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301 Plano de aula Monte uma biblioteca infantil

para sua turma

Objetivo(s)
Introduzir o hábito da leitura
Ampliar o universo cultural
Apresentar procedimentos de contato com os
livros
Desenvolver o gosto e o prazer pela leitura com-
partilhada como forma de aprender, socializar-
-se e interagir
Conteúdo(s)
Leitura de capas, textos e imagens dos livros.
Criação de repertório de textos e imagens.
Ampliação e desenvolvimento da linguagem
oral.
Noções de causalidade e tempo. Articulação de
idéias.
Tempo estimado
Um mês para montar o espaço. As atividades
devem ser permanentes, feitas diariamente du-
rante 30 minutos ou enquanto durar o interesse
da turma.

Material necessário
Livros de boa qualidade e adequados às carac-
terísticas da faixa etária (exemplares de tecido
ou plástico, de tamanhos variados, com dobra-
duras, de papel cartonado, com texturas etc.),
estantes ou caixas baixas de fácil acesso, tapete,
colcha ou tatame, cadeirinhas, bebê-conforto
ou carrinho.
Organização da sala
Em roda

Desenvolvimento
1ª etapa
Comece a montagem da bebeteca selecionan-
do os títulos. Dê preferência a histórias inte-
ressantes e que não emitam juízos de valor. Os
enredos que apresentam objetos e persona-
gens comuns do universo infantil como bolas,
brinquedos e carros, entre outros e que transfe-
rem características humanas a animais e coisas
costumam ser os prediletos. Fique atento tam-
bém às ilustrações, pois elas ajudam a chamar
a atenção para os livros e a contar o enredo. As
figuras grandes, coloridas e bonitas aprimoram
a percepção visual e ampliam o repertório de
imagens.

Insira no acervo edições de diferentes tipos (de


plástico ou tecido) e que inovem na forma (figu-
ras em relevo, páginas com dobraduras ou com
espaços de interação). É fundamental agregar
gêneros diversos. Histórias que tenham apenas
imagens agradam aos menores.

Pense também no espaço físico. Se não houver


na creche uma sala própria para esse fim, pro-
cure instalar a bebeteca em um canto amplo e
tranqüilo. Os livros devem estar sempre à dis-
posição, mas é importante ter um lugar para
que sejam guardados. Para isso, use estantes ou
caixas de madeira, colocadas em altura própria
para que todos alcancem os exemplares.

Decore a sala ou o canto com recursos adicio-


nais como fantoches e móbiles. Para o chão,
providencie tatames, colchas e tapetes em que
todos possam se espalhar e ficar à vontade para
devorar os livros.

Estabeleça um momento específico na rotina


diária para as atividades da bebeteca. Nos pri-
meiros encontros, apresente os materiais para
as crianças, observando a forma como elas se
relacionam com eles, as preferências individuais
e o tempo que cada uma dedica à atividade.

Ensine a importância de cuidar bem do material


e de preservá-lo.

Durante as atividades, ofereça a possibilidade


de manusear os livros.

Leia com a garotada as imagens e os textos,


apontando figuras e nomeando personagens.
Para desenvolver a escuta atenta e favorecer a
concentração de todos, capriche na entonação
e no ritmo.

Não tenha receio de repetir a mesma trama


mais de uma vez. Os que já sabem falar não se
cansam de pedir as preferidas, e isso é impor-
tante para que apreendam a história e prestem
atenção em detalhes diferentes a cada vez. Você
pode ler um livro em várias sessões se ele esti-
ver dividido em capítulos. Sempre que possível,
amplie as situações: além de ler por prazer, a
turma pode ser colocada em contato com ou-
tros propósitos, como o de ler para pesquisar
(enciclopédias infantis, sites etc.), estudar e se-
guir instruções (receitas e manuais).

A leitura é apenas uma das formas de conta-


to com os livros. Outras podem ser exploradas,
como o teatro de fantoches, de dedos ou de
sombras o flanelógrafo e músicas cantadas. Tra-
balhe com os personagens, as características e
as falas particulares. Convide as crianças a ser os
protagonistas nesses momentos. É uma forma
de mostrarem as aprendizagens.

No decorrer do ano, diversifique a oferta de ma-


teriais ampliando o repertório de histórias. Pro-
mova vários momentos de intercâmbio com
outros grupos para trocar conhecimentos e in-
teragir.

Confeccione um cartaz em sala com imagens


das capas dos livros para estimular a leitura.

Fotografe as atividades, compartilhando com


o grupo e as famílias a experiência de contato
com os livros. Aproveite algumas idas à bebe-
teca para promover a aproximação das famílias
com a escola: convide pais e mães para ler para
os filhos e seus colegas ou mesmo para ouvir as
histórias que você conta.

Avaliação
Faça a avaliação do trabalho durante todo o
processo, desde a montagem do espaço até as
atividades propostas. Não hesite em alterar a
ordem das etapas previstas ou os encaminha-
mentos planejados em função das necessidades
dos bebês. Observe as crianças interagindo com
os livros e o tempo que se mantêm concentra-
das. Um bom termômetro é quando elas co-
meçam a pedir para ouvir histórias. Muitas vão
começar a deixar explícitos quais são os títulos
prediletos, comentá-los e pedir para levá-los
para casa. Anote as preferências do grupo. Sugi-
ra atividades específicas com elas para verificar
a familiaridade com os enredos, personagens e
imagens. Importante verificar se a turma tem
comportamento leitor no manuseio das obras e
na postura para escutá-los. Nessa faixa etária, a
paciência e a perseverança são essenciais para
um trabalho bem-sucedido.
302 Plano de aula: A amarelinha da caco

Objetivo(s)
Desenvolver a consciência corporal, a capacida-
de de saltar num pé só, girar e equilibrar-se.
Estimular a combinação de regras.

Conteúdo(s)
ano

pré-escola

Ano(s)
Pré-escola

Tempo estimado
1h

Material necessário
Um caco de telha ou uma pedra pequena (apro-
ximadamente de 5 cm x 5 cm) e um giz branco.

Desenvolvimento
1ª etapa
Quem conhece o jogo de amarelinha? Propo-
nha à turma uma brincadeira que se parece
com ele até no nome: amarelinha do caco. Peça
a um voluntário que faça com o giz um quadra-
do no chão. Não estipule uma metragem: per-
mita que os pequenos encontrem o tamanho
ideal. Feito o quadrado, ele precisa ser riscado
e numerado de acordo com o esquema abaixo
(veja as regrasabaixo).

2ª etapa
Quando a turma já tiver dominado a tarefa de
atravessar o tabuleiro chutando a pedrinha ou
o caco pulando num pé só, estimule variações:
primeiro, pular com o caco equilibrado na pal-
ma da mão; depois, com ele sobre os dedos for-
mando um copinho; por fim, colocando-o atrás
do joelho dobrado. Incentive que as crianças su-
giram modificações.

Avaliação
Atente para a capacidade de interação de cada
criança e o desenvolvimento do equilíbrio e da
capacidade de salto e giro nos vários níveis de
dificuldade oferecidos. Use essas observações
para propor variações do jogo ou novas brinca-
deiras. Ilustração: Rubens Paiva Como é o jogo
1. Os pequenos definem no par-ou-ímpar quem
começa. O primeiro jogador fica fora do dese-
nho e deve atirar a pedrinha ou o caco no qua-
drado. 2. Pulando num pé, a criança precisa ir
chutando o caco da casa 1 para a 2. Depois, para
a 3, a 4 e a 5. O jogo acaba com ela voltando
para a casa 1. 3. O “céu” é uma área válida quan-
do jogador e caco estiverem na casa 4: a criança
pula no céu e pode colocar os dois pés no chão
para descansar um pouco. 4. Se chutar o caco
para fora do desenho ou para uma casa errada,
ou se deixá-lo cair em cima da linha, o jogador
passa a vez para outro.
303 Plano de Aula: Batalhas numéricas

Objetivo(s)
Dominar progressivamente a leitura e a ordem
dos números.
Comparar e ordenar números com diferentes
quantidades de algarismos.
Conteúdo(s)
Ordenação de números
Regularidades do sistema numérico
Tempo estimado
30 minutos, uma vez por semana.

Material necessário
Batalha Simples: cartas numeradas em sequên-
cia, com intervalos variados (de 1 a 30, de 100 a
150 ou até com centenas e milhares)
Batalha de Composição: cinco jogos de cartas
numeradas de 0 a 9 (50 cartas)

Organização da sala
Dois, três ou quatro jogadores

Desenvolvimento
1ª etapa
Comece com a batalha simples. Distribua as
cartas e explique as regras: cada um faz um
monte com as faces numeradas para baixo.
Todos viram ao mesmo tempo a que está por
cima e discutem qual é a maior. O vencedor leva
as cartas e as junta ao monte. O jogo termina
quando apenas um jogador tiver cartas.
2ª etapa
Depois de várias partidas, escreva numa folha:
“Observe as cartas dos participantes de um jogo
de batalha: Pedro (21), Giovanna (9). Quem ga-
nhou? Como decidiu?”. Entregue uma cópia
para cada criança e, depois das respostas, pro-
mova um debate.

3ª etapa
Você pode bolar diversas variações para a ativi-
dade anterior, com números que permitam ana-
lisar outros critérios de comparação:
2345 e 57 - diferentes quantidades de algaris-
mos (quanto mais algarismos, maior o número).
34 e 74 - igual quantidade de algarismos, mu-
dando apenas o da dezena (o primeiro é que
manda).
57 e 53- igual quantidade de algarismos, mu-
dando apenas o da unidade (se o primeiro da
dezena é igual, o segundo manda).
67 e 76 - mesmos algarismos e na mesma quan-
tidade, mudando apenas a posição (valor posi-
cional).
121 e 89 - quantidades diferentes de algarismos,
sendo que o que tem mais apresenta os de me-
nor valor (relação entre o valor absoluto dos al-
garismos e a posição ocupada por eles).

4ª etapa
Quando esse jogo ficar fácil sugira a Batalha de
Composição: forme um monte de cartas no cen-
tro da mesa deixando as faces numeradas para
baixo. Cada jogador vira três e tenta montar o
maior número possível. Com os arranjos pron-
tos, o grupo discute qual é o maior. O ganha-
dor leva as cartas. Vence quem finalizar com a
maior quantidade delas quando acabarem as
da mesa.

Avaliação
Observe se a turma utiliza critérios de compara-
ção válidos para produzir ordenamentos e peça
sempre que justifiquem as respostas.
304 Plano de aula Brincadeiras variadas com
cordas.

Objetivo(s)
Experimentar diferentes brincadeiras com cor-
da.

Conteúdo(s)

1- pular corda simples “corda individual”

2- pular corda dupla

3- corda para salto “boca do jacaré”

4- brincar de cabo de guerra

Ano(s)
Creche, Pré-escola

Tempo estimado
50 mm

Material necessário
Cordas de tamanhos variados.

Desenvolvimento
1ª etapa
Proponha que a turma pratique a pular corda
simples, corda dupla e corda para salto (boca
de jacaré): uma criança por vez, em dupla e em
trios. Também é possível brincar diversificando
as regras, como pular ao ritmo de uma parlenda
ou pular tocando a mão no chão. Converse com
o grupo sobre outras brincadeiras que podem
ser realizadas com o objeto: chicote queimado
(uma criança gira a corda rente ao chão e as de-
mais pulam), aumenta-aumenta (duas seguram
as pontas da corda e vão levantando gradati-
vamente para que as outras saltem) e cabo de
guerra.

Avaliação
Observe se a turma aprimora e diversifica o
brincar com autonomia a partir de então. Ob-
serve se a adaptação das regras se dá em fun-
ção das dificuldades que surgem ou porque o
grupo não compreendeu a brincadeira nova.
Nesse caso, converse com as crianças novamen-
te.

Flexibilização
No caso de crianças com algum tipo de defici-
ência física, pode-se pensar em formas alter-
nativas de participação. Sugira que passem por
baixo da corda no momento certo, enquanto
está no alto e antes que volte a bater no chão.
Esta é uma importante oportunidade de con-
vocar as outras crianças a auxiliá-las, sendo elas
cadeirantes ou não. Outra sugestão, caso não
seja mesmo possível participar ativamente, é
fazer com que a escolha e a récita da parlenda
fiquem por conta dos pequenos com deficiên-
cia física. É importante lembrar que nem sem-
pre será possível fazer um ajuste que permita
o acesso de todos a estas atividades. Mais que
isso, é preciso que a reflexão e o compromisso
por parte das crianças com a inclusão de todos
os seus colegas façam parte da rotina das tur-
mas. Muitas vezes, são as próprias crianças (os
que apresentam limitações e os outros) que nos
oferecem as melhores ideias. Tente consultá-los,
sempre.

Deficiências
Física
305 Plano de Aula: Descobrindo o mundo musi-
cal

Objetivo(s)
Estimular a percepção dos sons e as habilidades
musicais.

Conteúdo(s)
Organização da sala
Em roda.

Ano(s)
Creche

Tempo estimado
15 minutos, duas vezes por semana.

Material necessário
Instrumentos de percussão, sucatas que produ-
zam som, guizos e CDs.

Desenvolvimento
1ª etapa
Observar marcação do pulso básico ou do tem-
po forte da música, estimulando as crianças se
movimentarem conforme a música.
Palma, palma, palma (bater palmas no tempo
forte)
Pé, pé, pé (bater o pé no chão)
Roda, roda, roda (rodar no lugar)
Caranguejo peixe é! (no é, agachar no chão)
Outras propõem uma experiência rítmica.Incluir
musicas com ritimos marcantes para exploração
das crianças.

Rá, rá, rá, a minha machadinha,


Rá, rá, a minha machadinha,
Quem te pôs a mão sabendo que és minha?
Quem te pôs a mão sabendo que és minha? (ro-
dar de mãos dadas)
Se tu és minha eu também sou tua,
Se tu és minha eu também sou tua,
Pula machadinha para o meio da rua
Pula machadinha para o meio da rua
(pular para o meio da roda)
No meio da rua não hei de ficar
No meio da rua não hei de ficar
Pula machadinha para o teu lugar
Pula machadinha para o teu lugar
(pular de costas para seu lugar original na roda)

2ª etapa
O ritmo está presente também no falar, nos po-
emas e nas parlendas.Recitar parlendas e poe-
mas.
Chuva, chuva, chuvisquinho
Sua calça tem furinho
Chuva, chuva, chuvarada
Sua calça está furada

3ª etapa
A roda começa girando devagar e acelera até
chegar ao dez
A galinha do vizinho
Bota ovo amarelinho
Bota um, bota dois, bota três, bota
quatro ... bota nove, bota dez! (todos se aga-
cham)

4ª etapa
Estimule o acompanhamento de canções com
palmas, brinquedos ou instrumentos musicais
feitos com sucata ou objetos do cotidiano. Reali-
zar a confecção dos instrumentos musicais pre-
ferencialmete com as crianças.

Avaliação
Não espere uma coordenação rítmica exata nas
atividades. Esse ainda não é o objetivo nessa
faixa etária. O mais importante é proporcionar
a experiência de fazer música e compartilhá-la
com os amigos em momentos de alegria e sen-
sibilidade.
306 Plano de Aula: Desenho na sombra

Objetivo(s)
- Desenvolver a observação
- Observar as formas das sombras
- Marcar as sombras com desenho

Conteúdo(s)
- Desenho
- Sombra

Ano(s)
Creche

Tempo estimado
20 minutos

Material necessário
Giz de lousa branco, um para cada criança

Desenvolvimento
1ª etapa
Buscar um espaço cimentado em que há uma
sombra bem visível e sentar em volta. Brincar
de colocar partes do corpo na sombra e depois
tirar. Criar outras sombras com a mão, com a
cabeça... Combinar com as crianças de fazer
marcas no interior das sombras. Propiciar que
uma criança faça sombra com o corpo e as ou-
tras desenhem no interior desta sombra. Dei-
xar que elas explorem o desenho e criem suas
marcas sem necessidade de contornar as som-
bras. Não apagar os desenhos e voltar para eles
depois que a sombra mudou de lugar, portanto
é necessário ter uma sombra de um elemento
fixo. Questionar: o que será que aconteceu? Dei-
xar que criem suas explicações orais e corporais.
Pode haver crianças que não queiram desenhar
no interior das sombras, mas onde tem luz, ob-
serve então o que ela pesquisa e intervenha
sem rigidez, pois o objetivo é para aguçar a ob-
servação e trabalhar com sombra/luz e desenho.

Avaliação
Observe a exploração das crianças, quais as
curiosidades que têm em relação à sombra. Va-
lorize a observação, incentivando-as a buscar
outras sombras, assim como a criá-las. Ao dese-
nharem no interior da sombra, comente a pes-
quisa das crianças, socializando as descobertas
enquanto trabalham. Registre a pesquisa das
crianças, o que falaram, como agiram, desenha-
ram, para que possa utilizar como ponto de par-
tida para uma próxima exploração com sombra
e desenho. Quer saber mais? Bibliografia Fazer
e Pensar Arte, Anna Marie Holm, 161 págs, publi-
cado pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Baby- Art, Os primeiros passos com a arte, Anna
Marie Holm, 94 págs, publicado pelo Museu de
Arte Moderna de São Paulo. Bambini, Arte, artis-
ti, 157 págs, publicado por Reggio Children.
307 Plano de Aula: Exploração de texturas com
argila

Objetivo(s)
- Explorar as possibilidades de uso da argila
- Explorar a impressão de textura
- Observar as texturas de objetos, espaços, ma-
teriais

Conteúdo(s)
Exploração de textura

Ano(s)
Creche

Tempo estimado
20 minutos

Material necessário
Aproximadamente 100 gramas de argila
Materiais com textura: chinelo, tênis, pente,
tampas, pneu de carrinhos de brinquedos, casca
de árvore, tubos plásticos, pedaços de conduit.

Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução

Assim como a arte e os artistas, as crianças


pequenas observam e atuam no mundo com
curiosidade, sem os padrões pré-determinados.
É fundamental que nas propostas de Arte valori-
zemos essa atitude investigativa da criança para
que descubra o mundo e recrie a sua maneira

Em roda, sentar sobre uma toalha plástica e dis-


tribuir uma bola de argila para cada criança, do
tamanho aproximado da mão dela. Propor que
brinquem fazendo furos, bolinhas, cobras, amas-
sem...

Mostrar a elas que se apertarem sobre uma


superfície crespa, formará textura. Disponibili-
zar vários materiais, como chinelo, tênis, pente,
tampas, pneu de carrinhos de brinquedos, casca
de árvore, tubos plásticos, pedaços de conduit...
Observar com as crianças as texturas (marcas)
da argila e dos objetos. Incentivar a exploração,
a observação e a troca entre elas. Conversar
com elas sobre as descobertas, enquanto inves-
tigam. Ao finalizar, propor que façam um furo
com o dedo para que depois de seco possa ser
pendurado.

Avaliação
Observe a exploração das crianças, quais as
curiosidades que têm em relação à argila e a
impressão de textura. Valorize a observação, in-
centive-as a buscar outras fontes de textura e a
explorar as sensações táteis emanadas das su-
perfícies - rugosidade, volume, aspereza... Quer
saber mais? Bibliografia Ceramicando, Jean- Ja-
cques Vidal, 48 págs, Ed. Callis. Fazer e Pensar
Arte, Anna Marie Holm, 161 págs, publicado pelo
Museu de Arte Moderna de São Paulo. Baby-
Art, Os primeiros passos com a arte, Anna Marie
Holm, 94 págs, publicado pelo Museu de Arte
Moderna de São Paulo
308 Plano de Aula aprendendo a nos conhecer-
mos

Objetivo(s)
Interagir e relacionar-se por meio de fotos.
Perceber-se a si e ao outro, as igualdades e dife-
renças, mediante as interações estabelecidas.
Sentir-se valorizado e reconhecido enquanto in-
divíduo.
Enxergar-se a si próprio como parte de um gru-
po, de uma unidade complexa.
Ano(s)
Creche, Pré-escola

Tempo estimado
Um a dois meses

Material necessário
Fotos das crianças sozinhas, com seus familia-
res, com seu brinquedo preferido, e outras, reali-
zando atividades que gosta sozinhas e junto de
seus colegas na escola.
Caixinhas de sapato infantil para servir de caixi-
nhas surpresa. Podem ser pintadas, ou forradas.
Papel craft para fazer cartazes de pregas.
Papel cartão colorido e cola para confeccionar
os cartazes com janelinhas.
Fita adesiva.
Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução
A construção da identidade se dá por meio das
interações da criança com o seu meio social.
A escola de Educação Infantil é um universo
social diferente do da família, favorecendo no-
vas interações, ampliando desta maneira seus
conhecimentos a respeito de si e dos outros.
A auto-imagem também é construída a partir
das relações estabelecidas nos grupos em que
a criança convive. Um ambiente farto em inte-
rações, que acolha as particularidades de cada
indivíduo, promova o reconhecimento das di-
versidades, aceitando-as e respeitando-as, ao
mesmo tempo que contribui para a construção
da unidade coletiva, favorece a estruturação da
identidade, bem como de uma auto imagem
positiva.

Tendo em vista estes propósitos, a utilização de


fotos pode ser amplamente aproveitada pelo
professor de educação infantil. Este recurso vi-
sual promove situações de interação, reconheci-
mento e construção da auto-imagem, favorece
as trocas e a percepção do outro e, das igualda-
des e diferenças, e consequentemente, de si.

Esta sequência de atividades foi traçada con-


siderando as necessidades das crianças de se
reconhecerem no grupo no início do ano letivo.
Desta forma, foram pensadas atividades numa
sequência, que pode ser alterada conforme as
necessidades e interesses de cada grupo. De-
pois desta sequênica inicial é interessante que
algumas atividades ocorram diariamente no de-
correr do ano, como a elaboração da rotina e a
elaboração do quadro de presença.

Eu, eu e eu
1. Numa roda, distribuir caixinhas supresa para
as crianças com suas respectivas fotos dentro,
de forma que abram e encontrem a sua ima-
gem.
2. Distribuir as fotos e ajudar as crianças a colá-
-las sobre os cabides, onde ficam penduradas
suas sacolas. Deixar as fotos sempre no mesmo
lugar para que as crianças saibam o lugar des-
tinado a ela guardar seus pertences. (Pode-se
também fazer um mural de bolsos e, com ajuda
das crianças, colar suas fotos, uma em cada bol-
so).
3. Fazer um cartaz de pregas representando a
escola e outro representando a casa. Disponi-
bilizar as fotos das crianças numa caixa que fi-
que disponível a elas no início do dia. Deixe que
olhem as fotos, encontrem as suas próprias e
ensine-as a colocar no cartaz referente à escola.
4. Numa roda, sortear uma foto por vez para que
o grupo identifique quem é quem. Incentivar as
crianças a nomear e a relacionar foto e colega.
Também podem cantar alguma canção simples,
que diga os nomes das crianças neste momen-
to, como “Bom dia Mariana, com vai? Bom dia
Mariana, como vai? Bom dia, Mariana, bom dia
Mariana, bom dia, Mariana, como vai?”. Cada
um leva a sua foto ao cartaz da escola.
5. Espalhar fotos pelo espaço e brincar com as
crianças de encontrar. Pode cantar uma canção
simples como: “Cadê o Léo, cadê o Léo, o Léo
onde é que está?”. Cada um leva a sua foto ao
cartaz da escola.
6. Fazer um cartaz com xerox repetidos e mis-
turados das fotos de todas as crianças. Brincar
com as crianças de cada uma encontrar as suas
próprias fotos entre as demais.

2ª etapa
Eu, tu, eles
1. Preparar um pequeno cartaz com janelinhas
que abrem e fecham, uma sobre a outra, para
cada criança (uma coluna, com espaço para
quatro ou cinco fotos). Na janelinha de cima,
colocar a foto da criança e fechar, de forma que
a foto fiue escondida. Sugerir às crianças que
abram as janelinhas e encontrem qual é o seu
cartaz.
2. Nas caixinhas surpresas colocar as fotos das
crianças com seus familiares. Distribuí-las entre
as crianças aleatoriamente. Deixar que abram
e sugerir que descubram de quem é a foto que
encontraram. Cada um entrega a foto que en-
controu para o seu dono. O dono da foto cola-a,
com ajuda do professor, no seu cartaz de janeli-
nhas.
3. Em roda, cada criança mostra a foto do seu
brinquedo preferido para o grupo e, com ajuda
do professor, conta o que é e como brinca com
ele. Depois, colam na janelinha seguinte de seu
cartaz.
4. Repetir a atividade acima quantas vezes qui-
ser, acrescentando fotos de outras coisas sig-
nificativas do universo familiar de cada criança
(foto do quarto, do animal de estimação etc.)

3ª etapa
Nós e todo mundo
1. Com os cartazes, montar um biombo para
sala, ou um grande mural, ao qual as crianças
terão acesso livre para verificar as fotos de suas
janelinhas e as de seus colegas.
2. Tirar fotos das crianças na escola, em suas ati-
vidades cotidianas, em pequenos ou em gran-
des grupos. Montar um móbile na altura das
crianças para enfeitar um canto da sala.
3. Entre algumas fotos tiradas na escola, selecio-
nar as mais ilustrativas das atividades que acon-
tecem diariamente para confeccionar um qua-
dro de rotina do grupo.
4. Todos os dias montar a rotina, sequenciando
as atividades representadas pelas fotos, com
ajuda das crianças.

Bibliografia

As cem linguagens da criança, Carolyn Edwards,


ARTMED
Aprender e ensinar na Educação Infantil, Eulália
Bassedas, ARTMED
Referencial Nacional para a Educação Infantil,
MEC, 1998.
Orientações Curriculares: Expectativas de
Aprendizagem e Orientações Didáticas para a
Educação Infantil, PMSP - SME/ DOT, 2007.

Flexibilização
É importante que as crianças com deficiência vi-
sual também tragam fotos, para que os colegas
as reconheçam. Mas, para que esses bebês se-
jam incluídos e consigam reconhecer a si e aos
colegas, é muito importante trabalhar estímulos
relacionados aos outros sentidos. Músicas, chei-
ros e objetos que caracterizem os colegas - a
Mariana usa óculos, o João está sempre de boné
etc. - são fundamentais nesse processo. Substi-
tua algumas brincadeiras com fotos por brinca-
deiras com objetos de cada criança. O móbile da
sala também pode ser construído com brinque-
dos e as caixinhas, encapadas com tecidos de
diferentes texturas. Descreva bastante as ima-
gens e as características de cada criança. Você
também pode trabalhar com as imagens em
relevo (em braile, cola de relevo ou barbantes
nos contornos).
309 Plano de Aula: BRINCANDO TAMBÉM SE
APRENDE

Objetivo(s)
Organizar um ambiente interno com diversas
opções de jogos de exercício.
Favorecer o movimento da criança e a explora-
ção de materiais.
Ano(s)
Creche

Tempo estimado
Durante o ano todo.

Material necessário
Jogos de exercício variados, brinquedos de en-
caixar, instrumentos musicais, rolos ou blocos
de espuma, bolas, material reciclável etc.
Desenvolvimento
1ª etapa
Ao conceber um espaço para receber jogos de
exercício, dedique algum tempo para analisar
a quantidade e a qualidade dos brinquedos
disponíveis. Sobre a quantidade, é importan-
te verificar se há material suficiente para todos.
Nessa faixa etária, deve haver um bom número
do mesmo tipo para que os pequenos possam
explorar sozinhos ou compartilhar com os cole-
gas - nesse último caso, em atividades que não
exijam tempo de espera, adaptadas ao compor-
tamento dessa faixa etária. Sobre a qualidade,
os objetos devem ser feitos de materiais segu-
ros, com tamanhos maiores que o da boca dos
bebês aberta e com diferentes cores e texturas.
2ª etapa
Organize os brinquedos em cantos diferen-
ciados, de acordo com a habilidade que cada
um deles possibilita desenvolver. Por exemplo,
colchões, almofadas e rolos num lado da sala,
opções de jogos para encaixar e empilhar em
outro e instrumentos em uma prateleira ao al-
cance da turma. Com o tempo, as crianças po-
dem ajudar na reformulação dos ambientes.
Para entender a mensagem delas, atenção ao
modo como se comportam os pequenos. Se re-
parar que há um canto aonde ninguém vai - ou
que deixou de ser popular depois de algumas
semanas de diversão -, vale a pena reorganizar
os materiais e acrescentar novos elementos.
3ª etapa
Quando começar o momento da brincadeira,
investigue de que forma os materiais dispo-
níveis são usados. Com base nas descobertas,
devem surgir outras possibilidades de explora-
ção. Aqueles que começam a reagir aos brin-
quedos com sons, por exemplo, vão adorar ex-
perimentar diferentes instrumentos. Já os que
conseguem empilhar peças podem brincar com
cubos de diversos tamanhos e, assim, testar
cada vez mais os limites de equilíbrio de uma
torre.
4ª etapa
Atenção à questão do tempo: os pequenos cos-
tumam demorar mais para se envolver com um
brinquedo. Eles chegam perto, mexem um pou-
co, largam e voltam. A noção de permanência
vem com a experiência. Por isso, é importante
não mudar os jogos com muita freqüência. Ao
longo do ano, as crianças irão buscá-los diver-
sas vezes e, aos poucos, tentarão realizar novas
experiências com cada um deles. Nesse aspec-
to, a parceria do professor é muito importante.
Mas não se deve impor regras ou rotular ações
como certas ou erradas. Ao contrário: a media-
ção precisa estimular a curiosidade e a criativi-
dade. Faça perguntas aos bebês como: “Você
gostou de batucar esse tambor?”, “Por que en-
caixou esta peça aqui?” e “Quer pegar o avião-
zinho?”. Esse tipo de estímulo serve até mesmo
para quem ainda não desenvolveu plenamente
a fala.

Avaliação
Observe os movimentos exploratórios da turma
para encaminhar a atividade. Esse diagnósti-
co pode servir de base para a reorganização do
ambiente - verifique, principalmente, se o con-
junto de atividades favorece a mobilidade e a
exploração - e para propor desafios individuais.
É possível, por exemplo, estimular a experimen-
tação perguntando: “O objeto com que você
está brincando produz sons ao ser chacoalha-
do? Encaixa em outro maior? Abre uma porti-
nha?” Faça anotações sobre o comportamento
dos
310 Plano de Aula:: Contraturno idades de 6 anos
aos 8 anos

Objetivo(s)
Organizar um ambiente interno com diversas
opções de jogos de exercício.
Favorecer o movimento da criança e a explora-
ção de materiais.
Tempo estimado
1.40minutosDurante o ano todo.

Material necessário
Jogos de exercício variados, brinquedos de en-
caixar, instrumentos musicais, rolos ou blocos
de espuma, bolas, material reciclável revistas
espaços fisicos para chuva e para espaço ex-
terno ,corda pião ,bambole ,canetinha, eva
,cartolina etc.
Desenvolvimento
1ª etapa
Ao conceber um espaço para receber jogos de
exercício, dedique algum tempo para analisar
a quantidade e a qualidade dos brinquedos
disponíveis. Sobre a quantidade, é importan-
te verificar se há material suficiente para todos.
Nessa faixa etária, deve haver um bom número
do mesmo tipo para que os pequenos possam
explorar sozinhos ou compartilhar com os cole-
gas - nesse último caso, em atividades que não
exijam tempo de espera, adaptadas ao compor-
tamento dessa faixa etária. Sobre a qualidade,
os objetos devem ser feitos de materiais segu-
ros, com tamanhos maiores que o da boca dos
bebês aberta e com diferentes cores e texturas.
2ª etapa
Organize os brinquedos em cantos diferen-
ciados, de acordo com a habilidade que cada
um deles possibilita desenvolver. Por exemplo,
colchões, almofadas e rolos num lado da sala,
opções de jogos para encaixar e empilhar em
outro e instrumentos em uma prateleira ao al-
cance da turma. Com o tempo, as crianças po-
dem ajudar na reformulação dos ambientes.
Para entender a mensagem delas, atenção ao
modo como se comportam os pequenos. Se re-
parar que há um canto aonde ninguém vai - ou
que deixou de ser popular depois de algumas
semanas de diversão -, vale a pena reorganizar
os materiais e acrescentar novos elementos.
3ª etapa
Quando começar o momento da brincadeira,
investigue de que forma os materiais dispo-
níveis são usados. Com base nas descobertas,
devem surgir outras possibilidades de explora-
ção. Aqueles que começam a reagir aos brin-
quedos com sons, por exemplo, vão adorar ex-
perimentar diferentes instrumentos. Já os que
conseguem empilhar peças podem brincar com
cubos de diversos tamanhos e, assim, testar
cada vez mais os limites de equilíbrio de uma
torre.
4ª etapa
Atenção à questão do tempo: os pequenos cos-
tumam demorar mais para se envolver com um
brinquedo. Eles chegam perto, mexem um pou-
co, largam e voltam. A noção de permanência
vem com a experiência. Por isso, é importante
não mudar os jogos com muita freqüência. Ao
longo do ano, as crianças irão buscá-los diversas
vezes e, aos poucos, tentarão realizar novas ex-
periências com cada um deles. Nesse aspecto, a
parceria do professor é muito importante. Mas
não se deve impor regras ou rotular ações como
certas ou erradas. Ao contrário: a mediação pre-
cisa estimular a curiosidade e a criatividade.
Coloque questões como “Você gostou de batu-
car esse tambor?”, “Por que encaixou esta peça
aqui?” e “Quer pegar o aviãozinho?”. Esse tipo
de estímulo serve até mesmo para quem ainda
não desenvolveu plenamente a fala.

Avaliação
Observe os movimentos exploratórios da turma
para encaminhar a atividade. Esse diagnósti-
co pode servir de base para a reorganização do
ambiente - verifique, principalmente, se o con-
junto de atividades favorece a mobilidade e a
exploração - e para propor desafios individuais.
É possível, por exemplo, estimular a experimen-
tação perguntando: “O objeto com que você
está brincando produz sons ao ser chacoalha-
do? Encaixa em outro maior? Abre uma porti-
nha?” Faça anotações sobre o comportamento
dos pequenos e, se possível, filme ou fotografe
as interações com os jogos e com os amigos.
311 Plano de Aula A importância do brincar na
educação infantil

Objetivo(s)
- Participar de situações de comunicação oral
utilizando o vocabulário pertinente.
- Expor suas ideias com gradativa clareza e au-
tonomia.
- Ouvir as ideias dos outros.
- Ampliar o vocabulário.

Conteúdo(s)
Comunicação oral.

Ano(s)
Creche, Pré-escola

Tempo estimado
2h

Material necessário
Livros, revistas, imagens e outros materiais ne-
cessários ao desenvolvimento dos temas.

