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Objetivo(s)
Introduzir o hábito da leitura
Ampliar o universo cultural
Apresentar procedimentos de contato com os
livros
Desenvolver o gosto e o prazer pela leitura com-
partilhada como forma de aprender, socializar-
-se e interagir
Conteúdo(s)
Leitura de capas, textos e imagens dos livros.
Criação de repertório de textos e imagens.
Ampliação e desenvolvimento da linguagem
oral.
Noções de causalidade e tempo. Articulação de
idéias.
Tempo estimado
Um mês para montar o espaço. As atividades
devem ser permanentes, feitas diariamente du-
rante 30 minutos ou enquanto durar o interesse
da turma.
Material necessário
Livros de boa qualidade e adequados às carac-
terísticas da faixa etária (exemplares de tecido
ou plástico, de tamanhos variados, com dobra-
duras, de papel cartonado, com texturas etc.),
estantes ou caixas baixas de fácil acesso, tapete,
colcha ou tatame, cadeirinhas, bebê-conforto
ou carrinho.
Organização da sala
Em roda
Desenvolvimento
1ª etapa
Comece a montagem da bebeteca selecionan-
do os títulos. Dê preferência a histórias inte-
ressantes e que não emitam juízos de valor. Os
enredos que apresentam objetos e persona-
gens comuns do universo infantil como bolas,
brinquedos e carros, entre outros e que transfe-
rem características humanas a animais e coisas
costumam ser os prediletos. Fique atento tam-
bém às ilustrações, pois elas ajudam a chamar
a atenção para os livros e a contar o enredo. As
figuras grandes, coloridas e bonitas aprimoram
a percepção visual e ampliam o repertório de
imagens.
Avaliação
Faça a avaliação do trabalho durante todo o
processo, desde a montagem do espaço até as
atividades propostas. Não hesite em alterar a
ordem das etapas previstas ou os encaminha-
mentos planejados em função das necessidades
dos bebês. Observe as crianças interagindo com
os livros e o tempo que se mantêm concentra-
das. Um bom termômetro é quando elas co-
meçam a pedir para ouvir histórias. Muitas vão
começar a deixar explícitos quais são os títulos
prediletos, comentá-los e pedir para levá-los
para casa. Anote as preferências do grupo. Sugi-
ra atividades específicas com elas para verificar
a familiaridade com os enredos, personagens e
imagens. Importante verificar se a turma tem
comportamento leitor no manuseio das obras e
na postura para escutá-los. Nessa faixa etária, a
paciência e a perseverança são essenciais para
um trabalho bem-sucedido.
302 Plano de aula: A amarelinha da caco
Objetivo(s)
Desenvolver a consciência corporal, a capacida-
de de saltar num pé só, girar e equilibrar-se.
Estimular a combinação de regras.
Conteúdo(s)
ano
pré-escola
Ano(s)
Pré-escola
Tempo estimado
1h
Material necessário
Um caco de telha ou uma pedra pequena (apro-
ximadamente de 5 cm x 5 cm) e um giz branco.
Desenvolvimento
1ª etapa
Quem conhece o jogo de amarelinha? Propo-
nha à turma uma brincadeira que se parece
com ele até no nome: amarelinha do caco. Peça
a um voluntário que faça com o giz um quadra-
do no chão. Não estipule uma metragem: per-
mita que os pequenos encontrem o tamanho
ideal. Feito o quadrado, ele precisa ser riscado
e numerado de acordo com o esquema abaixo
(veja as regrasabaixo).
2ª etapa
Quando a turma já tiver dominado a tarefa de
atravessar o tabuleiro chutando a pedrinha ou
o caco pulando num pé só, estimule variações:
primeiro, pular com o caco equilibrado na pal-
ma da mão; depois, com ele sobre os dedos for-
mando um copinho; por fim, colocando-o atrás
do joelho dobrado. Incentive que as crianças su-
giram modificações.
Avaliação
Atente para a capacidade de interação de cada
criança e o desenvolvimento do equilíbrio e da
capacidade de salto e giro nos vários níveis de
dificuldade oferecidos. Use essas observações
para propor variações do jogo ou novas brinca-
deiras. Ilustração: Rubens Paiva Como é o jogo
1. Os pequenos definem no par-ou-ímpar quem
começa. O primeiro jogador fica fora do dese-
nho e deve atirar a pedrinha ou o caco no qua-
drado. 2. Pulando num pé, a criança precisa ir
chutando o caco da casa 1 para a 2. Depois, para
a 3, a 4 e a 5. O jogo acaba com ela voltando
para a casa 1. 3. O “céu” é uma área válida quan-
do jogador e caco estiverem na casa 4: a criança
pula no céu e pode colocar os dois pés no chão
para descansar um pouco. 4. Se chutar o caco
para fora do desenho ou para uma casa errada,
ou se deixá-lo cair em cima da linha, o jogador
passa a vez para outro.
303 Plano de Aula: Batalhas numéricas
Objetivo(s)
Dominar progressivamente a leitura e a ordem
dos números.
Comparar e ordenar números com diferentes
quantidades de algarismos.
Conteúdo(s)
Ordenação de números
Regularidades do sistema numérico
Tempo estimado
30 minutos, uma vez por semana.
Material necessário
Batalha Simples: cartas numeradas em sequên-
cia, com intervalos variados (de 1 a 30, de 100 a
150 ou até com centenas e milhares)
Batalha de Composição: cinco jogos de cartas
numeradas de 0 a 9 (50 cartas)
Organização da sala
Dois, três ou quatro jogadores
Desenvolvimento
1ª etapa
Comece com a batalha simples. Distribua as
cartas e explique as regras: cada um faz um
monte com as faces numeradas para baixo.
Todos viram ao mesmo tempo a que está por
cima e discutem qual é a maior. O vencedor leva
as cartas e as junta ao monte. O jogo termina
quando apenas um jogador tiver cartas.
2ª etapa
Depois de várias partidas, escreva numa folha:
“Observe as cartas dos participantes de um jogo
de batalha: Pedro (21), Giovanna (9). Quem ga-
nhou? Como decidiu?”. Entregue uma cópia
para cada criança e, depois das respostas, pro-
mova um debate.
3ª etapa
Você pode bolar diversas variações para a ativi-
dade anterior, com números que permitam ana-
lisar outros critérios de comparação:
2345 e 57 - diferentes quantidades de algaris-
mos (quanto mais algarismos, maior o número).
34 e 74 - igual quantidade de algarismos, mu-
dando apenas o da dezena (o primeiro é que
manda).
57 e 53- igual quantidade de algarismos, mu-
dando apenas o da unidade (se o primeiro da
dezena é igual, o segundo manda).
67 e 76 - mesmos algarismos e na mesma quan-
tidade, mudando apenas a posição (valor posi-
cional).
121 e 89 - quantidades diferentes de algarismos,
sendo que o que tem mais apresenta os de me-
nor valor (relação entre o valor absoluto dos al-
garismos e a posição ocupada por eles).
4ª etapa
Quando esse jogo ficar fácil sugira a Batalha de
Composição: forme um monte de cartas no cen-
tro da mesa deixando as faces numeradas para
baixo. Cada jogador vira três e tenta montar o
maior número possível. Com os arranjos pron-
tos, o grupo discute qual é o maior. O ganha-
dor leva as cartas. Vence quem finalizar com a
maior quantidade delas quando acabarem as
da mesa.
Avaliação
Observe se a turma utiliza critérios de compara-
ção válidos para produzir ordenamentos e peça
sempre que justifiquem as respostas.
304 Plano de aula Brincadeiras variadas com
cordas.
Objetivo(s)
Experimentar diferentes brincadeiras com cor-
da.
Conteúdo(s)
Ano(s)
Creche, Pré-escola
Tempo estimado
50 mm
Material necessário
Cordas de tamanhos variados.
Desenvolvimento
1ª etapa
Proponha que a turma pratique a pular corda
simples, corda dupla e corda para salto (boca
de jacaré): uma criança por vez, em dupla e em
trios. Também é possível brincar diversificando
as regras, como pular ao ritmo de uma parlenda
ou pular tocando a mão no chão. Converse com
o grupo sobre outras brincadeiras que podem
ser realizadas com o objeto: chicote queimado
(uma criança gira a corda rente ao chão e as de-
mais pulam), aumenta-aumenta (duas seguram
as pontas da corda e vão levantando gradati-
vamente para que as outras saltem) e cabo de
guerra.
Avaliação
Observe se a turma aprimora e diversifica o
brincar com autonomia a partir de então. Ob-
serve se a adaptação das regras se dá em fun-
ção das dificuldades que surgem ou porque o
grupo não compreendeu a brincadeira nova.
Nesse caso, converse com as crianças novamen-
te.
Flexibilização
No caso de crianças com algum tipo de defici-
ência física, pode-se pensar em formas alter-
nativas de participação. Sugira que passem por
baixo da corda no momento certo, enquanto
está no alto e antes que volte a bater no chão.
Esta é uma importante oportunidade de con-
vocar as outras crianças a auxiliá-las, sendo elas
cadeirantes ou não. Outra sugestão, caso não
seja mesmo possível participar ativamente, é
fazer com que a escolha e a récita da parlenda
fiquem por conta dos pequenos com deficiên-
cia física. É importante lembrar que nem sem-
pre será possível fazer um ajuste que permita
o acesso de todos a estas atividades. Mais que
isso, é preciso que a reflexão e o compromisso
por parte das crianças com a inclusão de todos
os seus colegas façam parte da rotina das tur-
mas. Muitas vezes, são as próprias crianças (os
que apresentam limitações e os outros) que nos
oferecem as melhores ideias. Tente consultá-los,
sempre.
Deficiências
Física
305 Plano de Aula: Descobrindo o mundo musi-
cal
Objetivo(s)
Estimular a percepção dos sons e as habilidades
musicais.
Conteúdo(s)
Organização da sala
Em roda.
Ano(s)
Creche
Tempo estimado
15 minutos, duas vezes por semana.
Material necessário
Instrumentos de percussão, sucatas que produ-
zam som, guizos e CDs.
Desenvolvimento
1ª etapa
Observar marcação do pulso básico ou do tem-
po forte da música, estimulando as crianças se
movimentarem conforme a música.
Palma, palma, palma (bater palmas no tempo
forte)
Pé, pé, pé (bater o pé no chão)
Roda, roda, roda (rodar no lugar)
Caranguejo peixe é! (no é, agachar no chão)
Outras propõem uma experiência rítmica.Incluir
musicas com ritimos marcantes para exploração
das crianças.
2ª etapa
O ritmo está presente também no falar, nos po-
emas e nas parlendas.Recitar parlendas e poe-
mas.
Chuva, chuva, chuvisquinho
Sua calça tem furinho
Chuva, chuva, chuvarada
Sua calça está furada
3ª etapa
A roda começa girando devagar e acelera até
chegar ao dez
A galinha do vizinho
Bota ovo amarelinho
Bota um, bota dois, bota três, bota
quatro ... bota nove, bota dez! (todos se aga-
cham)
4ª etapa
Estimule o acompanhamento de canções com
palmas, brinquedos ou instrumentos musicais
feitos com sucata ou objetos do cotidiano. Reali-
zar a confecção dos instrumentos musicais pre-
ferencialmete com as crianças.
Avaliação
Não espere uma coordenação rítmica exata nas
atividades. Esse ainda não é o objetivo nessa
faixa etária. O mais importante é proporcionar
a experiência de fazer música e compartilhá-la
com os amigos em momentos de alegria e sen-
sibilidade.
306 Plano de Aula: Desenho na sombra
Objetivo(s)
- Desenvolver a observação
- Observar as formas das sombras
- Marcar as sombras com desenho
Conteúdo(s)
- Desenho
- Sombra
Ano(s)
Creche
Tempo estimado
20 minutos
Material necessário
Giz de lousa branco, um para cada criança
Desenvolvimento
1ª etapa
Buscar um espaço cimentado em que há uma
sombra bem visível e sentar em volta. Brincar
de colocar partes do corpo na sombra e depois
tirar. Criar outras sombras com a mão, com a
cabeça... Combinar com as crianças de fazer
marcas no interior das sombras. Propiciar que
uma criança faça sombra com o corpo e as ou-
tras desenhem no interior desta sombra. Dei-
xar que elas explorem o desenho e criem suas
marcas sem necessidade de contornar as som-
bras. Não apagar os desenhos e voltar para eles
depois que a sombra mudou de lugar, portanto
é necessário ter uma sombra de um elemento
fixo. Questionar: o que será que aconteceu? Dei-
xar que criem suas explicações orais e corporais.
Pode haver crianças que não queiram desenhar
no interior das sombras, mas onde tem luz, ob-
serve então o que ela pesquisa e intervenha
sem rigidez, pois o objetivo é para aguçar a ob-
servação e trabalhar com sombra/luz e desenho.
Avaliação
Observe a exploração das crianças, quais as
curiosidades que têm em relação à sombra. Va-
lorize a observação, incentivando-as a buscar
outras sombras, assim como a criá-las. Ao dese-
nharem no interior da sombra, comente a pes-
quisa das crianças, socializando as descobertas
enquanto trabalham. Registre a pesquisa das
crianças, o que falaram, como agiram, desenha-
ram, para que possa utilizar como ponto de par-
tida para uma próxima exploração com sombra
e desenho. Quer saber mais? Bibliografia Fazer
e Pensar Arte, Anna Marie Holm, 161 págs, publi-
cado pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Baby- Art, Os primeiros passos com a arte, Anna
Marie Holm, 94 págs, publicado pelo Museu de
Arte Moderna de São Paulo. Bambini, Arte, artis-
ti, 157 págs, publicado por Reggio Children.
307 Plano de Aula: Exploração de texturas com
argila
Objetivo(s)
- Explorar as possibilidades de uso da argila
- Explorar a impressão de textura
- Observar as texturas de objetos, espaços, ma-
teriais
Conteúdo(s)
Exploração de textura
Ano(s)
Creche
Tempo estimado
20 minutos
Material necessário
Aproximadamente 100 gramas de argila
Materiais com textura: chinelo, tênis, pente,
tampas, pneu de carrinhos de brinquedos, casca
de árvore, tubos plásticos, pedaços de conduit.
Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução
Avaliação
Observe a exploração das crianças, quais as
curiosidades que têm em relação à argila e a
impressão de textura. Valorize a observação, in-
centive-as a buscar outras fontes de textura e a
explorar as sensações táteis emanadas das su-
perfícies - rugosidade, volume, aspereza... Quer
saber mais? Bibliografia Ceramicando, Jean- Ja-
cques Vidal, 48 págs, Ed. Callis. Fazer e Pensar
Arte, Anna Marie Holm, 161 págs, publicado pelo
Museu de Arte Moderna de São Paulo. Baby-
Art, Os primeiros passos com a arte, Anna Marie
Holm, 94 págs, publicado pelo Museu de Arte
Moderna de São Paulo
308 Plano de Aula aprendendo a nos conhecer-
mos
Objetivo(s)
Interagir e relacionar-se por meio de fotos.
Perceber-se a si e ao outro, as igualdades e dife-
renças, mediante as interações estabelecidas.
Sentir-se valorizado e reconhecido enquanto in-
divíduo.
Enxergar-se a si próprio como parte de um gru-
po, de uma unidade complexa.
Ano(s)
Creche, Pré-escola
Tempo estimado
Um a dois meses
Material necessário
Fotos das crianças sozinhas, com seus familia-
res, com seu brinquedo preferido, e outras, reali-
zando atividades que gosta sozinhas e junto de
seus colegas na escola.
Caixinhas de sapato infantil para servir de caixi-
nhas surpresa. Podem ser pintadas, ou forradas.
Papel craft para fazer cartazes de pregas.
Papel cartão colorido e cola para confeccionar
os cartazes com janelinhas.
Fita adesiva.
Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução
A construção da identidade se dá por meio das
interações da criança com o seu meio social.
A escola de Educação Infantil é um universo
social diferente do da família, favorecendo no-
vas interações, ampliando desta maneira seus
conhecimentos a respeito de si e dos outros.
A auto-imagem também é construída a partir
das relações estabelecidas nos grupos em que
a criança convive. Um ambiente farto em inte-
rações, que acolha as particularidades de cada
indivíduo, promova o reconhecimento das di-
versidades, aceitando-as e respeitando-as, ao
mesmo tempo que contribui para a construção
da unidade coletiva, favorece a estruturação da
identidade, bem como de uma auto imagem
positiva.
Eu, eu e eu
1. Numa roda, distribuir caixinhas supresa para
as crianças com suas respectivas fotos dentro,
de forma que abram e encontrem a sua ima-
gem.
2. Distribuir as fotos e ajudar as crianças a colá-
-las sobre os cabides, onde ficam penduradas
suas sacolas. Deixar as fotos sempre no mesmo
lugar para que as crianças saibam o lugar des-
tinado a ela guardar seus pertences. (Pode-se
também fazer um mural de bolsos e, com ajuda
das crianças, colar suas fotos, uma em cada bol-
so).
3. Fazer um cartaz de pregas representando a
escola e outro representando a casa. Disponi-
bilizar as fotos das crianças numa caixa que fi-
que disponível a elas no início do dia. Deixe que
olhem as fotos, encontrem as suas próprias e
ensine-as a colocar no cartaz referente à escola.
4. Numa roda, sortear uma foto por vez para que
o grupo identifique quem é quem. Incentivar as
crianças a nomear e a relacionar foto e colega.
Também podem cantar alguma canção simples,
que diga os nomes das crianças neste momen-
to, como “Bom dia Mariana, com vai? Bom dia
Mariana, como vai? Bom dia, Mariana, bom dia
Mariana, bom dia, Mariana, como vai?”. Cada
um leva a sua foto ao cartaz da escola.
5. Espalhar fotos pelo espaço e brincar com as
crianças de encontrar. Pode cantar uma canção
simples como: “Cadê o Léo, cadê o Léo, o Léo
onde é que está?”. Cada um leva a sua foto ao
cartaz da escola.
6. Fazer um cartaz com xerox repetidos e mis-
turados das fotos de todas as crianças. Brincar
com as crianças de cada uma encontrar as suas
próprias fotos entre as demais.
2ª etapa
Eu, tu, eles
1. Preparar um pequeno cartaz com janelinhas
que abrem e fecham, uma sobre a outra, para
cada criança (uma coluna, com espaço para
quatro ou cinco fotos). Na janelinha de cima,
colocar a foto da criança e fechar, de forma que
a foto fiue escondida. Sugerir às crianças que
abram as janelinhas e encontrem qual é o seu
cartaz.
