar e repen-
sar as frases? Quais as reações que tiveram enquanto os grupos se pro-
nunciavam?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Para organizar as crianças em grupos, reúna a diversi-
dade de habilidades delas, agrupando, por exemplo, aquelas que tendem
a observar detalhes com aquelas que mostram um olhar mais global so-
bre a imagem. lAtente-se ainda às diversas formas de expressões que as
crianças utilizam para imprimir suas construções e relações nas buscas
de significados, sendo assim, escute-as atentamente, buscando acolher e
interpretar seus gestos, expressões faciais, surpresas e encantos nos en-
contros estabelecidos na atividade.

O que fazer durante?


1

Convide as crianças para se acomodarem no espaço de apreciação de


fotografias que você organizou. Conte que hoje você reservou um mo-
mento do dia para elas apreciarem fotografias que possuem legendas.
Investigue junto ao grupo os conhecimentos que possuem acerca de
legendas fotográficas. Acolha esses conhecimentos e, com base neles,
lance boas perguntas, de modo a ampliar os conhecimentos da turma.
Evite perguntas para as quais as crianças tenham a possibilidade de res-
ponder apenas sim ou não. Escolha aquelas em que elas precisem fazer
descrições e dar sugestões. Para um maior envolvimento do grupo, conte
que você trouxe imagens do fotógrafo que você selecionou. Apresente às
crianças um breve relato a respeito desse artista e das motivações que o
inspiraram para tais registos, projetando as imagens selecionadas.

o título

Escolha uma das imagens e deixe-a projetada por alguns minutos, con-
vidando as crianças a apreciarem-na, buscando colher dela sentimentos
e impressões. Após um tempo, instigue-as a contarem suas percepções,
acordando a necessidade do respeito à fala dos colegas. Neste momento,
escute atentamente as percepções das crianças, buscando perceber o que
observam; quais elementos trazem (cenário, cores, linhas, formas, entre
outros); que sentimentos a imagem evoca nelas (se surpreendem? Não
gostam de algo? Do que gostam?); que hipóteses levantam; quais relações
fazem com o cotidiano e outras observações que julgar importante ou
que surjam no contexto. Explore com o grupo a riqueza de detalhes que
a fotografia traz, fazendo comentários, provocando os pequenos com
perguntas e acolhendo as percepções que deles partirem. sr.

Aproveitando as inferências que as crianças já fizeram a partir da obser-


vação da imagem, pergunte ao grupo qual seria uma possível legenda
para a foto apresentada. Potencialize para que se expressem, fazendo
sugestões de possíveis títulos para aquela obra. Aja de forma responsiva,
acolhendo as ideias e interagindo com o grupo. Após levantarem possí-
veis nomes, apresente a legenda criada pelo artista, contando as caracte-
rísticas de como uma legenda se apresenta, apresentando ainda o nome
do autor e o ano da fotografia.

da.

Possíveis falas do professor neste momento: Ah! Vocês acham que aqui
a legenda pode ser Menina, quem tem outra ideia? Vou ler para vocês o
que está escrito na legenda. O autor chamou de Garota com o xale verde
o que vocês acham? Poderíamos inventar outra? Que outras informações
têm na legenda que eu li para vocês? Paquistão, alguém sabe o que é?

Antes de projetar a próxima imagem combine com a turma que primeiro


você fará a leitura da legenda e que, a partir do texto lido, trará o desafio
de levantarem hipóteses a respeito da fotografia que será apresentada,
pensando em como será essa fotografia, em que cenário ela se apresenta,
quais cores ela deve ter, dentre outras características que poderão ajudar
o grupo na composição imaginativa. Em seguida, faça a leitura da legen-
da e instigue os pequenos a imaginar a composição da imagem. Interaja
com eles enquanto se expressam e, depois que tiverem exposto ideias,
projete a fotografia para as crianças. Investigue junto ao grupo se elas
consideram que a legenda está em consonância com a imagem. Se cor-
responde àquilo que imaginaram ou se está muito diferente. Após essa
conversa, retome com elas as vivências que tiveram, dentro ou fora do
ambiente escolar, considerando visitas a exposições artísticas, e discuta
com a turma a importância desse texto para a exposição de uma obra.
Acolha os comentários das crianças, contextualizando ainda mais as ca-
racterísticas de uma legenda e sua relevância para as obras.

5
Após a contextualização acerca de legendas, conte ao grupo sobre a pro-
posta da criação de legendas para as fotografias que registraram ao longo
da sequência. Comente que para isso você as separou em pequenos gru-
pos. Mostre que você organizou as imagens que cada criança selecionou
e as disponibilizou em iPads. Conte também que cada componente do
grupo é autor de uma imagem, entretanto, as legendas serão discutidas e
decididas em coletivamente. Se não estiver utilizando ferramentas digi-
tais, entregue a cada grupo as imagens impressas.Faça os acordos para a
realização da atividade e peça para que as crianças, enquanto conversam
e discutem nos pequenos grupos, observem a importância da postura
respeitosa para que todos possam falar e ser ouvidos. Diga que elas terão
um tempo de 30 minutos para a realização da proposta e que você indi-
cará quando ela estiver próximo do fim. Combine ainda que, assim que
definirem qual será a legenda das fotografias, é necessário que o grupo
sinalize isso ao professor, para que ele assuma o papel de escriba.

Após os acordos, convide as crianças para iniciar a proposta. Enquanto


elas criam em grupos, circule pelo espaço acompanhando as ideias e as
relações que estão estabelecendo.

Possíveis falas do professor neste momento: Ao perceber que as crianças


enfrentam um desafio quanto à escolha da legenda para uma imagem,
o professor se aproxima do grupo e sugere: Quais sugestões vocês já le-
vantaram para a legenda desta imagem? Que tal nós conversamos sobre
cada uma delas? Quem sabe assim a gente encontre detalhes que, talvez,
estejamos deixando passar. Lembre-se de que a legenda é um nome para
a foto, ou seja, ela é a identidade da foto.

Se possível grave ou filme este momento intenso das crianças, em que se


expressam, partilham olhares, defendem seus pontos de vista e se mani-
festam de formas variadas. Registre expressões orais, por meio das falas,
considerações, concordâncias ou contrapontos e também as expressões
corporais, por meio de gestos, movimentos, olhares e expressões faciais.
7

Enquanto acompanha os grupos e registra as legendas, observe o tempo,


buscando atender ao combinado que estabeleceram. Quando faltarem
minutos para a atividade acabar, sinalize isso para as crianças, com o
intuito de que finalizem as discussões e definam as legendas. Seja sensí-
vel ao desenvolvimento da turma, percebendo se o tempo sugerido foi
o suficiente para que todos pudessem criar frases, discutir as ideias e
chegar a um consenso. Se achar necessário, ajuste o tempo para mais ou
para menos, conforme a necessidade do grupo, ou proponha a finaliza-
ção da proposta no dia seguinte. Decorrido o tempo, anuncie o término
das discussões e convide novamente a turma para se sentar em roda com
você. Peça que tragam as fotografias para serem apreciadas na roda.

Para finalizar:

Disponha as fotografias ao centro da roda e compartilhe com as crianças


a informação de que as imagens e suas legendas comporão a coletânea
de fotos da turma. Convide um grupo de cada vez para partilhar com os
colegas as legendas criadas. Valorize as criações fazendo comentários po-
sitivos. Encerrada a partilha, oriente os pequenos para que organizem o
espaço para a próxima atividade do dia.

Desdobramentos
Você podeutilizar as fotografias e as legendas que foram criadas para
montar uma exposição fotográfica de autoria dos pequenos. Planejem e
organizem coletivamente a exposição, definindo o local, as imagens que
serão impressas e quais podem ser projetadas. Escolham um título para
a exposição, que remeta ao que as imagens trazem, e elaborem convites
para as outras turmas da escola e para a comunidade.

Engajando as famílias
Considere imprimir as fotografias em tamanho 10X15. Cole-as em pa-
péis A4 dobrados ao meio, de modo que fiquem como um cartão e que a
fotografia fique na parte de dentro dele. Na parte de fora do cartão cole
a legenda criada pelas crianças para cada fotografia e monte um mural
para apreciação das famílias. Contudo, convide-as para uma brincadeira.
Em um cartaz, solicite que primeiro leiam a legenda e imaginem como
será a fotografia, a partir da leitura da legenda, e só depois apreciem a
imagem. Considere deixar um cartaz em branco para que a comunidade
faça registros de suas percepções acerca do exposto e da brincadeira.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Antes da atividade, propicie momentos em que as crianças possam fazer


algumas manipulações e brincadeiras livres com cubos e dados, em can-
tos em que elas optem com o que brincar e onde brincar. Em um deles,
permita que explorem os cubos e dados, como sugerido no passo 1, sob
a sua observação. Siga as orientações dessa atividade normalmente, para
que as crianças possam ampliar suas possibilidades de exploração desses
objetos, porém, caso você julgue que elas já exploraram bastante cubos e
dados num primeiro momento, siga direto ao passo 2 da atividade. Este
plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:

Experiências e brincadeiras com cubos e dados.

Brincadeiras com os dados coloridos durante a “Corrida dos Cones”

Registrando, conhecendo e contando com dados

Utilizando e explorando dados nos jogos de percurso

Jogo com dados: “As sementes da melancia”

Materiais:

Caixas de diferentes tipos, como de eletrodomésticos (torradeira, liquidi-


ficador) ou de produtos como pasta de dente, sabonete, palitos de dente
etc. Materiais para anotar suas observações. Dados numerados e cubos
coloridos de diferentes tamanhos, cores e formatos, em quantidade sufi-
ciente para que as crianças possam fazer construções ao empilhá-los. Se-
pare equipamento para registro fotográfico das construções das crianças.
Caixas de gelatina, fita adesiva para uní-las e jornais para preenchimento
das caixinhas.Caso sua escola não possua dados e cubos em quantida-
de suficiente, você pode organizar uma oficina de confecção de dados e
cubos com as famílias e funcionários. Para isso, sugerimos a construção
de dados utilizando caixas de gelatina ou caixas de leite. (priorize-os em
tamanhos maiores e preencha as caixas com papel ou jornal, para facili-
tar a manipulação).

Espaços:Uma sala onde você possa montar cantos de brincadeiras de


livre escolha, em que as crianças possam escolher livremente onde, com
o que e com quem querem brincar. Montem os cantos com atividades já
conhecidas pelas crianças e deixe como novidade um canto no chão com
as caixas, cubos e dados.

Tempo sugerido:

No total, uma hora e 30 minutos, sendo, aproximadamente, 20 minutos


para os cantos, 30 minutos para as explorações em roda e 30 minutos
para a construção em grupo.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Ao brincar com cubos e dados, as crianças identificam semelhanças e


diferenças entre eles de que forma? Demonstram conhecer o uso de da-
dos? Quais são os indícios desse conhecimento?

2. Como as crianças estão agindo nas interações com os colegas? Agem


de forma colaborativa? Como ocorre essa colaboração?

3. Quais são as estratégias das crianças para resolver possíveis conflitos


na construção coletiva com cubos e dados?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Deixe que elas façam as explorações dos cubos e dados,
tocando e manipulando os objetos sem sua intervenção. Essas manipu-
lações podem acontecer dentro da individualidade de cada criança: to-
cando com mãos, pés, rolando, empilhando etc. Disponha-os em vários
tamanhos e observe como as crianças se interessam pelas explorações.
Mantenha os espaços organizados para elas manipulem dados e cubos
de acordo com seus interesses ao longo da rotina. Incentive as crianças a
colaborar entre si na interação com os materiais.

O que fazer durante?

Encaminhe as crianças para as brincadeiras de livre escolha e deixe


que brinquem nos cantos preparados. Dê atenção especial ao canto dos
cubos e dados. Brinque com elas nesse canto e estabeleça um diálogo
sobre o que acham desse material, deixando que façam explorações e que
inventem brincadeiras com esses objetos.Convide as crianças para brin-
car e observe como interagem com os materiais e quais brincadeiras in-
ventam. Brinque com elas e anote as observações que fazem ao explorar
as caixas e suas propriedades . Após elas passarem pelo canto com cubos
e dados, diga que irão brincar por mais cinco minutos e depois irão
guardar os materiais para conversarem sobre os cubos no grande grupo,
em roda.

Reúna as crianças em grande grupo, conte que observou a brincadeira


de todos e que irão começar a desenvolver propostas divertidas sobre os
materiais com os quais brincaram, mas antes irão fazer uma conversa.
Mostre um cubo para elas e faça perguntas para as crianças com base nas
suas anotações, a fim de proporcionar que compartilhem suas experi-
ências nas explorações que tiveram em pequenos grupos. Use exemplos
de objetos bastante diferentes destes, como por exemplo, uma bola para
fazer comparações entre as particularidades dos cubos e dados. Possibili-
te que levantem hipóteses testando algumas ações com esses dois objetos
e que elaspossam expor ideias e validar hipóteses.

Possíveis falas do professor neste momento: Faça comparações usando


a bola, por exemplo: Será que o cubo é igual a bola? Eles são diferentes?
Peça para que uma criança tente rolar o cubo para você e, após a diferen-
ça, pergunte à turma se o cubo rolou como uma bola ou não, se a bola
tem cantos como o cubo etc. Incentive que façam essa exploração e pro-
ponha problematizações como: É possível empilhar bolas? E os cubos?
Será que as bolas rolam? E os cubos?

Continue as explorações, mas agora mostre um cubo e um dado nume-


rado. Pergunte para as crianças: Vocês percebem alguma diferença entre
eles? Dê oportunidade para que elas manipulem dados e cubos nesse
momento. Elas podem apontar as diferenças já sabendo que se trata de
um dado, por suas experiências anteriores.No caso das crianças percebe-
rem as marcas do dado, chame atenção para elas e propicie momentos de
discussão, perguntando se sabem pra que servem as marcas e o que elas
significam. Caso nenhuma crianças fale, diga que elas representam quan-
tidades. Após as explorações entre cubos e dados, diga que elas poderão
brincar novamente com esses materiais e, enquanto brincam, algumas
crianças poderão te ajudar na construção de mais cubos usando caixas
de gelatina.

Deixe que as crianças façam suas próprias construções e brinque com


elas, sugerindo outras. Nesse momento, seja responsivo às brincadeiras,
ampliando-as: por exemplo, se as crianças construírem pilhas, sugira
que deixem a pilha ainda maior e que peçam ajuda de colegas para isso.
Caso perceba algumas fazendo construções, ajude-as e faça comentários,
incentivando as criações idealizadas por elas. Fique atento aos pequenos
grupos que se formam e, caso tenham ideias em comum, sugira que fa-
çam construções em conjunto, como castelos de cubos, pilhas em sequ-
ência etc.Nesse momento, observe e registre como as crianças manipu-
lam e fazem suas construções. Isso irá orientar suas falas nas discussões
com elas.Fotografe as construções feitas por elas. Durante essas ações,
propicie situações em que as crianças possam resolver pequenos confli-
tos, como usar os cubos em conjunto, colaborar entre si etc.

Enquanto as crianças estiverem envolvidas com as construções, convide


algumas outras, formando pequenos grupos para encher as caixinhas de
gelatina com jornal. Diga que num outro momento farão cubos usando
esse material. Questione as crianças se elas sabem como fazer isso e dei-
xem que elas façam tentativas de montar o cubo com as caixinhas. Pegue
alguns cubos de caixas de gelatina e diga que juntos vão montar cubos
semelhantes a eles. Comente que para isso você precisa de ajuda para
encher as caixinhas com papel amassado. Mostre a elas que, sem o papel,
a caixinha pode ser amassada facilmente e que o papel ajuda a deixá-la
mais resistente e peça ajuda ao pequeno grupo para enchê-las. Conforme
forem enchendo as caixas, convide-as para lacrá-las com fita adesiva e
auxilie-as nessa ação, se necessário. Em seguida, parabenize as crianças e
deixem que brinquem com as caixinhas e com os demais colegas. Chame
outro pequeno grupo e repita as orientações.

Para finalizar:
Para finalizar, diga às crianças que poderão brincar com os cubos e da-
dos por mais cinco minutos e irão guardá-los para fazer outra atividade
em outro momento, incluindo os cubos que começaram a ser produzi-
dos com a ajuda deles. Você pode lançar o desafio de que, coletivamente,
entrem num acordo para decidirem um lugar para guardar todos esses
cubos.

Desdobramentos
Repita a atividade convidando as crianças para replicarem algumas cons-
truções feitas por elas, que foram fotografadas por você. Imprima essas
fotos e organize um painel no qual elas podem escolher quais constru-
ções querem replicar. Realize também uma oficina com elas para cons-
truir cubos com as caixas de gelatina e inclua regularmente cubos e da-
dos em cantos de livre escolha, para as crianças poderem brincar com
eles.

Engajando as famílias
Com as crianças, produza um texto explicando que vocês estão realizan-
do brincadeiras e construções de cubos e dados e que precisam de ajuda
das famílias. Organize por uma semana um espaço próximo à entrada da
sala com caixas e papéis diversos (em especial jornal) para que as famí-
lias possam, junto com os pequenos, preenchê-las com papel amassado,
para serem utilizadas em oficinas, jogos e brincadeiras que envolvem
cubos e dados. Depois de cubos e dados confeccionados, envie alguns
deles para a casa das crianças e convide os pais para que façam constru-
ções lúdicas, que podem ser fotografadas, para serem apreciadas na esco-
la.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Proporcione momentos prévios de exploração dos dados coloridos pelas


crianças, em que elas possam ter experiências livres. O jogo proposto é
melhor desenvolvido em grupos não tão grandes. Sendo assim, opte por
desenvolver o jogo com todas as crianças (caso tenha um número menor
de crianças) ou grupos menores e disponibilize cantinhos com ativida-
des que as crianças podem realizar sozinhas (como espaços com livros,
giz de cera e papel para desenho ou jogos de montar) para brincarem
enquanto você desenvolve o jogo com outro grupo.

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:

Experiências e brincadeiras com cubos e dados.

Brincadeiras com os dados coloridos durante a “Corrida dos Cones”

Registrando, conhecendo e contando com dados

Utilizando e explorando dados nos jogos de percurso

Jogo com dados: “As sementes da melancia”

Materiais:

Um dado grande e com faces coloridas de diferentes cores. Seis cones de


papel (ou carretéis de linha) de cores diferentes e que sejam correspon-
dentes às seis cores das faces do dado. Tabuleiro do jogo construído em
papel grande (tipo kraft) ou emendando algumas cartolinas com medi-
das aproximadamente entre 2 metros de largura por 3 metros de com-
primento (aqui você pode consultar um modelo do tabuleiro). Material
para anotação do professor.

Caso opte por dividir a turma para jogar, separe materiais para que as
crianças façam atividades com autonomia (como giz de cera e papel, li-
vros e blocos de montar).

Espaços:

A atividade pode ser feita no pátio da escola, na sala das crianças ou em


qualquer espaço onde seja possível organizar-se em uma grande roda.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 50 minutos

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como as crianças participam do jogo? Inferem o cone que será o ven-


cedor, torcem junto dos colegas, etc?

2. Como as crianças estão contando as casas que faltam para que algum
cone seja o vencedor? Elas elaboram as próprias hipóteses e fazem esti-
mativas? Fazem contagem termo a termo com autonomia ou precisam
de ajuda?

3. As crianças estão expressando seus sentimentos (alegrias, ansiedade


etc.) e desejos em relação ao jogo? Elas sentem prazer em participar e
agem em colaboração ao movimentarem as peças do tabuleiro?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Incentive que as crianças ajam colaborando umas com as
outras. Aqueles que não conseguem jogar o dado podem movimentar os
cones ou agir em conjunto para contar as casas do tabuleiro.

O que fazer durante?

Convide a turma para sentar em roda. Diga que, em grupos, vocês vão
brincar de um jogo chamado “Corrida dos Cones”. Fale que, para joga-
rem esse jogo, vão precisar usar um tabuleiro, cones coloridos e dados.
Apresente para crianças os cones coloridos juntamente com o tabuleiro
e peça que alguma delas pegue um dado colorido. Após apresentar os
materiais, pergunte se elas já conhecem o jogo e se têm alguma ideia de
como farão para jogá-lo. Pode ser que surjam hipóteses bastante interes-
santes a partir das experiências que eles já tiveram com os dados colo-
ridos. Aproveite-as para, nos passos seguintes, esclarecer as regras desse
jogo. Anote as variações que podem surgir a partir das falas das crianças,
elas podem dar indícios de possíveis desdobramentos para repetir o jogo.

Após as falas das crianças, caso você opte por desenvolver o jogo com
toda a turma, consulte o passo 3. Caso você opte por dividir a turma,
chame algumas crianças para jogar e diga que todos terão oportunidade
de brincar e que irão revezar entre as brincadeiras que você organizou
na sala e o jogo. Chame um grupo para brincar com você enquanto os
demais podem se dividir e brincar nas outras atividades organizadas na
sala.

Com as crianças organizadas em roda, diga que o tabuleiro será estendi-


do no centro da mesma e que cada cone ocupará a posição inicial para
depois percorrerem o tabuleiro até chegarem ao final. Saliente que os co-
nes só poderão andar pelo tabuleiro se a cor for sorteada pelo dado. Em
seguida, diga que você vai precisar da ajuda das crianças para organizar
o jogo. Com a ajuda delas, estenda o tabuleiro no meio da roda e peça
para que coloquem os cones nas casas iniciais correspondentes a cada
uma das cores, de forma que todos os cones fiquem na posição inicial.
Agora pergunte: “para qual cone vocês vão torcer?” Ouça as crianças e
depois pergunte: “quantas casas do tabuleiro o cone precisa percorrer
para ganhar?” Elas podem querer se levantar da roda nesse momento
para contar quantas casas o cone precisa percorrer. Incentive essa ação
para que possam comprovar suas hipóteses e instigue a turma a colabo-
rar entre si nas contagens.

Durante o jogo, peça para uma criança jogar o dado e sortear uma cor.
Depois, peça que movimente o cone (uma casa a frente). Seguindo a
ordem em que as crianças estiverem em roda, peça para irem jogando
o dado e movimentando o cone uma a uma. Confome as jogadas forem
acontecendo, incentive a turma a torcer pelo seu cone preferido dizendo
“quem está torcendo para o azul?” ou “vamos torcer:amarelo, amarelo,
amarelo!”

Após algumas jogadas, perceba que alguns cones podem estar alcançan-
do a linha de chegada. Comece a fazer problematizações sobre as jogadas
que ainda estão por vir e sobre os cones que estiverem ganhando. Quan-
do, por exemplo, algum cone estiver a umas três casas para ganhar a par-
tida, chame atenção da turma com as possíveis perguntas: “Olhem para
aquele cone!; quantas casas ele deve percorrer para ganhar?; qual cone
está em último lugar na corrida?; quantas casas ele andou?; temos cones
empatados?; quantas casas eles ganharam?”. Essas intervenções servirão
para suscitar situações de contagem e levar os pequenos a levantar hipó-
teses. Incentive que as crianças respondam às questões e possibilite que
elas mesmas façam a validação, realizando as contagens no tabuleiro.

Quando algum cone alcançar a linha de chegada comemore com as


crianças a vitória daquele cone, mas ainda não finalize as jogadas. Diga
às crianças para continuarem torcendo pelos outros cones para saber
quais cones chegarão em segundo e terceiro lugar. Questione-as: “qual
cone está mais próximo de chegar em segundo lugar?; por que você acha
isso?; quantas casas o cone amarelo já andou?”. Continuem as jogadas até
que todas crianças possam jogar o dado pelo menos uma vez ou até que
três cones cheguem na linha de chegada.

Para finalizar:

Ao finalizar o jogo, diga às crianças que precisam arrumar o espaço para


próxima atividade. Peça ajuda da turma para guardar os cones e o tabu-
leiro. Caso a turma tenha sido dividida, convide um novo grupo para
brincar. Para transformar a organização numa brincadeira, você pode
dizer às crianças que vai jogar o dado e que, dependendo da cor sortea-
da, elas deverão pegar o cone da mesma cor e guardá-lo. Faça comandos
como “se sortearmos a cor verde, vamos guardar o tabuleiro primeiro!”.

Desdobramentos
Caso você queira repetir a atividade, é possível desenvolver o jogo po-
sicionando as crianças como se fossem os cones do jogo. Elas podem
andar sobre um tabuleiro, que pode ser desenhado no chão. Enquanto
algumas jogam o dado colorido, outras podem ir pulando pelas casas do
tabuleiro. As crianças poderão se revezar em pequenos grupos, jogando
o dado ou sendo os cones da partida. Você também pode usar carrinhos
coloridos para simular uma corrida. Também é possível, a partir dos
seus registros sobre como as crianças brincaram, propor variações no
jogo a partir das hipóteses levantadas pelas crianças.

Engajando as famílias
Convide as famílias para participar da “Corrida dos Cones” junto com
as crianças. Elabore um convite junto aos pequenos e envie para as famí-
lias explicando que já jogaram esse jogo com as crianças e que agora vão
jogar em conjunto com as famílias. No dia em que forem jogar, peça para
as crianças explicarem aos adultos como o jogo acontecerá e permita que
elas organizem a atividade, incluindo jogar os dados e movimentar os
cones. Você também pode montar o jogo em um espaço na entrada ou
na saída deixando um cartaz explicando as regras, para poderem jogar
livremente com as famílias.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Proporcione momentos prévios de exploração dos dados coloridos e da-


dos numerados pelas crianças em que elas possam ter experiências livres
com esses objetos.

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:

Experiências e brincadeiras com cubos e dados.

Brincadeiras com os dados coloridos durante a “Corrida dos Cones”

Registrando, conhecendo e contando com dados

Utilizando e explorando dados nos jogos de percurso

Jogo com dados: “As sementes da melancia”

Materiais:

Dados numerados e cubos coloridos a serem disponibilizados para li-


vre exploração pelas crianças (opte por usar dados e cubos grandes, que
podem ser confeccionados com caixas de leite). Separe materiais para
atividades de livre escolha, como massinha, cartolina para desenho com
giz de cera, bonecas etc. Com o intuito de mostrar a função dos dados,
separe dois jogos que fazem uso desses objetos para mostrar às crianças.
Para as anotações que as crianças irão fazer, tenha uma folha de cartolina
e canetões (caso tenha quadro no espaço escolhido para a realização da
atividade, pode utilizá-lo no lugar da cartolina).
Espaços:

A atividade pode ser feita no pátio da escola, na sala das crianças ou em


qualquer espaço em que seja possível organizar-se em uma grande roda.
Organize cantos com diferentes atividades que as crianças consigam re-
alizar com livre escolha, sendo um deles composto por cubos e dados
numerados.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 1 hora e 10 minutos. Sendo 20 minutos para os can-


tos, 20 minutos para conversas em roda e 30 minutos para os jogos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Quais experiências com jogos que usam dados as crianças comparti-


lham? Quais são esses jogos?

2. Como as crianças diferenciam dados numerados e coloridos nas brin-


cadeiras? Como elas comunicam essas diferenças?

3. Como as crianças comunicam os números que estão presentes nas


faces dos dados? Elas contam e fazem correspondência termo a termo ou
identificam ao olhar? Conseguem fazer anotações para representar esse
número? Como são esses registros?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Estimule para que as crianças colaborem entre si ao longo
da atividade, se organizando em duplas ou trios nos desafios que enfren-
tarem, como contar números nas faces dos dados, rolá-los ou fazer regis-
tros.
O que fazer durante?

Oportunize que as crianças explorem os cantos livremente. Fique pró-


ximo ao canto com cubos e dados numerados, acompanhando as que
se interessam por esse canto. Brinque com elas e faça indagações sobre
as diferenças entre os objetos, estimulando que façam classificações e
percebam as diferenças por meio de observações e brincadeiras. A Ideia
é fazer observações sobre os dados numerados e os demais cubos por
meio das brincadeiras.

Possíveis falas do professor neste momento: Olha! Aqui temos dados


com números e coloridos! Vamos fazer uma torre só com os dados nu-
merados? Eu quero brincar só com os dados numerados. Consegue tra-
zê-los para mim? Etc.
2

Após as brincadeiras, peça a ajuda das crianças para organizar o espaço


e diga que vão se reunir em roda (grande grupo) e conversar sobre as
brincadeiras que acabaram de participar.Pergunte se gostaram das brin-
cadeiras que foram organizadas e quais mais gostaram. Aproveite o diá-
logo com a turma, para chamar atenção ao canto com dados, instigando
que as crianças conversem sobre suas construções, classificações etc.
Pode ser que nem todas as crianças tenham se interessado pelo canto em
que os dados estavam presentes. Nesse caso, favoreça o diálogo de forma
que as que participaram do canto com dados mostrem suas observações
aos colegas, com o intuito de incluir aqueles que não participaram desse
canto. Se necessário, sugira que a criança exemplifique suas observações
contando sua experiência com os dados.

Possíveis falas do professor neste momento: (Faça perguntas) Vocês fi-


zeram quais construções? Usaram todos os cubos coloridos? Usaram os
dados numerados?

Aproveitando o diálogo anterior, peça para que alguma criança se dirija


ao local em que esses materiais estão guardados, pegue um dado colo-
rido e um dado numerado para conversarem sobre eles. Problematize:
“qual a diferença entre esses dois dados?” Ouça as falas das crianças e
observe se alguma começa a contar os círculos da face do dado nume-
rado. Valorize as iniciativas das crianças e procure destacar a contagem,
convidando outras crianças a se inspirarem nessa ação. Caso a contagem
não apareça entre as ações, pergunte o que são aquelas bolinhas e se, em
cada face, encontramos as mesmas bolinhas. Pergunte se já viram esse
objeto em algum outro lugar ou se já brincaram com ele.

Possíveis falas e ações da criança neste momento: as crianças podem se


referir às brincadeiras que fizeram anteriormente fora da escola, como
em jogos e brincadeiras que utilizam dados. Aproveite as falas das crian-
ças, peça que exemplifiquem e contem mais sobre esses jogos.
4

Aproveite as falas das crianças e diga para turma que trouxe alguns jogos
que usam dados numerados. Mostre-os explicando qual a função dos da-
dos (você pode apresentar como exemplo os jogos que fazem parte dessa
sequência e estão presentes nos plano 4 e plano 5). Apresente os jogos e
pergunte às crianças se já os conhecem e se têm ideia de como se joga.
Aproveite as falas das crianças para compartilhar brevemente as regras
dos jogos, bem como a importância e o papel dos dados nesses jogos.

Agora diga às crianças que vão fazer brincadeiras usando apenas os da-
dos numerados. No primeiro “qual será meu número?”, diga que alguém
vai jogar o dado pra saber qual é o número, mas antes de jogar devem
tentar adivinhar o número que será sorteado. Pergunte quem gostaria
de participar e peça para a criança escrever no quadro (ou cartolina) o
número que acha que será sorteado. Ela pode usar numerais, outros sím-
bolos ou representar o número como está escrito no dado (desenhando
pequenos círculos, por exemplo). Após a criança fazer a anotação, peça
para jogar o dado e pergunte a ela: “qual o seu número o núm? É o nú-
mero que você achou que seria sorteado?”. Se a criança precisar de ajuda
para contar o número sorteado, peça aos colegas que colaborem com ela.
Elas podem comunicar as quantidades da lateral do dado. Saliente que o
número é aquele voltado para cima.

Possíveis falas e ações do professor neste momento: você pode enrique-


cer esse jogo criando problematizações com as crianças pensando na
sequência numérica. Por exemplo: qual o número que você sorteou? Ele
é maior ou menor do que o número que ela escolheu antes de jogar o
dado? Vamos conferir?

Agora, crie brincadeiras com os números sorteados pelas crianças, por


exemplo: peça para que fiquem em pé para brincarem de “Pular como
um saci”. Diga que vão brincar de pular num pé só, mas devem jogar o
dado para saber quantos pulos vão ter que dar! Peça para alguma criança
jogar o dado e ler o número sorteado. Após a leitura, pule com as crian-
ças. Repita a brincadeira e disponibilize outros dados numerados para
que as crianças possam se agrupar para brincar de jogar os dados e pular
também.

Para finalizar:
Diga às crianças que elas vão fazer algumas jogadas e brincar com os da-
dos numerados por mais cinco minutos e depois devem guardá-los para
seguir para outra atividade. Para fazer desse momento uma brincadeira,
diga que vão guardar os dados sorteando e colocando condições. Por
exemplo: “vamos guardar os dados naquele canto se sortearmos o nú-
mero três” ou “vamos contar até o número que sortearmos no dado para
começar a guardar”.

Desdobramentos
Caso queira repetir as brincadeiras com as exploração dos dados colo-
ridos e dados numerados, você pode organizar os cantos que foram de
livre escolha, incluindo os jogos aqui propostos (“Qual será meu núme-
ro?” e “Pular como um saci!”). Além disso, a partir das suas observações
do que as crianças brincam, reinvente as brincadeiras aqui sugeridas e
proponha, por exemplo, em vez de pular como saci elas podem jogar o
dado e bater palmas ou mandar beijinhos de acordo com o número sor-
teado.

Engajando as famílias
Envie uma pesquisa às famílias explicando que estão fazendo brincadei-
ras envolvendo dados com as crianças e pergunte se conhecem jogos que
utilizam esse objeto. Após a pesquisa, verifique os jogos que foram suge-
ridos e converse com algumas famílias para consultar a possibilidade de
apresentar o jogo às crianças. Você também pode verificar se as famílias
conhecem outros tipos de dados que são diferentes dos dados de seis fa-
ces (com quatro, cinco, doze, vinte faces) e se podem enviá-los para que
as crianças possam apresentá-los aos colegas e montar uma exposição na
escola.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Estude este plano de atividades em conjunto com as instruções para jo-


gar previamente a realização da atividade, a fim de se apropriar das re-
gras do jogo. Leve em conta que algumas regras podem ser modificadas
privilegiando a participação das crianças.

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:

Experiências e brincadeiras com cubos e dados.

Brincadeiras com os dados coloridos durante a “Corrida dos Cones”

Registrando, conhecendo e contando com dados

Utilizando e explorando dados nos jogos de percurso

Jogo com dados: “As sementes da melancia”

Materiais:

Um dado numerado (opte por usar um dado grande, que pode ser con-
feccionado com caixas de leite). Dois bichinhos de pelúcia. Arranje al-
gumas placas de papelão sobre as quais as crianças possam ficar em pé.
Essas placas representarão as “casas” que serão percorridas durante per-
curso do jogo. Sendo assim, você pode sugerir que as crianças pintem
essas placas anteriormente. Para as anotações que as crianças irão fazer,
tenha uma folha de cartolina e canetões (caso tenha quadro no espaço
escolhido para a realização da atividade, pode utilizá-lo no lugar da car-
tolina). Imprima ou desenhe um esquema para construção do cenário do
jogo. Separe materiais para atividades de livre escolha, como livros para
folhear, papéis para desenho livre, brinquedos de faz de conta, cubos co-
loridos e dados variados etc.

Espaços:

Organize na sala, no pátio ou num outro espaço aberto,alguns cantos


com cubos e dados numerados e outras atividades que as crianças pos-
sam realizar com autonomia, como brincar com outros jogos envolven-
do dados, folhear livros, desenhar, brincar de faz de conta etc. Caso você
tenha outro educador para te ajudar, é possível desenvolver o jogo em
um local como o pátio, em pequenos grupos, enquanto as demais crian-
ças brincam no espaço organizado com outras atividades.

Tempo sugerido:

Na roda, utilize pelo menos 10 minutos e, para cada pequeno grupo, uti-
lize no mínimo 40 minutos para a atividade.

Perguntas para guiar suas observações:

1. As crianças colaboram entre si na execução do jogo (jogar os dados,


fazer anotações, ler o dado, organizar o cenário do jogo etc.)? Como elas
colaboram entre si?

2. Quais são as estratégias que as crianças fazem para as contagens refe-


rentes à solução dos problemas propostos?

3. Como são os registros que as crianças realizam referentes aos resulta-


dos das contagens? Como são as hipóteses das crianças para os registros
numéricos nas suas marcas gráficas?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Incentive que as crianças colaborem entre si na execução
da atividade e nas diferentes ações, como rolar os dados, fazer leituras
dos números, na locomoção pelo tabuleiro etc. Além disso, você pode fa-
zer o desenho do tabuleiro no chão para facilitar a locomoção sobre ele.

O que fazer durante?

Reúna as crianças em grande grupo e diga que hoje irão brincar de um


jogo chamado “Resgate dos Animais”. Fale que esse é um jogo de per-
curso no qual elas têm que percorrer um caminho para chegar até os
bichinhos e trazê-los de volta para que fiquem a salvo. Diga que, para
jogarem, vão precisar de dados numerados e folhas de papelão que re-
presentarão o caminho a ser percorrido. Proponha à turma que realizem
o jogo em pequenos grupos (uma criança de cada dupla faz o percurso e
a outra joga o dado e anota algumas jogadas). Convide quatro crianças
para brincar com você enquanto as outras brincam nos cantos prepa-
rados previamente. Você pode convidar mais algumas para ficarem na
torcida e colaborarem nas ações durante o jogo. Diga que todos poderão
jogar, mas um pequeno grupo estará com você enquanto os demais se
envolverão em outras atividades de livre escolha.
2

Já com um pequeno grupo, diga que é preciso montar o cenário e convi-


de as crianças, questionando-as como podem montar o cenário do jogo.
Explicite que o objetivo é percorrer um caminho (que será representado
pelos papelões) até chegar aos bichinhos, resgatá-los e voltar a linha de
partida. Convide os pequenos para tentarem organizar o cenário para
brincadeira conforme você descreveu. Observe as tentativas e, se ne-
cessário, mostre às crianças o esquema que pode servir de modelo para
montagem do cenário do jogo e diga que os retângulos amarelos repre-
sentam as folhas de papelão.

Possíveis falas e ações da criança neste momento: elas podem querer


montar o cenário do jogo, mas não seguir em linha reta. Deixe que re-
criem o trajeto e peça para que elas coloquem os bichinhos de pelúcia no
final dele.

Após montarem o cenário, relembre os pequenos que eles vão brincar


em duplas: enquanto uma criança de cada time fica no tabuleiro, a outra
joga o dado e anota algumas jogadas. Pergunte para os times sobre quem
gostaria de jogar o dado e quem gostaria de ficar no tabuleiro e deixe
que cheguem em acordo entre si. Caso precisem de ajuda, sugira o uso
do dado para saber quem iniciará as jogadas (por exemplo, as crianças
podem jogar o dado até que alguém tire o número um e possa escolher
onde deseja começar a brincadeira).

Possíveis ações das crianças neste momento: a criança que não iniciou a
brincadeira na posição que queria pode ficar chateada e até não querer
mais participar. Diga para ela que a brincadeira irá se repetir e que, na
próxima rodada, vão inverter as posições.

Após decidirem quem jogará o dado e quem fará as anotações, inicie a


brincadeira. Conforme as jogadas forem acontecendo, faça algumas in-
tervenções.

Possíveis falas do professor nesse momento: proponha que as crianças


solucionem problemas como: Quantas casas você já andou? Quantas
casas faltam para você alcançar seu colega? Que número tem que sair no
dado para você chegar primeiro que o seu amigo?
Possíveis ações da criança nesse momento: por ser a primeira vez das
crianças com os dados em contexto de jogos como este, pode ser que elas
queiram jogar o dado várias vezes ou andar livremente pelo tabuleiro.

Deixe que elas explorem as ações por alguns minutos, mas diga a regra
é sempre jogar o dado apenas uma vez por dupla. Além disso, as crian-
ças podem ficar chateadas ao sortearem números menores ou contar
duas vezes a mesma bolinha ao ler o número do dado. Nessas situações,
incentive que colaborem entre si na contagem. Você pode auxiliá-las
no momento da contagem acompanhando as bolinhas contadas com o
dedo.

Fique atento ao tempo, quandofaltar apenas uma jogada para a chegada


da criança ao bichinho de pelúcia (no caso, faltando seis casas ou me-
nos para o final), pergunte qual número deve sair no dado para alcançar
o bichinho e se um número também poderia servir. Não sugira a con-
tagem das casas que faltam de imediato. Deixe que as crianças tentem
responder a questão e encontrem a necessidade de contar as casas que
ainda faltam a partir do contexto do jogo. Caso elas não cheguem a essa
conclusão, sugira.

Peça para a criança que está jogando o dado anotar na cartolina (ou no
quadro) o número mínimo de casas que precisam ser percorridas. De-
pois de escrita, diga para a criança jogar o dado. Faça questionamentos
que ajudem a pensar se o número sorteado é o mesmo do anotado, se é
maior ou menor, e peça para que a criança do tabuleiro ande o número
de casas. Caso o número sorteado seja menor do que o anotado, pergun-
te novamente quantas casas faltam para chegar ao bichinho, qual núme-
ro deverá sair no dado para alcançar o bichinho e como será se um nú-
mero maior que este for sorteado. Repita o processo de anotar o número.

Possíveis ações da criança neste momento: anotar o número tentando


escrever o numeral, fazer riscos ou ainda tentar desenhar o número con-
forme está no dado (com pequenos círculos). Deixe que a criança faça a
anotação como quiser e sugira a leitura do número.

Quando uma das crianças chegar até o final, diga que precisa voltar para
o início, já que o objetivo do jogo é resgatar o bichinho e trazê-lo à linha
de partida. Para voltar, repita as mesmas problemáticas e jogadas com o
dado. Continuem com o jogo até que as duas crianças voltem ao ponto
inicial. Comemore com elas quando conseguirem resgatar os bichinhos.
Por fim, inverta as crianças que estão jogando os dados com a que esti-
ver no tabuleiro, de acordo com o interesse das crianças, e desenvolvam
mais uma rodada do jogo.

Para finalizar:

Após finalizarem o jogo, diga às crianças que agora outro pequeno grupo
irá jogar. Peça ajuda delas para guardar os papelões e os bichinhos para
que o próximo grupo de crianças possa organizar o cenário do jogo. Re-
pita as orientações com outros os grupos.

Desdobramentos
Caso queira repetir a atividade, você pode reorganizar o jogo fazendo
intervenções nas “casas” (nos papelões) do percurso, que podem ser su-
geridas pelas crianças numa conversa em grande grupo sobre essas no-
vas regras. É importante que sejam contextualizadas com o jogo, como:
“você caiu em um burado, fiquem sem jogar o dado uma rodada” ou
“você achou comida para o bichinho, parabéns, ande mais duas casas”.
Engajando as famílias
Sugira para a turma que convidem as famílias para jogarem o jogo “Res-
gate dos Animais”. Elaborem juntos um convite, expondo-o no mural
e enviando uma cópia para cada criança. As crianças e suas famílias
podem jogar em conjunto. Enquanto o familiar fica sobre o tabuleiro,
a criança joga o dado ou vice-versa. Se tiverem fantasias na escola, as
crianças podem se fantasiar de animais e encenarem o jogo no lugar dos
bichinhos de pelúcia. Essa atividade pode ser realizada em um dia com-
binado com as famílias, logo após o horário de entrada das crianças ou
pouco antes do horário de saída, assim é mais garantida a participação
das famílias.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Construa os tabuleiros para o jogo, que podem ser impressos a partir


deste modelo. Fixe os tabuleiros em um papel cartão ou em um papelão
bem duro e plastifique-o para aumentar sua durabilidade. Proporcione
experiências em que as crianças precisem manipular dados a fim de fa-
miliarizá-las com a leitura e com utilização desse objeto. Aproprie-se das
regras do jogo para jogar com as crianças.