Desenvolvimento
1ª etapa
Organize a turma em roda de forma que todos
possam se ver e ver você. Ponha uma música ou
proponha uma brincadeira que leve à organiza-
ção em círculo. Avise que todo dia haverá uma
roda de conversa e que nela todos vão aprender
várias coisas. Antes de iniciar o bate-papo, pre-
pare os assuntos a propor: uma pergunta ins-
tigante, uma história conhecida, um problema
que leve à criação de hipóteses, um assunto que
demande opiniões etc. Dê preferência a temas
familiares ou assuntos que estejam sendo tra-
balhados. A necessidade de mediar as situações
de conversa diminui à medida que as crianças
desenvolvem autonomia. Cuide de quem tem
mais dificuldade de se fazer compreender. Tra-
duza para ele o que entendeu que ele disse e
peça que confirme a “tradução” feita por você
para que o grupo compreenda o que de fato
ele quis comunicar. Fique atento ainda aos que
falam menos e aos que falam bastante, procu-
rando garantir a oportunidade a todos em dife-
rentes momentos. Ressalte o vocabulário usado
e invista na ampliação dele. Lembre-se das situ-
ações sociais nas quais usamos a comunicação
oral. Dessa forma você evita rodas sem sentido
para o grupo.

2ª etapa
Formule algumas perguntas sobre aspectos re-
levantes que precisam ser considerados na hora
da conversa: por que é importante fazer silêncio
quando alguém fala? O que ocorre se isso não é
observado? Precisamos cuidar do tom de voz?
E se falamos muito baixinho? O que fazemos
quando o amigo falou uma coisa que não en-
tendemos?

3ª etapa
Leve para a roda materiais que favoreçam a
conversa e a troca de opiniões, como reprodu-
ções de obras de arte, fotos ou outro material
em quantidade suficiente para cada trio. Diga,
então, que irão conversar em grupinhos para
depois participarem da roda. Mostre as reprodu-
ções de obras de arte e proponha que falem so-
bre se gostam ou não, como acham que ela se
chama, como o artista a produziu e outras ideias
que podem surgir. Depois, é hora de mostrar a
imagem aos demais e contar sobre a conversa
que tiveram previamente. Passe pelos trios, ob-
servando e participando das conversas de forma
que se instigue a comunicação entre os peque-
nos. Depois volte à roda com todos e faça a so-
cialização.

4ª etapa
Em uma situação de pesquisa com funcioná-
rios da escola, por exemplo, divida as crianças
de acordo com o que querem descobrir sobre
determinado assunto. Ajude-os a transformar
curiosidades em perguntas. Avise que terão de
aprender a perguntar e sistematize com elas
palavras que comumente usamos para elabo-
rar uma pergunta: quem, como, quando, onde
etc. Depois, todos socializam o que descobriram
numa roda.

Avaliação
Fique atento às conversas das crianças nos di-
ferentes momentos, enquanto brincam, tomam
lanche etc. Observe os saberes que adquiriram
relacionados a um fazer (falar, ouvir, esperar a
vez, perguntar etc.) e se lançam mão da conver-
sa para resolver conflitos para, assim, planejar as
próximas rodas.

Flexibilização
Espaço Organize a roda num local próximo da
parede para que quem tem deficiência possa
ficar apoiado e participar com as demais. Outra
opção é, em alguns dias, organizar a roda em
cadeiras. Isso faz com que a condição do cadei-
rante seja relevada e traz benefícios para todos
com a diversidade. Organize a sala de modo que
o cadeirante possa se locomover com facilidade
ou, se for o caso, organize a dupla ou o trio de
que fará parte no próprio local onde ele se sen-
ta. Certifique-se de que o caminho a ser percor-
rido pelo cadeirante até o local de trabalho do
entrevistado seja seguro e com rampas. Tempo
Se a criança for retraída e tiver mais dificuldade
de se comunicar, convide-a a se colocar mais e
dê um tempo maior para que se acostume com
a situação.

Deficiências
Física
312 Plano de Aula: LUZ E SOMBRA

Objetivo(s)
- Oferecer situações de discussão e experimen-
tação.
- Identificar e entender alguns conceitos e suas
variáveis, como objeto, fonte de luz e anteparo.
- Agir sobre o conceito a ser estudado, por meio
de investigação, levantamento de hipóteses, ve-
rificação prática e registro.

Conteúdo(s)
- Luz e sombra.
- Procedimentos de pesquisa, observação e re-
gistro.

Ano(s)
Creche, Pré-escola

Tempo estimado
Dois meses.

Material necessário
Lanternas, papéis diversos (cartolina, celofane,
papel-manteiga, papel translúcido, papel-car-
tão, sulfite), máquina fotográfica, retroprojetor,
lençol ou pano branco, TNT colorido e tecido
grosso preto.

Desenvolvimento
1ª etapa
Reúna todos numa sala e apague as luzes. Ilu-
mine com uma lanterna as páginas do livro O
Teatro de Sombras da Ofélia e leia para a garota-
da. É a história de uma senhora que tem a vida
modificada depois que dá abrigo a um grupo de
sombras. Estimule a discussão sobre por que e
como elas aparecem. Elas só existem de dia ou
de noite também? Nossa sombra fica sempre
atrás de nós? Com essas informações, você já
conseguirá saber o que o grupo conhece sobre
o tema e que atividades poderão ser mais pro-
veitosas para a turma.

2ª etapa
Com as hipóteses colocadas, proponha uma
experiência. Desvie a lanterna para as mãos da
meninada. Aproxime e afaste o facho de luz da
parede, mostrando como a projeção diminui e
cresce. Desligando a lanterna, levante a questão
da dependência entre luz e sombra: uma existe
sem a outra? É um bom momento para introdu-
zir a nomenclatura correta, com palavras como
objeto e anteparo. Depois de cada atividade, so-
licite que os pequenos registrem o que observa-
ram, em relatos ou desenhos.

3ª etapa
Sugira brincadeiras como pega-pega de som-
bra, fotografia dela sobre diferentes superfícies
(grama, terra, cimento) e manipulação do retro-
projetor. Retome o livro de sombras sempre que
houver interesse e converse sobre as situações.
Com base nas questões levantadas, peça aos
pequenos que elaborem hipóteses e as regis-
trem no caderno.

4ª etapa
Organize experiências em grupo para testar as
hipóteses cogitadas. Identifique com a classe as
fontes de luz natural (primária) ou artificial (se-
cundária). Coloque um objeto sob a luz do Sol e
leve todos para observá-lo de hora em hora para
ver o que aconteceu. Sugira que uma criança
contorne a sombra no chão com giz. Outras po-
dem anotar os horários de visita. Certamente
surgirão discussões sobre por que ela muda de
lugar, como ela cresce etc.

5ª etapa
Monte duas telas: uma com tecido grosso e ou-
tra com um bem fino. Acenda a lanterna do lado
oposto ao que estão todos e peça que digam
o que observam. Por que o anteparo feito com
a trama fina deixa passar a luz e a grossa não?
Explique o conceito e o fenômeno da absorção.
Aproveite para introduzir a reflexão em superfí-
cies como a do espelho e outras semelhantes. O
que acontece quando a luz bate nelas? Será que
as sombras precisam ser sempre pretas? Depois
de ouvir as hipóteses, mostre papéis translúci-
dos e transparentes, colocando-os ora na frente
da luz, ora entre a fonte e o objeto.

6ª etapa
Analise os registros e debata as hipóteses que
foram comprovadas ou não. Tire conclusões
com todos. Como escriba, anote tudo o que for
dito e depois organize um relatório. Em roda,
promova uma discussão coletiva sobre as con-
clusões tiradas dos experimentos que você re-
gistrou.

Avaliação
Mantenha um registro de todas as fases da ati-
vidade, levando em conta indicadores como o
uso dos novos termos aprendidos em situações
de brincadeira, o modo como cada um lança
mão de desenhos ou descrições e socializa suas
idéias em grupo, o levantamento de questões e
formas de investigá-las, a curiosidade e o envol-
vimento com o tema trabalhado.
313 Plano de Aula O DESPERTAR DA SEXUALI-
DADE

Objetivo(s)
Desenvolver o reconhecimento de seu próprio
corpo
Desenvolver nos alunos o respeito pelo corpo (o
próprio e o do outro).
Refletir sobre diferenças de gênero e relaciona-
mentos.
Ano(s)
Pré-escola

Tempo estimado
3 aulas

Material necessário
. Bonecas com sexos diferenciados

. Brinquedos de meninos e meninas

. Jogos de memórias com desenhos de meninas


e meninos

Desenvolvimento
1ª etapa
Preparação da escola e da comunidade:

Capacitação da equipe - Professores e funcioná-


rios devem estar preparados para lidar com as
manifestações da sexualidade de crianças, de-
vem ser preparados para entender o despertar
da curiosidade sexual das crianças.
Envolvimento dos pais - Faça uma reunião com
as famílias para apresentar o programa. Aprovei-
te para falar brevemente sobre as principais ma-
nifestações da sexualidade na infância.
Formação permanente - Organize um grupo de
professores para estudar temas ligados à sexua-
lidade e discutir as experiências em sala de aula.

2ª etapa
1ªetapa - Observar o que desperta curiosidade
nas crianças, ao manusearem os bonecos com
sexos diferenciados;

2ªetapa - Anotar as perguntas que elas fazem

3ª etapa - Buscar brincadeiras que respondam,


de acordo com a faixa etária, às perguntas

4ª etapa - Conversar com as crianças sobre as


diferenças das bonecas

5ª etapa - Fazer com que as crianças reflitam


sobre o que há em comum entre elas e as bone-
cas

6ª etapa - Brincar de jogo de memória (utilizan-


do meninos e meninas) com as crianças para
que fixem as informações
Avaliação
Verificar quais os comentários realizados pelas
crianças
314 Plano de Aula: Plano de aula: Melhorias no
lugar de brincar da região

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Este plano faz parte de uma sequência de cinco.


São eles:

Descobrindo lugares de brincar na região da es-


cola (link)

Explorando um lugar de brincar (link)

Entrevista sobre lugares de brincar no passado


(link)

Melhorias no lugar de brincar da região (link)

Planejando ações para o local de brincar (link)

A proposta para essa atividade pressupõe que


o grupo já tenha listado e explorado os lugares
de brincar da região da escola, para que possam
refletir sobre as possíveis melhorias tendo como
base o brincar como direito e linguagem da
criança.

Prepare a listagem dos problemas encontrados


pelas crianças na visita ao espaço de brincar em
uma tabela. Para acessar uma exemplificação,
clique aqui.
Materiais:

Preveja a organização dos registros das experi-


ências das crianças sobre os locais de brincar no
bairro, como: a lista dos lugares de brincar, fotos
de visitas a estes locais, desenhos de vivências
nestes locais, registros de entrevistas e mate-
riais coletados com os familiares.

Também serão utilizados materiais de referên-


cia de lugares de brincar variados, como fotos,
folders, jornais, revistas, livros que apresentam
vasta quantidade de opções de objetos e espa-
ços de brincar. Um computador com acesso a
internet para ampliaros diálogos das crianças
quanto às proposições para o espaço. Papel
grande a ser fixado na parede ou quadro branco
e hidrocor para registro.

Espaços:

Considere um espaço que acolha as crianças


com liberdade para suas explorações e intera-
ções. Portanto, organize as mesas em diferen-
tes ilhas nas quais serão disponibilizados os
materiais coletados, os materiais de referência
e o computador. Lembre-se de deixar um local
reservado para a reunião do grande grupo con-
tendo um quadro ou papel grande fixado, para o
registro da lista de problemas/melhorias.
Tempo sugerido:

Aproximadamente 1hora e 30minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como foi o engajamento do grupo na propos-


ta de refletir acerca de melhorias nos lugares de
brincar?

2. As crianças refletiram sobre o brincar? Con-


seguiram perceber a inúmeras possibilidades e
experiências relativas ao brincar? Reconhece-
ram suas experiências e as experiências de sua
comunidade nos lugares de brincar e suas pos-
sibilidades?

3. Ao pensarem em melhorias, as crianças foram


capazes de ampliar as possibilidades do brin-
car? As melhorias trazidas pelo grupo refletem
a problematização de questões sociais e meio
ambiente?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais


ou relacionais que podem impedir que uma
criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e
proponha apoios para atender as necessidades
e diferenças de cada criança ou do grupo. Asse-
gure-se de que as condições para o trânsito das
crianças entre as ilhas será possível, assim como
a visualização da lista de melhorias.

Convide as crianças para se acomodarem na


roda de conversa. Conte que hoje vocês con-
tinuarão o processo de investigação sobre os
lugares de brincar na região da escola. Nesse
momento, rememore com o grupo qual é o pa-
pel do investigador, ilustrando-o com os passos
realizados pelas crianças no processo investi-
gativo. Para tal, resgate os registros, fotografias,
falas das crianças e problemáticas que levan-
taram. Diga para o grupo que o próximo passo
da investigação é analisar o material coletado e
encontrar as possíveis ações que podem ser re-
alizadas para a melhoria do local, resolvendo os
problemas que encontraram.

Possíveis falas do professor:Vocês lembram que


começamos uma investigação sobre lugares de
brincar da região da escola? Fizemos uma lista
dos que conhecemos, visitamos um dos lugares,
entrevistamos moradores antigos para saber
como eram no passado. Toda investigação é as-
sim: começa com uma pergunta, um problema
e depois o investigador pesquisa e coleta infor-
mações, como fizemos. Agora é hora de pensar:
o que podemos fazer com tudo isso? Agora que
já descobrimos tantas coisas sobre os lugares, o
que acham de pensarmos sobre como eles po-
dem ser melhorados?
2

Retome com o grupo as impressões registra-


das após a visita realizada ao local de brincar
escolhido, mostrando às crianças a tabela que
criou. Sinalize que é hora de analisar os proble-
mas que encontraram para que possam pensar
as formas de resolvê-los. Neste momento, insti-
gue o grupo a refletir acerca das problemáticas
encontradas, retomando os registros da explo-
ração. Acolha as falas das crianças e amplie as
interpretações das problemáticas, estimulando-
-as a expressarem seus sentimentos e vivências
relacionadas à questão.

Possíveis falas do professor:Pessoal, vejam, es-


crevi nesta tabela os problemas que vocês en-
contraram na visita que fizemos. Aqui nessa pri-
meira coluna, em cada linha há um problema. A
segunda coluna nós preencheremos hoje, após
pensarmos em sugestões de como resolver es-
ses problemas. Para isso, trabalharemos em pe-
quenos grupos.

Após a conversa das problemáticas encontra-


das, conte que as crianças trabalharão em pe-
quenos grupos. Cada grupo receberá um dos
problemas e deverá pensar nas formas de re-
solvê-lo. Auxilie-as na organização dos grupos e
distribua os problemas. Convide-os a iniciarem a
reflexão, lembrando que é hora de pensarem so-
bre como podem resolver o problema que rece-
beram. Explique que para ajudar neste processo
de criação eles poderão contar com os materiais
que coletaram e com outros materiais de re-
ferência que você trouxe. Descreva um desses
materiais ao grupo, apontando suas caracterís-
ticas e exemplificando como ele pode servir de
inspiração para as crianças.

Possíveis falas do professor: Para nos ajudar


a pensar nas ações de melhoria, trouxe vários
exemplos de lugares de brincar. Essa foto, por
exemplo, é de um parque. O que vocês conse-
guem ver nela? Tem muitas árvores que deixam
o lugar mais fresco, com sombras. Observem
que tem bancos para as pessoas sentarem de-
baixo das árvores. Então, se temos um proble-
ma como a falta de sombra, o plantio de árvores
pode ser uma boa melhoria, não acham? Usar
outros lugares e experiências como exemplo
pode nos ajudar a pensar nas melhorias que
queremos…

4 Convoque os grupos a explorarem os mate-


riais coletados e de referência, com o objetivo
de listarem as melhorias para o problema que
receberam. Auxilie as crianças de cada grupo no
registro das ideias. Diga que, em seguida, volta-
rão para a grande roda para complementarem a
tabela incluindo as melhorias que cada peque-
no grupo imaginou para resolver seu problema.
Observe as interações das crianças, potenciali-
zando o manuseio e leitura dos materiais e au-
xiliando as que solicitarem qualquer suporte.
Realize intervenções que possam enriquecer o
processo de criação dessas melhorias.

5Reúna o grupo na grande roda para a partilha


e registro das melhorias criadas. Sinalize que
você irá escrever as melhorias pensadas na ta-
bela no espaço reservado para isso, ao lado do
problema que cada pequeno grupo buscou
resolver. Estimule as crianças a apresentarem
suas ideias e a ouvirem as sugestões das de-
mais. Acolha todas as ideias trazidas pelos gru-
pos.

Para finalizar:

Uma vez complementada a tabela com a lista


das melhorias pensadas pelas crianças, faça a
leitura das ideias trazidas e conte para o grupo
que deixará a tabela fixada na sala. Vocês conti-
nuarão a conversar sobre as ações de melhoria
para o local de brincar. Organize o grupo para a
próxima atividade do dia.

Desdobramentos
A lista de melhorias é um rico instrumento para
iniciar outras atividades com o grupo, que pode
ser a implementação de uma das soluções lis-
tadas ou a criação de um plano de ação para o
envolvimento da comunidade em sua operacio-
nalização. Pode também dar início a algum pro-
jeto de construção de um objeto para o lugar de
brincar, fazendo uma intervenção com placas
ou brinquedos.

Engajando as famílias
O engajamento das famílias pode ser feito antes
da realização dessa proposta com a coleta de
materiais referentes ao lugar de brincar visitado
e ainda na complementação da lista de melho-
rias gerada pelo grupo. Esta complementação
pode ser realizada com a partilha da lista atra-
vés da agenda ou de algum canal de contato
entre escola e familiares.
315 Plano de Aula: Matemática: ler, comparar e
ordenar números

Objetivo(s)
Ler, comparar e ordenar números.

Conteúdo(s)
- Investigação de algumas regularidades do sis-
tema de numeração

- Leitura e comparação de números


- Análise das informações nos rótulos dos ali-
mentos

Ano(s)
Pré-escola

Tempo estimado
5 a 6 aulas

Material necessário
Diferentes embalagens de alimentos.

Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução
Algumas pesquisas mostram que as crianças
relacionam os números que falam e ouvem no
cotidiano com a escrita e, assim, identificam al-
gumas regularidades que vão ajudá-las a avan-
çar no aprendizado sobre o sistema numérico.
Uma alternativa para impulsionar esse conheci-
mento pode estar em um recurso simples: uma
coleção de diferentes embalagens de bebidas e
alimentos, por exemplo.

A sugestão desta sequência didática é que, a


partir do manuseio desse material, você propo-
nha desafios aos pequenos, como procurar in-
formações numéricas ou interpretar os números
dos rótulos dos alimentos (leia reportagem do
projeto “Emagrece, Brasil!” sobre como ler os
dados das embalagens). Comece com a análise
da data de validade, do peso e das informações
nutricionais e, em seguida, proponha problemas
pontuais de interpretação, produção e compara-
ção.

Peça que as crianças tragam de casa embala-


gens de alimentos como cereal matinal, amido
de milho, café, chocolate em pó, gelatina etc.
Quando já tiver uma quantidade razoável (uma
média de 5 embalagens para cada 4 crianças),
divida a turma em grupos e convide os peque-
nos a encontrar números nos pacotes e a pensar
para que eles servem.

As crianças devem explorar as embalagens e


discutir nos grupos o que interpretaram. Orga-
nize uma socialização para que dividam suas
descobertas, ideias e opiniões. É interessante
gerar condições para que contem as hipóte-
ses que encontraram e discutam as dos cole-
gas. Neste momento, levante questões, como
o exemplo a seguir: “Este grupo acredita que o
número que aparece na frente da embalagem
indica até quando o alimento pode ser ingeri-
do. O que vocês pensam? Será que este número
pode servir para duas coisas diferentes?”

Para registrar as conclusões da turma, cole uma


embalagem desmontada em um cartaz e des-
taque os diferentes números encontrados jun-
to das hipóteses da turma para as funções de
cada um. É importante ter em mente que, nes-
ta primeira etapa, o esperado é que as crianças
descubram novas informações por meio da ex-
ploração dos materiais, por isso se preocupe em
provocar questionamentos e não em dar res-
postas.

2ª etapa
Encontrar o alimento mais pesado e o mais leve
Recupere o que foi aprendido na etapa anterior.
Para isso, você pode usar o cartaz já elabora-
do. Se considerar necessário, acrescente outras
informações ou questionamentos para que as
crianças avancem nas hipóteses.

Em seguida, entregue quatro embalagens para


cada grupo e peça que descubram os números
que indicam o peso dos produtos e mostrem
quais são os mais pesados. Uma dica para o su-
cesso da atividade é procurar embalagens que
tenham a mesma unidade de medida (como
“gramas”, por exemplo) e números de dois ou
três dígitos. Não há problema em oferecer em-
balagens de alimentos iguais para os diferentes
grupos. Exemplo: todos podem ter uma caixa de
cereais, uma de amido de milho, uma de gelati-
na e outra de chocolate em pó.

Durante aproximadamente dez minutos as


crianças devem discutir nos grupos como solu-
cionar o problema. Ao longo da atividade, faça
uma observação minuciosa do que os pequenos
estão fazendo para reconhecer quais as estraté-
gias utilizadas por eles.

Logo após, selecione dois grupos que tenham


respostas diferentes sobre o peso dos pacotes.
Essa seleção atende a, pelo menos, dois obje-
tivos: o primeiro é ver se todos consideraram
o número que representa o peso do alimento
na embalagem. O outro é evidenciar a maneira
como as crianças compararam os números e es-
colheram o mais pesado. Atenção: o fundamen-
tal não é apontar erros e acertos, mas proporcio-
nar o intercâmbio de diferentes ideias e permitir
que os pequenos contem quais os critérios que
utilizaram.

Considere que é possível que os grupos con-


siderem outros valores em vez da quantia de
gramas para definir qual é o mais pesado. Nes-
sas situações, o professor pode trazer algumas
embalagens para a roda e dizer coisas como:
“Percebi que o grupo tal olhou para o seguinte
número para saber quanto pesava esta gelati-
na (apontando para a data de validade). Vocês
acham que esse número mostra o peso deste
alimento? Para onde temos que olhar para des-
cobrir o peso? Existem outras maneiras de des-
cobrirmos qual é o mais pesado sem olharmos
para este número?”

Esse momento serve para compartilhar uma in-


formação que pode não ser evidente para todos
e que vai ajudá-los, no futuro, a resolver novos
desafios.

3ª etapa
APRESENTAR NUMEROS DE 01 A 5

Avaliação
Analise se as crianças avançaram no uso social
dos números encontrados nos rótulos, na leitu-
ra, na comparação e na utilização das informa-
ções, como tabela nutricional e peso, como fon-
te de pesquisa. É importante também observar
os critérios utilizados para fazer as comparações.
Pensando que o aprendizado do sistema numé-
rico é sequencial, você pode analisar aspectos
como: os tópicos das discussões, os equívocos
das crianças, as questões que ainda poderiam
ser explorados e quais outras informações po-
dem ser incluídas nas próximas aulas.
316 Plano de Aula: Jogo da memória com fotos
das crianças

Objetivo(s)
Divertir-se com o jogo da memória
Compartilhar de um mesmo jogo com o grupo
de colegas
Conhecer as regras do jogo da memória
Conteúdo(s)
Brincadeira
Jogo da memória

Ano(s)
Creche

Material necessário
Pares de cartões com fotos das crianças da tur-
ma, tamanho mínimo de 10X10
Cartolina ou papel mais resistente
Plástico adesivado para encapar
Desenvolvimento
1ª etapa
Tirar fotos das crianças e imprimir cada uma
duas vezes para confeccionar os cartões

Informar às crianças que as fotos estão sendo


tiradas para confecção do jogo da memória. Re-
cortar as fotos e colar na cartolina mostrando
para as crianças conforme forem ficando pron-
tas.

2ª etapa
Apresentar o jogo

Em roda mostrar o jogo e organizar as peças


para que as crianças vejam como se joga. Inicial-
mente propor o jogo da memória aberto (com
as imagens voltadas para cima) e propor para
que determinadas crianças encontrem os pares.
Deixar que as crianças manuseiem os cartões,
sem pressa de que se apropriem das regras con-
vencionais.

3ª etapa
Organizar mesas com no máximo cinco crian-
ças para que possam jogar o jogo em diferentes
momentos

Levar outros jogos que as crianças já conheçam


(ex. quebra cabeça, jogos de montar, quebra-ge-
lo) e organizar grupos de crianças para jogá-los.
Caso haja mais de uma educadora na turma,
uma pode dar apoio aos grupos que estiverem
jogando os jogos já conhecidos, enquanto a ou-
tra fica na mesa do jogo da memória. Caso não
haja outra educadora, organizar primeiro os gru-
pos que jogarão os jogos já conhecidos.
Deixar que as crianças joguem sem fazer inter-
venções sistemáticas nas jogadas de cada uma.
A educadora pode ser uma das participantes do
jogo e servir como modelo para as crianças. Pro-
mover o rodízio das crianças para que a maioria
jogue todos os jogos.
4ª etapa
Garantir momentos na rotina semanal para que
as crianças joguem o jogo da memória

Durante o período de recepção das crianças, no


término do dia enquanto aguardam a chegada
dos pais são boas opções para o contato com o
jogo da memória.

5ª etapa
Criar novos jogos e variações do jogo da memó-
ria

Após o jogo tornar-se bastante conhecido, po-


de-se pesquisar variações do jogo da memória,
tais como lince (um tabuleiro grande com ima-
gens pequenas que as crianças devem procurar
a partir de cartões com imagens duplicadas).

Avaliação
Devem-se criar pautas de observação para ana-
lisar as diferentes maneiras como as crianças
jogam e o grau de envolvimento de cada uma
delas. A partir da análise das pautas o educador
pode fazer os ajustes com relação ao grau de
dificuldade do jogo, com isso propor novos de-
safios e variações. Quer saber mais? Bibliografia:
Crianças Pequenas Reinventam a Aritmética,
Constance Kamii; Leslie Baker Housman - 2.ed.
Implicações da teoria de Piaget, Artmed, 2002

Créditos: Ana Paula Yazbek Formação: Pedago-


ga formada pela USP, é sócia-diretora do Berçá-
rio Espaço da Vila, que atende crianças entre 0 e
3 anos. Atua em projetos de formação de educa-
dores
317 Plano de Aula: Jogo de cartas do tipo Super-
trunfo

Objetivo(s)
Ler, comparar e ordenar números de até três
algarismos.

Ano(s)
Creche, Pré-escola

Tempo estimado
Dez aulas.

Material necessário
Jogo Supertrunfo de vários temas, diferentes
portadores numéricos, como fita métrica. Cane-
tas coloridas, cartolinas e folhas de sulfite.

Desenvolvimento
1ª etapa
Pergunte às crianças se conhecem o jogo Su-
pertrunfo. Em caso afirmativo, sistematize o
que foi falado e socialize as informações. Se não,
apresente-o e organize alguns dias de jogo.

2ª etapa
Proponha situações-problema para que as
crianças reflitam e elaborem critérios de compa-
ração entre dois números apresentados nas car-
tas do jogo (como força 314 e força 324. Quem
ganhou?). Dessa forma, todas terão repertório
para construir critérios comuns a fim de com-
prar números altos.

3ª etapa
Proponha ao grupo criar um jogo do tipo Super-
trunfo. Primeiramente, decidam o tema (como
animais) e as grandezas (altura e número de fi-
lhotes). Questione os pequenos a respeito do
intervalo numérico em que se encontram as in-
formações - é interessante para o jogo? Depois,
organize a pesquisa das informações.

4ª etapa
Distribua papel e caneta para elaborar a primei-
ra versão das cartas. Lembre à criançada que
recorra aos portadores numéricos em caso de
dúvida. Durante o preparo, não interfira. Os con-
flitos e os problemas que surgirem devem ser
analisados coletivamente depois.

5ª etapa
Com o jogo pronto, é hora de problematizar a
produção. Convide os alunos a jogar. Peça que a
turma averigue se o jogo apresenta problemas
e quais soluções possíveis. Sistematize as falas
e proponha a construção de um novo jogo ou a
reformulação do que foi feito.

6ª etapa
Peça que a turma confeccione a versão final das
cartas, criando ilustrações para cada uma delas.
Produto final
Jogo tipo Supertrunfo.

Avaliação
Observe se, ao longo da proposta, as crianças
avançam nas questões relacionadas à leitura e
à comparação numérica, utilizam a tabela nu-
mérica e portadores numéricos como fonte de
pesquisa. É importante que empreguem alguns
critérios para determinar qual número é maior
quando fazem a comparação das cartas.

Flexibilização
Desde que bem estimuladas, as crianças com
deficiência intelectual são plenamente capazes
de compreender as regras básicas do sistema
de numeração. Antecipe a apresentação do jogo
Supertrunfo para esta criança. Com o apoio do
responsável pela sala de recursos revise com a
criança a sequência numérica e ofereça a ela
portadores numéricos de fácil consulta, como
a fita métrica, por exemplo. Isso vai ajudá-la a
jogar com a turma. Você ou os colegas podem
ajudar a criança a escrever os números nas car-
tas, caso ela ainda não seja capaz de fazer isso
sozinha. Quanto mais próximo do cotidiano da
criança for o tema do jogo, mais fácil será para
ela compreender a lógica. Se animais soar com-
plicado ou distante do dia-a-dia da criança, é
possível elaborar o jogo com base nas alturas
da turma (excluindo as casas decimais) ou no
número dos sapatos de cada um. Amplie o tem-
po de realização das etapas e repita a atividade
para facilitar a aprendizagem.

Deficiências
Intelectual
318 Plano de Aula: Caracol

Objetivo(s)
- Promover momentos de vivência lúdica e so-
cialização.
- Favorecer o aprendizado de regras.
- Trabalhar o movimento e a expressão corporal.

Conteúdo(s)
Movimento.

Ano(s)
Creche, Pré-escola

Tempo estimado
O ano todo, uma vez por semana.

Material necessário
Giz (ou carvão) e pedrinhas.

Desenvolvimento
1ª etapa
Regras do caracol
Para a creche Uma por vez, as crianças saltam,
de casa em casa, em direção ao centro do ca-
racol, que é o céu. Chegando lá, descansam e
voltam à primeira casa. Elas podem pular com
os dois pés e, para isso, as casas são um pouco
maiores do que as usadas com as turmas do
pré. Não vale pisar nas linhas ou fora.
Para a pré-escola As casas podem ser um pou-
co menores e numeradas e só vale pular num
pé só. Cada criança lança uma pedrinha no 1 e
começa a pular de casa em casa a partir do nú-
mero 2. No céu, ela descansa e faz o percurso
de volta, recolhendo a pedra e continuando os
pulos até terminar. Já fora do caracol, ela lança
a pedrinha no 2, no 3 e assim por diante. Quem
pisar nas linhas, saltar fora, jogar a pedra na
casa errada ou se esquecer de pegá-la perderá a
vez.

Regras da toca do coelho


Para a creche O número de círculos é igual ao
de crianças. Cada uma se posiciona dentro de
uma toca. Juntas, todas cantam o versinho “co-
elho sai da toca, um, dois, três!”. No fim da frase,
todos saem de seu círculo e procuram um novo
o mais rápido que conseguirem. Nessa faixa etá-
ria, a simples troca de toca já é um desafio.
Para a pré-escola Há um círculo a menos do que
o número de crianças. Elas tiram na sorte quem
será a raposa, ou seja, o pegador. O restante da
turma, depois de cantar “coelho sai da toca, um,
dois, três!”, trocam de casa enquanto a raposa
tenta capturar um coelho. Quem for pego se
torna o novo pegador.

Regras do labirinto
Para a creche Uma possibilidade é estabelecer
um ponto no desenho, bem distante da criança,
e pedir para que ela chegue até lá. O desafio é
seguir apenas pelas linhas riscadas no chão.
Para a pré-escola As crianças tiram na sorte
quem será o pegador, que começa o jogo no
centro do círculo. Os demais participantes es-
colhem posições em outros lugares do circuito.
Só é permitido andar e correr sobre as linhas. Ao
encontrar um amigo, é preciso dar a volta e es-
colher outro caminho. Quem for capturado tam-
bém passa a seguir os amigos. Vence o último a
ser pego. Se a classe for grande, divida a turma
em blocos para evitar congestionamentos.

Regras do circuito
Para a creche As crianças percorrem trilhas ris-
cadas no chão pisando em linhas retas e curvas.
A graça é variar os modos de completar os cir-
cuitos: caminhando depressa, pulando com os
dois pés, andando de lado ou com as mãos da-
das com um amigo.
Para a pré-escola Além de ganhar círculos e
elipses de diferentes tamanhos, o circuito pode
conter elementos variados, incluídos pelo pro-
fessor e também pelos pequenos. Alguns exem-
plos: colchonetes para cambalhotas, cordas que
vão de um apoio a outro para que elas passem
por baixo, túneis e rolos como obstáculos para
saltos. No início da brincadeira, mostre como
atravessar os obstáculos. Em um segundo mo-
mento, deixe trechos em branco para que as
crianças inventem movimentos ou bifurque o
caminho para que elas escolham entre um e
outro desafio. Mais tarde, também é possível
dividir a turma em grupos para que construam
percursos sozinhos.

Avaliação
De acordo com a faixa etária das crianças, ob-
serve se elas praticam os movimentos exigidos
com mais qualidade, incluem novas expres-
sões corporais em seu repertório, aproveitam as
oportunidades de socialização para avançar em
questões como colaboração e competição, con-
seguem seguir regras cada vez mais elaboradas
e constroem jogos.

Flexibilização
319 Plano de Aula: Descobrindo a musica na cre-
che

Objetivo(s)
Estimular a percepção dos sons e as habilidades
musicais de cada criança.

Conteúdo(s)
Organização da sala
Em roda.

Ano(s)
Creche

Tempo estimado
15 minutos, duas vezes por semana.

Material necessário
Instrumentos de percussão, sucatas que produ-
zam som, guizos e CDs.

Desenvolvimento
1ª etapa
Observar marcação do pulso básico ou do tem-
po forte da música, estimulando as crianças se
movimentarem conforme a música.
Palma, palma, palma (bater palmas no tempo
forte)
Pé, pé, pé (bater o pé no chão)
Roda, roda, roda (rodar no lugar)
Caranguejo peixe é! (no é, agachar no chão)
Outras propõem uma experiência rítmica.Incluir
musicas com ritimos marcantes para exploração
das crianças.

