Grupo 18 Beatriz Baria Vieira Davi Suriano Laura Passarela Carijonas Leonardo Ambrosano Grof Tamaris Daiane da Silva
Resenha Política da EE escolar e expectativas
Antes de tratarmos sobre política da EE, é preciso ressaltar algumas
definições conceituais e princípios, o termo Educação Especial é um conceito polissêmico, que é mais utilizado por profissionais dessa área, já o termo Educação Inclusiva é o que visa garantir direito à educação dos segmentos populacionais dos historicamente excluídos da escola. O que seria então essa política que visa uma escola para todos? Ela realmente existe e é colocada em prática? Para entender melhor essa política, precisamos também, entender o contexto histórico da política em educação especial, que começou em 1856 com a criação do INES, onde se entendia que famílias de crianças com deficiências demandam assistência e educação. Desde então, outras instituições foram criadas, como a APAE e a AACD, porém, na escola pública, o ritmo se fez diferente, pois o ensino público se popularizou mas também, se precarizou. Nas décadas de 60 e 70, surgiu a demanda da regulamentação das políticas da EE, então foi criada a Constituição do Campo da Educação Especial no Brasil, onde se tinham legislações e normativas, formação de professores, pesquisa e etc. Em 1961 surge a LDB (Lei de Diretrizes e Bases), um marco legal na educação de “excepcionais”. Em 1973 foi criado o CENESP (Centro Nacional de Educação Especial) e em 1986 o CENESP é transformado em SESPE (Secretaria de Educação Especial). Em 1996 foi criada a LDBEN, que reforçava os pressupostos da educação inclusiva e falava também sobre o AEE, sugeria mudanças legais importantes, porém, com pouco impacto na prática. A deficiência continuava sendo tratada como um problema do indivíduo, e a educação para pessoas com deficiências era vista como um favor ou caridade. Em trinta anos de “integração” tivemos 382.215 matrículas, e em quinze anos de “inclusão” 1.132.329 matrículas, ainda assim, esses números não são o suficiente, pois muitos alunos seguem sem acesso a educação que lhes é de direito. Ainda nos dias de hoje, a EE é vista por muitos como um “puxadinho” da escola, e não como algo que faz parte da escola. Um dos principais problemas enfrentados pela política de EE, é a questão de que a escola pública não entende que precisa de mudanças, e as inclusões costumam ocorrer nas piores escolas, dificultando assim o desenvolvimento dos alunos, o atendimento e acesso às pessoas com deficiência ainda precisa evoluir muito, não só nas legislações, mas principalmente nas práticas.