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:

Experiências e brincadeiras com cubos e dados.

Brincadeiras com os dados coloridos durante a “Corrida dos Cones”

Registrando, conhecendo e contando com dados

Utilizando e explorando dados nos jogos de percurso

Jogo com dados: “As sementes da melancia”

Materiais:

Dados convencionais de seis faces, tabuleiros em formato de melancia


(confeccionados previamente com as crianças). Tinta guache ou caneti-
nha para divisão dos times. Papel crepom para confecção das sementes
da melancia e uma caixinha para guardá-las. Tabela de marcação de jo-
gadas com células grandes (que pode ser feita numa cartolina) para que
as crianças registrem o número sorteado no dado durante as jogadas
(plastifique a tabela com papel adesivo transparente e faça marcações
com uma caneta de escrever em CD, para que possa apagar com um
pano com álcool e usar novamente). Separe materiais que as crianças
possam fazer uso com autonomia nos cantinhos a serem preparados na
atividade, como jogos envolvendo dados, livros para serem folheados,
papéis e ricantes para desenho, fantasias para o faz de conta etc.

Espaços:

Deixe a sala organizada com cantinhos de atividades que as crianças


possam fazer com autonomia, como brincar com outros jogos envolven-
do dados, folhear livros, desenhar, brincar de faz de conta etc. Deixe um
dos cantos preparado para o jogo da melancia.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 20 minutos para a brincadeira em grande grupo e 40


minutos para as brincadeiras em pequenos grupos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Quais são as estratégias das crianças para resolver os problemas pro-


postos? Elas colaboram entre si ao jogarem ou precisam de você com
frequência?

2.Como as crianças registram os números? Fazem desenhos, tracinhos,


tentam usar os numerais convencionais ou outros símbolos?

3. As crianças conseguem ler os dados e fazer a contagem das bolinhas


do dado e das sementes que retiram da melancia? Como elas fazem isso?
Conseguem fazer correspondência termo a termo?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Incentive que as crianças colaborem entre si nos diferen-
tes momentos que o jogo exige, como fazer registros ou contar as figuras
do dado. Evite usar sementes de verdade para o jogo, visto que são muito
pequenas e podem ser perder mais facilmente ou causar acidentes. Se
necessário, adeque o tamanho das bolinhas de crepom e do tabuleiro às
necessidades das crianças.

O que fazer durante?

Em grande grupo, diga às crianças que hoje elas vão jogar o Jogo da Me-
lancia. Converse com a turma sobre as regras do jogo, lendo-as, caso
considere importante e, no decorrer da conversa, pergunte se gostam
dessa fruta, se já comeram e quais são suas características e se recordam-
-se de quando fizeram os tabuleiros para o jogo. Em seguida, apresente o
tabuleiro para as crianças e pergunte para a turma se está faltando algo
nele. É esperado que alguma criança cite as sementes, caso elas não di-
gam isso, comece a fazer indicações que sugiram a presença das semen-
tes (como quando comemos a melancia e preferimos tirar os “pontinhos
pretos” que estão dentro da fruta).

2
Como não há sementes na melancia e as crianças precisarão delas para
jogar, pergunte à turma: Como podemos confeccionar sementes para
nossa melancia? Considere as falas das crianças sugerindo que vão usar
materiais que têm na escola. Mostre os pedaços de papel preto e proble-
matize com elas: Como podemos fazer algo parecido com as sementes
usando esses papéis? Deixe que os pequenos manipulem os pedaços de
papel livremente, ensaiando a confecção das sementes. Observe quando
alguma criança confeccionar algo parecido com uma bolinha ou rasgar
o papel no tamanho de uma semente. Quando isso acontecer, diga que
a criança conseguiu produzir algo muito semelhantes à semente e peça
para que ela apresente o que fez aos demais colegas.

Conforme as crianças forem produzindo as sementes, peça para a turma


guardá-las dentro de uma caixinha para que possam ser utilizadas no
jogo. Esse momento pode ser bem divertido pois nele as crianças criam
seus próprios desafios (como quem termina primeiro, quem faz mais
etc). Após a produção de aproximadamente 50 sementes, diga que elas
já podem jogar pois já há sementes suficientes. Agora proponha que fa-
çam uma partida coletiva e diga que você precisa de ajuda para organizar
os tabuleiros: primeiro divida a sala em dois times (você pode escolher
duas cores e fazer pontinhos nas mão das crianças usando tinta guache
ou canetinha), coloque dois tabuleiros sobre a mesa e, com a ajuda das
crianças, peça para que elas coloquem 20 sementes em cada melancia,
de acordo com as regras do jogo.Observe como separam as sementes, se
contam termo a termo etc. Caso as crianças tenham dificuldade de reali-
zar a contagem de forma convencional, você mesmo pode fazê-la em voz
alta, com ajuda de algumas delas ou do grupo todo.

Possíveis ações da criança neste momento: Elas podem exceder o nú-


mero de sementes, o que não afeta o jogo, apenas use essa oportunidade
para criar situações a partir do número desigual de sementes nos tabu-
leiros: Olha! Ele parece ter mais sementes. Vamos contar? Ele tem mais
sementes. Vocês acham que o jogo está justo? O que precisam fazer? Aju-
de as crianças a retirar sementes até que os dois tabuleiros estejam iguais.
4

Com os tabuleiros organizados, separe duas tabelas de marcação de jo-


gadas e peça para que uma criança jogue o dado, faça a leitura do núme-
ro sorteado e retire o número correspondente de sementes da melancia.
Conforme as crianças fizerem a leitura do dado, peça para que elas ten-
tem escrever o número sorteado na tabela, perguntando: Quantas boli-
nhas você viu que tinha no dado? Tente escrever esse número na tabela.
Caso seja um desafio muito distante da turma, esse registro pode ser fei-
to sem a utilização do numeral, considerando apenas a quantidade, por
exemplo, com bolinhas (como nos dados), risquinhos etc. Pode ser que
os pequenos precisem de ajuda nas contagens que envolvem essas etapas,
nesse caso, incentive que as outras crianças ajudem e intervenha nessa
ação apenas se necessário. Faça as jogadas alternando entre os times e
incentive a participação de todos os interessados.

Possíveis falas e ações do professor neste momento: Durante as jogadas


acontecem muitos momentos oportunos para problematizar situações. É
importante que essas problematizações aconteçam, como Você tirou que
número do dado? Quatro! Vamos tirar quatro sementes. Opa! Parece que
você tirou três sementes apenas. Será que tiramos sementes a menos ou a
mais? Pode tirar mais quantas?

Quando um dos grupos retirar todas as sementes, declare-o vencedor!


Mas o jogo pode continuar até que as crianças retirem todas as sementes
da outra melancia. Agora sugira para elas que brinquem em pequenos
grupos nos cantos que você previamente preparou e, em um dos can-
tos, disponibilize os tabuleiros, dados e papel crepom para as crianças
fazerem sementes e brincarem. Deixe que se organizem conforme seus
interesse e disponibilize outros tabuleiros no canto do jogo, se necessá-
rio. Procure acompanhar um pequeno grupo e fazer as mesmas proble-
matizações que fizeram em grande grupo,até que as crianças consigam
brincar com mais autonomia e que você possa acompanhar um outro
grupo. Se necessário acompanhe todas as jogadas, mas incentive que os
pequenos colaborem entre si, assim como fizeram em grande grupo. Não
se preocupe com o certo ou errado, ou seja, se seguem as regras ao pé da
letra. Esse é um momento de familiarizar-se com o jogo e de construir
parcerias.

Para finalizar:

Quando estiverem próximos do término das atividades, comunique às


crianças que elas farão a última jogada e depois vão guardar as melan-
cias, os dados e as sementes confeccionadas. Como esse é um momento
de livre escolha, alguma criança pode não ter participado e ficar chatea-
da. Tranquilize-a dizendo que vocês ainda poderão jogar em outros mo-
mentos Sugira que as crianças organizem a sala ao som de uma música
divertida, como Arrumar a Bagunceira.

Desdobramentos
Repita a atividade nos dias que seguem, dando oportunidade de as crian-
ças vivenciarem o jogo mais vezes. Você pode fazer agrupamentos inten-
cionais, de acordo com os saberes delas e acompanhar um grupo por dia.
Você pode ainda construir com as crianças outros jogos, como o jogo de
trilha (como já foi proposto nesta sequência) e inventar armadilhas para
voltar espaços, prêmios para avançar, situações nas quais fiquem uma
rodada sem jogar, com configurações de pequenos e grandes grupos.
Para isso, faça uma investigação com a turma sobre os jogos todos que já
conhecem e proponha a construção de novos.

Engajando as famílias
Prepare uma sacolinha de TNT ou caixinhas na quais algumas crianças
possam levar para casa as melancias (tabuleiros e sementes) para brincar
com suas famílias. Dentro da sacolinha coloque um bilhete explicativo
destinado aos pais, comentando que as crianças já brincaram do jogo na
escola e descrevendo as regras dele. Envie junto do jogo um caderno no
qual os responsáveis registrarão como foi esse momento.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para esta atividade, o professor deve organizar a sala em quatro cantos,


todos com objetos familiares às crianças, com os quais elas já brincaram
antes. Sugestões: o dos potes; o dos materiais de largo alcance; o das pe-
ças de encaixe e o das bonecas e paninhos. O objetivo das estações é que
os bebês possam brincar com a família no momento da entrada e pos-
sam também se despedir de maneira tranquila. É importante que as fa-
mílias sejam informadas previamente sobre a atividade, para que fiquem
alguns minutos a mais na hora da entrada.

Materiais:

Potes sensoriais (garrafas pet ou tubetes de oito a dez com água, corante,
azeite, glitter); materiais de largo alcance (potes com e sem tampa, potes
de iogurte com tamanhos diversos, carretel de plástico); peças de encaixe
e bonecas, paninhos e quatro tapetes. Para produzir os potes com líquido
sugerimos dois links:

Pote da calma

Garrafas sensoriais

Espaços:

Na sala de referência, organize os cantos garantindo espaço para a livre


circulação dos bebês. Deixe os objetos acessíveis aos bebês, de preferên-
cia no chão. Organize os cantos (sugestão: um com potes, outro com
peças de encaixe; um terceiro com bonecas e paninhos e, o último, com
materiais de largo alcance). Lembre-se de demarcar os cantos com tape-
tes.

Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como os bebês exploram os objetos e materiais propostas nos diferen-


tes cantos?

2. De que forma os bebês demonstram seus gostos e preferências pelos


cantos?

3. Como os bebês interagem na brincadeira com crianças e adultos?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Garanta que todos os bebês tenham oportunidade de
explorar o espaços. Aqueles que não engatinham devem ter apoio para
brincar e observar os outros colegas.

O que fazer durante?


1

Para esta atividade, é importante que haja mais de um professor em sala,


pois ela deve ser feita com o grupo, de modo que todos sejam acolhidos
no período da entrada. Converse com cada bebê, informando que o res-
ponsável por ele vai entrar para brincar um pouco nos cantos prepara-
dos, mas diga que depois ele irá embora.

Convide o responsável para entrar e brincar com os bebês. Informe onde


ficam as mochilas e solicite que ajudem as crianças a colocar os perten-
ces nos locais indicados. Comece mostrando os cantos e convide-as para
se aproximarem em pequenos grupos para brincar e explorar os mate-
riais. Incentive o adulto a interagir e a participar da proposta também.
Garanta que os bebês que não engatinham tenham apoio para brincar
e observar os outros. Observe como se comunicam e exploram os obje-
tos e materiais nos cantos e a maneira como interagem com os adultos e
com os outros colegas.

Circule pela sala de referência e, pouco a pouco, realize intervenções nos


pequenos grupos que estão explorando os cantos. Atente para a forma
como os bebês interagem entre si, com os adultos e com os materiais.
Aproxime-se do canto com os potes. Inicie uma conversa com as crian-
ças desse grupo. Proponha brincadeiras, aguçando a curiosidades dos
bebês sobre as transformações que cada pote proporciona. Sugira que
coloquem o pote no chão, para rolar, e chame a atenção para os efeitos
produzidos. Destaque os potes com líquidos bifásicos (com água e azei-
te) e proponha que mexam para tentar misturar. Explore com os bebês a
condição desse material que não se mistura e promova o encantamento e
curiosidade deles. Apoie as ações das crianças, mas sem propor a inicia-
tiva. Repita ações e interações por todos os cantos propostos. Verifique
se todos participaram de todos os cantos e quais gostaram mais. Deixe os
bebês brincarem e explorarem livremente. Registre esses momentos com
fotos e filmagens, para fins de documentação pedagógica.

Possíveis falas do professor neste momento: Olha esse pote colorido, va-
mos virá-lo para ver o que acontece? Dentro do pote tem um brilho, que
tal você empurrar para ver os brilhos se mexerem?
4

Encoraje os bebês a descobrir outras formas de brincadeiras com os ma-


teriais. Um exemplo: pegue alguns potes e faça o som com eles ou cante
uma música. Observe se os bebês imitam o professor. Facilite as ações,
aproximando-os dos materiais e dos demais bebês. Deixe que exploram e
conheçam os materiais disponíveis.

Possíveis ações da criança neste momento: O bebê pode pegar qualquer


objeto e bater nele para ouvir o som.

Para finalizar:

Para finalizar, avise os bebês que eles continuarão brincando, mas que
em dez minutos o responsável irá se despedir e voltar depois para bus-
cá-lo. Acolha os bebês por meio do diálogo ou com um olhar mais cui-
dadoso para aqueles que demonstrarem seus sentimentos por meio do
choro.

Desdobramentos
É importante que esta atividade aconteça de maneira rotineira, para que
seja construído o vínculo entre família e escola. Faça essa proposta em
outros ambientes da escola. Proponha na entrada ou saída um momento
em que as famílias possam brincar nos espaços da escola com os bebês.

Engajando as famílias
A presença das famílias na escola permite a construção de relações de
confiança, de pertencimento e corresponsabilidade com o cuidado e com
a educação do bebê. Envie um bilhete para os familiares agradecendo a
participação deles na escola e reforçando o quão importante é tê-los por
perto.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para esta atividade, o professor deverá preparar a sala para uma ativi-
dade com diversas caixas grandes de papelão. As disponha horizontal-
mente, para formar túneis com janelas, de maneira que os bebês possam
passar por dentro delas. Coloque tecidos nas entradas das caixas e por
dentro nas janelas. Para aqueles que ainda não engatinham, adapte a
proposta, providencie colchonetes, caixas de papelão de diversos tama-
nhos e tecidos, para que eles possam brincar de se se esconder. Informe à
família sobre proposta que será realizada no momento de despedida dos
bebês, enviando um bilhete anteriormente, para que possam, se possível,
chegar uns minutos antes da saída, para brincar junto com as crianças.
Podem surgir situações delicadas quando um familiar chegar, por exem-
plo, de um bebê cujo familiar não chegou ou não vem, começar a chorar.
Ou um pequeno que começa a chorar com a entrada de um responsável
que ele não conhece na sala. Acolha esses bebês por meio do diálogo,
convidando-os para brincar com você.

Materiais:

Caixas de papelão de tamanhos grandes, caixas pequenas com tampas,


tecidos, bolas.

Espaços:

Organize o espaço da sala de referência de maneira atrativa, de modo


que o túnel de caixas esteja disposto no centro e, no entorno dele, este-
jam os colchonetes, os tecidos e as caixas menores com as bolas.
Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como foi a interação das crianças entre elas e com os adultos ao ex-
plorarem os objetos?

2. De que formas as crianças utilizaram o corpo nas brincadeiras?

3. Quais movimentos foram utilizados pelos bebêspara exprimir desejos


e emoções?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Garanta que todos os bebês tenham oportunidade de
explorar o espaço. Proponha apoios e adaptações necessárias para aten-
der as necessidades, interesses e ritmos do grupo.

0
O que fazer durante?
1

Para esta atividade é importante que haja mais de um professor em sala,


pois a proposta deve ser feita com todo o grupo. Durante oplanejamento
da rotina com os bebês, converse com eles informando que próximo da
hora de ir embora, os responsáveis vão entrar para brincar com eles. Essa
informação deve ser reforçada novamente próximo da hora da atividade.

Convide as crianças para se aproximar do material organizado na sala,


para brincar com ele e explorá-lo. Organize o grupo todo para brincar
nos túneis de caixa e nos colchonetes, dividindo-os em pequenos gru-
pos, para que todos tenham a oportunidade de participar da proposta.
Garanta que os bebês que ainda não engatinham, ou que ainda não se
sentam, tenham o apoio necessário e que sejam posicionados de forma
a poder brincar e observar as outras crianças nos colchonetes dispostos
para a sua interação com os materiais.Brinque com os bebês, demons-
trando as possibilidades que o ambiente traz.

Possíveis falas do professor neste momento: Olhem essas caixas para


brincar! O que será que tem dentro desses túneis? Vamos entrar?
3

Aguarde os bebês brincarem e explorarem as caixas. Valide as ações das


crianças, propondo experimentações e possibilidades de interação com
os materiais. Aqueles que estiverem sentados e que não engatinham de-
vem ter próximos a eles caixas e lenços para brincar e explorar. Observe
os bebês e suas interações. Apoie as ações do grupo.Conforme os res-
ponsáveis estiverem chegando, convide-os para entrar e brincar com os
bebês. Registre, se possível, esses momentos com fotos e filmagens das
explorações e das interações que estão acontecendo, para fins de docu-
mentação pedagógica.

Possíveis ações da criança: Um bebê neste momento pode pegar um co-


lega pela mão para entrar com ele no túnel. Um bebê pode ficar parado
na frente do túnel, com receio de entrar.

Possíveis falas do professor neste momento: Vamos entrar nesse túnel e


descobrir o que tem dentro dele? O que será que tem nessa caixa? Você
não quer entrar agora, então vamos olhar pela janela o colega passando?
Olha quem é? Cadê seu amigo?

Neste momento, os bebês e os adultos devem estar envolvidos na brinca-


deira. Incentive as crianças a entrarem no túnel e peça aos responsáveis
esperarem por elas do outro lado. Quando o bebê sair do túnel, oriente
que digam cadê o bebê? achou! Para os bebês que ainda não engatinham,
solicite que o responsável pegue o tecido e cubra o rosto do pequeno,
brincando e se expressando cadê o bebê (neste momento fale o nome da
criança)? Achou! Observe as expressões dos bebês e como se comunicam
durante a brincadeira com os seus familiares.

Possíveis ações das crianças neste momento: O bebê pode inclinar o cor-
po para frente para pegar o tecido que cairá do seu rosto.

Encoraje os bebês a descobrir outras formas de brincadeiras com os ma-


teriais, por exemplo, pegue as caixas e deixe-as viradas para cima e dis-
ponibilize bolas para as crianças jogarem.Varie a brincadeira, propondo
aos bebês esconder os objetos e a encontrá-los. Facilite suas ações, apro-
ximando-os dos materiais e dos outros colegas. Todos devem estar brin-
cando ao mesmo tempo, porém, as explorações e as brincadeiras podem
ser individuais.

Para finalizar:

Para finalizar, informe aos bebês e aos responsáveis que em cinco minu-
tos você irá finalizar a atividade. Solicite ajuda dos pais para guardar as
caixas. Convide os responsáveis, juntos com os bebês, para cantar uma
música que marque a saída das crianças. Agradeça a participação de to-
dos.

Desdobramentos
É importante que esta atividade aconteça de maneira rotineira, para que
seja construído o vínculo entre família e escola. Faça essa proposta em
outros ambientes da instituição de ensino. Proponha na entrada ou saída
um momento em que os familiares possam brincar com os bebês na es-
cola.

Engajando as famílias
Ao convidar asas famílias para entrar na escola, diariamente ou de vez
em quando, o professor constrói uma relação de confiança e correspon-
sabilidade pelo cuidado e pela educação do bebê. Envie um bilhete para
os responsáveis agradecendo a participação deles na escola e reforçan-
do o quão importante é ter a presença deles por lá. Após a realização da
proposta, organize um cartaz com as fotos tiradas durante a brincadeira,
insira pequenas frases nele e deixe um espaço para que as famílias regis-
trem suas impressões sobre a proposta.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para esta atividade, o professor deverá preparar a sala para receber as


famílias. Ele deve fotografar previamente os ambientes da escola e de
atividades desenvolvidas em sala (parque, refeitório, parede de pintura,
brinquedoteca, brinquedos, peças de montar etc). Revele as fotos em
tamanho grande e plastifique-as ou coloque-as em sacos plásticos fecha-
dos com fita adesiva, para aumentar a durabilidade do material. Os am-
bientes da sala devem ser identificados, por exemplo, o local reservado
para os pertences pessoais, identificados com nome e uma foto pequena
do bebê. O canto ou espaço onde será feita a rotina deve ser preparado
de maneira aconchegante, com almofadas ou colchonetes,próximos à
parede na qual estará um varal para a montagem da rotina. Informe às
famílias sobre a proposta de atividade por meio de um bilhete, enviado
anteriormente, pedindo para que fiquem, se possível, alguns minutos a
mais na entrada. Podem surgir situações delicadas, por exemplo, quando
um familiar chegar, e um bebê cujo o familiar não chegou ou não vem,
começar a chorar. Ou um bebê pode começar a chorar com a entrada
de um responsável que ele não conhece na sala. Acolha os pequenos por
meio do diálogo, colocando-os próximo a você.

Materiais:

Placas sinalizadoras dos objetos (mochilas, copos, agendas), brinquedos,


fotos do ambientes da escola para a rotina, almofadas, colchonetes e ce-
lular ou máquina fotográfica.

Espaços:
Na sala de referência, deixe um espaço amplo no qual será promovida
a roda para a apresentação da rotina. O local poderá ser delimitado por
almofadas e colchonetes, posicionando o grupo à frente do varal, no qual
serão penduradas as fotos para construção da rotina. No ambiente exter-
no, prepare o espaço de acordo com a proposta do planejamento e com
fotos das estações para a escolha das crianças.

Tempo sugerido: Aproximadamente 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. De que maneira os bebês expressam seus sentimentos na entrada da


sala com a família?

2. Comoexperimentam as propostas realizadas?

3. Como se comunicam com as outras pessoas ? Usam movimentos, ges-


tos, balbucios, falas e outras formas de expressão?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender

às necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo.

O que fazer durante?

V
1

Para esta atividade, é importante que haja mais de um professor em sala,


pois a atividade seráfeita com todo o grupo. Durante a chegada dos be-
bês, converse com cada um, informando que o responsável vai entrar
para brincar um pouco, antes de ir embora.

Possíveis falas do professor neste momento: Olá, tudo bem? Que bom
que você veio acompanhado. Nesse primeiro momento do dia, vamos
brincar com sua famíla? Quem veio com você? Vamos apresentar sua
sala, seus brinquedos e seus amigos?

Convide os responsáveis para entrar. Informe onde ficam as mochilas, os


copos e as agendas. Solicite que ajudem os bebês a colocar os pertences
nos locais indicados. Após a chegada de todos, peça que os responsáveis
e os bebês sentem-se em roda para iniciar a atividade. Comece cantando
uma música que marque a entrada dos pequenos. Observe a reação dos
mesmos ao verem seus familiares participando com eles desse início, em
roda. Traga canções que promova toques, abraços e afagos. Valorize as
expressões dos bebês e a maneira como se comunicam com o grupo e
com seu familiar. Peça sugestões de músicas de roda que os responsáveis
conheçam, e as introduza nesse momento, promovendo o acolhimento
de todos.

Possíveis falas do professor neste momento: Que música será que a/o (
falar o nome do responsável pelo bebê) conhece? Qual música você can-
tava na sua infância?
Possíveis ações do bebê: O bebê pode bater palma durante a música ou
olhar e sorrir para o responsável que o acompanha.

Apresente para os responsáveis e para os bebês as imagens dos momen-


tos de rotina da escola (por exemplo, fotos referentes ao momento de hi-
giene; do parque; do refeitório etc.). Entregue as fotos dos ambientes da
escola para os bebês olharem junto com os responsáveis. Peça para que
troquem entre eles as imagens. Depois, convide para organizarem com
você o varal e coloque as fotos dos ambientes, de acordo com o planeja-
mento do dia. Informe o que acontecerá, incluindo as brincadeiras.

Possíveis falas do professor: Vamos organizar nosso dia por meio das
fotos colocando-as no varal? Quem me ajuda? Hoje, começaremos com
brincadeiras na área externa? Que está com essa foto? Venha! Vamos
pendurar?

Possíveis ações da criança neste momento: Neste o momento, o bebê


pode pegar a foto e mostrá-la para o responsável, sorrindo e movimen-
tando o corpo, demostrando interesse e alegria pelo ambiente represen-
tado.

Neste momento todos, os bebês já devem ter visualizado as fotos e o va-


ral deve estar pronto com o planejamento da rotina. A atividade inicial
para esse dia, já colocada no varal, será o parque, nesse sentido, convide
a todos para brincar na área externa preparada previamente com esta-
ções (por exemplo, estações com bolas e bambolês; com bonecas e pani-
nhos; com blocos de encaixe etc). Convide-os pequenos individualmente
para escolher onde querem brincar acompanhado de seus familiares.

Possíveis falas do Professor: Organizamos o espaço em estações, convide


sua família para brincar. Temos bolas, bonecas, peças de encaixe. Hoje
elas vão conhecer um pouco do nosso dia na escola.

Possível ação da criança: Um bebê aponta para a estação das bolas. Pega
na mão de sua mãe, escolhe uma bola e joga para ela.

Para finalizar:

Para finalizar, com dez minutos de antecedência, informe às famílias e


aos bebês que em breve irão se despedir, mas que as famílias retornarão
para buscá-los. Lembrem os bebês sobre o varal e sobre as atividades in-
teressantes que ainda terão ao longo do dia na escola. Acolha os peque-
nos por meio do diálogo ou de um olhar mais cuidadoso para aqueles
que demonstrarem sentimentos através do choro. Agradeça a participa-
ção dos familiares.

Desdobramentos
Informe às famílias que o planejamento do dia por meio de imagens é
construído cotidianamente com os bebês. Convide, quando possível, os
responsáveis para entrar e guardar os pertences juntos com os filhos.
Proponha brincadeiras rápidas ou convide-os para explorar os cantos da
sala nesses momentos de entrada e saída.

Engajando as famílias
Ao convidar asas famílias para entrar na escola, diariamente ou de vez
em quando, o professor constrói uma relação de confiança e correspon-
sabilidade pelo cuidado e pela educação do bebê. Envie um bilhete para
os responsáveis agradecendo a participação deles na escola e reforçan-
do o quão importante é ter a presença deles por lá. Após a realização da
proposta, organize um cartaz com as fotos tiradas durante a brincadeira,
insira pequenas frases nele e deixe um espaço para que as famílias regis-
trem suas impressões sobre a proposta.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Esta atividade será realizada na entrada ou saída das crianças e deve ser
preparada no ambiente externo da escola. Escolha um bem aconchegan-
te! Separe tapetes ou colchonetes, almofadas e livros. Você pode separar
fantoches para representar uma história escolhida previamente. Uma
sugestão é disponibilizar títulos de ampla difusão cultural, por exemplo,
histórias clássicas, para facilitar a participação e o envolvimento dos fa-
miliares.
Informe à família previamente sobre a proposta por meio de um bilhete.
Assim, eles se organizam para ficar alguns minutos a mais. Podem sur-
gir situações delicadas, como um bebê chorar quando o familiar precisar
sair. Fique atento e acolha com olhares cuidadosos e diálogo.

Materiais:

Almofada, tapete, livros, fantoches e a história a ser utilizada com os fan-


toches.

Espaços:

Organize o espaço em ambiente externo de maneira atrativa e confortá-


vel. Delimite o local com o tapete e as almofadas. Deixe livros e fanto-
ches próximos a você, de fácil acesso para o manuseio.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:

1. Como foi a interação dos bebês com adultos na chegada à escola?

2. De que forma os bebês demonstraram gostos e preferências pelos li-


vros?

3. Como foi a comunicação dos bebês? Usaram balbucios, falas ou outras


formas de expressão? Ao final da brincadeira, como se despediram dos
familiares?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Garanta que todos tenham oportunidade de explorar o
espaço. Proponha apoios e adaptações necessárias para atender às neces-
sidades de cada um.Fique atento para não criar, sem intenção, uma situ-
ação constrangedora durante a atividade de leitura das famílias para os
bebês. Priorize livros com imagens para que seja possível a inclusão de
familiares não alfabetizados.

O que fazer durante?


1

Para esta atividade é importante que haja mais de um professor no am-


biente escolhido, pois ela deve ser feita com todo o grupo, de modo que
todas as crianças sejam acolhidas no período da entrada. Converse com
cada bebê durante a chegada deles, informando que o responsável vai
ficar um pouco com a turma e depois vai embora.

Convide os responsáveis para ir com os bebês até a sala de referência


para guardar as mochilas e retornar para a realização da atividade. Co-
mece mostrando os livros para os bebês e convide-os para se aproximar.
Permita que escolham os livros livremente. Incentive o adulto a fazer
a leitura do livro escolhido para o bebê. Garanta que os bebês que não
engatinham tenham apoio para sentar e observar os outros bebês e a his-
tória. Observe como eles se comunicam, exploram as atividades e intera-
gem com os adultos e com os outros colegas.

Possíveis ações da criança neste momento: O bebê pode pegar vários


livros e ficar olhando todos eles até escolher um.

Observe os bebês, de que forma estão explorando os livros e como de-


monstraram seus gostos e preferências. Em duplas ou trios, proponha às
crianças que mostrem quais histórias gostam e quais conhecem. Chame
o familiar para participar. Apoie as ações dos bebês, mas sem propor a
iniciativa. Faça comentários como: Olhe este livro, que legal. Você quer
ouvir essa história comigo? Registre esses momentos com fotos e filma-
gens das explorações e interações que estão acontecendo, para fins de
documentação pedagógica.

Possíveis ações do bebê: O bebê pega o livro, olha, vira algumas páginas
e tenta levá-lo à boca. O bebê abre o livro e utiliza palavras ou balbucios
para ler a história.
4

Incentive os responsáveis a ler mais histórias para os bebês e informe


que eles podem pegar outros livros. Priorize histórias de ampla difusão
social, para que todos possam participar. Procure interagir com os bebês,
sentando-se próximo a eles nos espaços. Observe atentamente os interes-
ses e gostos das crianças, verificando as preferências delas, de que forma
se expressam e como se comunicam.

Falas do professor neste momento: Você está gostando desse livro? Va-
mos escolher outro?

Para finalizar:

Para finalizar chame o grupo todo e faça a leitura de uma história. Após
a leitura informe aos bebês e aos responsáveis em dez minutos os fami-
liares das crianças irão se despedir e voltar depois para buscá-las. Acolha
os bebês por meio do diálogo ou com um olhar mais cuidadoso para
aqueles que demonstrarem sentimentos por meio do choro. Utilize os
fantoches para a dramatização da história previamente selecionada por
você.

Desdobramentos
É importante que esta atividade aconteça de maneira rotineira, para que
seja construído um vínculo entre as famílias das crianças e a escola. Faça
esta proposta em outros ambientes da escola. Proponha na entrada ou na
saída um momento em que as famílias possam fazer a leitura de histórias
para toda a turma.

Engajando as famílias
Ao convidar as famílias para entrar, a escola constrói, pouco a pouco
uma relação de confiança com os responsáveis, de pertencimento e de
co-responsabilidade pelo cuidado e pela a educação do bebê. Envie um
bilhete para as famílias agradecendo a participação delas e reforçando o
quão importante é ter a presença dos responsáveis na instituição. Após a
realização da proposta, organize um cartaz com as fotos tiradas durante
a brincadeira, insira pequenas frases nele e deixe um espaço para que as
famílias registrem impressões sobre a proposta.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para esta atividade, o professor deve preparar previamente em ambiente


externo um lugar com estações, configurando cantos com brincadeiras
para ao ar livre. Os cantos devem ser divididos em propostas diferentes,
sendo eles: canto com proposta de brincar com areia, canto com bacias
de água e barquinhos de papel e canto com potes de bolha de sabão. In-
forme a família sobre a proposta de atividade para o horário da saída
através de um bilhete enviado anteriormente. Dessa forma, as famílias
poderão se organizar para brincar um pouco com os bebês. O objetivo
das estações é que os bebês possam brincar com a família no momento
da despedida da escola, mas que seja interessante e crie o desejo de re-
torno.

Materiais:

Areia, brinquedos para brincar com areia, bacias com água, barquinhos
de papel, potes de bolhas de sabão e tapetes. Para produzir os potes com
líquido para bolha de sabão, sugerimos dois links:Bolhas de sabão gigan-
te, Como fazer bolhas de sabão.

Espaços:

Organize o espaço em ambiente externo de maneira atrativa e confortá-


vel. Delimite o local dos cantos com os tapetes. O canto com areia deve
ser organizado em um recipiente grande (lençol com elástico esticando
as quatro pontas, caixa de papelão ou piscina). O canto com água deve
ter vários recipientes de tamanhos médios (bacias e banheiras) com vá-
rios barquinhos de papéis prontos para brincar. O canto com bolinhas de
sabão deve ser organizado com suporte para bexigas (varetas com círcu-
lo vazado na ponta) e cabides.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como foi a interação dos bebês com adultos no momento de saída da


escola?
2. De que forma os bebês demonstraram seus gostos e preferências pelos
cantos?

3. Quais formas de comunicação foram utilizadas pelos bebêspara expri-


mir desejos e emoções?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Garanta que todos os bebês tenham oportunidade de ex-
plorar o espaço. Proponha apoios e adaptações necessárias para atender
às necessidades de cada grupo.

O que fazer durante?


1Para esta atividade é importante que haja mais de um professor no am-
biente preparado, pois ela deve ser feita com o grande grupo. Convide as
crianças para se deslocarem até o ambiente externo e se aproximarem do
material organizado para brincar e explorar. Organize o grandegrupo e
apresente a todos os cantos.

Separe os bebês em pequenos grupos, para que todos tenham a oportu-


nidade de participar da proposta. Atente para garantir que os bebês que
ainda não engatinham, ou que ainda não conseguem sentar com auto-
nomia, tenham o apoio necessário. Garanta que fiquem posicionados
de forma que possam brincar e observar as outras crianças nos tapetes
dispostos, para a interação com os materiais e com os outros bebês.Colo-
que-se como um facilitador da experimentação e brinque com os bebês,
demonstrando as possibilidades que o ambiente traz. Perceba como eles
interagem e se comunicam diante da brincadeira proposta. Valide suas
ações valorizando seus gestos e formas de comunicação.

Observe os bebês e a forma que estão explorando as propostas nos can-


tos. Apoie as ações deles mas sem tomar a iniciativa.Proponha brinca-
deiras com os materiais. Faça comentários como: “olha esse canto com
areia, deve ser legal colocar a mão na areia, vamos pegar uma pá para
brincar?” ou “ vamos pegar um barquinho para colocar na água?”. Circu-
le pelos cantos, verifique se todos estão participando dos espaços e per-
ceba quais eles gostaram mais.

Possíveis ações da criança neste momento: um bebê pode pegar o bar-


quinho e afundar na água.

Possíveis falas do professor neste momento: vamos pegar outro barqui-


nho e tentar de novo?

4
Neste momento os bebês devem estar envolvidos na brincadeira. Quan-
do já estiver próximo ao horário de irem para casa e dos familiares ou
responsáveis chegarem na escola, compartilhe com os bebês que hoje
eles vão entrar para brincar um pouco com eles.

Conforme os responsáveis estiverem chegando, convide-os para par-


ticiparem da brincadeira.Mostre um dos cantos para exemplificação e
apresente as possibilidades de brincadeiras. Pegue um pote de bolinha
de sabão, assopre com a vareta e depois faça com o cabide, para mostrar
os diversos tamanhos de bolinha de sabão que pode ser feito. Solicite
aos responsáveis dos bebês que ainda não engatinham que os apoiem
na brincadeira, facilitando a experimentação de cada canto.Observe as
expressões dos bebês e como se comunicam durante a brincadeira com
os familiares. Registre esses momentos com fotos e filmagens das explo-
rações e interações que estão acontecendo, para fins de documentação
pedagógica.

Possíveis ações das crianças neste momento: o bebê pode inclinar o cor-
po para frente para empurrar o barquinho ou pegar na areia.

Para finalizar:

Para finalizar, informe os bebês e os responsáveis que em 5 minutos irá


finalizar a atividade. Solicite ajuda para os responsáveis para guardar os
materiais na sala e retirar as mochilas. Considere, se necessário, um tem-
po para a troca de roupa considerando que alguns bebês brincaram com
areia e água. Na sala, convide-os para cantar uma música junto aos be-
bês, que marque o horário da saída. Agradeça a participação de todos.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para esta atividade, separe materiais que possam ser utilizados no mo-
mento da massagem, como: tecidos, esponjas, bolas de meia e algodão. A
soneca é um momento importante na rotina dos bebês, por isso, organi-
ze o espaço para que seja tranquilo e relaxante após a atividade de mas-
sagem. Disponha colchões ou tapetes na sala, de maneira que seja pos-
sível a finalização desta atividade com o momento de descanso. Realize
uma seleção prévia de músicas tranquilas. A atividade envolve momen-
tos de relaxamento e massagem em que o bebê possa permitir o toque do
professor, de outra criança e o toque em seu corpo, de maneira que seus
limites e possibilidades de interação sejam respeitados. Assim, o bebê
poderá experimentar o cuidado de si e com o outro.

Materiais:

Materiais diversos como tecidos de texturas variadas, esponjas, bola de


meia e algodão. Colchões ou tapetes emborrachados. Mídia com música
tranquila.

Espaços:

Nesta atividade o professor deverá organizar um espaço na sala de re-


ferência com colchonetes, almofadas e tapetes, delimitando um local
tranquilo e relaxante para a realização da massagem. Coloque tapetes ou
colchonetes lado a lado, com almofadas em cima e diminua a luminosi-
dade. Deixe os tecidos, esponjas e bolas em um lugar próximo e de fácil
acesso no momento da massagem.
Tempo sugerido:

Aproximadamente 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como os bebês participam da massagem? Como interagem e se comu-


nicam com o professor e com os outros bebês nesse momento?

2. Como os bebês expressam suas sensaçõesao brincar de massagem?

3. Como experimentam as possibilidades corporais da massagem?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Organize o espaço para que todas as crianças tenham
asseguradas as condições de participar. Auxilie quando necessário, ga-
rantindo que todos os bebês estejam em atividade, conforme suas prefe-
rências, ritmos e possibilidades.

O que fazer durante?


Para a proposta é importante que haja mais de um professor em sala, de
modo que todas as crianças tenham apoio. Convide os bebês para irem
até os colchonetes, berços ou camas para o momento da massagem antes
da soneca, que deve ocorrer de forma espontânea. Explique aos bebês
que você irá fazer uma massagem para que possam relaxar e descansar
tranquilamente. Inicie a brincadeira com você fazendo a massagem em
algum dos bebês iniciando pelos pés, depois as mãos etc. Organize as
crianças para que se acomodem tranquilamente e faça o convite para
a brincadeira de massagem. Envolva todos na proposta, colocando-se
como um parceiro e convide também alguma das crianças para ser seu
par. Garanta que os bebês menores, que precisam de apoio, fiquem em
uma posição confortável, deitando-os de barriga para cima.

Convide as crianças para iniciar a brincadeira de massagem. O bebê


pode começar mexendo nos pés, depois no braço, na cabeça. À medida
em que tenham explorado o movimento de toque em umaparte, passe
para outra parte e, aos poucos, vá introduzindo as seguintes. Apoie e
valide as ações e brincadeiras feitas pelos bebês. Convideas crianças para
trocarem até que o professor tenha massageado todos os bebês. Coloque-
-se como observador, aproveite para perceber a maneira como reagem
ao toque do outro, como se manifestam quando é a sua vez de realizar o
toque, quais são as expressões, os gestos e os olhares. Aproveite esse mo-
mento para realizar a documentação pedagógica.

Possíveis falas do professor neste momento: Vamos brincar de massa-


gem? Quem quer fazer massagem no amigo? Vou começar!

Possíveis ações das crianças:Um bebê toca no amigo, imitando o profes-


sor. Outro poderá observar as ações dos colegas.

3
Após esse momento de toque nos bebês, proponha a eles que utilizem os
pedaços de tecidos de texturas diferentes, pedaços de algodão e as bolas
de meia. Em pequenos grupos, convide as crianças para escolher os ob-
jetos que mais lhe interessarem e sugira que façam uma massagem em si
mesmo com o objeto escolhido, no próprio pé ou na própria mão. Pos-
sibilite a livre exploração e o manuseio dos diversos objetos e materiais.
Facilite essas ações, de forma que todos tenham chance de explorá-los,
interagindo com os materiais de massagem.

Possíveis falas do professor neste momento: Vamos pegar alguns mate-


riais para fazer a massagem e vamos descobrir que sensação nos trazem?

Possíveis ações das crianças: Nesse momento alguns bebês podem ex-
pressar sensações por meio de risadas, demonstrar satisfação com os
toques ou sentir cócegas.

Para finalizar:

Para finalizar a brincadeira, convide os bebês para se deitarem no tapete


ou no colchão da sala já organizada para a soneca e possibilite a conti-
nuidade do movimento de massagem inicial em partes do corpo deles.
Incentive toques nas mãos, braços, pernas e costas do colega que estiver
próximo, avise que a massagem está acabando, diminua a iluminação e
coloque música para uma soneca tranquila.

Desdobramentos
Nas próximas vezes que realizar esta atividade junto com os bebês, a faça
antes do banho com óleos vegetais: amêndoa-doce, coco, girassol e uva,
terminando a atividade com um banho morno e relaxante.

Durante o momento do banho, na banheira com água morna, convide os


bebês para massagearem os próprios pés, a cabeça e as pernas. Incentive-
-os a massagear o corpo com esponjas de cores variadas e de diferentes
tamanhos explorando toques e sensações.
Engajando as famílias
Faça um bilhete para as famílias e demonstre os benefícios de uma mas-
sagem para os bebês, para que o momento possa se estender também em
casa :

Sugestão de bilhete:

“ Hoje fizemos uma sessão de massagem com os bebês e gostaríamos de


compartilhar com vocês os benefícios que isso pode trazer para o rela-
xamento e até para um sono mais tranquilo também em casa. O toque
pode ser um momento ímpar de estreitamento de laços, de confiança e
de afetividade. A massagem durante o banho ou antes da soneca pode
ajudar muito a fortalecer a relação entre vocês e o seu bebê.A massagem
deve ser agradável e divertida para as crianças, por isso, é importante
observar suas reações, gestos, se o bebê ri e gosta da massagem. Procure
aquecer suas mãos antes de realizar a massagem, se puder aqueça o local
antes, ou o faça com o vapor do chuveiro. O aquecimento da temperatu-
ra deixará o bebê mais relaxado e menos exposto. Podem ser usados óle-
os de origem vegetal, como os de amêndoa, de girassol, de calêndula e de
uva, eles são os mais indicados para a pele de crianças pequenas. Vá em
frente e aproveite esse momento com o seu bebê.”
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para esta proposta, prepare os materiais da troca antes de iniciar a brin-


cadeira, deixe à disposição, sobre os colchonetes, a roupa e o calçado
de cada bebê, possibilitando que reconheçam o seu conjunto de roupas.
Para isso, é necessário que estejam dispostas de forma organizada e visí-
vel. Providencie um espelho grande, fixo na parede, para que as crianças
consigam visualizar seus próprios corpos. Nessa configuração, é impor-
tante que haja mais de um professor para a realização da atividade, de
modo que, enquanto um pequeno grupo faz a troca de roupa, os demais
estão em brincadeira. É necessário que a proposta aconteça em um mo-
mento em que de fato seja necessário trocar os bebês, um momento que
faça parte da rotina diária, como: depois do almoço, após brincarem na
área externa, antes de irem para casa.