2. Nas caixinhas surpresas colocar as fotos das
crianças com seus familiares. Distribuí-las entre
as crianças aleatoriamente. Deixar que abram
e sugerir que descubram de quem é a foto que
encontraram. Cada um entrega a foto que en-
controu para o seu dono. O dono da foto cola-a,
com ajuda do professor, no seu cartaz de janeli-
nhas.
3. Em roda, cada criança mostra a foto do seu
brinquedo preferido para o grupo e, com ajuda
do professor, conta o que é e como brinca com
ele. Depois, colam na janelinha seguinte de seu
cartaz.
4. Repetir a atividade acima quantas vezes qui-
ser, acrescentando fotos de outras coisas sig-
nificativas do universo familiar de cada criança
(foto do quarto, do animal de estimação etc.)
3ª etapa
Nós e todo mundo
1. Com os cartazes, montar um biombo para
sala, ou um grande mural, ao qual as crianças
terão acesso livre para verificar as fotos de suas
janelinhas e as de seus colegas.
2. Tirar fotos das crianças na escola, em suas ati-
vidades cotidianas, em pequenos ou em gran-
des grupos. Montar um móbile na altura das
crianças para enfeitar um canto da sala.
3. Entre algumas fotos tiradas na escola, selecio-
nar as mais ilustrativas das atividades que acon-
tecem diariamente para confeccionar um qua-
dro de rotina do grupo.
4. Todos os dias montar a rotina, sequenciando
as atividades representadas pelas fotos, com
ajuda das crianças.
Bibliografia
Flexibilização
É importante que as crianças com deficiência vi-
sual também tragam fotos, para que os colegas
as reconheçam. Mas, para que esses bebês se-
jam incluídos e consigam reconhecer a si e aos
colegas, é muito importante trabalhar estímulos
relacionados aos outros sentidos. Músicas, chei-
ros e objetos que caracterizem os colegas - a
Mariana usa óculos, o João está sempre de boné
etc. - são fundamentais nesse processo. Substi-
tua algumas brincadeiras com fotos por brinca-
deiras com objetos de cada criança. O móbile da
sala também pode ser construído com brinque-
dos e as caixinhas, encapadas com tecidos de
diferentes texturas. Descreva bastante as ima-
gens e as características de cada criança. Você
também pode trabalhar com as imagens em
relevo (em braile, cola de relevo ou barbantes
nos contornos).
309 Plano de Aula: BRINCANDO TAMBÉM SE
APRENDE
Objetivo(s)
Organizar um ambiente interno com diversas
opções de jogos de exercício.
Favorecer o movimento da criança e a explora-
ção de materiais.
Ano(s)
Creche
Tempo estimado
Durante o ano todo.
Material necessário
Jogos de exercício variados, brinquedos de en-
caixar, instrumentos musicais, rolos ou blocos
de espuma, bolas, material reciclável etc.
Desenvolvimento
1ª etapa
Ao conceber um espaço para receber jogos de
exercício, dedique algum tempo para analisar
a quantidade e a qualidade dos brinquedos
disponíveis. Sobre a quantidade, é importan-
te verificar se há material suficiente para todos.
Nessa faixa etária, deve haver um bom número
do mesmo tipo para que os pequenos possam
explorar sozinhos ou compartilhar com os cole-
gas - nesse último caso, em atividades que não
exijam tempo de espera, adaptadas ao compor-
tamento dessa faixa etária. Sobre a qualidade,
os objetos devem ser feitos de materiais segu-
ros, com tamanhos maiores que o da boca dos
bebês aberta e com diferentes cores e texturas.
2ª etapa
Organize os brinquedos em cantos diferen-
ciados, de acordo com a habilidade que cada
um deles possibilita desenvolver. Por exemplo,
colchões, almofadas e rolos num lado da sala,
opções de jogos para encaixar e empilhar em
outro e instrumentos em uma prateleira ao al-
cance da turma. Com o tempo, as crianças po-
dem ajudar na reformulação dos ambientes.
Para entender a mensagem delas, atenção ao
modo como se comportam os pequenos. Se re-
parar que há um canto aonde ninguém vai - ou
que deixou de ser popular depois de algumas
semanas de diversão -, vale a pena reorganizar
os materiais e acrescentar novos elementos.
3ª etapa
Quando começar o momento da brincadeira,
investigue de que forma os materiais dispo-
níveis são usados. Com base nas descobertas,
devem surgir outras possibilidades de explora-
ção. Aqueles que começam a reagir aos brin-
quedos com sons, por exemplo, vão adorar ex-
perimentar diferentes instrumentos. Já os que
conseguem empilhar peças podem brincar com
cubos de diversos tamanhos e, assim, testar
cada vez mais os limites de equilíbrio de uma
torre.
4ª etapa
Atenção à questão do tempo: os pequenos cos-
tumam demorar mais para se envolver com um
brinquedo. Eles chegam perto, mexem um pou-
co, largam e voltam. A noção de permanência
vem com a experiência. Por isso, é importante
não mudar os jogos com muita freqüência. Ao
longo do ano, as crianças irão buscá-los diver-
sas vezes e, aos poucos, tentarão realizar novas
experiências com cada um deles. Nesse aspec-
to, a parceria do professor é muito importante.
Mas não se deve impor regras ou rotular ações
como certas ou erradas. Ao contrário: a media-
ção precisa estimular a curiosidade e a criativi-
dade. Faça perguntas aos bebês como: “Você
gostou de batucar esse tambor?”, “Por que en-
caixou esta peça aqui?” e “Quer pegar o avião-
zinho?”. Esse tipo de estímulo serve até mesmo
para quem ainda não desenvolveu plenamente
a fala.
Avaliação
Observe os movimentos exploratórios da turma
para encaminhar a atividade. Esse diagnósti-
co pode servir de base para a reorganização do
ambiente - verifique, principalmente, se o con-
junto de atividades favorece a mobilidade e a
exploração - e para propor desafios individuais.
É possível, por exemplo, estimular a experimen-
tação perguntando: “O objeto com que você
está brincando produz sons ao ser chacoalha-
do? Encaixa em outro maior? Abre uma porti-
nha?” Faça anotações sobre o comportamento
dos
310 Plano de Aula:: Contraturno idades de 6 anos
aos 8 anos
Objetivo(s)
Organizar um ambiente interno com diversas
opções de jogos de exercício.
Favorecer o movimento da criança e a explora-
ção de materiais.
Tempo estimado
1.40minutosDurante o ano todo.
Material necessário
Jogos de exercício variados, brinquedos de en-
caixar, instrumentos musicais, rolos ou blocos
de espuma, bolas, material reciclável revistas
espaços fisicos para chuva e para espaço ex-
terno ,corda pião ,bambole ,canetinha, eva
,cartolina etc.
Desenvolvimento
1ª etapa
Ao conceber um espaço para receber jogos de
exercício, dedique algum tempo para analisar
a quantidade e a qualidade dos brinquedos
disponíveis. Sobre a quantidade, é importan-
te verificar se há material suficiente para todos.
Nessa faixa etária, deve haver um bom número
do mesmo tipo para que os pequenos possam
explorar sozinhos ou compartilhar com os cole-
gas - nesse último caso, em atividades que não
exijam tempo de espera, adaptadas ao compor-
tamento dessa faixa etária. Sobre a qualidade,
os objetos devem ser feitos de materiais segu-
ros, com tamanhos maiores que o da boca dos
bebês aberta e com diferentes cores e texturas.
2ª etapa
Organize os brinquedos em cantos diferen-
ciados, de acordo com a habilidade que cada
um deles possibilita desenvolver. Por exemplo,
colchões, almofadas e rolos num lado da sala,
opções de jogos para encaixar e empilhar em
outro e instrumentos em uma prateleira ao al-
cance da turma. Com o tempo, as crianças po-
dem ajudar na reformulação dos ambientes.
Para entender a mensagem delas, atenção ao
modo como se comportam os pequenos. Se re-
parar que há um canto aonde ninguém vai - ou
que deixou de ser popular depois de algumas
semanas de diversão -, vale a pena reorganizar
os materiais e acrescentar novos elementos.
3ª etapa
Quando começar o momento da brincadeira,
investigue de que forma os materiais dispo-
níveis são usados. Com base nas descobertas,
devem surgir outras possibilidades de explora-
ção. Aqueles que começam a reagir aos brin-
quedos com sons, por exemplo, vão adorar ex-
perimentar diferentes instrumentos. Já os que
conseguem empilhar peças podem brincar com
cubos de diversos tamanhos e, assim, testar
cada vez mais os limites de equilíbrio de uma
torre.
4ª etapa
Atenção à questão do tempo: os pequenos cos-
tumam demorar mais para se envolver com um
brinquedo. Eles chegam perto, mexem um pou-
co, largam e voltam. A noção de permanência
vem com a experiência. Por isso, é importante
não mudar os jogos com muita freqüência. Ao
longo do ano, as crianças irão buscá-los diversas
vezes e, aos poucos, tentarão realizar novas ex-
periências com cada um deles. Nesse aspecto, a
parceria do professor é muito importante. Mas
não se deve impor regras ou rotular ações como
certas ou erradas. Ao contrário: a mediação pre-
cisa estimular a curiosidade e a criatividade.
Coloque questões como “Você gostou de batu-
car esse tambor?”, “Por que encaixou esta peça
aqui?” e “Quer pegar o aviãozinho?”. Esse tipo
de estímulo serve até mesmo para quem ainda
não desenvolveu plenamente a fala.
Avaliação
Observe os movimentos exploratórios da turma
para encaminhar a atividade. Esse diagnósti-
co pode servir de base para a reorganização do
ambiente - verifique, principalmente, se o con-
junto de atividades favorece a mobilidade e a
exploração - e para propor desafios individuais.
É possível, por exemplo, estimular a experimen-
tação perguntando: “O objeto com que você
está brincando produz sons ao ser chacoalha-
do? Encaixa em outro maior? Abre uma porti-
nha?” Faça anotações sobre o comportamento
dos pequenos e, se possível, filme ou fotografe
as interações com os jogos e com os amigos.
311 Plano de Aula A importância do brincar na
educação infantil
Objetivo(s)
- Participar de situações de comunicação oral
utilizando o vocabulário pertinente.
- Expor suas ideias com gradativa clareza e au-
tonomia.
- Ouvir as ideias dos outros.
- Ampliar o vocabulário.
Conteúdo(s)
Comunicação oral.
Ano(s)
Creche, Pré-escola
Tempo estimado
2h
Material necessário
Livros, revistas, imagens e outros materiais ne-
cessários ao desenvolvimento dos temas.
Desenvolvimento
1ª etapa
Organize a turma em roda de forma que todos
possam se ver e ver você. Ponha uma música ou
proponha uma brincadeira que leve à organiza-
ção em círculo. Avise que todo dia haverá uma
roda de conversa e que nela todos vão aprender
várias coisas. Antes de iniciar o bate-papo, pre-
pare os assuntos a propor: uma pergunta ins-
tigante, uma história conhecida, um problema
que leve à criação de hipóteses, um assunto que
demande opiniões etc. Dê preferência a temas
familiares ou assuntos que estejam sendo tra-
balhados. A necessidade de mediar as situações
de conversa diminui à medida que as crianças
desenvolvem autonomia. Cuide de quem tem
mais dificuldade de se fazer compreender. Tra-
duza para ele o que entendeu que ele disse e
peça que confirme a “tradução” feita por você
para que o grupo compreenda o que de fato
ele quis comunicar. Fique atento ainda aos que
falam menos e aos que falam bastante, procu-
rando garantir a oportunidade a todos em dife-
rentes momentos. Ressalte o vocabulário usado
e invista na ampliação dele. Lembre-se das situ-
ações sociais nas quais usamos a comunicação
oral. Dessa forma você evita rodas sem sentido
para o grupo.
2ª etapa
Formule algumas perguntas sobre aspectos re-
levantes que precisam ser considerados na hora
da conversa: por que é importante fazer silêncio
quando alguém fala? O que ocorre se isso não é
observado? Precisamos cuidar do tom de voz?
E se falamos muito baixinho? O que fazemos
quando o amigo falou uma coisa que não en-
tendemos?
3ª etapa
Leve para a roda materiais que favoreçam a
conversa e a troca de opiniões, como reprodu-
ções de obras de arte, fotos ou outro material
em quantidade suficiente para cada trio. Diga,
então, que irão conversar em grupinhos para
depois participarem da roda. Mostre as reprodu-
ções de obras de arte e proponha que falem so-
bre se gostam ou não, como acham que ela se
chama, como o artista a produziu e outras ideias
que podem surgir. Depois, é hora de mostrar a
imagem aos demais e contar sobre a conversa
que tiveram previamente. Passe pelos trios, ob-
servando e participando das conversas de forma
que se instigue a comunicação entre os peque-
nos. Depois volte à roda com todos e faça a so-
cialização.
4ª etapa
Em uma situação de pesquisa com funcioná-
rios da escola, por exemplo, divida as crianças
de acordo com o que querem descobrir sobre
determinado assunto. Ajude-os a transformar
curiosidades em perguntas. Avise que terão de
aprender a perguntar e sistematize com elas
palavras que comumente usamos para elabo-
rar uma pergunta: quem, como, quando, onde
etc. Depois, todos socializam o que descobriram
numa roda.
Avaliação
Fique atento às conversas das crianças nos di-
ferentes momentos, enquanto brincam, tomam
lanche etc. Observe os saberes que adquiriram
relacionados a um fazer (falar, ouvir, esperar a
vez, perguntar etc.) e se lançam mão da conver-
sa para resolver conflitos para, assim, planejar as
próximas rodas.
Flexibilização
Espaço Organize a roda num local próximo da
parede para que quem tem deficiência possa
ficar apoiado e participar com as demais. Outra
opção é, em alguns dias, organizar a roda em
cadeiras. Isso faz com que a condição do cadei-
rante seja relevada e traz benefícios para todos
com a diversidade. Organize a sala de modo que
o cadeirante possa se locomover com facilidade
ou, se for o caso, organize a dupla ou o trio de
que fará parte no próprio local onde ele se sen-
ta. Certifique-se de que o caminho a ser percor-
rido pelo cadeirante até o local de trabalho do
entrevistado seja seguro e com rampas. Tempo
Se a criança for retraída e tiver mais dificuldade
de se comunicar, convide-a a se colocar mais e
dê um tempo maior para que se acostume com
a situação.
Deficiências
Física
312 Plano de Aula: LUZ E SOMBRA
Objetivo(s)
- Oferecer situações de discussão e experimen-
tação.
- Identificar e entender alguns conceitos e suas
variáveis, como objeto, fonte de luz e anteparo.
- Agir sobre o conceito a ser estudado, por meio
de investigação, levantamento de hipóteses, ve-
rificação prática e registro.
Conteúdo(s)
- Luz e sombra.
- Procedimentos de pesquisa, observação e re-
gistro.
Ano(s)
Creche, Pré-escola
Tempo estimado
Dois meses.
Material necessário
Lanternas, papéis diversos (cartolina, celofane,
papel-manteiga, papel translúcido, papel-car-
tão, sulfite), máquina fotográfica, retroprojetor,
lençol ou pano branco, TNT colorido e tecido
grosso preto.
Desenvolvimento
1ª etapa
Reúna todos numa sala e apague as luzes. Ilu-
mine com uma lanterna as páginas do livro O
Teatro de Sombras da Ofélia e leia para a garota-
da. É a história de uma senhora que tem a vida
modificada depois que dá abrigo a um grupo de
sombras. Estimule a discussão sobre por que e
como elas aparecem. Elas só existem de dia ou
de noite também? Nossa sombra fica sempre
atrás de nós? Com essas informações, você já
conseguirá saber o que o grupo conhece sobre
o tema e que atividades poderão ser mais pro-
veitosas para a turma.
2ª etapa
Com as hipóteses colocadas, proponha uma
experiência. Desvie a lanterna para as mãos da
meninada. Aproxime e afaste o facho de luz da
parede, mostrando como a projeção diminui e
cresce. Desligando a lanterna, levante a questão
da dependência entre luz e sombra: uma existe
sem a outra? É um bom momento para introdu-
zir a nomenclatura correta, com palavras como
objeto e anteparo. Depois de cada atividade, so-
licite que os pequenos registrem o que observa-
ram, em relatos ou desenhos.
3ª etapa
Sugira brincadeiras como pega-pega de som-
bra, fotografia dela sobre diferentes superfícies
(grama, terra, cimento) e manipulação do retro-
projetor. Retome o livro de sombras sempre que
houver interesse e converse sobre as situações.
Com base nas questões levantadas, peça aos
pequenos que elaborem hipóteses e as regis-
trem no caderno.
4ª etapa
Organize experiências em grupo para testar as
hipóteses cogitadas. Identifique com a classe as
fontes de luz natural (primária) ou artificial (se-
cundária). Coloque um objeto sob a luz do Sol e
leve todos para observá-lo de hora em hora para
ver o que aconteceu. Sugira que uma criança
contorne a sombra no chão com giz. Outras po-
dem anotar os horários de visita. Certamente
surgirão discussões sobre por que ela muda de
lugar, como ela cresce etc.
5ª etapa
Monte duas telas: uma com tecido grosso e ou-
tra com um bem fino. Acenda a lanterna do lado
oposto ao que estão todos e peça que digam
o que observam. Por que o anteparo feito com
a trama fina deixa passar a luz e a grossa não?
Explique o conceito e o fenômeno da absorção.
Aproveite para introduzir a reflexão em superfí-
cies como a do espelho e outras semelhantes. O
que acontece quando a luz bate nelas? Será que
as sombras precisam ser sempre pretas? Depois
de ouvir as hipóteses, mostre papéis translúci-
dos e transparentes, colocando-os ora na frente
da luz, ora entre a fonte e o objeto.
6ª etapa
Analise os registros e debata as hipóteses que
foram comprovadas ou não. Tire conclusões
com todos. Como escriba, anote tudo o que for
dito e depois organize um relatório. Em roda,
promova uma discussão coletiva sobre as con-
clusões tiradas dos experimentos que você re-
gistrou.
Avaliação
Mantenha um registro de todas as fases da ati-
vidade, levando em conta indicadores como o
uso dos novos termos aprendidos em situações
de brincadeira, o modo como cada um lança
mão de desenhos ou descrições e socializa suas
idéias em grupo, o levantamento de questões e
formas de investigá-las, a curiosidade e o envol-
vimento com o tema trabalhado.
313 Plano de Aula O DESPERTAR DA SEXUALI-
DADE
Objetivo(s)
Desenvolver o reconhecimento de seu próprio
corpo
Desenvolver nos alunos o respeito pelo corpo (o
próprio e o do outro).