Rá, rá, rá, a minha machadinha,


Rá, rá, a minha machadinha,
Quem te pôs a mão sabendo que és minha?
Quem te pôs a mão sabendo que és minha? (ro-
dar de mãos dadas)
Se tu és minha eu também sou tua,
Se tu és minha eu também sou tua,
Pula machadinha para o meio da rua
Pula machadinha para o meio da rua
(pular para o meio da roda)
No meio da rua não hei de ficar
No meio da rua não hei de ficar
Pula machadinha para o teu lugar
Pula machadinha para o teu lugar
(pular de costas para seu lugar original na roda)

2ª etapa
O ritmo está presente também no falar, nos po-
emas e nas parlendas.Recitar parlendas e poe-
mas.
Chuva, chuva, chuvisquinho
Sua calça tem furinho
Chuva, chuva, chuvarada
Sua calça está furada

3ª etapa
A roda começa girando devagar e acelera até
chegar ao dez
A galinha do vizinho
Bota ovo amarelinho
Bota um, bota dois, bota três, bota
quatro ... bota nove, bota dez! (todos se aga-
cham)

4ª etapa
Estimule o acompanhamento de canções com
palmas, brinquedos ou instrumentos musicais
feitos com sucata ou objetos do cotidiano. Reali-
zar a confecção dos instrumentos musicais pre-
ferencialmete com as crianças.

Avaliação
Não espere uma coordenação rítmica exata nas
atividades. Esse ainda não é o objetivo nessa
faixa etária. O mais importante é proporcionar
a experiência de fazer música e compartilhá-la
com os amigos em momentos de alegria e sen-
sibilidade.
320 Plano de Aula:: Livro de canções de Adoni-
ran Barbosa

Objetivo(s)
- Pesquisar e conhecer a vida e obra de um im-
portante artista da cultura brasileira e paulista -
Adoniran Barbosa.
- Conhecer características, situações, fatos que
inspiraram a obra do artista.
- Conhecer elementos da linguagem musical:
aproximação à escrita musical (notas, partituras,
símbolos).
- Desenvolver a escuta musical.
- Perceber elementos sonoros e musicais: tim-
bres de instrumentos, ritmos, formas musicais.
- Elaborar um material de referência com regis-
tros do percurso de aprendizagem dos alunos.

Conteúdo(s)
- Musicalização.
- História e Cultura.

Ano(s)
Pré-escola

Tempo estimado
2 meses.

Material necessário
Lápis, canetinha, tinta, papel e cartolina. Grava-
dor de som - computador com microfone, sof-
twarede gravação ou equipamento de som que
seja possível gravar voz e sons do ambiente. Cds
ou mídia com músicas de Adoniran Barbosa in-
terpretadas por ele. Fotos, livros de história, ví-
deos: materiais de referência para pesquisa.

Desenvolvimento
1ª etapa
Conte sobre o tema do projeto: o compositor
Adoniran Barbosa. Apresente o artista e conver-
se sobre alguns aspectos significativos da sua
vida e obra para nossa cultura. Pergunte quais
as músicas que eles conhecem e coloque al-
gumas canções para que escutem. “Trem das
Onze” e “Samba do Arnesto” são duas compo-
sições muito conhecidas que trazem marcas
muito características da sua produção musical.
Nelas é possível reconhecer o enredo sobre os
bairros de São Paulo e a forma caricata da pro-
núncia dos imigrantes italianos da década de
30.

2ª etapa
Analise com o grupo algumas características
que chamam a atenção nas canções de Ado-
niran: pronúncias, enredo, ritmos, timbres dos
instrumentos, da voz, etc. É possível utilizar gra-
vações de músicas que o compositor interpreta
em parceria com outros artistas para compa-
rar e conhecer timbres de vozes diferentes. Por
exemplo: a gravação de “Torresmo à milanesa”
cantada junto com Clementina de Jesus. O tim-
bre vocal é bastante grave e/ou a delicadeza
contrastante da voz de Elis Regina em “Tiro ao
alvo”.

3ª etapa
Nesse momento é importante contextualizar a
época em que o artista viveu e concebeu sua
obra, trazendo elementos que facilitem a com-
preensão dos alunos de como eram as coisas no
passado. Você pode apresentar discos de vinil
e uma vitrola, fotos de lugares da cidade no sé-
culo passado comparando com imagens atu-
ais, pesquisar como as pessoas se vestiam etc.
Estabeleça relações dos fatos históricos com o
desenvolvimento da carreira do artista. Adoni-
ran Barbosa encontrou no rádio a maneira de
expressar sua obra, pois esse era o principal ve-
ículo de comunicação da época. No enredo de
suas canções são retratadas também situações
do dia a dia do imigrante e do trabalhador.

4ª etapa
Esse é um momento muito rico do trabalho,
pois é possível contar com a preciosa participa-
ção dos familiares no projeto. Pais e avós geral-
mente conhecem músicas de Adoniran Barbosa
e muitos se identificam com algumas situações
relatadas em suas composições. Sugira que en-
viem materiais sobre sua vida e as músicas que
conhecem. Caso seja possível, receba a visita de
um familiar na sala de aula. Se algum pai sou-
ber tocar um instrumento musical, peça que ele
venha participar de uma aula para cantar com o
grupo.

5ª etapa
Escolha algumas canções de Adoniran para en-
sinar ao grupo. Uma das músicas que as crian-
ças costumam gostar muito é o “Samba do Ar-
nesto”, pois narra uma história divertida. Nela,
é possível ouvir a pronúncia intencionalmente
equivocada de algumas palavras e também tem
um ritmo bem animado. Escute atentamente
a canção incentivando as crianças a nomear e
reconhecer os instrumentos tocados. Por exem-
plo: o cavaquinho, o pandeiro, o surdo etc. É im-
portante dizer ao grupo que essa música tem o
ritmo do samba e que, geralmente é tocado por
esses instrumentos. Muitos alunos conhecem
outras músicas e estilos de samba, o que pode
enriquecer o aprendizado.

Numa roda de conversa, faça um exercício con-


junto de compreensão sobre a letra da canção,
estimulando a participação das crianças. Inda-
gue-os sobre o que entenderam do enredo. Por
que o cantor fala errado algumas palavras? Lan-
ce um desafio para que cantem sozinhos sem
ajuda do acompanhamento da música. Organi-
ze atividades corporais/gestuais com os temas
abordados nas suas músicas. Por exemplo: com
Trem das Onze é possível realizar uma brinca-
deira de “estátua” onde os alunos deverão for-
mar uma fileira que será um “trem humano” e
deverão se movimentar ao ritmo da música, fi-
cando paralisados quando a música acaba. Esse
tipo de brincadeira torna a experiência musical
dinâmica. Todas essas atividades facilitam tam-
bém a memorização das letras e melodias das
canções.

6ª etapa
Todas as etapas deverão ser documentadas para
que ao final sua turma possa criar um livro com
os materiais registrados por eles. Além de do-
cumentar o processo de aprendizagem, os re-
gistros ajudam o aluno a compartilhar e refletir
sobre suas produções e conhecimentos. Veja
alguns tipos possíveis de registro:

- Registros gráficos musicais: As crianças podem


criar imagens, símbolos hipotéticos para repre-
sentar a notação de um som, um ritmo ou até
uma música completa (exemplo de registro das
crianças)

- Desenho do enredo das canções: Ilustrar o


tema das canções ou situações da sua vida. Por
exemplo: a estação ferroviária do Jaçanã~, o
trem e os passageiros.

- Escrita coletiva da biografia do artista: Com


você como escriba, peça que elaborem coletiva-
mente um texto sobre as informações pesquisa-
das da vida e obra de Adoniran.

- Registros sonoros: gravação das músicas, pro-


grama de rádio com vinhetas e sonorizações.

7ª etapa
Para elaboração e diagramação do Livro de Can-
ções, organize todos os materiais gráficos e de
áudio registrados durante o processo de realiza-
ção do projeto. Você pode criar um livro coletivo
acompanhado de um CD com músicas, textos
e ilustrações produzidas e interpretadas pelas
crianças.

No livro, você pode estabelecer diferentes se-


ções, para organizar as informações:

a) Partituras musicais: desenhos e notações re-


ferentes às músicas e sons. Você também pode-
rá colocar algumas partituras com a escrita mu-
sical usual como aproximação e referência dos
símbolos utilizados na linguagem musical.

b) Letras das músicas com ilustrações: desenhos


dos alunos sobre os temas cantados em suas
canções.

c) Biografia do artista: textos e ilustrações pro-


duzidos pelo grupo sobre sua vida

d) Índice do CD: numeração e conteúdos das


faixas, juntamente com os créditos dos alunos
e grupos que interpretaram as músicas e locu-
ções.
e) Créditos finais: seção onde deverá ser men-
cionado as fontes de consulta de pesquisa, das
imagens, dos livros, das partituras, das músicas,
do CDs utilizados para que o leitor possa tam-
bém fazer sua consulta pessoal aos materiais
originais.

8ª etapa
Lançamento do livro e do CD. Organize uma
seção de cantoria para a comunidade escolar
(pais, crianças, professores e funcionários) para
compartilhar o trabalho.

Avaliação
A avaliação do projeto poderá ser pautada por:
- Participação e envolvimento da criança no tra-
balho. - Observação dos registros realizados:
Hipóteses que criaram para desenhar os sons e
as músicas Desenhos dos enredos das canções,
situações de sua vida e da cidade - Apropriação
das músicas e da história de Adoniran: Cantam
as músicas? Comentam sobre timbres, instru-
mentos musicais e ritmo? Relatam diferentes
momentos de sua história e da cidade de SP?
- Conversas sobre o trabalho com as crianças.
Produto final Livro de canções de Adoniran Bar-
bosa.

Flexibilização
A música é um fenômeno físico, no qual é possí-
vel senti-la através das vibrações das ondas so-
noras. Por exemplo, é possível perceber o ritmo
do samba, a partir do padrão de vibração das
frequências graves de um surdo (instrumento
musical de percussão) ou até mesmo reconhe-
cer a pulsação e andamento da canção através
de sua marcação na sua música. Nas atividades
de apreciação, ajude o aluno a sentir as vibra-
ções da música.

Deficiências
Auditiva
321 Plano de Aula: AS 10 MAIS DA MPB

Objetivo(s)
Ampliar o repertório musical das crianças.
Estimular a reflexão sobre a linguagem musical
com base em um repertório significativo.
Ano(s)
Creche, Pré-escola

Tempo estimado
Quatro meses.

Material necessário
CDs e DVDs de MPB.

Desenvolvimento
1ª etapa
Selecione músicas do gênero MPB que conta-
giem as crianças pelo ritmo e pela sonoridade
da letra. Em momentos de atividade livre, colo-
que na sala para que eles ouçam. Algumas su-
gestões: A Banda, de Nara Leão, João e Maria, de
Chico Buarque de Holanda, Leãozinho, de Ca-
etano Veloso, e Garota de Ipanema, de Vinicius
de Moraes.

2ª etapa
Converse sobre as músicas ouvidas ao longo das
atividades, perguntando às crianças quais são
as canções preferidas. Escreva os títulos no qua-
dro e organize uma votação para estabelecer as
cinco favoritas.
3ª etapa
Proponha que perguntem aos pais quais são
suas cinco músicas preferidas da MPB. Redija
um bilhete para levarem para casa explicando
seus objetivos. Compartilhe a escrita com as
crianças: é fundamental que elas estejam moti-
vadas para envolver os familiares na atividade.

4ª etapa
Depois de um levantamento das canções esco-
lhidas pelos pais, reúna as cinco mais votadas
e promova uma audição das músicas. Analise
cada uma, verificando se possui qualidades ade-
quadas para ser tocada em sala. Grave um CD e
apresente à garotada. Proponha que eles can-
tem e decorem as letras.

5ª etapa
Promova situações de escrita dos títulos - ou
das letras das canções, dependendo do nível
da turma - para produção de um livro ilustrado.
Textos memorizados, rimas, repetições e a me-
lodia facilitam a escrita por crianças em fase de
alfabetização inicial. Peça uma ilustração sobre
cada canção.

6ª etapa
Grave um CD com dez canções - cinco esco-
lhidas pelas crianças, outras cinco pelos pais.
Encaminhe a escrita espontânea dos títulos
na ordem em que aparecem na gravação para
compor a capa.

Avaliação
Compare o conhecimento musical da turma an-
tes e depois do projeto didático. O que mudou?
As crianças demonstram maior atenção às ca-
racterísticas rítmicas? E quanto às letras? Houve
memorização das canções preferidas? Verifique,
ainda, em que medida as hipóteses de leitura e
escrita também evoluíram.
322: Aumentar o repertório musical das crianças

Objetivo(s)
- Ampliar o repertório musical das crianças
- Aprender a ouvir/apreciar músicas diversas
- Conhecer alguns poemas ou obras literárias
musicadas

Conteúdo(s)
Escuta musical
Repertório musical
Poesia
Canções
Ano(s)
Pré-escola

Tempo estimado
Um semestre

Material necessário
Você vai precisar de alguns livros e de um apa-
relho de som.
Para a realização desta seqüência, sugerimos
algumas obras musicais com as características
pedidas pela atividade:

CDs: A Arca de Noé - volumes 1 e 2 (poemas de


Vinícius de Moraes), Universal; De Paes para Fi-
lhos, de Paulo Bi (poemas de José Paulo Paes),
MCD Records; Quero Passear, do Grupo Rumo,
Palavra Cantada; Canções dos Direitos das
Crianças, diversos artistas, Movieplay.
Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução
Nesta seqüência de atividades, além de am-
pliar seu repertório musical, as crianças podem
conhecer um pouco mais sobre a canção uma
composição normalmente curta, que combina
música uma melodia com poesia a letra.

Desenvolvimento das atividades

Ouvir canções em roda


Na primeira atividade, leve o aparelho de som e
apresente para a classe o que escutarão juntos.
Conte às crianças que algumas das canções que
vão ser ouvidas foram originalmente escritas
como poesia. Esse é o caso, por exemplo, das
faixas que compõem o CD A Arca de Noé, cujas
letras são de Vinícius de Moraes, que só ganha-
ram o acompanhamento da música muito tem-
po depois de terem sido criadas.

Leia os poemas, textos ou letras das canções an-


tes e também depois de ouvir a música. Procure
deixar ao alcance das crianças, os livros em que
estão os poemas ou textos musicados, para que
eles sejam manuseados após a roda de leitura e
música, e também em outros momentos do dia.
Ao fim de um período, todos devem saber can-
tar as músicas aprendidas, e podem cantar com
a gravação.

Faça com que a atividade de escutar canções e


poemas musicados seja um momento especial:
crie uma aconchegante roda de música, na pró-
pria sala de convívio diário, e realize esse encon-
tro, por exemplo, duas ou três vezes por sema-
na. Depois de conhecidas, as músicas passarão
a fazer parte do repertório das crianças, e pode-
rão ser tocadas e ouvidas em outros momentos
do dia.

Avaliação
Quando a atividade envolve música, é impor-
tante que o professor não compare as apren-
dizagens, mas que consiga observar as carac-
terísticas de cada criança dentro do grupo. Ao
escutar uma canção, elas não manifestam seu
prazer e seu interesse da mesma maneira. Nem
todas dançam ou batem palmas; algumas pre-
ferem se manter atentas, apenas escutando, o
que não significa não gostar do que ouvem. É
importante que o professor reconheça as mani-
festações de prazer e desprazer de seus alunos
diante da música. Ele pode organizar rodas de
apreciação musical, em que todos conversarão
sobre suas músicas preferidas, sobre porque
gostam ou não de determinada obra. Com isso
em mente, podem ser bons critérios de obser-
vação: - As crianças incorporaram canções apre-
sentadas na roda de música ao seu repertório?
Cantam-nas espontaneamente? - As crianças
se interessaram em procurar e localizar os poe-
mas/letras de canções nos livros? - As crianças
pedem, em outros momentos do dia, para que
o professor toque as canções que escutaram na
roda de música? Quer saber mais? INTERNET
Declaração Universal dos Direitos da Criança -
Unicef A poesia infantil no Brasil: um panorama
histórico, por Luís Camargo (escritor e ilustrador
de livros para crianças) A arca de Vinícius de Mo-
raes(letras dos poemas e link para ouvir as can-
ções) BIBLIOGRAFIA A Arca de Noé, de Vinícius
de Moraes, Cia. Das Letrinhas; Poemas para brin-
car, de José Paulo Paes, Ed. Ática; Declaração
dos Direitos das Crianças, documento elaborado
pela Organização das Nações Unidas, a ONU.
323 Plano de Aula: conhecendo o corpo através
da dança.

Objetivo(s)
Conhecer e valorizar as possibilidades expressi-
vas do próprio corpo
Comunicar, através do movimento, emoções e
estados afetivos
Conteúdo(s)
Expressividade / Dança
Ano(s)
Creche

Tempo estimado
6 aula

Material necessário
Pedaços de tecido leve (quadrados de 50x50
cm)
Aparelho de som
Espaço

Uma sala grande. Se não houver um espaço


sem móveis, prepare a sala antes, afastando me-
sas e cadeiras, privilegiando o espaço central. A
música é muito importante e a cada momento
da atividade vamos apresentar uma sugestão.

Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução
Não há dúvida que as crianças pequenas ado-
ram se movimentar. Elas vivem e demonstram
seus estados afetivos com o corpo inteiro: se es-
tão alegres, pulam, correm e brincam ruidosa-
mente. Se estão tímidas ou tristes, encolhem-se
e sua expressão corporal é reveladora do que
sentem. Henri Wallon nos lembra que a criança
pequena utiliza seus gestos e movimentos para
apoiar seu pensamento, como se este se pro-
jetasse em suas posturas. O movimento é uma
linguagem, que comunica estados, sensações,
idéias: o corpo fala. Assim, é importante que na
Educação Infantil o professor possa organizar
situações e atividades em que as crianças pos-
sam conhecer e valorizar as possibilidades ex-
pressivas do próprio corpo.

As crianças e você também - devem estar des-


calças e usando roupas confortáveis!

Comece reunindo as crianças. A música pode


ser alegre, como A Canoa Virou (Palavra Can-
tada, CD Cantigas de Roda). Sentados no chão
numa grande roda, com as pernas estendidas,
proponha que brinquem de massa de pés: to-
dos devem chegar para a frente arrastando o
bumbum até que os pés de todos se toquem.
Os pés se agitam se acariciam, ora mais lenta-
mente, ora mais rapidamente. Você pode enri-
quecer a brincadeira, sugerindo:
O meio da roda é uma piscina!
O meio da roda é uma grande gelatina!
O meio da roda é um tapete de grama!
2ª etapa
Peça que todos se deitem no chão. Coloque
uma música no aparelho de som. É importan-
te que seja uma música alegre, que estimule as
crianças a se movimentar, porém sem excitá-las
demais. Sugestão: Loro (Egberto Gismonti, CD
Circense).

Não se esqueça que, para as crianças pequenas,


o entorno simbólico é muito importante para a
atividade. Diga a eles que a sala vai se transfor-
mar numa grande floresta e todos serão habi-
tantes dela...

Todos os bichos estão dormindo. Aos poucos,


vão acordar.

Primeiro todos serão aranhas, que andarão com


o apoio dos pés e das mãos no chão...

Depois se transformarão em minhocas, arras-


tando-se pelo chão com a lateral do corpo...

Logo serão cobras, arrastando-se pelo chão com


o apoio da barriga...

Tatus-bola, que com um movimento de abrir e


fechar sua casca percorrerão a floresta...
Leões, tigres, leopardos, de quatro patas pelo
chão...

Coelhos que andam pelo espaço com pulos pe-


quenos e cangurus que percorrem a floresta
com pulos grandes e largos...

Passarinhos que batem suas asas bem pequeni-


nas e águias que voam lá do alto com suas asas
enormes e bem abertas...

3ª etapa
Distribua para as crianças os pedaços de tecido
coloridos, um para cada um. É importante que
eles sejam leves e que produzam movimento ao
serem agitados pelas crianças. Deixe que elas
explorem a sala manipulando os pedaços de te-
cido. Sugira que as crianças pintem a sala com
os tecidos, como se fossem pincéis. A sala toda
tem que ficar pintada o chão, as paredes, o teto.
Diga às crianças que nenhum pedaço da sala
pode ficar sem pintar. Sugestão de música: Pei-
xinhos do Mar (Milton Nascimento, CD Sentine-
la).

4ª etapa
Sempre ao som de uma música (por exem-
plo Fome Come, da Palavra Cantada, CD Can-
ções de Brincar), sugira uma brincadeira que as
crianças adoram: peça que joguem os tecidos
para cima e a os peguem, a cada vez, com uma
parte diferente do corpo:
com a cabeça
com a barriga
com o braço
com o cotovelo
com os pés
com as costas
com o bumbum
com as palmas das mãos etc.
5ª etapa
Para terminar, um gostoso relaxamento. Suges-
tão de música: Palhaço (Egberto Gismonti, CD
Circense).

Organize as crianças em duplas e ofereça a elas


uma bolinha de algodão ou mesmo um rolinho
de pintura, como os usados nas atividades de
Artes Visuais.
Enquanto uma criança fica deitada, a outra deve
acariciar seu rosto e partes do seu corpo com o
algodão ou o rolinho. Isso deve ser feito com su-
avidade e cuidado, e possibilita uma interação
muito especial das crianças, que, assim, cuidam
umas das outras após uma atividade movimen-
tada.

Avaliação
O recém-publicado documento Orientações
Curriculares Expectativas de Aprendizagens e
Orientações Didáticas para a Educação Infan-
til da Secretaria Municipal de Educação de São
Paulo observa que a avaliação que mais deve
interessar o professor não é aquela que com-
para diferentes crianças, mas a que compara
uma criança com ela mesma, dentro de certo
período de tempo. Assim, o professor tem na
observação o melhor instrumento para avaliar a
aprendizagem dos pequenos: eles participaram
da atividade? Em qual momento se envolve-
ram mais? O que foi mais desafiador para cada
criança? E para o grupo? Essas e outras pergun-
tas ajudam inclusive o professor a planejar as
próximas atividades, mantendo ou modificando
suas propostas dentro do campo de experiên-
cias do Movimento para as crianças. Quer saber
mais? Bibliografia Orientações Curriculares Ex-
pectativas de Aprendizagens e Orientações Di-
dáticas da Secretaria Municipal de Educação de
São Paulo Toques Sutis, de Suzana Delmanto,
Editora Summus Uma concepção dialética do
desenvolvimento infantil, Henri Wallon, Ed. Vo-
zes
324 Plano de Aula: Construção de uma bibliote-
ca com e para crianças menores de 3 anos

Objetivo(s)
Construir, coletivamente, uma biblioteca como
lugar capaz de abrigar não somente livros, mas
de suscitar rituais agradáveis de leitura;
Apresentar o acervo de livros, promovendo o
gosto pelas histórias e ampliando repertórios;
Estreitar a relação creche-família por meio do
empréstimo de livros.
Ano(s)
Creche

Tempo estimado
Um semestre ou ao longo do ano todo

Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução

Tão importante quanto garantir que as crianças


tenham acesso a bons livros desde bem peque-
nas, é organizar ambientes convidativos, acon-
chegantes e singulares para que elas possam
usufruir das histórias em situações prazerosas
de interação com os colegas, professores e fa-
mílias. A iniciativa de construir uma biblioteca
na sala para e com as crianças, constitui-se uma
excelente oportunidade para fomentar o conta-
to das crianças com os livros, criar lugares má-
gicos, cheios de identidade, e realizar rodas de
leituras.

Desenvolvimento
O primeiro passo é o professor discutir com seus
parceiros - outros professores e equipe gesto-
ra - sobre os livros que pretende escolher para
compor o acervo de sua futura biblioteca de
sala. Essa escolha implica que o educador seja,
acima de tudo, um leitor, que tenha interesse
em se aventurar no mundo das histórias para
conhecê-las, antes de lê-las para seu grupo de
crianças. Selecionar temas como: animais, ob-
jetos sonoros, família, transportes, personagens
de diferentes etnias, histórias cumulativas com
várias figuras do universo do faz de conta (bru-
xas, piratas, lobos).

Outra dica é escolher livros coloridos, com ilus-


trações bem definidas, textos curtos e alguns
com fotografias reais das coisas. É importante
garantir um equilíbrio entre a quantidade de
livros de capa dura com livros de material con-
vencional, pois é comum que algumas páginas
se danifiquem, rasguem ou que sejam levadas à
boca, em razão do grande interesse e da neces-
sidade da meninada em manipular as publica-
ções.

Não se esqueça de incluir no acervo livros que


contenham apenas imagens, pois eles favore-
cem a criação de histórias próprias das crianças.
2ª etapa
Deve-se organizar um lugar onde os livros fica-
rão expostos e acessíveis às crianças. De pre-
ferência, escolha um canto em que haja o en-
contro das paredes ou então aproveite a parte
traseira de móveis e armários. Depois, é possível
confeccionar suportes de tecido com vários bol-
sos, trilhos de cortina virados ao contrário para
serem fixados à parede, baús de madeira pinta-
dos pelas crianças ou até mesmo aqueles cai-
xotes de feira, que se ganharem rodinhas e cor
ficam melhores ainda, uma vez que poderão ser
transportados de um lugar para o outro.

3ª etapa
Uma prática que dá bastante resultado é cons-
truir um tapete com as crianças. O objetivo
principal aqui é fazer com que o tapete tenha
“a identidade” delas, uma vez que servirá como
um indicador dos momentos de leitura, inician-
do assim um ritual próprio da turma.

Separe um tecido de algodão cru de mais ou


menos 2 por 2 metros. Veja a possibilidade de
alguma família ou profissional da creche costu-
rar as bordas do tecido para que o tapete não
desfie conforme o uso. Convidar alguém da co-
munidade interna ou externa faz com que o tra-
balho comece a ser partilhado entre todos, dan-
do noções para as crianças de que é importante
realizar as ações de maneira coletiva. Acredite,
sempre terá alguém disponível para ajudar!
De posse do tapete, organize com as crianças si-
tuações de pintura. Nessa hora vale experimen-
tar muitas técnicas: carimbar o tecido usando
esponjas e guache; desenhar as silhuetas das
crianças pedindo que elas se deitem sobre o ta-
pete, fazer a sobreposição dos contornos e, em
seguida, pedir que elas pintem por cima usando
tintas. Fazer intervenções com fitas crepes ou
outros moldes de desenhos de interesse da tur-
ma - bichos, símbolos - para que elas passem ro-
linhos de pintura e deixem suas marcas sobre o
tecido. Feito isso, é só esperar secar para depois
começar a usá-lo como um indicador do ritual
das rodas de leitura na biblioteca.

4ª etapa
Outra estratégia para delimitar o ambiente é so-
licitar às famílias que enviem para a instituição
camisetas, vestidos ou outras roupas reconhe-
cidas pelas crianças para que esse material seja
preenchido com espuma, costurado nas aber-
turas e depois pintado pelas próprias crianças,
transformando-se em “almofadas personaliza-
das”. É curioso ver a criançada de posse de sua
própria roupa reaproveitada como estofados
para sentar-se e deitar-se enquanto os livros são
apreciados.

5ª etapa
Apresente os livros da biblioteca aos poucos às
crianças. Uma ideia é reunir a turma no “canti-
nho” do tapete diariamente em um horário es-
pecífico, como, por exemplo, logo após o lanche,
e apresentar alguns. Você pode ler o título e
até o comecinho da história, mostrar as ilustra-
ções e fazer perguntas sobre o que eles acham
que acontecerá. Um pouco de suspense ajuda
a aumentar a curiosidade da turma pelos livros.
Deixe que as crianças também se envolvam
com a organização dos volumes na estante. A
divisão pode ser bem simples, como os gibis e
revistas de um lado e os livros de outro. Outra
classificação pode ser: ‘os que gostamos mais’
e os que ‘ainda não conhecemos’. Ou os livros
que trazem histórias e os informativos, que ex-
plicam coisas. Os pequenos devem ter noção de
que tipo de livros encontrarão em determinado
lugar da estante. É importante que as crianças
tenham acesso livre à biblioteca (ou ao menos
a parte dela) e possam manusear os livros à
vontade sob o olhar do professor - além do mo-
mento específico da leitura conduzido pelo edu-
cador com um enfoque direcionado a uma de-
terminada prática.

6ª etapa
E qual deve ser a relação do professor com a lei-
tura? Na biblioteca, o foco é pensar na sua práti-
ca enquanto leitor. Você é, afinal, o responsável
por apresentar o mundo da leitura e é o media-
dor entre o objeto livro, as crianças e as relações
que ali se estabelecem. Nessas situações, cer-
tas estratégias e posturas são importantes, tais
como: antes de iniciar a roda de leitura, o pro-
fessor deve mostrar o livro para as crianças, cha-
mar a atenção para sua capa, ler e apontar para
o título, dizer quem escreveu a história, quem
a ilustrou e qual o nome da editora. As crianças
se interessam por essas informações, por vezes
perguntam sobre quem fez o livro e se manifes-
tam com sorrisos, gargalhadas e palmas quan-
do o nome é engraçado!

Indagá-las sobre o que acham que a história vai


contar, incentivando-as a levantarem hipóteses
e anteciparem a narrativa, constitui-se um es-
tímulo à imaginação e ao desenvolvimento da
oralidade. Também é necessário ler o texto na
íntegra, sem suprimir trechos, pois isso ajuda a
criança a perceber que as palavras representam
a fala, que há muitos jeitos de se contar e dife-
rentes estilos e estruturas de textos (rimas, poe-
sias, contos, lendas...). Aliás, diversificar os tipos
de livros, apresentando-os diária ou semanal-
mente possibilita que as crianças se apropriem
deles com mais liberdade e competência ao
manuseá-los sozinhos.

Durante a leitura, procure caprichar nas entona-


ções de voz que transmitam emoção, suspense,
surpresa e alegria. Outra dica é ler mostrando
as ilustrações. Essa estratégia os deixa mais en-
volvidos com a narrativa. Mas deixe para fazer os
comentários sobre as ilustrações após a leitura
do texto.
Uma maneira de comentá-las é imaginar que
somos interlocutores de uma “obra de arte”, fa-
zendo perguntas que podem ser mais simples
ou complexas, respeitando a idade da criança-
da. Geralmente, mostramos a ilustração e incen-
tivamos que digam: O que vêem na imagem?
O que será que o personagem fez/está fazendo/
fará? O que chama a atenção? O que aparece na
cena? Quais objetos aparecem? Quais as cores?
Como está o personagem? Triste? Alegre? Qual
será seu nome? Se repentinamente surge algo
inusitado como, por exemplo, uma girafa, quem
já viu esse animal? Entre tantas outras possibili-
dades de intervenção.

Em suma, o professor leitor é aquele que, por


meio da leitura, leva a criança a conhecer novos
universos, despertando de alguma maneira afe-
tos e sentimentos, que podem ser sensações de
alegria, prazer, mas também lembranças, sau-
dades...

7ª etapa
Para o empréstimo dos livros, faça na sala um
painel que servirá como fichário. Vale construir
um mural, cujo fundo seja colorido pelas pró-
prias crianças. Uma boa ideia é usar papel pa-
namá e aquarela; outra é pintar com pincéis
largos sobre cartolinas ou, ainda, espalhar tinta
guache com as mãos em suportes que podem
ser plastificados com contact para durar mais.
Em seguida, é possível fazer alguns bolsinhos
e colocar as fotos de cada criança na frente de-
les. Dentro de cada bolso vai uma ficha que
pode ser tanto relacionada ao nome da criança
e às anotações do livro que ela levará para casa,
quanto o contrário: a ficha pode ser retirada do
próprio livro para ser colocada no bolsinho res-
pectivo à criança. Elas se apropriam dos com-
binados aos poucos. No começo, a brincadeira
fica por conta de tirar e por as fichas nos bolsos,
trocando-os entre os colegas. Permitir essa xpe-
rimentação inicial é saudável, para em seguida
comunicar o uso correto.

8ª etapa
Com relação ao início do empréstimo, combine
com os pais ou responsáveis que a ideia é es-
treitar os vínculos entre a creche e a família por
meio da leitura, assim como estabelecer um elo
em que o livro seja o intermediador de histórias
e outras conversas entre todos. O contrato aqui
é definir um dia da semana (geralmente sexta-
-feira) e convidar as famílias para escolherem
um livro junto com a criança, escutando suas
preferências e estratégias de escolha, tais como:
a história já conhecida, a capa que chama aten-
ção, a editora, o autor, as ilustrações.

Feita a seleção, criança e família levam o livro


para casa dentro de uma sacolinha de pano ou
pasta, ao melhor estilo “vai-e-vem”. No dia com-
binado para a devolução do livro, é importante
que o professor garanta uma roda de conver-
sa para saber das crianças como era a história,
do que elas gostaram, quem leu para ela, em
que lugar o livro foi lido etc. Nessas situações,
as crianças costumam falar aspectos ligados
à afetividade vivida com a leitura: “Minha mãe
leu pra mim”, “Foi minha irmã que contou a his-
tória do lobo”, “O macaco encontrou a mamãe
dele...”.

Avaliação
Diante do processo, o mais significativo é de-
senvolver permanentemente as ações e aten-
tar-se ao movimento do grupo. Com o tempo,
é possível notar que, ao estender o tapete, as
crianças já se acomodam e pedem para ouvir as
histórias. Também é comum que elas peguem
as próprias almofadas, usando-as enquanto en-
tram no universo mágico dos livros. Um papel
importante do educador é observar como as
crianças manuseiam os livros, se contam as his-
tórias para si mesmas e para os outros, se ten-
tam interagir com as imagens, apontando-as ou
tentando pegá-las, se repetem aquilo que ouvi-
ram. Ouvir a devolutiva das famílias é outro pon-
to forte. Por fim, não descuide da renovação do
acervo da biblioteca. A chegada de novos livros
potencializa o interesse das crianças e amplia o
repertório delas.
325 Plano de Aula Experimentação de brinca-
deiras com corda

Objetivo(s)
Experimentar diferentes brincadeiras com cor-
da.

Conteúdo(s)

Ano(s)
Creche, Pré-escola

Material necessário
Cordas de tamanhos variados.

Desenvolvimento
1ª etapa
Proponha que a turma vivencie várias maneiras
de pular corda: uma criança por vez, em dupla
e em trios. Também é possível brincar diversi-
ficando as regras, como pular ao ritmo de uma
parlenda ou pular tocando a mão no chão. Con-
verse com o grupo sobre outras brincadeiras
que podem ser realizadas com o objeto: chicote
queimado (uma criança gira a corda rente ao
chão e as demais pulam), aumenta-aumenta
(duas seguram as pontas da corda e vão levan-
tando gradativamente para que as outras sal-
tem) e cabo de guerra.
Avaliação
Observe se a turma aprimora e diversifica o
brincar com autonomia a partir de então. Ob-
serve se a adaptação das regras se dá em fun-
ção das dificuldades que surgem ou porque o
grupo não compreendeu a brincadeira nova.
Nesse caso, converse com as crianças novamen-
te.