Materiais:

Espelho, trocas de roupa, colchonetes.

Espaços:

Nesta atividade o professor deverá organizar um espaço na sala de refe-


rência com colchonetes e almofadas, delimitando um local tranquilo e
que facilite a visualização no espelho pelo bebê. Coloque os colchone-
tes lado a lado, de frente para o espelho e providencie almofadas para o
apoio da cabeçados bebês menores, se necessário.

Tempo sugerido:
Aproximadamente40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como os bebês participam do momento da troca?

2. Eles reconhecem as partes do corpo? De que forma as comunicam?

3. De que maneira os bebês antecipam as ações corporais no momento


de troca (ex. dobra os braços para colocar a blusa; busca a parte da roupa
que quer vestir)?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Organize o espaço para que todas as crianças tenham
asseguradas as condições de participar. Incentive a participação dos be-
bês nos momentos de troca. Garanta que um grupo esteja em atividade,
brincando, enquanto a troca de roupa se realiza individualmente ou em
pequenos grupos.

O que fazer durante?


1

Inicie a brincadeira convidando os bebês para participar do momento


de troca. Possibilite a eles que fiquem próximos ou em frente ao espelho.
Explique às crianças que vocês irão preparar o espaço juntos para o mo-
mento da troca de roupas. Convide-as para explorar livremente os mate-
riais disponíveis para o momento da troca, em pequenos grupos. Garan-
ta que os bebês menores tenham a oportunidade de participar também.
Adapte a organização, de forma que eles também se sintam acolhidos.
Observe como comunicam suas descobertas e interagem com os colegas
neste momento.

Possíveis falas do professor: Hoje nossa troca de roupasserá feita com


uma brincadeira de olhar no espelho. Vamos brincar e descobrir como
são as coisas que usamos para a troca?

Possíveis ações da criança: As crianças poderão manusear os artefatos


que fazem parte do momento da troca, as roupas, o sapato, as meias;
escolhendo a roupa (se tiver duas camisetas do bebê, por exemplo) que
deseja colocar. Mexendo nos botões, no zíper, no velcro, se tiver.

Após o momento de interação com os colegas no pequeno grupo e a des-


coberta dos materiais que serão utilizados na troca, convide os bebês a se
olharem no espelho. Possibilite a eles comunicarem por meio de gestos e
balbucios o que vêem no espelho. Chame individualmente um dos bebês
pelo seu próprio nome.Inicie tirando o sapato desse bebê e vá nomeando
as partes do corpo. Observe como ele interage com você e quais expres-
sões realiza. Apoie as ações dos pequenos, valorizando as manifestações
deles.

Possíveis falas do professor: Agora estamos todos em frente ao espelho,


o que vocês veem, quem está lá no espelho? Vamos tirar o sapato? O que
temos? quem sabe o nome desta parte do corpo?

Possíveis ações da criança: No momento em que se olhar no espelho, o


bebê pode sorrir, indicando que se reconhece e pode apontar para o co-
lega.

Depois de se olharem no espelho e irem, aos poucos, tirando as peças de


roupa, instigue a curiosidade e desafie os bebês a dizerem ou identifica-
rem as partes do corpo, enquanto estão olhando para o espelho. Nomeie-
-as com os bebês. Por exemplo: Aponte para a barriga e peça para o bebê
tocar na sua ou na de um colega. Nesse momento, as crianças poderão
em duplas ou em pequenos grupos explorar outras partes do corpo, sem
que o professor precise nomeá-las. Comece a brincadeira e possibilite
aos bebês que criem suas hipóteses e descobertas na interação com os
colegas. Observe como as crianças experimentam as possibilidades cor-
porais nas brincadeiras e interações. Apoie os bebês menores, narrando e
tocando você os pés, a barriga e os bracinhos deles.

Possíveis falas do professor: Vamos mostrar o pé para o espelho? E a


mão? Cadê a mão do colega? Continuem a brincadeira e mostrem no
espelho as partes do corpo.

Possíveis ações da criança: O bebê pode observar e explorar as partesdo


seu próprio corpo de diferentes perspectivas: olhando a si mesmo, ao
colega e olhando o reflexo noespelho.

Agora que vocês já exploraram as partes do corpo nomeando-as, comece


a brincadeira com os bebês ao vestir as suas roupas, incentive-os a iniciar
a troca. Ao colocar uma calça, uma bermuda ou uma camiseta, pergun-
te à criança qual parte do corpo está envolvida nesse instante. Faça do
momento da troca um instante de descoberta, no qual os bebês possam
conhecer o seu próprio corpo por meio do olhar e do toque. Na hora em
que a mão, o pé ou a cabeça “desaparecem” durante a troca será um óti-
mo momento de experimentação sensorial e de construção da percepção
corporal para os bebês. Explore-o junto com eles, brincando de colocar
uma blusa sua, por exemplo, de modo que eles possam imitar suas ações
e construir outros modos de se vestir.

Para finalizar:

Sinalize para as crianças que a atividade terminará em cinco minutos.


Convide os bebês a se olharem no espelho após o momento da troca, em
que já estão completamente vestidos e perceba a maneira como reagem
a isso. Observe se demonstram acolhimento e satisfação pelo cuidado de
si, se percebem a diferença da roupa que vestem agora daquela que ves-
tiam antes. Organize com o auxílio dos bebês os itens pessoais.

Desdobramentos
Você poderá realizar esta atividade novamente, envolvendo uma troca
de fralda com a ajuda do colega, um bebê ajudando a trocar o outro ou
se deixando ser ajudado pelo colega. Considere manter um canto/esta-
ção com roupas ana sala, para que os bebês possam escolher e brincar de
se vestir. Possibilite que possam explorar seus corpos durante as trocas,
ajudando a vestir as roupas, tendo um espelho por perto durante a ação.
As atividades de troca são propostas cotidianas.

Engajando as famílias
Para engajar as famílias nesta atividade, proponha uma troca divertida
em casa, para enriquecer as experiências sensoriais e táteis da criança, ao
passo em que ampliam os cuidados com o corpo e com o próprio bem-
-estar. Compartilhe a ideia do uso do espelho na troca e solicite fotos das
peças de roupa preferidas pelos pequenos na hora da troca. Organize um
mural com as fotos das roupas preferidas dos bebês na escola.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Esta atividade deverá ser antecedida por outra em que a criança tenha
sujado suas mãos, como uma proposta com tintas ou meleca (com fari-
nha, sagu, gelatina), por exemplo. A ideia principal é realizar uma ativi-
dade de cuidado pessoal. Para fins de exemplificação desse plano, será
utilizado o lavar as mãos após uma proposta com tintas, partindo assim
de uma experiência da escola. Você deverá preparar o espaço com sabo-
netes e toalhas para a secagem das mãos. Separe os materiais em caixas
para melhor organização.

Materiais:

Sabonetes, caixas e toalhas.

Espaços:

Organize a atividade no ambiente rotineiro de cuidado das crianças, o


banheiro ou o fraldário. Separe em diversas caixas os materiais para or-
ganizar o ambiente de higiene antes da proposta.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 20 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1.Os bebês demonstram curiosidade e interesse ao lavar as mãos? Expe-


rimentam diferentes possibilidades (colocam o sabonete antes da água,
fazem espuma, enxaguam e esfregam as mãos)?

2. Como os bebês se comunicam durante a proposta? Quais gestos, mo-


vimentos e expressões utilizam?

3. Como os bebês experimentam as possibilidades corporais na brinca-


deira? Como participam desse momento de cuidado com o próprio cor-
po?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Organize o espaço para que todas as crianças tenham
asseguradas as condições de participar. Auxilie quando necessário, ga-
rantindo que todos os bebês sejam atendidosconforme suas preferências,
ritmos e possibilidades.

O que fazer durante?

Após a realização da brincadeira com tinta, preparada por você para


anteceder o início do momento de cuidado, chame um pequeno grupo
de bebês até o local onde lavarão as mãos, enquanto os demais ainda
estarão envolvidos na proposta com outro professor. Explique a eles que
nesta atividade irão cuidar de sua própria higiene e do cuidado do seu
corpo lavando as mãos. Aproxime as caixas com os materiais de higiene
e mostre os sabonetes e as toalhas que as crianças irão utilizar.Disponha
de alguns sabonetes para esta atividade. Aos poucos, nomeie os objetos
com as crianças: a torneira, a pia, o sabonete, a água.

Possíveis falas do professor: Fizemos algumas brincadeiras com tintas e


as mãos estão sujas. Vamos lavar as mãos? Quem sabe o que precisamos
para que a mão fique limpa? (vá nomeando com elas a água, o sabonete,
a toalha).

Possíveis ações da criança: Algum bebê poderá nomear o sabonete, outro


esticará as mãos em sinal de querer lavar.

<inicio-num>

<fim-num>

Em pequenos grupos convide-os para abrir as torneiras e iniciar o mo-


mento da lavagem das mãos. Enquanto os bebês lavam as mãos, observe
como exploram os movimentos de abrir e fechar a torneira, de manuse-
ar o sabonete, como percebem as cores, os cheiros e texturas, a espuma,
a água fria ou morna, o perfume do sabonete. Possibilite que explorem
este momento descobrindo que o sabão faz espuma, a força necessária
que deverão empregar para abrir e fechar a torneira, o volume de água
que sai da torneira, a temperatura, a sensação de molhado. Potencialize
este momento e fortaleça as interações entre os bebês, envolvendo-os na
brincadeira, para que possam experimentar as possibilidades corporais
de cuidados de si.Mescle os momentos individuais e em dupla. Garanta
que os menores tenham a oportunidade de participar também. Adapte a
organização, de forma que eles também se sintam acolhidos, por exem-
plo, pegando-os no colo e auxiliando-os na brincadeira com a espuma.
Possíveis falas do professor: Vamos abrir a torneira ? Como está a água?
Fria, quente? Vamos colocar o sabão na mão e esfregar, o que acontece?
Possíveis ações da criança: Algumas crianças podem abrir a torneira e
deixar sair muita água, outras podem abrir e sair pouca água. Procure
colocá-las em pares mais e menos experientes com essa atividade, para
que um possam auxiliar um ao outro e para que haja desafio as crianças
mais autônomas e para as que ainda estão em desenvolvimento da auto-
nomia com relação a essa atividade.

<inicio-num>

<fim-num>

Após os momentos de exploração e de descoberta, convide os bebês


para o enxague das mãos, em duplas. Eles podem brincar de enxaguar a
mão uns dos outros até que saia todo o sabão. Utilize a música Lavar as
mãos, de Arnaldo Antunes, enquanto você propõe aos bebês o enxague
das mãos. Brinque com as crianças durante este momento, cantando a
música e lavando sua própria mão. Faça com os bebês o processo de or-
ganização do local, indique o momento do fechamento das torneiras e
de guardar o sabonete. Em uma caixa, disponha as toalhas para o seca-
mento das mãos. Convide os pequenos, em duplas, para secar as mãos
uns dos outros. Para isso, forme uma dupla com um dos bebês e inicie o
movimento para que eles possam imitar.

Possíveis falas do professor: Agora vamos enxaguar as mãos e tirar todo


o sabão, um ajudando o outro. Depois de enxaguar o que fazemos?
Possíveis ações da criança: Algumas das crianças podem esquecer-se de
fechar a torneira ou podem não ter familiaridade com a autonomia no
momento da higiene, sugira os passos ou convide um dos bebês para que
ele possa fechá-la.

Desdobramentos
Considere a realização de atividades de cuidados pessoais sempre em si-
tuações reais e cotidianas. Você poderá realizar esta proposta novamente
para anteceder uma atividade de alimentação ou após uma brincadeira
com massa de modelar ou com argila.

Engajando as famílias
A atividade de cuidados pessoais na escola precisa de alguma forma
envolver as famílias. Faça um mural com fotos delas, para que os res-
ponsáveis possam ver a maneira como a arrumação do ambiente para
o cuidado de si, na lavagem das mãos ou do banho, pode ser agradável
e colaborar com o bem-estar das crianças. Sugira que brinquem com a
espuma ou com sabonetes coloridosno momento da lavagem.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

A atividade consiste em banhar um boneco trazido, se possível, pela


criança à escola. Envie previamente um bilhete para as famílias infor-
mando sobre a proposta que será realizada ou converse com os familia-
res dias antes de fazer a brincadeira. Solicite que enviem, se tiverem,um
boneco, de preferência de material emborrachado ou de plástico,na data
combinada. Providencie sabonetes, esponjas, toalhas para secar os brin-
quedos, bacias, banheiras ou vasilhas grandes que possam comportá-los.
Promova a brincadeira em um dia quente, para que as crianças possam
se molhar e brincar com a água. Disponibilize bonecos da escola para
aqueles que porventura não os trouxerem.

Materiais:

Uma boneca ou um boneco, pedaços de tecidos variados, sabonetes,


brinquedos de banho, esponjas, toalhas pequenas, banheiras ou vasilhas
grandes que sirvam de banheira aos bonecos das crianças.

Espaços:

Organize a atividade em um espaço externo da escola, dispondo as ba-


nheiras dos bonecos. Organize caixas com toalhas e tecidos próximos a
elas.

Tempo sugerido:

Entre 40 e 50 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:

1. Como os bebês brincam ao banhar o boneco? Expressam suas sensa-


ções nos momentos brincadeira ?

2. Quais são os gestos, palavras e balbucios que expressam satisfação e


bem-estar neste momento?

3. Como observam os outros bebês durante a brincadeira?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que po-


dem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita
e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada
criança ou do grupo. Organize o espaço para que todas as crianças te-
nham asseguradas as condições de participar. Auxilie quando necessário,
garantindo que todos os bebês estejam em atividade, conforme suas pró-
prias preferências, seus ritmos e possibilidades .

O que fazer durante?


1

<fim-num>

Disponha as banheiras ou as bacias e convide os bebês, em duplas ou


trios, para se aproximarem com os bonecos para a brincadeira. Explique
a proposta de dar banho nos bonecos e incentive-os a explorar livremen-
te os materiais disponíveis (sabonetes, esponjas, brinquedos de banho) e
vá nomeando os elementos. Observe como as crianças comunicam suas
descobertas e interagem com os outros bebês no momento. Apoie os
bebês menores, aproximando-os dos materiais e possibilitando o contato
deles com os objetos dispostos. Possibilite a eles se comunicar por meio
de gestos e balbucios as descobertas feitas durante a exploração.

Possíveis falas do professor: Vamos brincar com o boneco que trouxe-


mos de casa? Vamos dar um banho nele? Vamos brincar e descobrir o
que usamos para isso?

<inicio-num>

<fim-num>

Após o momento de interação com os colegas e de explorar e nomear os


materiais que serão utilizados no banho, convide os bebês para iniciar a
brincadeira. Peça aos pequenos que segurem os bonecos e os levem até
a bacia para dar banho neles. Crie um ambiente de faz-de-conta e envol-
va as crianças em um enredo no qual cada uma delas irá cuidar de um
boneco. Faça pequenas falas, indicando que os brinquedos precisam de
um banho para ficarem limpos e cheirosos. Mescle as ações individuais e
coletivas. Apoie as iniciativas das crianças, de maneira que realizem aos
poucos o reconhecimento de cada parte do corpo do boneco. Incentive
as duplas ou trios a expressar qual parte estão lavando. Observe como os
bebês vivenciam a brincadeira de dar banho no boneco. Auxilie os me-
nores, aproximando-os da banheira e dê você banho no boneco, narran-
do as ações, entrando na brincadeira com eles.

Possíveis falas do professor: Qual parte do corpo do boneco vamos lavar


primeiro? Quem pode me dizer? Vamos lavar esta parte, como chama? E
agora lavamos o que?

<inicio-num>

<fim-num>

Após nomear as partes do corpo do boneco e de banhá-lo,convide os


bebês para enxugar e vestir o brinquedo. Incentive-os a pegar as toalhas
e os tecidos que estão na caixa. Possibilite que possam explorar os ma-
teriais e que descubram maneiras de manipulá-los, construindo à sua
maneira peças para envolver o boneco. Apoie as ações dos pequenos e
atente-se às descobertas feitas por eles. Observe como demonstram re-
conhecer e identificar as partes do corpo do boneco (por meio do olhar,
do toque e do diálogo com o professor). Explore este momento junto
com eles, brincando de enrolar um pedaço de tecido no boneco você
também, de modo que eles possam imitar suas ações, construindo e des-
cobrindo diferentes possibilidades para brincar. Coloque-se como um
parceiro e faça com um boneco os passos do banho você também, pegue
uma toalha na caixa e atente-se para como as crianças o observam.

Possíveis ações da criança: As crianças podem querer pegar os tecidos


para enrolar o boneco ou iniciar uma brincadeira com os tecidos.

Para finalizar:

Convide os bebês para olhar os bonecos após o momento do banho, em


que já estão completamente secos, e observe a maneira como reagem a
isso. Promova a interação entre eles para que possam olhar o boneco um
do outro. Diga aos bebês que a brincadeira acabará em alguns minutos
e que os materiais serão organizados. Conte qual será o próximo passo
na rotina, isso traz segurança às crianças e faz parte da partilha do pla-
nejamento. Convide-as para recolher as toalhas, os tecidos e os bonecos
e guardá-los nas caixas novamente. Repita a brincadeira com os grupos
seguintes, até que todas as crianças sejam contempladas. Se o próximo
passo for o horário da soneca, aproveite para convidar os bebês para co-
locar o boneco para dormir.

Desdobramentos
Você poderá realizar esta atividade novamente, envolvendo uma brin-
cadeira de lavar as mãos do boneco e colocá-lo para dormir após uma
massagem feita pelos bebês. Considere manter um canto com a bacia,
a esponja , o boneco, os tecidos e materiais diversos, para que os bebês
possam escolher e brincar de vestir o boneco inventando outras manei-
ras e possibilidades de brincadeira com os bonecos.

Engajando as famílias
É interessante que a atividade de cuidados pessoais na escola envolva
de alguma forma as famílias. Faça um convite aos familiares, para que
possam incluir o boneco também nos cuidados em casa: na lavagem das
mãos, na hora do banho ou no momento da alimentação, por exemplo.
Convide também os responsáveis para que enviem para você relatos ou
fotos desses momentos em casa, em que as crianças estejam colaboran-
do nas ações de cuidado pessoal. As famílias certamente se sentirão uma
parte importante desse processo de aprendizagem e assim perceberão
que a casa e a escola estão juntas nessa ação.
que fazer antes?

Contextos prévios:

A atividade consiste em oferecer uma proposta na qual os bebês possam


participar ativamente do cuidado de si. Coloque um espelho fixado na
parede da sala e disponha colchonetes ou tapetes para tornar o espaço
mais agradável e aconchegante para a troca. A brincadeira deve aconte-
cer em um dia quente porque os bebês irão realizar uma troca de roupa.
Prepare os materiais antes de iniciar a brincadeira e deixe a disposição
tudo o que irá precisar: camisetas, blusas e calçados. Providencie cabides
ou ganchos que devem estar fixados na parede para que as crianças orga-
nizem suas roupas ou caixas, identificadas com uma foto do bebê, onde
eles poderão guardar os pertences.Nesta configuração é importante que
haja mais de um professor para a realização da atividade para que todas
as crianças tenham apoio. Solicite antecipadamente aos familiares uma
fotografia recente do bebê ou o fotografe na escola e imprima a foto.

Materiais:

Espelho, trocas de roupa, colchonetes, almofadas ou tapetes, caixas para


a organização das roupas ou cabides.

Espaços:

Nesta atividade o professor deverá organizar um espaço na sala de refe-


rência com colchonetes, almofadas, trocas de roupas e tapete, delimitan-
do um local tranquilo e que facilite a visualização no espelho por todos
os bebês. Coloque os colchonetes lado a lado de frente para o espelho.
Providencie almofadas para o apoio da cabeça dos bebês menores ou
para os que necessitam de apoio, se necessário.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como os bebês experimentam as possibilidades corporais na brinca-


deira? Eles demonstram curiosidade ao realizar a troca de roupas e expe-
rimentando diferentes possibilidades?

2. De que modo manifestam seus desejos em serem cuidados? Quais são


os gestos, palavras e balbucios que expressam satisfação e bem-estar nes-
te momento?

3. De que maneira os bebês participam dos cuidados pessoais e promo-


ção do seu bem-estar?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Organize o espaço para que todas as crianças tenham asse-
guradas as condições de participar. Auxilie quando necessário, garantin-
do que todos os bebês estejam em atividade conforme suas preferências,
ritmos e possibilidades .

O que fazer durante?


1

<fim-num>

Organize as roupas em local próximo aos colchonetes de maneira que os


bebês tenham acesso. Organize-os em pequenos grupos(de 3 a 4 mem-
bros), convide-os a se aproximarem para a brincadeira com as roupas e
a explorarem livremente os materiais disponíveis (camisetas, bermudas,
saias, blusas, sapatos etc.). Diga como está o clima, se está frio ou calor
ou se precisamos colocar ou tirar os casacos. Peça ajuda para as crianças
para reconhecerem os pertences delas. Pergunte de quem é cada peça,
separando aquelas que reconhecerem os próprios pertences. Incentive
a interação entre os bebês, possibilitando que aqueles que têm maior
autonomia possam auxiliar os que estão se desenvolvendo. Observe se
reconhecem as próprias roupas, como comunicam as descobertas e inte-
ragem com os outros bebês neste momento.

Possíveis falas do professor: Vamos brincar com as roupas que trouxe-


mos de casa? Que tal cada um achar sua roupa? Vamos descobrir e sepa-
rar as de cada um?
Possíveis ações da criança:No momento em que estiver explorando e
procurando a própria roupa, o bebê pode sorrir, indicando que reconhe-
ceu alguma peça, apontar para o colega ou se inclinar para frente ou para
trás, indicando que sabe que aquela roupa não é dele. Outro bebê pode
demonstrar espanto ao não reconhecer as próprias roupas.

<inicio-num>

<fim-num>

Após o momento de interação com os colegas e de descoberta e explora-


ção, selecione com os bebês as roupas nas caixas ou cabides com as fotos.
Mostre para que eles identifiquem o local a ser separado com os próprios
pertences. Incentive-os a colocarem as roupas nas caixas ou cabides cor-
respondentes. Convide as crianças a organizarem as roupas que identifi-
caram como delas dentro das caixas a própria foto. Em pequenos grupos,
nomeie as peças de roupas com os bebês enquanto guardam na caixa ou
cabide. Inicie este momento auxiliando os bebês menores que não an-
dam ou não sentam entregando as roupas nas mãos deles, começando
a organização da caixa ou cabide e depois incentivando a fazerem sozi-
nhos e aos poucos esta ação. Mescle as ações individuais e coletivas.

Possíveis falas do professor: Que roupa vamos guardar primeiro? Quem


pode me dizer? Quem sabe o nome desta peça?
Possíveis ações da criança:Algum bebê poderá nomear a peça de roupa,
outro esticará as mãos em sinal de querer se vestir ou se inclinar para
que a professora o vista.

<inicio-num>

<fim-num>
Convide as crianças para o momento da troca de roupa de acordo com o
clima, para que a brincadeira faça sentido. Converse com os bebês sobre
a temperatura e a necessidade de se vestir ou de se trocar com uma rou-
pa mais agradável ao depender do dia. Incentive-os a pegarem as roupas
na caixa e possibilite que possam explorar os tecidos, descobrindo as
maneiras de vestir cada peça. Faça da troca um momento de descoberta,
no qual os bebês possam reconhecer e identificar as partes da roupa e
do próprio corpo através do olhar e do toque. Observe como eles expe-
rimentam as possibilidades corporais na brincadeira e como participam
desse momento de cuidado com o próprio corpo. Incentive diferentes
possibilidades ao realizar a troca de roupas.

Possíveis falas do professor:Vamos brincar e descobrir quais roupas usa-


remos para a troca hoje? Qual roupa devemos usar no calor?

Possíveis ações da criança:As crianças poderão manusear os artefatos


que fazem parte do momento da troca, como roupas, sapatos e meias.
Elas podem participar de um rico momento de exploração e descoberta,
escolhendo e manuseando a roupa que desejam colocar, mexendo nos
botões, no zíper e no velcro, se tiver.

<inicio-num>

<fim-num>

Após o momento da troca, convide os bebês a se olharem no espelho.


Proponha que comparem a roupa que estão vestindo, observando a ima-
gem refletida e admirando as dos colegas. Possibilite que os bebês comu-
niquem através de gestos e balbucios o que vêem no espelho. Aproveite
para realizar a documentação pedagógica e registrar as ações deles em
diante das descobertas em frente ao espelho.

Possíveis ações da criança: O bebê pode observar e explorar o próprio


reflexo no espelho através de diferentes perspectivas: olhando a si mes-
mo, ao colega ou admirando-se.

Para finalizar:

Diga aos bebês que a brincadeira acabará em alguns minutos e que os


materiais serão organizados. Conte qual será o próximo passo na rotina.
Isso acalma as crianças e faz parte da partilha do planejamento, possibili-
tando a participação mais efetiva dos bebês nas atividades. Convide-os a
recolher as roupas que não usaram na troca e a guardá-las novamente.

Desdobramentos
Sempre considere a realização de atividades de cuidados pessoais em
situações cotidianas. Realize esta atividade novamente para anteceder o
horário do banho. Aproveite para fazer com os bebês a organização das
roupas para o pós-banho. Considere manter um cabide ou uma caixa
com a foto de cada bebê e contendo as roupas dele. Dessa forma, ele po-
derá escolher de acordo com as próprias preferências, brincar de se vestir
e organizar os próprios objetos autonomamente.

Engajando as famílias
Faça um convite às famílias para que envolvam as crianças no momen-
to da troca de roupa em casa, enriquecendo as experiências sensoriais
e táteis e ampliando os cuidados com o corpo e bem-estar. Para isto,
compartilhe a ideia do cabide ou caixa contendo as roupas das crianças
e do uso do espelho, para que elas possam escolher as peças de roupas
que irão vestir. Na reunião de pais, traga as fotos de registro da atividade
para exemplificar a proposta desenvolvida e conversar sobre o desenvol-
vimento e autonomia de cada bebê, valorizando a participação deles.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Prepare a leitura do livro com antecedência. Leia-o antes de levá-lo para


as crianças, a fim de se familiarizar com a história, com o ritmo da nar-
rativa, com as vozes dos personagens etc. Fique atento à qualidade da
narrativa, das ilustrações e à adequação à faixa etária. Certifique-se de
que o livro não reforce estereótipos e preconceitos.

Materiais:

Selecione um livro que as crianças ainda não conhecem, com belas ilus-
trações que estejam diretamente relacionadas com a história. Use tapetes
e almofadas para organizar o espaço. Confeccione um cartaz permanen-
te de leitura do dia, que pode ser feito com EVA, cartolina, papel kraft,
papel cartão, entre outros. Fixe um saco plástico transparente no cartaz,
onde o professor colocará o livro lido no dia. (Esse material será utiliza-
do no item “Engajando as famílias”). Separe um caderninho e uma ca-
neta para fazer anotações das falas das crianças durante a leitura. Dispo-
nibilize alguns livros para que elas possam manusear durante a segunda
leitura.

Espaços:

Escolha um local agradável e silencioso para esta atividade. Você pode


escolher utilizar um espaço ao ar livre, sentar em uma área verde, debai-
xo de uma árvore. Também é possível organizar dentro da sala, prepa-
rando um espaço com tapete e almofadas.

Tempo sugerido:
Aproximadamente 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. O que as crianças identificam nas ilustrações? Como elas relacionam


as ilustrações com a narrativa?

2. Como as crianças se expressam (oralmente, apontando, com expres-


sões ou gestos)?

3. As crianças demonstram interesse e prazer ao ouvir a história? Como


elas reagem ao longo da leitura e como interagem com a história? Que
tipos de perguntas e comentários elas fazem?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Fique atento às crianças que ainda estão em processo de
desenvolvimento da linguagem verbal ou que ainda não se expressam
oralmente. Observe se elas apontam, se movimentam ou se expressam de
outras maneiras e verbalize o que elas estão querendo comunicar.

O que fazer durante?


1

Emgrande grupo, convide as crianças para sentar em roda. Esclareça


que hoje elas irão conhecer um livro novo, mas, antes de ler, vão juntas
olhá-lo e explorá-lo. Mostre o livro que será lido e explore com elas to-
dos os elementos presentes na capa (personagens, cenários, situações,
expressões, título, autor, ilustrador, editora). Faça perguntas que ajudem
as crianças a anteciparem as personagens e as situações que ocorrerão
durante a leitura. Fique atento, seja responsivo às falas e às percepções e
verbalize o que elas querem comunicar.

Possíveis falas do professor neste momento: o que vocês veem nessa


capa? O que esse personagem está fazendo? O que está sentindo?Qual
será o título da história? Aonde ele está escrito? Isso mesmo, tem um
cachorro na história. Você acha que ele está com medo? Verdade, ele está
dormindo.

Possíveis ações das crianças neste momento: algumas podem apontar


um personagem, outras podem usar gestos, expressões ou balbucios,
como fazer uma cara de susto ou usar palavras soltas. Algumas podem
fazer descobertas e comentários que não foram antecipados por você.

Depois de explorar a capa, parta para as ilustrações presentes no livro.


Folheie a obra com as crianças. Retome imagens que elas já viram na
capa e que estão presentes dentro do livro e ouça o que elas inferem a
partir das ilustrações. Deixe que descubram novos personagens, obser-
vem detalhes e questionem situações. Ouça, observe, responda os ques-
tionamentos e interaja com as crianças. Retome a atenção do grupo para
começar a leitura do livro.

Possíveis falas do professor neste momento, para iniciar a exploração do


interior do livro:será que tem outro personagem na história fora esses da
capa? Como podemos descobrir mais antes de ler o livro? Na observação
das ilustrações: Olha! Lembram que vimos esse gato na capa? Quem será
esse aqui? Você acha que ele está triste? Por quê? Ele se escondeu? Por
que você acha isso? É mesmo? Você também tem medo de cachorro? O
que será que está acontecendo nesta parte?.
Possíveis ações das crianças neste momento: algumas podem chegar
mais perto do livro para ver algum detalhe, apontar ou virar a página
para encontrar outro elemento que queiram destacar, lembrar ou compa-
rar. Outras podem querer imitar personagens ou ações da história.

Avise que agora vocês lerão a história para checar ashipóteses que levan-
taram. Antes de começar a ler, inicie o momento com algo que você já
faz no seu dia a dia. Pode ser um verso, alguma atitude ou música que se
torne “a chave” para abrir a atividade de leitura com as crianças. Suges-
tão de música: “e agora, minha gente, uma história vou contar. Uma his-
tória bem bonita, muita gente vai gostar.” (Ritmo, de “Peixe Vivo”).Leia e
aponte, enquanto lê, o título, o nome do autor, do ilustrador e da editora.
Retome o que as crianças podem ter indicado na exploração da capa
sobre a localização do título e sobre outras informações escritas. Aponte,
por exemplo, o fato de terem percebido onde estava o título e o nome do
autor.

Lembre-se que este é um momento de leitura, portanto, use o livro sem


fazer nenhuma adequação no vocabulário ou na narrativa. Enquanto
lê, as crianças devem conseguir ver o livro também. Elas podem fazer
comentários, constatações, perguntas ou reagir a determinada situação.
Possibilite que elas se expressem. Responda às perguntas, valorize os co-
mentários delas, mas não demore ou desvie muito do ato de ler e volte à
leitura rapidamente, para não perder o ritmo e o encadeamento da histó-
ria. Avise que, depois de ler, poderão conversar novamente sobre o livro,
as ilustrações, as personagens etc.Anote, em um caderninho, os comen-
tários que podem surgir durante a leitura para não desviar seu foco. Faça
uma breve acolhida, diga que vai anotar aquele assunto para conversar
depois sobre ele e cumpra esse acordo. Permita que este seja um momen-
to de interação, prazer, descoberta e afetividade.

Possíveis falas do professor neste momento: é o gatinho da capa mesmo!


Vamos ver o que mais acontece com ele? Você tem um passarinho tam-
bém? Que legal! Vou anotar aqui e, quando a gente terminar a leitura,
vou querer saber mais sobre ele.”

Após a leitura da história, retome a narrativa com as crianças, compa-


rando-a com as hipóteses levantadas por elas anteriormente. Envolva as
crianças na conversa, estimulando que te ajudem a lembrar determinada
cena, que imitem o som, a fala, a expressão ou o movimento de algum
personagem. Atente-se novamente para as diferentes formas de expres-
são das crianças.

Possíveis falas do professor neste momento: Vamos lembrar das ideias


que tivemos antes de ler? A gente adivinhou o que ia acontecer na histó-
ria? Esse personagem apareceu mesmo? O que aconteceu com ele? Olha,
ele estava mesmo procurando o macaco, né? A gente achou que ele esta-
va fugindo, mas na verdade estava só correndo atrás do passarinho.

Se as crianças pedirem, leia a história novamente. Nesta faixa etária é


muito comum elas quererem ouvir a mesma história várias vezes. Essa
prática permite que se aproximem mais da narrativa, descubram novos
elementos que não haviam identificado numa primeira leitura e come-
cem a perceber que o texto escrito nunca muda. Nessa segunda leitura,
possibilite que elas participem, relembrando e antecipando fatos. Apro-
veite para retomar os comentários que você anotou durante a primeira
leitura.Para as crianças que não estiverem maisenvolvidas, disponibilize
livros para que folheiem enquanto escutam a história.

Para finalizar:
Diga para as crianças que o livro vai ficar disponível na sala, para que
elas possam ler em outros momentos. Crie um “ritual” de encerramen-
to para as atividades de leitura de histórias. Você pode recitar um verso
ou cantar uma música, como por exemplo: “E agora, minha gente, que
a história terminou? Batam palmas, batam palmas, batam palmas quem
gostou” (Ritmo, de “Peixe Vivo”).

Deixe que as crianças manuseiem os livros por mais tempo, incluindo o


que você leu. Avise quando faltar cinco minutos para terminar esse mo-
mento. Em seguida, peça que elas ajudem a guardar os livros. Se forem
voltar para sala, sugira que elas façam esse caminho imitando um perso-
nagem do livro ou recontando (com gestos e movimentos) uma cena da
história.

Desdobramentos
Caso queira repetir a atividade de exploração das ilustrações, escolha um
livro, que você tenha alguns exemplares iguais, de uma história que as
crianças já conheçam. Em pequenos grupos, deixe que elas folheiem a
obra e incentive que relembrem e recontem a história a partir das ilustra-
ções. Outra sugestão é pedir que encontrem a página onde está determi-
nada situação da narrativa.

Engajando as famílias
Faça um cartaz de leitura do dia permanente para deixar em local no
qual as famílias tenham fácil acesso. Use materiais como EVA, cartolina,
papel kraft, papel cartão, entre outros, e escreva “Leitura do dia”. Fixe um
saco plástico transparente e coloque nele, no fim do dia, o último livro
lido com as crianças. Esse cartaz pode ser interativo, com uma pergunta
que relacione as ilustrações da capa com a história, por exemplo: para
onde será que essa lesma está indo toda arrumada? Qual será a comida
favorita desse sapo? Convide as famílias a folhear o livro. Dessa forma,
elas poderão acompanhar as histórias que as crianças estão ouvindo e
conversar com elas sobre as obras.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

É importante que alguns dos livros apresentados às crianças sejam de


histórias que elas já conhecem, por já terem sido contadas ou lidas pelo
professor.Fique atento à qualidade das narrativas, das ilustrações e à ade-
quação dos livros à faixa etária. Certifique-se que não reforçam estereó-
tipos e preconceitos. (Sugestão de leitura: “Como escolher boa literatura
para crianças?” da Revista Emília).

Materiais:

Separe diversos livros numa quantidade maior do que a de crianças. É


interessante que haja histórias que elas conhecem e outras que não. Ga-
ranta que esses livros sejam adequados à faixa etária e a todas as crian-
ças, com ilustrações que chamem a atenção, fáceis de folhear. Alguns
podem ser táteis. Você pode disponibilizar os livros em algumas mesas
(adequadas ao tamanho das crianças), em caixas ou cestos. Para o espa-
ço, use materiais como almofadas, tapetes, cadeiras, colchonetes e teci-
dos. Providencie um aparelho de som ou seu celular para colocar músi-
ca, um caderno, uma caneta para anotações, alguns jogos e brinquedos.
Separe papel para cartaz, canetinha e uma máquina fotográfica ou celu-
lar para tirarfotos da atividade - para o item Engajando as famílias.

Espaços:

Crie um ambiente aconchegante na sala. Disponibilize almofadas, col-


chonetes e tapetes, delimitando alguns espaços. Coloque também cadei-
ras e mesas (adequadas ao tamanho das crianças) em um outro espaço.
Em um dos cantos da sala, monte uma cabana com tecidos, se for uma
prática conhecida das crianças. Distribua os livros por esses espaços,
oportunizando que as crianças se organizem em pequenos grupos ao
escolher os locais em que querem ficar e os livros que querem ler.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. De que forma as crianças manuseiam os livros (posição do livro, fo-


lheiam as páginas, observam as ilustrações, tentam ler o texto)? Elas de-
monstram interesse em manuseá-los?

2. Como as crianças contam/recontam suas histórias? Lembram-se de


algumas partes ou personagens?

3. Como são as conversas das crianças sobre as histórias? Quais suas


estratégias para responder questões sobre a narrativa? Que tipos de co-
mentários ou indicações sobre a história elas fazem?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Fique atento às crianças que precisam de alguma ajuda
para se locomover ou se comunicar, verbalize o que elas expressam por
meio de gestos, de sons, de expressões ou apontando algo. Se alguma
criança tiver dificuldade para segurar ou virar as páginas do livro, ajude-
-a durante a atividade. Procure incentivar todas a participar, mas respeite
se alguma preferir só observar.

O que fazer durante?


1

Reúna as crianças e conte que hoje irão ler os livros que você trouxe.
Caminhepelo espaço com elas, mostre os diferentes cantos organizados
na sala e as caixas ou cestos com livros. Explique que há obras que elas
já conhecem e outras que vocês ainda não leram juntos, mas que pode-
rão ler depois. Pegue alguns exemplos desses livros, mostre a capa, leia
o título, pergunte quem lembra daquela história, quem gostaria de ler o
livro. Fique atento aos comentários e às perguntas das crianças, verbali-
ze o que elas comunicam por meio de gestos, expressões ou apontando
algo.

Deixe as crianças à vontade para explorar, escolher os livros, onde que-


rem ler (mesa, chão, almofada, colchonete, cabana) e como querem ler
(individualmente, em pequenos grupos, com um adulto). Ajude as que
tiverem dificuldade para pegar o livro ou para se locomover pelo espaço.
Coloque uma música baixa e tranquila de fundo para deixar o ambiente
ainda mais agradável.

Possíveis ações das crianças neste momento: Folhear rapidamente um


livro e trocar por outro. Pegar vários livros ao mesmo tempo. Mostrar
para outra criança o que ela está vendo. Pedir que o professor leia o li-
vro para ela. Reler/ler uma história para ela mesma, para outra criança
ou para o professor. Olhar por um tempo o que as outras estão fazendo,
para depois pegar um livro.
Possíveis falas do professor neste momento: Se tiver uma criança que
não pegou nenhum livro, convide-a a ver um com você, dizendo: Você se
lembra daquela história que você gosta, dos Três Porquinhos? Será que a
gente encontra esse livro? Você já viu essa história? Acho que vai gostar.
Ou convide-a a ouvir a história que outro amigo está contando.

Fique atento à interação das crianças com os livros. Observe se elas os


seguram na posição certa, se conseguem folheá-los, se recontam uma
história que memorizaram, se criam histórias com as ilustrações. Apro-
veite para escrever suas observações ao longo de toda a atividade e regis-
trá-las por meio de fotos.

Possíveis ações das crianças neste momento: Algumas crianças podem


pegar os livros e usá-los como brinquedo, para empilhar, por exemplo.
Deixe que os explorem, depois pegue uma obra para folhear próximo a
elas e convide-as para ver o livro com você. Se ainda não quiserem, res-
peite o tempo delas.

Interaja com as crianças, convide-as para contar uma parte da história


usando as ilustrações como base e ajude-as a lembrar de certos aconte-
cimentos. Peça que apontem os personagens, as situações e outros pon-
tos da história que possam identificar no livro e/ou recordar de quando
vocês o leram. Fique atento às diversas formas de expressão da criança:
pela fala, pelos gestos, pelas expressões, pelas atitudes, apontando etc.
Converse sobre suas preferências, peça que mostrem seu livro favorito
ou um que gostem muito, diga que percebeu que elas gostam bastante de
certo livro, porque o escolheram de novo. Registre por escrito essas pre-
ferências.
Possíveis falas e ações do professor e das crianças neste momento: Você
gosta bastante desse livro, né? Como é que ele começa? O que esse lobo
aprontou? (Criança abre a boca.) Ele comeu a vovó? Você achou aque-
la história que nós lemos? O que acontece com a joaninha? (Criança
diz caiu) Isso mesmo, ela desmaiou. Eu não lembrava desse livro. O que
acontece com o menino? Esse livro a gente ainda não leu. Do que será
que ele fala? Por que você gosta desse livro? (Criança aponta para um
leão.) Você gosta de histórias com leões? Será que tem outro livro com
leões para você ver?

Observe como as crianças interagem umas com as outras, se preferem ler


o livro sozinhas ou em pequenos grupos, se preferem contar a história
para os amigos ou ouvir quando alguém conta. Observe como conver-
sam entre elas sobre o livro e sobre suas preferências. Folheie uma obra
também e esteja disponível para lê-la para as que pedirem, para observar
o que te mostram, escutar as que quiserem contar a história, fazer co-
mentários, verbalizar o que elas apontam no livro.

Se houver conflitos por um livro ou por um espaço e houver necessidade


de uma intervenção, converse com a criança e ajude-a a encontrar uma
solução: ler junto, trocar de livro, encontrar outro livro com a mesma
história ou aguardar enquanto a outra criança termina a leitura. Apro-
veite para anotar quais são os livros mais disputados, essa informação te
ajudará a identificar as preferências do grupo e a preparar a atividade no-
vamente, caso queira repeti-la. Se as crianças demonstrarem um grande
interesse por algum espaço, construa mais de um igual a ele quando for
repetir a atividade.