Refletir sobre diferenças de gênero e relaciona-
mentos.
Ano(s)
Pré-escola
Tempo estimado
3 aulas
Material necessário
. Bonecas com sexos diferenciados
Desenvolvimento
1ª etapa
Preparação da escola e da comunidade:
2ª etapa
1ªetapa - Observar o que desperta curiosidade
nas crianças, ao manusearem os bonecos com
sexos diferenciados;
Espaços:
Para finalizar:
Desdobramentos
A lista de melhorias é um rico instrumento para
iniciar outras atividades com o grupo, que pode
ser a implementação de uma das soluções lis-
tadas ou a criação de um plano de ação para o
envolvimento da comunidade em sua operacio-
nalização. Pode também dar início a algum pro-
jeto de construção de um objeto para o lugar de
brincar, fazendo uma intervenção com placas
ou brinquedos.
Engajando as famílias
O engajamento das famílias pode ser feito antes
da realização dessa proposta com a coleta de
materiais referentes ao lugar de brincar visitado
e ainda na complementação da lista de melho-
rias gerada pelo grupo. Esta complementação
pode ser realizada com a partilha da lista atra-
vés da agenda ou de algum canal de contato
entre escola e familiares.
315 Plano de Aula: Matemática: ler, comparar e
ordenar números
Objetivo(s)
Ler, comparar e ordenar números.
Conteúdo(s)
- Investigação de algumas regularidades do sis-
tema de numeração
Ano(s)
Pré-escola
Tempo estimado
5 a 6 aulas
Material necessário
Diferentes embalagens de alimentos.
Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução
Algumas pesquisas mostram que as crianças
relacionam os números que falam e ouvem no
cotidiano com a escrita e, assim, identificam al-
gumas regularidades que vão ajudá-las a avan-
çar no aprendizado sobre o sistema numérico.
Uma alternativa para impulsionar esse conheci-
mento pode estar em um recurso simples: uma
coleção de diferentes embalagens de bebidas e
alimentos, por exemplo.
2ª etapa
Encontrar o alimento mais pesado e o mais leve
Recupere o que foi aprendido na etapa anterior.
Para isso, você pode usar o cartaz já elabora-
do. Se considerar necessário, acrescente outras
informações ou questionamentos para que as
crianças avancem nas hipóteses.
3ª etapa
APRESENTAR NUMEROS DE 01 A 5
Avaliação
Analise se as crianças avançaram no uso social
dos números encontrados nos rótulos, na leitu-
ra, na comparação e na utilização das informa-
ções, como tabela nutricional e peso, como fon-
te de pesquisa. É importante também observar
os critérios utilizados para fazer as comparações.
Pensando que o aprendizado do sistema numé-
rico é sequencial, você pode analisar aspectos
como: os tópicos das discussões, os equívocos
das crianças, as questões que ainda poderiam
ser explorados e quais outras informações po-
dem ser incluídas nas próximas aulas.
316 Plano de Aula: Jogo da memória com fotos
das crianças
Objetivo(s)
Divertir-se com o jogo da memória
Compartilhar de um mesmo jogo com o grupo
de colegas
Conhecer as regras do jogo da memória
Conteúdo(s)
Brincadeira
Jogo da memória
Ano(s)
Creche
Material necessário
Pares de cartões com fotos das crianças da tur-
ma, tamanho mínimo de 10X10
Cartolina ou papel mais resistente
Plástico adesivado para encapar
Desenvolvimento
1ª etapa
Tirar fotos das crianças e imprimir cada uma
duas vezes para confeccionar os cartões
2ª etapa
Apresentar o jogo
3ª etapa
Organizar mesas com no máximo cinco crian-
ças para que possam jogar o jogo em diferentes
momentos
5ª etapa
Criar novos jogos e variações do jogo da memó-
ria
Avaliação
Devem-se criar pautas de observação para ana-
lisar as diferentes maneiras como as crianças
jogam e o grau de envolvimento de cada uma
delas. A partir da análise das pautas o educador
pode fazer os ajustes com relação ao grau de
dificuldade do jogo, com isso propor novos de-
safios e variações. Quer saber mais? Bibliografia:
Crianças Pequenas Reinventam a Aritmética,
Constance Kamii; Leslie Baker Housman - 2.ed.
Implicações da teoria de Piaget, Artmed, 2002
Objetivo(s)
Ler, comparar e ordenar números de até três
algarismos.
Ano(s)
Creche, Pré-escola
Tempo estimado
Dez aulas.
Material necessário
Jogo Supertrunfo de vários temas, diferentes
portadores numéricos, como fita métrica. Cane-
tas coloridas, cartolinas e folhas de sulfite.
Desenvolvimento
1ª etapa
Pergunte às crianças se conhecem o jogo Su-
pertrunfo. Em caso afirmativo, sistematize o
que foi falado e socialize as informações. Se não,
apresente-o e organize alguns dias de jogo.
2ª etapa
Proponha situações-problema para que as
crianças reflitam e elaborem critérios de compa-
ração entre dois números apresentados nas car-
tas do jogo (como força 314 e força 324. Quem
ganhou?). Dessa forma, todas terão repertório
para construir critérios comuns a fim de com-
prar números altos.
3ª etapa
Proponha ao grupo criar um jogo do tipo Super-
trunfo. Primeiramente, decidam o tema (como
animais) e as grandezas (altura e número de fi-
lhotes). Questione os pequenos a respeito do
intervalo numérico em que se encontram as in-
formações - é interessante para o jogo? Depois,
organize a pesquisa das informações.
4ª etapa
Distribua papel e caneta para elaborar a primei-
ra versão das cartas. Lembre à criançada que
recorra aos portadores numéricos em caso de
dúvida. Durante o preparo, não interfira. Os con-
flitos e os problemas que surgirem devem ser
analisados coletivamente depois.
5ª etapa
Com o jogo pronto, é hora de problematizar a
produção. Convide os alunos a jogar. Peça que a
turma averigue se o jogo apresenta problemas
e quais soluções possíveis. Sistematize as falas
e proponha a construção de um novo jogo ou a
reformulação do que foi feito.
6ª etapa
Peça que a turma confeccione a versão final das
cartas, criando ilustrações para cada uma delas.
Produto final
Jogo tipo Supertrunfo.
Avaliação
Observe se, ao longo da proposta, as crianças
avançam nas questões relacionadas à leitura e
à comparação numérica, utilizam a tabela nu-
mérica e portadores numéricos como fonte de
pesquisa. É importante que empreguem alguns
critérios para determinar qual número é maior
quando fazem a comparação das cartas.
Flexibilização
Desde que bem estimuladas, as crianças com
deficiência intelectual são plenamente capazes
de compreender as regras básicas do sistema
de numeração. Antecipe a apresentação do jogo
Supertrunfo para esta criança. Com o apoio do
responsável pela sala de recursos revise com a
criança a sequência numérica e ofereça a ela
portadores numéricos de fácil consulta, como
a fita métrica, por exemplo. Isso vai ajudá-la a
jogar com a turma. Você ou os colegas podem
ajudar a criança a escrever os números nas car-
tas, caso ela ainda não seja capaz de fazer isso
sozinha. Quanto mais próximo do cotidiano da
criança for o tema do jogo, mais fácil será para
ela compreender a lógica. Se animais soar com-
plicado ou distante do dia-a-dia da criança, é
possível elaborar o jogo com base nas alturas
da turma (excluindo as casas decimais) ou no
número dos sapatos de cada um. Amplie o tem-
po de realização das etapas e repita a atividade
para facilitar a aprendizagem.
Deficiências
Intelectual
318 Plano de Aula: Caracol
Objetivo(s)
- Promover momentos de vivência lúdica e so-
cialização.
- Favorecer o aprendizado de regras.
- Trabalhar o movimento e a expressão corporal.
Conteúdo(s)
Movimento.
Ano(s)
Creche, Pré-escola
Tempo estimado
O ano todo, uma vez por semana.
Material necessário
Giz (ou carvão) e pedrinhas.
Desenvolvimento
1ª etapa
Regras do caracol
Para a creche Uma por vez, as crianças saltam,
de casa em casa, em direção ao centro do ca-
racol, que é o céu. Chegando lá, descansam e
voltam à primeira casa. Elas podem pular com
os dois pés e, para isso, as casas são um pouco
maiores do que as usadas com as turmas do
pré. Não vale pisar nas linhas ou fora.
Para a pré-escola As casas podem ser um pou-
co menores e numeradas e só vale pular num
pé só. Cada criança lança uma pedrinha no 1 e
começa a pular de casa em casa a partir do nú-
mero 2. No céu, ela descansa e faz o percurso
de volta, recolhendo a pedra e continuando os
pulos até terminar. Já fora do caracol, ela lança
a pedrinha no 2, no 3 e assim por diante. Quem
pisar nas linhas, saltar fora, jogar a pedra na
casa errada ou se esquecer de pegá-la perderá a
vez.
Regras do labirinto
Para a creche Uma possibilidade é estabelecer
um ponto no desenho, bem distante da criança,
e pedir para que ela chegue até lá. O desafio é
seguir apenas pelas linhas riscadas no chão.
Para a pré-escola As crianças tiram na sorte
quem será o pegador, que começa o jogo no
centro do círculo. Os demais participantes es-
colhem posições em outros lugares do circuito.
Só é permitido andar e correr sobre as linhas. Ao
encontrar um amigo, é preciso dar a volta e es-
colher outro caminho. Quem for capturado tam-
bém passa a seguir os amigos. Vence o último a
ser pego. Se a classe for grande, divida a turma
em blocos para evitar congestionamentos.
Regras do circuito
Para a creche As crianças percorrem trilhas ris-
cadas no chão pisando em linhas retas e curvas.
A graça é variar os modos de completar os cir-
cuitos: caminhando depressa, pulando com os
dois pés, andando de lado ou com as mãos da-
das com um amigo.
Para a pré-escola Além de ganhar círculos e
elipses de diferentes tamanhos, o circuito pode
conter elementos variados, incluídos pelo pro-
fessor e também pelos pequenos. Alguns exem-
plos: colchonetes para cambalhotas, cordas que
vão de um apoio a outro para que elas passem
por baixo, túneis e rolos como obstáculos para
saltos. No início da brincadeira, mostre como
atravessar os obstáculos. Em um segundo mo-
mento, deixe trechos em branco para que as
crianças inventem movimentos ou bifurque o
caminho para que elas escolham entre um e
outro desafio. Mais tarde, também é possível
dividir a turma em grupos para que construam
percursos sozinhos.
Avaliação
De acordo com a faixa etária das crianças, ob-
serve se elas praticam os movimentos exigidos
com mais qualidade, incluem novas expres-
sões corporais em seu repertório, aproveitam as
oportunidades de socialização para avançar em
questões como colaboração e competição, con-
seguem seguir regras cada vez mais elaboradas
e constroem jogos.
Flexibilização
319 Plano de Aula: Descobrindo a musica na cre-
che
Objetivo(s)
Estimular a percepção dos sons e as habilidades
musicais de cada criança.
Conteúdo(s)
Organização da sala
Em roda.
Ano(s)
Creche
Tempo estimado
15 minutos, duas vezes por semana.
Material necessário
Instrumentos de percussão, sucatas que produ-
zam som, guizos e CDs.
Desenvolvimento
1ª etapa
Observar marcação do pulso básico ou do tem-
po forte da música, estimulando as crianças se
movimentarem conforme a música.
Palma, palma, palma (bater palmas no tempo
forte)
Pé, pé, pé (bater o pé no chão)
Roda, roda, roda (rodar no lugar)
Caranguejo peixe é! (no é, agachar no chão)
Outras propõem uma experiência rítmica.Incluir
musicas com ritimos marcantes para exploração
das crianças.
2ª etapa
O ritmo está presente também no falar, nos po-
emas e nas parlendas.Recitar parlendas e poe-
mas.
Chuva, chuva, chuvisquinho
Sua calça tem furinho
Chuva, chuva, chuvarada
Sua calça está furada
3ª etapa
A roda começa girando devagar e acelera até
chegar ao dez
A galinha do vizinho
Bota ovo amarelinho
Bota um, bota dois, bota três, bota
quatro ... bota nove, bota dez! (todos se aga-
cham)
4ª etapa
Estimule o acompanhamento de canções com
palmas, brinquedos ou instrumentos musicais
feitos com sucata ou objetos do cotidiano. Reali-
zar a confecção dos instrumentos musicais pre-
ferencialmete com as crianças.
Avaliação
Não espere uma coordenação rítmica exata nas
atividades. Esse ainda não é o objetivo nessa
faixa etária. O mais importante é proporcionar
a experiência de fazer música e compartilhá-la
com os amigos em momentos de alegria e sen-
sibilidade.
320 Plano de Aula:: Livro de canções de Adoni-
ran Barbosa
Objetivo(s)
- Pesquisar e conhecer a vida e obra de um im-
portante artista da cultura brasileira e paulista -
Adoniran Barbosa.
- Conhecer características, situações, fatos que
inspiraram a obra do artista.
- Conhecer elementos da linguagem musical:
aproximação à escrita musical (notas, partituras,
símbolos).
- Desenvolver a escuta musical.
- Perceber elementos sonoros e musicais: tim-
bres de instrumentos, ritmos, formas musicais.
- Elaborar um material de referência com regis-
tros do percurso de aprendizagem dos alunos.
Conteúdo(s)
- Musicalização.
- História e Cultura.
Ano(s)
Pré-escola
Tempo estimado
2 meses.
Material necessário
Lápis, canetinha, tinta, papel e cartolina. Grava-
dor de som - computador com microfone, sof-
twarede gravação ou equipamento de som que
seja possível gravar voz e sons do ambiente. Cds
ou mídia com músicas de Adoniran Barbosa in-
terpretadas por ele. Fotos, livros de história, ví-
deos: materiais de referência para pesquisa.
Desenvolvimento
1ª etapa
Conte sobre o tema do projeto: o compositor
Adoniran Barbosa. Apresente o artista e conver-
se sobre alguns aspectos significativos da sua
vida e obra para nossa cultura. Pergunte quais
as músicas que eles conhecem e coloque al-
gumas canções para que escutem. “Trem das
Onze” e “Samba do Arnesto” são duas compo-
sições muito conhecidas que trazem marcas
muito características da sua produção musical.
Nelas é possível reconhecer o enredo sobre os
bairros de São Paulo e a forma caricata da pro-
núncia dos imigrantes italianos da década de
30.
2ª etapa
Analise com o grupo algumas características
que chamam a atenção nas canções de Ado-
niran: pronúncias, enredo, ritmos, timbres dos
instrumentos, da voz, etc. É possível utilizar gra-
vações de músicas que o compositor interpreta
em parceria com outros artistas para compa-
rar e conhecer timbres de vozes diferentes. Por
exemplo: a gravação de “Torresmo à milanesa”
cantada junto com Clementina de Jesus. O tim-
bre vocal é bastante grave e/ou a delicadeza
contrastante da voz de Elis Regina em “Tiro ao
alvo”.
3ª etapa
Nesse momento é importante contextualizar a
época em que o artista viveu e concebeu sua
obra, trazendo elementos que facilitem a com-
preensão dos alunos de como eram as coisas no
passado. Você pode apresentar discos de vinil
e uma vitrola, fotos de lugares da cidade no sé-
culo passado comparando com imagens atu-
ais, pesquisar como as pessoas se vestiam etc.
Estabeleça relações dos fatos históricos com o
desenvolvimento da carreira do artista. Adoni-
ran Barbosa encontrou no rádio a maneira de
expressar sua obra, pois esse era o principal ve-
ículo de comunicação da época. No enredo de
suas canções são retratadas também situações
do dia a dia do imigrante e do trabalhador.
4ª etapa
Esse é um momento muito rico do trabalho,
pois é possível contar com a preciosa participa-
ção dos familiares no projeto. Pais e avós geral-
mente conhecem músicas de Adoniran Barbosa
e muitos se identificam com algumas situações
relatadas em suas composições. Sugira que en-
viem materiais sobre sua vida e as músicas que
conhecem. Caso seja possível, receba a visita de
um familiar na sala de aula. Se algum pai sou-
ber tocar um instrumento musical, peça que ele
venha participar de uma aula para cantar com o
grupo.
5ª etapa
Escolha algumas canções de Adoniran para en-
sinar ao grupo. Uma das músicas que as crian-
ças costumam gostar muito é o “Samba do Ar-
nesto”, pois narra uma história divertida. Nela,
é possível ouvir a pronúncia intencionalmente
equivocada de algumas palavras e também tem
um ritmo bem animado. Escute atentamente
a canção incentivando as crianças a nomear e
reconhecer os instrumentos tocados. Por exem-
plo: o cavaquinho, o pandeiro, o surdo etc. É im-
portante dizer ao grupo que essa música tem o
ritmo do samba e que, geralmente é tocado por
esses instrumentos. Muitos alunos conhecem
outras músicas e estilos de samba, o que pode
enriquecer o aprendizado.
6ª etapa
Todas as etapas deverão ser documentadas para
que ao final sua turma possa criar um livro com
os materiais registrados por eles. Além de do-
cumentar o processo de aprendizagem, os re-
gistros ajudam o aluno a compartilhar e refletir
sobre suas produções e conhecimentos. Veja
alguns tipos possíveis de registro:
7ª etapa
Para elaboração e diagramação do Livro de Can-
ções, organize todos os materiais gráficos e de
áudio registrados durante o processo de realiza-
ção do projeto. Você pode criar um livro coletivo
acompanhado de um CD com músicas, textos
e ilustrações produzidas e interpretadas pelas
crianças.
8ª etapa
Lançamento do livro e do CD. Organize uma
seção de cantoria para a comunidade escolar
(pais, crianças, professores e funcionários) para
compartilhar o trabalho.
Avaliação
A avaliação do projeto poderá ser pautada por:
- Participação e envolvimento da criança no tra-
balho. - Observação dos registros realizados:
Hipóteses que criaram para desenhar os sons e
as músicas Desenhos dos enredos das canções,
situações de sua vida e da cidade - Apropriação
das músicas e da história de Adoniran: Cantam
as músicas? Comentam sobre timbres, instru-
mentos musicais e ritmo? Relatam diferentes
momentos de sua história e da cidade de SP?
- Conversas sobre o trabalho com as crianças.
Produto final Livro de canções de Adoniran Bar-
bosa.