Flexibilização
No caso de crianças com algum tipo de defici-
ência física, pode-se pensar em formas alter-
nativas de participação. Sugira que passem por
baixo da corda no momento certo, enquanto
está no alto e antes que volte a bater no chão.
Esta é uma importante oportunidade de con-
vocar as outras crianças a auxiliá-las, sendo elas
cadeirantes ou não. Outra sugestão, caso não
seja mesmo possível participar ativamente, é
fazer com que a escolha e a récita da parlenda
fiquem por conta dos pequenos com deficiên-
cia física. É importante lembrar que nem sem-
pre será possível fazer um ajuste que permita
o acesso de todos a estas atividades. Mais que
isso, é preciso que a reflexão e o compromisso
por parte das crianças com a inclusão de todos
os seus colegas façam parte da rotina das tur-
mas. Muitas vezes, são as próprias crianças (os
que apresentam limitações e os outros) que nos
oferecem as melhores ideias. Tente consultá-los,
sempre.
326 Plano de Aula A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA

Objetivo(s)
- Pesquisar e reconhecer onde há água no pla-
neta
- Estimular a curiosidade pelo mundo natural
- Conhecer e manusear o globo terrestre

Conteúdo(s)
- Meio ambiente
- Preservação
- Água

Ano(s)
Creche, Pré-escola

Tempo estimado
4 aulas

Material necessário
- Globo terrestre
- Imagens de diferentes lugares que evidenciam
ou não a presença de água (ver quadro com
orientações para seleção das imagens)
- Livros, revistas ou outros materiais de pesquisa
- Para conhecer melhor o tema, acesse as se-
guintes reportagens disponíveis no site do pro-
jeto Planeta Sustentável: “Água: a escassez na
abundância”, “Preservação do alto mar e regula-
mentação da pesca são recomendações da so-
ciedade para os Chefes de Estado na Rio+20” e
“Expedição: mar de lixo no Oceano Atlântico”
Desenvolvimento
1ª etapa
Com certeza, a maioria das crianças já deve ter
visto imagens do planeta Terra em livros, na in-
ternet ou na televisão, mas talvez nunca tenha
parado para observar com mais atenção e inter-
pretar essas imagens.

A sugestão é que você leve para a sala um glo-


bo terrestre e faça uma roda de conversa com
os pequenos. Deixe que manuseiem o globo e
peça que falem sobre o instrumento. Pergun-
te se alguém já viu um semelhante antes e se
sabe o que são os desenhos que aparecem nele.
Questione também se alguém sabe para que
serve o globo terrestre.

O objetivo desta conversa inicial é conhecer o


que as crianças já sabem e permitir que os co-
nhecimentos já existentes circulem entre o gru-
po. Isso permite que você, professor, ajuste o
planejamento das etapas seguintes conforme
as necessidades da sua turma.

Lembre-se de considerar o que as crianças fa-


larem sem fazer qualquer tipo de julgamen-
to. Ouça com atenção e chame atenção para
comentários interessantes feitos por algumas
crianças. Lembre-se de registrar essa roda ini-
cial, pois poderá ser interessante retomar as fa-
las dos pequenos e fazer comparações no final
da sequência. Essa comparação pode ser uma
boa forma de avaliar a construção de conheci-
mentos feitas durante o estudo.

Sobre o registro
Espera-se que a investigação de um tema gere
informações que precisam ser registradas. Esse
registro pode acontecer de diversas formas: tex-
tos coletivos, desenhos a partir de observações,
gravações em áudio das rodas de conversas, fil-
magens, murais ilustrados etc. Independente
da linguagem, o importante é que a sistemati-
zação seja feita em todas as etapas da sequên-
cia e não só no final. Os registros servem para
avaliar o seu trabalho, professor, assim como as
conquistas da turma. Além disso, ajudam na re-
cuperação das etapas do processo vivido e no
reconhecimento das hipóteses que as crianças
fizeram e deixaram de lado porque aprenderam
outras coisas.

2ª etapa
Leve novamente o globo terrestre para a sala e
relembre com as crianças alguns pontos impor-
tantes da conversa anterior. Proponha então, o
seguinte desafio: onde está a água?

Provavelmente, a maioria das crianças respon-


derá apontando a parte azul do globo ou dizen-
do o nome da cor. Instaure um clima de dúvida:
Vocês todos acham que a água está na parte
azul do globo, certo? Então, isso quer dizer que
na parte marrom não há nada de água, é isso?
Vocês tem certeza disso? Ouça as respostas das
crianças e faça novos questionamentos para
que eles debatam entre si as ideias e informa-
ções que possuem. Você pode perguntar a se-
guir o que acham que tem na parte marrom do
globo. A partir das respostas confirme as que
forem pertinentes e adicione algumas informa-
ções caso ache necessário.

Você pode reforçar a ideia de que o uso das dife-


rentes cores serve para diferenciar os continen-
tes dos oceanos. Diga que cada oceano possui
um nome diferente e pergunte se sabem onde
fica o país em que moramos. Mostre os diferen-
tes continentes e diga que dentro deles há mui-
tos países. Pergunte se os pequenos sabem os
nomes de alguns países. Você pode até fazer al-
gumas bandeirinhas com palitos de dente e pe-
quenos pedaços de papel para escrever o nome
dos lugares citados pelo grupo!

Essa nova conversa e exploração do globo per-


mite que as crianças aprendam a “ler” o objeto
e faz com que se interessem cada vez mais por
aprender novas informações e curiosidades.
Uma dica interessante é deixar o globo terrestre
exposto na sala enquanto o estudo estiver acon-
tecendo. Isso possibilita um contato diário das
crianças e permite que analisem mais minucio-
samente os detalhes deste objeto. Fique atento
às conversas informais das crianças que se apro-
ximam para observar o globo em momentos
diversos da rotina e lembre-se de anotar alguns
comentários para socializar com todos.

3ª etapa
Selecione previamente algumas imagens e
distribua para as crianças. Peça que separem
de um lado as imagens dos lugares onde eles
acham que existe água e, do outro, aquelas que
mostram lugares onde não há água.

Para a seleção leve em consideração as seguin-


tes orientações:

- Escolha imagens de diferentes paisagens em


que haja água tais como: mares, lagos, rios, ca-
choeiras, represas, poço, chuva etc.
- Selecione fotos ou ilustrações de diferentes se-
res vivos em contato ou não com a água. Exem-
plos: pássaro bebendo água, pássaro pousado
num galho, criança chupando uma laranja, fru-
tas numa fruteira, crianças suadas depois de
brincar, plantas em uma floresta, pessoa regan-
do uma flor, golfinho nadando no mar, peixes
num aquário etc.

É importante que haja uma boa quantidade de


imagens (aproximadamente doze para cada
grupo de quatro crianças) e que sejam as mes-
mas para todos os grupos. A sugestão é pro-
mover tanto um debate nos pequenos grupos
quanto uma conversa coletiva na sala toda.
Observe se as crianças identificam a presença
de água no corpo dos animais ou das crianças.
Você pode incrementar a discussão dizendo:
“Vocês bebem água todos os dias e várias vezes
por dia, não é mesmo? Para onde vai toda essa
água? E se não bebermos mais água”?

A maioria das crianças pode mencionar o xixi


como única forma de eliminação da água. Você
pode chamar a atenção para outras formas,
como o suor e a lágrima. Para isso, peça que
olhem novamente para a imagem das crianças
suadas. Informe-as também de que o corpo de
todo ser humano precisa de água e relacione
a necessidade de tomar água com a reposição
da água perdida pelo organismo. Falar sobre a
sede também pode ser interessante porque as
crianças podem relatar que já sentiram neces-
sidade de água. Questione em quais momentos
eles sentem mais sede. Ao praticar atividades
físicas? Ao correr muito? Em dias mais quentes?
Quando comem comidas muito salgadas?

Ao final dessa discussão, retome a ideia de que


na parte marrom (ou onde não é azul) do globo
não há água dizendo: “Vimos nessas imagens
que a água está em praticamente todo lugar.
Está nas plantas, no corpo das pessoas, dos ani-
mais, nos rios e cachoeiras etc. Vocês acham
possível, então, que haja água também na parte
marrom do globo terrestre?”
Talvez as opiniões fiquem divididas e as crianças
que passaram a acreditar que existe água na
parte continental tentem convencer o resto da
sala. O importante deste momento é avaliar se
as crianças puderam ampliar seus conhecimen-
tos prévios e não fazer com que todas cheguem
a um consenso. Um exemplo disso pode ser vi-
sualizado na seguinte situação: crianças que
compreenderam que há água nos corpos dos
seres humanos, mas não necessariamente rela-
cionam isso com a presença de pessoas na par-
te do globo terrestre que indica os continentes.

4ª etapa
Para essa etapa você pode utilizar algumas das
imagens selecionadas na etapa anterior ou, se
preferir, pode agregar novas imagens. A ideia é
que as crianças entendam que há muitas for-
mas da água existir e que ela está em muitos
lugares. Para isso leve imagens do mar, de rios,
lagoas, cachoeiras, chuveiro, chuva, bica, peixes
no aquário, golfinho ou outros animais no mar.
Se não tiver imagens suficientes em papel, você
pode utilizar o projetor de imagens. Lembre-se
de organizar o grupo de forma que todos pos-
sam ver as imagens sem precisar levantar ou
pedir licença aos colegas.

Diga às crianças que mostrará algumas ima-


gens e que o desafio será descobrir se a água
que aparece é sempre igual. Caso eles digam
que não, peça que justifiquem a resposta. No-
vamente, a ideia é instaurar um momento de
discussão coletiva em que as crianças expõem
suas hipóteses, escutam os colegas e mudam
ou não de opinião. Muito provavelmente as
crianças conseguem falar que algumas águas
são salgadas e outras doces.

Ajude-os a estabelecer relações com lugares


que já visitaram e o tipo de água encontrado.
Por exemplo: “Quem aqui já foi para a praia?
Como era a água do mar? Será que em toda
praia o mar é salgado”? ou “Quem aqui já nadou
num lago ou represa? A água era salgada como
a do mar”; ou ainda, “Quem tem aquário em
casa? Como é a água? Salgada? Doce? Como
vocês sabem? Já experimentaram”?

Não esqueça de registrar em um cartaz as hipó-


teses e descobertas das crianças. Esse será um
rico material para ajudar os pequenos a perce-
berem o que foi construído ao longo das discus-
sões.

5ª etapa
Relembre os pontos importantes utilizando o
cartaz e seus registros pessoais. Proponha a se-
guir que as crianças descubram, em pequenos
grupos, se os animais que vivem no mar são os
mesmos que vivem nos rios e lagos, separando-
-os em duas listas.

Você precisará de livros informativos, revistas,


enciclopédias ou outros materiais que tenham
imagens desses habitats em quantidade sufi-
ciente para todos os grupos. Selecione também
trechos curtos de filmes que ajudem as crianças
a descobrir essa informação. A proposta é que
as crianças, com o auxílio das imagens, consi-
gam identificar alguns animais que vivem na
água salgada e outros que vivem na água doce,
separando-os em dois grupos.

Se você tiver crianças alfabéticas na sala, distri-


bua-as estrategicamente nos grupos para que
elas possam ser as escribas da lista. Caso sua
sala não tenha crianças alfabéticas ou tenha
uma quantidade insuficiente para distribuir nos
grupos, proponha a produção da lista coletiva-
mente após a pesquisa em pequenos grupos.
Nesse caso, você deverá ser o escriba anotando
na lousa ou num papel pardo os nomes dos ani-
mais que as crianças citarem.

Uma outra opção é buscar na internet ou em re-


vistas imagens de vários animais que vivem no
mar e em rios, lagos, lagoas e pedir que as crian-
ças separem as imagens em duas colunas re-
presentativas dos habitats. No caso do trabalho
em pequenos grupos, lembre-se de fazer um
momento coletivo para que as crianças possam
socializar suas descobertas e comparar o que
cada grupo encontrou.

Se preferir, você pode propor que as crianças


montem um aquário na escola ou na própria
sala de aula. Para isso, precisarão decidir se será
um aquário de água doce ou salgada. Em segui-
da será necessário pesquisar as espécies de pei-
xes adequadas ao tipo de água escolhido. Por
fim, deverão listar os materiais necessários e so-
licitar a ajuda de algum adulto que tenha expe-
riência com essa tarefa. Você pode convidar um
pai ou familiar que já tenha montado um aquá-
rio para ajudá-los. Lembre-se que essa é uma
oportunidade para que as crianças se responsa-
bilizem pelo cuidado de um animal e aprendam
melhor como os peixes vivem.

Avaliação
Observe se as crianças ampliaram seus conheci-
mentos em relação às hipóteses que levantaram
no início da sequência, se demonstraram inte-
resse pelos assuntos abordados, se foram ca-
pazes de gradativamente formular perguntas e
manifestar suas ideias e de buscar respostas por
meio das fontes disponíveis (imagens, conver-
sas com os colegas etc). Retome as anotações
feitas sobre as hipóteses, ideias e pensamentos
das crianças. Pergunte se eles ainda pensam as
mesmas coisas do começo ou se mudaram de
opinião. É importante ressaltar que a evolução
de cada criança é diferente, por isso considere o
ponto de partida de cada um individualmente.
Tenha em mente também que é fundamental
avaliar não somente o momento final do traba-
lho, mas todas as etapas.
327: A importância da higiene bucal - COM MÚ-
SICA!

Objetivo(s)
Ensinar hábitos de higiene bucal para crianças,
levando em consideração a importância da es-
covação após as refeições, mostrando os bene-
ficios da escovação, e também, os problemas
causados pela falta deste hábito.

Conteúdo(s)
Higiene Pessoal;

saúde bucal;

Ano(s)
Pré-escola

Tempo estimado
um dia

Material necessário

Espelhinhos de mão

papel toalha
Escovas de dente
Pastas sem flúor
Porta-escovas
Copos descartáveis
Desenvolvimento
1ª etapa
Será apresentada uma palestra de um dentis-
ta para as crianças, expondo por que escovar
os dentes, como escová-los, o que são cáries e
como são transmitidas.

As crianças serão convidadas a discutir sobre


os assuntos abordados na palestra, como cui-
damos da boca, que materiais usamos para hi-
gienizá-la e quais as principais recomendações
nessa tarefa.

Num segundo momento as crianças serão ins-


tigadas a fazer descobertas por conta própria,
será distribuido espelhinhos de mão, possibili-
tando que explorem gengiva e dentes.

As crianças irão preparar o material e o ambien-


te da escovação.

Durante a rotina da escovação, as crianças serão


divididas em grupos de no máximo cinco inte-
grantes para dedicar atenção individual e ga-
rantir que todos escovem de verdade e será ex-
plicado que a escova é pessoal, não pode trocar
a escova com um colega e também que o en-
xágue não deve ser coletivo por que a bactéria
que causa a cárie pode ser transmitida por ob-
jetos que entram em contato com a boca, neste
momento será entregues os copinhos descartá-
veis e também papéis toalha.

Avaliação
Será observado o quanto as crianças estarão
mais independentes e conscientes da importân-
cia da escovação. Após atividade será elaborado
um diário com fotos dos momentos vivenciados,
possibilitando que cada uma sugira registros
sobre as novas experiências, contando o que
aprendeu.
328 Plano de Aula Bem vindo a escola

Objetivo(s)
- Envolver as famílias que chegam à escola pela
primeira vez num clima de acolhimento, segu-
rança, cuidado e afeto.
- Incluir as crianças na construção do espaço e
do tempo da escola (rotina)
- Acolher as singularidades de cada criança e
incluí-las no desenvolvimento das situações pla-
nejadas.
- Mediar as experiências da criança com a cultu-
ra

- Mostrar os espaços da escola

investigar os gostos de cada um a respeito de


comidas e brincadeiras.

trabalhar sentimentos

Conteúdo(s)
- Inclusão das famílias no processo de adapta-
ção
- Envolvimento das crianças na construção da
rotina e das regras turma
- Respeito e valorização das singularidades das
crianças
- Mediação das experiências da criança com a
cultura e com o espaço escolar

Ano(s)
Pré-escola

Tempo estimado
Duas semanas

Material necessário
- Objetos para casinha, bonecas, carrinhos, giz
ou fita crepe, massinha, papel para desenho,
- Uma caixa de papelão;
- Uma foto de cada criança;
- Fotos ou desenhos de situações da rotina;
- Livros de literatura infantil.

- painel de cortiça, lapis coloridos

Desenvolvimento
1ª etapa
A adaptação começa antes da entrada da crian-
ça na escola. Solicitaremos, portanto, aos fami-
liares que preencham previamente uma ficha,
com informações familiares e da saúde da crian-
ça bem como contatos.

Ao ler as fichas e estabelecer um primeiro con-


tato com as crianças iniciaremos o planejamen-
to.
Organização do ambiente contemplando, can-
tinhos: por exemplo, um canto de brinquedos;
um de materiais para desenho e um outro com
jogos e um outro de livros de leitura

No primeiro dia mostraremos que há interesse


em conhecer a história de cada um, comentá-
rios e perguntas sobre as preferencias de cada
um.

Faremos um passeio pela escola e apresentare-


mos os espaços e pessoas que pertencem a este
lugar. Em seguida, apresentaremos uma brinca-
deira cantada para as crianças . Contaremos a
historia da Chapeuzinho Vermelho, e usaremos
como trampalim para criar as regras da turma e
explicar a importancia da rotina. No final do dia
faremos uma roda de conversa com as crianças
e relembraremos o que observou de mais signi-
ficativo do movimento do grupo; narre algumas
cenas que revelaram envolvimento, interesse e
anuncie o que viverão no dia seguinte.

Solicite aos pais uma foto da criança para que


seja organizado um canto do grupo na sala de
aula.(bilhete)

Avaliação Observe e registre posteriormente as


crianças que mais se envolveram com as pro-
postas e as mais resistentes à aproximação dos
adultos para pensar em formas de convite e
construção de vínculos nas próximas situações.

2ª etapa
Organize os cantos de atividades diversificadas
de desenho, massinha, jogos e fantasias e com-
partilhe com as crianças as opções que terão
neste dia. Procure circular pelos diferentes can-
tos e participe das situações junto com os pe-
quenos.

Num outro momento, apresente para as crian-


ças opainel de cortiça que foi escolhido para co-
locar as suas fotos e envolva-as nesta situação.
Crie um contexto de interação neste momento:
ao colocar as fotos no painel cante músicas com
os nomes das crianças ou então faça uma brin-
cadeira referindo-se a algumas características
físicas ou ações observadas no dia. Por exemplo:
“esta menina que vou mostrar agora brincou
muito de bola, comeu muita banana e está ao
lado do Lucas. Quem será?”

Música: Todas as crianças tem nome: e mostre


onde será o canto de livros do grupo.

No final, apresente uma caixa onde ficarão os


objetos trazidos pelas crianças de casa.

Solicite que façam um desenho para ser colado


nesta caixa. Se possível tire uma foto do grupo
para identificar este objeto que será de todos.
Avaliação Observe a movimentação das crian-
ças nos cantos e a forma de envolvimento com
as propostas. Anote como foram as reações da-
quelas crianças mais caladas, das que resistem
aos contatos, ou mesmo daquelas que demons-
tram uma certa euforia diante de tanta novida-
de.

3ª etapa
Faça mais uma vez a brincadeira com as fotos
das crianças e com as músicas “A canoa virou”;
“João roubou pão”. Proponha mais uma vez os
cantos de atividades .

Compartilhe mais uma leitura e guarde mais


um livro na biblioteca que será do grupo.

Peça as crianças desenhem e recontem o que


lembram da historia

Aproveitaremos o dia para fazer momentos de


recreação fora da sala de aula

Encerramento do dia recuperando oralmente o


que foi vivido pelas crianças e anuncie algo que
as aguardará no dia seguinte. Faça também um
clima de surpresa, de expectativa para as novas
experiências.

Avaliação Invista na interação com as crianças


que demonstram maior dificuldade e resistên-
cia. Chame-as para pegar algum material com
você para a organização do ambiente, sente-se
ao lado para fazer um desenho, faça você um
mesmo um desenho ou escultura de massinha
para que leve para casa e observe as reações
a estas formas de convite. Não se esqueça de
que aquelas crianças que aparentemente estão
achando que tudo é uma “festa”, merecem um
olhar especial, um colo, momentos de atenção
para se entregarem às propostas e para com-
preenderem o que está acontecendo com elas.

4ª etapa
Receba as crianças com os cantos de ativida-
des diversificadas (no mínimo 3). Faça mais uma
vez a brincadeira com as fotos. Apresente em
forma de desenho ou por meio de fotografias
das crianças, cada situação da rotina (o profes-
sor deve organizar este material previamente).
Converse com as crianças o que fazem em cada
momento e organize junto com elas a sequên-
cia temporal das atividades. Diga que essas fo-
tos ou desenhos ajudarão a saber o que farão
na escola e que logo após o lanche ou então da
brincadeira no parque, por exemplo, seus pais
voltarão para buscá-las. Cole o quadro da rotina
num lugar de fácil acesso para as crianças.

Avaliação Ao anunciar os momentos que retra-


tam a rotina, diga às crianças que ainda choram
e demonstram sofrimento em estar neste novo
ambiente, quais são as situações que viverão e
quando será o momento de reverem as pessoas
de sua família todos os dias. Observe as reações
e sempre que chorarem recorra a esta estraté-
gia para ajudar a tranquilizar as crianças.

5ª etapa
Receba as crianças em roda e conte qoutra his-
toria. Quando encerrar, recorra ao quadro da
rotina para situar o que farão a seguir. Em se-
guida, mude a atividade e faça com o grupo um
piquenique (se possível, peça no dia anterior
que cada criança traga de casa um lanche). faça
um piquenique no espaço externo da escola.

Encerre o dia com uma brincadeira. Conte que


ficarão dois dias em casa sem vir para a escola,
mas que muitas novidades as aguardam na pró-
xima semana. Fale que brincarão muito e que o
professor estará sempre presente quando preci-
sarem de algo.

Avaliação
Ajude as crianças mais resistentes à aproxima-
ção a transformarem sentimentos em palavras.
Reconheça os desafios ainda existentes, mas
reafirme que na próxima semana estará nova-
mente na escola para recebê-las e investigar
quais são as brincadeiras e outras situações que
lhes farão se sentir bem neste ambiente. Se pos-
sível, empreste algum livro ou brinquedo e peça
para que cuide bem e traga novamente para a
escola na próxima semana. Isso ajudará neste
processo de construção de vínculo com a escola
e com o educador.

Flexibilização
Para incluir crianças com deficiência física nos
membros inferiores, o primeiro passo é garan-
tir a acessibilidade dos espaços da creche. Faça
um passeio com a criança pelas salas e áreas
externas e apresente-a aos colegas. Deixe que
as crianças interajam e conversem. Caso as
crianças tenham dúvidas, como por exemplo
“por que ele não anda?”, responda de forma
clara. Aproveite a oportunidade para contar a
todos que a limitação motora do colega, de for-
ma alguma o impede de fazer as atividades pro-
postas, mas que, para algumas ações, ele pode
precisar de ajuda. Explique isso à criança com
deficiência física e mostre que ele pode recor-
rer a você ou aos colegas sempre que precisar.
Conte com a ajuda da família para compreender
melhor as necessidades e hábitos da criança.
Procure manter objetos ao alcance dos peque-
nos e respeite o tempo de aprendizagem da
criança.

Deficiências
Física
329 Plano de Aula: Exploração de texturas e me-
lecas

Objetivo(s)
- Explorar texturas de tintas e melecas.
- Utilizar diferentes instrumentos para pintura.

Ano(s)
Creche

Tempo estimado
Durante todo o ano, ao menos uma vez por se-
mana.

Material necessário
Bacias grandes, utensílios de cozinha como co-
adores, espátulas, colheres, escumadeiras, pra-
tinhos e vasilhas de diferentes tamanhos. Pin-
céis, brochinhas, rolinhos de pintor, esponjas e
suportes grandes, como papéis, tecidos lisos,
plásticos e caixas de papelão. Farinha de trigo,
gelatina em pó com cores fortes, amido de mi-
lho, corante comestível (anilina) e natural, feitos
com frutas e geleias, para preparar tintas e mas-
sas (para cada xícara de água morna, acrescen-
te uma de amido de milho e um pacote de ge-
latina. É possível variar a densidade da meleca
acrescentando mais água ou mais farinha. Para
mudar as cores, acrescente o corante.

Desenvolvimento
1ª etapa
As experimentações com as tintas podem ocor-
rer na sala, em uma oficina de artes ou em es-
paços externos. Monte o local deixando à mão
tudo o que será necessário para o andamento
da proposta, pois assim você pode ficar mais
atento às crianças e suas explorações. Forre o
piso (se estiver num espaço de uso coletivo ou
sala) e ofereça papéis no chão, na mesinha ou
na parede para que deixem marcas. Coloque o
material ao alcance de todos e deixe as crianças
de fraldas ou roupas que possam sujar. Plane-
je também como será a arrumação ao fim da
atividade: onde serão colocadas as produções?
Quem ajudará na limpeza e no atendimento às
crianças? Quem documentará a atividade? Pla-
neje como mostrar os primeiros resultados da
atividade, incluindo as fotos, às famílias. Assim,
todos poderão participar, mesmo que indireta-
mente.

2ª etapa
Apresente os materiais aos bebês. É importante
que eles diferenciem os momentos de trabalho
daqueles de alimentação. Por isso, não os in-
centive a comer durante as atividades, mesmo
que os materiais sejam comestíveis. Mostre o
que poderão fazer com as tintas. Inicie utilizan-
do apenas água e depois amplie para misturas
e melecas, como massas de amido ou farinha
com corantes ou gelatinas. Ao acrescentar uma
cor forte, pergunte: “Estão vendo como a cor
mudou?” Para os mais crescidos, é possível in-
troduzir terra, areia, folhas e sementes. Se fizer
uma tinta de gelatina, por exemplo, deixe que
cheirem, toquem e brinquem. É importante que
eles se familiarizem com os materiais de apoio
antes de a atividade começar - uma bacia pode
ser tão interessante quanto seu conteúdo. O
foco da atividade, porém, deve ser exploração
de texturas.

3ª etapa
Convide o grupo a explorar as propriedades e
possibilidades dos materiais. É possível organi-
zar, por exemplo, uma atividade para explorar
texturas de determinado material ou então uma
para que os pequenos utilizem mais um tipo
de instrumento, como o pincel, a brochinha e o
rolinho de pintor. Nesse momento, diga: “Veja
como com o rolinho você pinta uma área maior.
Com o pincel, só dá para fazer um risco”. Vale
testar também as diferenças entre pintar com
as mãos, que dá mais controle, ou com os pés,
com pincéis e rolinhos, que tendem a ser mais
difíceis de controlar.

Avaliação
Observe atentamente durante todo o processo.
Isso dará indícios de como propor as próximas
atividades. Em alguns casos, vale fazer pau-
tas de observação individual, pois cada crian-
ça pode apresentar formas muito distintas de
aproximação dos materiais: algumas se lambu-
zam logo no primeiro dia e aos poucos vão se
concentrando em explorações mais definidas.
Outras demoram mais tempo para se soltar e há
ainda as que insistem em pesquisas específicas
de cores, misturas ou ocupação dos suportes
etc. No dia seguinte ao trabalho, retome com o
processo documentado, conversando com to-
dos para ver se lembram quais os materiais e
utensílios foram usados em cada atividade.

Flexibilização
Para trabalhar com bebês com deficiência físi-
ca nos membros superiores, envolva os rolinhos
e os pincéis em espuma. Isso vai ajudar os pe-
quenos a ter mais firmeza na hora de fazer as
primeiras pinturas. Você pode fixar papeis em
pranchetas inclinadas e colocar em frente ao
bebê ou fazer com que a criança crie suas pró-
prias estratégias para pintar nos papeis fixados
no chão. Estimule que ela pinte com os pés jun-
to dos colegas e deixe as tintas em lugares aces-
síveis e próximos da criança com deficiência. Os
outros bebês também ajudam a criança a segu-
rar alguns objetos ou alcançar os potes de tinta.

Deficiências
Física

Créditos: Daniela Pannuti Formação: Orienta-


dora pedagógica do Colégio Vera Cruz, em São
Paulo.
330 Plano de Aula: Apresentação do sistema nu-
mérico por meio dos rótulos dos alimentos

Objetivo(s)
Ler, comparar e ordenar números.

Conteúdo(s)
- Investigação de algumas regularidades do sis-
tema de numeração
- Leitura e comparação de números
- Análise das informações nos rótulos dos ali-
mentos

Crianças da pré-escola da Escola de Educação


Infantil do Ses. Imagem:Tamires Kopp
Ano(s)
Pré-escola

Tempo estimado
5 a 6 aulas

Material necessário
Diferentes embalagens de alimentos.

Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução
Algumas pesquisas mostram que as crianças
relacionam os números que falam e ouvem no
cotidiano com a escrita e, assim, identificam al-
gumas regularidades que vão ajudá-las a avan-
çar no aprendizado sobre o sistema numérico.
Uma alternativa para impulsionar esse conheci-
mento pode estar em um recurso simples: uma
coleção de diferentes embalagens de bebidas e
alimentos, por exemplo.

A sugestão desta sequência didática é que, a


partir do manuseio desse material, você propo-
nha desafios aos pequenos, como procurar in-
formações numéricas ou interpretar os números
dos rótulos dos alimentos (leia reportagem do
projeto “Emagrece, Brasil!” sobre como ler os
dados das embalagens). Comece com a análise
da data de validade, do peso e das informações
nutricionais e, em seguida, proponha problemas
pontuais de interpretação, produção e compara-
ção.

Peça que as crianças tragam de casa embala-


gens de alimentos como cereal matinal, amido
de milho, café, chocolate em pó, gelatina etc.
Quando já tiver uma quantidade razoável (uma
média de 5 embalagens para cada 4 crianças),
divida a turma em grupos e convide os peque-
nos a encontrar números nos pacotes e a pensar
para que eles servem.

As crianças devem explorar as embalagens e


discutir nos grupos o que interpretaram. Orga-
nize uma socialização para que dividam suas
descobertas, ideias e opiniões. É interessante
gerar condições para que contem as hipóte-
ses que encontraram e discutam as dos cole-
gas. Neste momento, levante questões, como
o exemplo a seguir: “Este grupo acredita que o
número que aparece na frente da embalagem
indica até quando o alimento pode ser ingeri-
do. O que vocês pensam? Será que este número
pode servir para duas coisas diferentes?”

Para registrar as conclusões da turma, cole uma


embalagem desmontada em um cartaz e des-
taque os diferentes números encontrados jun-
to das hipóteses da turma para as funções de
cada um. É importante ter em mente que, nes-
ta primeira etapa, o esperado é que as crianças
descubram novas informações por meio da ex-
ploração dos materiais, por isso se preocupe em
provocar questionamentos e não em dar res-
postas.

2ª etapa
Encontrar o alimento mais pesado e o mais leve
Recupere o que foi aprendido na etapa anterior.
Para isso, você pode usar o cartaz já elabora-
do. Se considerar necessário, acrescente outras
informações ou questionamentos para que as
crianças avancem nas hipóteses.

Em seguida, entregue quatro embalagens para


cada grupo e peça que descubram os números
que indicam o peso dos produtos e mostrem
quais são os mais pesados. Uma dica para o su-
cesso da atividade é procurar embalagens que
tenham a mesma unidade de medida (como
“gramas”, por exemplo) e números de dois ou
três dígitos. Não há problema em oferecer em-
balagens de alimentos iguais para os diferentes
grupos. Exemplo: todos podem ter uma caixa de
cereais, uma de amido de milho, uma de gelati-
na e outra de chocolate em pó.

Durante aproximadamente dez minutos as


crianças devem discutir nos grupos como solu-
cionar o problema. Ao longo da atividade, faça
uma observação minuciosa do que os pequenos
estão fazendo para reconhecer quais as estraté-
gias utilizadas por eles.

Logo após, selecione dois grupos que tenham


respostas diferentes sobre o peso dos pacotes.
Essa seleção atende a, pelo menos, dois obje-
tivos: o primeiro é ver se todos consideraram
o número que representa o peso do alimento
na embalagem. O outro é evidenciar a maneira
como as crianças compararam os números e es-
colheram o mais pesado. Atenção: o fundamen-
tal não é apontar erros e acertos, mas proporcio-
nar o intercâmbio de diferentes ideias e permitir
que os pequenos contem quais os critérios que
utilizaram.

Considere que é possível que os grupos con-


siderem outros valores em vez da quantia de
gramas para definir qual é o mais pesado. Nes-
sas situações, o professor pode trazer algumas
embalagens para a roda e dizer coisas como:
“Percebi que o grupo tal olhou para o seguinte
número para saber quanto pesava esta gelati-
na (apontando para a data de validade). Vocês
acham que esse número mostra o peso deste
alimento? Para onde temos que olhar para des-
cobrir o peso? Existem outras maneiras de des-
cobrirmos qual é o mais pesado sem olharmos
para este número?”

Esse momento serve para compartilhar uma in-


formação que pode não ser evidente para todos
e que vai ajudá-los, no futuro, a resolver novos
desafios.

3ª etapa
Ordenar os alimentos pelo peso
Novamente, relembre o que já foi feito e, em se-
guida, peça que as crianças organizem três ou
quatro embalagens pelo peso. Para dar conta
dessa tarefa, eles precisarão analisar as escritas
dos números considerando o que já sabem so-
bre o sistema de numeração.

Esteja atento à complexidade do exercício! Se


para alguns for muito difícil ordenar quatro em-
balagens, reduza para três ou até mesmo duas.
Mais uma vez, as conclusões da turma devem
ser compartilhadas. Para que os pequenos com-
preendam a regularidade do sistema numéri-
co, levante pontos importantes na organização,
como:
- Os números que tem menos algarismos vêm
primeiro;
- O número que começa com o algarismo me-
nor vêm na frente (no caso de números com a
mesma quantidade de algarismos);
- Quando têm dois números que começam com
o mesmo algarismo, temos que olhar para o se-
gundo para saber quem vem antes

É bem provável que as crianças não utilizem a


palavra algarismo, mas você pode informá-los
dos nomes convencionais para que aprendam a
se expressar com maior precisão.