Algumas crianças podem rasgar ou amassar os livros, pois ainda estão


aprendendo a manuseá-los. Se tiver sido sem querer, não é necessário
repreendê-las, ajude-as a terminar de ver o livro e depois deixe-o separa-
do para que possa ser consertado. Se rasgarem propositalmente, conver-
se sobre a importância de cuidar dos livros, para que possam ler e reler
a história. Mostre alternativas para o uso mais adequado do livro, tanto
com exemplos dados por você como com outros que ela pode observar
no comportamento das outras crianças.

Para finalizar:

Em um canto da sala, disponibilize brinquedos e jogos como uma opção


de atividade para as crianças que terminarem de manusear os livros an-
tes das outras.Quando notar que o interesse da maioria está diminuindo,
avise que a atividade acabará em dez minutos. Avise-as novamente quan-
do faltarem cinco minutos. Ao fim desse tempo, convide-as para guardar
os livros e arrumar os espaços. Neste momento, cante uma música que já
usa nos momentos de arrumação ou coloque “Arrumar a Bagunceira”, da
Palavra Cantada, disponível aqui. Sugira que os pequenos organizem os
livros e o local enquanto dançam ao ritmo da música. Se tiver montado a
cabana, ela pode servir como espaço permanente de leitura, de aconche-
go ou de privacidade para as crianças.

Desdobramentos
Caso queira explorar ainda maisesta atividade, ela pode ser realizada
com frequência, assim as crianças podem se apropriar cada vez mais des-
se comportamento leitor, além de exercitar a autonomia na escolha dos
livros e ter a oportunidade de expressar preferências. Peça que, depois do
manuseio, as crianças escolham um livro para você ler. Elas podem suge-
rir as obras dizendo o nome delas, apontando-as ou levando-as até você.
Faça um sorteio ou uma votação para escolher um livro dentre as suges-
tões dadas.

Engajando as famílias
Faça um painel com fotos desse momento e uma lista com alguns dos
livros favoritos da turma. Peça que os pais complementem-na com ou-
tras histórias favoritas das crianças. Se tiverem o livro em casa, peça que
emprestem para que você o leia para a turma. Durante uma semana, no
momento de chegada e saída das crianças, prepare um espaço para o
manuseio de livros (pode ser no hall de entrada, na biblioteca, em um
canto da sala etc) e convide as famílias (avise-as com antecedência) para
compartilhar esse espaço e ler histórias com as crianças. Deixe diversos
livros disponíveis e espaços onde os adultos e as crianças possam se sen-
tar juntos para lê-los.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para realizar a atividade, é importante que você tenha observado e ano-


tado as preferências das crianças por determinados livros. Por exemplo,
quando uma criança pede para você reler uma história ou quando elas
indicam um livro como muito querido no momento do manuseio etc.
As opções de escolha serão dadas a partir das preferências. Fique aten-
to à qualidade da literatura oferecida às crianças e certifique-se de que
os livros não reforçam estereótipos e preconceitos. (Sugestão de leitura:
“Como escolher boa literatura para crianças?” da Revista Emília).

Materiais:

Três livros que as crianças já conheçam, de preferência sugeridos por


elas. Dependendo da solução sugerida, você pode precisar de papel e
caneta. Use tapetes, almofadas e colchonetes para organizar o espaço.
Separe um caderninho e uma caneta para fazer anotações das falas. Dis-
ponibilize alguns livros para que as crianças possam manusear.

Espaços:

Prepare um ambiente aconchegante com tapetes, almofadas e colchone-


tes. As crianças podem se deitar enquanto o professor lê, para vivencia-
rem uma maneira diferente de ouvir histórias.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:

1. Como as crianças expressam opiniões, ideias e sugestões (oralmente,


apontando, com expressões ou gestos)? Quais estratégias elas usam para
resolver o problema?

2. Elas se lembram das histórias lidas anteriormente? O que elas expres-


sam, comentam e perguntam sobre os personagens, cenários e situações
da narrativa?

3. Elas demonstram interesse durante a leitura? Como elas reagem ao


longo da leitura e como interagem com a história?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que po-


dem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita
e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada
criança ou do grupo. Fique atento às crianças que ainda estão em proces-
so de desenvolvimento da linguagem verbal ou ainda não se expressam
oralmente. Observe se elas apontam, se movimentam ou se expressam de
outras maneiras e verbalize o que elas querem comunicar.

O que fazer durante?


1

Convide as crianças para se sentarem em roda e diga que você trouxe


três livros que elas já conhecem e que algumas delas tinham pedido para
você reler. Mostre cada um deles. Pergunte se lembram do título, dos
personagens e da história. Leia os títulos.Deixe que elas façam comentá-
rios ou questionamentos que não foram iniciados por você. Fique atento
às falas delas e às diferentes formas de se expressar, por meio de gestos
ou apontando. Verbalize o que elas querem comunicar.

Possíveis falas e ações do professor e das crianças neste momento: Vocês


se lembram deste livro? O que acontece com o João? Quem ele encontra
quando sobe no pé de feijão? Algumas crianças podem apontar. Você
lembra do urso? Ele era muito levado, né?

Algumas podem imitar o personagem ou usar palavras simples. Por


exemplo, uma criança imita o ratinho comendo ou diz “moango”. Outras
podem relembrar a história por meio da fala de um personagem, como
em: É pra te comer.

Diga às crianças que neste dia você só poderá ler um desses livros e peça
que te ajudem a achar uma forma de solucionar esse problema. Explique
que elas terão que conversar para decidir juntas uma solução que agrade
a todos.

Possíveis falas do professor neste momento: Eu gosto muito desses três


livros e sei que vocês também, mas hoje só temos tempo para ler um
deles. Os outros posso ler outro dia, se vocês quiserem. Mas hoje, só um!
Como podemos decidir qual livro vamos ler? Vocês têm alguma ideia?

Possíveis ações das crianças neste momento: Algumas podem apontar o


livro que querem ler ou mesmo levantar para pegá-lo. Algumas crianças
podem dizer o nome do livro ou se referir a ele por algum personagem
(“Lobo!”).
3

Fique atento às sugestões das crianças. Seja o mediador enquanto elas se


expressam e encontram alternativas. Problematize e questione como re-
solverão o problema. Observe e ouça atentamente. Estimule-as a encon-
trar um jeito efetivo e possível de resolver o problema e, quando isso es-
tiver definido, siga o que foi decidido. Se sugerirem, por exemplo, que os
outros livros devem ser lidos nos próximos dias, cumpra o combinado.
Isso mostrará que elas são parte importante nas decisões da turma. Fique
atento às crianças que estão se comunicando com gestos, expressões ou
apontando para os livros e as inclua na interação por meio de perguntas,
comentários e verbalizando o que elas querem comunicar. Algumas po-
dem ter mais facilidade de expressar a própria opinião e de conduzir a
situação. Outras podem ficar mais quietas, observando como as outras se
expressam. Inclua todas na decisão. Pergunte se concordam com deter-
minada opinião e peça que apontem qual livro gostariam de ler.

Possíveis falas do professor neste momento: Você quer este? Mas e os


amigos? Vamos escolher um livro que seja legal para todo mundo?
Como podemos fazer isso?

Procure ouvir, observar e incorporar as ideias das próprias crianças. Par-


ticipe da interação oferecendo possibilidades, dando orientações e suge-
rindo maneiras de escolher o livro. São várias as possibilidades de livre
escolhaque as crianças podem sugerir: sorteio, votação, decisão por de-
terminado critério da história etc. Se não surgirem possíveis resoluções
vindas do grupo, sugira um processo que elas possam participar. Por
exemplo, peça que cada criança vote no livro favorito para ver qual a de-
cisão da maioria. Isso pode ser feito por meio de uma brincadeira. Fique
atento para que todas se sintam ouvidas e incluídas na decisão final.

Possíveis falas do professor neste momento: Será que todo mundo quer
ler o mesmo livro? Qual livro mais crianças querem ler? Vou colocar um
livro em cada lugar e quando eu falar ‘já’, cada um corre para onde está
seu livro preferido. Qual livro será que tem mais crianças interessadas?
Será que é este mesmo? Vamos contar?

Possíveis ações das crianças neste momento: Se alguma criança não for
até o livro, pergunte se ela quer que você ajude a chegar até um deles ou
se prefere só apontar. Se ela não quiser votar, não tem problema.

Quando estiver decidido, diga às crianças que agora fará a leitura do


livro escolhido. Para que elas possam apreciar a leitura de um jeito dife-
rente,convide-as a se deitarem nos colchonetes enquanto você lê.

Antes de começar, inicie o momento com algo que você já faz no seu dia
a dia. Pode ser um verso, alguma atitude ou uma música que se torne
“a chave” para abrir a atividade de leitura com as crianças. (Sugestão de
música disponível aqui, dos 0:20 aos 0:45)

Lembre-se de que este é um momento de leitura, portanto, use o livro


sem fazer nenhuma adequação ao vocabulário ou à narrativa. As crian-
ças podem fazer comentários, constatações, perguntas ou reagir a deter-
minada situação. Possibilite que elas se expressem de diversas maneiras.
Responda às perguntas e valorize suas manifestações, mas não se demore
ou desvie muito do ato de ler. Volte à leitura rapidamente para não per-
der o ritmo e o encadeamento da história. Avise que, depois de ler, pode-
rão conversar novamente sobre o livro, as ilustrações, as personagens etc.
Anote, em um caderninho, os comentários que podem surgir durante a
leitura e desviar um pouco seu foco. Faça uma breve acolhida, diga que
vai anotar aquele assunto para conversar depois sobre ele e cumpra esse
acordo. Permita que este seja um momento de interação, prazer, desco-
berta e afetividade.

Possíveis falas do professor neste momento: Você se lembra do lobo? Va-


mos ver o que aconteceu depois disso. Você já foi à praia? Que legal! Vou
anotar aqui e quando a gente terminar, vou querer que você me conte
mais sobre isso.

Ao terminar a leitura, converse com as crianças sobre a narrativa. Per-


gunte qual parte mais gostaram, se o personagem poderia ter feito algo
diferente e por que certa situação aconteceu. Permita que se sintam se-
guras e confortáveis para falar, se expressar (por meio de gestos, apon-
tando, imitando), questionar ou contar algo. Retome os comentários que
você anotou durante a leitura, responda às perguntas, verbalize o que
elas estão expressando de outras maneiras e junte-se à conversa, contan-
do suas próprias opiniões enquanto leitor.

Possíveis falas e ações do professor e das crianças neste momento: Que


sapo comilão! Por que ele fingiu ter a boca pequena? Eu gosto dessa his-
tória. Adoro quando o bolinho canta. Vocês gostam dessa parte? (Crian-
ça imita uma mordida) Você gosta quando o lobo come o bolinho?

Algumas crianças podem ficar mais distantes da conversa. Procure es-


timulá-las com algumas perguntas, como, por exemplo: Você gostou da
história? Você já viu um sapo igual a esse? Se demonstrarem interesse
em responder, incentive-as a participar mas respeite seu ritmo. Elas tam-
bém podem responder apontando ou imitando um personagem.

Observe o interesse das crianças pela história. Se elas quiserem, leia o


livro novamente pedindo que te ajudem. Elas podem dizer o nome dos
personagens, algumas de suas falas, antecipar uma situação etc. Nessa
faixa etária, é muito comum as crianças quererem ouvir a mesma histó-
ria várias vezes. Essa prática permite que elas se aproximem mais da nar-
rativa, identifiquem novo elementos e comecem a perceber que o texto
escrito nunca muda. Se perceber o interesse delas em recontar a história
sozinhas, troque de papel e seja o ouvinte junto às outras crianças. Para
aquelas que não estiverem mais envolvidas, disponibilize livros para que
folheiem.

Para finalizar:

Avise as crianças quando faltar cinco minutos para a atividade ser en-
cerrada. Depois desse tempo, reúna todas e diga que o livro vai ficar dis-
ponível na sala, para que elas possam ler em outros momentos. Se ficou
combinado que a leitura dos outros livros será feita nos próximos dias,
retome esse combinado com elas. Crie um ritual de encerramento dos
momentos de leitura. Você pode, por exemplo, cantar uma música ou
recitar um verso como: “essa história entrou por uma porta e saiu pela
outra, quem quiser, que conte outra”

Desdobramentos
Se quiser estimular mais as crianças, para que se expressem e decidam
como resolver algumas questões, use esta atividade de escolha para dife-
rentes momentos (brincadeiras, receitas, materiais etc). Quando possível,
dê opções usando as sugestões das próprias crianças e medie a discussão
de como o grupo tomará uma decisão que agrade a todos. Além de esco-
lher entre opções, essas rodas de decisão também podem ser usadas para
resoluções de problemas. Por exemplo, como informar à família sobre
uma atividade? Como organizar o espaço de leitura? O que fazer com as
produções deles?

Engajando as famílias
Informe às famílias sobre a atividade realizada e diga qual livro o grupo
escolheu ler. Peça que elas mandem os títulos de outras histórias que as
crianças gostam de ler ou ouvir em casa e que enviem o livro, se tiverem,
para que você leia com o grupo. Você também pode convidá-las para
ler o livro para as crianças. Para isso, faça um levantamento com os fa-
miliares que gostariam de ler para os pequenos. Monte um cronograma
em que uma ou duas vezes por semana venha uma pessoa diferente para
ler história. Essa leitura pode ser feita em um espaço especial, como um
canto da sala ou da biblioteca com tapetes e almofadas, ou em uma área
externa.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Prepare a leitura do livro com antecedência e leia-o antes de levá-lo


para as crianças, a fim de se familiarizar com a história, com o ritmo da
narrativa, com as vozes dos personagens etc. Fique atento à qualidade
da narrativa e das ilustrações e à adequação à faixa etária. Certifique-se
que o livro não reforça estereótipos e preconceitos. (Sugestão de leitura:
“Como escolher boa literatura para crianças?” da Revista Emília).

Materiais:

Escolha um livro com um personagem que não existe na vida real(por


exemplo: monstro, fada, bruxa, fantasma etc.) e com boas descrições so-
bre ele (sugestão: “O Grúfalo” de Julia Donaldson). Providencie tecidos
para fazer uma cabana. Separe um caderninho e uma caneta para fazer
anotações das indicações, ações e falas das crianças. Separe materiais que
elas possam usar durante um momento de livre escolha, como massinha,
jogos de encaixe, livros para manuseio, papel A3 e giz de cera. Separe pa-
péis (cartolina, cartão, folha A3 ou kraft) e canetões para fazer um cartaz
que será usado no “Engajando as famílias”.

Espaços:

Em um canto da sala, prepare uma cabana com tecidos onde você en-
trará com as crianças para ler a história. Se tiver dificuldade em fazer a
cabana, você pode preparar um outro espaço, como uma sala menor ou
um canto da sala, separado com uma cortina. Em outros cantos, ou em
um outro ambiente (outra sala ou área externa, se tiver a ajuda de outro
profissional para acompanhar as crianças)deixe algumas atividades que
as crianças possam realizar com autonomia (jogos de encaixe, massinha,
livros para manuseio, material para desenho etc.).

Tempo sugerido:

Aproximadamente 1 hora.

Perguntas para guiar suas observações:

1. As crianças demonstram interesse pela leitura? Como elas participam


e que tipo de indicações ou comentários fazem sobre os personagens e as
situações ocorridas?

2. Como elas imaginam e descrevem o personagem imaginário (imitam,


descrevem sua aparência, inventam características)? Quais informações
novas elas criam sobre ele?

3. Como elas se expressam durante a atividade (por meio da imitação,


expressão, apontando, com gestos, palavras etc)? Como elas se comuni-
cam e interagem com o professor e com os colegas?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Observe e auxilie as crianças que tiverem alguma dificul-
dade para se locomover ou se comunicar. Verbalize o que elas expressam
de diferentes formas, apontando, com gestos ou expressões. Incentive
que todas participem das interações e brincadeiras, mas respeite as que
não preferirem.

O que fazer durante?


1

Reúna as crianças em um grande grupo e diga que elas formarão dois


pequenos grupos. Um irá ouvir uma história e o outro realizará outras
atividades de livre escolhae depois os grupos trocarão de lugar. Apre-
sente as atividades, que podem ser: massinha, manuseio de livros, jogos
de encaixe e pintura com giz de cera. Para fazer a divisão dos grupos de
forma lúdica, peça que as crianças sugiram dois personagens de histórias
(por exemplo: lobo e bruxa ou príncipe e fada) e que os imitem. Depois,
use uma parlenda de escolha (por exemplo, “uni duni tê”) para definir
para o grupo qual personagem cada uma vai trabalhar. Faça um sorteio
de quem vai com você para a cabana. Peça que cada grupo imite seu per-
sonagem e observe se alguma criança se mostra ansiosa para acompa-
nhar o primeiro grupo que lerá. Não é necessário que os grupos fiquem
exatamente com a mesma quantidade de personagens.Se tiver mais de
um professor ou um auxiliar de sala, peça que acompanhe o grupo que
fará a atividade de livre escolha para o outro ambiente que você prepa-
rou.Não havendo essa possibilidade, sente-se dentro da cabana em um
local onde você também consiga observar o outro grupo.

Diga para o grupo da história que hoje vocês entrarão em um mundo de


imaginação, onde tudo pode acontecer. Convide as crianças a entrarem
na cabana de tecidos que você preparou. Ajude as que tiverem dificul-
dade de se locomover. Dê um tempo para que explorem o espaço e fique
atento às impressões que podem ser expressas com movimentos, gestos,
apontando, com palavras etc. Verbalize o que as crianças querem comu-
nicar, observe suas interações eouça o que dizem na conversa com você e
com os colegas.Algumas crianças podem ter medo de entrar na cabana,
procure tranquilizá-las e mostrar como é lá dentro antes de entrarem. Se
ainda assim elas não quiserem entrar, sugira que fiquem fora, próximas
à entrada, e sente-se perto delas de forma que as crianças de dentro e de
fora da cabana possam ver você e o livro.

Convide as crianças a sentarem e apresente o personagem que não exis-


te na vida real presente no livro que você vai ler. Diga que escolheu essa
história porque encontrou um personagem diferente. Mostre a imagem
do personagem no livro.

Explore com as crianças o personagem e o fato dele ser criado na imagi-


nação de alguém. Incentive-as a imaginarem como ele é, como vive e o
que faz. Fique atento às suas diferentes formas de expressão e verbalize
o que elas querem comunicar. Possibilite que as crianças criem e se ex-
pressem. Observe seus gestos e expressões, suas criações e a forma como
vão se apropriando do personagem, tanto ao apontar e imitar algumas de
suas características, quanto ao imaginar aspectos que não estão presen-
tes na ilustração. Registre por escrito as percepções, os gestos, atitudes e
falas das crianças.

Possíveis ações e falas do professor e das crianças neste momento: Vocês


já viram um monstro desses andando por aí? Ele existe na vida real? É
mesmo? Então como ele existe no livro? O que será que ele faz? Onde
será que ele mora?

A criança pode se comunicar com gestos, como esticar os braços para


cima:

Você acha que ele é grandão? Eu também.

Elas podem apontar partes da ilustração ou do corpo: Você acha seus


dentes fortes? O que será que ele come?”.

Uma criança pode falar, por exemplo, “foesta” (Prof: “Ele mora na flores-
ta? Quem será que mora com ele?”).

Observe se algumas crianças imitam o personagem. Sugira que as outras


observem e também imitem, se quiserem. Você pode indicar que mos-
trem qual o tamanho do personagem, como são seus dentes, como ele
anda, o que gosta de fazer e como é a careta que ele faz. Observe como as
crianças se expressam, deixe que ampliem suas imitações ou façam ges-
tos que não foram sugeridos por você. Valorize sua participação e suas
ideias. Crie algumas imitações e participe da brincadeira imitando tam-
bém o personagem, conforme o que é inventado por elas.

Possíveis ações e falas das crianças e do professor neste momento: Algu-


mas crianças podem só observar e, nesse caso, convide-as a fazer uma
imitação com você.

Também é possível fazer perguntas como: Qual parte do monstro você


acha mais estranha?Você gostou desse monstro? Como é o dente dele?

Se ainda assim elas não quiserem imitar, respeite.

Avise que agora vocês lerão a história para ver se tudo que pensaram
sobre o personagem aparece no livro. Antes de começar a ler, inicie o
momento com algo que você já faz no seu dia a dia. Pode ser um verso,
alguma atitude ou música que se torne “a chave” para abrir a atividade de
leitura com as crianças. Sugestão de música: “Vai começar a leitura, abra
o seu coração, se prepare minha gente, solte a imaginação” (Ritmo de
“Eu entrei na roda”). Peça que as crianças cantem com você imitando a
voz do personagem que está sendo mostrado. Leia e aponte enquanto lê,
o título, o nome do autor, do ilustrador e da editora. A depender do con-
tato que as crianças possuem com situações de leitura em voz alta pelo
professor, avalie se é interessante folhear o livro, passando rapidamente
pelas ilustrações antes de iniciar a leitura.

Possíveis falas do professor neste momento: Será que esse monstro terá
mesmo dentes horríveis? Será que ele é bem grande ou pequeno? Vamos
ler para descobrir?

Lembre-se que esse é um momento de leitura, portanto use o livro para


ler sem fazer nenhuma adequação no vocabulário ou na narrativa. As
crianças podem participar durante a leitura com gestos, sons, respon-
dendo por meio de expressões e atitudes a algum acontecimento. Elas
podem chegar mais perto do livro para observar detalhes da ilustração,
imitando ou questionando as ações do personagem. Possibilite que se
expressem e valorize o que comunicam, mas não se demore ou desvie
muito do ato de ler, volte à leitura rapidamente para não perder o ritmo
e encadeamento da história.Anote em um caderninho algumas coisas
que elas expressam durante a leitura e que podem desviar um pouco seu
foco. Faça uma breve acolhida, diga que vai anotar aquele assunto para
conversar depois sobre ele e cumpra esse acordo. Permita que esse seja
um momento de interação, prazer, descoberta e afetividade.

Possíveis falas do professor neste momento: É mesmo, a gente adivinhou


que ele era bem grande.Que mais será que esse monstro faz igual a gen-
te? Vamos ver?Você já foi em um aniversário também? Vou anotar aqui e
quando a gente terminar, vou querer saber mais sobre essa festa.

8
Depois da leitura, retome as características do personagem com as crian-
ças. Compare as informações que apareceram na história com as hipó-
teses levantadas antes da leitura. Faça perguntas e comentários que as
ajude a expressaralgumas características do personagem de acordo com
as informações lidas (por meio de gestos, expressões, imitações ou pela
fala). Estimule-as a desenvolver a imaginação e criar outros dados que
não apareceram na história. Registre por escrito suas expressões, atitu-
des, gestos e falas para representar o personagem.

Possíveis falas do professor neste momento: O que vocês acharam do


monstro? Ele era como a gente imaginou?Como ele só existe no mundo
da imaginação, que tal inventarmos mais coisas sobre ele? Quantos anos
ele tem? Com quem ele mora? Do que ele gosta de brincar? Seu monstro
seria mais assustador? Que tamanho ele teria? Você não gosta desse ca-
belo? Como seria o cabelo do seu monstro?

Possíveis ações das crianças neste momento: Algumas crianças podem


levantar para apontar algo no livro ou imitar o monstro. Fique atento às
interações e sugestões delas, quem sabe isso não dá início a uma nova
brincadeira de imitações e imaginação?

Diga para as crianças que o livro vai ficar disponível na sala para que
elas possam ler em outros momentos e que “o mundo da imaginação”
também ficará ali por um tempo, para que elas possam voltar e imaginar
personagens e criar novas histórias. Crie um “ritual” de encerramento
para as atividades de leitura. Você pode recitar um verso ou cantar uma
música, como, por exemplo: “Terminou a leitura, a história acabou, bate
palma, bate palma e dá um viva quem gostou” (Ritmo de “Eu entrei na
roda”). Faça a troca dos grupos e repita a atividade com as crianças que
ainda não ouviram a história.

Para finalizar:

Quando terminar a leitura com o segundo grupo, observe o interesse


das crianças e, se necessário, deixe que brinquem um pouco mais com as
propostas de livre escolha e no “mundo da imaginação” que você criou.
Elas podem folhear livros e brincar na cabana. Deixe que explorem,
brinquem e interajam. Brinque junto com elas. Avise quando faltar 10
minutos para acabar a atividade e depois quando faltar 5 minutos. Peça
que elas te ajudem a guardar os materiais. Sugira que façam isso imitan-
do o personagem da história de diversas maneiras diferentes, em especial
as sugeridas pelas próprias crianças (por exemplo: feliz, triste, rápido, de-
vagar, cantando etc.).

Desdobramentos
Leia para as crianças outras histórias com diversos personagens imaginá-
rios e brinque de imitar, criar e comparar semelhanças e diferenças entre
eles, garantindo uma grande diversão a partir das histórias. Outra possi-
bilidade é criar cenários de brincadeira de faz de conta trazendo acessó-
rios e materiais que contribuam para que as crianças brinquem com os
personagens da história.

Engajando as famílias
Em outro momento, construa um cartaz sobre o personagem com as
crianças, anotando as características trazidas por elas. Sugira que dese-
nhem o personagem para ilustrar a lista. Exponha o cartaz junto com
o livro (mais de um exemplar, se tiver) e convide os familiares para, na
entrada e/ou saída, ver as produções e manusear o livro com as crianças.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Avise os pais, com antecedência, que as crianças levarão livros para casa
para serem lidos com a família e a data em que eles devem ser devolvi-
dos para a escola. Fique atento à qualidade das narrativas, das ilustrações
e à adequação dos livros à faixa etária. Certifique-se de que não reforçam
estereótipos e preconceitos. (Sugestão de leitura: “Como escolher boa
literatura para crianças?” da Revista Emília).

Materiais:

Separe livros numa quantidade maior do que a de crianças. Garanta que


sejam adequados a elas e à sua faixa etária. Disponibilize-os em caixas,
cestos, mesas ou prateleiras acessíveis. Faça uma sacolinha para que le-
vem os livros (pode ser de TNT, outro tecido ou até mesmo um saco
plástico transparente), coloque o nome e a foto das crianças em cada
sacolinha. Imprima uma folha de registro para cada uma. Providencie
papéis (cartolina, papel kraft ou colorset) para o cartaz da tabela com o
nome e a foto das crianças, para escrever os combinados com elas e para
o painel com os registros feitos em casa.Tenha canetões, caderninho e
caneta para anotações. Separe materiais para atividades que as crianças
possam realizar com autonomia (jogos de montar, baú com acessórios e
fantasias, etc).

Espaços:

Em um canto da sala, disponibilize os livros para que fiquem visíveis e


acessíveis às crianças. Espalhe-os em alguns grupos para que as elas pos-
sam ver as capas e tenham facilidade de pegá-los e manuseá-los. Em um
outro canto, arrume o material que será usado para a confecção da tabela
com os pequenos grupos. Em outros cantos, prepare os materiais que as
crianças poderão utilizar no momento de livre escolha. Procure aprovei-
tar o espaço da sala de forma que as crianças possam transitar com auto-
nomia para escolher a atividade de sua preferência.

Tempo sugerido:

Aproximadamente uma hora.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como a criança se expressa? Como é sua interação com as outras


crianças e com o professor? Que tipo de atitudes ela demonstra nessas
interações?

2. Como as crianças contam/recontam suas histórias? Lembram-se de


algumas partes ou personagens? Que tipos de inferências elas fazem a
partir das ilustrações?

3. Como a criança faz o registro no cartaz? Que estratégias ela usa ao


assumir o papel de escritora (como segura o canetão, como faz seu regis-
tro, olha no livro)?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Deixe os materiais acessíveis a todas as crianças. Fique
atento às crianças que precisam de alguma ajuda para se locomover ou
se comunicar, verbalize o que elas expressam por meio de gestos, sons,
expressões ou apontando. Durante o registro, observe e ajude, se neces-
sário, as crianças que tiverem dificuldade ou que estiverem inseguras.
Respeite o tempo e o interesse de cada uma.
O que fazer durante?

Convide as crianças para sentarem em roda com o grande grupo. Conte


que elas vão escolher um livro para levar para casa e ler com a família.
Explore com elas como será esse momento, com quem elas lerão, se elas
leem livros em casa, etc. Observe como se expressam, se usam gestos, ex-
pressões ou movimentos para comunicar sobre suas experiências de lei-
tura e verbalize o que estão mostrando. Possibilite que elas tragam suas
experiências e que se comuniquem de forma livre e espontânea.Conte
sobre sua experiência como leitor, em que parte da casa você costuma
ler, que tipos de história e personagens você gosta.

Mostre a sacolinha na qual as crianças levarão o livro e a folha de regis-


tro para ser preenchida com a família. Esclareça que elas, junto com a fa-
mília, poderão fazer um desenho, escrever ou colocar uma foto de como
foi a leitura do livro. Seja responsivo ao que elas comunicam de diferen-
tes formas. Algumas crianças podem levantar para pegar a sacola com
seu nome e foto para se ver ou mostrar sua foto para os colegas. Acolha
essa iniciativa.

Possíveis falas e ações das crianças e do professor neste momento: É para


fazer junto com a mamãe?, A gente vai levar o livro na sacola?, Eu tenho
o livro dos Três Porquinhos. Algumas crianças podem se expressar de
outras maneiras, exemplo: Qué!, verbalize o que elas estão querendo co-
municar: Você quer levar o livro para casa? Que bom! Com quem você
vai ler?. Algumas podem apontar para a sacola (Prof: Isso mesmo, cada
um vai levar o livro na sua própria sacolinha.). Algumas podem fazer
gestos, como um ‘sim’ com a cabeça (Prof: Você também gosta de ler
com a mamãe? Ela já te contou a história do lobo?).
3

Diga que vocês precisam fazer alguns combinados, que você vai ano-
tá-los para que ninguém se esqueça deles e que você vai escrever o que
as crianças acharem importante. Pegue um papel para o cartaz e um
canetão. É importante combinar sobre a devolução do livro, o cuidado
com ele e sobre o momento da leitura com a família. Não vá com frases
prontas, crie-as junto com as crianças, estimulando-as a participar do
momento. Fique atento às ideias e sugestões que vão partir delas, seja
por meio de atitudes, gestos ou da fala, e as registre no cartaz. Fale as
palavras enquanto as escreve com letra de forma maiúscula e depois leia
a frase, acompanhando com o dedo.

Possíveis ações do professor neste momento: Se perceber que uma crian-


ça se aproxima para acompanhar a escrita, querendo ler a frase ou escre-
ver no cartaz, deixe um espaço para que faça isso. Incentive-as e não as
corrija. Colabore, se necessário, na produção dos combinados de manei-
ra responsiva, por exemplo: O livro pode ficar em casa? Tem que trazer
para a escola? O que podemos combinar sobre isso? A partir do que as
crianças demonstrarem, monte o texto: Vou escrever ‘Trazer o livro de
volta’. Ficou bom?’

Convide as crianças para manusear os livros e escolher o que querem


levar para casa. Observe como elas interagem com as obras, umas com
as outras e com você. Deixe que mostrem aos colegas, que folheiem,
que conversem sobre as histórias, os personagens, etc. Algumas podem
começar a ler ou recontar a história de um livro conhecido, sugira que,
individualmente ou em pequenos grupos, elas contem uma parte do
livro, à sua maneira. Observe e escute, mas não precisa pedir que todas
façam isso. Respeite o interesse das crianças. Ajude quem estiver com
dificuldadepara escolher o livro, retomando alguns personagens ou parte
do enredo. Convide as que não pegaram nenhum livro para procurar um
junto com você, mostre algumas opções, folheie, pergunte se elas gostam
de um personagem, sugira que vejam o mesmo livro que um outro ami-
go está vendo ou com um mesmo personagem.

Possíveis ações das crianças neste momento: Pegar ou trocar de livros


várias vezes. Mostrar um livro para outra criança ou querer disputar um
outro. Pedir que o professor leia para ela. Contar uma história para ela
mesma, para outra criança ou para o professor. Observar as outras crian-
ças para só depois ir pegar um livro também.

Diga às crianças que você vai chamá-las, aos poucos, para anotar o livro
que estão levando e que, enquanto isso, as outras podem continuar ma-
nuseando as obras ou explorar outras atividades disponíveis,por exem-
plo jogos de montar e um baú com acessórios e fantasias. Observe as
crianças que se manifestam para ir com você e reúna um pequeno grupo
(com no máximo quatro integrantes) no espaço que você preparou para
a confecção do cartaz com a tabela.

Diga ao grupo que essa tabela serve para que todos saibam qual livro
cada um está levando. Peça às crianças que encontrem seu próprio nome
(com a foto) para escrever na frente o título do livro. Leia o título no
livro, apontando-o enquanto lê, e peça que façam o registro. Observe
o comportamento escritor da criança, se ela olha no livro para copiar,
como segura o canetão. Não há certo ou errado, a intenção é que a crian-
ça se aproxime do papel de escritor, perceba a função da escrita e se sin-
ta capaz de assumir esse papel. Não faça interferências e não as corrija,
mas esteja disponível para ajudá-las, se pedirem, e para encorajá-las no
processo. Registre suas observações e o livro que cada uma está levando,
para seu controle.

Possíveis ações das crianças neste momento: Elas podem fazer a repre-
sentação de diferentes maneiras: um risco, um desenho, algumas formas,
pintar o espaço. Algumas podem querer ler o que escreveram ou pedir
que você leia. Outras podem usar a capa do livro para observar ou dese-
nhar um personagem da história. Se alguma criança não quiser escrever,
pergunte se ela quer que você escreva e se depois quer deixar a marca
dela ao lado da sua.

Quando as crianças do grupo terminarem, peça que cada uma guarde o


livro em sua própria sacolinha. Se elas quiserem, deixe que fiquem mais
um tempo por ali, manuseando o livro que levarão para casa antes de
guardá-lo ou optarem por outra atividade disponível no espaço de livre
escolha. Enquanto isso, outras crianças formam o pequeno grupo para
completar a tabela com o título do livro. Repita essa atividade até que
todas tenham participado do registro.

Para finalizar:

Deixe as crianças brincarem mais um pouco com as atividades de livre


escolha e brinque junto com elas. Avise quando faltarem dez minutos
para acabar a atividade e depois quando faltarem cinco minutos. Con-
vide as crianças para guardar os livros e os outros materiais, vocês po-
dem cantar uma música que já usam nos momentos de arrumação. Uma
sugestão é a “Hora de organizar”, disponível aqui. Enquanto guardam,
cante a canção de diferentes maneiras com as crianças, especialmente
de formas sugeridas por elas, como: voz grave, voz aguda, alto, baixo,
rápido, devagar etc. Depois de tudo guardado, reúna-as e mostre como
ficou a tabela. Observe se algumas apontam seu próprio nome ou títu-
lo do livro que estão levando e atente-se a como realizam esse processo.
Mostre que você está valorizando a participação delas. Pergunte se mais
crianças querem mostrar ou ler a anotação delas. Leia o nome e o livro
das crianças que não quiserem fazer isso sozinhas. Diga que espera que
aproveitem bastante esse momento de leitura com a família e que vai
querer saber tudo sobre essa experiência.

Desdobramentos
Caso queira ampliar a atividade de leitura em casa, faça um projeto de
biblioteca circulante no qual as crianças levem o livro para ler em casa
com frequência (toda semana, por exemplo). Além disso, em algumas
dessas vezes, você pode organizar um espaço e um momento (no horário
de entrada e/ou saída) para que os familiares possam escolher o próximo
livro junto com os pequenos. Quando as crianças trouxerem o livro de
volta, explore como foi o momento de leitura delas com a família, com
quem elas leram, onde estavam, o que tinha na história e convide-as a
mostrar o registro que fizeram.

Engajando as famílias
Toda essa atividade promove o envolvimento da família. Junto com o
livro e a folha de registro, mande um bilhete explicativo que fale sobre
a atividade. Nele deve constar que a criança está levando um livro es-
colhido por ela para ser lido com os familiares, uma explicação sobre a
folha de registro e quando o livro deve ser devolvido. Você também pode
aproveitar para falar sobre a importância da leitura para o desenvolvi-
mento da linguagem e como um momento de prazer e afetividade entre
a criança e a família. Faça um painel na entrada da sala com os registros
trazidos pelas por elas.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para realizar esta atividade, éimportante que você já tenha trabalhado


com algumas parlendas e que as crianças já as conheçam e já as tenham
utilizado durante a rotina. É preciso que você escolha,ao menos, três
parlendas já conhecidas pelas crianças e duas para apresentar a elas nesta
atividade.Caso você ainda não tenha utilizado este tipo de texto no dia a
dia da turma (para escolher um ajudante do dia, recitando em diversos
momentos, ou lendo em livros), inclua essa prática em sua rotina para
seguir com a realização desta atividade.

Materiais:

Escolha as duas novas parlendas que serão lidas para o grupo e separe
diferentes livros de parlendas que, preferencialmente, possuam imagens
para a apreciação e a antecipação das crianças. Você também pode le-
var os livros das parlendas já conhecidas. Uma boa sugestão seria o livro
“Parlendas para brincar”, de Josca Ailine Baroukh e Lucila Silva de Al-
meida (distribuição PNBE - 2014). Separe papéis, giz de cera e brinque-
dos de encaixes para a transição das crianças no fim da atividade. Este
plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:

Conhecendo novas parlendas

Leitura de poesias

Brincando com rimas

Preparando um recital de poesias


Gravando um recital de poesias

Espaços:

Planeje um espaço onde a atividade começará no grandegrupo, em roda,


com as crianças. Pode ser na própria sala ou em uma área externa, como
embaixo de uma árvore. É importante que as crianças estejam confortá-
veis.Depois, elas irão trabalhar em pequenosgrupos. Organize também
um espaço voltado para o desenho livre com giz de cera e outro para
brinquedos de encaixes. Se possível, solicite ajuda de outro profissional
da escola para acompanhar as crianças nessas atividades de livre escolha
enquanto um grupo está com você.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

De quais parlendas as crianças se lembram? Que estratégias utilizam


para recitá-las?

Como as criançasinteragem umas com as outras?Trocam livros? Leem


para o colega? Recitam para outra criança ouvir?

Como as crianças exploram os portadores? Reconhecem o sentido da


escrita? Identificam títulos? Diferenciam ilustração de texto?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir uma criança ou um grupo de participar e aprender. Reflita e
proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada
criança ou do grupo. Observe e apoie as crianças que não se lembram
das parlendas ou as que não conseguem recitá-las. Algumas podem não
conseguir falar com clareza, mas podem se expressar com o corpo. Re-
cite a parlenda junto com elas, caso seja necessário, e incentive que uma
criança ajude a outra.

O que fazer durante?

Convide as crianças para sentar em roda com você. Fale que hoje conhe-
cerão novas parlendas, mas antes irão se lembrar das que já conhecem.
Estimule o grupo a relembrar as parlendas conhecidas, que são utilizadas
em diferentes momentos da rotina. Deixe que as crianças comentem,
falem das parlendas conhecidas e as recitem. Caso não lembrem ou não
falem nenhuma, você pode ajudá-las relembrando-as, recitando com elas
as parlendas conhecidas, mostrando um livro de parlendas e comentan-
do sobre algumas já trabalhadas com o grupo.

Possíveis ações das crianças nesse momento: As crianças podem confun-


dir as parlendas com as cantigas conhecidas por elas ou com outros tex-
tos. Isso é muito comum, pois a memória delas sobre esse tipo de texto
está diretamente relacionada à frequência com que entram em contato
com o mesmo. Deixe que falem, valorizando suas hipóteses.

Possíveis falas do professor neste momento: Vocês se lembram da par-


lenda que lemos no outro dia? Vocês se lembram qual parlenda utiliza-
mos para escolher o ajudante do dia? E na hora de sair para o parque,
qual é?

Mostre os livros das parlendas conhecidas pelo grupo que você vai ler.
Exponha também as ilustrações que representam e antecipam a parlen-
da escolhida por você. Permita que as crianças elejam qual parlenda será
lida primeiro. A partir das imagens, pergunte às crianças, se elas se lem-
bram do que trata a parlenda. Possibilite que deem opiniões, dialogando
com o grupo. Inclua todas elas nesses diálogos, inclusive as que, em vez
de falar, gesticulam ou se movimentam. Algumas podem apontar para a
parlenda que gostariam de escutar. Respeite e considere seus interesses.
Nesse momento você lerá o título (caso haja, pois algumas parlendas,
por serem textos de tradição oral, não possuem títulos, outras, em ver-
são escrita, têm um título atribuído), incentivando que a criança tente
pronunciá-lo. Aponte para o título da parlenda, mostrando a direção da
leitura, para que as crianças acompanhem-na.

Possíveis falas do professor neste momento: O que está acontecendo


aqui? Sobre o que vocês acham que é essa parlenda (mostrando a ima-
gem para as crianças)? . Ah, você acha que é a parlenda do sapato?Se-
rá?Por que você acha isso?

Após as considerações realizadas pelas crianças por meio das imagens,


diga a elas que agora vocês farão a leitura de duas novas parlendas. Leia
uma de cada vez, algumas vezes, mas, observando o interesse das crian-
ças e a forma como interagem com a leitura. Incentive que repitam e re-
citem com você. Mas lembre-se de que esse pode ser o primeiro contato
das crianças com a parlenda. Sugira algumas brincadeiras, como recitar
depressa, devagar, baixinho, com voz grossa, apoiando a apropriação das
parlendas pelas crianças. Ao terminar, relembre o que elas falaram sobre
a ilustração.
Possíveis ações das crianças nesse momento: Algumas podem utilizar
expressões faciais ou movimentos com o corpo para se expressar, por
exemplo, mexer os braços, imitando um animalzinho da parlenda. Fique
atento a esse tipo de linguagem e incentive a participação dessas crian-
ças.

Ao término da leitura, convide as crianças a recitar suas parlendas prefe-


ridas em pequenos grupos. Ao dividir as equipes, coloque crianças mais
autônomas e com desenvolvimento da linguagem oral mais avançada
com outras que estão iniciando o processo da fala. Algumas parlendas
serão mais queridas que outras. Respeite o interesse e as preferências do
grupo. Proponhaque as crianças recitem a parlenda para os colegas e
observe se há interação. É normal que algumas crianças não memorizem
a parlenda, pois é o primeiro contato com ela. Caso perceba que algu-
ma criança não está participando ou que se distraiu com um brinquedo,
convide-a para recitar com você, junto com o grupo ou com um colega.
Se necessário, peça ajuda de uma outra criança nesse momento. No en-
tanto, não obrigue-a a fazer. Incentive-a e respeite-a.

Ainda em grupos, disponibilizeos livros utilizados durante a leitura. Dei-


xe que as crianças os manuseiem livremente. Após observá-las em pe-
quenos grupos, comece a realizar algumas intervenções, sempre conside-
rando a iniciativa dos pequenos. Convide-as, por exemplo, para folhear
as obras, recitando e conversando sobre as ilustrações ou lendo com você
para encontrar a parlenda que foi lida. Acompanhe os grupos e observe a
interação das crianças. Se observar que uma criança se interessa por um
outro livro ou parlenda, sugira que os grupos troquem as obras. Caso ne-
cessário, auxilie-as no manuseio e na troca dos livros. Pode haver algum
conflito, já que as crianças estão trabalhando em grupos. Fique atento e
auxilie a resolvê-los.