Flexibilização
A música é um fenômeno físico, no qual é possí-
vel senti-la através das vibrações das ondas so-
noras. Por exemplo, é possível perceber o ritmo
do samba, a partir do padrão de vibração das
frequências graves de um surdo (instrumento
musical de percussão) ou até mesmo reconhe-
cer a pulsação e andamento da canção através
de sua marcação na sua música. Nas atividades
de apreciação, ajude o aluno a sentir as vibra-
ções da música.
Deficiências
Auditiva
321 Plano de Aula: AS 10 MAIS DA MPB
Objetivo(s)
Ampliar o repertório musical das crianças.
Estimular a reflexão sobre a linguagem musical
com base em um repertório significativo.
Ano(s)
Creche, Pré-escola
Tempo estimado
Quatro meses.
Material necessário
CDs e DVDs de MPB.
Desenvolvimento
1ª etapa
Selecione músicas do gênero MPB que conta-
giem as crianças pelo ritmo e pela sonoridade
da letra. Em momentos de atividade livre, colo-
que na sala para que eles ouçam. Algumas su-
gestões: A Banda, de Nara Leão, João e Maria, de
Chico Buarque de Holanda, Leãozinho, de Ca-
etano Veloso, e Garota de Ipanema, de Vinicius
de Moraes.
2ª etapa
Converse sobre as músicas ouvidas ao longo das
atividades, perguntando às crianças quais são
as canções preferidas. Escreva os títulos no qua-
dro e organize uma votação para estabelecer as
cinco favoritas.
3ª etapa
Proponha que perguntem aos pais quais são
suas cinco músicas preferidas da MPB. Redija
um bilhete para levarem para casa explicando
seus objetivos. Compartilhe a escrita com as
crianças: é fundamental que elas estejam moti-
vadas para envolver os familiares na atividade.
4ª etapa
Depois de um levantamento das canções esco-
lhidas pelos pais, reúna as cinco mais votadas
e promova uma audição das músicas. Analise
cada uma, verificando se possui qualidades ade-
quadas para ser tocada em sala. Grave um CD e
apresente à garotada. Proponha que eles can-
tem e decorem as letras.
5ª etapa
Promova situações de escrita dos títulos - ou
das letras das canções, dependendo do nível
da turma - para produção de um livro ilustrado.
Textos memorizados, rimas, repetições e a me-
lodia facilitam a escrita por crianças em fase de
alfabetização inicial. Peça uma ilustração sobre
cada canção.
6ª etapa
Grave um CD com dez canções - cinco esco-
lhidas pelas crianças, outras cinco pelos pais.
Encaminhe a escrita espontânea dos títulos
na ordem em que aparecem na gravação para
compor a capa.
Avaliação
Compare o conhecimento musical da turma an-
tes e depois do projeto didático. O que mudou?
As crianças demonstram maior atenção às ca-
racterísticas rítmicas? E quanto às letras? Houve
memorização das canções preferidas? Verifique,
ainda, em que medida as hipóteses de leitura e
escrita também evoluíram.
322: Aumentar o repertório musical das crianças
Objetivo(s)
- Ampliar o repertório musical das crianças
- Aprender a ouvir/apreciar músicas diversas
- Conhecer alguns poemas ou obras literárias
musicadas
Conteúdo(s)
Escuta musical
Repertório musical
Poesia
Canções
Ano(s)
Pré-escola
Tempo estimado
Um semestre
Material necessário
Você vai precisar de alguns livros e de um apa-
relho de som.
Para a realização desta seqüência, sugerimos
algumas obras musicais com as características
pedidas pela atividade:
Avaliação
Quando a atividade envolve música, é impor-
tante que o professor não compare as apren-
dizagens, mas que consiga observar as carac-
terísticas de cada criança dentro do grupo. Ao
escutar uma canção, elas não manifestam seu
prazer e seu interesse da mesma maneira. Nem
todas dançam ou batem palmas; algumas pre-
ferem se manter atentas, apenas escutando, o
que não significa não gostar do que ouvem. É
importante que o professor reconheça as mani-
festações de prazer e desprazer de seus alunos
diante da música. Ele pode organizar rodas de
apreciação musical, em que todos conversarão
sobre suas músicas preferidas, sobre porque
gostam ou não de determinada obra. Com isso
em mente, podem ser bons critérios de obser-
vação: - As crianças incorporaram canções apre-
sentadas na roda de música ao seu repertório?
Cantam-nas espontaneamente? - As crianças
se interessaram em procurar e localizar os poe-
mas/letras de canções nos livros? - As crianças
pedem, em outros momentos do dia, para que
o professor toque as canções que escutaram na
roda de música? Quer saber mais? INTERNET
Declaração Universal dos Direitos da Criança -
Unicef A poesia infantil no Brasil: um panorama
histórico, por Luís Camargo (escritor e ilustrador
de livros para crianças) A arca de Vinícius de Mo-
raes(letras dos poemas e link para ouvir as can-
ções) BIBLIOGRAFIA A Arca de Noé, de Vinícius
de Moraes, Cia. Das Letrinhas; Poemas para brin-
car, de José Paulo Paes, Ed. Ática; Declaração
dos Direitos das Crianças, documento elaborado
pela Organização das Nações Unidas, a ONU.
323 Plano de Aula: conhecendo o corpo através
da dança.
Objetivo(s)
Conhecer e valorizar as possibilidades expressi-
vas do próprio corpo
Comunicar, através do movimento, emoções e
estados afetivos
Conteúdo(s)
Expressividade / Dança
Ano(s)
Creche
Tempo estimado
6 aula
Material necessário
Pedaços de tecido leve (quadrados de 50x50
cm)
Aparelho de som
Espaço
Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução
Não há dúvida que as crianças pequenas ado-
ram se movimentar. Elas vivem e demonstram
seus estados afetivos com o corpo inteiro: se es-
tão alegres, pulam, correm e brincam ruidosa-
mente. Se estão tímidas ou tristes, encolhem-se
e sua expressão corporal é reveladora do que
sentem. Henri Wallon nos lembra que a criança
pequena utiliza seus gestos e movimentos para
apoiar seu pensamento, como se este se pro-
jetasse em suas posturas. O movimento é uma
linguagem, que comunica estados, sensações,
idéias: o corpo fala. Assim, é importante que na
Educação Infantil o professor possa organizar
situações e atividades em que as crianças pos-
sam conhecer e valorizar as possibilidades ex-
pressivas do próprio corpo.
3ª etapa
Distribua para as crianças os pedaços de tecido
coloridos, um para cada um. É importante que
eles sejam leves e que produzam movimento ao
serem agitados pelas crianças. Deixe que elas
explorem a sala manipulando os pedaços de te-
cido. Sugira que as crianças pintem a sala com
os tecidos, como se fossem pincéis. A sala toda
tem que ficar pintada o chão, as paredes, o teto.
Diga às crianças que nenhum pedaço da sala
pode ficar sem pintar. Sugestão de música: Pei-
xinhos do Mar (Milton Nascimento, CD Sentine-
la).
4ª etapa
Sempre ao som de uma música (por exem-
plo Fome Come, da Palavra Cantada, CD Can-
ções de Brincar), sugira uma brincadeira que as
crianças adoram: peça que joguem os tecidos
para cima e a os peguem, a cada vez, com uma
parte diferente do corpo:
com a cabeça
com a barriga
com o braço
com o cotovelo
com os pés
com as costas
com o bumbum
com as palmas das mãos etc.
5ª etapa
Para terminar, um gostoso relaxamento. Suges-
tão de música: Palhaço (Egberto Gismonti, CD
Circense).
Avaliação
O recém-publicado documento Orientações
Curriculares Expectativas de Aprendizagens e
Orientações Didáticas para a Educação Infan-
til da Secretaria Municipal de Educação de São
Paulo observa que a avaliação que mais deve
interessar o professor não é aquela que com-
para diferentes crianças, mas a que compara
uma criança com ela mesma, dentro de certo
período de tempo. Assim, o professor tem na
observação o melhor instrumento para avaliar a
aprendizagem dos pequenos: eles participaram
da atividade? Em qual momento se envolve-
ram mais? O que foi mais desafiador para cada
criança? E para o grupo? Essas e outras pergun-
tas ajudam inclusive o professor a planejar as
próximas atividades, mantendo ou modificando
suas propostas dentro do campo de experiên-
cias do Movimento para as crianças. Quer saber
mais? Bibliografia Orientações Curriculares Ex-
pectativas de Aprendizagens e Orientações Di-
dáticas da Secretaria Municipal de Educação de
São Paulo Toques Sutis, de Suzana Delmanto,
Editora Summus Uma concepção dialética do
desenvolvimento infantil, Henri Wallon, Ed. Vo-
zes
324 Plano de Aula: Construção de uma bibliote-
ca com e para crianças menores de 3 anos
Objetivo(s)
Construir, coletivamente, uma biblioteca como
lugar capaz de abrigar não somente livros, mas
de suscitar rituais agradáveis de leitura;
Apresentar o acervo de livros, promovendo o
gosto pelas histórias e ampliando repertórios;
Estreitar a relação creche-família por meio do
empréstimo de livros.
Ano(s)
Creche
Tempo estimado
Um semestre ou ao longo do ano todo
Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução
Desenvolvimento
O primeiro passo é o professor discutir com seus
parceiros - outros professores e equipe gesto-
ra - sobre os livros que pretende escolher para
compor o acervo de sua futura biblioteca de
sala. Essa escolha implica que o educador seja,
acima de tudo, um leitor, que tenha interesse
em se aventurar no mundo das histórias para
conhecê-las, antes de lê-las para seu grupo de
crianças. Selecionar temas como: animais, ob-
jetos sonoros, família, transportes, personagens
de diferentes etnias, histórias cumulativas com
várias figuras do universo do faz de conta (bru-
xas, piratas, lobos).
3ª etapa
Uma prática que dá bastante resultado é cons-
truir um tapete com as crianças. O objetivo
principal aqui é fazer com que o tapete tenha
“a identidade” delas, uma vez que servirá como
um indicador dos momentos de leitura, inician-
do assim um ritual próprio da turma.
4ª etapa
Outra estratégia para delimitar o ambiente é so-
licitar às famílias que enviem para a instituição
camisetas, vestidos ou outras roupas reconhe-
cidas pelas crianças para que esse material seja
preenchido com espuma, costurado nas aber-
turas e depois pintado pelas próprias crianças,
transformando-se em “almofadas personaliza-
das”. É curioso ver a criançada de posse de sua
própria roupa reaproveitada como estofados
para sentar-se e deitar-se enquanto os livros são
apreciados.
5ª etapa
Apresente os livros da biblioteca aos poucos às
crianças. Uma ideia é reunir a turma no “canti-
nho” do tapete diariamente em um horário es-
pecífico, como, por exemplo, logo após o lanche,
e apresentar alguns. Você pode ler o título e
até o comecinho da história, mostrar as ilustra-
ções e fazer perguntas sobre o que eles acham
que acontecerá. Um pouco de suspense ajuda
a aumentar a curiosidade da turma pelos livros.
Deixe que as crianças também se envolvam
com a organização dos volumes na estante. A
divisão pode ser bem simples, como os gibis e
revistas de um lado e os livros de outro. Outra
classificação pode ser: ‘os que gostamos mais’
e os que ‘ainda não conhecemos’. Ou os livros
que trazem histórias e os informativos, que ex-
plicam coisas. Os pequenos devem ter noção de
que tipo de livros encontrarão em determinado
lugar da estante. É importante que as crianças
tenham acesso livre à biblioteca (ou ao menos
a parte dela) e possam manusear os livros à
vontade sob o olhar do professor - além do mo-
mento específico da leitura conduzido pelo edu-
cador com um enfoque direcionado a uma de-
terminada prática.
6ª etapa
E qual deve ser a relação do professor com a lei-
tura? Na biblioteca, o foco é pensar na sua práti-
ca enquanto leitor. Você é, afinal, o responsável
por apresentar o mundo da leitura e é o media-
dor entre o objeto livro, as crianças e as relações
que ali se estabelecem. Nessas situações, cer-
tas estratégias e posturas são importantes, tais
como: antes de iniciar a roda de leitura, o pro-
fessor deve mostrar o livro para as crianças, cha-
mar a atenção para sua capa, ler e apontar para
o título, dizer quem escreveu a história, quem
a ilustrou e qual o nome da editora. As crianças
se interessam por essas informações, por vezes
perguntam sobre quem fez o livro e se manifes-
tam com sorrisos, gargalhadas e palmas quan-
do o nome é engraçado!
7ª etapa
Para o empréstimo dos livros, faça na sala um
painel que servirá como fichário. Vale construir
um mural, cujo fundo seja colorido pelas pró-
prias crianças. Uma boa ideia é usar papel pa-
namá e aquarela; outra é pintar com pincéis
largos sobre cartolinas ou, ainda, espalhar tinta
guache com as mãos em suportes que podem
ser plastificados com contact para durar mais.
Em seguida, é possível fazer alguns bolsinhos
e colocar as fotos de cada criança na frente de-
les. Dentro de cada bolso vai uma ficha que
pode ser tanto relacionada ao nome da criança
e às anotações do livro que ela levará para casa,
quanto o contrário: a ficha pode ser retirada do
próprio livro para ser colocada no bolsinho res-
pectivo à criança. Elas se apropriam dos com-
binados aos poucos. No começo, a brincadeira
fica por conta de tirar e por as fichas nos bolsos,
trocando-os entre os colegas. Permitir essa xpe-
rimentação inicial é saudável, para em seguida
comunicar o uso correto.
8ª etapa
Com relação ao início do empréstimo, combine
com os pais ou responsáveis que a ideia é es-
treitar os vínculos entre a creche e a família por
meio da leitura, assim como estabelecer um elo
em que o livro seja o intermediador de histórias
e outras conversas entre todos. O contrato aqui
é definir um dia da semana (geralmente sexta-
-feira) e convidar as famílias para escolherem
um livro junto com a criança, escutando suas
preferências e estratégias de escolha, tais como:
a história já conhecida, a capa que chama aten-
ção, a editora, o autor, as ilustrações.
Avaliação
Diante do processo, o mais significativo é de-
senvolver permanentemente as ações e aten-
tar-se ao movimento do grupo. Com o tempo,
é possível notar que, ao estender o tapete, as
crianças já se acomodam e pedem para ouvir as
histórias. Também é comum que elas peguem
as próprias almofadas, usando-as enquanto en-
tram no universo mágico dos livros. Um papel
importante do educador é observar como as
crianças manuseiam os livros, se contam as his-
tórias para si mesmas e para os outros, se ten-
tam interagir com as imagens, apontando-as ou
tentando pegá-las, se repetem aquilo que ouvi-
ram. Ouvir a devolutiva das famílias é outro pon-
to forte. Por fim, não descuide da renovação do
acervo da biblioteca. A chegada de novos livros
potencializa o interesse das crianças e amplia o
repertório delas.
325 Plano de Aula Experimentação de brinca-
deiras com corda
Objetivo(s)
Experimentar diferentes brincadeiras com cor-
da.
Conteúdo(s)
Ano(s)
Creche, Pré-escola
Material necessário
Cordas de tamanhos variados.
Desenvolvimento
1ª etapa
Proponha que a turma vivencie várias maneiras
de pular corda: uma criança por vez, em dupla
e em trios. Também é possível brincar diversi-
ficando as regras, como pular ao ritmo de uma
parlenda ou pular tocando a mão no chão. Con-
verse com o grupo sobre outras brincadeiras
que podem ser realizadas com o objeto: chicote
queimado (uma criança gira a corda rente ao
chão e as demais pulam), aumenta-aumenta
(duas seguram as pontas da corda e vão levan-
tando gradativamente para que as outras sal-
tem) e cabo de guerra.
Avaliação
Observe se a turma aprimora e diversifica o
brincar com autonomia a partir de então. Ob-
serve se a adaptação das regras se dá em fun-
ção das dificuldades que surgem ou porque o
grupo não compreendeu a brincadeira nova.
Nesse caso, converse com as crianças novamen-
te.
Flexibilização
No caso de crianças com algum tipo de defici-
ência física, pode-se pensar em formas alter-
nativas de participação. Sugira que passem por
baixo da corda no momento certo, enquanto
está no alto e antes que volte a bater no chão.
Esta é uma importante oportunidade de con-
vocar as outras crianças a auxiliá-las, sendo elas
cadeirantes ou não. Outra sugestão, caso não
seja mesmo possível participar ativamente, é
fazer com que a escolha e a récita da parlenda
fiquem por conta dos pequenos com deficiên-
cia física. É importante lembrar que nem sem-
pre será possível fazer um ajuste que permita
o acesso de todos a estas atividades. Mais que
isso, é preciso que a reflexão e o compromisso
por parte das crianças com a inclusão de todos
os seus colegas façam parte da rotina das tur-
mas. Muitas vezes, são as próprias crianças (os
que apresentam limitações e os outros) que nos
oferecem as melhores ideias. Tente consultá-los,
sempre.
326 Plano de Aula A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA
Objetivo(s)
- Pesquisar e reconhecer onde há água no pla-
neta
- Estimular a curiosidade pelo mundo natural
- Conhecer e manusear o globo terrestre
Conteúdo(s)
- Meio ambiente
- Preservação
- Água
Ano(s)
Creche, Pré-escola
Tempo estimado
4 aulas
Material necessário
- Globo terrestre
- Imagens de diferentes lugares que evidenciam
ou não a presença de água (ver quadro com
orientações para seleção das imagens)
- Livros, revistas ou outros materiais de pesquisa
- Para conhecer melhor o tema, acesse as se-
guintes reportagens disponíveis no site do pro-
jeto Planeta Sustentável: “Água: a escassez na
abundância”, “Preservação do alto mar e regula-
mentação da pesca são recomendações da so-
ciedade para os Chefes de Estado na Rio+20” e
“Expedição: mar de lixo no Oceano Atlântico”
Desenvolvimento
1ª etapa
Com certeza, a maioria das crianças já deve ter
visto imagens do planeta Terra em livros, na in-
ternet ou na televisão, mas talvez nunca tenha
parado para observar com mais atenção e inter-
pretar essas imagens.
Sobre o registro
Espera-se que a investigação de um tema gere
informações que precisam ser registradas. Esse
registro pode acontecer de diversas formas: tex-
tos coletivos, desenhos a partir de observações,
gravações em áudio das rodas de conversas, fil-
magens, murais ilustrados etc. Independente
da linguagem, o importante é que a sistemati-
zação seja feita em todas as etapas da sequên-
cia e não só no final. Os registros servem para
avaliar o seu trabalho, professor, assim como as
conquistas da turma. Além disso, ajudam na re-
cuperação das etapas do processo vivido e no
reconhecimento das hipóteses que as crianças
fizeram e deixaram de lado porque aprenderam
outras coisas.