Avaliação
Analise se as crianças avançaram no uso social
dos números encontrados nos rótulos, na leitu-
ra, na comparação e na utilização das informa-
ções, como tabela nutricional e peso, como fon-
te de pesquisa. É importante também observar
os critérios utilizados para fazer as comparações.
Pensando que o aprendizado do sistema numé-
rico é sequencial, você pode analisar aspectos
como: os tópicos das discussões, os equívocos
das crianças, as questões que ainda poderiam
ser explorados e quais outras informações po-
dem ser incluídas nas próximas aulas.
331 Plano de Aula Descubra com seus alunos
onde há água no planeta

Objetivo(s)
- Pesquisar e reconhecer onde há água no pla-
neta
- Estimular a curiosidade pelo mundo natural
- Conhecer e manusear o globo terrestre

Conteúdo(s)
- Meio ambiente
- Preservação
- Água

Ano(s)
Pré-escola

Tempo estimado
6 a 8 aulas

Material necessário
- Globo terrestre
- Imagens de diferentes lugares que evidenciam
ou não a presença de água (ver quadro com
orientações para seleção das imagens)
- Livros, revistas ou outros materiais de pesquisa
- Para conhecer melhor o tema, acesse as se-
guintes reportagens disponíveis no site do pro-
jeto Planeta Sustentável: “Água: a escassez na
abundância”, “Preservação do alto mar e regula-
mentação da pesca são recomendações da so-
ciedade para os Chefes de Estado na Rio+20” e
“Expedição: mar de lixo no Oceano Atlântico”

Desenvolvimento
1ª etapa
Com certeza, a maioria das crianças já deve ter
visto imagens do planeta Terra em livros, na in-
ternet ou na televisão, mas talvez nunca tenha
parado para observar com mais atenção e inter-
pretar essas imagens.

A sugestão é que você leve para a sala um glo-


bo terrestre e faça uma roda de conversa com
os pequenos. Deixe que manuseiem o globo e
peça que falem sobre o instrumento. Pergun-
te se alguém já viu um semelhante antes e se
sabe o que são os desenhos que aparecem nele.
Questione também se alguém sabe para que
serve o globo terrestre.

O objetivo desta conversa inicial é conhecer o


que as crianças já sabem e permitir que os co-
nhecimentos já existentes circulem entre o gru-
po. Isso permite que você, professor, ajuste o
planejamento das etapas seguintes conforme
as necessidades da sua turma.

Lembre-se de considerar o que as crianças fa-


larem sem fazer qualquer tipo de julgamen-
to. Ouça com atenção e chame atenção para
comentários interessantes feitos por algumas
crianças. Lembre-se de registrar essa roda ini-
cial, pois poderá ser interessante retomar as fa-
las dos pequenos e fazer comparações no final
da sequência. Essa comparação pode ser uma
boa forma de avaliar a construção de conheci-
mentos feitas durante o estudo.

Sobre o registro
Espera-se que a investigação de um tema gere
informações que precisam ser registradas. Esse
registro pode acontecer de diversas formas: tex-
tos coletivos, desenhos a partir de observações,
gravações em áudio das rodas de conversas, fil-
magens, murais ilustrados etc. Independente
da linguagem, o importante é que a sistemati-
zação seja feita em todas as etapas da sequên-
cia e não só no final. Os registros servem para
avaliar o seu trabalho, professor, assim como as
conquistas da turma. Além disso, ajudam na re-
cuperação das etapas do processo vivido e no
reconhecimento das hipóteses que as crianças
fizeram e deixaram de lado porque aprenderam
outras coisas.

2ª etapa
Leve novamente o globo terrestre para a sala e
relembre com as crianças alguns pontos impor-
tantes da conversa anterior. Proponha então, o
seguinte desafio: onde está a água?

Provavelmente, a maioria das crianças respon-


derá apontando a parte azul do globo ou dizen-
do o nome da cor. Instaure um clima de dúvida:
Vocês todos acham que a água está na parte
azul do globo, certo? Então, isso quer dizer que
na parte marrom não há nada de água, é isso?
Vocês tem certeza disso? Ouça as respostas das
crianças e faça novos questionamentos para
que eles debatam entre si as ideias e informa-
ções que possuem. Você pode perguntar a se-
guir o que acham que tem na parte marrom do
globo. A partir das respostas confirme as que
forem pertinentes e adicione algumas informa-
ções caso ache necessário.

Você pode reforçar a ideia de que o uso das dife-


rentes cores serve para diferenciar os continen-
tes dos oceanos. Diga que cada oceano possui
um nome diferente e pergunte se sabem onde
fica o país em que moramos. Mostre os diferen-
tes continentes e diga que dentro deles há mui-
tos países. Pergunte se os pequenos sabem os
nomes de alguns países. Você pode até fazer al-
gumas bandeirinhas com palitos de dente e pe-
quenos pedaços de papel para escrever o nome
dos lugares citados pelo grupo!

Essa nova conversa e exploração do globo per-


mite que as crianças aprendam a “ler” o objeto
e faz com que se interessem cada vez mais por
aprender novas informações e curiosidades.
Uma dica interessante é deixar o globo terrestre
exposto na sala enquanto o estudo estiver acon-
tecendo. Isso possibilita um contato diário das
crianças e permite que analisem mais minucio-
samente os detalhes deste objeto. Fique atento
às conversas informais das crianças que se apro-
ximam para observar o globo em momentos
diversos da rotina e lembre-se de anotar alguns
comentários para socializar com todos.

3ª etapa
Selecione previamente algumas imagens e
distribua para as crianças. Peça que separem
de um lado as imagens dos lugares onde eles
acham que existe água e, do outro, aquelas que
mostram lugares onde não há água.

Para a seleção leve em consideração as seguin-


tes orientações:

- Escolha imagens de diferentes paisagens em


que haja água tais como: mares, lagos, rios, ca-
choeiras, represas, poço, chuva etc.
- Selecione fotos ou ilustrações de diferentes se-
res vivos em contato ou não com a água. Exem-
plos: pássaro bebendo água, pássaro pousado
num galho, criança chupando uma laranja, fru-
tas numa fruteira, crianças suadas depois de
brincar, plantas em uma floresta, pessoa regan-
do uma flor, golfinho nadando no mar, peixes
num aquário etc.

É importante que haja uma boa quantidade de


imagens (aproximadamente doze para cada
grupo de quatro crianças) e que sejam as mes-
mas para todos os grupos. A sugestão é pro-
mover tanto um debate nos pequenos grupos
quanto uma conversa coletiva na sala toda.

Observe se as crianças identificam a presença


de água no corpo dos animais ou das crianças.
Você pode incrementar a discussão dizendo:
“Vocês bebem água todos os dias e várias vezes
por dia, não é mesmo? Para onde vai toda essa
água? E se não bebermos mais água”?

A maioria das crianças pode mencionar o xixi


como única forma de eliminação da água. Você
pode chamar a atenção para outras formas,
como o suor e a lágrima. Para isso, peça que
olhem novamente para a imagem das crianças
suadas. Informe-as também de que o corpo de
todo ser humano precisa de água e relacione
a necessidade de tomar água com a reposição
da água perdida pelo organismo. Falar sobre a
sede também pode ser interessante porque as
crianças podem relatar que já sentiram neces-
sidade de água. Questione em quais momentos
eles sentem mais sede. Ao praticar atividades
físicas? Ao correr muito? Em dias mais quentes?
Quando comem comidas muito salgadas?

Ao final dessa discussão, retome a ideia de que


na parte marrom (ou onde não é azul) do globo
não há água dizendo: “Vimos nessas imagens
que a água está em praticamente todo lugar.
Está nas plantas, no corpo das pessoas, dos ani-
mais, nos rios e cachoeiras etc. Vocês acham
possível, então, que haja água também na parte
marrom do globo terrestre?”
Talvez as opiniões fiquem divididas e as crianças
que passaram a acreditar que existe água na
parte continental tentem convencer o resto da
sala. O importante deste momento é avaliar se
as crianças puderam ampliar seus conhecimen-
tos prévios e não fazer com que todas cheguem
a um consenso. Um exemplo disso pode ser vi-
sualizado na seguinte situação: crianças que
compreenderam que há água nos corpos dos
seres humanos, mas não necessariamente rela-
cionam isso com a presença de pessoas na par-
te do globo terrestre que indica os continentes.

4ª etapa
Para essa etapa você pode utilizar algumas das
imagens selecionadas na etapa anterior ou, se
preferir, pode agregar novas imagens. A ideia é
que as crianças entendam que há muitas for-
mas da água existir e que ela está em muitos
lugares. Para isso leve imagens do mar, de rios,
lagoas, cachoeiras, chuveiro, chuva, bica, peixes
no aquário, golfinho ou outros animais no mar.
Se não tiver imagens suficientes em papel, você
pode utilizar o projetor de imagens. Lembre-se
de organizar o grupo de forma que todos pos-
sam ver as imagens sem precisar levantar ou
pedir licença aos colegas.

Diga às crianças que mostrará algumas ima-


gens e que o desafio será descobrir se a água
que aparece é sempre igual. Caso eles digam
que não, peça que justifiquem a resposta. No-
vamente, a ideia é instaurar um momento de
discussão coletiva em que as crianças expõem
suas hipóteses, escutam os colegas e mudam
ou não de opinião. Muito provavelmente as
crianças conseguem falar que algumas águas
são salgadas e outras doces.

Ajude-os a estabelecer relações com lugares


que já visitaram e o tipo de água encontrado.
Por exemplo: “Quem aqui já foi para a praia?
Como era a água do mar? Será que em toda
praia o mar é salgado”? ou “Quem aqui já nadou
num lago ou represa? A água era salgada como
a do mar”; ou ainda, “Quem tem aquário em
casa? Como é a água? Salgada? Doce? Como
vocês sabem? Já experimentaram”?

Não esqueça de registrar em um cartaz as hipó-


teses e descobertas das crianças. Esse será um
rico material para ajudar os pequenos a perce-
berem o que foi construído ao longo das discus-
sões.

5ª etapa
Relembre os pontos importantes utilizando o
cartaz e seus registros pessoais. Proponha a se-
guir que as crianças descubram, em pequenos
grupos, se os animais que vivem no mar são os
mesmos que vivem nos rios e lagos, separando-
-os em duas listas.
Você precisará de livros informativos, revistas,
enciclopédias ou outros materiais que tenham
imagens desses habitats em quantidade sufi-
ciente para todos os grupos. Selecione também
trechos curtos de filmes que ajudem as crianças
a descobrir essa informação. A proposta é que
as crianças, com o auxílio das imagens, consi-
gam identificar alguns animais que vivem na
água salgada e outros que vivem na água doce,
separando-os em dois grupos.

Se você tiver crianças alfabéticas na sala, distri-


bua-as estrategicamente nos grupos para que
elas possam ser as escribas da lista. Caso sua
sala não tenha crianças alfabéticas ou tenha
uma quantidade insuficiente para distribuir nos
grupos, proponha a produção da lista coletiva-
mente após a pesquisa em pequenos grupos.
Nesse caso, você deverá ser o escriba anotando
na lousa ou num papel pardo os nomes dos ani-
mais que as crianças citarem.

Uma outra opção é buscar na internet ou em re-


vistas imagens de vários animais que vivem no
mar e em rios, lagos, lagoas e pedir que as crian-
ças separem as imagens em duas colunas re-
presentativas dos habitats. No caso do trabalho
em pequenos grupos, lembre-se de fazer um
momento coletivo para que as crianças possam
socializar suas descobertas e comparar o que
cada grupo encontrou.
Se preferir, você pode propor que as crianças
montem um aquário na escola ou na própria
sala de aula. Para isso, precisarão decidir se será
um aquário de água doce ou salgada. Em segui-
da será necessário pesquisar as espécies de pei-
xes adequadas ao tipo de água escolhido. Por
fim, deverão listar os materiais necessários e so-
licitar a ajuda de algum adulto que tenha expe-
riência com essa tarefa. Você pode convidar um
pai ou familiar que já tenha montado um aquá-
rio para ajudá-los. Lembre-se que essa é uma
oportunidade para que as crianças se responsa-
bilizem pelo cuidado de um animal e aprendam
melhor como os peixes vivem.

Avaliação
Observe se as crianças ampliaram seus conheci-
mentos em relação às hipóteses que levantaram
no início da sequência, se demonstraram inte-
resse pelos assuntos abordados, se foram ca-
pazes de gradativamente formular perguntas e
manifestar suas ideias e de buscar respostas por
meio das fontes disponíveis (imagens, conver-
sas com os colegas etc). Retome as anotações
feitas sobre as hipóteses, ideias e pensamentos
das crianças. Pergunte se eles ainda pensam as
mesmas coisas do começo ou se mudaram de
opinião. É importante ressaltar que a evolução
de cada criança é diferente, por isso considere o
ponto de partida de cada um individualmente.
Tenha em mente também que é fundamental
avaliar não somente o momento final do traba-
lho, mas todas as etapas.
332 Plano de Aula: A diversidade Cultural

Objetivo(s)
Trabalhar com as diferenças em sala de aula.
Despertar a criançã para a sua identidade e en-
fatizar os pontos positivos.
Estimular o respeito às diferenças e as limita-
ções dos colegas independente do sexo.
Ano(s)
Pré-escola

Tempo estimado
O ano todo.

Material necessário
Livros.
CDs.
DVDs.
Brinquedos.
Instrumentos musicais.
Materiais recicláveis.
Desenvolvimento
1ª etapa
Na aquisição de materiais levar em considera-
ção a quantidade para que possibilitem a inte-
ração e estimulem o respeito entre as criança-
sindependente que sejam, homens e mulheres,
pessoas com deficiência e grupos de diferentes
culturas.

2ª etapa
Em um momento oportuno, explicar aos pais a
importância do respeito a diversidade no dia a
dia. Enviar uma atividade para ser feita em casa
com auxílio dos pais que enfatize alguma das
diferenças existentes na sala de aula.

Avaliação
Anotar no diário de bordo o comportamento
das crianças em relação a diversidade no am-
biente escolar. Identificar os que precisam de
apoio para aceitar a sua identidade e dos cole-
gas

Flexibilização
Crianças de qualquer etinia, credo, ou com qual-
quer tipo de deficiência.

Deficiências
Múltipla
333 Plano de Aula Leitura de textos informativos
na creche

Objetivo(s)
Escutar a leitura de textos informativos feita
pelo professor.
Desenvolver comportamentos leitores e escrito-
res quando se quer saber mais sobre um tema.

Conteúdo(s)
Familiarização com textos informativos: ler para
saber mais.
Exploração de diferentes fontes de informação e
procedimentos de pesquisa.
Ano(s)
Creche

Tempo estimado
6 aulas

Material necessário
Livros, revistas, enciclopédias, jornais e docu-
mentários (vídeo ou DVD).
Desenvolvimento
1ª etapa
Separe o material pertinente ao estudo que será
feito. Cuide para que o tema desperte o inte-
resse dos pequenos, como animais marinhos.
Verifique se as fontes são confiáveis, organize
um acervo variado e garanta que algumas das
leituras sejam feitas com o material destinado
a adultos: revistas, jornais e livros científicos de
circulação social.

2ª etapa
Faça uma breve leitura de um texto informati-
vo ou apresente trechos de documentários (por
exemplo, um filme que mostre a interação dos
animais no ambiente marinho). Proponha uma
discussão sobre os assuntos abordados e levan-
te as dúvidas da turma. Divida um cartaz em
duas colunas e escreva, de um lado, “o que que-
remos saber” e, no outro, “o que aprendemos”.
Registre comentários das crianças, as questões
que não foram respondidas e as que devem ser
retomadas.

3ª etapa
Recupere o que já foi registrado e leve um novo
texto. Atue como leitor-modelo: compartilhe
como se faz uso de índices, indique onde estão
o título e o subtítulo e faça a leitura do material.
Registre num novo cartaz as descobertas reali-
zadas.

4ª etapa
Apresente outro texto. Leia o título para a turma
antecipar do que se trata. Faça pausas e releia
trechos sempre que julgar importante. Caso
apareçam palavras difíceis, aposte na compre-
ensão por meio do contexto. Após a leitura, esti-
mule que todos façam comentários e avancem
em suas hipóteses. Registre as descobertas.

5ª etapa
Disponibilize diferentes materiais sobre o tema
e coloque no centro da roda: podem ser livros
com fotos, matérias com curiosidades, fichas
técnicas com as características físicas dos ani-
mais marinhos etc. Oriente todos a fazer buscas
com base nas ilustrações. Estimule o manuseio
do material, dando pistas de como buscar da-
dos e ajudando-os a marcar as páginas sele-
cionadas. Quando finalizarem, retorne à roda e
socialize o que encontraram. O objetivo é que as
crianças possam olhar o material e participar da
busca da informação.

6ª etapa
Confronte as perguntas levantadas na 2ª etapa
e as descobertas feitas. Retome os cartazes para
refletir sobre quais dúvidas foram esclarecidas e
o que teriam que continuar pesquisando.

Avaliação
Verifique se as crianças demonstraram interesse
no processo de pesquisa, se avançaram em re-
lação às hipóteses iniciais e se levantaram novas
questões. O propósito da atividade é desenvol-
ver o gosto por ler para saber mais, manusear
textos científicos de circulação social e compre-
ender que podem aprender muito com eles.

Flexibilização
A importância do acervo variado e da escolha
de temas que façam parte do universo dos pe-
quenos é crucial para a compreensão de crian-
ças com deficiência intelectual. Na creche, to-
dos ainda estão aprendendo a expressar-se e
a adquirir autonomia. Por isso, é importante
valorizar as habilidades e as limitações de cada
criança. Aproximar a escolha dos assuntos das
situações do cotidiano é fundamental. Diversi-
fique os meios de acesso ao conteúdo na sala.
Isso facilita o desenvolvimento da criança com
deficiência. Capriche na interpretação ao longo
da leitura do texto e leia pausadamente. Os pais
da criança com deficiência intelectual podem
reforçar a leitura em casa do texto indicado pela
educadora e de outros textos. Fazer com que o
pequeno reconte os conteúdos à sua maneira é
um excelente exercício para que ele pratique a
oralidade. Estimule a criança para que ela tam-
bém faça observações junto dos colegas nas
discussões na creche. Avalie se a criança conse-
guiu familiarizar-se com os livros e adquiriu no-
ções sobre como manuseá-los.

Deficiências
Intelectual
334: Plano de aula: Folclore: A festa do Boi em
diferentes representações

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Para essa atividade, pesquise o contexto das


brincadeiras do “Boi de mamão”, que ocorrem
no sul do país. Conheça os personagens des-
sa festa popular e a sequência em que apare-
cem, assim poderá ampliar as possibilidades de
investigação das crianças. Durante a primeira
etapa do plano, você encontrará referências à
atividade anterior, onde foi abordado o Bumba
meu boi, característico do Maranhão. A suges-
tão é seguir a sequência das atividades ou ade-
quar a forma de apresentação da “Festa do Boi
de Mamão”. Se você é da região onde essa festa
é popular, terá mais elementos e materiais para
enriquecer o plano e para encaminhar as propo-
sições junto às crianças. Aproveite essa oportu-
nidade para valorização da cultura local.

Este plano faz parte de uma sequência de cinco.


São eles:

Diversidade Cultural - “Bumba meu boi”.

A festa do boi em diferentes representações.

Conhecendo e explorando instrumentos da fes-


ta do Boi.
Construindo nosso Boi

Brincando de Boi com outras turmas da escola.

Materiais:

Aparelho para reprodução de som e imagem,


vídeo com apresentação do “Boi de mamão”,
aqui a sugestão é: Brincadeiras Regionais, Re-
gião Sul - Nova Escola (reproduzir o vídeo a par-
tir de 2 min e 20seg). Áudio das canções que
apresentam os personagens da festa, sugestão:
CD Boi de Mamão - Ndi. Ufsc (canções 1,8,9). Le-
tra impressa das músicas, segue o link: letra das
canções. Máscaras, microfones, instrumentos
musicais disponíveis na escola, como pandeiros,
maracás, tambores. Materiais de largo alcan-
ce, como: caixas de papelão, tecidos, caixas de
ovos, embalagens de iogurte, tubos de papelão,
lã, cabos de vassoura ou outros que possam ser
interessantes para a proposta. Materiais para
registro do professor: câmera fotográfica ou ce-
lular, gravador de voz ou material para registro
escrito.

Espaços:

Essa atividade pode ser desenvolvida na sala de


atividades ou em outro espaço que favoreça a
reprodução de áudio e vídeo.
Tempo sugerido:

Entre 40 minutos e 1 hora.

Perguntas para guiar suas observações:

Como ocorre o envolvimento das crianças ao


compartilhar as experiências familiares? De que
forma demonstram interesse em contar suas
experiências e conhecer as informações apre-
sentadas pelos colegas?

Quais os elementos envolvidos nas apresenta-


ções do “Boi de mamão” que mais chamam a
atenção das crianças e como demonstram esse
interesse?

Como acontece a exploração de sons e movi-


mentos corporais durante a encenação livre?
Que critérios usam para formar seus pares du-
rante essa vivência?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou


relacionais que podem impedir que uma crian-
ça ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e
diferenças de cada criança ou do grupo. Como
a proposta prevê o uso de áudios e vídeos, orga-
nize situações de ajuda entre as crianças para
que todas possam compreender. Favoreça um
ambiente agradável e convidativo onde todas se
sintam motivadas a participar. Valorize suas hi-
póteses e comentários acerca da manifestação
cultural. Durante a encenação livre, garanta um
espaço adequado à movimentação e evite locais
com degraus, piso muito liso ou ocupado por
muitos móveis.

O que fazer durante?


O que fazer durante?
1

Reúna as crianças em grande rodae comparti-


lhe que é o momento de contarem o que des-
cobriram com suas famílias sobre a festa do
Boi. As crianças devem apresentar seus relatos,
fotos e objetos que trouxeram. Aproveite para
problematizar as informações que as crianças
trazem, talvez perguntando em que lugar ocor-
reu a festa registrada na foto, ou como acham
que essa festa foi organizada. Objetos podem
ajudar a construir um contexto. Por exemplo, se
uma criança traz um pequeno boi de cerâmica,
você pode perguntar por que acham que aque-
le boi pode representar o Boi da festa e se existe
alguma semelhança entre esse boi e o que vi-
ram no vídeo da atividade anterior (Bumba meu
boi). Isso também poderá acontecer a partir de
um instrumento musical. Será que em todas as
festas de Boi se usa esse instrumento? Fique
atento se as crianças trazem informações de di-
ferentes formas de dançar o Boi. Se necessário,
retome alguns relatos que as próprias crianças
fizeram para que elas percebam a diversidade.
Você pode antecipar algum objeto ou imagens
para compartilhar com o grupo, garantindo al-
gum elemento para a conversa, caso nenhuma
criança tenha trazido algo. A partir desse diálo-
go e da exploração dos materiais, pergunte se
elas já ouviram falar do Boi de mamão. Convide
as crianças para conhecer essa brincadeira típi-
ca no sul do Brasil.

Proponha que, para conhecer esse outro Boi,


as crianças irão assistir a um vídeo que mostra
como brincam o Boi de mamão em Santa Ca-
tarina. Em seguida, elas poderão brincar o Boi
de Mamão junto com os colegas da sala. Inclu-
sive, enquanto assistem ao vídeo, elas podem
escolher um personagem e observar como ele
participa da festa. Reproduza o vídeo sugerido:
Brincadeiras Regionais, Região Sul - Nova Esco-
la, (a partir de 2min e 20seg) ou outro que tenha
pesquisado com antecedência.

Observe como as crianças reagem enquanto


assistem ao vídeo, suas falas e gestos, quais as
associações fazem com o Bumba meu boi e
se relacionam alguma característica do Boi de
mamão com relatos trazidos de casa. Após o
vídeo, converse com elas sobre as impressões,
o que gostaram e como as crianças brincavam
com o Boi no vídeo. Traga a atenção para os de-
mais personagens, além do Boi, para que elas
comentem o que observaram sobre os perso-
nagens que entram na brincadeira e a possível
função deles na festa do Boi de Mamão.

Convide as crianças para conhecer mais sobre


esses personagens, diga que ouvirão três can-
ções, uma para cada personagem. Peça para
que fiquem atentas para perceber quais são! O
áudio sugerido: CD Boi de Mamão - Ndi. Ufsc
(canções 7,8,9), traz a canção do boi, do cava-
linho e da cabra, personagens que aparecem
no vídeo. Se as crianças desejarem, reproduza
novamente os áudios. Elas podem cantar junto
ou acompanhar o ritmo, batendo palmas ou re-
alizando movimentos expressivos, como prefe-
rirem. Depois de ouvir com as crianças, mostre
que você trouxe a letra das canções que falam
sobre os personagens. Apresente os cartazes
com as letras e pergunte onde querem fixar. Ne-
gocie com as crianças um lugar de fácil acesso
onde todas possam consultar, sempre que qui-
serem. Outros materiais apresentados durante
a conversa inicial também podem compor esse
espaço. Proponha que escolham um persona-
gem da festa, e convide-as para brincar de Boi
de mamão.
4

Pergunte sobre o que será que precisamos para


brincar de Boi de mamão. Diga que trouxe al-
guns objetos que elas poderão escolher para
improvisar o personagem escolhido. Se notar
que alguma criança ainda está indecisa, ajude-a
para que ela possa construir seu personagem,
ou, se preferir, auxiliar algum colega e brincar
com ele.Disponibilize alguns objetos que po-
dem ser relacionados a festa, como máscaras,
instrumentos musicais (pandeiros, maracás,
tambores ou outros disponíveis na escola), mi-
crofones e alguns de largo alcance, como te-
cidos, caixas de papelão ou outros que podem
ser interessantes para a proposta.As crianças
podem escolher construir individualmente ou
em pequenos grupos. Observe como interagem
com os colegas e formam seus pares, auxilie se
tiverem dificuldade para definir os materiais.

Possíveis falas do professor neste momento:


Caso uma criança mostre dificuldade ou in-
decisão para escolher o material, você poderá
dizer: Você já pensou com qual personagem
quer brincar? Nós temos caixas, tecidos, másca-
ras (cite alguns dos materiais). O que podemos
usar para fazer o Boi, ou o cavalinho, ou a cabra?
Qual deles você gostou mais?

5
Reproduza os áudios com as canções já ouvi-
das. As crianças devem ficar livres para dan-
çar e encenar os personagens da festa a partir
das referências que construíram com base nas
conversas e vídeos que assistiram. Caso algu-
ma criança não queira encenar, ofereça os ins-
trumentos musicais como alternativa para que
acompanhem o ritmo da música.

Combine o tempo que terão para a brincadeira e


aproveite esse momento para observar e regis-
trar. Perceba os movimentos que elas realizam,
se buscam reproduzir algumas cenas da história
do Boi, se acompanham as canções etc. A partir
das letras das canções você pode indicar algu-
mas interações dos personagens no contexto
das brincadeiras das crianças.

Para finalizar:

Diga que terão a oportunidade de brincar mais


quando estiver perto do horário de saída. Assim,
elas poderão mostrar para as famílias suas des-
cobertas e construções da festa do Boi de ma-
mão. Combine com as crianças um local ade-
quado para guardar os materiais até a hora de
retomar a brincadeira.

Desdobramentos
Você pode propor para as crianças conhecer os
outros personagens da festa do Boi de mamão.
Se for possível, organize uma pesquisa usando
as mídias digitais ou reproduza as músicas do
CD Boi-de-mamão, que contam sobre os de-
mais personagens típicos da festa do Boi no Sul
do país. Assim, as crianças poderão ampliar as
possibilidades de brincar inserindo outros per-
sonagens dessa festa popular. Aproveite os ma-
teriais que você e as crianças trouxeram durante
a investigação sobre o Boi e a impressão com a
letra das canções, para organizar com as crian-
ças uma pequena exposição em um canto da
sala de atividades.

Engajando as famílias
Peça para que as crianças reorganizem os mate-
riais usados em um ambiente externo, agradá-
vel e de fácil acesso aos pais, para brincarem no-
vamente de Boi de mamão. Faça isto em horário
próximo ao de saída. Dessa forma, enquanto as
famílias chegam para buscá-las, podem obser-
var a vivência das crianças com a música e dan-
ça do boi de mamão, brincando juntos ao convi-
te das crianças.
335 Plano de Aula: Já Sou Quase Um Escritor

Objetivo(s)
Desenvolver a produção de textos em lingua-
gem escrita por meio do ditado para o profes-
sor;
Recuperar os principais elementos da narrativa
com base na linguagem que se usa para escre-
ver;
Ampliar a linguagem oral, o vocabulário e a es-
truturação de frases dos alunos.
Conteúdo(s)
Produção de textos orais com base na lingua-
gem escrita de contos.

Ano(s)
Pré-escola

Tempo estimado
5aulas

Material necessário
Livros:

Chapeuzinho Amarelo (Chico Buarque de Ho-


landa)
Folhas
Lápis de corn e/ou giz de cer
Computador com impressora
Desenvolvimento
1ª etapa
Em roda, leia para os alunos os contos Chapeu-
zinho Amarelo que deverá ser recontado pelo
grupo e ditados para você. Proponha que o ma-
terial faça parte de um livro e diga que todos
vão ganhar um exemplar de presente.

2ª etapa
Relembre oralmente a história Chapeuzinho
Amarelo inicie a atividade de produção do tex-
to coletivo pelos alunos. Registre com exatidão
os acontecimentos ditados pelos alunos e, em
alguns momentos, ajude a recuperar a história
com base em alguma passagem da narrativa.
Releia aos poucos os trechos ditados. Ofereça
alternativas que possam aproximá-los do enre-
do da história.

3ª etapa
Releia o texto produzido pelos alunos. Diga que
ele terá de ficar muito bem escrito, assim como
no livro, pois será compartilhado com outras
pessoas e todos precisam compreendê-lo. Inter-
rogue-os sobre a adequação da narrativa com
base nos elementos da linguagem que se usa
para escrever. Por exemplo, se o texto produzido
contiver muitas marcas de oralidade (como “aí”,
“né” e “então”) ou repetição excessiva de pala-
vras, retome o conto que serviu de referência,
questionando se é assim que está registrado.

4ª etapa
Apresente o texto produzido pelos alunos em
roda fazendo a leitura.

5ª etapa
Inicie a reescrita coletiva da histórias, seguindo
as mesmas orientações da 2ª e da 3ª etapa. Se
necessário, dê novas recomendações aos estu-
dantes para evitar, por exemplo, que um perso-
nagem saiba de algum detalhe da história que
ele não presenciou. Ajude-os a enfrentar esses
obstáculos.

6ª etapa
Discuta com todos as ilustrações que serão fei-
tas para a história e digite os textos, deixando
espaços para inseri-las. Garanta uma cópia para
cada estudante. Solicite ou faça marcações co-
loridas em algumas palavras ou frases que se
repetem no texto e sejam significativas para os
alunos.

7ª etapa
Cole na contracapa de cada exemplar uma
apresentação explicando que os textos foram
produzidos pelos alunos com base no ditado
para o professor das histórias conhecidas.

8ª etapa
Compartilhe as ilustrações e releia as histórias
produzidas.

Produto final
Livro com os contos Chapeuzinho Amarelo rees-
critos pelo grupo para ser levado para casa por
todos.

Avaliação
O foco do projeto não deve ser a memorização
dos contos pelos alunos, mas a produção das
reescritas com a recuperação dos principais
acontecimentos das narrativas. Levando isso em
conta, analise os textos desenvolvidos pela tur-
ma em relação à presença de elementos da lin-
guagem escrita. Durante o processo, observe os
pontos frágeis do processo de revisão para se-
rem retomados em outras ocasiões, com outros
exemplos.

Flexibilização
Flexibilização para deficiência intelectual (sín-
drome de Down com pouca linguagem oral)
Cartazes com as ilustrações de personagens e
cenas das histórias. 1ª etapa: Envie para casa
ou para o AEE os mesmos livros trabalhados em
sala para sessões de leitura antecipadas, para
que o aluno tenha acesso às histórias com ante-
cedência. Isso amplia o repertório dele, favorece
a memorização e uma participação mais efetiva
na atividade. 2ª etapa: Utilize as ilustrações de
personagens e cenas como referências para fa-
zer os questionamentos. Avaliação: Observe o
desenvolvimento da linguagem oral, a amplia-
ção do vocabulário e do uso de frases mais com-
pletas.
336 Plano de Aula: Matemática: contando dedos

Objetivo(s)
Ler, comparar e ordenar números.

Aprender os numerais de a a 5, através da con-


tagem dos dedos

Conteúdo(s)
- Investigação de algumas regularidades do sis-
tema de numeração

- comparação de números

Ano(s)
Pré-escola

Tempo estimado
04 aulas

Material necessário
papel.lapis de cor ,lapis de escrever.

Desenvolvimento
1ª etapa
APRESENTAR NUMEROS DE 01 A 5

Avaliação
Analise se as crianças avançaram no uso social
dos números encontrados atreavéz da conta-
gem dos dedos, na comparação e na utilização
das informaçõesatravéz de desenhos,pinturas,-
tabela numericas. É importante também obser-
var os critérios utilizados para fazer as compara-
ções. Pensando que o aprendizado do sistema
numérico é sequencial, você pode analisar as-
pectos como: os tópicos das discussões, os equí-
vocos das crianças, as questões que ainda pode-
riam ser explorados e quais outras informações
podem ser incluídas nas próximas aulas.
337 Plano de Aula; Luz e sombra: pensando a fo-
tografia com crianças

Objetivo(s)
Explorar possibilidades de criação com luz e
sombra.
Tirar fotografias a partir da percepção da luz, em
diferentes situações (no escuro, com luzes colo-
ridas e de diferentes intensidades).
Conteúdo(s)

Luz e sombra.
Claro e escuro.
Fotografia a partir de diferentes situações lumi-
nosas.

Ano(s)
Pré-escola

Tempo estimado
Oito aulas.

Material necessário
Lanternas, luminária ou projetor de luz, velas,
lâmpadas coloridas ou papel celofane colorido
e máquina fotográfica. Materiais para desenho
como papeis e giz de cera.

Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução

Em nossa sociedade, vivenciamos a noite, o es-


curo e a sombra como elementos misteriosos
e sombrios. É comum também que as crianças
experimentem sensações de medo diante de
ambientes sem luz. Mas, afinal, o que é a luz?
Quais as possibilidades de criação a partir dela?
Como as crianças percebem as diferentes situa-
ções luminosas? Pensar a fotografia é justamen-
te pensar a luz. A fotografia, aliás, nasceu como
registro da luz. Neste plano de aula, a fotografia,
assim como o desenho e a fala dos alunos, são
registros que demonstram como são variadas as
possibilidades de trabalhar o tema e refletir so-
bre ele na escola.