Para finalizar:
Ao perceber que algumas crianças vão procurando outras explorações,
como os cantos de livre escolha que você organizou, respeite essa inicia-
tiva. As crianças que ainda estão interessadas podem explorar mais um
pouco a atividade.Fale que ela está terminando e que em cinco minutos
precisarão guardar os livros. Peça ajuda e incentive-as a recolhê-los. En-
quanto recolhem, você pode retomar a parlenda preferida da turma. É
possível que algumas crianças queiram continuar na interação com os
livros. Se isso acontecer, você pode cantar uma música de passagem para
outra atividade, já conhecida pelas crianças, sinalizando que a atividade
acabou.

Desdobramentos
Caso queira repetir a atividade, proponha-a semanalmente e a insira no
cotidiano das crianças, em situações de escolha, recitação durante pro-
duções, contagem de crianças, contagem do tempo que cada um vai usar
o balanço, em brincadeiras no ambiente externoetc.Um exemplo é reci-
tar a parlenda em diferentes vozes e acompanhar a entonação com o mo-
vimento do corpo. Ex: recitar baixinho (com todo mundo agachadinho),
recitar rápido (com todo mundo correndo) etc. Observe as preferências
do seu grupo e escolha as variações com as crianças.

Engajando as famílias
Escreva um bilhete com as crianças para compartilhar com as famílias
que elas estão conhecendo novas parlendas. Comente também que a
cada semana será escolhida uma parlenda, por meio de votação, para ser
lida junto com os familiares. Aqueles que conhecerem alguma parlenda
poderão enviá-la para ser lida para o grupo, aumentando o repertório
das crianças.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para realização desta atividade, é necessário que as crianças já conheçam


algumas poesias, que irão para a roda de leitura. Caso você ainda não te-
nha trabalhado com esse tipo de texto, inclua essa prática em sua rotina
para seguir com a realização desta proposta. Este plano faz parte de uma
sequência de cinco. São eles:

Conhecendo novas parlendas

Leitura de poesias

Brincando com rimas

Preparando um recital de poesias

Gravando um recital de poesias

Materiais:

Escolha previamente diferentes livros de poesias, em quantidade sufi-


ciente para os pequenos grupos,com boas ilustrações, para apreciação
das imagens, e antecipação das poesias pelas crianças. Alguns podem já
fazer parte do repertório de poesias conhecidas pelas crianças. Uma boa
indicação é o livro “A arca de Noé”, de Vinícius de Moraes. Separe um
cesto para organizar os livros e tapetes e/ou almofadas para compor o
espaço onde será realizada a atividade. Separe também papéis, materiais
riscantes, livros para manuseio, jogos de encaixe e outros que você prefe-
rir, que serão utilizados pelas crianças que não estarão na roda leitura.
Espaços:

A atividade pode ser realizada na própria sala. Organize um espaço com


tapetes e almofadas, para que as crianças se sintam confortáveis. Orga-
nize também outras atividades como desenho livre, manuseio de livros
e jogos de encaixe, que serão realizadas pelas outras crianças enquanto
o professor está com opequeno grupo.Se possível peça a colaboração de
outro adulto da escola, para que acompanhe as crianças nas outras pro-
postas, enquanto você e o pequeno grupo estiverem realizando a leitura
das poesias. Caso não seja possível, planeje o espaço e as demais propos-
tas para que as crianças possam ter autonomia em suas ações.

Tempo sugerido:

Aproximadamente uma hora.

Perguntas para guiar suas observações:

1. De que forma as crianças se relacionam com as ilustrações, tanto du-


rante a conversa com o professor como no manuseio dos livros? Utili-
zam-nas para antecipar o texto ou levantar hipóteses, por exemplo?

2. Durante a leitura, como interagem com texto? Que tipo de linguagem


utilizam? Elas se manifestam por meio da fala, expressões faciais e/ou de
movimentos com o corpo (apontando, pulando, imitando bichos e/ou
objetos)? Quais?

3. De que maneira as crianças manuseiam os livros? Sua forma de explo-


rá-los demonstra quais aprendizagens relacionadas ao comportamento
leitor?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que po-


dem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita
e proponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada
criança ou do grupo. Observe as diversas formas que as crianças se ex-
pressam. As menores podem utilizar o corpo e gestos com intenção co-
municativa. Traduza esses movimentos em palavras. Acolha e apoie to-
dos os tipos de linguagem.

O que fazer durante?

Conte para as crianças que hoje vocês farão leitura de poesias em peque-
nos grupos (de três a cinco crianças). Faça alguns combinados, para que
elas indiquem critérios para compor o conjunto, e outros para que todos
sejam responsáveis pelo bom funcionamento da proposta. Diga que en-
quanto um grupo está com você, as outras crianças farão uma atividade
delivre escolha nos outros espaços da sala. Apresente para as crianças os
cantos de desenho livre com papéis e materiais riscantes; o de manuseio
de livros; o de jogo de encaixes ou outros que você preferir. Algumas
podem se dirigir ao espaço de livre escolha, outras podem ficar atentas a
você e outras já vão em direção ao canto com os livros. Observe e utilize
essa indicações para atender às preferências delas.
2

Organize os grupos de crianças, considerando as preferências delas por


espaços e materiais. Os grupos farão um rodízio até que todos tenham
participado da leitura de poesias. Convide primeiro as que estão mais
próximas a você e agrupe-as por uma parlenda de escolher. Convide
opequeno grupo a se sentar em roda e mostre os livros de poesias que
estão no cesto.Disponibilize os livros para que as crianças os manuseiem
livremente nesse primeiro momento. Observe como interagem com eles
e com o grupo. Observe também como seguram as obras, se conseguem
folheá-las e se fazem considerações sobre as imagens apontando, falan-
do, balbuciando etc. Acompanhe o que comunicam nesse momento e
permita que as crianças manuseiem os materiais autonomamente, res-
peitando o interesse delas.

Possíveis falas o professor neste momento: Hoje eu trouxe alguns livros


de poesias para a gente ler. Há alguns livros que vocês já conhecem.
Lembram-se deste que lemos outro dia? Vocês se lembram sobre o que
se trata essa poesia? Esse daqui a gente ainda não conhece.
3

Converse sobre as poesias que estão nos livros. Deixe que as crianças en-
contrem as que já são conhecidas, tanto pela ilustração como pelo título
e relembrem-nas de alguns trechos. Pergunte quais chamam a atenção
durante o manuseio e peça que escolham duas ou três poesias preferidas.
Ajude as crianças a pensar nos critérios de seleção, caso elas tenham dú-
vida. Escute o que falam, fazendo perguntas que ajudem nessa comuni-
cação, no levantamento de hipóteses e possíveis antecipações sobre a po-
esia. Indague qual elas acreditam ser o conteúdo das poesias escolhidas.
Acolha todas as formas de comunicação, incentivando a participação de
todo mundo. Respeite e apoie as escolhas da turma. Se necessário, faça
uma votação.

Possíveis ações da criança neste momento: Elas podem expressar suas


escolhaspor meio do corpo, falando ou apontando, fazendo diferentes
expressões faciais, imitando objetos e/ou bichinhos. Acolha e considere
as hipóteses. Verbalize o que elas expressam.
Possíveis falas do professor neste momento: Ah, você acha que essa po-
esia trata de um menino? Por que você acha isso? Ah, é por que tem um
menino na imagem! É essa que você escolhe? Olha, essa aqui é aquela
com a qual você tomou um susto. É a da foca!

Diga que agora é a hora da leitura. Primeiro, leia o título apontando com
o dedo. Faça isso de forma clara, sem fazer adequações vocabulares. Ma-
nuseie o livro de maneira que as crianças consigam visualizar o texto.
Cuide da entonação e do ritmo durante a leitura, pois esse é um aspecto
muito importante para a leitura de poesias em voz alta. Note se as crian-
ças percebem a beleza desse tipo de texto, como as palavras rimam, a
sonoridade dos versos etc. E chame a atenção delas para esses aspectos,
procurando brincar com as palavras e as rimas.

of>Possíveis ações e falas da criança neste momento: Durante a leitu-


ra, as crianças podem interagir por meio de reações e questionamentos
sobre o que está acontecendo na poesia: O menino é azul?; “Eu não sou
azul!

Por conta da faixa etária das crianças e do próprio ritmo que as poesias
trazem, é possível que algumas queiram levantar, circular, movimentar o
corpo e voltar à roda. Considere que esse comportamento é uma forma
de demonstração de interesse e acolha a iniciativa, cuidando para que
elas não se dispersem. Escute e apoie as considerações. Combine que,
ao término da atividade, voltarão a conversar mais sobre isso e retome a
leitura das poesias.

Após a leitura de cada poesia, retome as hipóteses levantadas pelas crian-


ças. Converse com elas sobre o que anteciparam, fazendo comparações
com o texto. A ideia é brincar com as hipóteses da turma diante do co-
nhecimento do texto após a leitura e não conferir ou categorizar como
certo ou errado o que foi falado ou apontado antes da leitura. As crianças
podem pedir para você ler a poesia de novo. Algumas podem verbalizar
isso, outras podem apontar, levantar, querer pegar o livro. Fique atento a
essas manifestações e perceba o que elas querem comunicar.

Possíveis falas do professor neste momento: A gente adivinhou sobre o


que trata a poesia? Vamos lembrar das ideias que tivemos antes de ler?
Vou ler novamente. Nossa, vocês viram que engraçado, a gente imagina-
va que essa poesia era totalmente diferente. Bem que vocês disseram que
essa poesia era sobre a bola, né?

Proponha que as crianças recitem as poesias coletivamente. Se as crian-


ças escolheram poesias não conhecidas, elas podem não se lembrar do
texto, por ser o primeiro contato com ele. Apoie-as nesse momento.
Leia-o novamente, sugerindo que recitem junto com você, ou retome
algumas poesias conhecidas para que recitem em pares. As crianças po-
dem recitar as que são conhecidas em forma de canção. Considere as
iniciativas das crianças e relembre outras que já fazem parte do reper-
tório delas. Elas também podem propor formas diferentes e divertidas
de recitar os textos. Aproveite as ideias que surgirem e sugira algumas,
apenas para inspirar que brinquem com a recitação, por exemplo: propor
algumas brincadeiras de recitar bem devagar, bem rápido, bem baixinho,
fazendo uma voz grossa ou fininha.

Possíveis ações da criança neste momento: Ao recitar as poesias, pode


ser que alguma criança não participe. Respeite e chame-a para recitar
com você, com outra criança, mas não é necessário obrigá-la a isso. Res-
peite o seu tempo, pois algumas crianças podem ficar só observando.

Possíveis falas do professor neste momento: Você prefere cantar? Pode-


mos cantar também. O que acha de cantarmos todos juntos? Quem quer
recitar a poesia da porta? Eu vou junto com vocês. Será que conseguimos
recitar mais rápido? Vamos tentar?
Para finalizar:

Convide as crianças para pegar um dos livros que preferem e escolher


um lugar ou cantinho para deitarem, se sentarem, ficarem de maneira
confortável. Deixe que leiam e folheiem o livro individualmente por um
tempo. Pode ser que alguém se levante e se dirija para alguma atividade
de livre escolha. Respeite a decisão. Avise que em cinco minutos a ati-
vidade vai terminar. Passado os cinco minutos, cante uma música, que
a turma conheça, sinalizando que essa atividade terminou. Enquanto
vocês cantam, convide o grupo a deixar os livros organizados para o pró-
ximo grupo. Você pode sugerir que coloque-os no cesto de forma diver-
tida, por exemplo, imitando algum bichinho. Convide o próximo grupo
para a roda e repita as orientações, sempre considerando o ritmo dos
grupos. Organize o tempo de revezamento entre eles.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para realização dessa atividade é necessário que as crianças conheçam e


façam uso social de algumas parlendas no dia a dia, como, por exemplo,
em situações de leitura, em momentos de escolha (como para escolher
um ajudante) ou em brincadeiras. Caso você ainda não tenha trabalhado
com esses tipos de textos, inclua essa prática em sua rotina para dar con-
tinuidade a atividade. Este plano faz parte de uma sequência de cinco.
São eles:

Conhecendo novas parlendas

Leitura de poesias

Brincando com rimas

Preparando um recital de poesias

Gravando um recital de poesias

Materiais:

Separe livros ou outras fontes de parlendas conhecidas pelas crianças.


Faça plaquinhas com os títulos e ilustrações das parlendas ou com figu-
ras que remetam ao texto. Você encontra algumas sugestões de parlen-
das aqui. Separe também as fichas dos nomes das crianças ou fotos, bem
como os materiais que serão disponibilizados nos cantinhos. Sugestão:
papéis, materiais riscantes e jogos de encaixe. Arrume tapetes ou almofa-
das para que as crianças sentem em roda. Se a escola possuir, solicite um
espelho grande.

Espaços:

Prepare um espaço confortável na própria sala com tapetes ou almofa-


das para o pequeno grupo que estará realizando a atividade. Se possível,
organize este espaço em local próximo a um espelho ou coloque um es-
pelho perto de forma segura, prezando pela segurança das crianças. Or-
ganize cantinhos com atividades de livre escolha, como desenho livre e
jogos de encaixe, para as crianças que não estiverem envolvidas com as
proposta.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 1 hora.

Perguntas para guiar suas observações:

Qual estratégias as crianças utilizam para lembrar das parlendas conhe-


cidas?

De que forma as crianças identificam diferentes sons e rimas presentes


nesses textos? Elas brincam com as rimas? Que estratégias utilizam para
criar novas rimas?

Como as crianças se comunicam durante a leitura e recitação? De que


maneira acompanham a leitura do professor? Interagindo com o texto
por meio da fala, apontando ou se expressando com o corpo?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Observe as diferentes intenções comunicativas. Acolha e
ajude-as a verbalizar algumas expressões ou apontamentos de outras
crianças. Observe as crianças que não lembram das parlendas ou não
conseguem recitá-las. Convide-as a recitar com você ou solicite ajuda de
outras crianças para que possam recitar em duplas ou trios.

O que fazer durante?

Fale para as crianças que hoje elas serão divididas em dois grupos para
recitar uma parlenda conhecida e brincar com as rimas. Conte que, en-
quanto um grupo estará com você, o outro estará realizando uma ati-
vidade de livre escolha. Apresente os espaços e observe se as próprias
crianças começarão a se dividir em grupos, dirigindo-se a eles a partir
das suas preferências. Respeite as escolhas na formação dos grupos e
acolha as que foram para o espaço de leitura para iniciar a atividade.
Caso necessário, convide outras para se juntarem ao grupo.

Reúna o pequeno grupo e fale que hoje eles irão escolher uma parlenda
divertida que já conhecem, para brincar com as rimas.Pergunte quais
parlendas elas se lembram. Possibilite que se expressem, falem e reci-
tem as conhecidas. Relembre outras, se necessário. Mostre as plaquinhas
com o título das parlendas e perceba se as crianças fazem indicações,
observam as imagens. Auxilie-as a fazer relações com o título. Ouça suas
contribuições e considere-as. Deixe que as crianças leiam os títulos a
maneira delas. Observe e apoie todos os tipos de linguagem e iniciativa
das crianças. Leia os títulos das parlendas conhecidas com as crianças.
Aponte a direção da leitura com o dedo, fazendo intervenções que au-
xiliem a leitura, como, por exemplo, mostrar a primeira e a última letra
das palavras, indicar semelhanças dos títulos com o nome de crianças do
grupo ou mostrar palavras que se repetem. Proponha uma votação para
a escolha.

Possíveis ações da criança neste momento: algumas crianças podem pro-


nunciar uma ou duas palavras que lembram a parlenda conhecida por
elas. Outras podem se levantar e passar o dedinho no título, pronuncian-
do algumas palavras.

Deixe as plaquinhas expostas no meio da roda e peça ajuda para entregar


para as crianças a ficha com os nomes ou as fotos. Pergunte para cada
uma em qual parlenda quer votar. Explique que a que mais receber votos
será a escolhida do grupo. Ouça, observe e fique atento ao que as crian-
ças sinalizam. Elas podem colocar o nome ou a foto perto da plaquinha
da sua parlenda preferida ou apenas indicar qual prefere. No final das
indicações, pergunte qual parlenda elas acham que ganhou mais votos.
Ouça as crianças e considere suas hipóteses. Ao iniciarem a contagem,
promova essa estratégia coletivamente, para saber qual é a parlenda ven-
cedora que será recitada pelo grupo. Acolha as iniciativas e incentive a
encontrarem soluções para as situações que aparecerem. Se não surgir a
contagem, proponha.

Possíveis ações das crianças neste momento: durante a contagem algu-


mas crianças podem tentar representar a quantidade de votos com os
dedinhos; outras podem indicar uma e votar em outra; podem seguir a
indicação de outros colegas nesse momento; ou podem pegar a plaqui-
nha com o nome da parlenda e apontar pra ela.

Deixe que percebam qual foi a parlenda vencedora ou conte pra elas, se
necessário. Convide as crianças a recitarem a parlenda. Apoie as crian-
ças que talvez não lembrem do texto, convidando-as a recitar com você.
Respeite o tempo de cada uma. Em seguida, apresente o livro e realize a
leitura da parlenda escolhida de forma clara e sem fazer adequações ao
vocabulário do texto. Respeite o ritmo e a entonação do próprio texto.

Leia algumas palavras que rimam, apontando para elas no livro, e per-
gunte para as crianças se elas percebem alguma semelhança entre os
sons dessas palavras. Repita as palavras e diga que elas são rimas. Esco-
lha palavras da parlenda e brinque com as rimas junto às crianças, esti-
mulando que descubram outras rimas e inventem outros versos diverti-
dos com elas. Incentive a descoberta das crianças. Ouça-as e proponha a
continuação da brincadeira, como, por exemplo, encontrar uma palavra
que rime com seus nomes. Algumas crianças podem não conseguir criar
rimas nesse primeiro momento. Fale muitos exemplos de rimas para que
elas percebam que o finalzinho da palavra é parecido. Considere todas as
forma de expressão das crianças.

Possíveis ações das crianças neste momento: As crianças podem falar


palavras aleatórias e que não atendem ao solicitado. Acolha as hipóteses
das crianças e continue ampliando suas ideias ou construindo rimas a
partir de suas palavras.

Convide as crianças a brincarem com o corpo enquanto recitam a par-


lenda. O ritmo é um componente forte nesses tipos de texto e normal-
mente estimula esse tipo de brincadeira. Aproveite as iniciativas das
crianças e suas expressões corporais. Sugira alguns gestos que podem
acompanhar a recitação. Você pode, por exemplo, deixar o corpo todo
mole, numa rima com “meleca” ou expandir o corpo em rimas como
“pão, grandão”. Observe como as crianças se expressam com o corpo e
respeite o tipo e a necessidade de exploração de cada uma. Brinque de
imitar os movimentos delas. Caso necessário, convide-as para brincar
imitando os amigos e criando novos gestos.

Se possível, aproveite o espelho para as crianças observarem o movimen-


to do próprio corpo, dos colegas, explorando-os. Observe o tempo e in-
teresse das crianças durante a brincadeira.

Para finalizar:

Observe que algumas crianças podem não estar mais interessadas na


brincadeira, se dirigindo ao espaço de livre escolha enquanto as outras
ainda estão envolvidas na proposta de brincar com as rimas e com o
movimento do corpo.Informe que, em 5 minutos, a atividade será en-
cerrada. Passando os minutos, peça ajuda para organizar o espaço para
o outro grupo. Cante uma canção do repertório delas e convide o outro
grupo para sentar em roda. Siga as mesmas orientações com o segundo
grupo.

Desdobramentos
Caso queira repetir a atividade,leve para a roda imagens das principais
palavras com rimam nas parlendas, poesias ou outros textos conheci-
dos. As crianças podem nomear as figuras, procurar nos textos escrito
as palavras etc. Deixe as imagens expostas no meio da roda e proponha
a brincadeira de fazer rimas com as figuras entre si, com outras pala-
vras ou rimas conhecidas pelas crianças. Você pode também propor que
brinquem de construir versinhos com as rimas sugeridas pelas crianças.

Engajando as famílias
Envie um bilhete para as famílias comunicando sobre a atividade com
rimas. Solicite que elas enviem figuras de objetos ou duplas de palavras
que rimem para enriquecer o repertório e montar um cantinho das ri-
mas. Posteriormente, esse cantinho pode ficar exposto no hall da escola
para manuseio das crianças junto às famílias.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para a realização dessa atividade, é necessário que as crianças conheçam


bem as poesias que farão parte do repertório do recital. Este plano faz
parte de uma sequência de cinco. São eles:

Conhecendo novas parlendas

Leitura de poesias

Brincando com rimas

Preparando um recital de poesias

Gravando um recital de poesias

Materiais:

Escolha um ou mais vídeos de recitais que serão apresentados para


crianças (algumas sugestões disponíveis: O menino Poeta ou a coruji-
nha) e um outro bem conhecido por elas e que seja declamado por pro-
fissionais (ator, contador de história, músico). Separe o recurso que será
utilizado para apresentá-lo: celular, televisão, computador, livros ou ou-
tros portadores com as poesias conhecidas pelas crianças e, se possível,
que possuam boas imagens. Separe uma folha de papel 40 kg ou papel
Kraft, filipetas de papel e canetinhas para o cartaz e para o momento da
escolha da poesia. Separe massinha, papéis, materiais riscantes e livros
para o manuseio em pequenos grupos e para atividade de transição.
Espaços:

Planeje um espaço onde a atividade começará em grande grupo com a


conversa inicial e para assistir ao vídeo. Organize os equipamentos ne-
cessários na sala ou se dirija ao laboratório de informática ou sala de
televisão, caso a escola disponha desses recursos. Essa atividade também
pode ser realizada em ambiente externo, desde que bem planejado. Or-
ganize um espaço com massinha e outro com papéis e diferentes ma-
teriais riscantes para a exploração em pequenos grupos. Organize um
canto com livros para manuseio durante a atividade de transição. O am-
biente será organizado pelas crianças, com o apoio do professor, para o
momento do recital.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 1 hora e meia.

Perguntas para guiar suas observações:

Que estratégias as crianças utilizam para lembrar das poesias? Precisam


do apoio das ilustrações? Recordam recitando sozinhos ou com auxílio
do professor?

Como as crianças se colocam ao ajudar na organização do recital? Au-


xiliam nas tarefas de organização do ambiente e escolha do repertório?
Como interagem umas com as outras nos momentos de recitação?

Como as crianças utilizam instrumentos e suportes de escrita? Usam


com função para desenhar, traçar, ou escrever à sua maneira? Utilizam a
escrita do professor como apoio para a própria escrita?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Observe as crianças mais acanhadas. Elas podem se sentir
incomodadas ao estar em evidência durante à recitação. Acolha e respei-
te o tempo de cada uma e contribua para que a atividade seja vista como
uma brincadeira e não um evento formal.

O que fazer durante?

Em roda com o grande grupo diga que hoje vocês irão preparar um re-
cital de poesias. Apresente um dos vídeos escolhidos por você. A partir
dele, faça perguntas sobre do que se trata um recital, se conhecem a po-
esia recitada e o que observaram. Escute suas contribuições e apresente
outros vídeos. Perceba e converse sobre o que as crianças observaram no
vídeo, como a poesia é declamada, a forma de colocar a voz e como as
outras pessoas se comportam enquanto alguém recita. Ouça as observa-
ções feitas pelas crianças e, a partir delas, contribua com indicações so-
bre o que acontece nesse tipo de evento. Algumas crianças podem querer
imitar a declamação que viram no vídeo. Respeite e acolha essas inicia-
tivas. Tenha um caderninho em mãos para anotar as contribuições delas
sobre aspectos do recital que serão retomados mais a frente. Se necessá-
rio, coloque o vídeo novamente.

Possíveis falas do professor neste momento: Vocês perceberam como as


pessoas estavam no vídeo? Elas conversavam enquanto a outra recitava
a poesias? Isso mesmo! Elas respeitavam a vez de cada uma e escutavam
com atenção o colega. Isso é muito importante em um recital.

Leve para a roda os livros com as poesias conhecidas pelas crianças. Diga
que precisam escolher o repertório do recital e que, para isso, elas vão
indicar as poesias para você escrever num cartaz. Pergunte de quais po-
esias elas se lembram e quais gostariam derecitar. Caso necessário, ajude
a relembrá-las mostrando nos livros as ilustrações e lendo para elas as
poesias. Converse sobre o que estão visualizando nas imagens, por que
essas são suas poesias prediletas e deixe que leiam ou recitem a sua ma-
neira. Escreva no cartaz, em letra maiúscula, a lista das poesias preferi-
das ouvindo as indicações das crianças. Convide-as a ler os títulos em
voz alta com você.

Diga para as crianças que agora elas desenharão ou escreverão a maneira


delas a poesia preferida ou a que desejam declamar no recital. Para isso,
disponibilize filipetas de papel e canetinhas. Observe quais estratégias
elas utilizam para expressar sua opinião. Algumas crianças podem fa-
zer bolinhas, rabiscos para representar sua poesia preferida, outras po-
dem usar desenhos e outras buscar a escrita do professor para apoiar a
própria.Acolha e incentive suas produções. Ao terminarem o desenho,
combine que cada criança colocará sua filipeta no cartaz próximo a po-
esia que quer declamar, uma de cada vez. Dessa forma, as crianças serão
divididas em pequenos grupos, conforme suas preferências, já se organi-
zando para recitar as poesias. Convide-as a contarem com você quantas
crianças escolheram determinada poesia, qual poesia terá mais crianças
recitando e qual terá menos.

Converse novamente com o grande grupo sobre o vídeo lembrando os


aspectos de um recital. Ouça suas contribuições e utilize as informações
anotadas no caderninho para ajudá-las nessa conversa. Combine com
elas que agora vocês brincarão de recitar poesias empequenos grupos e
retome quais poesias escolheram. Diga que você será o apresentador e,
enquanto um grupo estiver se apresentando, os outros serão a platéia.
Elas podem recitar várias vezes em diferentes vozes e ritmos escolhidos
pelo grupo. Respeite suas escolhas e o ritmo de cada uma e do grupo.
Deixe que decidam o espaço da recitação como, por exemplo, onde fica-
rá a platéia e onde ficará o grupo que estará declamando a poesia. Ob-
serve as crianças que não se sentem a vontade ao recitar, se brincam e se
divertem ou ficam acanhadas quando estão em evidência. Procure dei-
xá-las a vontade e não as obrigue a realizar a recitação. Algumas crianças
podem se expressar por meio do corpo, como, por exemplo, realizando
movimentos com os braços enquanto as outras recitam as poesias ou
imitando a recitação observada nos vídeos. Respeite e acolha essas ini-
ciativas. Considere o recital uma brincadeira de faz de conta e incentive
a espontaneidade das crianças.

Para finalizar:

Ao perceber que algumas crianças não estão mais interessadas em parti-


cipar da preparação do recital, disponibilize papéis e materiais riscantes
para desenharem ou escreverem, a sua maneira, a poesia preferida delas,
além dos livros para manuseio e das atividades de livre escolha, enquan-
to você continua com as outras na proposta de recitação em grupos. Ao
terminar, deixe que as outras crianças também façam seus desenhos, mas
não é preciso obrigá-las a isso. Essas produções podem compor um mu-
ral no dia do recital. Avise que, em cinco minutos, a atividade irá termi-
nar. Passado os minutos, diga que a atividade terminou e cante uma mú-
sica (sugestão: Arrumar a bagunceira, palavra cantada) para que todas
ajudem na organização dos materiais e do ambiente.

Desdobramentos
É importante repetir essa atividade para que as crianças se apropriem
do recital, brinquem e tenham novas experiências com poesias e com
os grupos. Caso queira, você pode repetí-la em outros ambientes da es-
cola, como, por exemplo, no auditório, recitando as poesias para outras
turmas. Outra idéia é realizar o mesmo planejamento, utilizando outros
tipos de textos como parlendas e quadrinhas.

Engajando as famílias
Construa com as crianças um convite para que as famílias venham a
escola assistir ao recital. O professor será o escriba do texto coletivo. Es-
timule que as crianças escolham um título para o recital e envie o convite
para as famílias.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para a realização desta atividade, é necessário que as crianças já conhe-


çam os aspectos de um recital, possuam um repertório de poesias conhe-
cidase uma lista das escolhidas para recitar.Caso ainda não tenha traba-
lhado com esse tipo de texto ou evento, inclua essa prática em sua rotina,
para seguir com a realização dessa atividade. Combine com uma turma
da escola para assistir ao recital e solicite outro profissional para ajudar
na gravação dele. Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São
eles:

Conhecendo novas parlendas

Leitura de poesias

Brincando com rimas

Preparando um recital de poesias

Gravando um recital de poesias

Materiais:

Separe os equipamentos necessários para a gravação do recital: câme-


ra ou celular. Separe também um papel grande, poder ser cartolina ou
kraft, e canetinhas para o registro das ações necessárias. Escolha alguns
livros de poesias e os organize em um cesto para o momento de transi-
ção. Organize jogos de encaixe e quebra-cabeças para as atividades de
livre escolha. Caso tenha feito registros anteriores a esta atividade, sobre
os aspectos de um recital, separe-os. Reserve ainda cartazes ou livros do
repertório do recital, com as poesias escolhidas, para que as crianças os
utilizem como apoio textual durante a recitação.

Espaços:

A atividade pode acontecer na própria sala ou em outros ambientes,


como o pátio ou área externa, desde que bem planejados. O espaço será
organizado pelas crianças com o apoio do professor no decorrer da ativi-
dade. Organize cantos com jogos de encaixe e quebra-cabeças.

Tempo sugerido:

Aproximadamente uma hora e meia.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Que estratégias as crianças utilizam para lembrar dos aspectos de um


recital? Buscam algum registro coletivo feito pela turma? Precisam do
apoio do professor ou de colegas?

2. Como as crianças procedem ao ajudar na organização do recital? Au-


xiliam nas ações da organização do ambiente e ajudam a tomar decisões
sobre elas?

3. Quais estratégias as crianças utilizam ao recitar as poesias? Também se


expressam por meio de gestos e expressões faciais? Se expressam com fa-
cilidade ou ficam acanhadas quando estão em evidência? Elas se apoiam
mutuamente na recitação?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Observe as crianças que sentem-se incomodadas por esta-
rem em evidência durante a recitação, as acolha e as apoie nesse momen-
to. Colabore para que todas participem de forma lúdica na organização e
na experiência de recitar, como uma brincadeira, não como algo imposto
ou formal.

O que fazer durante?

Em roda converse com o grande grupo e diga que todos gravarão um


recital para gerar uma lembrança a ser compartilhada com as famílias e,
também, para que em outro momento, o grupo possa retomar a grava-
ção, aprimorando as técnicas de recitação. Deixe que as crianças falem
sobre o que conhecem de um recital, sobre as poesias que escolheram
e como as recitarão, como nos portamos para recitar, etc. Ouça as indi-
cações delas e ajude-as a relembrar outras informações, se necessário.
Fale que se dividirão em pequenos grupos para auxiliar na organização
do espaço e também para o momento da recitação. Auxilie essa divisão,
deixando as crianças desinibidas com outras mais acanhadas para que se
apoiem durante a recitação. Apresente os cantos de livre escolha organi-
zados por você, como por exemplo, o de quebra-cabeças e jogos de en-
caixe, que serão explorados pelas outras crianças enquanto um pequeno
grupo estará recitando as poesias.

Combine com os grupos que cada um terá uma função para ajudar na
organização do espaço. Ouça as crianças e faça uma lista das ações. Você
pode utilizar uma parlenda para escolher pelo que cada grupo ficará res-
ponsável ou deixar que cada equipe escolha o que deseja fazer, como por
exemplo, guardar as almofadas e tapetes em um cantinho, encostar as
cadeiras em um lugar onde não atrapalhe a disposição de quem está reci-
tando e da platéia. Incentive que as crianças conversem e decidam sobre
o lugar da platéia e a localização delas durante o recital. Colabore para
que as crianças percebam que o espaço deve estar organizado de maneira
que todas estejam visíveis durante a recitação.Algumas crianças, ao se di-
rigirem para organizar um material, podem criar brincadeiras como um
trenzinho de cadeiras ou empilhar as almofadas construindo uma torre.
Acolha as brincadeiras delas e retome os registros das ações necessárias
para a organização do recital.

Retome com as crianças quais poesias os grupos escolheram ou qual foi


o registro da escolha feita por eles em um outro momento. Reúna um
pequeno grupo para recitar algumas vezes as poesias enquanto as outras
crianças estarão na atividade de livre escolha.Faça essa orientação de
modo que as crianças entendam essa proposta como uma brincadeira.
Disponibilize os portadores (cartazes ou livros) para apoiar a recitação.
Elas, certamente, recitarão de memória as poesias, mas é necessário
mostrar a função social desses materiais. Algumas crianças podem ex-
pressar-se pelo corpo, balançando os braços acompanhando o ritmo e a
entonação desse tipo de texto. Outras podem não querer recitar ou ficar
inseguras por estarem em destaque. Acolha e respeite essas manifesta-
ções. As crianças também podem propor formas diferentes de recitar o
texto. Ouça-as e aproveite essas ideias para compor o recital. Relembre
com elas, se necessário, os aspectos de um recital e tenha cuidado para
que não fique cansativo. Repita esse passo com os outros pequenos gru-
pos.

Convide as crianças de outra turma para assistir ao recital e solicite a


ajuda de outro profissional da escola para gravar o evento.Organize os
pequenos grupos e chame-os, um por vez, para recitar as poesias esco-
lhidas por eles. Eles podem recitar da maneira que quiserem: com ou
sem movimentos, com diferentes vozes etc.Algumas crianças podem
ficar tímidas ao se deparar com a plateia. Respeite e tranquilize-as para
que não se sintam obrigadas a recitar. Outras crianças podem esquecer
a poesia no momento de recitação. Incentive o grupo a continuar ou
convide-o, se necessário, a recitar mais uma vez, para que todas possam
acompanhar. Mas lembre-se de que não é necessário que todos façam
da mesma maneira. Considere o ritmo de cada criança e de cada grupo.
Esse tipo de atividade pode gerar muito interesse e consequentemente
um certo alvoroço. Tenha paciência e encare o recital como uma brin-
cadeira, estimulando a organização das crianças e, sobretudo, a diversão
delas.

Para finalizar:

Disponibilize um cesto com livros de poesias para o manuseio das crian-


ças que não estão mais envolvidas no recital e diga que precisarão falar
baixinho para não atrapalhar a recitação dos outros grupos. Elas tam-
bém podem participar da plateia ou se dirigir aos cantos dos jogos de
encaixe e quebra-cabeças. Ao terminar a gravação, agradeça a visita da
outra turma ediga que todas podem continuar explorando os livros e os
jogos ou brincar de recitar com os colegas da outra turma. Sinalizeque
em dez minutos começará a organização do espaço e dos materiais. Pas-
sado esse tempo, convide as crianças para organizar a sala e os materiais
de diferentes maneiras: bem rápido, bem devagar, com passos de gigante,
com passos de formiguinha, pulando de uma perna só, entre outras que
as próprias crianças podem sugerir.

Desdobramentos
É importante repetir essa atividade para que as crianças se apropriem do
recital e, por meio dele, possam brincar e interagir com o texto de dife-
rentes formas. Caso queira, você pode convidar as famílias para apreciar
o recital de poesias. Combine com as crianças como poderão organizar
esse evento, propondo que tomem decisões sobre o dia, o local, a confec-
ção do convite etc. Outra ideia é repetir o recital convidando as famílias
para que recitem com as crianças uma poesia. Para isso, organize um
cantinho no corredor da escola com alguns livros das poesias preferidas
das crianças, no qual as famílias poderão manusear, ler, escolher a poesia
e, se quiserem, levar o livro para casa. Ofereça também a possibilidade
para que as crianças assistam ao vídeo do recital (no próprio celular ou
câmera) e conversem sobre ele, sobre a recitação e suas técnicas.

Engajando as famílias
Envie a gravação do recital para as famílias e, junto dela, um bilhete con-
tando sobre o evento. O texto do bilhete pode ser um registro coletivo,
para que as crianças contem suas vivências para as famílias.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Considere que esta atividade seja realizada na escola, em um parque


onde as crianças costumam brincar. É importante que elas já tenham re-
alizado interações e questionamentos sobre as plantas que também ficam
neste espaço.

Materiais:

Para essa atividade é necessário dispor de terra (ou adubo), pás, regado-
res com água e um aparelho fotográfico. Aproveite também os materiais
disponíveis na escola, como potes, colheres e garrafas. Leve quantidades
suficientes para que todas as crianças possam escolher algum material
para utilizar. Se achar necessário, prepare fotografias, livros ou materiais
impressos grandes e plastificados com imagens de plantas em diferentes
situações, para as crianças manusearem e folhearem.

Espaços:

A atividade será iniciada no parque, no momento em que as crianças es-


tiverem brincando. Lá, as crianças serão convidadas a participar da pro-
posta. Em seguida, será sugerido um aprofundamento, por meio de fo-
tografias, que serão tiradas em duplas ou trios. Por fim, o grupo irá para
uma sala ou outro espaço que possibilite uma conversa e a finalização da
atividade.

Tempo sugerido:

Aproximadamente uma hora.


Perguntas para guiar suas observações:

1. As crianças usam quais estratégias para se relacionar com o ambiente?


Elas demonstram quais atitudes de cuidado com as plantas e entre si?

2. As crianças elaboram quais hipóteses para manipular os materiais


oferecidos? Como elas utilizam estes materiais para investigar e explorar
seu entorno?

3. As crianças compartilham espaços e materiais de forma adequada?


Quais são as maiores facilidades e as dificuldades das crianças nesse
compartilhar?E como elas expressam a curiosidade e a ampliação de co-
nhecimento do mundo físico?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Para isso, incentive que as crianças se apoiem durante
a locomoção, o deslocamento e a exploração no espaço. Fique atento a
gestos e movimentos para compreender interesses e descobertas. Sugira
que percebam o ambiente por meio de diferentes sentidos como a visão,
o tato e o olfato. Descreva, com o apoio das crianças, o ambiente e as
ações, enquanto realizam a atividade.

O que fazer durante?


1

Em um momento reservado para as crianças brincarem no parque, con-


vide o grupo para fazer uma atividade diferente, envolvendo o cuidado
das plantas. Pergunte para as crianças se elas têm hipóteses sobre quais
plantas existem no espaço e o que poderão fazer para cuidar delas.

Complemente a conversa dando exemplos de quais são essas plantas.


Ouça as ideias das crianças, considere as hipóteses delas e incentive a
escuta atenta dos colegas. Se achar necessário, disponibilize as imagens
selecionadas para as crianças manusearem e continuarem o diálogo, pro-
curando interpretar as manifestações por meio de falas, gestos e desloca-
mentos no espaço.

Possíveis falas do professor neste momento: O que a gente costuma fazer


aqui no parque? Nós prestamos atenção nas plantas que vivem aqui? Por
que vocês acham que essas plantas das imagens, ou no parque precisam
de cuidados? Quem tem plantas em casa? Vocês ajudam a cuidar delas?
Como? Como vocês acham que nós poderemos cuidar dessas plantas?
Quem já cuidou de alguma planta, mesmo que não tenha sido em sua
casa? O que você fez para isso?

Retome com as crianças as hipóteses que elas levantaram anteriormente.


Solicite que observem as plantas do entorno e tentem identificar se elas
parecem estar bem. Incentive que continuem fazendo descobertas, com-
plementando ideias sobre as plantas que parecem necessitar de mais cui-
dados.

Em seguida, mostre potes, colheres, regadores e a água e diga que todas


poderão usar os materiais para brincar de cuidar das plantas, de acordo
com o que elas já observaram.
4

Este pode ser um momento de fruição e intensidade, demonstrado por


meio de animação e curiosidade. Por isso, incentive que as crianças ex-
plorem e brinquem no espaço com os materiais livremente. Permita que
elas interajam com o ambiente e entre si, realizando movimentos como
correr, se arrastar, subir em árvores e atravessar obstáculos. Elas podem
também brincar sozinhas, ou em pequenos grupos, escolhendo seus pa-
res.

Observe quais estratégias elas levantam para o uso dos materiais, a partir
das próprias ações que executam.

Apoie a curiosidade delas, acompanhando seus encantamentos e as pos-


síveis descobertas sobre as plantas, os bichinhos na terra e os diferentes
elementos. Incentive que elas sintam a temperatura da água e a mudança
de textura na terra molhada, que notem o vento no corpo delas e ba-
lançando os galhos das plantas e que sintam os diferentes cheiros. Não
é interessante ser cobrado, neste momento, precisão ou rigor científicos
sobre os fenômenos da natureza. Em vez disso, as crianças podem con-
tar sobre o que observam e sentem, e sobre suas tentativas de interação e
formulação de hipóteses.

Interaja em situações em que as crianças demonstram tolerância e cui-


dado entre si e as plantas. Caso note que alguma criança está tentando
levar algo à boca, intervenha. Faça também propostas de outras ações, a
partir do próprio envolvimento delas.

Possíveis falas do professor: Eu vejo que você encontrou uma planta que
parece precisar de mais cuidados. Vamos chamar mais crianças nos aju-
dar a fazer isso? Que legal que vocês descobriram juntas como usar este
regador e esta pá! O que você acha sobre tentar colocar mais terra/adubo
aqui neste solo?
Ao notar que uma criança está subindo em uma árvore que não a supor-
ta: Quer tentar encontrar outra árvore que seja mais forte? Se uma crian-
ça estiver arrancando folhas e flores: Que cheiro a folha/flor tem? Será
que conseguimos encontrar outras no chão, para não precisarmos arran-
car mais?

Algumas crianças podem preferir continuar explorando e brincando no


parque, sem necessariamente acompanhar aquelas que estão interessa-
das na proposta da atividade. Por isso, deixe que cada uma escolha com
o que vai brincar. Quem quiser poderá ficar no balanço, escorregador,
gira-gira, ou outros brinquedos que estejam disponíveis. Não se esqueça
de solicitar que elas estejam próximas de você. Utilize as descobertas so-
bre as plantas feitas pelas crianças engajadas na atividade para convidar à
participação, aos poucos, daquelas que brincam com os demais elemen-
tos do espaço.

A partir de suas observações, aos poucos, convide duas ou três crianças


para tirar fotografias das plantas que elas acham que precisam de mais
cuidados, ou que nas quais demonstraram mais interesse. Este é um bom
momento para sua escuta atenta. Note variações e adaptações que as du-
plas fazem enquanto tomam decisões e trocam ideias: para onde olham,
como se movimentam, a maneira como interagem, quais são suas prefe-
rências por materiais ou espaços. É importante que as fotos sejam tiradas
a partir da escolha das crianças e acordada pela dupla oupelo trio. Pro-
cure convidar todas as crianças, mas, se não houver tempo, ou se alguma
criança não quiser tirar fotos, respeite sua escolha e, se forem retomar
a atividade em outro dia, diga que elas terão outras oportunidades para
realizar essa ação.
8

Atente-se para as crianças que não quiserem mais participar da ativida-


de. Questione se elas estão bem e se querem explorar o espaço de outra
forma, brincando com os colegas que já estão nos brinquedos do parque,
enquanto aguardam os demais.