2ª etapa
Leve novamente o globo terrestre para a sala e
relembre com as crianças alguns pontos impor-
tantes da conversa anterior. Proponha então, o
seguinte desafio: onde está a água?
3ª etapa
Selecione previamente algumas imagens e
distribua para as crianças. Peça que separem
de um lado as imagens dos lugares onde eles
acham que existe água e, do outro, aquelas que
mostram lugares onde não há água.
4ª etapa
Para essa etapa você pode utilizar algumas das
imagens selecionadas na etapa anterior ou, se
preferir, pode agregar novas imagens. A ideia é
que as crianças entendam que há muitas for-
mas da água existir e que ela está em muitos
lugares. Para isso leve imagens do mar, de rios,
lagoas, cachoeiras, chuveiro, chuva, bica, peixes
no aquário, golfinho ou outros animais no mar.
Se não tiver imagens suficientes em papel, você
pode utilizar o projetor de imagens. Lembre-se
de organizar o grupo de forma que todos pos-
sam ver as imagens sem precisar levantar ou
pedir licença aos colegas.
5ª etapa
Relembre os pontos importantes utilizando o
cartaz e seus registros pessoais. Proponha a se-
guir que as crianças descubram, em pequenos
grupos, se os animais que vivem no mar são os
mesmos que vivem nos rios e lagos, separando-
-os em duas listas.
Avaliação
Observe se as crianças ampliaram seus conheci-
mentos em relação às hipóteses que levantaram
no início da sequência, se demonstraram inte-
resse pelos assuntos abordados, se foram ca-
pazes de gradativamente formular perguntas e
manifestar suas ideias e de buscar respostas por
meio das fontes disponíveis (imagens, conver-
sas com os colegas etc). Retome as anotações
feitas sobre as hipóteses, ideias e pensamentos
das crianças. Pergunte se eles ainda pensam as
mesmas coisas do começo ou se mudaram de
opinião. É importante ressaltar que a evolução
de cada criança é diferente, por isso considere o
ponto de partida de cada um individualmente.
Tenha em mente também que é fundamental
avaliar não somente o momento final do traba-
lho, mas todas as etapas.
327: A importância da higiene bucal - COM MÚ-
SICA!
Objetivo(s)
Ensinar hábitos de higiene bucal para crianças,
levando em consideração a importância da es-
covação após as refeições, mostrando os bene-
ficios da escovação, e também, os problemas
causados pela falta deste hábito.
Conteúdo(s)
Higiene Pessoal;
saúde bucal;
Ano(s)
Pré-escola
Tempo estimado
um dia
Material necessário
Espelhinhos de mão
papel toalha
Escovas de dente
Pastas sem flúor
Porta-escovas
Copos descartáveis
Desenvolvimento
1ª etapa
Será apresentada uma palestra de um dentis-
ta para as crianças, expondo por que escovar
os dentes, como escová-los, o que são cáries e
como são transmitidas.
Avaliação
Será observado o quanto as crianças estarão
mais independentes e conscientes da importân-
cia da escovação. Após atividade será elaborado
um diário com fotos dos momentos vivenciados,
possibilitando que cada uma sugira registros
sobre as novas experiências, contando o que
aprendeu.
328 Plano de Aula Bem vindo a escola
Objetivo(s)
- Envolver as famílias que chegam à escola pela
primeira vez num clima de acolhimento, segu-
rança, cuidado e afeto.
- Incluir as crianças na construção do espaço e
do tempo da escola (rotina)
- Acolher as singularidades de cada criança e
incluí-las no desenvolvimento das situações pla-
nejadas.
- Mediar as experiências da criança com a cultu-
ra
trabalhar sentimentos
Conteúdo(s)
- Inclusão das famílias no processo de adapta-
ção
- Envolvimento das crianças na construção da
rotina e das regras turma
- Respeito e valorização das singularidades das
crianças
- Mediação das experiências da criança com a
cultura e com o espaço escolar
Ano(s)
Pré-escola
Tempo estimado
Duas semanas
Material necessário
- Objetos para casinha, bonecas, carrinhos, giz
ou fita crepe, massinha, papel para desenho,
- Uma caixa de papelão;
- Uma foto de cada criança;
- Fotos ou desenhos de situações da rotina;
- Livros de literatura infantil.
Desenvolvimento
1ª etapa
A adaptação começa antes da entrada da crian-
ça na escola. Solicitaremos, portanto, aos fami-
liares que preencham previamente uma ficha,
com informações familiares e da saúde da crian-
ça bem como contatos.
2ª etapa
Organize os cantos de atividades diversificadas
de desenho, massinha, jogos e fantasias e com-
partilhe com as crianças as opções que terão
neste dia. Procure circular pelos diferentes can-
tos e participe das situações junto com os pe-
quenos.
3ª etapa
Faça mais uma vez a brincadeira com as fotos
das crianças e com as músicas “A canoa virou”;
“João roubou pão”. Proponha mais uma vez os
cantos de atividades .
4ª etapa
Receba as crianças com os cantos de ativida-
des diversificadas (no mínimo 3). Faça mais uma
vez a brincadeira com as fotos. Apresente em
forma de desenho ou por meio de fotografias
das crianças, cada situação da rotina (o profes-
sor deve organizar este material previamente).
Converse com as crianças o que fazem em cada
momento e organize junto com elas a sequên-
cia temporal das atividades. Diga que essas fo-
tos ou desenhos ajudarão a saber o que farão
na escola e que logo após o lanche ou então da
brincadeira no parque, por exemplo, seus pais
voltarão para buscá-las. Cole o quadro da rotina
num lugar de fácil acesso para as crianças.
5ª etapa
Receba as crianças em roda e conte qoutra his-
toria. Quando encerrar, recorra ao quadro da
rotina para situar o que farão a seguir. Em se-
guida, mude a atividade e faça com o grupo um
piquenique (se possível, peça no dia anterior
que cada criança traga de casa um lanche). faça
um piquenique no espaço externo da escola.
Avaliação
Ajude as crianças mais resistentes à aproxima-
ção a transformarem sentimentos em palavras.
Reconheça os desafios ainda existentes, mas
reafirme que na próxima semana estará nova-
mente na escola para recebê-las e investigar
quais são as brincadeiras e outras situações que
lhes farão se sentir bem neste ambiente. Se pos-
sível, empreste algum livro ou brinquedo e peça
para que cuide bem e traga novamente para a
escola na próxima semana. Isso ajudará neste
processo de construção de vínculo com a escola
e com o educador.
Flexibilização
Para incluir crianças com deficiência física nos
membros inferiores, o primeiro passo é garan-
tir a acessibilidade dos espaços da creche. Faça
um passeio com a criança pelas salas e áreas
externas e apresente-a aos colegas. Deixe que
as crianças interajam e conversem. Caso as
crianças tenham dúvidas, como por exemplo
“por que ele não anda?”, responda de forma
clara. Aproveite a oportunidade para contar a
todos que a limitação motora do colega, de for-
ma alguma o impede de fazer as atividades pro-
postas, mas que, para algumas ações, ele pode
precisar de ajuda. Explique isso à criança com
deficiência física e mostre que ele pode recor-
rer a você ou aos colegas sempre que precisar.
Conte com a ajuda da família para compreender
melhor as necessidades e hábitos da criança.
Procure manter objetos ao alcance dos peque-
nos e respeite o tempo de aprendizagem da
criança.
Deficiências
Física
329 Plano de Aula: Exploração de texturas e me-
lecas
Objetivo(s)
- Explorar texturas de tintas e melecas.
- Utilizar diferentes instrumentos para pintura.
Ano(s)
Creche
Tempo estimado
Durante todo o ano, ao menos uma vez por se-
mana.
Material necessário
Bacias grandes, utensílios de cozinha como co-
adores, espátulas, colheres, escumadeiras, pra-
tinhos e vasilhas de diferentes tamanhos. Pin-
céis, brochinhas, rolinhos de pintor, esponjas e
suportes grandes, como papéis, tecidos lisos,
plásticos e caixas de papelão. Farinha de trigo,
gelatina em pó com cores fortes, amido de mi-
lho, corante comestível (anilina) e natural, feitos
com frutas e geleias, para preparar tintas e mas-
sas (para cada xícara de água morna, acrescen-
te uma de amido de milho e um pacote de ge-
latina. É possível variar a densidade da meleca
acrescentando mais água ou mais farinha. Para
mudar as cores, acrescente o corante.
Desenvolvimento
1ª etapa
As experimentações com as tintas podem ocor-
rer na sala, em uma oficina de artes ou em es-
paços externos. Monte o local deixando à mão
tudo o que será necessário para o andamento
da proposta, pois assim você pode ficar mais
atento às crianças e suas explorações. Forre o
piso (se estiver num espaço de uso coletivo ou
sala) e ofereça papéis no chão, na mesinha ou
na parede para que deixem marcas. Coloque o
material ao alcance de todos e deixe as crianças
de fraldas ou roupas que possam sujar. Plane-
je também como será a arrumação ao fim da
atividade: onde serão colocadas as produções?
Quem ajudará na limpeza e no atendimento às
crianças? Quem documentará a atividade? Pla-
neje como mostrar os primeiros resultados da
atividade, incluindo as fotos, às famílias. Assim,
todos poderão participar, mesmo que indireta-
mente.
2ª etapa
Apresente os materiais aos bebês. É importante
que eles diferenciem os momentos de trabalho
daqueles de alimentação. Por isso, não os in-
centive a comer durante as atividades, mesmo
que os materiais sejam comestíveis. Mostre o
que poderão fazer com as tintas. Inicie utilizan-
do apenas água e depois amplie para misturas
e melecas, como massas de amido ou farinha
com corantes ou gelatinas. Ao acrescentar uma
cor forte, pergunte: “Estão vendo como a cor
mudou?” Para os mais crescidos, é possível in-
troduzir terra, areia, folhas e sementes. Se fizer
uma tinta de gelatina, por exemplo, deixe que
cheirem, toquem e brinquem. É importante que
eles se familiarizem com os materiais de apoio
antes de a atividade começar - uma bacia pode
ser tão interessante quanto seu conteúdo. O
foco da atividade, porém, deve ser exploração
de texturas.
3ª etapa
Convide o grupo a explorar as propriedades e
possibilidades dos materiais. É possível organi-
zar, por exemplo, uma atividade para explorar
texturas de determinado material ou então uma
para que os pequenos utilizem mais um tipo
de instrumento, como o pincel, a brochinha e o
rolinho de pintor. Nesse momento, diga: “Veja
como com o rolinho você pinta uma área maior.
Com o pincel, só dá para fazer um risco”. Vale
testar também as diferenças entre pintar com
as mãos, que dá mais controle, ou com os pés,
com pincéis e rolinhos, que tendem a ser mais
difíceis de controlar.
Avaliação
Observe atentamente durante todo o processo.
Isso dará indícios de como propor as próximas
atividades. Em alguns casos, vale fazer pau-
tas de observação individual, pois cada crian-
ça pode apresentar formas muito distintas de
aproximação dos materiais: algumas se lambu-
zam logo no primeiro dia e aos poucos vão se
concentrando em explorações mais definidas.
Outras demoram mais tempo para se soltar e há
ainda as que insistem em pesquisas específicas
de cores, misturas ou ocupação dos suportes
etc. No dia seguinte ao trabalho, retome com o
processo documentado, conversando com to-
dos para ver se lembram quais os materiais e
utensílios foram usados em cada atividade.
Flexibilização
Para trabalhar com bebês com deficiência físi-
ca nos membros superiores, envolva os rolinhos
e os pincéis em espuma. Isso vai ajudar os pe-
quenos a ter mais firmeza na hora de fazer as
primeiras pinturas. Você pode fixar papeis em
pranchetas inclinadas e colocar em frente ao
bebê ou fazer com que a criança crie suas pró-
prias estratégias para pintar nos papeis fixados
no chão. Estimule que ela pinte com os pés jun-
to dos colegas e deixe as tintas em lugares aces-
síveis e próximos da criança com deficiência. Os
outros bebês também ajudam a criança a segu-
rar alguns objetos ou alcançar os potes de tinta.
Deficiências
Física
Objetivo(s)
Ler, comparar e ordenar números.
Conteúdo(s)
- Investigação de algumas regularidades do sis-
tema de numeração
- Leitura e comparação de números
- Análise das informações nos rótulos dos ali-
mentos
Tempo estimado
5 a 6 aulas
Material necessário
Diferentes embalagens de alimentos.
Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução
Algumas pesquisas mostram que as crianças
relacionam os números que falam e ouvem no
cotidiano com a escrita e, assim, identificam al-
gumas regularidades que vão ajudá-las a avan-
çar no aprendizado sobre o sistema numérico.
Uma alternativa para impulsionar esse conheci-
mento pode estar em um recurso simples: uma
coleção de diferentes embalagens de bebidas e
alimentos, por exemplo.
2ª etapa
Encontrar o alimento mais pesado e o mais leve
Recupere o que foi aprendido na etapa anterior.
Para isso, você pode usar o cartaz já elabora-
do. Se considerar necessário, acrescente outras
informações ou questionamentos para que as
crianças avancem nas hipóteses.
3ª etapa
Ordenar os alimentos pelo peso
Novamente, relembre o que já foi feito e, em se-
guida, peça que as crianças organizem três ou
quatro embalagens pelo peso. Para dar conta
dessa tarefa, eles precisarão analisar as escritas
dos números considerando o que já sabem so-
bre o sistema de numeração.
Avaliação
Analise se as crianças avançaram no uso social
dos números encontrados nos rótulos, na leitu-
ra, na comparação e na utilização das informa-
ções, como tabela nutricional e peso, como fon-
te de pesquisa. É importante também observar
os critérios utilizados para fazer as comparações.
Pensando que o aprendizado do sistema numé-
rico é sequencial, você pode analisar aspectos
como: os tópicos das discussões, os equívocos
das crianças, as questões que ainda poderiam
ser explorados e quais outras informações po-
dem ser incluídas nas próximas aulas.
331 Plano de Aula Descubra com seus alunos
onde há água no planeta
Objetivo(s)
- Pesquisar e reconhecer onde há água no pla-
neta
- Estimular a curiosidade pelo mundo natural
- Conhecer e manusear o globo terrestre
Conteúdo(s)
- Meio ambiente
- Preservação
- Água
Ano(s)
Pré-escola
Tempo estimado
6 a 8 aulas
Material necessário
- Globo terrestre
- Imagens de diferentes lugares que evidenciam
ou não a presença de água (ver quadro com
orientações para seleção das imagens)
- Livros, revistas ou outros materiais de pesquisa
- Para conhecer melhor o tema, acesse as se-
guintes reportagens disponíveis no site do pro-
jeto Planeta Sustentável: “Água: a escassez na
abundância”, “Preservação do alto mar e regula-
mentação da pesca são recomendações da so-
ciedade para os Chefes de Estado na Rio+20” e
“Expedição: mar de lixo no Oceano Atlântico”
Desenvolvimento
1ª etapa
Com certeza, a maioria das crianças já deve ter
visto imagens do planeta Terra em livros, na in-
ternet ou na televisão, mas talvez nunca tenha
parado para observar com mais atenção e inter-
pretar essas imagens.
Sobre o registro
Espera-se que a investigação de um tema gere
informações que precisam ser registradas. Esse
registro pode acontecer de diversas formas: tex-
tos coletivos, desenhos a partir de observações,
gravações em áudio das rodas de conversas, fil-
magens, murais ilustrados etc. Independente
da linguagem, o importante é que a sistemati-
zação seja feita em todas as etapas da sequên-
cia e não só no final. Os registros servem para
avaliar o seu trabalho, professor, assim como as
conquistas da turma. Além disso, ajudam na re-
cuperação das etapas do processo vivido e no
reconhecimento das hipóteses que as crianças
fizeram e deixaram de lado porque aprenderam
outras coisas.
2ª etapa
Leve novamente o globo terrestre para a sala e
relembre com as crianças alguns pontos impor-
tantes da conversa anterior. Proponha então, o
seguinte desafio: onde está a água?
3ª etapa
Selecione previamente algumas imagens e
distribua para as crianças. Peça que separem
de um lado as imagens dos lugares onde eles
acham que existe água e, do outro, aquelas que
mostram lugares onde não há água.
4ª etapa
Para essa etapa você pode utilizar algumas das
imagens selecionadas na etapa anterior ou, se
preferir, pode agregar novas imagens. A ideia é
que as crianças entendam que há muitas for-
mas da água existir e que ela está em muitos
lugares. Para isso leve imagens do mar, de rios,
lagoas, cachoeiras, chuveiro, chuva, bica, peixes
no aquário, golfinho ou outros animais no mar.
Se não tiver imagens suficientes em papel, você
pode utilizar o projetor de imagens. Lembre-se
de organizar o grupo de forma que todos pos-
sam ver as imagens sem precisar levantar ou
pedir licença aos colegas.
5ª etapa
Relembre os pontos importantes utilizando o
cartaz e seus registros pessoais. Proponha a se-
guir que as crianças descubram, em pequenos
grupos, se os animais que vivem no mar são os
mesmos que vivem nos rios e lagos, separando-
-os em duas listas.
Você precisará de livros informativos, revistas,
enciclopédias ou outros materiais que tenham
imagens desses habitats em quantidade sufi-
ciente para todos os grupos. Selecione também
trechos curtos de filmes que ajudem as crianças
a descobrir essa informação. A proposta é que
as crianças, com o auxílio das imagens, consi-
gam identificar alguns animais que vivem na
água salgada e outros que vivem na água doce,
separando-os em dois grupos.
Avaliação
Observe se as crianças ampliaram seus conheci-
mentos em relação às hipóteses que levantaram
no início da sequência, se demonstraram inte-
resse pelos assuntos abordados, se foram ca-
pazes de gradativamente formular perguntas e
manifestar suas ideias e de buscar respostas por
meio das fontes disponíveis (imagens, conver-
sas com os colegas etc). Retome as anotações
feitas sobre as hipóteses, ideias e pensamentos
das crianças. Pergunte se eles ainda pensam as
mesmas coisas do começo ou se mudaram de
opinião. É importante ressaltar que a evolução
de cada criança é diferente, por isso considere o
ponto de partida de cada um individualmente.
Tenha em mente também que é fundamental
avaliar não somente o momento final do traba-
lho, mas todas as etapas.
332 Plano de Aula: A diversidade Cultural
Objetivo(s)
Trabalhar com as diferenças em sala de aula.