Inicie uma exploração com as crianças sobre o


que é a luz e onde a encontramos na natureza,
em casa, na escola e nos objetos luminosos, a
partir de atividades como:
- Realizar um percurso investigativo na escola,
observando situações luminosas encontradas
nos diferentes ambientes. Por exemplo: escuro
absoluto e luminosidade baixa, média ou alta.
- Observar e conversar sobre como os nossos
olhos e a abertura das nossas pupilas se com-
portam diante dessas diferentes luminosidades.
- Fazer uso criativo da luz, com o auxílio de lan-
ternas, como iluminar partes do corpo e fazer
projeções na parede e no teto, criando histórias
a partir delas.
- Perceber as diferentes sensações provocadas
pela cor da luz, usando lâmpadas coloridas ou
lanternas cobertas com papel celofane colorido.
Por exemplo: a luz vermelha traz que sensação?
E a azul?
- Levar as crianças a uma sala de teatro, se pos-
sível, e oferecer a elas a oportunidade de conhe-
cer a iluminação cênica como um importante
elemento das peças teatrais.

2ª etapa
Introduza agora uma investigação sobre o que
é a sombra e como ela só existe na presença da
luz. Nesse sentido, algumas atividades possíveis
são:
- Lançar mão de uma luminária ou projetor para
brincar e fazer sombras na parede, usando ape-
nas as mãos, o corpo inteiro e objetos.
- Também usando a projeção de luz, fixar um
papel branco de tamanho grande em uma pa-
rede. Enquanto uma criança projeta sua sombra
no papel, outra contorna essa sombra com giz
de cera. A ação pode ser repetida até que todos
tenham desenhado.
- Projetar com lanternas ou velas a sombra de
diferentes objetos, de maneira que as sombras
provoquem distorções conforme o ângulo em
que os objetos são posicionados.
- Propor que as crianças desenhem, no pátio, as
sombras das árvores ou das folhas, projetadas
em papeis dispostos no chão.
3ª etapa
Depois das explorações iniciais sobre luz e som-
bra, é hora de ajudar as crianças a pensar sobre
o quanto a percepção da luz é importante para
fazer uma fotografia. Comece explicando que o
significado da palavra foto é luz. Logo, fotogra-
fia é um desenho ou um registro de luz, uma
impressão luminosa. Em seguida, retome os
exercícios da etapa anterior, agora com o uso
de câmeras fotográficas e acrescentando novas
propostas. Uma alternativa interessante é suge-
rir que a turma tire fotos no escuro, na ausência
da luz e sem o uso de flash. A partir dessa expe-
riência, ajude as crianças a perceber que sem
luz não há fotografia: observem os resultados
(as fotos podem ser ampliadas em um monitor
ou impressas) e conversem sobre o fato de que
as imagens que poderiam ser esperadas não
aparecem.

No momento seguinte, sugira uma nova ses-


são fotográfica, agora usando diferentes inten-
sidades de luz. Para isso, você pode aumentar
gradativamente a luminosidade da sala de aula
até que todos encontrem um ponto que consi-
derem bom para clicar. Peça ainda que a turma
faça fotos iluminadas por lâmpadas coloridas ou
lanternas cobertas com celofane. Depois dessas
experimentações, observem e conversem sobre
os novos resultados e sobre o que aconteceu
com as imagens captadas em cada situação.
Por fim, mais uma sessão pode ser realizada e
comentada sobre os efeitos das sombras, com
fotos do corpo (iluminado em partes ou por in-
teiro, projetado na parede ou no chão, de baixo
para cima ou de cima para baixo, entre outras
situações), de objetos (sob luzes posicionadas
em diferentes locais, provocando sombras maio-
res e menores) e de folhas de árvores no pátio,
iluminadas pelo sol.

Avaliação
Analise os conhecimentos adquiridos pelas
crianças sobre luz, sombra e fotografia. Para
tanto, é importante anotar as falas e as desco-
bertas que surgirem ao longo do trabalho. Peça
também que a turma comente as fotografias
feitas nas diferentes atividades, relembrando o
que aconteceu em cada etapa, como e por que
chegaram ao resultado obtido. Produto final Or-
ganize uma exposição das fotografias e dos de-
mais trabalhos realizados nos encontros.
338 Plano de Aula: brincadeiras

Objetivo(s)
Desenvolver a produção de textos em lingua-
gem escrita por meio do ditado para o profes-
sor;
Recuperar os principais elementos da narrativa
com base na linguagem que se usa para escre-
ver;
Ampliar a linguagem oral, o vocabulário e a es-
truturação de frases dos alunos com deficiência
intelectual (síndrome de Down com pouca lin-
guagem oral).
Conteúdo(s)
Produção de textos orais com base na lingua-
gem escrita de contos.

Ano(s)
Pré-escola

Tempo estimado
5aulas

Material necessário
Livros:

Chapeuzinho Vermelho, Irmãos Grimm, 32


págs., Ed. Cosac Naify,tel. (11) 3218-1444, 25 reais;
A Bela Adormecida, Charles Perrault, 32 págs.,
Ed. Peirópolis, tel. (11) 816-0699, 24 reais.
Folhas
Lápis de cor
Computador com impressora

Desenvolvimento
1ª etapa
Em roda, leia para os alunos o conto Chapeuzi-
nho Vermelho e avise que esse texto e A Bela
Adormecida serão recontados pelo grupo e di-
tados para você. Proponha que o material faça
parte de um livro e diga que todos vão ganhar
um exemplar de presente.

2ª etapa
Relembre oralmente o conto Chapeuzinho Ver-
melho e inicie a atividade de produção do texto
coletivo pelos alunos. Registre com exatidão os
acontecimentos ditados pela garotada e, em
alguns momentos, ajude a recuperar a história
com base em alguma passagem da narrativa.
Por exemplo: “Qual o caminho feito pelo lobo
para chegar à casa da vovó antes que a Chapeu-
zinho Vermelho?” Releia aos poucos os trechos
ditados. Ofereça alternativas que possam apro-
ximá-los do enredo da história.

3ª etapa
Releia o texto produzido pelos estudantes. Diga
que ele terá de ficar muito bem escrito, assim
como no livro, pois será compartilhado com ou-
tras pessoas e todos precisam compreendê-lo.
Interrogue-os sobre a adequação da narrativa
com base nos elementos da linguagem que se
usa para escrever. Por exemplo, se o texto pro-
duzido contiver muitas marcas de oralidade
(como “aí”, “né” e “então”) ou repetição exces-
siva de palavras, retome o conto que serviu de
referência, questionando se é assim que está
registrado.

4ª etapa
Apresente o texto produzido pelos alunos em
roda. Depois leia A Bela Adormecida para a tur-
ma.

5ª etapa
Inicie a reescrita coletiva do texto A Bela Ador-
mecida, seguindo as mesmas orientações da 2ª
e da 3ª etapa. Se necessário, dê novas recomen-
dações aos estudantes para evitar, por exemplo,
que um personagem saiba de algum detalhe da
história que ele não presenciou. Ajude-os a en-
frentar esses obstáculos.

6ª etapa
Discuta com todos as ilustrações que serão fei-
tas para cada história e digite os textos, deixan-
do espaços para inseri-las. Garanta uma cópia
para cada estudante. Solicite ou faça marcações
coloridas em algumas palavras ou frases que se
repetem no texto e sejam significativas para os
alunos.

7ª etapa
Cole na contracapa de cada exemplar uma
apresentação explicando que os textos foram
produzidos pelos alunos com base no ditado
para o professor das histórias conhecidas.

8ª etapa
Compartilhe as ilustrações e releia as histórias
produzidas.

Produto final
Livro com os contos Chapeuzinho Vermelho e A
Bela Adormecida reescritos pelo grupo para ser
levado para casa por todos.

Avaliação
O foco do projeto não deve ser a memorização
dos contos pelos estudantes, mas a produção
das reescritas com a recuperação dos principais
acontecimentos das narrativas. Levando isso em
conta, analise os textos desenvolvidos pela tur-
ma em relação à presença de elementos da lin-
guagem escrita. Durante o processo, observe os
pontos frágeis do processo de revisão para se-
rem retomados em outras ocasiões, com outros
exemplos.

Flexibilização
Flexibilização para deficiência intelectual (sín-
drome de Down com pouca linguagem oral)
Cartazes com as ilustrações de personagens e
cenas das histórias. 1ª etapa: Envie para casa
ou para o AEE os mesmos livros trabalhados em
sala para sessões de leitura antecipadas, para
que o aluno tenha acesso às histórias com ante-
cedência. Isso amplia o repertório dele, favorece
a memorização e uma participação mais efetiva
na atividade. 2ª etapa: Utilize as ilustrações de
personagens e cenas como referências para fa-
zer os questionamentos. Avaliação: Observe o
desenvolvimento da linguagem oral, a amplia-
ção do vocabulário e do uso de frases mais com-
pletas.

Deficiências
Intelectual
339 Plano de Aula: Eu e meu corpo

Objetivo(s)
Familiarizar-se com a imagem do corpo.
Trabalhar imitações, gestos e expressões.
Construir a identidade.
Conteúdo(s)
Reconhecer o próprio corpo, e suas extensões
assim como as caracteristicas de cada indivíduo.

Trabalhar com as expressões faciais ,reconhe-


cendo cada uma e seus significados.

Ano(s)
Creche

Tempo estimado
De 15 a 20 minutos por dia.

Material necessário
Dois espelhos grandes (de preferência presos à
parede), cartazetes com fotos de diferentes ex-
pressões faciais retiradas de revistas ou da inter-
net, aparelho de som, fantasias, bijuterias, cha-
péus, maquiagem infantil e colchonete.

Desenvolvimento
1ª etapa
Todas as atividades devem ser feitas em frente
aos espelhos, sempre estimulando a observa-
ção.
Atividade 1
Incentivaros pequenos a observar a própria ima-
gem. Pedirque eles toquem diferentes partes
do corpo. Propor brincadeiras como balançar os
cabelos, levantar os ombros e cruzar os braços.
Estimular a imitar os gestos dos colegas: Vejam
a careta do João! Vamos fazer igual?

Atividade 2
Colocar músicas do cancioneiro popular (Caran-
guejo Não É Peixe, Cabeça, Ombro, Perna e Pé
etc.) que abordem partes do corpo ou sugiram
movimentos. O objetivo é se aventurar em no-
vos gestos e imitar os colegas.

Atividade 3
Propor agora a brincadeira seu-mestre-mandou.
Com todos em pé, dê os comandos: Cruzar as
pernas!, Ajoelhar-se!. A cada posição, estimule-
-os a se observar e testar possibilidades de mo-
vimento.

Atividade 4
Para brincar com expressões faciais, mostre car-
tazetes com diversas fisionomias. Depois, sugira
que a garotada faça caretas variadas.

Atividade 5
Hora do faz-de-conta: sugira que cada um es-
colha se quer brincar de casinha, fantasiar-se
ou maquiar-se. Ofereça novas possibilidades de
acessórios e de brincadeiras.
Avaliação
Observe se houve concentração, interação com
o espelho e com os colegas e exploração dos
gestos e materiais. Sempre que possível, repita a
seqüência com outras propostas e brincadeiras.

Flexibilização
Tocar as diferentes partes do corpo é muito im-
portante para a criança com deficiência visual.
Descreva os gestos feitos pelas outras crianças
e, nas primeiras vezes, ajude a criança a imitar.
Você também pode ampliar o tempo de realiza-
ção das atividades propostas, permitindo que a
criança toque nos colegas. O estímulo auditivo
também é fundamental. Músicas, barulhos e
comandos sonoros podem ajudar. Na atividade
das caretas, você pode trabalhar com sons (todo
mundo faz barulho de riso, todo mundo imita
choro). Oferecer um espaço adequado para que
esta criança também possa desenvolver a sua
mobilidade é outra ação fundamental. Organize
os cantos da creche de modo que o bebê possa
explorar os espaços e localizar-se no ambiente,
garantindo a sua progressiva autonomia.

Deficiências
Visual
340 Plano de aula: Inserção

Objetivo(s)
- Envolver as famílias que chegam à escola pela
primeira vez num clima de acolhimento, segu-
rança, cuidado e afeto.
- Incluir as crianças na construção do espaço e
do tempo da escola (rotina)
- Acolher as singularidades de cada criança e
incluí-las no desenvolvimento das situações pla-
nejadas.
- Mediar as experiências da criança com a cultu-
ra

Conteúdo(s)
- Inclusão das famílias no processo de adapta-
ção
- Envolvimento das crianças na construção da
rotina
- Respeito e valorização das singularidades das
crianças
- Mediação das experiências da criança com a
cultura

Ano(s)
Creche

Tempo estimado
Duas semanas
Material necessário
- Objetos para casinha, bonecas, carrinhos, giz
ou fita crepe, massinha, papel para desenho,
fantasias;
- Uma caixa de papelão;
- Uma foto de cada criança;
- Fotos ou desenhos de situações da rotina;
- Livros de literatura infantil.

Desenvolvimento
1ª etapa
A adaptação começa antes da entrada da crian-
ça na escola. Solicite, portanto, aos familiares
que preencham previamente uma ficha, ou en-
tão, realize uma entrevista com perguntas que
retratem quem é a criança: seu nome, se possui
irmãos na escola, suas brincadeiras preferidas,
comidas que aprecia ou não, se possui objetos
de apego, chupeta e o que costuma gerar con-
forto ou desconforto emocional (por exemplo, a
resistência para relacionar-se com pessoas es-
tranhas).

Ao ler as fichas e estabelecer um primeiro con-


tato com as crianças inicie o planejamento.

Organize o ambiente contemplando, também,


as preferências observadas nos relatos das fa-
mílias: por exemplo, um canto de casinha com
carrinhos de boneca e bonecas; um outro, com
carrinhos e algumas pistas desenhadas no chão
com giz ou fita crepe; um canto com massinha
ou materiais para desenho. O tempo de perma-
nência da criança na escola pode ser aumenta-
do gradativamente, mas é importante que nos
primeiros dias uma pessoa de sua referência
afetiva permaneça o tempo que for necessário
próximo dela, mesmo que seja em outro lugar
que não seja a sala de aula.

Já neste primeiro dia mostre que houve inte-


resse em conhecer a história de cada um, faça
comentários do tipo: “João, sua mãe me contou
que você gosta muito de bola, você viu que aqui
nesta sua escola você pode brincar de futebol?
Veja quantas bolas separei para você, quer brin-
car comigo?”, ou: “Marina, eu já sei que você
adora massinha, vamos fazer um bolo e uma
festa com seus novos colegas?”.

No encerramento dessa proposta, anuncie para


as crianças o que será feito a seguir. Faça um
passeio pela escola e apresente os espaços e
pessoas que pertencem a este lugar. Em segui-
da, apresente uma brincadeira cantada para as
crianças e os pais. No final do dia faça uma roda
de conversa com as crianças e relembre o que
observou de mais significativo do movimento
do grupo; narre algumas cenas que revelaram
envolvimento, interesse e anuncie o que viverão
no dia seguinte.

Solicite aos pais uma foto da criança para que


seja organizado um canto do grupo na sala de
aula.

Avaliação Observe e registre posteriormente as


crianças que mais se envolveram com as pro-
postas e as mais resistentes à aproximação dos
adultos para pensar em formas de convite e
construção de vínculos nas próximas situações.

2ª etapa
Organize os cantos de atividades diversificadas
de desenho, massinha, jogos e fantasias e com-
partilhe com as crianças as opções que terão
neste dia. Procure circular pelos diferentes can-
tos e participe das situações junto com os pe-
quenos.

Num outro momento, apresente para as crian-


ças o canto que foi escolhido para colocar as
suas fotos e envolva-as nesta situação. Crie um
contexto de interação neste momento: ao colo-
car as fotos no painel cante músicas com os no-
mes das crianças ou então faça uma brincadeira
referindo-se a algumas características físicas
ou ações observadas no dia. Por exemplo: “esta
menina que vou mostrar agora brincou muito
de bola, comeu muita banana e está ao lado do
Lucas. Quem será?”

Faça a leitura de uma história e mostre onde


será o canto de livros do grupo.

No final, apresente uma caixa onde ficarão os


objetos trazidos pelas crianças de casa.

Solicite aos pais que façam um desenho com


seus filhos e tragam no dia seguinte para ser
colado nesta caixa. Se possível tire uma foto do
grupo para identificar este objeto que será de
todos.

Avaliação Observe a movimentação das crian-


ças nos cantos e a forma de envolvimento com
as propostas. Anote como foram as reações da-
quelas crianças mais caladas, das que resistem
aos contatos, ou mesmo daquelas que demons-
tram uma certa euforia diante de tanta novida-
de.

3ª etapa
Faça mais uma vez a brincadeira com as fotos
das crianças e com as músicas “A canoa virou”;
“João roubou pão”. Proponha mais uma vez os
cantos de atividades diversificadas de massinha,
casinha, pistas de carrinhos e bichos.

Monte com as crianças a caixa onde ficarão seus


objetos e escolham um canto onde ela ficará
guardada.

Compartilhe mais uma leitura e guarde mais


um livro na biblioteca que será do grupo.
Encerre o dia recuperando oralmente o que
foi vivido pelas crianças e anuncie algo que as
aguardará no dia seguinte. Faça também um
clima de surpresa, de expectativa para as novas
experiências.

Avaliação Invista na interação com as crianças


que demonstram maior dificuldade e resistên-
cia. Chame-as para pegar algum material com
você para a organização do ambiente, sente-se
ao lado para fazer um desenho, faça você um
mesmo um desenho ou escultura de massinha
para que leve para casa e observe as reações
a estas formas de convite. Não se esqueça de
que aquelas crianças que aparentemente estão
achando que tudo é uma “festa”, merecem um
olhar especial, um colo, momentos de atenção
para se entregarem às propostas e para com-
preenderem o que está acontecendo com elas.

4ª etapa
Receba as crianças com os cantos de ativida-
des diversificadas (no mínimo 3). Faça mais uma
vez a brincadeira com as fotos. Apresente em
forma de desenho ou por meio de fotografias
das crianças, cada situação da rotina (o profes-
sor deve organizar este material previamente).
Converse com as crianças o que fazem em cada
momento e organize junto com elas a sequên-
cia temporal das atividades. Diga que essas fo-
tos ou desenhos ajudarão a saber o que farão
na escola e que logo após o lanche ou então da
brincadeira no parque, por exemplo, seus pais
voltarão para buscá-las. Cole o quadro da rotina
num lugar de fácil acesso para as crianças.
Avaliação Ao anunciar os momentos que retra-
tam a rotina, diga às crianças que ainda choram
e demonstram sofrimento em estar neste novo
ambiente, quais são as situações que viverão e
quando será o momento de reverem as pessoas
de sua família todos os dias. Observe as reações
e sempre que chorarem recorra a esta estraté-
gia para ajudar a tranquilizar as crianças.

5ª etapa
Receba as crianças em roda e conte que esco-
lheu montar os cantos que mais gostaram no
decorrer da semana. Quando encerrar, recorra
ao quadro da rotina para situar o que farão a se-
guir. Faça mais uma leitura e guarde mais um
livro na biblioteca do grupo. Comente que, aos
poucos, conhecerão muitas histórias. Em segui-
da, mude a atividade e faça com o grupo uma
salada de frutas (se possível, peça no dia ante-
rior que cada criança traga de casa uma fruta).
Ou então, no lanche, faça um piquenique no es-
paço externo da escola.

Encerre o dia com uma brincadeira. Conte que


ficarão dois dias em casa sem vir para a escola,
mas que muitas novidades as aguardam na pró-
xima semana. Fale que brincarão muito e que o
professor estará sempre presente quando preci-
sarem de algo.

Avaliação
Ajude as crianças mais resistentes à aproxima-
ção a transformarem sentimentos em palavras.
Reconheça os desafios ainda existentes, mas
reafirme que na próxima semana estará nova-
mente na escola para recebê-las e investigar
quais são as brincadeiras e outras situações que
lhes farão se sentir bem neste ambiente. Se pos-
sível, empreste algum livro ou brinquedo e peça
para que cuide bem e traga novamente para a
escola na próxima semana. Isso ajudará neste
processo de construção de vínculo com a escola
e com o educador.

Flexibilização
Para incluir crianças com deficiência física nos
membros inferiores, o primeiro passo é garan-
tir a acessibilidade dos espaços da creche. Faça
um passeio com a criança pelas salas e áreas
externas e apresente-a aos colegas. Deixe que
as crianças interajam e conversem. Caso as
crianças tenham dúvidas, como por exemplo
“por que ele não anda?”, responda de forma
clara. Aproveite a oportunidade para contar a
todos que a limitação motora do colega, de for-
ma alguma o impede de fazer as atividades pro-
postas, mas que, para algumas ações, ele pode
precisar de ajuda. Explique isso à criança com
deficiência física e mostre que ele pode recor-
rer a você ou aos colegas sempre que precisar.
Conte com a ajuda da família para compreender
melhor as necessidades e hábitos da criança.
Procure manter objetos ao alcance dos peque-
nos e respeite o tempo de aprendizagem da
criança.

Deficiências
Múltipla
341 Plano de aula: Organizando nosso acervo de
coleções

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Para esta proposta é fundamental que as crian-


ças já estejam engajadas em uma atividade de
colecionar objetos, em grupos de três a cinco
crianças por coleção. Contudo, parte-se do prin-
cípio de que elas já tenham concluído o ajunta-
mento dos objetos que colecionam. Observe a
necessidade do sentido de conclusão ser tangí-
vel para as crianças, portanto,é essencial que, ao
darem início às suas coleções, cada grupo tenha
estabelecidouma meta de quantidade de itens,
ou esteja seguindo outra estratégia que projete
o marco para que as coleções estejam comple-
tas antes da realização desta atividade. Conside-
re ainda que é essencial que você tenha opor-
tunizado aos grupos o contato com a logística
da organização de um acervo, por meio da visita
do bibliotecário da escola para narrar para as
crianças quais estratégias são consideradas para
catalogar e organizar os livros, como se dá o
processo de empréstimo e de devolução deles e
por que é importante pensar nessas estratégias.
Caso sua escola não possua um bibliotecário ou
você deseja enriquecer a experiência das crian-
ças, outras visitas podem ser organizadas, como
a de um curador de um museu ou de uma ex-
posição. Possibilite ainda a observação de como
os museus organizam suas coleções, por meio
de visitações em tours virtuais, como propomos
no plano Classificando elementos das coleções.
Neste plano você encontra também uma exem-
plo de como engajar as crianças na classificação
dos objetos de suas coleções, ação fundamen-
tal para a realização da atividade aqui proposta.
Este plano faz parte de uma sequência de cinco.
São eles:

1. Iniciando coleções;

2. Classificando elementos das coleções;

3. Acompanhando o crescimento das coleções;

4. Estimativa de quantidade com coleções;

5. Montagem de acervo de coleções.

Espaços:

Considere preparar um espaço em que as crian-


ças serão acomodadas na grande roda ao início
da atividade, além de um local apropriado para
que elas interajam nos pequenos grupos no de-
correr da atividade. Sugerimos um lugar amplo
e que possibilite a todas as crianças a se relacio-
nar com os materiais e com os pares.Organize
ainda as caixas e os recipientes que selecionou
para o acondicionamento das coleções, atentan-
do-se para dispô-los de forma que convide as
crianças a refletir sobre suas escolhas, tendo em
vista as características que os materiais apre-
sentam e a coleção que ele acomodará. Organi-
ze também os materiais ou jogos que você sele-
cionou para os grupos que realizarão a atividade
com autonomia.

Materiais:

Coleções diversas realizadas pelas crianças, pelo


menos uma coleção de mais de 50 itens por
grupo. Objetos com a função de acondicionar
itens das coleções, tais como, sacos plásticos
zip lock, liguinhas de borrachas, bandejas com
divisórias, potes transparentes de tamanhos va-
riados, caixas diversas,para a organização das
coleções segundo os critérios escolhidos pelos
grupos de colecionadores. Atente-se que o nú-
mero e o estilo de materiais para a proposta de-
penderá dos tipos, das quantidades de coleções
do grupo e dos critérios que as crianças estão
estabelecendo para organizar o acervo. Para
apoiar o registro das características de cada co-
leção, sugerimos a impressão de etiquetas para
serem fixadas junto ao material que a acomo-
dará. Acesse um modelo aqui.Planeje ainda or-
ganizar caneta ou marcador permanente para o
registro nas etiquetas e os materiais referentes
à atividade que você selecionou para um dos
grupos vivenciar enquanto o outro está enga-
jado na organização do acervo. Organize ainda
os jogos ou os materiais da atividade que você
selecionou para as crianças realizarem com au-
tonomia.

Tempo sugerido:

Aproximadamente uma hora e 30 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Como as crianças reagiram à proposta de


compartilhar suas coleções com outras crianças
e professores? Se animaram com a ideia ou tive-
ram receio em dividir? O que expressaram oral-
mente e fisicamente?

2. Como as crianças trouxeram os critérios para


organizar as coleções? Como elas realizaram as
classificações para o acervo? Quais estratégias e
apoios consideraram?

3. De que forma as crianças interagiram durante


a atividade? Ajudaram umas às outras? Como
acolheram as ideias dos pares e reagiram frente
aos desafios vivenciados?

<inicio-h1>
Para incluir todos:

<fim-h1>

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou


relacionais que podem impedir que uma crian-
ça ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e
às diferenças de cada criança ou do grupo. Cer-
tifique-se de que todas as crianças conseguem
visualizar os cartazes e que todas elas compre-
enderam o propósito da atividade. Atente-se
também para a interação entre os pares no mo-
mento da organização do acervo, observando a
forma como as crianças acolhem ideias e opini-
ões umas das outras.

O que fazer durante?

Convide as crianças para se acomodarem no es-


paço da grande roda que você organizou. Diga
que hoje, considerando que completaram as
metas estabelecidas para as coleções, você fará
uma proposta especial para que reflitam sobre
estratégias que possibilitem organizá-las de
modo que possam disponibilizá-las para a co-
munidade.Após esse momento, investigue jun-
to ao grupo quais ações um colecionador pode
estabelecer para partilhar com mais pessoas
sua coleção. Considere questioná-las sobre o
que podem fazer para que a comunidade apre-
cie as coleções, aprendam e brinquem com elas.

Possíveis falas do professor: Que ótimo que pu-


demos aprender tanto com nossas coleções!
Mas e agora, o que podemos fazer com elas?
Vocês acham que elas poderiam ajudar outras
crianças da escola a também aprender coisas
novas? O que os colecionadores fazem com
suas coleções? Por que algumas ficam em mu-
seus? Que tal criarmos um acervo de coleções
em nossa escola? Alguém sabe me dizer o que é
um acervo?

Ainda em roda, desafie as crianças a pensar no


conceito de um acervo, lançando questiona-
mentos e considerando as relações que estabe-
leceram ao longo das atividades realizadas com
as coleções. Você poderá utilizar recursos visuais
para contribuir com essa conversa, como fotos
do acervo da biblioteca da escola e de outros
acervos visitados pelas crianças.

Possíveis ações falas e ações das crianças: Ah,


já sei! Acervo é igual a biblioteca. É quando tem
muitas coisas e todas as coisas ficam arruma-
das! Considerando este conceito que a criança
traz, o professor pode dizer: Então você se lem-
brou da visita do bibliotecário em nossa turma.
Ele nos contou como organiza os livros na bi-
blioteca. Alguém sabe me dizer como ele faz
isso? Ah, então os livros de histórias assustado-
ras recebem uma etiqueta com a imagem de
um fantasma?

Após a reflexão anterior, conte às crianças que


você preparou materiais para guardar os objetos
das coleções e que os organizou conforme suas
especificidades e similaridades. Mencione ainda
que preparou etiquetas para que registrem as
informações que identificam cada coleção. Leia
uma etiqueta para o grande grupo, apresentan-
do os itens que a compõem.

Após apresentar os materiais diga que, para a


atividade, você organizará as crianças nos seus
pequenos grupos de coleção. Comente que en-
quanto estará com você fazendo o registro da
etiqueta, os outros ficarão envolvidos em uma
atividade que já realizam com autonomia. Deixe
claro que, em seguida, as crianças farão a troca
de atividades entre os grupos. Acorde que cada
grupo ficará em média, dez minutos com você
e que, depois do preenchimento da etiqueta,
as crianças irão organizar a coleção nas caixas e
nos materiais que selecionou. Após os acordos,
organize-as nos pequenos grupos para a vivên-
cia da atividade.

Com o primeiro grupo acomodado no espaço


que organizou, convide as crianças para contar
sobre as características de suas coleções. Ins-
tigue-as a dizer sobre os materiais que a com-
põem, quais características elas levantaram para
classificar a coleção e por que escolheram aque-
le material para colecionar. Converse também
sobre o espaço que será ocupado pelo acervo,
entre outras características que julgar interes-
sante. Após esse momento, conte que você
apoiará o preenchimento da etiqueta e que, de-
pois, eles escreverão com autonomia o nome
dos colecionadores. Para isso, informe que tra-
çarão suas próprias estratégias, considerando se
cada um escreverá seu nome ou se um colega
será o escriba. Decidirão também, caso necessi-
tem, a quais apoios recorrerão, como por exem-
plo, a consulta às fichas dos nomes. Diga que
depois você os apoiará no preenchimento das
demais informações da etiqueta.

6
Inicie sua mediação quanto ao preenchimento
da etiqueta da coleção com o grupo de colecio-
nadores. Conte que você assumirá a função de
escriba. Comece investigando qual será o nome
que o grupo dará para a coleção. Observe que
sua mediação considerará a lógica de que o
nome revele sobre o que caracteriza a coleção.
Em seguida parta para o registro da quantidade
de objetos. Considere utilizar a tabela de acom-
panhamento das coleções ou outras estratégias
percorridas pelo grupo no processo de colecio-
nar. Para o registro dos atributos que classificam
a coleção, examine o que as crianças considera-
ram para selecionar e classificar suas coleções.
Atente-se para usar os objetos da coleção para
apoiar as reflexões do grupo.

Possíveis ações do professor: Considere que o


grupo coleciona botões e classificou a coleção
em pequenos, médios e grandes: Olhem, nes-
te espaço vou escrever botões grandes. E aqui,
para indicar a quantidade, 20. Esse é um atribu-
to da coleção de vocês. Há outro atributo que
consideraram? Ah, verdade, os botões médios...”

Quando estiver quase terminando o preenchi-


mento da etiqueta, avise ao próximo grupo para
começar a organizar a atividade extra, pois em
breve os integrantes irão trocar de lugar. Ao ter-
minar o preenchimento da etiqueta do primei-
ro grupo, direcione as crianças que fazem parte
dele para um espaço onde possam começar a
organizar as coleções e escolher os materiais
para acomodar as coleções dogrupo.

Considere repetir as mesmas estratégias dos


passos anteriores com os outros grupos. Contu-
do, caso perceba que as crianças estão cansa-
das, diga ao grupo que você repetirá a mesma
atividade no dia seguinte, para que elas organi-
zem suas coleções.

Depois de todos os grupos terem preenchido e


organizado suas coleções nos materiais selecio-
nados, convide todas as crianças para a grande
roda e instigue-as a expressar quais foram os
critérios que estabeleceram para a escolha do
material. Após as trocas, entregue as etique-
tas para que cada grupo escolha o melhor lo-
cal para inseri-la no suporte que escolheu para
acondicionar sua coleção.

Para finalizar:

Ainda em roda, conte ao grupo que vocês farão


uma instalação do acervo no pátio ou em outro
espaço da escola que a acomode, para que a co-
munidade aprecie as coleções. Diga que depois
vocês podem pensar em um espaço especial da
escola para dispor o acervo de forma permanen-
te. Em seguida, organize o grupo para a próxima
proposta do dia.

Desdobramentos
Engajar o grupo na organização de um acervo
é um momento especial. Sendo assim, consi-
dere selecionar junto às crianças um local para
acolher o acervo de coleções. Escolha um local
acessível à todos, pois a ideia é que esse acer-
vo seja de livre acesso à comunidade. Engaje
o grupo na construção de regras para a utiliza-
ção das coleções e para as estratégias para o
acompanhamento dos empréstimos e devolu-
ções. Você pode também proporque as crianças
criem convites para as outras turmas da escola e
familiares. Incentive também a produção de ou-
tras formas de divulgar o acervo, tais como car-
tazes, panfletos, placas etc.

Engajando as famílias
Prepare uma instalação do acervo no pátio da
escola. Considere expor fotografias e relatos que
coletou ao longo do processo da vivência do
grupo na composição das coleções. Dessa for-
ma, você convidará as famílias para refletir sobre
o quanto é divertida e recheada de aprendiza-
dos a ação de colecionar, encorajando-as a com-
por novas coleções com as crianças.#
342 Plano de Aula: Aprendendo os números por
meio da identificação do corpo

Objetivo(s)
Ler, comparar e ordenar números.

APRENDER OS NUMERAIS DE 1 Á 5 ATRAVES DA


CONTAGEM DOS DEDOS

Conteúdo(s)
- Investigação de algumas regularidades do sis-
tema de numeração
- comparação de números

Crianças da pré-escola da Escola de Educação


Infantil do Ses. Imagem:Tamires Kopp
Ano(s)
Pré-escola

Tempo estimado
04 aulas

Material necessário
papel.lapis de cor ,lapis de escrever.

Desenvolvimento
1ª etapa
APRESENTAR NUMEROS DE 01 A 5

Avaliação
Analise se as crianças avançaram no uso social
dos números encontrados atreavéz da conta-
gem dos dedos, na comparação e na utilização
das informaçõesatravéz de desenhos,pinturas,-
tabela numericas. É importante também obser-
var os critérios utilizados para fazer as compara-
ções. Pensando que o aprendizado do sistema
numérico é sequencial, você pode analisar as-
pectos como: os tópicos das discussões, os equí-
vocos das crianças, as questões que ainda pode-
riam ser explorados e quais outras informações
podem ser incluídas nas próximas aulas.
343 Plano de Aula: O mundo árabe: história, cul-
tura e arabesco

Objetivo(s)
- Pesquisar a cultura árabe para confrontá-la
com a atual.
- Pesquisar e conhecer as principais característi-
cas da cultura árabe (arquitetura, moradia, ves-
tuário, culinária, tradições e costumes, diferen-
tes pessoas da sociedade).
- Pesquisar e conhecer a vida no deserto (ani-
mais, vegetação, habitat, beduínos).
- Conhecer a influência dessa cultura em nosso
país.
- Ampliar o repertório de outros hábitos e costu-
mes para enriquecer as brincadeiras de faz-de-
-conta, fundamentais nesta faixa etária.
- Enriquecer o ambiente lúdico e as brincadei-
ras, aproveitando as informações estudadas so-
bre o povo árabe.