Quando o tempo da atividade estiver se encerrando, ou se você achar


que as crianças já estão finalizando suas explorações, diga que, em breve,
vocês precisarão retornar e que a atividade vai acabar em dez ou em cin-
co minutos (quanto você considerar necessário para essa finalização).

Para finalizar:

Diga novamente que a atividade está acabando e que este é o momento


para vocês se organizarem. Solicite que todos auxiliem a guardar os ma-
teriais. É possível cantar uma música para que este momento fique mais
divertido. Em seguida, em uma roda de conversa com todo o grupo, no
parque, ou numa sala (se você considerar mais adequado) proponha um
diálogo para que as crianças contem sobre como foi a brincadeira de cui-
dar as plantas, o que fizeram e quais foram suas descobertas. Relembre
também sobre ações de cuidado que você notou e incentive que as crian-
ças expressem ideias e sentimentos.

Por fim, se organize para seguir para a próxima atividade, conforme a


rotina da turma.

Desdobramentos
Ao propor a repetição desta atividade, aproveite outros momentos co-
tidianos de uso da área externa, para que as crianças possam repetir a
brincadeira em interação com outras faixas etárias que frequentam o
parque no mesmo horário que seu grupo Utilize as fotografias que as
crianças tiraram para auxiliá-las a se lembrar do que já foi feito. Montem
um painel com sequências de fotografias das plantas que estão receben-
do cuidados e exponham-no em um local de uso comum, como num
corredor ou no próprio parque, para que todos na escola possam acom-
panhar como as plantas se modificam com o passar o tempo, de acordo
com o clima e com as intervenções que estão fazendo.
Engajando as famílias
Envie as fotografias tiradas pelas crianças ou faça um breve relato da
atividade realizada para as famílias. Pergunte, numa consigna ou pesso-
almente, se elas conhecem o parque da escola e se alguém tem experiên-
cia com a agricultura ou com o cultivo de plantas. Convide essas pessoas
para compartilhar conhecimentos com você e com as crianças na escola,
se vocês forem realizar novamente a atividade.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para realizar esta atividade envie com antecedência um Convite às famí-


lias. É importante que a atividade seja marcada em um horário próximo
da entrada, ou saída das crianças, para garantir a maior participação.
Elabore uma lista com os confirmados e considere chamar outros adul-
tos da escola para participarem, acompanhando principalmente as crian-
ças sem nenhum familiar para formar uma dupla.

Materiais:

Prepare papéis com consignas para a caça ao tesouro e separe canetas,


gizes, ou outro material de escrita que a escola tenha para as duplas mar-
carem os tesouros já encontrados. Se desejar, disponibilize também saco-
las, caixas ou baús para as duplas guardarem os tesouros e um aparelho
fotográfico.

Espaços:

Considere que a atividade deve iniciar em um local que comporte todo


o grupo e que seja possível realizar uma conversa, como uma sala. Em
seguida, a atividade será realizada em duplas no espaço externo, como
um parque. Considere que este espaço seja dentro da escola e que, além
de brinquedos, tenha diferentes elementos da natureza, como folhas, pe-
drinhas, galhos, areia, árvores, declives etc. Certifique-se que os espaços
não tenham objetos, ou acessos que coloquem em risco a segurança das
crianças e seus familiares.

Tempo sugerido:
Aproximadamente 1 hora, mas pode ter uma variação, dependendo da
disponibilidade de tempo, considerando a rotina do grupo, e do interesse
demonstrado pelos envolvidos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Quais deslocamentos, gestos e ações demonstram que adultos e crian-


ças procuram pelos tesouros com autonomia e, quando necessário,
apoiando-se mutuamente? Quais as reações das famílias e crianças ao
encontrarem os tesouros?

2. Quais estratégias as crianças e os adultos utilizam para encontrar os


tesouros? Quais ações demonstram a escuta atenta e a colaboração entre
as crianças, os adultos e o grupo?

3. Quais foram as maiores dificuldades encontradas? Todos conseguiram


compartilhar de espaços e objetos, resolvendo os conflitos, se estes surgi-
ram? De quais formas?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Para isso, proponha que os participantes procurem apoiar
e compreender os gestos, falas e movimentos das crianças, os conside-
rando como formas de expressão e manifestação de interesses. Sugira
que todos percebam o ambiente por meio de diferentes sentidos como a
visão, o tato e o olfato. O grupo também pode descrever, oralmente, suas
hipóteses e descobertas enquanto realizam a atividade.

O que fazer durante?


1

No momento escolhido por você, na entrada ou saída das crianças, rece-


ba os familiares e reúna o todo o grupo em um local possível de ser reali-
zada uma conversa inicial, como uma sala. Se for no período da entrada
das crianças e algum familiar não confirmou a presença, convide-o no-
vamente à participar. Permita que as crianças fiquem próximas de seus
familiares. Acolha as crianças que não terão um familiar para acompa-
nhá-las e explique qual adulto vai ficar com ela durante esta brincadeira
(de preferência alguém que ela já conheça). Enquanto todo o grupo che-
ga, propicie este momento livre de trocas iniciais. Este é um momento de
recepção e acolhida.

Possíveis falas do professor neste momento: Sejam todos bem-vindos.;


Em breve vamos começar a caça ao tesouro.; Vamos aguardar até que
todos cheguem, ou dar o horário combinado.

Possíveis ações da criança neste momento: Pedir colo aos adultos.; Abra-
çar seus familiares e mostrar o que conhece do local onde está ou os
brinquedos lá disponíveis.; Apresentar os familiares, com gestos ou falas,
para você e outras pessoas.
2

Convide o grupo para se sentar em roda, ou como acharem mais confor-


tável. Proponha um diálogo inicial e conte que eles vão realizar a caça ao
tesouro em duplas. Pergunte ao grupo se eles têm ideias de quais podem
ser esses tesouros e se já participaram de uma caça ao tesouros antes.
Divida as duplas, de forma que sejam compostas por um familiar e uma
criança, ou um adulto e uma criança. Amplie a conversa solicitando que
as duplas contem se costumam brincar juntas e quais são essas brinca-
deiras. Ressalte que é importante que os adultos acolham os gestos, mo-
vimentos e falas das crianças, para que a busca e escolha dos tesouros
sejam ações respeitadas e valorizadas por todos. Se desloque com o gru-
po até o parque, ou área externa onde será realizada a caça.

Possíveis falas do professor neste momento: Vocês já participaram de


uma caça ao tesouro? Quem caça tesouros?; Vocês brincam juntos? Do
quê?; Essas brincadeiras são exclusivamente em casa, ou também na rua,
em parques e locais com elementos da natureza?; E quais dificuldades
vocês enfrentam para conseguirem brincar juntos?

No parque, ou outro local escolhido para a caça ao tesouro, faça uma


contextualização do espaço, destacando como ele é composto (por escor-
regadores, balança, gira-gira, árvores, sol, areia etc). Solicite que as crian-
ças contem aos familiares o que há neste espaço e como elas costumam
brincar nele.

Se o grupo estiver interessado, proponha que eles brinquem livremente


nele por um momento. Em seguida, diga que os tesouros estão escondi-
dos neste espaço, que vocês podem passar por eles e nem perceber que
estão lá, e que para encontrá-los é preciso usar a imaginação e ter um
olhar atento.

4
Reúna novamente o grupo e entregue para cada dupla uma consigna
da caça ao tesouro, um giz ou caneta, o saco, caixa ou baú.. Esclareça ao
grupo que as duplas podem marcar no papel o tesouro já encontrado e
guardá-lo no saco, caixa ou baú, antes de partirem para a busca do próxi-
mo. Numa variação da atividade, ao invés de entregar as consignas, você
pode ler cada item que as duplas devem procurar, dando um tempo para
as buscas entre um e outro

Permita que as crianças e os adultos explorem o espaço com liberdade.


Demonstre também que é possível encontrar os tesouros, sem danificar
o local: ele pode ser uma folha seca, uma flor caída no chão, uma pedri-
nha, galhos, entre outros.

Destaque que cada hipótese é importante e que possíveis conflitos, ou


dúvidas, podem ser abordados de forma independente, ou por meio de
seu apoio, se você for solicitado

Algumas crianças podem querer não participar da caça ao tesouro. Se a


atividade for realizada em um parque com brinquedos como escorrega-
dor, balança, gira-gira etc, abra a possibilidade para que elas brinquem
nesses brinquedos. Para isso, conversem com as crianças e os familiares
sobre os cuidados que podem ter enquanto brincam como, por exemplo,
não se afastar muito do grupo e respeitar o limite de força e peso de cada
brinquedo. Sugira também que os familiares convidem novamente as
crianças, num outro momento, a procurar por algum tesouro próximo
de onde estão, ou a ajudar uma outra dupla.

Promova a exploração física e sensorial do espaço, de forma que todos


possam se movimentar, subir morros, mover brinquedos e pegar ele-
mentos da natureza. Mantenha uma escuta atenta para intervir quando
necessário. Para isso, considere os gestos, ou falas das crianças e seus
familiares. Atente-se ao diálogo e reconhecimento de interesses entre as
duplas, para que as hipóteses levantadas pelas crianças e adultos sejam
levadas em consideração para a escolha do tesouro. Pergunte se precisam
de apoio para encontrar algo que represente o tesouro solicitado. A aco-
lhida e o incentivo à autonomia são importantes para garantir o aprovei-
tamento dos diferentes interesses em prol da brincadeira de busca pelos
tesouros.

Possíveis falas do professor neste momento: Cada elemento tem uma


temperatura, faz um som, possui texturas e cores. Vamos sentir e obser-
var essas características? Quais podem corresponder aos itens da caça
aos tesouros?; Vocês já usaram eles para fazer coleções ou montar brin-
quedos?

Possíveis ações da criança neste momento: Ficar imersa nas buscas com
os adultos, concentrada com outras coisas que encontrarem, se afastar
do parceiro da dupla, ou preferir fazer duplas e agrupamentos com ou-
tras crianças.

Solicite às duplas que forem terminando a atividade, que encontrem um


lugar confortável para refletirem sobre o que poderão dizer de cada uma
das descobertas que fizeram e os tesouros que encontraram. Sugira que
elas verifiquem se as outras duplas que não finalizaram a atividade que-
rem algum apoio para encontrar, ou para guardar os tesouros. Também
é possível propor que elas brinquem nos outros espaços e brinquedos do
parque, interagindo com os adultos, aos pares ou em pequenos grupos,
enquanto aguardam as demais duplas.

Quando o tempo estiver se esgotando, avise ao grupo que a atividade vai


acabar em breve e solicite que as duplas que já finalizaram as buscam se
reúnam próximas de você.
Para finalizar:

Solicite que todo o grupo se sente em roda, ou de modo mais confor-


tável. Promova um momento de trocas e diálogo, solicitando que cada
dupla mostre os tesouros que encontrou e que explique o porquê da es-
colha. Se desejar e todos estiverem de acordo, registre o momento por
meio de fotografias, ou gravações de vídeo/áudio. Conte que, em outro
momento, os registros poderão ser apreciados pelas crianças e familiares.

Incentive a fala e escuta de adultos e crianças, de forma que todos que


quiserem possam expressar suas ideias e sentimentos sobre a brincadei-
ra. Proponha que todos relembrem também suas brincadeiras e os mo-
mentos bons que já passaram juntos, ou descobrindo coisas na natureza.
Amplie a discussão, elencando um ou dois momentos (de acordo com o
tempo disponível) de brincadeiras, descobertas, ações ou falas colabora-
tivas que você notou durante esta atividade.

É importante que você agradeça pelos depoimentos e participações, res-


saltando a importância destes momentos de brincadeiras e trocas com
as famílias para todos na escola. Em seguida, solicite que os adultos e as
crianças se auxiliem para voltar para a sala, ou outro local com os tesou-
ros, para que eles possam ser guardados.

Desdobramentos
Caso queira dar continuidade à atividade, no mesmo espaço, propo-
nha que as famílias ensinem para as outras crianças e adultos da escola
brincadeiras que elas conheçam, de suas infâncias, e que fazem uso dos
brinquedos e elementos da natureza da época, ou encontrados na região
onde vivem atualmente. Um livro que traz sugestões para ampliar esta
proposta é o Jardim das brincadeiras, de Guilherme Blauth (Link: ht-
tps://criancaenatureza.org.br/content/jardim-das-brincadeiras/, acesso:
ago./2018)

Engajando as famílias
Monte com as crianças e as famílias uma exposição com os tesouros que
foram encontrados. Solicite, ou auxilie que as famílias escrevam legen-
das para cada tesouro, ou que escolham entre os registros fotográficos
aqueles que, posteriormente, querem expor. Promova a visitação de ou-
tros grupos da escola à exposição. Além disso, é possível sugerir que as
duplas contem para as demais crianças e adultos da escola as histórias e
relatos envolvendo os tesouros que descobriram.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para realizar essa atividade, avise as famílias antecipadamente. Caso ava-


lie como necessário, solicite mais conjuntos de roupas e uma autorização
para que as crianças brinquem com água, sabão e uma peça de roupa
delas. É importante que essa atividade seja realizada em um parque, ou
outro espaço externo, em que elas já brincaram.

Materiais:

Baldes com água limpa e água com sabão neutro. Varais, prendedores,
cestos, roupas das crianças e uma mangueira, se houver disponibilidade.
Aproveite para complementar esses materiais utilizando os itens dispo-
níveis na escola, como cadeiras, cordões e roupas de brinquedos. Separe
também brinquedos e materiais que favoreçam o brincar de faz de conta
em ambiente externo como esponjas, escorredores, escovinhas, blocos de
espuma para serem os “sabões”, bacias de plástico grandes para serem os
“tanques”, potes vazios de diferentes tamanhos para serem “amaciantes”,
ou “alvejantes”, copinhos, regadores etc. Se as crianças não reconhecem
suas próprias peças de roupas, atente-se para que estejam identificadas
com seus nomes.

Espaços:

Planeje que a atividade iniciará com todo o grupo em uma sala com um
cesto e roupas. Em seguida, ocorrerá em um espaço externo, como um
parque, pátio, ou quadra, onde as crianças se dividirão em grupos me-
nores. Considere que esse local seja amplo, seguro, no sentido de evitar
escorregões, que possa ser molhado e limpo depois, e que permita a mo-
vimentação das crianças.

Disponha as bacias com água em cantos diferentes, próximos da man-


gueira, e os pregadores próximos aos varais. Prenda os varais entre ca-
deiras, ou paredes. Se a atividade for realizada em um parque com brin-
quedos, amarre os varais também entre os brinquedos que tenham uma
estrutura fixa. O encerramento será com todo o grupo no mesmo espa-
ço.

Tempo sugerido:

Aproximadamente uma hora.

Perguntas para guiar suas observações:

Quais hipóteses as crianças levantam durante as descobertas sobre o uso


dos materiais e suas funções? Quais falas ou gestos demonstram confian-
ça e respeito ao próximo durante essas tentativas?

Em quais ações realizadas pelas crianças é possível notar os deslocamen-


tos como andar para frente, para trás, se agachar e se levantar? E quais
estratégias elas usam para guardar objetos dentro de cestos, manusear as
roupas e utilizar a água?

Em quais momentos da brincadeira é possível perceber o aprendizado


pela observação e imitação entre os grupos? Quais desses jogos de imita-
ção podem ser reconhecidos como pertencentes à sua cultura?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Atente-se para que a atividade não seja realizada em um
local que fique escorregadio quando molhado. Organize o espaço de for-
ma que os materiais sejam acessíveis às crianças. Escolha roupas de dife-
rentes tamanhos, cores e texturas. Incentive que as crianças percebam a
temperatura da água e os cheiros das roupas e sabões. Com o apoio das
crianças, descreva suas atividades, ações e a localização dos materiais.

O que fazer durante?

Na sala, convide o grande grupo para se sentar com você ao redor do


cesto vazio e das peças de roupas e tecidos. Pergunte se as crianças têm
hipóteses sobre qual atividade vocês vão realizar. A partir das falas, con-
te que vocês vão brincar de lavar roupas no parque e proponha que elas
expressem o que acham que poderão fazer e quais são suas experiências
anteriores relacionadas a essa brincadeira.

Possíveis falas do professor neste momento: O que aconteceu para essa


roupa ficar suja? O que precisa ser feito para ela ficar limpa novamen-
te? O que precisamos usar para lavar as roupas? Por que usamos roupas
limpas? Alguém já ajudou a lavar roupas em casa, ou em outro lugar?
Como?

Possíveis falas da criança neste momento: A gente coloca a roupa dentro


do balde e da máquina para lavar. A gente precisa de sabão e água pra la-
var a roupa. Lá em casa quem lava a roupa é minha mãe/meu pai/minha
vó/meu vô.
2

Solicite que as crianças escolham uma peça de roupa delas para ser la-
vada, ou uma peça dentre as que você já disponibilizou na sala, e que a
coloquem dentro do cesto. Considere reservar um tempo adequado para
que vocês possam se preparar e, se necessário, trocar de roupas antes de
sair, respeitando o ritmo de cada criança. Em seguida, vá com todo o
grupo e o cesto para o parque ou para o ambiente previamente prepara-
do por você.

Possíveis ações das crianças neste momento: tirar uma peça de roupa
que esteja usando e que tenha alguma sujeira, ou pegar uma peça de
roupa de dentro de suas mochilas, caso utilize na escola, para colocar no
cesto.

No parque, ou área externa previamente organizada, converse novamen-


te com o todo o grupo. Caso o espaço escolhido seja um parque com
brinquedos como escorregador, gira-gira e balanços, diga que todos po-
derão brincar nos brinquedos e que, quem quiser, poderá participar des-
sa outra proposta, de brincar de lavar as roupas.

Antes de as crianças escolherem onde querem brincar, é importante que


vocês conversem sobre os cuidados que os grupos divididos entre os
brinquedos do parque e a brincadeira de faz de conta podem ter, como:
evitar empurrões, não passar correndo pelos varais, respeitar a vez de
cada um usar os brinquedos e não levar água e roupas para dentro dos
brinquedos do parque. Ressalte também que é preciso que todos tomem
cuidado para não escorregar, nem levar nada à boca, pois pode fazer
mal.

Convide todo o grupo para apreciar se o tempo está propício para a


brincadeira: se há sol, vento, ou nuvens.

Mostre para as crianças interessadas na proposta que você criou um es-


paço para a brincadeira de lavar roupas e diga que, durante essa brinca-
deira de faz de conta, elas terão a bacia para molhar a roupa, um lugar
para passar sabão e brincar com a espuma, o varal de pendurar as roupas
para secarem com o vento e o sol e ainda diversos materiais e utensílios
que podem ser o que elas imaginarem.

Atente-se aos deslocamentos e gestos que as crianças fazem, de acordo


com seus interesses e levantamento de hipóteses. Dê um tempo para que
possam fazer descobertas e explorações sobre o uso dos materiais e de
suas ações na interação com eles. Se desejar, demonstre alguns usos pos-
síveis, a partir das ações das próprias crianças. Brinque junto com elas de
molhar a roupa, torcer, passar sabão e enxaguar. Converse sobre o estado
das roupas, pergunte como elas ficaram sujas e enfatize como é refres-
cante e divertido brincar com água e sabão.

Se houver falas das crianças que caracterizem essa atividade como sendo
apenas de meninas, procure contextualizar e ampliar essas considera-
ções, conversando com elas sobre as possibilidades de diversão e interes-
se dessa brincadeira por todos.

Possíveis falas do professor neste momento: Por que esta brincadeira é só


para meninas? Quem aqui está se divertindo e gostando dessa brincadei-
ra? São só as meninas? E quem gosta de usar roupas limpas e cheirosas?
Os meninos não gostam?

Possíveis falas da criança neste momento: eu não quero brincar disso


porque é brincadeira de menina. Ele não pode brincar com a gente por-
que é uma brincadeira de meninas.
7

Permita que as crianças escolham se querem brincar em grupos meno-


res, ou individualmente, elegendo pares de acordo com suas investiga-
ções, formas de apoio e interesses. Nesse momento, não é preciso cobrar
uma sequência específica de ações, mas se uma criança ou um pequeno
grupo ficar muito tempo em um só local, por exemplo, no balde com
água limpa, faça outras propostas de ações e desafios. Se alguma criança
apresentar desconforto, ou não estiver conseguindo alcançar algo, per-
gunte se ela precisa de ajuda e considere mover os materiais de local, ou
alterar a altura do varal.

Possíveis falas do professor neste momento: Que cheiro sua blusa tem
agora? O que será que acontece se colocarmos essa sua roupa neste balde
com sabão? Você consegue alcançar o varal para colocar sua roupa para
secar? Como a gente faz para usar o prendedor? Você precisa de algum
apoio agora?

Possíveis falas da criança neste momento: não sei abrir esse pregador.
Quero mais sabão.

Possíveis ações da criança neste momento: demorar muito em uma úni-


ca etapa da lavagem. Entrar dentro da bacia com água e sabão. Chaco-
alhar as roupas na água com sabão para fazer espuma. Jogar água para
cima. Tentar alcançar algo.

Pode haver crianças que não queiram explorar os materiais e participar


da atividade, ou que terminem o que estavam fazendo antes das demais.
Procure conversar com elas e interpretar seus gestos, para compreender
seus objetivos e no que estão interessadas. Interaja também com quem
estiver participando de outras ações e sugira que brinquem nos brinque-
dos do parque, com as crianças que já estiverem lá.
Possíveis falas do professor neste momento: Olha como o sabão é legal,
ele faz espuma, vem fazer espuma comigo? Nossa, olha só o que aconte-
ce quando eu balanço essa roupa aqui bem forte. Como será que a gente
vai tirar esse sabão daqui? Você já terminou a brincadeira? Não vai lavar
mais nenhuma roupa? Já viu se algum amigo precisa de ajuda? Você pre-
fere brincar perto da gente, nos brinquedos do parque? Quais cuidados
precisamos tomar para você poder brincar lá?

Tente participar da brincadeira com uma criança, incentivando suas


tentativas, interagindo e tentando transmitir segurança em suas escolhas.
Nomeie as ações que ela esteja fazendo, como sentir o cheiro do sabão,
a textura e a temperatura da água, mergulhar e esfregar as roupas, abrir
os pregadores, se esticar para colocar as roupas no varal e se abaixar para
pegar objetos.

Neste momento, é importante observar as falas e deslocamentos das


crianças para, a partir deles, ampliar as possibilidades de protagonismo
delas em jogos de imitação que remetam a contextos culturais conhe-
cidos por vocês. Repare se as crianças fazem de conta que são persona-
gens, ou pessoas que elas conhecem, durante essas brincadeiras e brin-
que com elas, participando das narrativas que estejam construindo.

Se você estiver com uma mangueira disponível, convide uma criança por
vez para molhar as roupas nela, controlando o uso da água.

Pode não haver tempo, ou disponibilidade, para ter momentos seus de


brincadeiras individuais com todas as crianças. Se isso ocorrer tente no-
vamente, ao repetir a atividade, iniciando com as crianças com quem
não ainda brincou de lavar roupas.

10
Quando o tempo estiver se encerrando, ou se você achar apropriado
iniciar a finalização, diga às crianças que a atividade vai acabar em breve
e que elas podem pendurar no varal as roupas que ainda estiverem sendo
lavadas, ou terminar a brincadeira que estiverem fazendo.

Avise ao grupo que vocês têm dez ou cinco minutos para finalizar a ati-
vidade, de acordo com o tempo que você ache adequado para fazer a
organização, respeitando o ritmo de cada criança.

Para finalizar:

Diga para o todo ogrupo que o tempo para essa brincadeira chegou ao
fim e solicite a colaboração para que os materiais utilizados sejam orga-
nizados e guardados. Vocês podem cantar alguma música que deixe este
momento de organização mais divertido.

Converse com outros adultos da escola sobre a possibilidade de reutili-


zação da água que sobrou da brincadeira. É importante que as crianças
acompanhem esse processo de reutilização, como forma de vivenciar a
questão do reaproveitamento e de valorizar o meio ambiente.

Se achar necessário, para que as crianças fiquem vestidas com roupas se-
cas, retornem ao local inicial da atividade e auxilie-as a se trocarem, con-
forme for habitual para vocês, antes de irem para a próxima atividade.

Desdobramentos
Ao repetir esta atividade você pode propor outros desafios como separar
as roupas em grupos de cores ou texturas semelhantes, seguir uma sequ-
ência de ações, ou pegar do varal, dobrar e guardar as roupas secas. Você
também pode, apenas inicialmente, organizar grupos menores entre os
espaços e materiais, conforme as ações que elas já demonstraram maior
interesse. Outra proposta é pesquisar cantigas e danças regionais sobre
“lavar roupas” para fazer com as crianças durante a atividade, como a
“Lavadeira”. Utilizando os mesmos materiais e espaços, também é pos-
sível propor uma atividade com um contexto diferente, como lavar os
brinquedos ou dar banhos em bonecos. Sugestão: Lavadeira 1, do Mapa
do Brincar da Folha de S. Paulo

http://mapadobrincar.folha.com.br/brincadeiras/roda/567-lavadeira-1

Engajando as famílias
Próximo ao horário da saída, caso as roupas estejam secas, organize-as
com o grupo em uma mesa e proponha que as crianças chamem as fa-
mílias para pegar suas respectivas peças. Incentive que os responsáveis
conversem com as crianças em casa sobre a brincadeira de hoje. Solicite
ainda que contem e mostrem para elas como as roupas são lavadas lá.
Em outro dia, proponha um diálogo para que elas compartilhem o que
descobriram sobre como as roupas são lavadas em suas casas e acolha
todas as experiências relatadas pelas crianças, de acordo com suas rea-
lidades. Se achar pertinente, intervenha relacionando essas falas com o
que elas conheciam e com as hipóteses que levantaram, antes ou durante
a brincadeira.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para realizar essa atividade é importante que as brincadeiras no parque


sejam frequentes dentro da rotina das crianças na escola. Tente se lem-
brar, busque em seus registros e converse com as crianças sobre o que
há no parque e do que elas gostam de brincar quando estão nele. Você
pode disponibilizar fotografias ou desenhos das crianças sobre o brincar
no parque para auxiliá-las nesta conversa. Considere que o brincar do
parque é um momento rico para interação e criação de brincadeiras das
crianças e também para sua observação. A partir de uma sondagem de
sugestões das crianças, faça com elas uma lista de materiais a serem en-
contrados e converse com outros adultos da escola para colaborarem na
busca. É bastante pertinente ler as orientações do tópico “Materiais deste
Plano”, para que os materiais selecionados favoreçam o brincar livre e
investigativo das crianças e a ampliação das ações delas nos momentos
no parque.

Materiais:

Sugestão de lista de materiais:

No gira-gira: gravetos e talheres para fazer batuques e criar sons.

No trepa-trepa ou outro brinquedo com barras horizontais e verticais


onde a criança possa escalar: cordas para serem penduradas ou tecidos
para montar cabanas.

No tanque de areia: caixas e copos para brincadeiras de casinha e per-


cepção de pesos, funis, peneiras e panelas de verdade.
No escorregador: bolas e carretéis para deslizar.

No balanço: tocos de madeira para rolar.

Demais materiais: caixas de papelão, tecidos de vários tamanhos para


amarrarem no corpo, cabos de vassoura, tábuas de madeira, sementes de
diferentes tamanhos.

Tenha essa lista apenas como sugestão. O ideal é que ela seja criada a
partir das reflexões realizadas com as crianças, que vocês aproveitem
materiais fáceis de serem encontrados na escola e que as possibilidades
de usos se ampliem no decorrer das brincadeiras no parque. Para isso,
pergunte às crianças quais materiais podem ser levados para enriquecer
as brincadeiras em cada brinquedo ou espaço e o que elas pretendem
fazer com eles. Se possível, tenha também um aparelho fotográfico para
te auxiliar a fazer registros da atividade.

Espaços:

Planeje que esta atividade inicie num local que permita uma conversa
com todo o grupo, como uma sala. Em seguida, ela será realizada no
parque da escola. As crianças poderão brincar nele em interação com os
novos materiais selecionados. Não será definido nenhum agrupamento
específico, mas será incentivado que elas se organizem nesse espaço com
autonomia, optando por realizarem as brincadeiras em pequenos grupos
ou individualmente.

Tempo sugerido:

Cerca de 01 hora, dependendo da rotina ou do tempo destinado à sua


turma para que as crianças brinquem no parque.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Ao se expressarem, em quais atitudes as crianças demonstram cuidado


e respeito entre si?

2. Durante as brincadeiras, quais atitudes demonstram que elas identifi-


cam relações espaciais e temporais? Convidam umas às outras para en-
trarem e saírem de “casinhas”? Sobem e descem em brinquedos? Iniciam
e terminam o “faz de conta”?

3. Quais ações, gestos e movimentos denotam o levantamento de hipó-


teses sobre os fenômenos percebidos? Nestas explorações, de que forma
elas levam em consideração, ou não, suas solicitações e sugestões?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Selecione materiais de diferentes cores, texturas e tama-
nhos e incentive que as crianças percebam eles por meio do tato, da vi-
são e das explorações com o meio. Ao brincar com as crianças, proponha
desafios com diferentes níveis de dificuldade, de acordo com os interes-
ses que cada uma demonstra. Sugira que elas se apoiem durante as brin-
cadeiras e que expressem aquilo que estão fazendo.

O que fazer durante?


1

Escolha um local apropriado para conversar com todo o grupo antes de


irem para o parque, como uma sala. Conte para as crianças que vocês
irão realizar uma atividade no parque que contará com elementos novos
e, por isso, vão utilizar a lista que fizeram. Diga que elas poderão brincar
à vontade com os parceiros que escolherem e com os brinquedos e mate-
riais. Façam a leitura e, acompanhando cada item, apresente os materiais
que vocês conseguiram. Retome as ideias que vocês tiveram sobre quais
brinquedos e espaços do parque cada material pode ser utilizado.

Possíveis falas do professor neste momento: Quem consegue me ajudar


a lembrar o que vamos levar para o parque? Onde pensamos em colocar
esse objeto? O que vamos levar para o escorregador? E para o tanque
de areia?; Anotei aqui que os tecidos vão para o trepa-trepa. A gente vai
usar eles para brincar do que, mesmo?; Vamos usar os copos, funis, pe-
neiras e panelas em outro brinquedo, além do tanque de areia?

Possíveis ações da criança neste momento: algumas crianças podem que-


rer manusear os materiais que chamaram mais atenção. Incentive que
elas compartilhem com o grupo suas ideias e lembranças sobre o que
farão com estes materiais.

Continue a conversa. Se necessário, antecipe que no parque poderá ter


outras crianças, de diferentes faixas etárias e adultos. Explique que você
separou materiais suficientes para serem compartilhados e que, por isso,
todos poderão se divertir juntos lá.

Em seguida, se desloquem para o parque. As crianças podem ajudar a


levar os materiais ou podem se apoiar durante o trajeto, de acordo com
as possibilidades de locomoção de cada uma.

3
No parque, solicite que as crianças auxiliem a levar cada material para
seus respectivos brinquedos e espaços, conforme suas ideias anteriores
sobre possibilidades de usos durante as brincadeiras. Não se prenda a
essa organização inicial. É possível que as crianças mudem estes mate-
riais de local conforme forem encontrando outras formas de exploração
e interação.

Possibilite que as crianças brinquem nos brinquedos e espaços do par-


que, se deslocando com liberdade, interagindo ou não com os novos ma-
teriais. Elas também podem escolher quem são seus parceiros de brinca-
deiras, se dividindo, com autonomia, em pequenos grupos com outros
adultos e crianças de diferentes faixas etárias que estejam compartilhan-
do o parque no mesmo momento. Elas também podem preferir brincar
individualmente.

Intervenha, se for solicitado, em situações de possíveis conflito, dando


sugestões de brincadeiras para as que ainda não se engajaram em ne-
nhum dos brinquedos ou grupos, ou brincando junto com elas.

Como as crianças estarão envolvidas em ações em diferentes brinquedos


e espaços do parque, não é necessário que você intervenha em todas as
propostas que estiverem ocorrendo. No entanto, é importante observar
atentamente como o brincar livre é manifestado e se elas expressam sua
cultura por meio dele. Observe se os materiais disponibilizados estão
cumprindo a função de gerarem novas intervenções nas brincadeiras
cotidianas. Perceba se as ideias levantadas anteriormente estão sendo re-
lembradas e se estão possibilitando a ampliação das formas de brincar de
acordo com os interesses e repertórios das crianças. Você poderá definir
adaptações, caso repita essa atividade, a partir das observações.

6
Atente-se em como as crianças se expressam por meio das falas, gestos,
movimentos e demais demonstrações de interesses pelos materiais ou fe-
nômenos que partem deles. Note se durante esse brincar no parque elas
levantam hipóteses, se demonstram curiosidade e se inventam histórias e
contextos de forma diferente das quais estão habituadas, assumindo uma
postura investigativa como diferentes papéis e representações.

A partir dessas observações, faça registros fotográficos, ou lembre-se de


fazer posteriormente por escrito, das descobertas, desafios e soluções
que elas criam. Esses registros serão de grande apoio para você, as crian-
ças e as famílias, quando forem retomar o que fizeram ou no momento
de definirem os desdobramentos.

Procure intervir em alguns grupos, quando notar que suas orientações


podem apoiar as explorações de alguma forma ou se alguma criança te
chamar para brincar junto. Incentive outros desafios e usos dos brinque-
dos e espaços do parque, apoiando-se na imaginação ou na investigação
a partir do que as crianças já estão fazendo e adequando diferentes níveis
de dificuldade. No faz de conta, brinque com elas a partir dos persona-
gens e cenários que já foram criados, apoiando suas escolhas e referên-
cias.

Possíveis falas do professor neste momento: Como vamos equilibrar


este material no balanço?; A gente está em uma caverna?; Posso colocar
mais tempero aqui na comida?; Quando o barco vai partir? Vamos fazer
a mala para nossa viagem?; Como a gente consegue mover este brinque-
do sem encostar nele?; O que mais também pode escorregar aqui neste
escorregador?; Será que o som que sai deste brinquedo, quando a gente
batuca, é o mesmo que sai dos outros?; Vamos dançar no ritmo desses
batuques!; Se as crianças maiores ajudarem, a gente consegue esticar este
tecido lá em cima do brinquedo? O que vocês acham?; Precisamos entrar
com cuidado e abaixados para não desmanchar a cabana.; O que mais
poderemos colocar lá dentro, depois de montar nossa casa?; O que mais
a gente pode amarrar com esta corda?
8

Se houver materiais não explorados pelas crianças, escolha alguns para


brincar. Convide, aos poucos, algumas crianças para brincarem junto
com você, ou relembrarem as ideias que tiveram sobre as possibilidades
de brincadeiras.

Possíveis falas do professor neste momento: Você quer brincar comigo?;


Quer tentar fazer também?; Vamos chamar mais crianças para brincar
conosco?; Eu acho que aquele material ali, que ninguém está usando, po-
deria ficar aqui na nossa brincadeira. O que você acha? O que ele pode
ser?; Alguém se lembra sobre as ideias para uso deste material? Alguém
quer meu apoio para tentar testar?; Que legal essa brincadeira de vocês!
Quais outros materiais a gente pode trazer aqui para o escorregador/ba-
lanço/gira-gira etc.?

Possíveis ações da criança neste momento: brincar com as demais crian-


ças e o professor.; usar sementes e outros elementos da natureza, como
comidinha ou outras brincadeira de imaginação.; Agrupar caixas, cabos
de vassoura, tecidos e tábuas formando estruturas e construir enredos e
narrativas dentro deles.

Atente-se ao envolvimento do grupo e respeite se algumas crianças não


quiserem brincar com os novos materiais disponibilizados. Converse
com elas para tentar compreender como estão se sentindo e, se achar
necessário, sugira outras brincadeiras, brinquedos ou parceiros para po-
derem continuar aproveitando este momento no parque. Pode acontecer
de algumas crianças pararem de participar da atividade. Neste caso, con-
sidere convidá-las a ficarem próximas de você e a observarem as outras
crianças ou irem se preparando para a organização e finalização da ativi-
dade.

10
Quando a atividade estiver chegando ao fim, percorra o parque pelos
brinquedos e espaços onde as crianças estão agrupadas e avise, aos pou-
cos, que o tempo está acabando e que elas podem terminar o que estão
fazendo. Você também pode avisar que o tempo restante é de 10 ou 5
minutos, de acordo com o que considerar necessário para todo o grupo
se organizar.

Possíveis ações da criança neste momento: ficar brava ou irritada com o


fim da atividade; se recusar a ir parando o que estiver fazendo. Converse
com essa criança, sondando como ela está se sentindo e relembrando o
que vocês vão fazer em seguida, de acordo com a rotina de vocês. Co-
mente sobre a possibilidade das outras crianças já estarem cansadas e de
vocês retornarem para o parque em outro dia.

Para finalizar:

Diga para as crianças que a brincadeira chegou ao fim e solicite que elas
auxiliem a guardar os materiais que deverão estar espalhados pelo par-
que. Ressalte que é importante que todas colaborem e considerem as ou-
tras crianças que vão brincar nele em seguida. Vocês podem cantar uma
música enquanto isso, para tornar o momento mais divertido. Outra
possibilidade é inventar categorias (grandes, pequenos, redondos etc.)
com as crianças, para guardar os brinquedos por agrupamentos.

Por fim, se organize com todo o grupo, conforme a rotina de vocês, para
irem para a próxima atividade.

Desdobramentos
Quando for realizar a proposta desta atividade novamente, promova
uma conversa em grupo avaliando quais foram os usos dos materiais
levados. Se possível, disponibilize as fotografias tiradas para relembrar e
compartilhar as descobertas de cada criança com todos. A partir desta
reflexão, mostre a lista que vocês criaram anteriormente e pergunte às
crianças quais outros materiais podem ser adicionados nela. Comple-
mente com suas sugestões. Estes materiais precisam dar continuidade à
intencionalidade de utilização e ao enriquecimento das brincadeiras que
ocorrem no parque. Sugestão de vídeo para suas reflexões: “Caramba,
Carambola: o Brincar tá na escola!”, do CENPEC

Engajando as famílias
Em uma consigna, por meio de comunicados, relatos, fotografias ou con-
versas, conte para as famílias como as crianças estão encontrando novas
formas de brincar com os brinquedos e espaços que existem no parque
da escola. Descreva os materiais que já foram conseguidos e como eles
estão sendo utilizados. Envie as listas criadas a partir dos interesses das
crianças e solicite a colaboração das famílias para que os itens que ainda
não foram encontrados sejam doados. Combine os dias em que os mate-
riais possam ser entregues e as convide para brincarem junto às crianças,
para que possam mostrar e descobrir diferentes formas de explorar o
espaço.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para realizar esta atividade, é interessante que, nos momentos de brinca-


deiras no parque, você e as crianças já tenham observado e conversado
sobre fenômenos naturais e temporais como noite, dia e a relação entre
as luzes e sombras com os brinquedos, plantas e demais objetos que o
compõe. A proposta será mais significativa se partir da postura investi-
gativa e dos interesses que as crianças já estejam demonstrando.

Materiais:

Tecidos grandes e escuros que possam ser esticados e amarrados, como


TNT, toalhas, tapetes e elastano. Lanternas e espelhos. É importante,
para favorecer o manuseio e evitar acidentes, que os espelhos não sejam
muito maiores do que a palma da mão das crianças, que estejam bem
revestidos em suas bordas e que não tenham pontas agudas. Aproveite
materiais disponíveis na escola como caixas, cadeiras, mesas, canos e
gizes de lousa, que podem ser apagados depois.

Espaços:

Prepare antecipadamente dois ambientes, um com uma cabana escura e


lanternas dentro dela. Se no parque houver brinquedos fixos, amarre os
tecidos entre eles para formar as cabanas. Se não houver, utilize as cadei-
ras, mesas, canos e demais materiais que encontrar como apoio. O outro
ambiente ficará em local aberto com tecidos e tapetes forrados no chão,
espelhos, caixas e gizes sobre eles. Também é importante que a atividade
seja realizada em um dia iluminado pelo sol.
Planeje que esta atividade iniciará com todo o grupo reunido em uma
roda de conversa. Em seguida, todos irão brincar no parque. Convide as
crianças para brincarem, encontrando luzes e sombras dos brinquedos
e elementos da natureza disponíveis ou entre os dois ambientes previa-
mente preparados por você. Por fim, reúna todo o grupo no mesmo es-
paço para uma conversa final e compartilhamento de percepções.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 01 hora, levando em conta a organização do espaço.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Quais atitudes das crianças demonstram uma postura investigativa


sobre os espaços e materiais disponibilizados?

2. Como elas observam, relatam ou demonstram compreender relações


entre as luzes e as sombras? Como estabelecem relações entre o tempo, o
ambiente e suas ações?

3. Quais são as formas de interação com os espaços, materiais e entre si,


que demonstram os interesses das crianças em relação à proposta desta
atividade?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Para isso, considere adaptar formas de explorar os mate-
riais e espaços, para promover a autonomia de cada criança. Procure
selecionar materiais de diferentes tamanhos, texturas e cores. Incentive
a percepção dos efeitos de projeção de luz e de sombra pela observação,
pelo tato e pela interação no espaço. Fomente que as crianças apóiem e
brinquem umas com as outras.
O que fazer durante?

Na sala ou em outro local em que seja adequado fazer uma roda de


conversa, conte para todo o grupo que o próximo momento será o do
parque e que, quem quiser, poderá brincar com as luzes e sombras nos
ambientes que você preparou. Mostre alguns materiais que estarão dis-
poníveis, como as lanternas e os espelhos, e estimule que as crianças os
manuseiem. Incentive que elas explorem suas possibilidades de funcio-
namento e interfira, se necessário, ressaltando que as luzes refletidas não
podem ser direcionadas para os rostos. Em seguida, vá com todo o gru-
po para o parque.

Possíveis falas do professor neste momento: Quais brincadeiras vocês


costumam fazer no parque?; Alguém já brincou com as sombras lá?; As
plantas têm sombras? Crianças têm sombras? E brinquedos? O que a
gente precisa para poder fazer sombras? Vamos observar o céu. Como a
luz do sol vai ajudar nessa nossa brincadeira?

2
Quando todo o grupo estiver brincando no parque, convide-os, aos pou-
cos, para explorarem as luzes e sombras do local. Se houver crianças de
outras turmas e faixas etárias, ou outros professores no parque, convide-
-os para brincarem também.

Escute as hipóteses das crianças sobre onde esses fenômenos podem


ser percebidos. Observe seus deslocamentos e no que mexem enquanto
fazem suas descobertas, para intervir dando continuidade à percepção
desses fenômenos.

Possíveis falas do professor neste momento: Alguns de vocês já conver-


saram comigo ou notaram que seus corpos fazem sombras. Onde estão
suas sombras agora?; Olha só, uma nuvem entrou na frente do sol. Onde
foram parar nossas sombras?; O que mais a gente consegue encontrar no
parque com sombras?; Em quais outros elementos a gente encontra luzes
e sombras?; Como são as formas das sombras dos brinquedos?; Será que
tem sombras embaixo deste brinquedo?; Onde estão as sombras das ár-
vores? Elas se mexem?