Despertar a criançã para a sua identidade e en-
fatizar os pontos positivos.
Estimular o respeito às diferenças e as limita-
ções dos colegas independente do sexo.
Ano(s)
Pré-escola
Tempo estimado
O ano todo.
Material necessário
Livros.
CDs.
DVDs.
Brinquedos.
Instrumentos musicais.
Materiais recicláveis.
Desenvolvimento
1ª etapa
Na aquisição de materiais levar em considera-
ção a quantidade para que possibilitem a inte-
ração e estimulem o respeito entre as criança-
sindependente que sejam, homens e mulheres,
pessoas com deficiência e grupos de diferentes
culturas.
2ª etapa
Em um momento oportuno, explicar aos pais a
importância do respeito a diversidade no dia a
dia. Enviar uma atividade para ser feita em casa
com auxílio dos pais que enfatize alguma das
diferenças existentes na sala de aula.
Avaliação
Anotar no diário de bordo o comportamento
das crianças em relação a diversidade no am-
biente escolar. Identificar os que precisam de
apoio para aceitar a sua identidade e dos cole-
gas
Flexibilização
Crianças de qualquer etinia, credo, ou com qual-
quer tipo de deficiência.
Deficiências
Múltipla
333 Plano de Aula Leitura de textos informativos
na creche
Objetivo(s)
Escutar a leitura de textos informativos feita
pelo professor.
Desenvolver comportamentos leitores e escrito-
res quando se quer saber mais sobre um tema.
Conteúdo(s)
Familiarização com textos informativos: ler para
saber mais.
Exploração de diferentes fontes de informação e
procedimentos de pesquisa.
Ano(s)
Creche
Tempo estimado
6 aulas
Material necessário
Livros, revistas, enciclopédias, jornais e docu-
mentários (vídeo ou DVD).
Desenvolvimento
1ª etapa
Separe o material pertinente ao estudo que será
feito. Cuide para que o tema desperte o inte-
resse dos pequenos, como animais marinhos.
Verifique se as fontes são confiáveis, organize
um acervo variado e garanta que algumas das
leituras sejam feitas com o material destinado
a adultos: revistas, jornais e livros científicos de
circulação social.
2ª etapa
Faça uma breve leitura de um texto informati-
vo ou apresente trechos de documentários (por
exemplo, um filme que mostre a interação dos
animais no ambiente marinho). Proponha uma
discussão sobre os assuntos abordados e levan-
te as dúvidas da turma. Divida um cartaz em
duas colunas e escreva, de um lado, “o que que-
remos saber” e, no outro, “o que aprendemos”.
Registre comentários das crianças, as questões
que não foram respondidas e as que devem ser
retomadas.
3ª etapa
Recupere o que já foi registrado e leve um novo
texto. Atue como leitor-modelo: compartilhe
como se faz uso de índices, indique onde estão
o título e o subtítulo e faça a leitura do material.
Registre num novo cartaz as descobertas reali-
zadas.
4ª etapa
Apresente outro texto. Leia o título para a turma
antecipar do que se trata. Faça pausas e releia
trechos sempre que julgar importante. Caso
apareçam palavras difíceis, aposte na compre-
ensão por meio do contexto. Após a leitura, esti-
mule que todos façam comentários e avancem
em suas hipóteses. Registre as descobertas.
5ª etapa
Disponibilize diferentes materiais sobre o tema
e coloque no centro da roda: podem ser livros
com fotos, matérias com curiosidades, fichas
técnicas com as características físicas dos ani-
mais marinhos etc. Oriente todos a fazer buscas
com base nas ilustrações. Estimule o manuseio
do material, dando pistas de como buscar da-
dos e ajudando-os a marcar as páginas sele-
cionadas. Quando finalizarem, retorne à roda e
socialize o que encontraram. O objetivo é que as
crianças possam olhar o material e participar da
busca da informação.
6ª etapa
Confronte as perguntas levantadas na 2ª etapa
e as descobertas feitas. Retome os cartazes para
refletir sobre quais dúvidas foram esclarecidas e
o que teriam que continuar pesquisando.
Avaliação
Verifique se as crianças demonstraram interesse
no processo de pesquisa, se avançaram em re-
lação às hipóteses iniciais e se levantaram novas
questões. O propósito da atividade é desenvol-
ver o gosto por ler para saber mais, manusear
textos científicos de circulação social e compre-
ender que podem aprender muito com eles.
Flexibilização
A importância do acervo variado e da escolha
de temas que façam parte do universo dos pe-
quenos é crucial para a compreensão de crian-
ças com deficiência intelectual. Na creche, to-
dos ainda estão aprendendo a expressar-se e
a adquirir autonomia. Por isso, é importante
valorizar as habilidades e as limitações de cada
criança. Aproximar a escolha dos assuntos das
situações do cotidiano é fundamental. Diversi-
fique os meios de acesso ao conteúdo na sala.
Isso facilita o desenvolvimento da criança com
deficiência. Capriche na interpretação ao longo
da leitura do texto e leia pausadamente. Os pais
da criança com deficiência intelectual podem
reforçar a leitura em casa do texto indicado pela
educadora e de outros textos. Fazer com que o
pequeno reconte os conteúdos à sua maneira é
um excelente exercício para que ele pratique a
oralidade. Estimule a criança para que ela tam-
bém faça observações junto dos colegas nas
discussões na creche. Avalie se a criança conse-
guiu familiarizar-se com os livros e adquiriu no-
ções sobre como manuseá-los.
Deficiências
Intelectual
334: Plano de aula: Folclore: A festa do Boi em
diferentes representações
Materiais:
Espaços:
5
Reproduza os áudios com as canções já ouvi-
das. As crianças devem ficar livres para dan-
çar e encenar os personagens da festa a partir
das referências que construíram com base nas
conversas e vídeos que assistiram. Caso algu-
ma criança não queira encenar, ofereça os ins-
trumentos musicais como alternativa para que
acompanhem o ritmo da música.
Para finalizar:
Desdobramentos
Você pode propor para as crianças conhecer os
outros personagens da festa do Boi de mamão.
Se for possível, organize uma pesquisa usando
as mídias digitais ou reproduza as músicas do
CD Boi-de-mamão, que contam sobre os de-
mais personagens típicos da festa do Boi no Sul
do país. Assim, as crianças poderão ampliar as
possibilidades de brincar inserindo outros per-
sonagens dessa festa popular. Aproveite os ma-
teriais que você e as crianças trouxeram durante
a investigação sobre o Boi e a impressão com a
letra das canções, para organizar com as crian-
ças uma pequena exposição em um canto da
sala de atividades.
Engajando as famílias
Peça para que as crianças reorganizem os mate-
riais usados em um ambiente externo, agradá-
vel e de fácil acesso aos pais, para brincarem no-
vamente de Boi de mamão. Faça isto em horário
próximo ao de saída. Dessa forma, enquanto as
famílias chegam para buscá-las, podem obser-
var a vivência das crianças com a música e dan-
ça do boi de mamão, brincando juntos ao convi-
te das crianças.
335 Plano de Aula: Já Sou Quase Um Escritor
Objetivo(s)
Desenvolver a produção de textos em lingua-
gem escrita por meio do ditado para o profes-
sor;
Recuperar os principais elementos da narrativa
com base na linguagem que se usa para escre-
ver;
Ampliar a linguagem oral, o vocabulário e a es-
truturação de frases dos alunos.
Conteúdo(s)
Produção de textos orais com base na lingua-
gem escrita de contos.
Ano(s)
Pré-escola
Tempo estimado
5aulas
Material necessário
Livros:
2ª etapa
Relembre oralmente a história Chapeuzinho
Amarelo inicie a atividade de produção do tex-
to coletivo pelos alunos. Registre com exatidão
os acontecimentos ditados pelos alunos e, em
alguns momentos, ajude a recuperar a história
com base em alguma passagem da narrativa.
Releia aos poucos os trechos ditados. Ofereça
alternativas que possam aproximá-los do enre-
do da história.
3ª etapa
Releia o texto produzido pelos alunos. Diga que
ele terá de ficar muito bem escrito, assim como
no livro, pois será compartilhado com outras
pessoas e todos precisam compreendê-lo. Inter-
rogue-os sobre a adequação da narrativa com
base nos elementos da linguagem que se usa
para escrever. Por exemplo, se o texto produzido
contiver muitas marcas de oralidade (como “aí”,
“né” e “então”) ou repetição excessiva de pala-
vras, retome o conto que serviu de referência,
questionando se é assim que está registrado.
4ª etapa
Apresente o texto produzido pelos alunos em
roda fazendo a leitura.
5ª etapa
Inicie a reescrita coletiva da histórias, seguindo
as mesmas orientações da 2ª e da 3ª etapa. Se
necessário, dê novas recomendações aos estu-
dantes para evitar, por exemplo, que um perso-
nagem saiba de algum detalhe da história que
ele não presenciou. Ajude-os a enfrentar esses
obstáculos.
6ª etapa
Discuta com todos as ilustrações que serão fei-
tas para a história e digite os textos, deixando
espaços para inseri-las. Garanta uma cópia para
cada estudante. Solicite ou faça marcações co-
loridas em algumas palavras ou frases que se
repetem no texto e sejam significativas para os
alunos.
7ª etapa
Cole na contracapa de cada exemplar uma
apresentação explicando que os textos foram
produzidos pelos alunos com base no ditado
para o professor das histórias conhecidas.
8ª etapa
Compartilhe as ilustrações e releia as histórias
produzidas.
Produto final
Livro com os contos Chapeuzinho Amarelo rees-
critos pelo grupo para ser levado para casa por
todos.
Avaliação
O foco do projeto não deve ser a memorização
dos contos pelos alunos, mas a produção das
reescritas com a recuperação dos principais
acontecimentos das narrativas. Levando isso em
conta, analise os textos desenvolvidos pela tur-
ma em relação à presença de elementos da lin-
guagem escrita. Durante o processo, observe os
pontos frágeis do processo de revisão para se-
rem retomados em outras ocasiões, com outros
exemplos.
Flexibilização
Flexibilização para deficiência intelectual (sín-
drome de Down com pouca linguagem oral)
Cartazes com as ilustrações de personagens e
cenas das histórias. 1ª etapa: Envie para casa
ou para o AEE os mesmos livros trabalhados em
sala para sessões de leitura antecipadas, para
que o aluno tenha acesso às histórias com ante-
cedência. Isso amplia o repertório dele, favorece
a memorização e uma participação mais efetiva
na atividade. 2ª etapa: Utilize as ilustrações de
personagens e cenas como referências para fa-
zer os questionamentos. Avaliação: Observe o
desenvolvimento da linguagem oral, a amplia-
ção do vocabulário e do uso de frases mais com-
pletas.
336 Plano de Aula: Matemática: contando dedos
Objetivo(s)
Ler, comparar e ordenar números.
Conteúdo(s)
- Investigação de algumas regularidades do sis-
tema de numeração
- comparação de números
Ano(s)
Pré-escola
Tempo estimado
04 aulas
Material necessário
papel.lapis de cor ,lapis de escrever.
Desenvolvimento
1ª etapa
APRESENTAR NUMEROS DE 01 A 5
Avaliação
Analise se as crianças avançaram no uso social
dos números encontrados atreavéz da conta-
gem dos dedos, na comparação e na utilização
das informaçõesatravéz de desenhos,pinturas,-
tabela numericas. É importante também obser-
var os critérios utilizados para fazer as compara-
ções. Pensando que o aprendizado do sistema
numérico é sequencial, você pode analisar as-
pectos como: os tópicos das discussões, os equí-
vocos das crianças, as questões que ainda pode-
riam ser explorados e quais outras informações
podem ser incluídas nas próximas aulas.
337 Plano de Aula; Luz e sombra: pensando a fo-
tografia com crianças
Objetivo(s)
Explorar possibilidades de criação com luz e
sombra.
Tirar fotografias a partir da percepção da luz, em
diferentes situações (no escuro, com luzes colo-
ridas e de diferentes intensidades).
Conteúdo(s)
Luz e sombra.
Claro e escuro.
Fotografia a partir de diferentes situações lumi-
nosas.
Ano(s)
Pré-escola
Tempo estimado
Oito aulas.
Material necessário
Lanternas, luminária ou projetor de luz, velas,
lâmpadas coloridas ou papel celofane colorido
e máquina fotográfica. Materiais para desenho
como papeis e giz de cera.
Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução
2ª etapa
Introduza agora uma investigação sobre o que
é a sombra e como ela só existe na presença da
luz. Nesse sentido, algumas atividades possíveis
são:
- Lançar mão de uma luminária ou projetor para
brincar e fazer sombras na parede, usando ape-
nas as mãos, o corpo inteiro e objetos.
- Também usando a projeção de luz, fixar um
papel branco de tamanho grande em uma pa-
rede. Enquanto uma criança projeta sua sombra
no papel, outra contorna essa sombra com giz
de cera. A ação pode ser repetida até que todos
tenham desenhado.
- Projetar com lanternas ou velas a sombra de
diferentes objetos, de maneira que as sombras
provoquem distorções conforme o ângulo em
que os objetos são posicionados.
- Propor que as crianças desenhem, no pátio, as
sombras das árvores ou das folhas, projetadas
em papeis dispostos no chão.
3ª etapa
Depois das explorações iniciais sobre luz e som-
bra, é hora de ajudar as crianças a pensar sobre
o quanto a percepção da luz é importante para
fazer uma fotografia. Comece explicando que o
significado da palavra foto é luz. Logo, fotogra-
fia é um desenho ou um registro de luz, uma
impressão luminosa. Em seguida, retome os
exercícios da etapa anterior, agora com o uso
de câmeras fotográficas e acrescentando novas
propostas. Uma alternativa interessante é suge-
rir que a turma tire fotos no escuro, na ausência
da luz e sem o uso de flash. A partir dessa expe-
riência, ajude as crianças a perceber que sem
luz não há fotografia: observem os resultados
(as fotos podem ser ampliadas em um monitor
ou impressas) e conversem sobre o fato de que
as imagens que poderiam ser esperadas não
aparecem.
Avaliação
Analise os conhecimentos adquiridos pelas
crianças sobre luz, sombra e fotografia. Para
tanto, é importante anotar as falas e as desco-
bertas que surgirem ao longo do trabalho. Peça
também que a turma comente as fotografias
feitas nas diferentes atividades, relembrando o
que aconteceu em cada etapa, como e por que
chegaram ao resultado obtido. Produto final Or-
ganize uma exposição das fotografias e dos de-
mais trabalhos realizados nos encontros.
338 Plano de Aula: brincadeiras
Objetivo(s)
Desenvolver a produção de textos em lingua-
gem escrita por meio do ditado para o profes-
sor;
Recuperar os principais elementos da narrativa
com base na linguagem que se usa para escre-
ver;
Ampliar a linguagem oral, o vocabulário e a es-
truturação de frases dos alunos com deficiência
intelectual (síndrome de Down com pouca lin-
guagem oral).
Conteúdo(s)
Produção de textos orais com base na lingua-
gem escrita de contos.
Ano(s)
Pré-escola
Tempo estimado
5aulas
Material necessário
Livros:
Desenvolvimento
1ª etapa
Em roda, leia para os alunos o conto Chapeuzi-
nho Vermelho e avise que esse texto e A Bela
Adormecida serão recontados pelo grupo e di-
tados para você. Proponha que o material faça
parte de um livro e diga que todos vão ganhar
um exemplar de presente.
2ª etapa
Relembre oralmente o conto Chapeuzinho Ver-
melho e inicie a atividade de produção do texto
coletivo pelos alunos. Registre com exatidão os
acontecimentos ditados pela garotada e, em
alguns momentos, ajude a recuperar a história
com base em alguma passagem da narrativa.
Por exemplo: “Qual o caminho feito pelo lobo
para chegar à casa da vovó antes que a Chapeu-
zinho Vermelho?” Releia aos poucos os trechos
ditados. Ofereça alternativas que possam apro-
ximá-los do enredo da história.
3ª etapa
Releia o texto produzido pelos estudantes. Diga
que ele terá de ficar muito bem escrito, assim
como no livro, pois será compartilhado com ou-
tras pessoas e todos precisam compreendê-lo.
Interrogue-os sobre a adequação da narrativa
com base nos elementos da linguagem que se
usa para escrever. Por exemplo, se o texto pro-
duzido contiver muitas marcas de oralidade
(como “aí”, “né” e “então”) ou repetição exces-
siva de palavras, retome o conto que serviu de
referência, questionando se é assim que está
registrado.
4ª etapa
Apresente o texto produzido pelos alunos em
roda. Depois leia A Bela Adormecida para a tur-
ma.
5ª etapa
Inicie a reescrita coletiva do texto A Bela Ador-
mecida, seguindo as mesmas orientações da 2ª
e da 3ª etapa. Se necessário, dê novas recomen-
dações aos estudantes para evitar, por exemplo,
que um personagem saiba de algum detalhe da
história que ele não presenciou. Ajude-os a en-
frentar esses obstáculos.
6ª etapa
Discuta com todos as ilustrações que serão fei-
tas para cada história e digite os textos, deixan-
do espaços para inseri-las. Garanta uma cópia
para cada estudante. Solicite ou faça marcações
coloridas em algumas palavras ou frases que se
repetem no texto e sejam significativas para os
alunos.
7ª etapa
Cole na contracapa de cada exemplar uma
apresentação explicando que os textos foram
produzidos pelos alunos com base no ditado
para o professor das histórias conhecidas.
8ª etapa
Compartilhe as ilustrações e releia as histórias
produzidas.
Produto final
Livro com os contos Chapeuzinho Vermelho e A
Bela Adormecida reescritos pelo grupo para ser
levado para casa por todos.
Avaliação
O foco do projeto não deve ser a memorização
dos contos pelos estudantes, mas a produção
das reescritas com a recuperação dos principais
acontecimentos das narrativas. Levando isso em
conta, analise os textos desenvolvidos pela tur-
ma em relação à presença de elementos da lin-
guagem escrita. Durante o processo, observe os
pontos frágeis do processo de revisão para se-
rem retomados em outras ocasiões, com outros
exemplos.
Flexibilização
Flexibilização para deficiência intelectual (sín-
drome de Down com pouca linguagem oral)
Cartazes com as ilustrações de personagens e
cenas das histórias. 1ª etapa: Envie para casa
ou para o AEE os mesmos livros trabalhados em
sala para sessões de leitura antecipadas, para
que o aluno tenha acesso às histórias com ante-
cedência. Isso amplia o repertório dele, favorece
a memorização e uma participação mais efetiva
na atividade. 2ª etapa: Utilize as ilustrações de
personagens e cenas como referências para fa-
zer os questionamentos. Avaliação: Observe o
desenvolvimento da linguagem oral, a amplia-
ção do vocabulário e do uso de frases mais com-
pletas.