Conteúdo(s)
- Cultura árabe.
- Procedimentos de pesquisa - coletar informa-
ções em diferentes fontes de pesquisa (livros,
vídeos, postais, obras de arte, jornais, revistas).
- Produzir textos informativos com a professora
sendo a escriba.
- Organizar e registrar informações através de
desenhos e pequenos textos de escrita espontâ-
nea.
Ano(s)
Creche, Pré-escola

Tempo estimado
6 meses

Material necessário
- Desenhos e filmes que retratem a vida do povo
árabe: Aladim, As Mil e uma Noites, Ali Babá e os
quarenta ladrões
- Vídeos informativos
- Mapa Mundi
- Almanaques, livros, revistas, lendas, contos,
obras de arte, revistas de turismo
- Músicas árabes
- Pedaços de tecido para confecção de figurinos

Desenvolvimento
1ª etapa
Desenvolvimento das atividades
1. Leia a história ou assista o desenho “Aladim e
a lâmpada maravilhosa”.

2. Faça um levantamento do que as crianças já


sabem sobre este povo: por que as pessoas se
vestem assim? Será que essas pessoas só apa-
recem na história ou será que há pessoas assim
em algum lugar do mundo? Em qual país será
que esta história foi escrita? Será que os hábi-
tos, os costumes, a cultura e a alimentação são
iguais aos nossos?

3. Solicite às crianças que tragam materiais de


pesquisa para descobrir informações sobre o
povo árabe.

4. Proponha ao grupo a produção de um alma-


naque da cultura árabe - traga para a classe ou-
tros almanaques e explore com as crianças al-
gumas características desse portador.

5. Para isso, combine com as crianças que, ao


longo do projeto, vocês farão uma lista de pa-
lavras características dessa cultura para, então,
produzir os textos, desenhos, fotos, imagens,
produções artísticas, adivinhas ou legendas que
irão compor o almanaque.

6. Algumas sugestões: países do Oriente Mé-


dio (Iraque, Jordânia, Líbia, Egito, Turquia, Síria),
culinária (quibe, coalhada, esfiha, tabule), ins-
trumentos musicais (dombak, alude, tabla, nay
- espécie de flauta), dança (dança do ventre, da-
bke - dança coletiva - dança da espada, dança
do véu, dança do bastão, dança da vela, dança
do chamadan), pessoas (odalisca, sultão, beduí-
no, gênios), entre outros aspectos.

7. Ao longo do projeto, proponha registros das


descobertas mais significativas para o grupo -
propor e orientar que as crianças confeccionem
pequenos cartazes, legendas de imagens, de-
senhos, fotografias das brincadeiras, produção
de textos informativos com a professora sendo a
escriba das principais descobertas.

8. Leia o livro “1001 Noites à luz do dia”, de Kátia


Canton. Pergunte se alguém já conhecia Shera-
zade.

9. Explore, ao longo do projeto, diversos aspec-


tos das histórias relatadas por Sherazade (fa-
mosa contadora de histórias): arquitetura das
construções, moradia, diferentes “personagens”
- sultões, odaliscas, beduínos, gênios -, a vida
em família, vestuário, alimentação, músicas,
dança, cultura, meios de transporte, a arte dos
arabescos que enfeitavam os palácios.

10. Complemente as pesquisas e informações


estimulando ao máximo a leitura de imagens,
textos informativos, literários, filmes e outras
fontes de informação.

11. Estimule a apreciação de algumas obras de


pintores que pintaram esses povos e essa cultu-
ra: Paul Klee e Matisse, por exemplo.

12. A partir das imagens confeccionar trajes ca-


racterísticos dos povos árabes para enriquecer
as brincadeiras de faz-de-conta.

13. Inspirados nas imagens do livro de Kátia Can-


ton proponha a confecção de arabescos para a
criação do ambiente lúdico e também para a
ilustração do almanaque.

14. Ouça em sala músicas árabes e, a partir de


uma entrevista e apresentação com uma dan-
çarina estimule o contato com uma dança típica
- se possível a “dança do ventre”.

15. A partir da observação do repertório de ima-


gens, construa com as crianças um ambiente
lúdico: confeccione bordas nas janelas, portas,
trono do sultão, cantos de histórias da Sheraza-
de com tapetes, almofadões, tenda árabe con-
feccionada com tule.

16. Leia diferentes histórias e contos árabes, ex-


plore a literatura destes países e suas influências
em nossa cultura.

17. Explore a culinária árabe e faça receitas para


serem degustadas (e servidas no banquete - no
final do projeto).

18. Organização do almanaque: coletânea das


produções realizadas ao longo do projeto, orga-
nização, paginação e sumário.

Avaliação
Produto final Instalação árabe representando
toda a cultura árabe para lançamento do alma-
naque ilustrado com definições de objetos, ins-
trumentos musicais, nome de alguns alimentos,
“personagens” da cultura árabe, entre outros
aspectos que você e seus alunos considerarem
relevantes. Ao final do projeto espera-se que a
criança seja capaz de: - Compartilhar com os
colegas as idéias que já têm sobre o assunto,
advindas das histórias que já conhecem e dos
conhecimentos de cada um. - Buscar, relacio-
nar, valorizar e saber fazer uso das diferentes
fontes de pesquisa e informações utilizadas ao
longo do projeto. - Realizar pesquisas apoiadas
em leituras de imagens e/ou textos informati-
vos lidos pelo educador. - Recontar, resumir e
explicar o que foi aprendido a partir das leituras
em roda. - Registrar suas descobertas a partir
de desenhos e pequenas escritas. - Fazer uso
da oralidade para explicar o que aprendeu. - Fa-
zer uso de todos os conhecimentos aprendidos
e enriquecer as brincadeiras de faz-de-conta.
Quer saber mais? BIBLIOGRAFIA: Para ler para
as crianças - 1001 Noites à luz do dia: Sherazade
conta histórias árabes - Kátia Canton - Difusão
Cultural do Livro - Lá vem história - Heloísa Prie-
to - Cia. das Letrinhas - Lá vem história outra vez
-Heloísa Prieto - Cia. das Letrinhas - Aladim e a
lâmpada maravilhosa - Ali Babá e os quarenta
ladrões - Simbad, o marujo - As botas de Karam
- O pescador e o Djim Para pesquisar - “Está no
almanque”, por Karina Cabral in Revista Avisa lá
29 - janeiro/2007 - páginas 11 a 22. - Almanaque
Abril, Ed. Abril - Almanaque Ruth Rocha, Ruth
Rocha.
Créditos: Denise Maria Milan Tonello Formação:
Pedagoga, Orientadora da Educação Infantil e 1º
ano do Ensino Fundamental I do Colégio Miguel
de Cervantes, em São Paulo, SP.
344: Plano de Aula: O confeiteiro

Objetivo(s)
Interagir com os colegas
Incentivar o trabalho em grupo e a cooperação
Ter um contato inicial com as noções de peso,
quantidade e volume
Compreender que materiais (neste caso, os ali-
mentos) podem ser divididos em partes meno-
res
Adquirir hábitos saudáveis de alimentação
Ano(s)
Pré-escola

Tempo estimado
4 aulas

Material necessário
Receita de bolo de milho
Utensílios de cozinha
Ingredientes para as receitas
Forno, fogão ou micro-ondas
Desenvolvimento
1ª etapa
Cozinhar é uma boa oportunidade para esti-
mular a interação do grupo, já que a culinária
permite às crianças colocar a mão na massa e
compartilhar o que sabem. Aproveitar este mo-
mento para apresentar uma alimentação mais
saudável, introduzir algumas grandezas mate-
máticas como volume, peso e quantidade (con-
ceitos que serão melhor compreendidos nos
anos seguintes do Ensino Fundamental) .

Antes do primeiro encontro, comunicarei às fa-


mílias dos pequenos sobre a atividade que será
desenvolvida. Informar o dia e horário escrever
nas agendas.

2ª etapa
Preparar com antecedência o espaço para cozi-
nhar e separar ingredientes e utensílios. Levan-
tar os conhecimentos prévios dos pequenos:
perguntar quem já viu alguém fazendo bolo e
pedir para contar como foi. Questionar também
que ingredientes eles acham que são usados
para produzir esse alimento.

3ª etapa
Logo após, ler a receita que que escolhi em voz
alta e separar, junto da turma, as medidas ne-
cessárias indicadas na receita. Enquanto leio,
farei perguntas como:

- Quantos ovos vamos usar?


- E quanto de leite será necessário?
- E farinha? Vamos usar que quantidade?
- A maneira como medimos a farinha, o leite e
os ovos é a mesma? Vocês notam que há dife-
renças entre as medidas?
Conforme o andamento da receita, questionarei
ainda mais a turma e fazer as observações ne-
cessárias:

- Esta receita será o suficiente para 14 crianças,


somos em x quantas receitas vamos fazer?
- E se fizermos duas receitas, vamos precisar de
quantos ovos?
- Se o bolo é pequeno, quantos podemos fazer
com esta massa? E se for grande, quantos será?
- Se não utilizarmos muita açúcar este bolo fica-
rá com que sabor? E se o recheio for de frutas?

Quando a massa estiver pronta, darei para cada


aluno mexer . As crianças participarão de todo
o processo. Desde a separação dos ingredientes,
o manuseio até a degustação. Vale destacar que
o forno será manipulado por um adulto ,ou seja
pelo educador. Não deixe de degustar o bolo
com as crianças!

4ª etapa

5ª etapa
Após a confecção da receita, proporarei que as
crianças criem uma própria. Usarei uma recei-
ta bem básica como padrão e sugerirei que in-
crementem com o que desejarem. Eles podem
mudar a cor, adicionando, por exemplo, beterra-
ba. No lugar do leite, usar suco de laranja ou de
cenoura. Para tal, deixarei uma mesa com ingre-
dientes diversos à disposição das crianças. Sele-
cionarei alimentos saudáveis e nutritivos.

Avaliação
Será observado, ao longo das etapas, se os pe-
quenos conseguiram dividir com todos os co-
nhecimentos que possuem sobre o tema tra-
balhado. Analisarei também se eles refletiram
sobre as medidas e as escolhas dos ingredien-
tes durante o preparo dos bolo. E perceberei se
a atividade ajudou os pequenos a trabalharem
em grupo e a cooperarem entre si.
345: Plano de Aula Plano de aula: Explorando
um lugar de brincar

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Este plano faz parte de uma sequência de cinco.


São eles:

Descobrindo lugares de brincar na região da es-


cola (link)

Explorando um lugar de brincar (link)

Entrevista sobre lugares de brincar no passado


(link)

Melhorias no lugar de brincar da região (link)

Planejando ações para o local de brincar (link)

Para a realização da atividade, é preciso que o


grupo já tenha iniciado uma conversa sobre lu-
gares de brincar, elaborado uma lista com as
opções existentesnos arredores da escola e sele-
cionando um local para investigação.

A proposta pressupõe a autorização das famí-


lias para o deslocamento das turmas. Assim,
assegure-se de que todos os procedimentos de
segurança estão sendo seguidos, tais como: uti-
lização dos crachás pelas crianças, presença de
profissionais de apoio para acompanhar o gru-
po e outros. Alguns familiares também podem
fazer parte da equipe de apoio à segurança das
crianças no deslocamento. Essa é uma forma in-
teressante de envolver as famílias em situações
cotidianas da escola.

Materiais:

Equipamento para registro audiovisual do per-


curso percorrido e da investigação realizada.
Pranchetas com papéis e lápis, para que as
crianças façam registros durante a investigação.
Papel grande e canetas, para registro das ques-
tões de investigação criado pelo grupo.

Espaços:

A proposta dessa atividade é a realização de


uma investigação em um lugar de brincar sele-
cionado, portanto, será uma atividade ao ar livre.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 1 hora e 30 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. As crianças demonstraram envolvimento com


a proposta?

2. Como foram estabelecidas as interações das


crianças entre si e com os espaços percorridos?
O grupo refletiu sobre as ações humanas nos
espaços percorridos? Realizou questionamentos
sobre as características e condições do espaço?

3. No processo de registro, as crianças revelaram


hipóteses e ideias, problematizando e refletindo
sobre as condições do espaço?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou


relacionais que podem impedir que uma crian-
ça ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender ]às necessidades e
às diferenças de cada criança ou do grupo.

Providencie o suporte necessário para o des-


locamento de todos, como outros adultos que
possam acompanhar as crianças, de forma a as-
segurar a qualidade das interações possíveis du-
rante a visita.

O que fazer durante?


1

Reúna o grupo em uma roda de conversa. Diga


que a proposta da saída é para que façam uma
investigação. Questione a turma sobre o que é
uma investigação. Acolha as experiências tra-
zidas pelas crianças, esclarecendo que uma in-
vestigação serve para buscar formas de resolver
um problema, responder uma pergunta etc. Se
necessário, exemplifique a ideia da investigação
associando a profissões como repórter, detetive
ou até explorador ou pesquisador.

Possíveis falas do professor: Quem aqui já parti-


cipou de uma investigação? O que vocês inves-
tigaram? Por que resolveram fazer essa inves-
tigação? Ah! Então vocês queriam saber como
era a casa abandonada. Hoje, nós iremos fazer
uma investigação. Iremos investigar sobre os
lugares de brincar que existem aqui perto da es-
cola. Lembram-se de que fizemos uma lista des-
ses lugares? Vamos explorar um deles.

Uma vez percebendo o envolvimento do grupo


com a proposta de investigação, estabeleça os
combinados acerca das necessidades específi-
cas para a realização da saída a campo. Como o
grupo deve se portar para que a visita ao espa-
ço seja agradável, cuidadosa e cumpra com seu
objetivo. Esteja atento aos avisos quanto à segu-
rança de todos durante o percurso.

Ainda na roda de conversa, instigue a pensarem


sobre como podem fazer essa investigação, de-
limitando com as crianças quais serão os focos,
guiando a observação do local: como está esse
lugar para brincar?Quais tipos de brincadeiras
podem ser feitas neste espaço? O que precisa
ser melhorado? Ele é acessível a todos? Utilize
o papel grande para escrever as ideias trazidas
pelo grupo. Aproveite para sinalizar que a turma
contará com a possibilidade de fazer registros
audiovisuais, individuais ou em pequenos gru-
pos em pranchetas, para que sejam utilizados
em outros momentos.

Possíveis falas do professor neste momento:


Pessoal, todo investigador planeja sua observa-
ção. Primeiro, ele encontra o problema. Nosso
problema a gente já tem. Iremos observar se
(local escolhido) é um bom local para as crian-
ças brincarem. Depois, ele elabora perguntas
para ajudar na investigação. Então precisamos
decidir o que vamos olhar sobre esse espaço do
brincar. Quais perguntas vamos fazer para pen-
sar se o local é bom ou não para as brincadeiras
de crianças?
3

Após o levantamento dos focos de observação,


convide o grupo a iniciar a investigação, percor-
rendo o trajeto até o local selecionado. Diga que
você levará as questões anotadas, lendo-as sem-
pre que as crianças sentirem necessidade de
relembrar algo.

Quando chegarem ao local selecionado, reúna o


grupo e retome as questões focos da investiga-
ção. Incentive a turma a percorrer livremente o
espaço e observar o ambiente e objetos presen-
tes. Lembre-se de realizar o registro da experi-
ência do grupo, seja fotografando ou filmando, a
pedido das crianças ou por iniciativa própria. Se
possível, deixe que elas também usem os equi-
pamentos de registro. A ida de alguns familiares
potencializa essa ação, pois eles podem ceder
seus equipamentos fotográficos aos filhos.Esti-
mule as crianças a realizar registros individuais
ou coletivos, como desenhos ou anotações com
escrita espontânea utilizando as pranchetas e
auxiliando, se necessário.

Possíveis falas do professor neste momento:


Agora que já chegamos vamos nos lembrar dos
pontos que levantamos que são focos da nossa
investigação? Agora é hora de explorar, observar
e analisar este local de brincar.

Observe a dinâmica de exploração do grupo. As-


segure-se de que as crianças estão interagindo
de forma investigativa com o espaço. Se neces-
sário, estimule o grupo a deslocar-se pelo lo-
cal, experimentando diferentes pontos de vista.
Considere que as crianças poderão se organizar
de diferentes formas: individualmente ou em
pequenos grupos para realizar a proposta.

Quando perceber que as crianças realizaram


as observações que respondem aos questiona-
mentos levantados, convide-as para fazer uma
brincadeira no espaço. Conte a elas que essa
ainda é uma etapa da investigação. Acorde com
as crianças sobre o que eles brincarão e propo-
nha o início. Observe e registre a experiência.
Perceba que o grupo poderá encontrar dificul-
dades para experimentar a brincadeira escolhi-
da. Nessa situação, estimule as crianças a refle-
tir sobre os obstáculos encontrados.
7

Sinalize para o grupo quando o tempo da ex-


periência estiver esgotando, para que todos se
organizem e encerrem a brincadeira. Reúna a
turma e finalize a investigação, voltando para a
escola.

Para finalizar:

Ao chegar na escola, reúna o grupo em uma


grande roda e faça a partilha das descobertas e
observações das crianças. Traga ao contexto os
registros realizados por elas durante a investi-
gação, para enriquecer o debate. Retome com
a turma as questões levantadas como focos de
observação e incentive as crianças a fazerem
uma avaliação da investigação realizada, con-
tando quais respostas encontraram. Considere
que essas respostas serão problemáticas e que
darão continuidade ao processo investigativo
da turma. Acolha outras questões que possi-
velmente as crianças trarão. Combine com elas
que você será a escriba do grupo e registrará as
percepções delas sobre o espaço. Diga que vo-
cês seguirão fazendo desenhos e análises das
fotos para documentar a investigação.

Possíveis falas do professor neste momento:


Então, pessoal, o que acharam de nossa inves-
tigação? O lugar é bom para brincar? Vamos
retomar as perguntas que levantamos antes de
ir até lá e ver se nossa observação investigativa
consegue respondê-las?

Desdobramentos
Como desdobramento desta atividade, o grupo
poderá fazer outros registros sobre a investiga-
ção realizada, como desenhos, relatos e docu-
mentação com as fotos tiradas (elaborando le-
gendas). Podem, ainda, aproveitar os registros
para a elaboração de uma revista, reportagem
ou filme.

Engajando as famílias
Incentive o grupo a compartilhar a experiência
com as famílias, convidando-as para realizar ou-
tras investigações como essa nos outros lugares
da lista.Se houver representantes das famílias
na visita, eles também podem ser convidados
para participar da roda de conversa e comparti-
lhar suas opiniões.
346: Plano de aula: Acompanhando o cresci-
mento das coleções

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Para a realização desta atividade é necessário


que as crianças já estejam engajadas em uma
atividade de colecionar objetos de forma cole-
tiva, em grupos de três a cinco crianças por co-
leção. É importante ainda, que os grupos já es-
tejam colecionando há algum tempo de forma
a possuírem uma quantidade de objetos sufi-
cientes na coleção para tornar a contagem mais
desafiadora para os pequenos. Considere uma
quantidade mínima de 50 objetos por grupo.

Este plano faz parte de uma sequência de cinco.


São eles:

1. Iniciando coleções;

2. Classificando elementos das coleções;

3. Acompanhando o crescimento das coleções;

4. Estimativa de quantidade com coleções;

5. Montagem de acervo de coleções.

Espaços:
Prepare um espaço para a grande roda de con-
versa que será realizada no início da atividade,
observe ainda, a necessidade de um espaço
para que as crianças possam se reunir com seus
grupos para contarem suas coleções.

Materiais:

É recomendado prato, potes diversos ou outros


recipientes para cada grupo, de modo que eles
tenham um espaço para organizar os objetos já
contados, mantendo-os classificados. Será ne-
cessário ainda, que imprima, para cada coleção,
uma tabela para que as crianças iniciem os re-
gistros de acompanhamento. Aqui você encon-
tra um exemplo.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 01 hora.

Perguntas para guiar suas observações:

1. De que forma as crianças realizaram a con-


tagem? Utilizaram alguma estratégia? Organi-
zaram ou agruparam os objetos para facilitar a
contagem?

2. Como as crianças registraram as contagem?


Utilizaram numerais, desenhos ou outras ex-
pressões gráficas? Conseguiram compreender o
registro da contagem de outra dupla?

3. Como as crianças interagiram durante a con-


tagem em dupla? Ajudaram umas às outras a
contar? Contaram juntas?

<inicio-h1>
Para incluir todos:

<fim-h1>

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou


relacionais que podem impedir que uma crian-
ça ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e di-
ferenças de cada criança ou do grupo. Atente-se
quanto às relações estabelecidas entre as crian-
ças, especialmente nas duplas e no momento
de troca de coleções para checagem, propondo
alternativas para a qualidade das interações, tra-
çando estratégias para que uma criança ajude a
outra durante a contagem e o registro.

O que fazer durante?


O que fazer durante?
1

Convide as crianças para a grande roda, espere


que todos se sentem e conte que você está feliz
com o crescimento das coleções e que hoje vo-
cês irão contar os elementos para ver quantos
objetos há em cada coleção. Diga-lhes que você
gostaria de propor que elas se organizem com
seus grupos para que façam a contagem dos
objetos de cada uma das coleções e o registro
escrito do resultado da contagem. Conte que
vocês darão continuidade ao preenchimento
da tabela de acompanhamento das coleções,
registrando as quantidades da coleção de cada
grupo. Sugerimos que para potencializar sua
mediação nesta atividade, você acesse o plano
Iniciando coleções desta sequência. Nele você
perceberá como as crianças podem iniciar os
registros de suas coleções.

Possíveis falas do professor: “Crianças, vocês


notaram como nossas coleções estão crescen-
do? Vocês tem ideia de quantos objetos temos
em cada coleção? Como podemos descobrir
quantos objetos tem em cada uma delas? Hoje
eu gostaria de propor que nos organizássemos
com nossos grupos de coleção, para realizar
uma contagem e descobrir quantos objetos te-
mos em cada uma das coleções. Assim, vamos
acompanhando o crescimento delas. Vejam,
aqui, nesta primeira linha está escrito: acom-
panhamento dos itens das coleções. Nesta se-
gunda linha… (siga contando para as crianças a
composição da tabela)”.

Ao revelar a tabela, acorde com o grande grupo


a duração da atividade e que, ao fim da conta-
gem e do registro, elas irão trocar de coleção
com outro grupo para realizarem a checagem
da contagem, pois essa é uma prática comum
entre os colecionadores. Acorde também, que
os grupos que terminarem todo o processo, po-
derão organizar as coleções de volta ao local
adequado e começarem a se preparar para a
próxima atividade da rotina.

Ajude as crianças a se organizarem em peque-


nos grupos, respeitando a organização dos cole-
cionadores, ou seja, os grupos que planejaram e
coletaram os objetos. Assegure-se de que as as
composições de quantidades de cada coleção,
esteja oportuna para que as crianças realizarem
uma contagem desafiadora. É fundamental que
cada grupo tenha no mínimo 50 objetos para
contar. Observe ainda, a necessidade de orga-
nizá-las no espaço, seja no chão ou em mesas,
para que as possam realizar a contagem e o re-
gistro com qualidade.

Enquanto as crianças contam, circule entre os


pequenos grupos observando suas estratégias
de contagem. Paute-se em perceber até que
número estão conseguindo contar, como estão
se organizando para realizar a contagem (todos
estão contando?), se realizam correspondência
termo-a-termo e de que forma estão realizando
seus registros. Quem são aquelas crianças que
o barulho ou a intervenção do colega, faz com
que ela se perca na contagem. Atente-se para
apoiá-las quando necessário. É recomendado o
registro escrito e, se possível, em vídeo, das es-
tratégias de contagem e das interações entre
as crianças neste momento para utilizar como
forma de reflexão para planejamentos de outras
atividades.

Possíveis ações do professor: algumas crianças


estão contando sua coleção, quando percebem
que tem mais objetos do que são capazes de
contar. O professor poderá se aproximar das
crianças e revisar até quanto elas conseguiram
contar, contando junto com elas. A partir disso,
o professor poderá compartilhar com a turma o
problema e perguntar se alguma das crianças
tem alguma sugestão para os colegas. Por meio
de um processo dialógico, professor e crianças,
podem chegar a uma estratégia eficaz de con-
tagem, como uma contagem e registro por gru-
pos de objetos ao invés de uma contagem da
coleção inteira, por exemplo.

Quando alguns dos grupos terminarem a conta-


gem e o registro dos elementos de sua coleção,
convide as crianças para trocarem de coleção
com outro grupo, que também terminou a con-
tagem, trocando também as tabelas entre si,
de forma que se apoiem nos registros feitos e
conheçam outras coleções. Apoie-as a compre-
enderem o registro do grupo anterior e incen-
tive-as a contarem a coleção para checarem o
registro. Caso algum grupo encontre resultados
diferentes dos registrados, reúna os dois gru-
pos, para que realizem uma contagem em con-
junto. Neste momento apoie a nova contagem,
oportunizando, reflexões e estratégias de ajuda
mútua entre as crianças. Após o novo resulta-
do, inicie um diálogo, a fim de investigar junto
aos grupos, sobre a importância da checagem
quando há muitos elementos a serem contados.

Para finalizar:

Observe que as crianças podem terminar a ati-


vidade em tempos diferentes. Assim, convide
àquelas que terminaram, a guardarem os ele-
mentos das coleções no espaço apropriado e
apreciarem histórias no espaço da leitura. Quan-
do todo grupo finalizar a contagem, diga que
fixará cada tabela, para que voltem a fazer con-
tagens, a fim de perceberem o crescimento das
coleções. Em seguida, convide o grupo para vi-
venciar a próxima atividade do dia.

Desdobramentos
Você poderá fixar próximo do espaço destina-
do ao acondicionamento das coleções, o re-
gistro de contagem que será continuado pelas
crianças ao longo do processo de criação das
coleções. Criando assim, uma excelente oportu-
nidade de investigar com as crianças questões
acerca do acompanhamento do crescimento
da coleção, estimulando-as a criarem alternati-
vas para esse acompanhamento que não exija
a contagem de todos os itens sempre que adi-
cionarem um novo objeto. O registro poderá ser
feito com números, desenhos ou ambos.

Engajando as famílias
Você poderá organizar uma reunião diferente
com a comunidade. Ao invés de uma reunião
tradicional, em que você explica aos familiares o
que as crianças podem fazer, você poderá orga-
nizar uma filmagem das crianças, em que elas
sugerem no vídeo, atividades para vivenciarem
junto às famílias. Uma das atividades, pode ser,
por exemplo, a contagem das coleções checan-
do os registros que estão sendo feitos para cada
uma.
347 Plano de Aula: Plano de aula: Brincando de
Boi com outras turmas da escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Para realizar essa atividade é necessário que as


crianças já tenham vivências anteriores com a
Festa do Bumba meu Boi e o Boi de Mamão,
como por exemplo, as atividades anteriores des-
ta sequência. Se você é da região onde essa fes-
ta é popular, terá mais elementos para enrique-
cer o plano e para encaminhar as proposições
junto às crianças, aproveite essa oportunidade
para valorização da cultura local. Há uma pro-
posta de interação com os demais agrupamen-
tos da escola, deste modo, faça combinados
prévios com os demais professores em relação
ao horário e interações que serão propostas.
Você pode elaborar um cartaz com as crianças
informando que no dia “tal” será realizada uma
brincadeira do Boi Bumbá na escola e todos es-
tão convidados.

Este plano faz parte de uma sequência de cinco.


São eles:

Diversidade Cultural - “Bumba meu boi”.

A festa do boi em diferentes representações.

Conhecendo e explorando instrumentos da fes-


ta do Boi.

Construindo nosso Boi

Brincando de Boi com outras turmas da escola.

Materiais:

Boi construído pelas crianças com materiais de


largo alcance (Construindo o Boi),

instrumentos musicais típicos da festa do Boi


(maracás, triângulos, tambores, matracas), obje-
tos que possibilitem a caracterização para per-
sonagens da festa, como por exemplo: tecidos
variados, máscaras, cocar indigena, fitas, cha-
péus, etc, gravação da canção”Grande baile de
despedida”(17’51) e de outras canções típicas da
festa do Boi (há referências nas atividades an-
teriores desta Sequência) e equipamento para
reproduzi-las durante o trajeto pela escola, ma-
terial para registro do professor (aparelho com
filmadora ou câmera fotográfica).

Espaços:

A atividade inicia-se na sala e se estende por


toda a escola inclusive ambientes como secreta-
ria erefeitório, e é finalizada com o encontro de
diferentes turmas no pátio ou outro espaço ex-
terno que favoreça a brincadeira entre diferen-
tes turmas da escola.
Tempo sugerido:

Aproximadamente 1 hora.

Perguntas para guiar suas observações:

Que relações as crianças constroem entre os


objetos apresentados para a brincadeira e as ati-
vidades anteriores com a festa do Boi? De que
forma expressam essas relações e criam novos
elementos para brincar?

Que estratégias usam para organizar as diferen-


tes ações, como a escolha dos adereços, o traje-
to, e a partilha dos adereços com outras crian-
ças da escola?

Como ocorrem as interações entre os diferentes


grupos criança/criança e criança/adulto?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou


relacionais que podem impedir que uma crian-
ça ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender as necessidades e
diferenças de cada criança ou do grupo. Como
esta proposta requer ampla mobilidade entre os
espaços da escola, privilegie um caminho plano
e garanta apoios à locomoção. Aproveite a va-
riedade de opções dentro da atividade para ga-
rantir os diferentes interesses e habilidades das
crianças, por exemplo as potencialidades mo-
toras podem ser exploradas enquanto dramati-
zam os personagens ou dançam as canções, já
as habilidades sonoras são exploradas na mani-
pulação dos instrumentos musicais.

O que fazer durante?

Reúna as crianças emroda, grande grupo e no


centro disponha o Boi (ou os Bois, se foram
construídos 2) que a turma construiu na ativi-
dade anterior Construindo nosso boi, peça para
que as crianças comentem o que mais gosta-
ram no Boi construído, relembre com elas como
ele foi feito, como montaram sua estrutura e
decoraram o boi. Dê indícios do que você mais
gostou na forma como planejaram e construí-
ram o Boi incentivando o trabalho coletivo com
o respeito às sugestões dos colegas, as formas
diferentes de enfeitar o boi, etc. e então convi-
de-as para compartilhar com as outras turmas
da escola essa brincadeira. Proponha que elas
planejem e organizem essa brincadeira.

Possíveis falas do professor neste momento:


Gostei muito de como vocês decoraram o corpo
do boi, qual o motivo de escolherem esses ma-
teriais, essas cores? l

Quando convidar as crianças para compartilhar


o Boi poderá dizer: O que vocês acham de levar
toda a alegria da festa do Boi para as outras tur-
mas da escola?

Pergunte para as crianças o que acham neces-


sário providenciar, além do Boi, para brincarem
da festa com as outras turmas da escola. Proble-
matize com elas a questão de terem só um boi
(ou dois) para a brincadeira. A partir dos comen-
tários das crianças, relembreos elementos que
já foram vivenciados como as canções, os ins-
trumentos musicais usados na festa do Boi e os
outros personagens que integram a brincadeira.

Ainda no grande grupo diga para as crianças


que você trouxe outros objetos (tecidos , más-
caras ou outros elementos que ajudem na ca-
racterização) e os instrumentos musicais que
eles já conheceram como: tambores, matracas,
pandeiros e maracás. Deixe que as crianças ma-
nipulem os adereços, instrumentos e fantasias
relembrando cenas das festas, produzam movi-
mentos típicos da festa e criem alternativas para
os elementos apresentados.

Enquanto as crianças manipulam os objetos to-


que músicas típicas da festa do Boi a sugestão
aqui é: CD Boi de Mamão - Ndi. Ufsc (canções
1,8,9).Aproveite para observar e registrar como
as crianças manipulam e escolhem os objetos e
como interagem com as outras crianças.Nego-
cie com as crianças como podem se organizar
para brincar com o Boi, escute as hipóteses das
crianças ajudando-as a considerar a preferência
dos demais colegas. Uma criança pode vestir a
fantasia do boi enquanto as outras crianças vão
compondo seus personagens ou experimentan-
do os sons com os instrumentos, faça pequenas
intervenções se necessário para que todos parti-
cipem.

Possíveis falas do professor neste momento:


Temos quatro colegas que querem vestir o boi,
como vocês irão organizar para que todos par-
ticipem? Notei que você não quis escolher um
adereço, que tal experimentar os instrumentos
musicais?

Quando notar que as crianças já definiram suas


preferências ao escolher os objetos que usarão
durante a brincadeira, reproduza um vídeo com
a festa do Boi (vários foram indicados ao longo
desta Sequência) e observe como relacionam os
adereços e reproduzem os movimentos tantos
de dança quanto ao tocar os instrumentos. Cha-
me atenção das crianças ao vídeo sobre a mar-
cação do ritmo e pergunte como poderão fazer
esta a marcação enquanto passeiam com o boi
pela escola. Proponha um ensaio com toda a
turma, observe como manipulam os instrumen-
tos enquanto andam e dançam, se necessário
faça sugestões para facilitar a manipulação.
Logo depois pergunte para as crianças como
podem organizar o trajeto por onde vão passar
e dançar convidando os colegas para brincarem
também, a partir das sugestões das crianças or-
ganize com eles o trajeto considerando o ponto
de partida (a sala) e o ponto de chegada (pátio
ou área externa). Caso as crianças já dominem a
letra da canção de apresentação, sugestão:: CD
Boi de Mamão - Ndi. Ufsc (canções 1,8,9),podem
ir cantando enquanto dançam e tocam os ins-
trumentos, caso contrário use um aparelho de
som portátil como apoio para a voz.

5
Após organização do grupo para a Festa, as
crianças caminham pela escola cantando, to-
cando e dançando atrás do Boi. Conforme os
combinados prévios com a equipe da esco-
la, podem entrar nas salas dançando entre as
crianças de outras turmas. A medida que cir-
culam pela escola as outras crianças podem ir
seguindo a brincadeira auxiliados por seus pro-
fessores. Auxilie a turma no que for necessário
durante o trajeto. Garanta que as crianças tran-
sitem por todos os espaços inclusive pela secre-
taria da escola, próximos à cozinha e refeitório,
sala dos professores e outros, assim as crianças
vão convidando também os profissionais da es-
cola para acompanharem a festa . Termine o tra-
jeto no pátio ou área externa.

Com todos reunidos no pátio ou na área exter-


na promova um viva à Festa do Boi, Proponha
às crianças que partilhem os adereços e ins-
trumentos com as outras crianças que acom-
panham a brincadeira, podem mostrar como
tocar o instrumento, dançar junto e ajudar os
colegas a se caracterizar. A partir daí a festa
continua, aproveite para observar e registrar, se
possivel em video, como as crianças se expres-
sam corporalmente e como interagem com as
outras crianças e os adultos que acompanham
a brincadeira. Depois de um tempo peça para
que todas as crianças se acomodem como pre-
ferirem (em pé, sentados no chão ou em cadei-
ras, se houver no espaço) eproponha pequenas
conversas sobre o que acabaram de viver, o que
mais gostaram nessa grande festa, se gostariam
de fazer novamente etc. Dê espaço para que as
próprias crianças façam perguntas e apoia-as
fazendo algumas também.