Possíveis falas da criança neste momento: Minha sombra tá aqui. Ela


fica grudada em mim.; Esse brinquedo tem sombra. Essa planta também
tem.; A sombra da árvore é enorme!; Olha! A sombra mudou de tama-
nho!; Não tem mais sombra porque o sol sumiu;

Possíveis ações da criança: Apontar para as sombras.; Repetir o que a


professora disse.; Imitar os gestos de outras crianças.

Mostre para as crianças que forem se interessando pela proposta que


você preparou o parque com dois ambientes muito interessantes, um no
escuro e outro no claro. Diga que ambos estão bonitos e cheios de mate-
riais com os quais elas poderão brincar com as luzes e sombras. Diga que
todas vão poder brincar nesses espaços ou que podem ficar nos brinque-
dos do parque, como preferirem. Atente-se para o que elas demonstram
maior interesse. Incentive que as crianças que já estejam engajadas na
atividade, ou nos ambientes, convidem as demais para participarem tam-
bém, escolhendo seus pares ou formando pequenos grupos.

Se você contar com algum apoio, mantenha sempre um adulto nos agru-
pamentos em que você não estiver. Se não tiver este apoio, monte esses
dois ambientes próximos um do outro e dos brinquedos do parque. Dei-
xe a cabana com uma abertura, de forma que, de onde estiver, você con-
siga observar bem todos os grupos. Dessa forma você poderá intervir, se
achar necessário. Mantenha a atenção relembrando, quando necessário,
que é perigoso apontarem a luz refletida dos espelhos e lanternas para o
rosto dos outros, pois pode machucar os olhos.

Permita que as crianças explorem os espaços e materiais com liberdade.


Observe quais hipóteses elas levantam sobre os usos dos espelhos, das
lanternas, das caixas e demais objetos que encontrarem, bem como suas
reações ao formar sombras ou luzes. As descobertas também podem
partir enquanto brincam nos brinquedos do parque, ou exploram os ele-
mentos da natureza lá disponíveis.

Intervenha, a partir das ações das próprias crianças, nomeando o que


estão fazendo, brincando junto com elas quando for convidado, e incen-
tivando que se apoiem e interajam. Brinque com os contextos e persona-
gens que elas já estejam criando. Apóie suas ações, caso elas te solicitem,
ou convide-as para brincarem com algum material não utilizado, obser-
vando os fenômenos com você.

Possíveis falas do professor neste momento: Nossa, que legal isso que
você está fazendo! Me mostra como é que faz?; De onde está vindo essa
sombra? Como vocês conseguiram fazer sombras nas cabanas?; Qual é a
maior sombra daqui do parque? E a menor? Essa luz vem de onde?; Va-
mos tentar usar o espelho para fazer luzes?; Até onde essa luz vai?; Va-
mos mostrar para os outros amigos como fazer isso?

Possíveis ações da criança neste momento: Manusear as lanternas e ten-


tar descobrir como elas funcionam; mover as caixas de lugar tentando
colocar coisas ou projetar luzes dentro delas; se observarem nos espe-
lhos; olharem as sombras nos brinquedos do parque; notarem que as
sombras das árvores se movem com o vento; criar brincadeiras e perso-
nagens de faz de conta.

Ao perceber que as crianças já exploraram bem o ambiente em que estão,


convide-as a se deslocarem para outros locais. Proponha que as crianças
que não quiserem sair de onde estão expliquem para as que chegarem o
que elas descobriram e como elas podem brincar com os materiais que
estão disponíveis.

Algumas crianças podem chorar e se recusar a entrar na cabana por es-


tar escura. Se isso acontecer, uma opção para mediar a situação é entrar
na cabana com outras crianças que já estejam lá brincando, mostrar as
lanternas ligadas e dizer que está tudo bem. No entanto, respeite se ela
continuar se recusando a entrar e convide-a para brincar em outro local.

Possíveis falas do professor neste momento: Como você está se sentin-


do?; Olha só, está tudo bem aqui e nós estamos apenas brincando. Quer
vir conosco?; Eu entendo que a gente pode ficar com medo do escuro
porque fica difícil de ver o que está acontecendo e onde estão as coisas.;
Podemos tentar vivenciar isso em outro dia. Tudo bem?

Possíveis ações da criança neste momento: Demonstrar medo; chorar;


relatar que viu algum monstro ou animal dentro da cabana e se recusar a
entrar.
9

Aos poucos, convide as crianças em duplas ou individualmentea fazerem


registros das sombras que quiserem, se possível, contornando os cor-
pos umas das outras ou dos brinquedos no chão do parque com um giz.
Aproveite este momento de escuta mais próxima para investigar quais
hipóteses elas já levantaram e se estão intrigadas com algum fenômeno.
Procure fazer isso com todas as crianças. Se não houver tempo, ou se a
criança se recusar, tente novamente se for repetir esta atividade.

Possíveis falas do professor neste momento: Como a gente pode usar


esse giz para registrar nossa sombra?; Quais outras sombras você quer
desenhar aqui?; É bem difícil desenhar nossas sombras se movendo.
Qual outra sombra do parque seria mais fácil desenhar?; Você se lem-
bra como estava o céu quando chegou à escola?; O que acontece no céu
enquanto estamos aqui?; E depois, quando você vai embora, como está
o céu? Escuro ou claro?; Será que a gente consegue fazer esses desenhos
à noite? Como?; Está mais escuro ou mais claro lá dentro das caixas? O
que podemos fazer para achar as sombras aí?; A luz do espelho/lanterna
fica mais visível quando a gente aponta para cima ou para baixo?; Esta
luz fica mais visível dentro ou fora da cabana?

10

Algumas crianças podem não estar interessadas na atividade ou podem


preferir explorar o parque brincando apenas nos brinquedos. Permi-
ta que elas escolham onde querem ficar até que se encerre o tempo da
atividade. Converse com elas sobre o que poderão fazer para que todas
possam usar o espaço, como, por exemplo, ficarem próximas do grupo e
tomarem cuidado para não desmancharem as cabanas, nem pisarem nos
materiais.

Faça a mediação das brincadeiras com elas, se achar necessário. Tente


encontrar momentos em que seja pertinente convidá-las a observar os
fenômenos de luz e sombra de onde elas estão. Por exemplo, a sombra do
balanço que se movimenta, acompanhando ele subindo e descendo.
11

Quando o tempo da atividade estiver chegando ao fim, diga para as


crianças aproveitarem os últimos momentos para irem aonde ainda não
foram ou para compartilharem os materiais que estão usando com as
outras crianças. Diga que em breve vocês precisarão ir para a próxima
atividade de acordo com sua rotina.

Para finalizar:

Chame todo o grupo e diga que vocês deverão ir para a próxima ativi-
dade em 10 ou 5 minutos, conforme o tempo que achar necessário para
guardar os materiais e fazer um encerramento, respeitando o tempo de
cada criança. Solicite o apoio delas nessa organização. Vocês podem fa-
zer isso enquanto cantam alguma música, para que este momento seja
mais divertido.

Em seguida, convide-as para se sentarem com você. Dessa forma, quem


se sentir à vontade, pode contar quais foram as descobertas e de quais
brincadeiras mais gostou.

Por fim, organizem-se, de acordo com a rotina de vocês, para prossegui-


rem para a próxima atividade.

Possíveis falas do professor neste momento: Quais desenhos de sombras


vocês fizeram?; Quais foram os lugares em que encontraram as som-
bras?; De onde vieram as luzes que nós usamos?; As sombras e as luzes
se mexem? Por quê?;

Será que amanhã (ou de acordo com a disponibilidade de vocês) a gente


consegue repetir essa brincadeira? Como vocês acham que pode estar o
céu neste próximo dia?

Desdobramentos
Você pode realizar a atividade novamente. Para isso, convide professo-
res e crianças de outras turmas e idades para participarem. Aproveite os
mesmos materiais e os momentos compartilhados de uso do parque para
diversificar as propostas. Uma possibilidade é pendurar tecidos brancos
para as crianças verem os formatos de seus corpos atrás deles. Peça para
que tentem contornar com canetas hidrográficas essas formas no tecido.
Para ter outras inspirações sobre o uso do parque e a apreciação de seus
elementos na escola, assista a este vídeo: Educação Infantil e o Brincar
Livre na Natureza, do Instituto Alana

Engajando as famílias
Faça um convite para que as famílias cheguem 30 minutos antes da saída
das crianças no dia em que esta atividade for ocorrer para participarem
de uma breve brincadeira com vocês. Para isso, prepare com as crianças
cantinhos com os materiais utilizados nas explorações. É interessante
colocar as lanternas para projetarem luzes na parede em um local escuro.
As crianças podem conversar com seus familiares quando eles chegarem,
contando o que fizeram e descobriram. Solicite que os familiares entrem
na sala para visitar os cantos e brincarem com as crianças, fazendo ima-
gens de animais ou monstros projetando as sombras de suas mãos e cor-
pos na parede.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Esta proposta de atividade será mais interessante se realizada com os


bebês maiores (entre um ano e um ano e sete meses). Prepare, em um
espaço interno, um ambiente limpo e higienizado, para que a manipu-
lação e a exploração dos ingredientes sejam realizadas com segurança
pelos bebês. Cozinhe batata-doce e descasque-a previamente. Coloque
em diversos vasilhames rasos polvilho doce, polvilho azedo e batata-do-
ce (cozidas e sem casca). Deixe, em local de fácil acesso, uma xícara de
azeite e um litro de água potável, uma vez que esses ingredientes serão
necessários para a finalização da massa de pães. É necessário que outro
adulto auxilie o professor durante toda a atividade.

Materiais:

Para a realização da atividade, você precisará de: vasilhames rasos de


plástico ou alumínio, de preferência grandes, batatas-doce cozidas e des-
cascadas, polvilho doce, polvilho azedo, um copo de azeite ou óleo e um
copo de água.

Espaços:

Um ambiente interno, limpo e higienizado. No chão, sobre um plástico


ou toalha,coloque vasilhames rasos, de preferência grandes, contendo se-
paradamente batata-doce cozida e descascada, polvilho doce e polvilho
azedo. Garanta que os ingredientes sejam suficientes para a exploração e
a manipulação de todos os bebês. Para facilitar a manipulação, organize
a turma em pequenos grupos. Assegure que cada grupo tenha acesso a
todos os ingredientes necessários para a atividade. Disponibilize os in-
gredientes pelo espaço, de maneira que os bebês possam manuseá-los
livremente. Deixe para você, em lugar de fácil acesso, o copo de água e o
azeite ou óleo, para a transformação dos ingredientes em massa homogê-
nea.

Tempo sugerido:

Entre 30 e 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como os bebês atuam diante dos ingredientes apresentados e, poste-


riormente, transformados? Que expressões são perceptíveis ao explora-
rem e manipularemos ingredientes?

2. Os bebês imitam uns aos outros e a ação dos adultos? Usam ações do
colega como referências para suas próprias ações?

3.Que experimentações vivenciadas corporalmente é possível elencar


diante da exploração e da manipulação dos ingredientes, massas e pães
transformados, com os bebês?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que um bebê ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha
apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada bebê ou do
grupo. Se, por algum motivo específico, um bebê não se sentir seguro
ou confortável para a exploração, sente perto dele e convide-o a obser-
var um colega. Quando sentir-se seguro, incentive-o a pegar a massa.
Acomode os bebês que ainda não sentam em um colchonete próximo ao
grupo. Garanta que tenham acesso aos ingredientes e à massa na posição
em que se sentirem mais confortáveis para explorá-la, seja ela deitada ou
de bruços.

O que fazer durante?


1

Em roda, ou da maneira mais confortável para os bebês, dialogue com


o grupo sobre a proposta de atividade do dia. Apresente os ingredientes
um a um e fale com precisão a respeito dos elementos que farão parte da
brincadeira e das descobertas que a turma fará. No ambiente preparado,
garanta que os bebês percebam os materiais disponibilizados, convidan-
do-os a explorar os ingredientes apresentados por meio de falas, gestos,
atitudes e expressões.

Incentive-os a tocar, cheirar, manipular e a amassar os materiais, respei-


tando sempre o tempo individual de cada bebê. Caso a turma seja nu-
merosa, busque dividi-la em pequenos grupos de exploração. Observe
atentamente as manifestações dos bebês no contato com os ingredientes
e busque registrar com fotos e vídeos as expressões deles.Prepare uma
cesta com vários saquinhos de algodão cru, contendo polvilho, que este-
jam bem amarrados para os bebês que não quiserem mais explorar di-
retamente os ingredientes propostos. Dessa forma eles poderão ter uma
nova possibilidade de manipulação de objetos.Dialogue com os bebês
sobre o nome dos ingredientes que estão sendo manipulados e diga que
os ingredientes, juntos, podem se transformar em pães. Caso eles quei-
ram explorá-los com a boca, certifique-se de que apenas os provem.

Para que a brincadeira se torne ainda mais divertida e desafiadora, par-


ticipe da exploração. Proponha, através de falas, gestos e movimentos, a
possibilidade de mistura dos ingredientes que se encontram separados
em vasilhames individuais. Nesse momento, é importante participar
junto aos bebês, misturando o polvilho doce, o polvilho azedo e a batata-
-doce, a fim de que essa mistura se transforme em massa. Assegure que a
turma também participe dessa manipulação com o uso do corpo.

Possíveis falas do professor: vamos juntar nossos ingredientes e ver o que


acontece? E agora, com as mãos na massa, teremos deliciosos pães! Can-
te com os bebês “Pão, pão, pão”, do Grupo Triii

Acrescente a essa mistura um pouco de água e azeite, previamente se-


parados, para que a massa se torne homogênea. Garanta que os bebês
estejam atentos e envolvidos no processo, especialmente nos momentos
em que você estiver transformando os ingredientes. Permita que eles
visualizem sua participação no processo de transformação da massa.
Com a massa pronta, convide-os a explorar a nova textura, cheirando,
amassando, manipulando, tocando e sentindo. Certifique-se de que suas
expressões estão sendo percebidas pelos bebês. Busque comunicar-se por
gestos, olhares, sorrisos e expressões, ao amassar a massa. Garanta que
eles sintam a importância da transformação dos ingredientes, antes sepa-
rados, em algo único e homogêneo.

Possíveis falas do professor durante o processo de mistura dos ingredien-


tes: o que acontece se misturarmos essa farinha à massa? Vamos fazer
isso juntos? O que estamos fazendo? (aguardar as reações dos bebês).
Estamos transformando farinha com batata-doce em massa! Agora te-
mos uma nova textura para brincar, sentir, cheirar e segurar. Logo, essa
massa se transformará em pães deliciosos! Só falta a levarmos ao forno.

Com a mistura pronta, garanta aos bebês a oportunidade de brincar com


ela, mexendo nela, amassando, sentindo o peso, o volume e as formas.
Passe pelos grupos e observe gestos e ações. Atente-se para os detalhes
de exploração e de manipulação de cada bebê. Grave vídeos de curta
duração e faça fotos sequenciadas desse momento. Conforme perceber o
interesse dos bebês por outros objetos, recolha as formas produzidas no
decorrer da brincadeira e leve-as para o espaço da cozinha, onde a massa
será assada. Garanta que a massa seja levada ao forno da maneira que foi
retirada da brincadeira, priorizando as formas produzidas pelos bebês.

Para finalizar:

Asse a massa retirada da brincadeira em forno de 180 a 220 graus. Você


pode contar com a parceria das cozinheiras e preparar os pães de bata-
ta-doce para degustação de todas as crianças da instituição. É uma re-
ceita fácil e indicada pelos nutricionistas. Apresente o pão assado para
os bebês e provoque a exploração da nova textura apresentada. Permita
que isso ocorra de maneira livre, de forma que eles possam perceber o
cheiro, o gosto, a textura, o peso e o volume do alimento. Saboreie o pão
com os bebês. Garanta que eles vivenciem as sensações gustativas, assim
como o olfato, a visão, o tato e que escolham o modo como o experimen-
tarão.

Desdobramentos
Convide outras crianças da instituição para uma partilha do pão em um
espaço externo. Uma dica é colocar os pães assados em cestos e distribuí-
-los às crianças. Para que o momento se torne ainda mais significativo,
conte ao grupo quais ingredientes foram utilizados e sobre a participação
dos bebês na preparação da massa. Garanta que bebês e crianças com-
partilhem desse momento, saboreando os alimentos e trocando experi-
ências.

Engajando as famílias
Conte às famílias, em uma roda de conversa, como foi a experiência de
cada bebê na exploração, na preparação e na transformação da massa.
Convide os pais para saborearem o pão assado junto às crianças. Expo-
nha, na sequência dos acontecimentos, as fotos dos momentos de explo-
ração dos bebês. Pergunte às famílias se existe alguma receita feita em
casa das quais os bebês possam participar e incentive essa ação. Peça aos
familiares que compartilhem experiências de culinária com os bebês,
trazendo fotos e vídeos para a instituição.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Envolva os adultos que trabalham na escola e crianças de outras turmas.


Fotografe-os em diversas expressões (bravos, sorrindo, mostrando a lín-
gua, fazendo bico, fazendo careta etc), de modo que a comunidade esco-
lar também participe desse processo educativo.Tire as fotos com antece-
dência, imprima-as e monte quadros para a apreciação das crianças.

Busque na internet e imprima imagens de expressões faciais e corporais


para que você tenha um acervo mais diversificado.

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:

Explorando as expressões

Brincando com as expressões

Confecção do painel das expressões

Faz de conta na floresta: sentimentos e sensações

Montando um álbum de expressões da turma

Materiais:

Os materiais para esta atividade são: fotos impressas de expressões fa-


ciais e corporais dos profissionais da escola e de crianças de outras tur-
mas; imagens de expressões corporais e faciais retiradas da internet e/ou
recortadas de revistas; papel cartão ou papelão; pelo menos cinco espe-
lhos de diversos tamanhos; cola quente; barbante e brinquedos variados.
Caso tenha acesso, poderá utilizar o vídeo da música “Careta”, do Palavra
Cantada, que está disponível neste link. Cole as fotos e as imagens no pa-
pel cartão ou no papelão e recorte-as para fazer os quadros, dessa forma,
elas ficarão firmes para o manuseio das crianças. A quantidade de qua-
dros pode ser duas fotos porgrupos com até cinco crianças. Cuide para
que as imagens contenham expressões diferentes para cada grupo que
se formará, possibilitando a observação e a interação das crianças, por
meio do compartilhamento com os colegas, no momento da exploração
dos materiais.

Espaços:

A atividade pode ser organizada na própria sala ou em algum espaço


interno disponível, onde as crianças possam se organizar livremente.
Mesmo que o espaço escolhido tenha espelhos fixos, é importante dispor
mais espelhos pela sala, com tamanhos diversos, para que as crianças
também possam reproduzir caretas e movimentos ou inventar novas ex-
pressões na frente dos espelhos. As imagens podem ser organizadas em
mesas, no chão, na parede, para que as crianças as observem e as mani-
pulem de acordo com seus próprios movimentos e escolham as fotos da
preferência delas.

Tempo sugerido:

O tempo estimado para esta atividade é de 40 minutos a uma hora.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Qual é a reação das crianças ao se depararem com fotos de expressões


inusitadas dos funcionários, professores, das próprias crianças da escola
e de desconhecidos? Elas os reconhecem? As crianças percebem que as
pessoas têm características diferentes? Como elas expressam essa per-
cepção?

2. Como as crianças imitam as expressões que estão nas fotos? Elas to-
maram essa iniciativa ou a fizeram a partir das observações do que os
colegas e professores estão fazendo? Elas criam expressões e gestos que
vão além das fotos que estão explorando?

3. Como as crianças interagem com os colegas durante a atividade?


Quais são os comentários que fazem?Como se comunicam?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Possibilite as descobertas das crianças com relação às ex-
pressões faciais e corporais, para que todas possam explorar o momento
e participar dele. Fique atento às crianças, caso alguma esteja se sentindo
desconfortável com a atividade, ajude-a, orientando-a e incentivando-a
para que participe em seu próprio tempo, interagindo com os colegas.

O que fazer durante?

Convide as crianças para se sentarem com você. Compartilhe com o


grande grupo a ideia de fazerem juntos um álbum de expressões da tur-
ma e ouça a opinião delas. Conte que esta atividade é muito importante
para a concretização deste álbum, pois você irá fotografar as expressões
do grupo. Conte que a primeira parte da atividade será assistir a um ví-
deo do Palavra Cantada com a música “Careta”.

Possíveis falas do professor neste momento: Hoje nós vamos assistir a


um vídeo que se chama Careta! Quem sabe fazer uma careta bem malu-
ca e divertida?

É possível que, as crianças, em vez de responder, já façam as caretas. Se


isso acontecer, aproveite para reconhecer aquelas que representam sensa-
ções: Quem sabe fazer uma cara de medo? E de sono? E de alegria?

Fotografe as expressões das crianças já nesta primeira interação.

Depois do vídeo, convide as crianças para se encaminharem até onde


estão os quadros com fotos e imagens das expressões. Chegando no es-
paço, peça que visualizem, manuseiem, troquem as imagens e interajam
com os colegas. Elas poderão se agrupar naturalmente em torno de al-
guma foto com uma ou outra expressão que pareça mais instigante. Ou,
então, podem ir ao espelho para brincar com as suas próprias expressões,
potencializando descobertas. Fique atento a movimentos ou verbaliza-
ções para entender oque estão querendo comunicar.

Possíveis falas e ações das crianças neste momento: As crianças estão


olhando para as fotos e achando graça de uma careta: Olha só, ela fez
assim, oh! e imita a careta, arregalando os olhos, como se estivesse com
medo.

Possíveis falas do professor neste momento : Como é que ela fez? Nossa!
Quando é que nós fazemos essa expressão? Qual cara vocês fazem quan-
do sentem medo? E alegria?

Fique atento enquanto observa, pois algumas crianças, mesmo já estan-


do com a oralidade desenvolvida, podem ser mais tímidas e só apontar a
foto preferida nesta etapa. Registre as expressões faciais e corporais das
crianças com fotos. Você pode, também, anotar as expressões verbais
para documentações posteriores ou mesmo para incluir no álbum das
expressões.

Verifique se todas as crianças têm a oportunidade de manusear, obser-


var e compartilhar as imagens. Durante a apreciação, convide-as para se
observarem nos espelhos e proponha caretas e movimentos.Conforme
fazem isso, procure voltar a atenção delas para que observem as diversas
expressões que surgem. Veja como cada uma reage, explorando as dife-
rentes percepções e características.

Possíveis ações das crianças neste momento: A criança não fala nada e
vai de mansinho até o espelho, se observa, arregala os olhos, simula um
sorriso e puxa os cantos da boca fazendo uma careta. Outras crianças
percebem o movimento da colega e a seguem.

Aguarde para que as crianças observem, explorem o momento à vontade


em frente ao espelho e conversem sobre as fotos com os colegas. No caso
de crianças que ainda não têm o domínio da linguagem oral, considere
os pequenos gestos delas, encorajando cada uma a ser ativa no grupo.
Observe também se fizeram alguma referência corporal ou facial ao ví-
deo assistido no início da atividade. Atue como observador e mediador,
interferindo na exploração somente quando for necessário, para garantir
a autonomia e o sucesso nas interações dos colegas. Aproveite para reali-
zar registros escritos e fotográficos .

Quando faltar cerca de cinco minutos para o encerramento da ativida-


de, avise à turma que em breve todos vão ajudar a organizar a sala. Diga
que ainda dá tempo de brincar mais um pouco em frente aos espelhos e
com as imagens. Para quem terminar antes, deixe um canto preparado
com diversos brinquedos. Permita às crianças que brinquem enquanto as
outras terminam.

Para finalizar:

Quando acabar o tempo, diga que a atividade acabou e que é o momen-


to de organizar o espaço. Mas lembre que o grupo vai voltar à proposta
outras vezes.

Convide as crianças para guardar fotos e imagens num local predetermi-


nado. Esta etapa pode se tornar uma atividade muito significativa para
elas, pois, ao organizar o espaço, elas se tornam responsáveis e perten-
centes ao local que frequentam diariamente.Torne o momento mais di-
vertido e incentive a participação de todos, com uma música de organi-
zação. Uma sugestão é a música Hora de Organizar:

Desdobramentos
É importante repetir esta proposta algumas vezes, utilizando imagens
diferentes, para ampliar a exploração sobre outras emoções e expressões
faciais.

Esta atividade pode ser um bom caminho para criar um álbum de ex-
pressões do grupo. Para tanto, aproveite as fotos que você tirou hoje e as
demais utilizadas por você. A ideia é que, junto com crianças, vocês pla-
nejem a construção do álbum. Duas possibilidades: selecionar as fotos e
combinar as legendas e o título ou categorizar as imagens de acordo com
as sensações, mostrando quantas expressões e reações o nosso corpo faz.

Engajando as famílias
Compartilhe com a família as fotos tiradas nesta atividade. Você também
pode montar, na área externa, uma exposição das fotos, com alguns es-
pelho próximo, para que as crianças demonstrem para as fam?ias como
foi feita a atividade. Todos que visitarem a exposição também podem
imitar caretas diante dos espelhos.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Esta proposta de atividade será mais interessante se realizada com os


bebês maiores (entre um ano e um ano e sete meses). Garanta que eles
tenham vivenciado outros momentos de manipulação e exploração de
argilas anteriormente. Separe previamente pedras (preferencialmente
maiores), gravetos grossos e resistentes e pedaços de raiz de gengibre.
Use argila à base de água, a mais apropriada para a modelagem. Isso faci-
litará a manipulação do material pelos bebês. Higienize pedras, gravetos
e a raiz de gengibre antes da exploração.

Materiais:

Para a realização da atividade você precisará de: vasilhames rasos ou


cestos contendo pedras, gravetos grossos, pedaços de raiz de gengibre,
pedaços de argila e um pouco de água. Opte, se possível por um plástico,
no qual os bebês possam se acomodar para a exploração. Dê preferência
à argila mais macia (à base de água), para facilitar a manipulação dos
bebês.

Espaços:

Em um ambiente externo, no chão, coloque vários pedaços de argila so-


bre o plástico no qual ocorrerá a sessão de exploração. Para um segundo
momento da proposta, deixe em local de fácil acesso o cesto ou o vasi-
lhame raso com pedras, gravetos e pedaços de raiz de gengibre, também
em tamanho grande.

Tempo sugerido:
Entre 40 e 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

Como os bebês manipulam a argila? Que expressões surgem a partir des-


sa manipulação? Que reações são perceptíveis ao tocarem na argila?

Como os bebês atuam sobre os instrumentos (pedras, gravetos e raiz)


em contato com a argila? Percebem as marcas gráficas deixadas? De que
forma?

Como ocorre a interação dos bebês edos adultos participantes?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que um bebê ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha
apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada bebê ou do
grupo. Se por algum motivo específico um bebê não se sentir seguro ou
confortável para a exploração da argila, garanta que o tempo dele seja
respeitado. Convide-o a mexer na argila junto a um adulto. Toque no
material, pegue um pedaço menor, apresente-a para o bebê, aproximan-
do-o aos poucos da proposta.

O que fazer durante?


1

Em roda, ou da maneira que considerar mais confortável para os bebês,


dialogue com o grupo sobre a proposta de atividade. Fale com precisão a
respeito dos elementos que farão parte da brincadeira e das descobertas
da turma. Para facilitar a observação e o registro, assim como garantir
que todos os bebês participem ativamente da proposta, organize as ses-
sões em pequenos grupos de bebês exploradores. Esses grupos podem
ser determinados por desenvolvimento etário, ou seja, uma sessão com
os bebês que ainda não sentam, outra com os que sentam e engatinham
e, depois, com os que andam. Escolha o primeiro pequeno grupo de be-
bês para a exploração e se dirija ao ambiente preparado.

Possíveis falas do professor neste momento: Olha o que eu trouxe para


vocês brincarem! O que será que é? O que podemos fazer com ela? E
mais! Vejam, o que tenho aqui? Pedras, raiz de gengibre e gravetos! Que
tal juntá-los à argila e ver o que acontece?

As sessões de exploração não precisam ser realizadas necessariamen-


te no mesmo dia com todos os pequenos grupos de bebês. Assim, você
pode acompanhar e registrar as especificidades de cada grupo mais pre-
cisamente. Se a exploração ocorrer para todos os pequenos grupos no
mesmo dia, organize, em um ambiente interno, um espaço com sons da
natureza e contação de histórias. Divida o grupo de adultos auxiliares:
um ficará responsável por acompanhar o grupo de bebês do ambiente
interno e outro, do externo. Assim você pode se envolver na organização
e na observação do momento de manipulação e marcação em argila.

Em cada sessão, garanta que o espaço esteja organizado com pedaços


grandes de argila macia. Apresente aos bebês o local preparado e deixe
que explorem livremente a argila disponibilizada sobre o plástico. Dis-
tancie-se, de maneira que os bebês sintam a segurança de sua presença,
mas dê liberdade para que possam se sentir confortáveis em explorar li-
vremente o espaço com argila preparado para eles. Garanta que esse mo-
mento seja de ação dos bebês. Observe atentamente os gestos, movimen-
tos e explorações deles. Registre com vídeos e imagens cada interação
deles com a argila. Instigue-os a tocar, manipular e amassar o material.

Observe atentamente as manifestações dos bebês no contato com a ar-


gila e busque registrar com fotos e vídeos essas expressões. Após um
tempo de exploração da argila, disponha no pequeno grupo de bebês o
cesto com as pedras, gravetos e raiz de gengibre. Observe as novas atu-
ações dos bebês diante dos instrumentos apresentados em contato com
a argila. Quando perceber que o grupo se dispersou da exploração, con-
duza-os ao ambiente interno e reorganize os materiais e o espaço para
que a próxima sessão com o novo grupo de bebês seja realizada. Registre
as distinções percebidas no modo de exploração de cada grupo, assim
como as interações e as descobertas decorrentes do momento.

Possíveis falas do professor: Olha, há alguns materiais aqui dentro do


cesto. O que será que tem dentro dele? Vamos observar os materiais que
temos aqui? Vamos pegar? O que podemos fazer com esses materiais
junto com a argila?

Faça com que o cesto com pedras, raiz e gravetos seja percebido pelos
bebês exploradores.Registre com vídeos e imagens cada atuação dos
bebês sobre a argila e sobre os novos instrumentos apresentados para o
contato com a argila. Posteriormente, faça reflexões plausíveis sobre a
exploração da turma e o fazer pedagógico.

Para finalizar:

Aos perceber que os bebês se dispersaram no envolvimento com o ma-


terial proposto, recolha com cuidado as formas produzidas por eles du-
rante a brincadeira e coloque-as para secar. Quando as formas estiverem
secas, escolha um ambiente e prepare uma exposição das formas que se
transformaram em marcas gráficas.

Desdobramentos
Organize para que a exploração de argila e a marcação dela com elemen-
tos da natureza se repita em outros momentos com o grupo de bebês
exploradores. Essa possibilidade permitirá cada vez mais familiaridade
com os elementos, além de novas descobertas.

Engajando as famílias
Proponha um piquenique às famílias dos bebês. Organize uma roda de
conversa e conte a elas sobre a proposta de manipulação e marcação
gráfica em argila. Traga para a roda o que foi possível observar em cada
exploração, de acordo com a individualidade de cada bebê e com a espe-
cificidade de cada grupo etário de bebês. Exponha algumas de suas refle-
xões a partir da proposta de atividade.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Prepare previamente corantes orgânicos, triturando separadamente em


um processador ou liquidificador beterraba (roxa), espinafre (verde),
açafrão (amarelo) e amora (vermelho). Fique a vontade para substituir
os elementos que sejam mais acessíveis na região e que também sejam
naturais. Utilize farinha de trigo, água, sal e óleo para o preparo de uma
massa caseira homogênea e deixe-a separada em um vasilhame, cober-
ta com um plástico para que se mantenha macia e de fácil manipulação.
Essa proposta corresponde o envolvimento de bebês de faixa etária entre
seis meses a um ano e seis meses, cujo desenvolvimento motor e cogniti-
vo lhes garanta condições de explorar e manipular em segurança.

Materiais:

Para a realização da atividade você precisará de:

Para o corante alimentício - beterraba, espinafre, açafrão e amora (ele-


mentos de coloração forte e diversa), liquidificador ou triturador.

Para a massa caseira - 2 copos de farinha de trigo, ½ copo de sal, 1 copo


de água, 1 colher de chá de óleo (você precisará de massa suficiente para
atender o número de bebês da turma). Dois plásticos ou toalhas para
forrar o chão, em tamanho suficiente que acomode todos os bebês. Dois
vasilhames rasos para a massa e oito potes transparentes para as quatro
pigmentações do corante, sendo quatro potes para cada pequeno grupo
de bebês. Importante lembrar que, para cada grupo de cinco bebês, você
precisará de uma receita de massa, quatro potes de pigmento alimentício
e um plástico ou toalha.
Espaços:

Em ambiente externo, organize espaços conforme a quantidade de pe-


quenos grupos de bebês necessário a formar na turma (cerca de 5 bebês
por grupo). Em cada um deles forre o chão com o plástico ou a toalha,
de modo que os bebês fiquem acomodados sobre a proteção. Coloque
próximo aos bebês um vasilhame raso contendo a massa e quatro potes
transparentes com os pigmentos orgânicos preparados anteriormente.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40min.

Perguntas para guiar suas observações:

Como os bebês manipulam massa e corante?Quais relações de causa e


efeito os bebês conseguem perceber ao misturar e tingir a massa?

Como os bebês descobrem as propriedades como textura, cor, cheiro e


temperatura dos elementos oferecidos a exploração?

Como ocorre a interação entre os bebês e adultos participantes?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que um bebê ou o grupo participe e aprenda. Reflita e propo-
nha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada bebê ou do
grupo. Garanta que todos os bebês se sintam seguros e confortáveis para
a exploração da massa e para o contato com a textura. Respeite o tempo,
interesse e necessidade de cada para a exploração com a massa.

O que fazer durante?


1

Em roda, ou da maneira que seja mais confortável aos bebês, dialogue


sobre a proposta de atividade. Assegure que eles tenham contato com os
potes contendo corante para que vejam e sintam o cheiro de cada pig-
mento. Converse com os bebês explicando como esses elementos farão
parte de uma divertida brincadeira de massas que, a partir do contato
com os pigmentos, se tornarão coloridas. Se a turma for numerosa, orga-
nize-a em pequenos grupos de até cinco bebês.

Possíveis ações dos bebês: podem ficar inquietos querendo tocar nos
pigmentos a fim de que possam sentir o mais rápido possível novas sen-
sações. Podem mexer as mãos, balbuciar, gritar e até mesmo tentar pegar
os potes.

Possíveis falas do professor: O que será que tem nesse pote? Vamos des-
cobrir? Que tal brincarmos agora mesmo? Hum, que cheiro é esse? Chei-
ro de beterraba! Quais cores temos aqui?

Primeiramente, disponibilize os vasilhames contendo a massa para cada


pequeno grupo de bebês. Assegure que todos estejam em posições con-
fortáveis de acordo com o desenvolvimento etário e que participem
ativamente. Instigue-os a atuarem sobre a massa. Esteja presente nos
pequenos grupos observando e mediando a manipulação e exploração
da massa. Aproxime vagarosamente os bebês que apresentarem um cer-
to receio de manipular a massa. Convide-os a explorar junto ao adulto.
Toque no material, apresente a massa vagarosamente em pequenas quan-
tidades, aproximando-os da proposta.

Possíveis ações dos bebês neste momento: o bebê está envolvido e curio-
so para ver o que acontece diante de sua manipulação. Se expressa com
sorrisos e balbucia. Ao sentir a nova textura, tenta amassar, soltar e se-
gurar novamente a massa, desafiando-se. Impressiona-se ao perceber
sua pele tingida e busca marcar com as mãos tudo o que está a sua volta.
Comunica-se corporalmente com o professor convidando-o a brincar.

Possível fala do professor nesse momento: Como podemos enrolar a


massa? O que fazer com ela? Como deixar a massa colorida e ainda mais
divertida?

Sugira aos poucos o acréscimo dos elementos de tintura à brincadeira


com massas. Convide-os a tocar no corante, sentir sua textura, tempe-
ratura e cheiro. Garanta que descubram a possibilidade de tingir a mas-
sa transformando-a em massa colorida. Assegure que os bebês possam
amassar, sentir, cheirar, tocar, misturar com segurança e liberdade os ele-
mentos propostos. Distancie-se de maneira que o bebê sinta a seguran-
ça de sua presença, mas de tal modo que possa se sentir confortável em
explorar livremente o espaço preparado para ele. Garanta que esse mo-
mento seja da ação dos bebês. Instigue-os a pegarem a massa, cheirarem,
sentirem e tingirem-na com o corante orgânico. O contato com a nova
textura causará sensações diversas nos bebês e, em alguns, pode causar
estranhamento em razão da diferente textura que está sendo proposta.
Possibilite, com falas, gestos e expressões afirmativas, que os bebês sin-
tam segurança em vivenciar livremente a exploração dessa nova mistura.

4
Observe atentamente os gestos, movimentos e explorações. Registre com
vídeos e imagens cada atuação dos bebês. Atue junto a eles amassando
e misturando a massa ao corante, para que assim possam perceber sua
atuação e usar do jogo imitativo diante da ação do adulto. Garanta sua
presença sempre que possível nos pequenos grupos que se formaram.

Interaja com olhares, gestos e movimentos e convide-os a atuarem com


o corpo sobre a massa e o corante Possibilite que se envolvam totalmente
na manipulação, criando formas e atuando com o corpo todo em uma
brincadeira livre com a massa tingida por eles. Garanta que os bebês
brinquem livremente amassando, criando formas, misturando cores.

Possíveis falas do professor: Veja, o que aconteceu com a massa? Ela fi-
cou colorida! Como ficou a textura da massa com essa cor? Vamos sen-
tir? O que podemos criar com essa massa colorida?

Para finalizar:

Aos perceber que os bebês se dispersaram no envolvimento com o ma-


terial proposto, recolha e oriente-os dando continuidade a rotina diária.
Procure respeitar cada bebê em sua individualidade. Disponibilize brin-
quedos da turma para os bebês que forem finalizando a exploração.

Desdobramentos
Organize-se para que a exploração de massas caseira com tintura orgâ-
nica se repita em outros momentos com o grupo de bebês. Essa possi-
bilidade permitirá que eles tenham cada vez mais familiaridade com os
elementos e novas descobertas. Use elementos orgânicos de cores dife-
rentes em cada exploração. Pode variar entre beterraba, urucum, mirtilo,
espinafre, amora, açafrão, jamelão, manga, café, entre outros elementos
naturais disponíveis na sua região.

Engajando as famílias
Monte uma pasta, álbum ou portfólio com as fotos do registro de ima-
gem da atividade e legenda explicativa de cada momento de atividade.
Organize para que todos os dias uma família leve a pasta para casa, leia
com os bebês e traga para que outra família também tenha a mesma
oportunidade.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Prepare previamente massinha caseira utilizando farinha de trigo, água,


sal e óleo. Use gelatina ou suco de cores primárias para que a massa fique
colorida. Encha vários potes transparentes com a massa colorida. Esses
potes podem ser embalagens reutilizáveis transparentes. Sugestão de
música para o momento: “Coloridos” Palavra Cantada.

Materiais:

Para a realização da atividade você precisará de:

Massa colorida. Para cada cor de massinha, você precisará de:1 xícara de
farinha de trigo; 1 xícara de água quente; 2 colherinhas de sal; 2 colheri-
nhas de cremor tártaro;

2 colherinhas de óleo; 1 pacote de gelatina de 85 gramas. Em uma pa-


nela pequena,misture todos os ingredientes. Evite grãos na massa. Para
garantir a homogeneidade na textura, você pode optar por usar uma
batedeira para a mistura. Cozinhe todos os ingredientes em fogo mé-
dioaté que a massa comece a formar. Mexa para que nada fique gruda-
do no fundo da panela. Uma vez que a massa estiver cozida, coloque-a
sobre uma superfície coberta de farinha de trigo e deixe esfriar. Depois
de esfriar, comece a amassar, adicionando um pouco de farinha de trigo.
Amasse até que a massinha deixe de grudar nas mãos. (receita retirada
do site Receita de Massinha de modelar). Dê preferência às cores primá-
rias (azul, amarelo e vermelho), pois, com as mistura dessas cores, po-
derá surgir novas cores. Você precisará ainda de potes transparentes(re-
cipientes reutilizáveis de maionese, requeijão, doces etc.), um para cada
bebê, de vários tamanhos e que varie em textura, peso e volume.

Espaços:

Em ambiente interno, forre o chão com plástico ou toalha, a fim de que


os bebês possam se acomodar nesse espaço. Coloque próximo ao plásti-
co ou toalha os potes transparentes contendo a massa colorida. Organize
de maneira atrativa aos olhos dos bebês. Coloque uma música ambiente
para o momento da exploração.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40min.

Perguntas para guiar suas observações:

Que gestos e olhares os bebês expressam ao descobrir e explorar as pro-


priedades da massa colorida (odor, cor, sabor, temperatura)?

Como os bebês reconhecem seu corpo e expressam suas sensac?o?es


frente ao desafio de tirar e colocar a massa nos potes?

Como ocorre a exploração das relac?o?es de causa e efeito (transbordar,


tingir, misturar, mover e remover) durante a brincadeira com a massinha
colorida?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que um bebê ou o grupo participe e aprenda. Reflita e propo-
nha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada bebê ou do
grupo. Garanta que todos os bebês se sintam seguros e confortáveis para
a exploração da massa e para o contato com a textura. Respeite o tempo,
interesse e necessidade de cada bebê para a exploração com a massa.

O que fazer durante?


1

Em roda, ou da maneira que entender ser mais confortável aos bebês,


dialogue com o grande grupo sobre a proposta de atividade. Chame a
atenção dos bebês para os potes com massas coloridas. Pegue os potes
individualmente e fale com entusiasmo o nome das cores contempladas.
Para garantir que todos participem ativamente da proposta, assim como
meio de facilitar a observação e o registro, organize a turma empeque-
nos grupos de cinco bebês e garanta um pote de massinha para cada um.
Convide-os a se aproximarem para tocarem nos potes.

Possíveis ações dos bebês: Os bebês se aproximam e tocam nos potes.


Observam suas cores e formatos. Selecionam o que querem explorar.
Seguram com firmeza, batem no chão, tentam retirar a massa do interior
do pote.

Assegure que os bebês tenham o direito de escolher a cor do pote que


querem manipular primeiro. Fale para que iniciem a exploração da mas-
sinha tirando-a dos potes, sentindo a textura, cheiro, temperatura e até
mesmo sabor. Eles podem apertam, tentar retirar da mão, amassar sobre
a toalha ou plástico e investigar cada nova sensação experimentada pela
exploração a fim de novas descobertas. Busque auxiliar os bebês que se
sentem desconfortáveis com a nova textura ficando próximo e, vagarosa-
mente, aproximando-os da massa para poder explorá-la. Toque no ma-
terial e brinque com a massa provocando o jogo imitativo.Facilite a ação
quando necessário e conduza para que os bebês possam fazer descober-
tas diante da proposta de atividade.

Possíveis ações dos bebês neste momento: Ao perceberem a massa colo-


rida, ficam curiosos para tocá-la, se expressam sorrindo, balbuciando e
pegam o pote. Ao tocarem na massa, descobrem textura e cheiro, come-
çam a explorá-la ainda dentro do pote.