Deficiências
Intelectual
339 Plano de Aula: Eu e meu corpo
Objetivo(s)
Familiarizar-se com a imagem do corpo.
Trabalhar imitações, gestos e expressões.
Construir a identidade.
Conteúdo(s)
Reconhecer o próprio corpo, e suas extensões
assim como as caracteristicas de cada indivíduo.
Ano(s)
Creche
Tempo estimado
De 15 a 20 minutos por dia.
Material necessário
Dois espelhos grandes (de preferência presos à
parede), cartazetes com fotos de diferentes ex-
pressões faciais retiradas de revistas ou da inter-
net, aparelho de som, fantasias, bijuterias, cha-
péus, maquiagem infantil e colchonete.
Desenvolvimento
1ª etapa
Todas as atividades devem ser feitas em frente
aos espelhos, sempre estimulando a observa-
ção.
Atividade 1
Incentivaros pequenos a observar a própria ima-
gem. Pedirque eles toquem diferentes partes
do corpo. Propor brincadeiras como balançar os
cabelos, levantar os ombros e cruzar os braços.
Estimular a imitar os gestos dos colegas: Vejam
a careta do João! Vamos fazer igual?
Atividade 2
Colocar músicas do cancioneiro popular (Caran-
guejo Não É Peixe, Cabeça, Ombro, Perna e Pé
etc.) que abordem partes do corpo ou sugiram
movimentos. O objetivo é se aventurar em no-
vos gestos e imitar os colegas.
Atividade 3
Propor agora a brincadeira seu-mestre-mandou.
Com todos em pé, dê os comandos: Cruzar as
pernas!, Ajoelhar-se!. A cada posição, estimule-
-os a se observar e testar possibilidades de mo-
vimento.
Atividade 4
Para brincar com expressões faciais, mostre car-
tazetes com diversas fisionomias. Depois, sugira
que a garotada faça caretas variadas.
Atividade 5
Hora do faz-de-conta: sugira que cada um es-
colha se quer brincar de casinha, fantasiar-se
ou maquiar-se. Ofereça novas possibilidades de
acessórios e de brincadeiras.
Avaliação
Observe se houve concentração, interação com
o espelho e com os colegas e exploração dos
gestos e materiais. Sempre que possível, repita a
seqüência com outras propostas e brincadeiras.
Flexibilização
Tocar as diferentes partes do corpo é muito im-
portante para a criança com deficiência visual.
Descreva os gestos feitos pelas outras crianças
e, nas primeiras vezes, ajude a criança a imitar.
Você também pode ampliar o tempo de realiza-
ção das atividades propostas, permitindo que a
criança toque nos colegas. O estímulo auditivo
também é fundamental. Músicas, barulhos e
comandos sonoros podem ajudar. Na atividade
das caretas, você pode trabalhar com sons (todo
mundo faz barulho de riso, todo mundo imita
choro). Oferecer um espaço adequado para que
esta criança também possa desenvolver a sua
mobilidade é outra ação fundamental. Organize
os cantos da creche de modo que o bebê possa
explorar os espaços e localizar-se no ambiente,
garantindo a sua progressiva autonomia.
Deficiências
Visual
340 Plano de aula: Inserção
Objetivo(s)
- Envolver as famílias que chegam à escola pela
primeira vez num clima de acolhimento, segu-
rança, cuidado e afeto.
- Incluir as crianças na construção do espaço e
do tempo da escola (rotina)
- Acolher as singularidades de cada criança e
incluí-las no desenvolvimento das situações pla-
nejadas.
- Mediar as experiências da criança com a cultu-
ra
Conteúdo(s)
- Inclusão das famílias no processo de adapta-
ção
- Envolvimento das crianças na construção da
rotina
- Respeito e valorização das singularidades das
crianças
- Mediação das experiências da criança com a
cultura
Ano(s)
Creche
Tempo estimado
Duas semanas
Material necessário
- Objetos para casinha, bonecas, carrinhos, giz
ou fita crepe, massinha, papel para desenho,
fantasias;
- Uma caixa de papelão;
- Uma foto de cada criança;
- Fotos ou desenhos de situações da rotina;
- Livros de literatura infantil.
Desenvolvimento
1ª etapa
A adaptação começa antes da entrada da crian-
ça na escola. Solicite, portanto, aos familiares
que preencham previamente uma ficha, ou en-
tão, realize uma entrevista com perguntas que
retratem quem é a criança: seu nome, se possui
irmãos na escola, suas brincadeiras preferidas,
comidas que aprecia ou não, se possui objetos
de apego, chupeta e o que costuma gerar con-
forto ou desconforto emocional (por exemplo, a
resistência para relacionar-se com pessoas es-
tranhas).
2ª etapa
Organize os cantos de atividades diversificadas
de desenho, massinha, jogos e fantasias e com-
partilhe com as crianças as opções que terão
neste dia. Procure circular pelos diferentes can-
tos e participe das situações junto com os pe-
quenos.
3ª etapa
Faça mais uma vez a brincadeira com as fotos
das crianças e com as músicas “A canoa virou”;
“João roubou pão”. Proponha mais uma vez os
cantos de atividades diversificadas de massinha,
casinha, pistas de carrinhos e bichos.
4ª etapa
Receba as crianças com os cantos de ativida-
des diversificadas (no mínimo 3). Faça mais uma
vez a brincadeira com as fotos. Apresente em
forma de desenho ou por meio de fotografias
das crianças, cada situação da rotina (o profes-
sor deve organizar este material previamente).
Converse com as crianças o que fazem em cada
momento e organize junto com elas a sequên-
cia temporal das atividades. Diga que essas fo-
tos ou desenhos ajudarão a saber o que farão
na escola e que logo após o lanche ou então da
brincadeira no parque, por exemplo, seus pais
voltarão para buscá-las. Cole o quadro da rotina
num lugar de fácil acesso para as crianças.
Avaliação Ao anunciar os momentos que retra-
tam a rotina, diga às crianças que ainda choram
e demonstram sofrimento em estar neste novo
ambiente, quais são as situações que viverão e
quando será o momento de reverem as pessoas
de sua família todos os dias. Observe as reações
e sempre que chorarem recorra a esta estraté-
gia para ajudar a tranquilizar as crianças.
5ª etapa
Receba as crianças em roda e conte que esco-
lheu montar os cantos que mais gostaram no
decorrer da semana. Quando encerrar, recorra
ao quadro da rotina para situar o que farão a se-
guir. Faça mais uma leitura e guarde mais um
livro na biblioteca do grupo. Comente que, aos
poucos, conhecerão muitas histórias. Em segui-
da, mude a atividade e faça com o grupo uma
salada de frutas (se possível, peça no dia ante-
rior que cada criança traga de casa uma fruta).
Ou então, no lanche, faça um piquenique no es-
paço externo da escola.
Avaliação
Ajude as crianças mais resistentes à aproxima-
ção a transformarem sentimentos em palavras.
Reconheça os desafios ainda existentes, mas
reafirme que na próxima semana estará nova-
mente na escola para recebê-las e investigar
quais são as brincadeiras e outras situações que
lhes farão se sentir bem neste ambiente. Se pos-
sível, empreste algum livro ou brinquedo e peça
para que cuide bem e traga novamente para a
escola na próxima semana. Isso ajudará neste
processo de construção de vínculo com a escola
e com o educador.
Flexibilização
Para incluir crianças com deficiência física nos
membros inferiores, o primeiro passo é garan-
tir a acessibilidade dos espaços da creche. Faça
um passeio com a criança pelas salas e áreas
externas e apresente-a aos colegas. Deixe que
as crianças interajam e conversem. Caso as
crianças tenham dúvidas, como por exemplo
“por que ele não anda?”, responda de forma
clara. Aproveite a oportunidade para contar a
todos que a limitação motora do colega, de for-
ma alguma o impede de fazer as atividades pro-
postas, mas que, para algumas ações, ele pode
precisar de ajuda. Explique isso à criança com
deficiência física e mostre que ele pode recor-
rer a você ou aos colegas sempre que precisar.
Conte com a ajuda da família para compreender
melhor as necessidades e hábitos da criança.
Procure manter objetos ao alcance dos peque-
nos e respeite o tempo de aprendizagem da
criança.
Deficiências
Múltipla
341 Plano de aula: Organizando nosso acervo de
coleções
1. Iniciando coleções;
Espaços:
Materiais:
Tempo sugerido:
<inicio-h1>
Para incluir todos:
<fim-h1>
6
Inicie sua mediação quanto ao preenchimento
da etiqueta da coleção com o grupo de colecio-
nadores. Conte que você assumirá a função de
escriba. Comece investigando qual será o nome
que o grupo dará para a coleção. Observe que
sua mediação considerará a lógica de que o
nome revele sobre o que caracteriza a coleção.
Em seguida parta para o registro da quantidade
de objetos. Considere utilizar a tabela de acom-
panhamento das coleções ou outras estratégias
percorridas pelo grupo no processo de colecio-
nar. Para o registro dos atributos que classificam
a coleção, examine o que as crianças considera-
ram para selecionar e classificar suas coleções.
Atente-se para usar os objetos da coleção para
apoiar as reflexões do grupo.
Para finalizar:
Desdobramentos
Engajar o grupo na organização de um acervo
é um momento especial. Sendo assim, consi-
dere selecionar junto às crianças um local para
acolher o acervo de coleções. Escolha um local
acessível à todos, pois a ideia é que esse acer-
vo seja de livre acesso à comunidade. Engaje
o grupo na construção de regras para a utiliza-
ção das coleções e para as estratégias para o
acompanhamento dos empréstimos e devolu-
ções. Você pode também proporque as crianças
criem convites para as outras turmas da escola e
familiares. Incentive também a produção de ou-
tras formas de divulgar o acervo, tais como car-
tazes, panfletos, placas etc.
Engajando as famílias
Prepare uma instalação do acervo no pátio da
escola. Considere expor fotografias e relatos que
coletou ao longo do processo da vivência do
grupo na composição das coleções. Dessa for-
ma, você convidará as famílias para refletir sobre
o quanto é divertida e recheada de aprendiza-
dos a ação de colecionar, encorajando-as a com-
por novas coleções com as crianças.#
342 Plano de Aula: Aprendendo os números por
meio da identificação do corpo
Objetivo(s)
Ler, comparar e ordenar números.
Conteúdo(s)
- Investigação de algumas regularidades do sis-
tema de numeração
- comparação de números
Tempo estimado
04 aulas
Material necessário
papel.lapis de cor ,lapis de escrever.
Desenvolvimento
1ª etapa
APRESENTAR NUMEROS DE 01 A 5
Avaliação
Analise se as crianças avançaram no uso social
dos números encontrados atreavéz da conta-
gem dos dedos, na comparação e na utilização
das informaçõesatravéz de desenhos,pinturas,-
tabela numericas. É importante também obser-
var os critérios utilizados para fazer as compara-
ções. Pensando que o aprendizado do sistema
numérico é sequencial, você pode analisar as-
pectos como: os tópicos das discussões, os equí-
vocos das crianças, as questões que ainda pode-
riam ser explorados e quais outras informações
podem ser incluídas nas próximas aulas.
343 Plano de Aula: O mundo árabe: história, cul-
tura e arabesco
Objetivo(s)
- Pesquisar a cultura árabe para confrontá-la
com a atual.
- Pesquisar e conhecer as principais característi-
cas da cultura árabe (arquitetura, moradia, ves-
tuário, culinária, tradições e costumes, diferen-
tes pessoas da sociedade).
- Pesquisar e conhecer a vida no deserto (ani-
mais, vegetação, habitat, beduínos).
- Conhecer a influência dessa cultura em nosso
país.
- Ampliar o repertório de outros hábitos e costu-
mes para enriquecer as brincadeiras de faz-de-
-conta, fundamentais nesta faixa etária.
- Enriquecer o ambiente lúdico e as brincadei-
ras, aproveitando as informações estudadas so-
bre o povo árabe.
Conteúdo(s)
- Cultura árabe.
- Procedimentos de pesquisa - coletar informa-
ções em diferentes fontes de pesquisa (livros,
vídeos, postais, obras de arte, jornais, revistas).
- Produzir textos informativos com a professora
sendo a escriba.
- Organizar e registrar informações através de
desenhos e pequenos textos de escrita espontâ-
nea.
Ano(s)
Creche, Pré-escola
Tempo estimado
6 meses
Material necessário
- Desenhos e filmes que retratem a vida do povo
árabe: Aladim, As Mil e uma Noites, Ali Babá e os
quarenta ladrões
- Vídeos informativos
- Mapa Mundi
- Almanaques, livros, revistas, lendas, contos,
obras de arte, revistas de turismo
- Músicas árabes
- Pedaços de tecido para confecção de figurinos
Desenvolvimento
1ª etapa
Desenvolvimento das atividades
1. Leia a história ou assista o desenho “Aladim e
a lâmpada maravilhosa”.
Avaliação
Produto final Instalação árabe representando
toda a cultura árabe para lançamento do alma-
naque ilustrado com definições de objetos, ins-
trumentos musicais, nome de alguns alimentos,
“personagens” da cultura árabe, entre outros
aspectos que você e seus alunos considerarem
relevantes. Ao final do projeto espera-se que a
criança seja capaz de: - Compartilhar com os
colegas as idéias que já têm sobre o assunto,
advindas das histórias que já conhecem e dos
conhecimentos de cada um. - Buscar, relacio-
nar, valorizar e saber fazer uso das diferentes
fontes de pesquisa e informações utilizadas ao
longo do projeto. - Realizar pesquisas apoiadas
em leituras de imagens e/ou textos informati-
vos lidos pelo educador. - Recontar, resumir e
explicar o que foi aprendido a partir das leituras
em roda. - Registrar suas descobertas a partir
de desenhos e pequenas escritas. - Fazer uso
da oralidade para explicar o que aprendeu. - Fa-
zer uso de todos os conhecimentos aprendidos
e enriquecer as brincadeiras de faz-de-conta.
Quer saber mais? BIBLIOGRAFIA: Para ler para
as crianças - 1001 Noites à luz do dia: Sherazade
conta histórias árabes - Kátia Canton - Difusão
Cultural do Livro - Lá vem história - Heloísa Prie-
to - Cia. das Letrinhas - Lá vem história outra vez
-Heloísa Prieto - Cia. das Letrinhas - Aladim e a
lâmpada maravilhosa - Ali Babá e os quarenta
ladrões - Simbad, o marujo - As botas de Karam
- O pescador e o Djim Para pesquisar - “Está no
almanque”, por Karina Cabral in Revista Avisa lá
29 - janeiro/2007 - páginas 11 a 22. - Almanaque
Abril, Ed. Abril - Almanaque Ruth Rocha, Ruth
Rocha.
Créditos: Denise Maria Milan Tonello Formação:
Pedagoga, Orientadora da Educação Infantil e 1º
ano do Ensino Fundamental I do Colégio Miguel
de Cervantes, em São Paulo, SP.
344: Plano de Aula: O confeiteiro
Objetivo(s)
Interagir com os colegas
Incentivar o trabalho em grupo e a cooperação
Ter um contato inicial com as noções de peso,
quantidade e volume
Compreender que materiais (neste caso, os ali-
mentos) podem ser divididos em partes meno-
res
Adquirir hábitos saudáveis de alimentação
Ano(s)
Pré-escola
Tempo estimado
4 aulas
Material necessário
Receita de bolo de milho
Utensílios de cozinha
Ingredientes para as receitas
Forno, fogão ou micro-ondas
Desenvolvimento
1ª etapa
Cozinhar é uma boa oportunidade para esti-
mular a interação do grupo, já que a culinária
permite às crianças colocar a mão na massa e
compartilhar o que sabem. Aproveitar este mo-
mento para apresentar uma alimentação mais
saudável, introduzir algumas grandezas mate-
máticas como volume, peso e quantidade (con-
ceitos que serão melhor compreendidos nos
anos seguintes do Ensino Fundamental) .
2ª etapa
Preparar com antecedência o espaço para cozi-
nhar e separar ingredientes e utensílios. Levan-
tar os conhecimentos prévios dos pequenos:
perguntar quem já viu alguém fazendo bolo e
pedir para contar como foi. Questionar também
que ingredientes eles acham que são usados
para produzir esse alimento.
3ª etapa
Logo após, ler a receita que que escolhi em voz
alta e separar, junto da turma, as medidas ne-
cessárias indicadas na receita. Enquanto leio,
farei perguntas como:
4ª etapa
5ª etapa
Após a confecção da receita, proporarei que as
crianças criem uma própria. Usarei uma recei-
ta bem básica como padrão e sugerirei que in-
crementem com o que desejarem. Eles podem
mudar a cor, adicionando, por exemplo, beterra-
ba. No lugar do leite, usar suco de laranja ou de
cenoura. Para tal, deixarei uma mesa com ingre-
dientes diversos à disposição das crianças. Sele-
cionarei alimentos saudáveis e nutritivos.
Avaliação
Será observado, ao longo das etapas, se os pe-
quenos conseguiram dividir com todos os co-
nhecimentos que possuem sobre o tema tra-
balhado. Analisarei também se eles refletiram
sobre as medidas e as escolhas dos ingredien-
tes durante o preparo dos bolo. E perceberei se
a atividade ajudou os pequenos a trabalharem
em grupo e a cooperarem entre si.
345: Plano de Aula Plano de aula: Explorando
um lugar de brincar
Materiais:
Espaços:
Tempo sugerido:
Para finalizar:
Desdobramentos
Como desdobramento desta atividade, o grupo
poderá fazer outros registros sobre a investiga-
ção realizada, como desenhos, relatos e docu-
mentação com as fotos tiradas (elaborando le-
gendas). Podem, ainda, aproveitar os registros
para a elaboração de uma revista, reportagem
ou filme.
Engajando as famílias
Incentive o grupo a compartilhar a experiência
com as famílias, convidando-as para realizar ou-
tras investigações como essa nos outros lugares
da lista.Se houver representantes das famílias
na visita, eles também podem ser convidados
para participar da roda de conversa e comparti-
lhar suas opiniões.
346: Plano de aula: Acompanhando o cresci-
mento das coleções
1. Iniciando coleções;
Espaços:
Prepare um espaço para a grande roda de con-
versa que será realizada no início da atividade,
observe ainda, a necessidade de um espaço
para que as crianças possam se reunir com seus
grupos para contarem suas coleções.