Possíveis falas do professor neste momento: O


que você acha de ajudar o colega da outra tur-
ma a vestir o boi? Vamos oferecer nossos instru-
mentos para as outras crianças tocarem e juntos
vamos dançar em volta do Boi?

Para finalizar:

Com as crianças ainda sentadas proponha uma


despedida do boi e dos demais personagens,
reproduza a música “Grande baile de despedi-
da” peça para que as crianças caracterizadas se
levantem devagar e dançando se despeçam dos
colegas, à medida que voltam para as salas são
acompanhados pelos demais que também se
despedem dançando. Os professores orientam
as crianças a guardar os adereços e instrumen-
tos em um lugar específico assim poderão brin-
car novamente em outra oportunidade.

Desdobramentos
Você pode registrar em vídeo a brincadeira e em
outra oportunidade convidar as crianças para
assistir, assim eles poderão assistir uma festa do
Boi em que foram participantes e não mais ape-
nas espectadores. Poderá também organizar
junto com outros professores e com as crianças
outras atividades coletivas que favoreça a inte-
ração com outras turmas como uma oficina de
instrumentos musicais usados na festa do Boi.

Engajando as famílias
Em uma ocasião oportuna, que pode já estar
programado em calendário escolar, como por
exemplo um dia da família na escola ou uma
festa cultural, convide os familiares para assis-
tirem as crianças apresentando a festa do Boi
, você pode escrever um convite com as crian-
ças e ilustrar com fotos tiradas no dia da brin-
cadeira. Durante a apresentação para a família
as crianças podem primeiro representar a festa
do Boi sozinhos e depois convidar a família para
tocar, cantar e dançar com elas.
348: MUSICA E DANÇA

Objetivo(s)
- Ampliar o repertório de brincadeiras tradicio-
nais e jogos de criação em dança;
- Pesquisar entre os adultos que trabalham na
creche (ou na escola) brincadeiras com pedras
por meio de entrevistas;
- Aprender a fazer registro audiovisual;
- Conhecer diversas brincadeiras e transformá-
-las em dança;
- Conhecer um grupo de artistas contemporâ-
neos que usam pedras e água em suas obras;
- Explorar as formas corporais, o volume, as di-
reções, os caminhos e as trajetórias no espaço a
partir das imagens das obras de arte e dos ele-
mentos água e pedra;
- Construir uma dança a partir das brincadeiras
com as pedras.
Dança criativa e jogos tradicionais na pré-esco-
la. Professora Cristina Mara Corrêa

Conteúdo(s)
- Pesquisa sobre brincadeiras;
- Elementos da dança: os espaços cênicos, as
trajetórias espaciais, a construção de formas
corporais e as ações corporais;
- criação e composição de gestos e movimentos
expressivos;
- contato com alguns artistas contemporâneos.

Faixa etária
5 a 7 anos.

Ano(s)
Pré-escola

Tempo estimado
4 a 6 meses, com uma atividade semanal.

Material necessário
- pedrinhas de diferentes tamanhos e cores.
- máquina fotográfica digital com câmera de ví-
deo.
- aparelho de som.
- computador com um programa de edição de
vídeo.
- CDs com músicas diversas (tanto para dançar
quanto aquelas mais tranquilas, para relaxa-
mento).
- música Pedrinha Miudinha, de Mestre Ambró-
sio, no CD Fuá na Casa de Cabral.
- música Pé com pé, de Palavra Cantada.
- música Cello Suites, de Bach, com o violonce-
lista Yo Yo Ma.
- Som da Chuva - Para Dormir e Relaxar.

- imagens com algumas obras dos artistas: Ri-


chard Long, Lygia Clark, Amélia Toledo, Laura
Belém e Laura Vinci.
Sugestões links para pesquisa sobre os artistas/
obras:

https://sites.google.com/site/landandart/artists/
escultor/richard-long-1
http://www.pacodasartes.org.br/exposicao/assi-
meselheparece.aspx
http://anaviaja.blogspot.com.br/2010/11/agua-na-
-oca-boa-praca-laura-vinci.html
http://www.lygiaclark.org.br/biografiaPT.asp
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/en-
ciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_bio-
grafia&cd_verbete=2566

- livro Das viagens do Juca pela natureza, Amé-


lia Toledo. Editora Iluminuras, 2008.
- imagens (em fotos ou em vídeo) de cachoeiras
ou de rios
- barbantes, elásticos, tecidos, almofadas
- instrumentos musicais e objetos sonoros que
remetam aos sons de água, floresta e pedras ro-
lando.
Desenvolvimento
1ª etapa
Leve algumas pedrinhas para a sala, converse
com as crianças sobre quais brincadeiras elas
conhecem com esse elemento, como amare-
linhas, 5 pedrinhas ou 5 Marias. Apresente a
brincadeira Escravos de Jó, da forma tradicional
como se brinca, e também proponha outras for-
mas de brincar, como em roda (todos de mãos
dadas, pulando e se movimentando coletiva-
mente, conforme a letra da música) e como
brincadeira de mão (em que os participantes
batem suas mãos na do colega, respeitando al-
gum ritmo e ordem dos movimentos). Depois,
peça para as crianças trazerem pedrinhas de
casa - elas ficarão em uma caixa na escola.

E atenção: registre com fotos e pequenos víde-


os todas as etapas, desde esta primeira. Isso vai
ser útil para analisar o processo e também para
colaborar para a construção da coreografia que
finaliza o projeto.

2ª etapa
Inicie a atividade com uma roda de conversa.
Nela, cada um poderá contar a história da pedri-
nha que trouxe. Em seguida, desenhe algumas
amarelinhas no chão do pátio e mostre cada
uma delas, ensinando suas regras. As crianças
devem passar por cada uma delas e depois po-
dem escolher a que mais gostou para jogar,
usando as pedrinhas trazidas.
Oriente que as crianças perguntem aos funcio-
nários da creche (ou escola) sobre as suas brin-
cadeiras de infância, e em quais delas utilizaram
pedras.
Para isso, organize as crianças em pequenos
grupos e construa um roteiro para as entrevis-
tas, com itens como:
- nome da pessoa entrevistada;
- o local onde morou;
- se brincou com pedras;
- quais brincadeiras conhece;
- com quem brincava;
- como era a brincadeira.

Explique que os grupos vão se revezar para usar


o equipamento de filmagem, e explique o seu
funcionamento. Distribua tarefas dentro dos
grupos. Em paralelo, selecione os entrevistados
e organize as conversas em horários fora da ati-
vidade de dança.

3ª etapa
Neste momento, a intenção é que as crianças
brinquem com as pedrinhas sobre o corpo.
Para criar um clima de relaxamento, coloque
músicas tranquilas e converse calmamente.
Cada criança deve escolher uma pedra na cai-
xa e fazer uma massagem nos pés: em pé, diga
que soltem o peso do corpo sobre a pedra,
abrindo as articulações dos pés e dos dedos. A
seguir, proponha que caminhem transportando
e equilibrando as pedras em diferentes partes.
Coloque uma música mais estimulante e trans-
forme a caminhada numa dança com as pedras
em que seja desejável variar o uso do espaço
da sala, ora explorando toda sua área, ora dan-
çando no mesmo lugar. Sugira que façam mo-
vimentos nos níveis: alto (acima da linha do om-
bro), médio (próximo a altura da cintura) e baixo
(abaixo dos joelhos).

Finalize o encontro propondo um relaxamen-


to: usando pedrinhas, um sobre o corpo do ou-
tro, diga que façam pequenos caminhos sobre
os ossos e movimentos com toque sutis. Esta é
uma atividade que requer muita concentração,
percepção corporal e cuidado com o corpo do
outro. Por isso, converse com as crianças sobre
as sensações corporais e repita esta atividade
em outros encontros.

4ª etapa
Apresente a amarelinha africana, explique que
neste jogo não se usa a pedrinha, somente o
corpo e a marcação do ritmo para saltar.

Retome as brincadeiras de Escravos de Jó feitas


na 1ª etapa. Você pode usar a mesma canção
para brincar com a esta amarelinha ou use mú-
sica mecânica (Cd), mas que tenha o ritmo bem
marcado, como por exemplo: Cd Pé com pé -
Palavra Cantada, Cd Fuá na casa de Cabral / mú-
sica Pedrinha Miudinha de Mestre Ambrósio.
Também poderá usar um instrumento de per-
cussão ou as palmas para marcar o ritmo, cante
uma canção ou uma parlenda já conhecida pe-
las crianças, assim todos podem participar.

Desenhe um quadrado e o divida em 4 colunas


e 4 linhas. É importante fazer os quadrados pe-
quenos, de acordo com o tamanho dos pés das
crianças.
Peça que duas crianças fiquem em lados opos-
tos do grande quadrado, sendo uma em frente à
outra. Uma delas deve fazer diversos movimen-
tos, como saltar para frente, para trás ou para
os lados, colocando um pé em cada quadrado e
seguindo o ritmo do tambor ou das palmas, e o
colega deve seguir seus movimentos. A brinca-
deira termina quando parar a música.

5ª etapa
Apresente o vídeo feito na 2ª etapa, da entrevis-
ta com os funcionários e faça alguns questiona-
mentos: Vocês conhecem essas brincadeiras? É
possível usar outras partes do corpo para reali-
zar esses movimentos? Essa imagem faz você
se lembrar de outras brincadeiras? Podemos
inventar uma brincadeira nova? O nosso corpo
também pode ser uma pedra? Como faz?

Em seguida, proponha alguns jogos para experi-


mentar o saltar, o rolar, o cair como a pedra das
brincadeiras de mãos, lançar-se com diferentes
partes do corpo como na brincadeira de jogar
pedras no rio. Sugira também algumas cons-
truções em grupos, caminhos, castelos com o
corpo, formas corporais e exploração do espaço
da sala. Forme duplas para brincar de jogo do
espelho - uma criança propõe um gesto e a ou-
tra imita. Peça que usem o repertório das ações
exploradas, e em pequenos grupos criem uma
sequência. Apresente as sequências um grupo
para outro.

6ª etapa
Retome os grupos e as sequências do encontro
anterior. Faça algumas interferências, usando
tempos e espaços diferentes, segue algumas
sugestões:
1° grupo - fazer a sequência lentamente.
2° grupo - fazer a sequência com mais rapidez.
3° grupo - iniciar a sequência no nível baixo e ir
para o alto, ou seja, mexer-se próximo do chão e
ir subindo até a linha acima da cabeça.
4° grupo - iniciar a sequência no nível alto e ir
para o baixo, iniciar com movimentos acima da
linha da cabeça e ir descendo até próximo ao
chão.

Converse sobre as impressões das crianças e


peça que comentem as apresentações de cada
grupo.

7ª etapa
Na roda de conversa, apresente algumas ima-
gens das obras do artista Richard Long e de
Amélia Toledo, diga algumas informações sobre
a vida e obra destes artistas. Organize as crian-
ças em pequenos grupos, peça que escolham
uma das imagens e façam uma releitura com as
pedras no chão da sala, isso é, que criem outra
imagem a partir dessa. Sugira que experimen-
tem percorrer as linhas e as trajetórias dos de-
senhos feitos nas releituras, usando diferentes
apoios do corpo. É importante dizer às crianças
que os apoios são partes do corpo que tocam o
chão, e o desafio é usar partes do corpo pouco
usuais para o deslocamento, como por exemplo:
arrastar-se usando a lateral do corpo, rolar usan-
do os apoios dos pés e das mãos, saltitar num
pé só...

8ª etapa
Apresente imagens de cachoeiras, de praia ou
obras de artistas que trabalham com o elemen-
to água, como Laura Belém e Laura Vinci. Após
a apreciação das obras, converse sobre as expe-
riências de cada um nestes espaços e proponha
construções no tanque de areia, como escultu-
ras, túneis, castelos e enterrar parte do corpo.

Retome as experiências na sala e proponha


construções destes espaços cênicos com outros
objetos: pedrinhas, tecidos, mesas, cadeiras, al-
mofadas, enfim diversos objetos que estiverem
disponíveis na sala de aula. Leve também al-
guns instrumentos musicais, objetos sonoros,
bacias com água e jarras para explorar a sono-
plastia destes ambientes. Organize as crianças
em dois grupos: um grupo irá explorar o espaço
cênico e outra fará a sonoplastia deste ambien-
te.

9ª etapa
Apresente o livro Abrindo Caminhos, de Ana
Maria Machado. Nesta história, a autora explora
os caminhos de três personagens: Chris (uma
referência a Cristóvão Colombo e sua vivência
com as florestas), Carlos (que se relaciona com
as montanhas de Minas Gerais, o que remete
a Carlos Drummond de Andrade), e Tom (pelo
mar, é uma referência ao músico Tom Jobim).
Explore as ilustrações do livro, converse com as
crianças sobre as personagens do livro. Para en-
riquecer o momento, mostre a música Águas
de Março, de Tom Jobim, e trechos do poema
Tinha uma pedra no meio do caminho, de Car-
los Drummond. Organize as crianças em três
grupos, e proponha que cada um construa e
percorra diferentes caminhos: pelas águas, pela
floresta e pelo mar, explicando que podem criar
diversas ações neste percurso. Use alguns ma-
teriais para construção dos espaços: tecidos,
pedras, almofadas, barbantes, cordas, elásticos,
mesas e cadeiras. Finalize com uma apresenta-
ção entre os grupos.

10ª etapa
Prepare pedras de gelo coloridas de diferentes
tamanhos e formatos, brinque de fazer constru-
ções, de passar pelo corpo, de observar as pe-
dras derreterem, de desenhar no chão do pátio,
enfim explore de diversas maneiras este objeto.
Na sala, diga que experimentem, com movi-
mentos no corpo, as transformações do mate-
rial: como representar a passagem da água para
gelo? E do gelo para água? Brinque de “derre-
ter” e “desmoronar”, usando partes do corpo e o
corpo todo, e rolar como as pedras e rolar como
a água. Em outro momento, dance pelo espa-
ço cantando Pedrinha miudinha (https://www.
youtube.com/watch?v=eNdb1csxC8Q). Na pausa,
“vire” estátua de gelo, que ora vai derretendo e
ora desmoronando.

11ª etapa
Este é um momento importante do projeto, a
criação da composição coreográfica. Converse
com as crianças sobre todas as etapas do proje-
to e qual será o produto final.

Faça uma edição das imagens que você coletou


e apresente às crianças. Pergunte como pode-
mos construir uma dança. Procure saber qual a
ideia que as crianças têm sobre dança e quem
já viu um espetáculo. Após este diagnóstico, or-
ganize algumas propostas:

A- Leve alguns vídeos de companhias que fa-


zem dança para criança, como Balangandança,
Caleidos ou Giz em cena. Converse sobre quais
elementos da dança as crianças observaram nos
espetáculos: Tem brincadeiras? Quais movimen-
tos vocês viram? Como eles usaram o espaço e
os níveis? Todos os bailarinos dançam juntos?
Usaram música? Usaram objetos cênicos?
B- Faça uma lista das brincadeiras e sequên-
cias realizadas ao longo do projeto. Escolha com
as crianças as que mais gostaram. Organize as
crianças por grupos de brincadeiras/sequências.
C- Cada grupo vai relembrar a brincadeira e
mostrar para os demais. Decida se terá música
ao vivo ou de CD. Crie uma transição entre as
sequências de cada grupo, ou seja, um grupo
poderá sair de cena rolando pelo fundo da sala
e o próximo entrar cantando pelas laterais. Ou-
tra proposta, entrar em duplas, uma criança de
cada lado da sala.
D- Para construir o cenário, use as fotos e o ví-
deo. Como o tema do projeto são os elementos
pedra e água, construa uma cachoeira com pa-
pel crepom e tule branco. As crianças podem
pintar ondas, peixes para compor o cenário fun-
do do mar.

Avaliação
Um entendimento possível para o conceito de
avaliação na Educação Infantil diz respeito ao
ato de significar, observar a criança e reorgani-
zar as propostas e os ambientes a partir dessa
observação. Isso serve para depois propor novos
desafios, atitude constante ao longo do projeto.
Também estabelecemos alguns objetivos, ou
seja, o que queríamos que as crianças apren-
dessem ao longo do seu desenvolvimento. Note,
então, como foram trabalhados estes aspectos e
de que maneira podemos perceber as aprendi-
zagens, levando em conta os seguintes critérios:
1) Participação e envolvimento nas propostas.
2) Pesquisa sobre brincadeiras e a história dos
funcionários da creche, reconhecendo que são
detentores de conhecimento e estabelecendo
uma nova relação de aprendizagem e vivências
com eles. 3) Procedimentos para elaboração de
vídeo, enriquecendo a observação e o reconhe-
cimento dos movimentos presentes nas brin-
cadeiras pesquisadas. 4) E se aprenderam a ex-
pressar e comunicar suas ideias e emoções por
meio da linguagem da dança.
349: Plano de aula: Concluindo o livro das famí-
lias do grupo

O que fazer antes?


Contextos prévios:

Esta proposta prevê que você e seu grupo de


crianças finalizem o livro de histórias das famí-
lias, para o qual pesquisaram informações, dialo-
garam e elaboraram páginas ao longo das ativi-
dades anteriores desta sequência. É o momento
de montagem do livro e de planejar como ele
será apresentado aos familiares. Retome todas
as produções anteriores, observando se há al-
guma ainda a ser concluída e antecipe os mate-
riais necessários para a finalização.

Este plano faz parte de uma sequência de cinco.


São eles:

Toda família tem sua história

Histórias das famílias das crianças

Conhecendo tradições das famílias do grupo

Familiares contam suas histórias

Concluindo o livro das famílias do grupo

Materiais:
Para concluir a escrita e a montagem do livro
sobre as tradições das famílias, será necessá-
rio reunir todas as produções realizadas pelas
crianças no decorrer da sequência (ver Contex-
tos Prévios).

Materiais para registro e montagem do livro,


como lápis de cor, canetinha, papéis diversos,
tesoura, cola, grampeador, clips, entre outros.
Para a capa e a contracapa, é interessante ga-
rantir um papel de maior gramatura do que o
utilizado nas páginas do livro, para favorecer o
manuseio e a durabilidade dele.

Espaços:

É indicado realizar a proposta na própria sala de


atividades do grupo. Desse modo, os alunos te-
rão fácil acesso a todas as páginas produzidas
para o livro das famílias, assim como aos mate-
riais para registro e montagem.

Tempo sugerido:

Aproximadamente uma hora.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Quais estratégias as crianças utilizam para a


organização e a conclusão do livro, nos peque-
nos grupos? Que saberes sobres as famílias são
compartilhados entre elas nesse momento?
2. Como articulam as estratégias de leitura e
suas hipóteses de escrita durante a comple-
mentação das páginas do livro e na leitura final
da história das famílias? Como se dá a interação
entre as crianças ao expor suas opiniões e consi-
derando as ideias dos colegas?

3. Que sentimentos são expressados pelas crian-


ças e de que forma se manifestam em relação
ao processo de elaboração e à conclusão do li-
vro do grupo?

Para incluir todos:

Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou


relacionais que podem impedir que uma crian-
ça ou o grupo participe e aprenda. Reflita e pro-
ponha apoios para atender às necessidades e às
diferenças de cada criança ou do grupo.

Para que a revisão e a complementação do livro


sejam garantidas de forma coletiva e colabora-
tiva, fique atento aos comentários das crianças,
para que todas as opiniões sejam valorizadas.
Garanta diversidade de estratégias (escrita, de-
senhos, leituras etc.) para a revisão do livro pro-
duzido, possibilitando a participação de toda a
turma.

O que fazer durante?


1

Comente, em roda, com o grande grupo, que


as crianças já sabem de muitas coisas sobre as
famílias da turma, pois já elaboraram várias pá-
ginas do livro e precisam agora finalizá-lo, mon-
tando-o, para poderem socializá-lo com as famí-
lias.

Incentive-as a relembrar as descobertas que fi-


zeram, as visitas que receberam e as pesquisas
que as ajudaram a conhecer mais sobre as tradi-
ções e as culturas da famílias.

Convide os pequenos a reunirem as páginasque


foram confeccionadas e esclareça que chegou
o momento de rever o que fizeram e ver se pre-
cisam alterar ou incluir alguma informação para
finalmente concluírem e montarem o livro das
famílias.
2

Proponha que, em pequenos grupos, analisem


as páginas produzidas e verifiquem se precisam
de alguma alteração ou complementação. As
páginas podem ser divididas entre os grupos,
para facilitar a organização das mudanças.

Proponha que as crianças leiam as páginas de-


signadas ao seu grupo (para isso utilizam de
estratégias de leitura, apoiando-se na memória,
em palavras conhecidas, imagens etc.) com seu
auxílio, se necessário. A partir disso cada equipe
define o que precisa fazer para complementar
as páginas, talvez seja necessário incluir escritas,
legendas, fotografias, desenhos ou rever alguma
parte da história ou relato que ficou incompleto.

Sugira que as crianças conversem com os co-


legas dos outros grupos sobre as intervenções
que farão nas páginas do livro, procurando por
novas opiniões para garantir as conclusões.

Observe as necessidades das crianças enquanto


elas realizam as atividades, caso perceba dificul-
dade de organização, ofereça ajuda. Você pode
dar dicas de como elas podem se organizar, aju-
dar na escrita de alguma palavra e orientá-las a
rever os registros de outras páginas para relem-
brar a sequência do livro.
3

Sugira que, conforme concluam as atividades,


as crianças coloquem as páginas revisadas so-
bre algumas mesas, uma ao lado da outra, para
facilitar a visualização de todos. Retornando ao
grande grupo, proponha que elas observem to-
das as páginas produzidas, apontem algo que
considerem precisar de melhoria ou completa-
ção e decidam juntas como pode ser montado o
livro. Auxilie as crianças nessa organização, para
que o produto apresente primeiramente um
contexto inicial, do objetivo do grupo em produ-
zi-lo, e depois traga os elementos culturais e as
tradições das famílias, em suas especificidades.
Garanta que o livro seja montado a partir das
sugestões das crianças, valorizando ao máximo
as sugestões e as iniciativas delas.

Possíveis falas do professor neste momento: Es-


tamos com várias páginas soltas, como pode-
mos organizá-las e qual ordem seguir para con-
tarmos as histórias das famílias de nosso grupo?
4

No momento da organização das páginas e da


montagem do livro, provavelmente as crian-
ças irão perceber ele está sem capa. Sugira que
peguem uma ou mais obras da caixa de leitu-
ra para realizarem comparações e verem o que
mais tem em um livro e checarem o que está
faltando fazer no livro do grupo, por exemplo, o
título e o nome dos autores. Proponha que tro-
quem ideias para eleger o título que melhor re-
presente a investigação sobre as famílias. Você
pode registrar no quadro as ideias que surgirem
e, em seguida, propor que realizem uma vota-
ção para a escolha do título.

Definam os responsáveis pela elaboração a capa


do livro e discutam como ela será: se terá al-
gum desenho, quem pode escrever o título etc.
Como são muitos os autores, sugira que na pri-
meira página cada criança coloque seu próprio
nome, para ficar registrada sua participação. Se
alguém tiver dificuldade em escrever o próprio
nome, sugira que essa criança utilize como refe-
rência alguma ficha ou etiqueta na qual o nome
dela esteja escrito.

Sugira que as famílias também possam escrever


no livro. Para isso, diga aos pequenos que eles
podem incluir algumas páginas em branco, para
que elas possam, depois, deixar mensagens re-
gistradas nele.

Combine com as crianças como será feita a jun-


ção das páginas. Talvez seja necessária uma
encadernação, que você pode providenciar pos-
teriormente. Neste momento, para que vejam o
livro montado, utilize provisoriamente grampos
ou clips.No grande grupo, proponha que façam
a leitura do livro das famílias. Como a obra é
algo que elas mesmas produziram, elas estarão
aptas a realizar a leitura, mesmo sem ler con-
vencionalmente. A cada página uma criança lê,
as demais podem complementar com o que
lembram, com a leitura das imagens etc. Esteja
atento às necessidades delas, auxiliando-as na
leitura e favorecendo a cooperação entre todos
da turma.

Para finalizar:

Após a leitura, conversem sobre como foi pro-


duzir o livro, sobre qual página cada criança
gostou mais e por que e quais informações
acharam mais interessantes sobre as famílias do
grupo.

Pergunte a elas como podem socializar o livro


que fizeram, para que possam contar aos ou-
tros sobre as histórias investigadas. Ideias como
estas podem surgir: as crianças podem querer
levar o livro para casa, cada dia uma; elas po-
dem sugerir que as famílias venham à escola
para ler o livro etc. A partir das ideias dadas pe-
los pequenos, faça os combinados necessários
com eles: você pode fotografar a capa do livro
para que as crianças elaborem um convite para
enviar para os familiares, um cartaz pode ser fi-
xado na entrada da escola, ou na porta da sala,
para que em horário de entradaou de saída os
responsáveis possam conhecer o livro. Peça aju-
da das crianças para guardar os materiais que
utilizaram e para organizar a sala.

Desdobramentos
As crianças decidirão como será feito o convite
para os familiares, se farão um convite ou car-
taz, ou se optarão por outra forma de comunicar
que o livro está pronto e que as famílias poderão
conhecê-lo, para que em outro dia possam vir à
escola apreciá-lo.

Uma outra possibilidade é organizar um dia do


lançamento do livro. Desse modo, o convite será
enviado antecipadamente às famílias e as crian-
ças planejarão como farão a leitura da obra que
produziram coletivamente.

Engajando as famílias
Ao irem à escola conhecer o livro das famílias do
grupo, os familiares podem escrever recadinhos
para as crianças, nas páginas em branco que fo-
ram incluídas.

Se os pequenos desejarem ter uma cópia do li-


vro, providencie um arquivo digital. As páginas
da obra podem ser fotografadas ou escaneadas
para compor um documento em PDF ou uma
apresentação em Powerpoint. Esse arquivo di-
gitalizado do livro pode ser gravado em CDs ou
DVDs, um para cada criança levar e ver com sua
família.
350 Plano de Aula: Apresentação dos alimentos
aos bebês da creche

Objetivo(s)
Apresentar diferentes tipos de alimentos aos
bebês
Estimular a curiosidade das crianças sobre hábi-
tos alimentares mais saudáveis
Reconhecer os sabores das comidas

Conteúdo(s)
Alimentação saudável
Função dos nutrientes

Ano(s)
Creche

Tempo estimado
7 etapas

Material necessário
Alimentos diversos, considerando cores e sabo-
res

Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução

Há um ditado popular muito famoso que diz


que “é de pequenino que se torce o pepino”. A
explicação da expressão está no fato de que é
possível direcionar o crescimento desta planta
até a colheita. Isso é semelhante ao que ocorre
quando alguém apresenta um comportamen-
to às crianças da creche. Neste momento, elas
agem muito por repetição, imitando o compor-
tamento dos adultos ou dos colegas.

Esta atitude pode ser aproveitada para o que


costuma ser um problema para muitos pais: a
alimentação. Comer corretamente pode ser en-
sinado aos pequenos e é uma estratégia muito
mais eficiente do que fazer barganhas ou pro-
meter doces caso comam frutas e verduras. É
fundamental que a criança não cresça associan-
do comida saudável a um dever que será re-
compensado com algo que ache mais gostoso.

É comum que os pequenos se precipitem ao


afirmar que não gostam de uma comida, prin-
cipalmente se ela não for colorida, vistosa, doce
ou já conhecida. Ajude a mudar este hábito in-
dicando boas alternativas para as refeições da
creche e mostrando que comida saudável pode
sim ser muito gostosa.

Alimentação correta, atividades físicas regula-


res, doses hormonais e os genes são os princi-
pais influentes para o crescimento. Ao contrário
da herança genética, que é imutável, comer cor-
retamente é um hábito que pode ser estimula-
do pela escola já na Educação Infantil.

Para crescer com saúde o corpo precisa de do-


ses altas de alimentos energéticos, como car-
boidratos, e construtores, como proteínas. É
necessário consumir também os reguladores
(frutas, legumes e verduras), que auxiliam as ati-
vidades celulares e regulam todo o metabolis-
mo fisiológico. Tenha isso em mente na hora de
apresentar comidas às crianças. Experimente as
texturas, as formas, o cheiro e o paladar de fru-
tas e verduras e oriente os pequenos a conhe-
cerem estes alimentos. Claro que o professor
não pode deixar de reconhecer que as frituras
têm gosto agradável ao paladar - e as crianças
sabem disso. Mas é preciso saber, desde cedo,
os riscos que as pessoas correm ao abusarem
desse tipo de alimentação. Portanto, conscienti-
ze os alunos para a necessidade de todos os nu-
trientes na alimentação diária.

A seguir, vamos apresentar algumas estraté-


gias válidas para incentivar as crianças a come-
rem de maneira saudável. Os responsáveis pela
alimentação das creches podem variar essas
atividades conforme a necessidade e disponibi-
lidade e não precisam seguir exatamente a se-
quência apresentada. Vale lembrar que fatores
externos, como as estações do ano, também in-
fluenciam já que boa parte das frutas não estão
disponíveis o ano todo.

Leve os alunos ao supermercado. Na primeira


visita, eles vão querer ficar na área de brinque-
dos ou ver os alimentos “mais gostosos”, como
doces e biscoitos industrializados. Mas é impor-
tante insistir. Leve as crianças primeiro ao setor
de frutas, verduras e vegetais crus. Muitos não
conhecem estes alimentos como realmente são,
só na forma de geleias e patês ou na fotografia
da caixinha de suco. No supermercado elas po-
derão ver a fruta, tocar e sentir seu cheiro. Ex-
plorar as sensações contribui para aumentar o
interesse e a curiosidade por estes alimentos,
mostrando que são mais atrativos do que as
crianças imaginam.

2ª etapa
Levar as crianças para uma volta na feira tam-
bém é interessante, mas tome muito cuidado
por causa do movimento da rua e do trânsito.
Se não for possível visitar uma feira livre, leve a
turma em um sacolão ou traga algumas frutas
e verduras para a sala. O mais importante é ga-
rantir que os pequenos tenham contato com a
comida: peguem, sintam o cheiro, vejam como
é a forma, a textura, se tem casca ou não e que
observem a multiplicidade de cores dos alimen-
tos naturais.

3ª etapa
Procure associar o cheiro ao paladar das fru-
tas. Peça que as crianças comparem esses dois
sentidos. Pergunte se o cheiro da fruta se pa-
rece com seu gosto. Compare as frutas com
mais água - ideais para os dias de verão - com
as mais secas. Outra possibilidade é apresentar
diferentes tipos de uma mesma fruta. Exemplo:
laranja cravo, laranja lima e tangerina. Indique
as diferenças entre o gosto, a cor, o tamanho e o
formato delas.
Aproveite para reforçar a importância da inges-
tão de água e de sucos de frutas, que são colori-
dos e bem saborosos. Embora seja mais prático
consumir sucos prontos ou refrescos em pós,
eles costumam ter uma alta taxa de sódio, en-
quanto os sucos de frutas são mais nutritivos e
sem conservantes.

4ª etapa
Leve os pequenos para a cozinha e deixe que
observem como os alimentos são preparados.
Uma visita à cozinha da creche pode surtir efei-
tos muito positivos. Ajude os alunos a observa-
rem a lavagem dos alimentos, a separação de
grãos e o corte das carnes e das frutas. As crian-
ças costumam não ter noção, por exemplo, que
a carne crua é mais dura do que cozida. Mostre
esta diferença a elas, indicando que o cozimen-
to dos alimentos facilita a nossa mastigação
e também a digestão. Não esqueça de tomar
muito cuidado com a segurança das crianças e
faça esta atividade com ajuda de outros adultos.

5ª etapa
Use a hora das refeições para contar as funções
dos alimentos que estão sendo ingeridos. Diga
que as carnes contêm proteínas que servem
para a formação dos músculos. Leite e derivados
têm um elemento chamado cálcio, fundamen-
tal para a rigidez dos ossos. Os sais minerais,
que regulam o funcionamento do metabolismo,
são encontrados em frutas e verduras. Explique
também que os carboidratos fornecem a ener-
gia que precisamos para fazer todas as ativida-
des do nosso dia a dia. Eles são encontrados em
massas e pães.
Não deixe de destacar que, em geral, doces e
salgadinhos têm carboidratos, mas estão asso-
ciados a óleos e gorduras, cujo acúmulo preju-
dica a saúde. Conte estas informações para as
crianças conforme elas comem. Isso é impor-
tante para explicar que o que comemos tem
uma função no nosso organismo.

6ª etapa
É comum gostar de pães recheados, pizzas,
biscoitos e achocolatados. Explique que es-
ses alimentos derivam de vegetais que podem
ser comidos antes de serem processados. Um
exemplo: muitas crianças quando comem bis-
coitos recheados, preferem o recheio. Mostre
que quando o biscoito tem sabor de morango,
é porque foi produzido a partir desta fruta. Leve
morangos para os pequenos experimentarem.
Se possível, faça o mesmo com chocolate. A tur-
ma deve adorar este doce, mas poucos sabem
que vem de uma fruta chamada cacau. Se pos-
sível, apresente esta fruta para a turma. Deixe
que toquem, sintam o cheiro e provem. É prová-
vel que alguns vão dizer que tem gosto de cho-
colate, enquanto outros não vão achar qualquer
relação entre os dois.

7ª etapa
Corte pequenos pedaços de folhas como alface
ou escarola e peça que as crianças experimen-
tem. Leve também as folhas de alguns tem-
peros como hortelã, manjericão ou orégano e
mostre como os temperos dão cheiro e sabor à
salada.
Neste momento, explique que há óleos mais
saudáveis, como o azeite, que também dão mais
sabor aos vegetais. E que as manteigas, ainda
que importantes para o corpo, só serão úteis se
forem consumidas em pequenas quantidades,
já que são muito gordurosas e a gordura causa
doenças como problemas cardíacos. Outro tem-
pero importante é o sal, que dá gosto às comi-
das, mas causa riscos para a pressão arterial por
isso deve ser consumido com moderação. Con-
verse com o responsável pela alimentação da
creche e procure fazer com que as crianças se
habituem a pouco sal na comida.

Avaliação
Os alimentos e o momento das refeições podem
ser muito úteis para a compreensão da impor-
tância de comer bem. As crianças, que normal-
mente são muito curiosas, podem ser estimula-
das a experimentar alimentos saudáveis a partir
das cores, do cheiro e da forma. Por meio das
sensações, estimule a turma am preferir os açú-
cares das frutas ao açúcar refinado. Mostre que
existem feiras e mercados onde é possível achar
alimentos saudáveis. Observe o interesse dos
pequenos ao longo das atividades. Veja se estão
comendo frutas e vegetais com mais curiosida-
de e se dispensam atenção para os alimentos
que antes não queriam.

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