Possíveis falas do professor neste momento: Nossa, o que temos aqui?


Que massa linda! O que sentimos quando tocamos nela? Vejam, tem vá-
rias cores. Cante com os bebês: “Coloridos” Palavra Cantada

Os bebês brincam com a massinha colorida e os potes, colocando e re-


tirando, criando impressões com a parte externa, misturando as cores,
trocando de potes. Nos pequenos grupos, brinque com eles de retirar e
colocar a massa no pote para que os bebês possam observar seus movi-
mentos e imitar. Pode ser que o ato de tirar e colocar a massa nos potes
seja o foco principal da brincadeira, então possibilite o tempo necessário
para que eles explorem essa ação. Converse com os bebês sobre evitar
colocar a massa à boca. Mesmo comestível, a massa pode vir a causar
desconforto aos bebês, se ingerida.

Possível ação do bebê nesse momento: o bebê leva a massa colorida à


boca. Quer experimentar!

Possível fala/ação do professor nesse momento: Oriente-o a experimen-


tar com o corpo, tocando, sentindo, cheirando, mas conduza para que
evitem colocar na boca.

O que podemos criar com essa massa colorida? Que tal usarmos as mãos
para manipulá-la? Veja, posso fazer o formato do meu pé se pressioná-la
com ele. Que tal usarmos o corpo todo para fazer novos formatos? Sinta
o cheiro! O gosto pode ser desagradável, é melhor não comer essa massi-
nha.

Os bebês misturam a massa e novas cores começam a surgir. Chame a


atenção deles para essa nova possibilidade de descoberta. Registre com
imagens e vídeos. Faça com que essas imagens captem as diversas ex-
pressões dos bebês nos mais variados momentos de exploração propos-
tos pela atividade. Provoque-os a manipular a massa colorida livremente.
Nesse momento, os bebês amassam, cheiram, tocam, enrolam, misturam
as cores e exploram a massa. Se expressam com gestos, gritos e balbu-
cios.

Participe ativamente do momento brincando com eles e garanta que suas


ações sejam percebidas e imitadas.

Para finalizar:

Procure respeitar cada bebê em sua individualidade. Ao perceber que


eles se dispersaram no envolvimento com a atividade, proponha aos que
tiverem acabado a exploração que explorem uma caixa com brinquedos
da própria turma. Doga para que brinquem com autonomia enquanto os
demais estão envolvidos com a exploração.

Desdobramentos
Organize para que a exploração de massas aconteça em outros momen-
tos com o grupo de bebês. Utilize objetos de marcação gráfica como
raiz, pedras, galhos, palitos e outros materiais de largo alcance, para que
a brincadeira com a massa se torne ainda mais desafiadora e divertida.
Essa possibilidade permitirá cada vez mais familiaridade com os elemen-
tos e novas descobertas.

Engajando as famílias
Monte um painel próximo a sala dos bebês em uma altura que permita
que crianças e adultos visualizem. Selecione as imagens em sequência de
fatos, desde a roda de conversa à manipulação e exploração das massas
coloridas, a fim de que as famílias possam acompanhar todo o processo
do momento vivido pelos bebês. Crie legendas com texto escrito e expli-
cativo logo abaixo das fotos e de cada registro de imagem, de modo que
as famílias possam sentir como foi importante e desafiador cada contato
do bebê com o novo experimento, os sentimentos e descobertas viven-
ciados.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Informe aos outros professores da escola sobre a reorganização do corre-


dor em função da proposta para que, assim, possam orientar as crianças
durante os momentos que estarão passando por ali.

Solicite o envio de uma foto da criança em alguma situação significati-


va de seu cotidiano com a família. Faça isso por meio de um bilhete, do
mural da sua turma ou utilizando outra forma de comunicação comum
em sua escola.

Exponha documentações pedagógicas do seu grupo nas paredes do cor-


redor, na altura das crianças, para que possam explorá-las durante a pro-
posta.

Materiais:

Documentações pedagógicas do seu grupo de bebês, preparadas ante-


riormente por você, fotos das crianças em diversas situações do cotidia-
no (solicite à família uma foto da criança em alguma situação cotidiana
e, se não for possível, selecione e imprima uma foto na escola), celofane
colorido, uma bola de tamanho médio, elástico ou barbante.

Espaços:

O espaço a ser usado na proposta é um dos corredores da escola. Escolha


um que seja acessível e seguro para os bebês. Nele, organize os materiais
da seguinte forma:
-nas paredes ao longo do corredor, em altura visível aos que engatinham
e caminham, coloque as documentações pedagógicas do grupo e as fotos
das crianças;

-o celofane colorido pendurado no teto com barbante, ficando na altura


das crianças;

-no teto, a bola pendurada por um elástico ou por um barbante, colado


na bola com fita.

Deixe espaço disponível para que os bebês possam se movimentar livre-


mente pelo corredor.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. De que forma os bebês exploram os espaços do corredor? Como rela-


cionam- se com os recursos, objetos e pessoas presentes ou que passam
por ali?

2. Quais objetos provocam mais interações? Como o corredor convida as


crianças à exploração? Quais pesquisas ele proporciona aos bebês?

3. Quais formas de deslocamento os bebês usam para se locomover no


espaço do corredor? Como exploram seus movimentos e desafiam-se
durante a proposta?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Garanta condições para que todas as crianças participem
do momento da realização da proposta. Atente para os bebês muito pe-
quenos para auxiliá-los, se necessário, a se locomover, explorar os obje-
tos e sentar-se próximo ao grupo de crianças. Garanta um espaço seguro
para aqueles que sentam, engatinham e caminham.

O que fazer durante?

Comece conversando comogrupo todo sobre a proposta que irão fazer


no corredor da escola, que será o campo de exploração nesta atividade.
Incentive os bebês, individualmente ou em pequenos grupos, a sair da
sala de forma autônoma. Se organize para levar ao colo aqueles que não
se locomovem com autonomia. Convide e encoraje cada criança em suas
ações e movimentos de deslocamento. Incentive a participação de todas
e auxilie-as quando necessário, conforme suas preferências, possibilida-
des e ritmos. Providencie um cesto com brinquedos diversos, já conheci-
dos por elas, para que os explorem quando desejarem.

Observe e registre por meio de fotos e vídeos como cada bebê se desloca
para fora da sala (se arrasta, engatinha e/ou caminha), suas reações, o
que lhes chama a atenção, a forma como explora o espaço, o que obser-
va, como se movimenta (se tenta levantar com algum apoio, por exem-
plo) e o que mais que interessa no corredor. Atente para onde os bebês
olham, quais sons ou imagens lhes são chamativas. Leve os menores ao
colo, oportunizando as mesmas vivências a eles. Atente às suas expres-
sões faciais e corporais, balbucios e gestos.

Potencialize a interação das crianças com as pessoas que passam pelo


corredor. Você deve ficar próximo, observando e registrando como cada
bebê reage consigo e com os colegas de turma na pesquisa dos materiais.
Tais registros serão usados na documentação pedagógica.

Possíveis ações da criança neste momento: Um bebê dá tchau ao ver o


professor do maternal, respondendo ao gesto feito por ele. Outro bebê
vê uma criança vindo no corredor e a observa. Essa abaixa-se e conversa
com o bebê.

Possibilite que o grupo todo explore a proposta. Convide as crianças


para se aproximar e apresente o material ali oferecido, assim, elas irão
iniciar pesquisas exploratórias individualmente, em duplas ou em pe-
quenos grupos no espaço do corredor de forma livre. Apoie as ações
delas, suas iniciativas, encorajando assim os outros colegas. Potencialize
as explorações no local por meio de diferentes deslocamentos, oportuni-
zando que se movimentem de forma segura e autônoma.

Possíveis falas do professor neste momento: Olha lá o que o colega des-


cobriu ali daquele lado! Vamos lá ver que materiais são? E o que pode-
mos fazer com eles? Que lugar é esse? O que vocês estão vendo nesse
corredor? Quem é a pessoa ?

Até esse momento da atividade, as crianças devem estar envolvidas de


diferentes formas em suas explorações. Acompanhe pequenos grupos
de bebês na exploração desses recursos. Posicione aqueles que ainda não
engatinham de maneira a poder brincar e observar as outras crianças.
Veja como reagem ao deparar-se com os recursos e quais ações realizam
com eles. Observe com atenção e se aproxime dos bebês fazendo comen-
tários como:O que aconteceu quando empurrou a bola? Qual movimen-
to ela fez? Eu joguei a bola para você, quer jogar a bola para mim tam-
bém? O que são esses materiais pendurados? E o que podemos fazer com
eles? Quem são as pessoas nas fotos, você conhece? O que estão fazendo?
Olha, um colega escondeu-se no celofane, quem está atrás dele? Achou!
Vamos ver o que tem deste lado do corredor? Apoie, a partir das ações
dos bebês, evitando ao máximo dirigir iniciativas, para que possam ex-
plorar os recursos espontaneamente. Interaja com a turma, realize imita-
ções e divirta-se!

Possíveis ações da criança neste momento: O bebê olha através dos ce-
lofanes, observa ambientes e crianças com cores diferentes. Vê as fotos e
olha para os colegas, fazendo relações. A criança olha para as documen-
tações, descobre sua imagem nelas e sorri.

Para finalizar:

Para encerrar a proposta, avise aos bebês que em alguns minutos irão
começar a guardar as coisas e compartilhe com eles a próxima atividade
a ser realizada. Dentro das possibilidades de cada um, valorize e encora-
jeque guardem os materiais nos devidos lugares. Você pode cantar uma
canção neste momento. Pesquise na internet que você vai encontrar mui-
tas ideias para ampliar o repertório musical de sua turma!

Desdobramentos
Realize a proposta organizando no corredor outros recursos disponíveis
em sua escola ou em outro corredor, próximo à sala de crianças maiores,
oportunizando a interação entre as idades. Pense também nesta proposta
sendo realizada em outro espaço da escola, como a área externa, poden-
do ou não utilizar os mesmos recursos.

Engajando as famílias
Convide as famílias para vivenciar com os bebês um momento explora-
tório nesse corredor, junto às fotos que enviaram para a proposta. Pro-
ponha alternativas para que todas participem, seja no final do turno ou
na hora da entrada, de acordo com a disponibilidade delas. Faça isso por
meio de bilhete, mural da sala ou outra forma de comunicação que sua
escola use. Aproveiteos registros fotográficos e escritos realizados duran-
te a proposta para montar uma exposição no mural da sala ou no cor-
redor onde foi realizada a proposta, dando visibilidade à ação dos bebês
naquele local.Disponha também de espaço para que os familiares regis-
trem a experiência que tiveram, compondo esse mural, que irá reperto-
riar a escola com brincadeiras dos bebês com as famílias deles.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Avise os professores de outras turmas sobre a proposta a ser realizada,


principalmente em relação a presença dos bebês nos espaços internos da
escola que conduzem ao pátio. Combine com o professor de outra turma
para realizarem, juntos, a exploração e interação no pátio.

Materiais:

Materiais de largo alcance, que possibilitem uma infinidade de explora-


ções e que não possuam uma função definida, permitindo que a crian-
ça explore, imagine e crie suas próprias brincadeiras. Sugestões: cones,
carretéis, tubos de PVC, tocos ou pedaços de madeira, potes de diversos
tamanhos, pedaços de papelão. Para saber mais sobre esse material, cli-
que aqui.

Espaços:

A atividade será realizada nos espaços internos que possibilitem o trajeto


até o pátio. Dessa forma, também será usado o pátio ou qualquer outro
espaço externo que comporte a proposta (por exemplo, o jardim). Os
percursos usados para chegar ao pátio devem propiciar a livre movimen-
tação dos bebês e garantir sua autonomia e segurança. Organize, nesse
espaço, alguns cantos com materiais delargo alcance: rolos ou cones de
linha, pedaços de papelão, tocos de madeira e potes de diversos tama-
nhos. Propicie quetodos os bebês possam explorar os materiais através
de seus movimentos, ações e observações.

Tempo sugerido:
Aproximadamente 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como os bebês se movimentam? Comoas formas de deslocamento


usadas por cada criança potencializa suas habilidades e propõe novas
descobertas?

2. Quais relações e aprendizagens os bebês realizamdurante os diferentes


percursos? Como reagem a experiência de sair da sala e explorar outros
espaços da escola?

3. Como os bebês se envolvem na exploração do espaço externo da esco-


la e em contato com os elementos naturais e materiais de largo alcance?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Garanta espaço seguro para aqueles que sentam, engati-
nham ou caminham.Fique atento aos bebês muito pequenos para auxili-
á-los, se necessário, na exploração dos objetos, na locomoção(para aque-
les que não engatinham e não andam) de forma que fiquem sentados
próximos ao grupo todo de crianças.

O que fazer durante?


1

Converse com todas as crianças a respeito da proposta, que trata da ida


até o pátio da escola através dos diversos trajetos que permitem chegar
até ele. Em pequenos grupos, convide os bebês a se locomoverem para
fora da sala. Incentive a participação de todos através de falas, como:
vamos ver o que tem lá fora? Olhe, os colegas estão indo dar uma volta,
passear… venha conosco! Eu vou com você.

Acompanhe os bebês em pequenos grupos, organize-se para levar ao


colo os bebês que não se locomovem com autonomia.

Convide os bebês a realizarem os trajetos possíveis. Permita que usem


diferentes caminhos, sendo acompanhados por um professor ou adulto
responsável, em pequenos grupos. Observe como cada um explora o ca-
minho até o pátio, como age naquele espaço ao engatinhar ou caminhar,
o que vê, o que lhe chama a atenção durante o percurso, onde pára ou se
vai direto ao pátio. Garanta a segurança necessária durante este caminho
observando possíveis situações ou objetos que demonstrem perigo. Re-
gistre os momentos através de fotografia ou vídeos e depois faça registros
escritos de sua observação para complementar.

Até esse momento as crianças devem explorar os diferentes caminhos,


envolvidas de formas variadas em suas explorações no percurso. Acom-
panhe os bebês individualmente em suas iniciativas motoras e descober-
tas. Perceba como agem ao encontrar adultos ou crianças, se têm inte-
resse em voltar para a sala de referência ou se sentem motivados a irem
adiante. Convide cada um a continuar o percurso até o pátio. Respeite o
tempo de cada criança, apoie suas ações de forma a descobrir e vivenciar
significativamente esse deslocamento. Intervenha caso ache necessário.

Possíveis ações da criança neste momento: o bebê que engatinha ou ca-


minha pode parar ao encontrar algum brinquedo no corredor. Ao passar
em frente a uma sala espia para ver o que está acontecendo. Pode tam-
bém voltar no caminho para encontrar algum colega. O bebê que está no
colo pode voltar o olhar para sons e objetos que estão em seu entorno,
movimentando seu corpo no intuito de observar o que lhe chama a aten-
ção.

Possíveis falas do professor neste momento: o que você encontrou? Va-


mos ver o que é isso. Um brinquedo! Quem será que está nessa sala? Que
barulho será esse? O que será que tem lá fora? Vamos ver? Vamos, quem
quer acompanhar os colegas até o pátio?

Ao chegar no pátio, deixe que os bebês explorem livremente o espaço,


os elementos naturais, pequenos insetos de jardim, o vento, os cheiros
e sons provenientes desse lugar. Organize o grupo de bebês menores
próximos a locais onde possam entrar em contato com os elementos da
natureza e explorá-los.Acompanhe aqueles que, aos poucos, irão che-
gando para a exploração. Registre o reencontro entre os bebês que fize-
ram diferentes percursos, observando ações e reações. Auxilie quando
necessário, assegurando que todos estejam ativos na proposta, conforme
seus ritmos, preferências e possibilidades. Disbonibilize um cesto com
brinquedos de encaixe já conhecidos por eles para que explorem quando
desejarem.

Proponha pequenos grupos para exploração dos materiais de largo al-


cance organizados no espaço. Observe o envolvimento dos bebês com
os materiais, as relações construídas a partir do manuseio dos objetos e
as interações que ocorrem entre eles. Dê tempo para que compartilhem
descobertas e vivenciem a experiência com estes recursos. Apoie e valide
as ações deles e aproveite esses preciosos momentos para fazer boas inte-
raçõesa partir delas.
Possíveis ações da criança neste momento: o bebê encaixa um cone no
outro. Olha através do buraco descobrindo algo do outro lado. Com os
papelões, brinca de esconder-se ou coloca na cabeça, imitando um cha-
péu. Recolhe pedrinhas ou galhos e coloca dentro dos potes, balançando
e fazendo barulho.
Possíveis falas do professor nesse momento:vamos brincar com esses ob-
jetos? Como podemos brincar?O que é isso? Um buraco no cone? O que
dá para enxergar através dele? Vou olhar no meu. Quem estou vendo?
Vejam, parece um chapéu! Quem quer colocá-lo? Escutem esse barulho
que faz com a pedrinha dentro. Agora, com pedrinhas e galhos, vamos
escutar o som? E sem as pedrinhas, faz algum som?”

Avise a todo grupo que, em dez minutos, irão organizar os brinquedos


e objetos para retornar à sala. Passado o tempo, convide os bebês a au-
xiliarem na organização dos materiais e do espaço. Para os bebês que
aguardam o retorno para a sala, providencie, de acordo com a disponi-
bilidade escolar, um adulto para acompanhá-los no local. Além disso,
podem compartilhar momentos de trocas com outras crianças que estão
no pátio.Garanta que, ao chegarem, esteja preparado um ambiente aco-
lhedor com música lenta, espaço aconchegante com tapete, almofadas e
bolinhas de massagem, para que possam desfrutar do momento. Neste
momento, pode oferecer aos bebês seus objetos de apego para que des-
cansem.

Para finalizar:

Encaminhe a volta para a sala acompanhando um pequeno grupo de


bebês por vez, possibilitando que escolham o caminho que queiram fa-
zer. O outro grupo de bebês deve ser acompanhado por um professor, ou
adulto responsável, oportunizando a escolha de um caminho diferente
do que fizeram na vinda ao pátio. É fundamental que reserve um tempo
para que os pequenos possam explorar o percurso livremente, a par-
tir de seus interesses e desejos. Observe atentamente o que eles fazem,
seus gestos, expressões e iniciativas de interação com os amigos. É um
momento paraobservar, imitar e se divertir durante o percurso de volta.
Fique atento e se aproxime, fazendo comentários como: o que vocês es-
tão observando? Quem encontraremos no percurso de volta? Olha ali, o
amigo encontrou uma pessoa, vamos ver quem é?!

Desdobramentos
Leve para a sala alguns elementos naturais encontrados no pátio que se-
jam significativos para os bebês, com o objetivo de que realizem pesqui-
sas exploratórias (por exemplo: pedrinhas ou folhas). Sugere-se também
que esta proposta seja realizada mais vezes, para que os bebês ampliem
seus conhecimentos em relação aos espaços da escola e às diferentes for-
mas de se locomover dentro dela.Você pode realizar essa atividade pos-
sibilitando a interação com crianças maiores, tanto na exploração dos
percursos até o pátio como durante a exploração dos materiais de largo
alcance.

Engajando as famílias
Convide as famílias para participar de um momento similar à proposta
durante a chegada na escola ou na despedida. Faça o convite através de
bilhete ou do mural de entrada da sala. Organize previamente os cantos
com os materiais de largo alcance na área externa disponível e convide
as famílias a acompanharem as crianças até este local, para brincarem
juntos e vivenciarem essa rica experiência. Registre esse momento atra-
vés de fotos e vídeos e coloque-os na documentação pedagógica, junto
ao portfólio Individual ou no mural de entrada da sala, de acordo com a
forma de registro/comunicação que utiliza em sua comunidade escolar.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Informe aos outros professores da escola sobre a reorganização do corre-


dor em função da proposta para que, assim, possam orientar as crianças
durante os momentos que estarão passando por ali.

Solicite o envio de uma foto da criança em alguma situação significati-


va de seu cotidiano com a família. Faça isso por meio de um bilhete, do
mural da sua turma ou utilizando outra forma de comunicação comum
em sua escola.

Exponha documentações pedagógicas do seu grupo nas paredes do cor-


redor, na altura das crianças, para que possam explorá-las durante a pro-
posta.

Materiais:

Documentações pedagógicas do seu grupo de bebês, preparadas ante-


riormente por você, fotos das crianças em diversas situações do cotidia-
no (solicite à família uma foto da criança em alguma situação cotidiana
e, se não for possível, selecione e imprima uma foto na escola), celofane
colorido, uma bola de tamanho médio, elástico ou barbante.

Espaços:

O espaço a ser usado na proposta é um dos corredores da escola. Escolha


um que seja acessível e seguro para os bebês. Nele, organize os materiais
da seguinte forma:
-nas paredes ao longo do corredor, em altura visível aos que engatinham
e caminham, coloque as documentações pedagógicas do grupo e as fotos
das crianças;

-o celofane colorido pendurado no teto com barbante, ficando na altura


das crianças;

-no teto, a bola pendurada por um elástico ou por um barbante, colado


na bola com fita.

Deixe espaço disponível para que os bebês possam se movimentar livre-


mente pelo corredor.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. De que forma os bebês exploram os espaços do corredor? Como rela-


cionam- se com os recursos, objetos e pessoas presentes ou que passam
por ali?

2. Quais objetos provocam mais interações? Como o corredor convida as


crianças à exploração? Quais pesquisas ele proporciona aos bebês?

3. Quais formas de deslocamento os bebês usam para se locomover no


espaço do corredor? Como exploram seus movimentos e desafiam-se
durante a proposta?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e às diferenças de cada crian-
ça ou do grupo. Garanta condições para que todas as crianças participem
do momento da realização da proposta. Atente para os bebês muito pe-
quenos para auxiliá-los, se necessário, a se locomover, explorar os obje-
tos e sentar-se próximo ao grupo de crianças. Garanta um espaço seguro
para aqueles que sentam, engatinham e caminham.

O que fazer durante?

Comece conversando com o grupo todo sobre a proposta que irão fazer
no corredor da escola, que será o campo de exploração nesta atividade.
Incentive os bebês, individualmente ou em pequenos grupos, a sair da
sala de forma autônoma. Se organize para levar ao colo aqueles que não
se locomovem com autonomia. Convide e encoraje cada criança em suas
ações e movimentos de deslocamento. Incentive a participação de todas
e auxilie-as quando necessário, conforme suas preferências, possibilida-
des e ritmos. Providencie um cesto com brinquedos diversos, já conheci-
dos por elas, para que os explorem quando desejarem.

Observe e registre por meio de fotos e vídeos como cada bebê se desloca
para fora da sala (se arrasta, engatinha e/ou caminha), suas reações, o
que lhes chama a atenção, a forma como explora o espaço, o que obser-
va, como se movimenta (se tenta levantar com algum apoio, por exem-
plo) e o que mais que interessa no corredor. Atente para onde os bebês
olham, quais sons ou imagens lhes são chamativas. Leve os menores ao
colo, oportunizando as mesmas vivências a eles. Atente às suas expres-
sões faciais e corporais, balbucios e gestos.

Potencialize a interação das crianças com as pessoas que passam pelo


corredor. Você deve ficar próximo, observando e registrando como cada
bebê reage consigo e com os colegas de turma na pesquisa dos materiais.
Tais registros serão usados na documentação pedagógica.

Possíveis ações da criança neste momento: Um bebê dá tchau ao ver o


professor do maternal, respondendo ao gesto feito por ele. Outro bebê
vê uma criança vindo no corredor e a observa. Essa abaixa-se e conversa
com o bebê.

Possibilite que o grupo todo explore a proposta. Convide as crianças


para se aproximar e apresente o material ali oferecido, assim, elas irão
iniciar pesquisas exploratórias individualmente, em duplas ou em pe-
quenos grupos no espaço do corredor de forma livre. Apoie as ações
delas, suas iniciativas, encorajando assim os outros colegas. Potencialize
as explorações no local por meio de diferentes deslocamentos, oportuni-
zando que se movimentem de forma segura e autônoma.

Possíveis falas do professor neste momento: Olha lá o que o colega des-


cobriu ali daquele lado! Vamos lá ver que materiais são? E o que pode-
mos fazer com eles? Que lugar é esse? O que vocês estão vendo nesse
corredor? Quem é a pessoa ?

4
Até esse momento da atividade, as crianças devem estar envolvidas de
diferentes formas em suas explorações. Acompanhe pequenos grupos
de bebês na exploração desses recursos. Posicione aqueles que ainda não
engatinham de maneira a poder brincar e observar as outras crianças.
Veja como reagem ao deparar-se com os recursos e quais ações realizam
com eles. Observe com atenção e se aproxime dos bebês fazendo comen-
tários como:O que aconteceu quando empurrou a bola? Qual movimen-
to ela fez? Eu joguei a bola para você, quer jogar a bola para mim tam-
bém? O que são esses materiais pendurados? E o que podemos fazer com
eles? Quem são as pessoas nas fotos, você conhece? O que estão fazendo?
Olha, um colega escondeu-se no celofane, quem está atrás dele? Achou!
Vamos ver o que tem deste lado do corredor? Apoie, a partir das ações
dos bebês, evitando ao máximo dirigir iniciativas, para que possam ex-
plorar os recursos espontaneamente. Interaja com a turma, realize imita-
ções e divirta-se!

Possíveis ações da criança neste momento: O bebê olha através dos ce-
lofanes, observa ambientes e crianças com cores diferentes. Vê as fotos e
olha para os colegas, fazendo relações. A criança olha para as documen-
tações, descobre sua imagem nelas e sorri.

Para finalizar:

Para encerrar a proposta, avise aos bebês que em alguns minutos irão
começar a guardar as coisas e compartilhe com eles a próxima atividade
a ser realizada. Dentro das possibilidades de cada um, valorize e encora-
je que guardem os materiais nos devidos lugares. Você pode cantar uma
canção neste momento. Pesquise na internet e você vai encontrar muitas
ideias para ampliar o repertório musical de sua turma!

Desdobramentos
Realize a proposta organizando no corredor outros recursos disponíveis
em sua escola ou em outro corredor, próximo à sala de crianças maiores,
oportunizando a interação entre as idades. Pense também nesta proposta
sendo realizada em outro espaço da escola, como a área externa, poden-
do ou não utilizar os mesmos recursos.

Engajando as famílias
Convide as famílias para vivenciar com os bebês um momento explora-
tório nesse corredor, junto às fotos que enviaram para a proposta. Pro-
ponha alternativas para que todas participem, seja no final do turno ou
na hora da entrada, de acordo com a disponibilidade delas. Faça isso
por meio de bilhete, mural da sala ou outra forma de comunicação que
sua escola use. Aproveite os registros fotográficos e escritos realizados
durante a proposta para montar uma exposição no mural da sala ou no
corredor onde foi realizada a proposta, dando visibilidade à ação dos
bebês naquele local.Disponha também de espaço para que os familiares
registrem a experiência que tiveram, compondo esse mural, que irá re-
pertoriar a escola com brincadeiras dos bebês com as famílias deles.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Combine a realização da proposta com o responsável pela secretaria de


sua escola (secretário, diretor/gestor ou ambos). Disponha de mais um
professor no momento da proposta para que todas as crianças possam
ser atendidas em suas particularidades, visando apoiar os bebês em suas
pesquisas exploratórias. Confeccione anteriormente os materiais a serem
utilizados. Se possível, solicite às famílias o envio de celulares, telefones,
notebooks ou teclados que não são mais usados mas que estejam em
bom estado por meio de bilhete, do mural da sala ou outro meio de co-
municação que usem.

Materiais:

Objetos construídos com materiais delargo alcance. Use sua criatividade


na confecção, uma opção é pesquisar idéias na internet para inspiração.
Seguem algumas sugestões:

1 - Computadores feitos com caixas diversas ou outros materiais dispo-


níveis;

2 - Caixas de remédios encapadas ou pedaços de madeira simbolizando


celulares;

3 - Telefone de mesa feito com caixinhas de tamanho médio, barbantes


ou espiral;

4 - Banco/cadeira e mesas baixas de caixas de leite ou semelhantes, pre-


enchidas com jornal e moldadas com fita (ou outras que tenha na sua
escola).

5 - Revistas usadas, folhas de papel brancas e gizão de cera.

6 - Eletrônicos usados, que garantam a segurança dos bebês (celular sem


bateria, telefones de mesa, teclado com botões presos etc.).

Espaços:

Para essa atividade serão utilizados 2 espaços: a secretaria e depois a sala


de referência. Organize dentro da secretaria um espaço que simule uma
“secretaria”, utilizando os materiais citados anteriormente. Disponha as
mesas e cadeiras/bancos no espaço disponível, os telefones, computado-
res e eletrônicos usados sobre algumas mesas e as folhas de papel, revis-
tas e o gizão de cera em outras. Garanta segurança e conforto aos peque-
nos.

Num segundo momento, ofereça os mesmos materiais organizados em


contextos de cantos na sala de referência, para que possam continuar ex-
plorando, manipulando, experimentando e fazendo descobertas.

Tempo sugerido:

30 a 40 minutos

Perguntas para guiar suas observações:

1.De que forma os bebês exploram os materiais disponíveis? Eles imitam


os adultos e os outros bebês? De que forma fazem isso?

2. Como é a relação do bebê com o responsável pela secretaria? Quais as


formas de comunicação utilizada?

3.De que forma o espaço, assim organizado, desafia os bebês a ampliar o


uso dos objetos bem como do seu repertório de movimento?
Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Garanta condições para que os bebês menores que não
caminham e engatinham possam participar da exploração da secretaria.
Sente próximo aos bebês e segure-os no coloquando necessário, possibi-
litando a utilizaçãodos materiais. Proponha apoio para os que já sentam,
organizando-os confortavelmente próximos aos materiais disponíveis.
Garanta espaço seguro para os que engatinham e caminham se desloca-
rem entre os móveis e objetos.

O que fazer durante?

Comece oferecendo ao grupo todo, na sala de referência ou local próxi-


mo a secretaria, materiais de largo alcance (tecidos, rolos, cones e tampas
diversas) para que manipulem e investiguem as várias possibilidades de
brincadeiras possíveis. Em seguida, compartilhe com um pequeno grupo
de bebês a proposta que será realizada. Diga que irão visitar a secretaria,
conhecer as pessoas que trabalham lá e o que elas fazem, com que ma-
teriais trabalham, como trabalham e avise que poderão brincar lá por
um tempo e depois voltarão para a sala. Organize os bebês em pequenos
grupos,levando em consideração as possibilidades motoras semelhantes.
Convide-os a se deslocarem até a secretaria da escola, instigando a curio-
sidade por meiode comentários como: “vamos visitar a secretaria? Quem
será que está lá? Vamos nos encontrar com o diretor/secretário? O nome
dele é… O que será que encontraremos?”

Ao chegar na secretaria, acomode os bebês menores de forma a garantir


a participação deles na proposta. Permita que aqueles que têm autono-
mia de deslocamento explorem o espaço de forma livre. Convide os be-
bês que estiverem do lado de fora da secretaria a participarem, por meio
de olhares e sorrisos, descrevendo o que está acontecendo dentro da
secretaria, envolvendo-os e transmitindo segurança. Ofereça sua compa-
nhia caso queiram entrar e participar. Observe atentamente as reações,
gestos e expressões dos bebês ao interagirem com o espaço. Atente para
as formas de deslocamento usadas por eles dentro desse ambiente. Du-
rante a proposta, faça registros por meio de fotos e vídeos, individual e
coletivamente, para serem utilizados na documentação pedagógica.

Reserve esse tempo para interação dos bebês com o secretário, diretor
da escola ou ambos, conforme for sua realidade, permitindo que se es-
tabeleçam vínculos afetivos. Acompanhe os bebês individualmente ou
em duplas na interação com essas pessoas, dando oportunidade para que
observem o que fazem, quais objetos usam e como os utilizam. Opor-
tunize que todostenham a chance de se relacionar com os responsáveis
pela secretaria, se assim desejarem, favorecendo a interação entre eles.

Observe suas ações, como se comunicam, seus olhares, expressões e bal-


bucios.
Possibilite que os bebês menores participem, peça para que os funcioná-
rios os peguem no colo ao mostrarem os objetos de trabalho, descreven-
do como os utilizam e para que servem.

Até esse momento os bebês interagem com o espaço e com os responsá-


veis por eles. Observe atentamente e se aproxime de um bebê ou de uma
dupla que esteja investigando os materiais. Deixe que brinquem livre-
mente com os materiais, conheçam e descubram as formas de utilizar
cada um. Amplie as pesquisas exploratórias dos bebês por meio de co-
mentários como:

“Olha o que o colega achou ali. O que será isso? Um telefone. Para quem
será que vai ligar? Quem quer escrever na agenda como o secretário? O
que podemos usar para fazer isso? Vejam, um bebê encontrou um com-
putador. O que podemos fazer nele?”

Convide o responsável pela secretaria a realizar situações simbólicas


com o telefone, celular e computador, como também ações de escrita e
leitura sobre a mesa. Observe a reação dos bebês, se observam o que ele
está fazendo e se fazem relações com os objetos dispostos. Encoraje os
bebês individualmente a partir de ações realizadas pelos colegas. Veja se
imitam ações deles ou do responsável pela secretaria e com quais obje-
tos fazem isso. Dê espaço para que explorem, brinquem, imitem gestos,
expressões, posturas e se divirtam. Você pode realizar as mesmas ações
junto aos bebês de forma individual, em duplas ou em pequenos grupos,
valorizando suas interações com o espaço e objetos.

Possíveis ações da criança neste momento:

Um bebê senta-se no banquinho em frente a caixa que imita um com-


putador. Olha para o teclado, engaja-se a apertar as teclas e olhar para a
tela. Outro bebê vê a caixinha de remédio encapada, coloca no ouvido,
fazendo balbucios. Nesse momento há mais duas crianças comparti-
lhando a folha sobre a mesa fazendo seus “registros” com gizão. Uma faz
tentativas de riscar com o gizão enquanto a outra observa e passa o dedi-
nho sobre a superfície. Ambas descobrem as marcas produzidas sobre a
folha.

Para finalizar:

Avise que em 5 minutos irão organizar o espaço e informe a próxima ati-


vidade. Após esse tempo, convide os bebês a organizarem o espaço. Va-
lorize e encorage iniciativas dos pequenos no momento da organização.
Convide-os a se despedirem dos responsáveis pelo espaço e acompanhe-
-os no retorno a sala.

Desdobramentos
Leve para a sala os objetos construídos com material de largo alcance e
os outros utilizados na proposta. Organize um canto de “secretaria”, para
que os bebês possam continuar suas pesquisas exploratórias, interações
e momentos de imitação com os colegas. Convide o responsável pela
secretaria para participar, em algum momento, de uma“brincadeira de
secretaria” na sala de referência da turma, potencializando as interações,
descobertas e aprendizagens obtidas durante a proposta. Pense nessa
proposta sendo realizada em outro espaço disponível na escola, como
refeitório ou biblioteca.

Engajando as famílias
Peça as famílias o envio de materiais eletrônicos usados (telefone, celu-
lares, teclados etc.) por meio de bilhete ou outra forma de comunicação.
Utilize os registros fotográficos da proposta, complementados com falas
e impressões suas, para montar um móbile com as fotos legendadas de
forma objetiva e clara no corredor ou parede próxima à secretaria, dan-
do visibilidade a presença dos bebês naquele espaço.
O que fazer antes?

Contextos prévios:

Combine a realização da proposta com o professor de uma das turmas


de sua escola. Pense com ele o espaço e os materiais que serão disponibi-
lizados aos dois grupos de crianças, levando em consideração as caracte-
rísticas de cada faixa etária, seus interesses, possibilidades de experiência
e interações. Peça para este professor conversar com seu grupo de crian-
ças a respeito da visita que os bebês farão à eles. É importante que se
tenha dois professores durante o momento da proposta, para que todos
os bebês sejam atendidos em suas experiências e potencialidades.

Materiais:

Brinquedos de casinha já conhecidos (como pia, fogão, geladeira, televi-


são, sofá e cama) e outros não conhecidos pelas crianças, que sejam da
sala visitada e estejam naquele espaço. Caso não possua em sua escola,
podem ser confeccionados com caixas de papelão e outros materiais de
largo alcance. Utensílios de cozinha utilizados como brinquedos (pane-
linhas, copos, jarras). Bonecas, ursos, fantasias ou outros recursos que
você tenha em sua escola que instiguem a brincadeira de faz de conta.
Materiais de largo alcance: tecidos e potes de tamanhos diferentes. Col-
chonetes.

Espaços

O espaço utilizado é a sala de referência de outra turma da escola que


deve ser organizada de um jeito atraente, que convide para a brincadeira
de casinha onde cada canto representará um espaço:
1. Cozinha: fogão, geladeira, pia e alguns utensílios já dispostos para que
agucem o desejo de manipular, explorar e brincar de cozinhar, lavar etc;

2. Sala: coloque um sofá como assento e outro como encosto na parede,


ajeite um tapete na frente e a TV, simulando o ambiente. Deixe bonecas
sentadas como que assistindo TV para provocar a interação;

3. Quarto: disponha o colchonete com boneca dormindo coberta sob


lençol/cobertor; Disponibilize paninhos no local e outras bonecas e pe-
lúcias para que possam pegar, se desejarem, possibilitando ações de faz
de conta;

4. Se tiver espaço disponível, faça cabanas com as mesas viradas e tecidos


por cima, compondo esse ambiente de forma ainda mais convidativa;

Entre os cantos montados, deixe espaço livre para que as crianças se mo-
vimentem e circulem.

Tempo sugerido:

40 minutos

Perguntas para guiar suas observações:

1.Como se dão as interações entre as crianças de diferentes idades?


Quais recursos os bebês usam para se comunicar com as outras crianças
e adultos presentes no espaço?

2.Por quais materiais os bebês demonstram mais interesse? O que mais


instiga pesquisas exploratórias? Que tipos de explorações as crianças
fizeram?

3.De que forma o espaço possibilita desafios e diferentes formas de des-


locamento aos bebês? Quais espaços da sala são mais utilizados por eles
e o que os incitam a explorá-los? Como utilizam seus corpos nessas ex-
plorações?
Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem


impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança
ou do grupo. Garanta que todas as crianças tenham as condições de par-
ticipar. Atente para aqueles bebês muito pequenos e que não sentam com
autonomia, para que tenham o apoio necessário e que estejam próximos
ao grande grupo. Organize um cesto com brinquedos já conhecidos pe-
los bebês e ofereça, se necessário.

O que fazer durante?

Inicie conversando com o grupo todosobre a proposta, que será a ida


até a sala de outro grupo de crianças. Explique que irão lá para conhecer
a sala, os brinquedos e brincar com as crianças e adultos que ali estão.
Caso seu grupo de crianças for grande ou o espaço da sala onde será
realizada a proposta não comporte as duas turmas, faça agrupamentos
menores para a realização. Convide os bebês em pequenos grupos a se
deslocarem até a sala onde será realizada a proposta. Observe quais as
reações deles diante do convite, se logo acompanham o professor ou se
ficam um pouco mais na sala, observando outros colegas irem. Faça o
convite por meio de comentários, como:

“Vamos passear numa outra sala? Quem será que vamos encontrar lá? O
que será que tem naquela sala? Vamos brincar com outras crianças?”

Ao chegar à sala da outra turma reserve um tempo para que todos os


bebês interajam livremente com as crianças que estão lá. Aconchegue
os menores próximos aos cantos organizados e às crianças da outra tur-
ma. Acompanhe como se dá esses primeiros encontros entre todos, se
os bebês buscam o contato com as outras crianças por meio de olhares e
movimentos ou se ficam só observando os colegas interagindo entre eles.
Fique atento às expressões, balbucios e outras formas de comunicação
presentes. Veja como vão ocupando o espaço, o que lhes chama a aten-
ção e o que lhes faz sorrir ou realizar alguma expressão diferente. Perce-
ba como interagem com os adultos presentes, se buscam compartilhar as
brincadeiras e como se comunicam com eles. Convide aquele bebê que
participa com olhares e expressões a envolver-se na situação. Faça vídeos
destes primeiros encontros com as crianças da outra turma, para depois
usar na documentação coletiva e individual. Além disso, registre o anda-
mento da proposta por meio de fotos e anotações.

Acompanhe o comportamento dos bebês individualmente e em duplas


durante a exploração dos espaços da sala. Veja como usam os materiais
dispostos, o que traz mais descobertas e como se relacionam com aque-
les recursos. Possibilite que todos os bebês possam usar um dos cantos
organizados em companhia de alguma criança da outra turma. Convide
as crianças da outra turma a explorarem os materiais junto aos bebês.

Possíveis ações da criança neste momento: um bebê observa um colega


maior que embala nos braços uma boneca, cantarolando uma canção.
Ele passa a mão na boneca, pega uma outra no seu colo e, observando o
colega, também passa a embalar, balbuciando.

Enquanto isso, duas crianças interagem a partir da exploração dos teci-


dos. A criança maior senta no chão e esconde seu rosto com ele, o bebê
que está sentado observa e curva seu corpo a procura dele e, ao achar,
faz balbucio de admiração ou de “achou”. Outro bebê desloca-se pela
sala, conforme suas habilidades motoras, observando os objetos e mó-
veis, fazendo diferentes expressões ao encontrar um objeto diferente e
que lhes interessa.

Proponha a interação das crianças a partir das ações realizadas pelos be-
bês. Encoraje-as por meio de comentários como:

“Veja, o bebê está mexendo a comida naquela panela com a colher. Que
comida ele está fazendo? Você também quer fazer com ele? Há dois co-
legas naquele canto fazendo comida sobre o fogão, o que será que estão
cozinhando?”

Evite ao máximo dirigir a proposta e proponha meios para que todos


possam relacionar-se com os colegas da outra turma. Respeite o tempo
de cada bebê, deixando-o livre para construir vínculos com as outras
crianças e adultos, relacionando-se ativamente com eles.

Para finalizar:

Avise as crianças que em 10 minutos irão voltar a salae aproveite para


comunicar qual seráa próxima atividade do dia. Já deixe preparado um
material de encaixe para receber as crianças que irão chegando. Con-
videm todas as crianças a organizar os materiais, respeitando suas ca-
racterísticas e possibilidades. Valorize as ações dos maiores e valide as
iniciativas dos bebês neste momento. Se despeçamdas outras crianças e
adultos, convidando-os a visitar sua sala em outro momento.
Desdobramentos
Convide a mesma turma para, em outro momento, vir até a sala dos be-
bês e compartilhar momentos de trocas, descobertas e aprendizagens.

Você pode combinar com outra turma a realização da atividade, utilizan-


do diferentes recursos disponíveis em sua escola. Proponha momentos
de integração entre turmas com propostas diferentes:musicalização, con-
tação de história, exploração de elementos naturais e em espaços coleti-
vos da escola, como pátio e brinquedoteca.

Engajando as famílias
Edite os vídeos feitos durante a proposta de interação entre as duas tur-
mas e mostre em uma reunião com as famílias. Você pode usar os regis-
tros fotográficos feitos, complementados com a descrição do percurso
das turmas nas propostas elaboradas por ambos professores para fazer
um varal nos corredores de acesso às duas salas das turmas participantes.
Se possível, imprima fotos em tamanho pequeno e cole nas agendas das
crianças no dia da proposta, colocando uma breve descrição da vivência
realizada.
CONTINUA NA PARTE 4

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