Materiais:
Tempo sugerido:
Aproximadamente 01 hora.
<inicio-h1>
Para incluir todos:
<fim-h1>
Para finalizar:
Desdobramentos
Você poderá fixar próximo do espaço destina-
do ao acondicionamento das coleções, o re-
gistro de contagem que será continuado pelas
crianças ao longo do processo de criação das
coleções. Criando assim, uma excelente oportu-
nidade de investigar com as crianças questões
acerca do acompanhamento do crescimento
da coleção, estimulando-as a criarem alternati-
vas para esse acompanhamento que não exija
a contagem de todos os itens sempre que adi-
cionarem um novo objeto. O registro poderá ser
feito com números, desenhos ou ambos.
Engajando as famílias
Você poderá organizar uma reunião diferente
com a comunidade. Ao invés de uma reunião
tradicional, em que você explica aos familiares o
que as crianças podem fazer, você poderá orga-
nizar uma filmagem das crianças, em que elas
sugerem no vídeo, atividades para vivenciarem
junto às famílias. Uma das atividades, pode ser,
por exemplo, a contagem das coleções checan-
do os registros que estão sendo feitos para cada
uma.
347 Plano de Aula: Plano de aula: Brincando de
Boi com outras turmas da escola
Materiais:
Espaços:
Aproximadamente 1 hora.
5
Após organização do grupo para a Festa, as
crianças caminham pela escola cantando, to-
cando e dançando atrás do Boi. Conforme os
combinados prévios com a equipe da esco-
la, podem entrar nas salas dançando entre as
crianças de outras turmas. A medida que cir-
culam pela escola as outras crianças podem ir
seguindo a brincadeira auxiliados por seus pro-
fessores. Auxilie a turma no que for necessário
durante o trajeto. Garanta que as crianças tran-
sitem por todos os espaços inclusive pela secre-
taria da escola, próximos à cozinha e refeitório,
sala dos professores e outros, assim as crianças
vão convidando também os profissionais da es-
cola para acompanharem a festa . Termine o tra-
jeto no pátio ou área externa.
Para finalizar:
Desdobramentos
Você pode registrar em vídeo a brincadeira e em
outra oportunidade convidar as crianças para
assistir, assim eles poderão assistir uma festa do
Boi em que foram participantes e não mais ape-
nas espectadores. Poderá também organizar
junto com outros professores e com as crianças
outras atividades coletivas que favoreça a inte-
ração com outras turmas como uma oficina de
instrumentos musicais usados na festa do Boi.
Engajando as famílias
Em uma ocasião oportuna, que pode já estar
programado em calendário escolar, como por
exemplo um dia da família na escola ou uma
festa cultural, convide os familiares para assis-
tirem as crianças apresentando a festa do Boi
, você pode escrever um convite com as crian-
ças e ilustrar com fotos tiradas no dia da brin-
cadeira. Durante a apresentação para a família
as crianças podem primeiro representar a festa
do Boi sozinhos e depois convidar a família para
tocar, cantar e dançar com elas.
348: MUSICA E DANÇA
Objetivo(s)
- Ampliar o repertório de brincadeiras tradicio-
nais e jogos de criação em dança;
- Pesquisar entre os adultos que trabalham na
creche (ou na escola) brincadeiras com pedras
por meio de entrevistas;
- Aprender a fazer registro audiovisual;
- Conhecer diversas brincadeiras e transformá-
-las em dança;
- Conhecer um grupo de artistas contemporâ-
neos que usam pedras e água em suas obras;
- Explorar as formas corporais, o volume, as di-
reções, os caminhos e as trajetórias no espaço a
partir das imagens das obras de arte e dos ele-
mentos água e pedra;
- Construir uma dança a partir das brincadeiras
com as pedras.
Dança criativa e jogos tradicionais na pré-esco-
la. Professora Cristina Mara Corrêa
Conteúdo(s)
- Pesquisa sobre brincadeiras;
- Elementos da dança: os espaços cênicos, as
trajetórias espaciais, a construção de formas
corporais e as ações corporais;
- criação e composição de gestos e movimentos
expressivos;
- contato com alguns artistas contemporâneos.
Faixa etária
5 a 7 anos.
Ano(s)
Pré-escola
Tempo estimado
4 a 6 meses, com uma atividade semanal.
Material necessário
- pedrinhas de diferentes tamanhos e cores.
- máquina fotográfica digital com câmera de ví-
deo.
- aparelho de som.
- computador com um programa de edição de
vídeo.
- CDs com músicas diversas (tanto para dançar
quanto aquelas mais tranquilas, para relaxa-
mento).
- música Pedrinha Miudinha, de Mestre Ambró-
sio, no CD Fuá na Casa de Cabral.
- música Pé com pé, de Palavra Cantada.
- música Cello Suites, de Bach, com o violonce-
lista Yo Yo Ma.
- Som da Chuva - Para Dormir e Relaxar.
https://sites.google.com/site/landandart/artists/
escultor/richard-long-1
http://www.pacodasartes.org.br/exposicao/assi-
meselheparece.aspx
http://anaviaja.blogspot.com.br/2010/11/agua-na-
-oca-boa-praca-laura-vinci.html
http://www.lygiaclark.org.br/biografiaPT.asp
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/en-
ciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_bio-
grafia&cd_verbete=2566
2ª etapa
Inicie a atividade com uma roda de conversa.
Nela, cada um poderá contar a história da pedri-
nha que trouxe. Em seguida, desenhe algumas
amarelinhas no chão do pátio e mostre cada
uma delas, ensinando suas regras. As crianças
devem passar por cada uma delas e depois po-
dem escolher a que mais gostou para jogar,
usando as pedrinhas trazidas.
Oriente que as crianças perguntem aos funcio-
nários da creche (ou escola) sobre as suas brin-
cadeiras de infância, e em quais delas utilizaram
pedras.
Para isso, organize as crianças em pequenos
grupos e construa um roteiro para as entrevis-
tas, com itens como:
- nome da pessoa entrevistada;
- o local onde morou;
- se brincou com pedras;
- quais brincadeiras conhece;
- com quem brincava;
- como era a brincadeira.
3ª etapa
Neste momento, a intenção é que as crianças
brinquem com as pedrinhas sobre o corpo.
Para criar um clima de relaxamento, coloque
músicas tranquilas e converse calmamente.
Cada criança deve escolher uma pedra na cai-
xa e fazer uma massagem nos pés: em pé, diga
que soltem o peso do corpo sobre a pedra,
abrindo as articulações dos pés e dos dedos. A
seguir, proponha que caminhem transportando
e equilibrando as pedras em diferentes partes.
Coloque uma música mais estimulante e trans-
forme a caminhada numa dança com as pedras
em que seja desejável variar o uso do espaço
da sala, ora explorando toda sua área, ora dan-
çando no mesmo lugar. Sugira que façam mo-
vimentos nos níveis: alto (acima da linha do om-
bro), médio (próximo a altura da cintura) e baixo
(abaixo dos joelhos).
4ª etapa
Apresente a amarelinha africana, explique que
neste jogo não se usa a pedrinha, somente o
corpo e a marcação do ritmo para saltar.
5ª etapa
Apresente o vídeo feito na 2ª etapa, da entrevis-
ta com os funcionários e faça alguns questiona-
mentos: Vocês conhecem essas brincadeiras? É
possível usar outras partes do corpo para reali-
zar esses movimentos? Essa imagem faz você
se lembrar de outras brincadeiras? Podemos
inventar uma brincadeira nova? O nosso corpo
também pode ser uma pedra? Como faz?
6ª etapa
Retome os grupos e as sequências do encontro
anterior. Faça algumas interferências, usando
tempos e espaços diferentes, segue algumas
sugestões:
1° grupo - fazer a sequência lentamente.
2° grupo - fazer a sequência com mais rapidez.
3° grupo - iniciar a sequência no nível baixo e ir
para o alto, ou seja, mexer-se próximo do chão e
ir subindo até a linha acima da cabeça.
4° grupo - iniciar a sequência no nível alto e ir
para o baixo, iniciar com movimentos acima da
linha da cabeça e ir descendo até próximo ao
chão.
7ª etapa
Na roda de conversa, apresente algumas ima-
gens das obras do artista Richard Long e de
Amélia Toledo, diga algumas informações sobre
a vida e obra destes artistas. Organize as crian-
ças em pequenos grupos, peça que escolham
uma das imagens e façam uma releitura com as
pedras no chão da sala, isso é, que criem outra
imagem a partir dessa. Sugira que experimen-
tem percorrer as linhas e as trajetórias dos de-
senhos feitos nas releituras, usando diferentes
apoios do corpo. É importante dizer às crianças
que os apoios são partes do corpo que tocam o
chão, e o desafio é usar partes do corpo pouco
usuais para o deslocamento, como por exemplo:
arrastar-se usando a lateral do corpo, rolar usan-
do os apoios dos pés e das mãos, saltitar num
pé só...
8ª etapa
Apresente imagens de cachoeiras, de praia ou
obras de artistas que trabalham com o elemen-
to água, como Laura Belém e Laura Vinci. Após
a apreciação das obras, converse sobre as expe-
riências de cada um nestes espaços e proponha
construções no tanque de areia, como escultu-
ras, túneis, castelos e enterrar parte do corpo.
9ª etapa
Apresente o livro Abrindo Caminhos, de Ana
Maria Machado. Nesta história, a autora explora
os caminhos de três personagens: Chris (uma
referência a Cristóvão Colombo e sua vivência
com as florestas), Carlos (que se relaciona com
as montanhas de Minas Gerais, o que remete
a Carlos Drummond de Andrade), e Tom (pelo
mar, é uma referência ao músico Tom Jobim).
Explore as ilustrações do livro, converse com as
crianças sobre as personagens do livro. Para en-
riquecer o momento, mostre a música Águas
de Março, de Tom Jobim, e trechos do poema
Tinha uma pedra no meio do caminho, de Car-
los Drummond. Organize as crianças em três
grupos, e proponha que cada um construa e
percorra diferentes caminhos: pelas águas, pela
floresta e pelo mar, explicando que podem criar
diversas ações neste percurso. Use alguns ma-
teriais para construção dos espaços: tecidos,
pedras, almofadas, barbantes, cordas, elásticos,
mesas e cadeiras. Finalize com uma apresenta-
ção entre os grupos.
10ª etapa
Prepare pedras de gelo coloridas de diferentes
tamanhos e formatos, brinque de fazer constru-
ções, de passar pelo corpo, de observar as pe-
dras derreterem, de desenhar no chão do pátio,
enfim explore de diversas maneiras este objeto.
Na sala, diga que experimentem, com movi-
mentos no corpo, as transformações do mate-
rial: como representar a passagem da água para
gelo? E do gelo para água? Brinque de “derre-
ter” e “desmoronar”, usando partes do corpo e o
corpo todo, e rolar como as pedras e rolar como
a água. Em outro momento, dance pelo espa-
ço cantando Pedrinha miudinha (https://www.
youtube.com/watch?v=eNdb1csxC8Q). Na pausa,
“vire” estátua de gelo, que ora vai derretendo e
ora desmoronando.
11ª etapa
Este é um momento importante do projeto, a
criação da composição coreográfica. Converse
com as crianças sobre todas as etapas do proje-
to e qual será o produto final.
Avaliação
Um entendimento possível para o conceito de
avaliação na Educação Infantil diz respeito ao
ato de significar, observar a criança e reorgani-
zar as propostas e os ambientes a partir dessa
observação. Isso serve para depois propor novos
desafios, atitude constante ao longo do projeto.
Também estabelecemos alguns objetivos, ou
seja, o que queríamos que as crianças apren-
dessem ao longo do seu desenvolvimento. Note,
então, como foram trabalhados estes aspectos e
de que maneira podemos perceber as aprendi-
zagens, levando em conta os seguintes critérios:
1) Participação e envolvimento nas propostas.
2) Pesquisa sobre brincadeiras e a história dos
funcionários da creche, reconhecendo que são
detentores de conhecimento e estabelecendo
uma nova relação de aprendizagem e vivências
com eles. 3) Procedimentos para elaboração de
vídeo, enriquecendo a observação e o reconhe-
cimento dos movimentos presentes nas brin-
cadeiras pesquisadas. 4) E se aprenderam a ex-
pressar e comunicar suas ideias e emoções por
meio da linguagem da dança.
349: Plano de aula: Concluindo o livro das famí-
lias do grupo
Materiais:
Para concluir a escrita e a montagem do livro
sobre as tradições das famílias, será necessá-
rio reunir todas as produções realizadas pelas
crianças no decorrer da sequência (ver Contex-
tos Prévios).
Espaços:
Tempo sugerido:
Para finalizar:
Desdobramentos
As crianças decidirão como será feito o convite
para os familiares, se farão um convite ou car-
taz, ou se optarão por outra forma de comunicar
que o livro está pronto e que as famílias poderão
conhecê-lo, para que em outro dia possam vir à
escola apreciá-lo.
Engajando as famílias
Ao irem à escola conhecer o livro das famílias do
grupo, os familiares podem escrever recadinhos
para as crianças, nas páginas em branco que fo-
ram incluídas.
Objetivo(s)
Apresentar diferentes tipos de alimentos aos
bebês
Estimular a curiosidade das crianças sobre hábi-
tos alimentares mais saudáveis
Reconhecer os sabores das comidas
Conteúdo(s)
Alimentação saudável
Função dos nutrientes
Ano(s)
Creche
Tempo estimado
7 etapas
Material necessário
Alimentos diversos, considerando cores e sabo-
res
Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução
2ª etapa
Levar as crianças para uma volta na feira tam-
bém é interessante, mas tome muito cuidado
por causa do movimento da rua e do trânsito.
Se não for possível visitar uma feira livre, leve a
turma em um sacolão ou traga algumas frutas
e verduras para a sala. O mais importante é ga-
rantir que os pequenos tenham contato com a
comida: peguem, sintam o cheiro, vejam como
é a forma, a textura, se tem casca ou não e que
observem a multiplicidade de cores dos alimen-
tos naturais.
3ª etapa
Procure associar o cheiro ao paladar das fru-
tas. Peça que as crianças comparem esses dois
sentidos. Pergunte se o cheiro da fruta se pa-
rece com seu gosto. Compare as frutas com
mais água - ideais para os dias de verão - com
as mais secas. Outra possibilidade é apresentar
diferentes tipos de uma mesma fruta. Exemplo:
laranja cravo, laranja lima e tangerina. Indique
as diferenças entre o gosto, a cor, o tamanho e o
formato delas.
Aproveite para reforçar a importância da inges-
tão de água e de sucos de frutas, que são colori-
dos e bem saborosos. Embora seja mais prático
consumir sucos prontos ou refrescos em pós,
eles costumam ter uma alta taxa de sódio, en-
quanto os sucos de frutas são mais nutritivos e
sem conservantes.
4ª etapa
Leve os pequenos para a cozinha e deixe que
observem como os alimentos são preparados.
Uma visita à cozinha da creche pode surtir efei-
tos muito positivos. Ajude os alunos a observa-
rem a lavagem dos alimentos, a separação de
grãos e o corte das carnes e das frutas. As crian-
ças costumam não ter noção, por exemplo, que
a carne crua é mais dura do que cozida. Mostre
esta diferença a elas, indicando que o cozimen-
to dos alimentos facilita a nossa mastigação
e também a digestão. Não esqueça de tomar
muito cuidado com a segurança das crianças e
faça esta atividade com ajuda de outros adultos.
5ª etapa
Use a hora das refeições para contar as funções
dos alimentos que estão sendo ingeridos. Diga
que as carnes contêm proteínas que servem
para a formação dos músculos. Leite e derivados
têm um elemento chamado cálcio, fundamen-
tal para a rigidez dos ossos. Os sais minerais,
que regulam o funcionamento do metabolismo,
são encontrados em frutas e verduras. Explique
também que os carboidratos fornecem a ener-
gia que precisamos para fazer todas as ativida-
des do nosso dia a dia. Eles são encontrados em
massas e pães.
Não deixe de destacar que, em geral, doces e
salgadinhos têm carboidratos, mas estão asso-
ciados a óleos e gorduras, cujo acúmulo preju-
dica a saúde. Conte estas informações para as
crianças conforme elas comem. Isso é impor-
tante para explicar que o que comemos tem
uma função no nosso organismo.
6ª etapa
É comum gostar de pães recheados, pizzas,
biscoitos e achocolatados. Explique que es-
ses alimentos derivam de vegetais que podem
ser comidos antes de serem processados. Um
exemplo: muitas crianças quando comem bis-
coitos recheados, preferem o recheio. Mostre
que quando o biscoito tem sabor de morango,
é porque foi produzido a partir desta fruta. Leve
morangos para os pequenos experimentarem.
Se possível, faça o mesmo com chocolate. A tur-
ma deve adorar este doce, mas poucos sabem
que vem de uma fruta chamada cacau. Se pos-
sível, apresente esta fruta para a turma. Deixe
que toquem, sintam o cheiro e provem. É prová-
vel que alguns vão dizer que tem gosto de cho-
colate, enquanto outros não vão achar qualquer
relação entre os dois.
7ª etapa
Corte pequenos pedaços de folhas como alface
ou escarola e peça que as crianças experimen-
tem. Leve também as folhas de alguns tem-
peros como hortelã, manjericão ou orégano e
mostre como os temperos dão cheiro e sabor à
salada.
Neste momento, explique que há óleos mais
saudáveis, como o azeite, que também dão mais
sabor aos vegetais. E que as manteigas, ainda
que importantes para o corpo, só serão úteis se
forem consumidas em pequenas quantidades,
já que são muito gordurosas e a gordura causa
doenças como problemas cardíacos. Outro tem-
pero importante é o sal, que dá gosto às comi-
das, mas causa riscos para a pressão arterial por
isso deve ser consumido com moderação. Con-
verse com o responsável pela alimentação da
creche e procure fazer com que as crianças se
habituem a pouco sal na comida.
Avaliação
Os alimentos e o momento das refeições podem
ser muito úteis para a compreensão da impor-
tância de comer bem. As crianças, que normal-
mente são muito curiosas, podem ser estimula-
das a experimentar alimentos saudáveis a partir
das cores, do cheiro e da forma. Por meio das
sensações, estimule a turma am preferir os açú-
cares das frutas ao açúcar refinado. Mostre que
existem feiras e mercados onde é possível achar
alimentos saudáveis. Observe o interesse dos
pequenos ao longo das atividades. Veja se estão
comendo frutas e vegetais com mais curiosida-
de e se dispensam atenção para os alimentos
que antes não queriam.