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Princípios e Métodos Da Supervisão Orientacão Inspecão e Gestão Escolar 1
Princípios e Métodos Da Supervisão Orientacão Inspecão e Gestão Escolar 1
SUMÁRIO
5 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 65
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1 HISTÓRIA DA SUPERVISÃO ESCOLAR
Fonte: centraldeinteligenciaacademica.com
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tarefa educativa e na concepção da escola como local especializado para conduzir o
processo educativo. (FERREIRA, 2010 apud PEREIRA et al., 2013).
E é dentro das ciências da educação e nas ciências sociais que podemos
encontrar os fundamentos da supervisão, que explica esse conjunto como uma
criação de desenvolvimento dos grupos e que são socialmente organizados para que
seja realizada funções ou atividades consideradas desejáveis. PEREIRA et al., (2013).
Com a constituição de 1988 a política da gestão democrática foi implantada no
sistema de ensino, dessa maneira intensificou o discurso de que a escola pública
pertence ao setor público. Desta forma, a implementação de um trabalho educacional
articulado determinou legalmente para permitir a facilitação de um projeto educacional
que reúne os projetos dos educadores, com um projeto mais amplo de ação individual
e coletiva, com ainda mais ênfase na função dos supervisores escolares. PEREIRA et
al., (2013).
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Dessa maneira foram observados nas definições apresentadas um eixo comum
que segue os princípios da promoção, melhoria individual e coletiva, melhoria da
produtividade, monitoramento e avaliação do processo educativo. Eles também visam
os recursos humanos e seu uso integral. É necessário frisar que o conceito evolui de
acordo com o contexto histórico, político, social e econômico até se efetivar como
profissão docente e pedagógica, LUZ (2009).
Assim, de acordo com o referencial teórico que sustenta esta pesquisa no
domínio da supervisão escolar, entendemos que o caminho para uma nova concepção
da ação supervisora passa pela promoção e articulação de atividades, as pessoas, as
diferentes competências e abordagens, caracterizadas pelo que consegue recolher e
agregar. Além do mais, o trabalho deve estar integrado em todas as suas dimensões:
currículo, programas, planejamento, avaliação, ensino e aprendizagem, condições de
legitimação para a comunidade, unidade e qualidade da ação pedagógica, LUZ
(2009).
Pensar e agir são práticas coletivas conscientes que se orientam pela
necessidade e respeito da maioria, se reconhecem no “outro”, buscam compreender
quem o construiu por meio de suas experiências, uma reflexão sobre suas ações e
suas Para mostrar a contribuição, ou não, pelo que foi proposto.
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A educação dizia respeito ao ensino humanista da cultura geral e, alheias à
realidade da vida colonial, formas dogmáticas de pensamento contra o pensamento
crítico que atrapalhavam a ação educativa dos jesuítas e que privilegiavam a
memorização e o raciocínio (FERREIRA, 2008 apud RODRIGUES 2011).
Isso inviabilizou uma prática pedagógica que buscava um horizonte
transformador para a educação, e que de acordo com Libâneo (2002, p. 54 apud
RODRIGUES 2011) “É necessário construir uma pedagogia social crítica que aceite o
conhecimento como consciência”. Dessa maneira, agora englobada nos aspectos
político-administrativos a ideia da coordenação pedagógica continuava presente e
suas características eram em relação a orientação do ensino, aspectos de direção,
coordenação e fiscalização, na figura dos diretores de estudos.
É formulada a primeira instrução pública (15/10/1827 apud RODRIGUES 2011)
com a independência do Brasil, que instituiu as escolas de primeiras letras baseadas
no “Ensino Mútuo”, onde as funções de docência e coordenação eram voltadas a um
método concentrado nos professores, ou seja, instruir os coordenadores e os
monitores, as atividades de ensino e aprendizagem dos alunos (LIBÂNEO, 2002 apud
RODRIGUES 2011).
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também é considerado o instrumento de execução das políticas pedagógicas, ALVES
et al., (2012).
Para ALVES et al., (2012) o papel do supervisor começa a ter uma ideia
diferente. De acordo com a definição de Rangel, a supervisão passa de escolar, como
é usualmente chamada, para supervisão pedagógica e é caracterizada pelo trabalho
auxiliar do professor, em forma de acompanhamento, controle, planejamento,
avaliação, coordenação e atualização do desenvolvimento do processo ensino‐
aprendizagem. A sua missão é sociopolítica, porém, continua a ser também a missão
política, sendo ela crítica, evidenciada em afirmações como:
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grupo, mas sim uma relação colaborativa. Essa parece ser a única forma de mudar as
práticas existentes, garantindo avanços significativos no desenvolvimento docente
(ALONSO, 2003 apud WENDLER 2015). Para refletir sobre a atual supervisão da
escola no Brasil, devemos primeiro entender os compromissos que apoiaram e
implementaram seus meios no poder das políticas públicas e administração
relacionada a própria educação, desde a especialização de supervisão que teve a sua
função profissionalizada. Segundo, para entender que epistemologia norteia suas
práticas e compromissos que agora se impõem aos profissionais da educação, à
administração e às políticas públicas.
Em seguida, expresse os compromissos e esperanças de construir uma escola
de alta qualidade, democrática e igualitária que ajude a modificar a sociedade. A
supervisão escolar está empenhada em garantir a qualidade da educação na
formação do homem, com um trabalho articulado e orgânico entre a qualidade real do
trabalho pedagógico e o que é percebido como qualidade e o que subsidia novas
políticas e novas formas de gestão escolar orientadas para a mudança. Supervisão
significa “visão sobre” etimologicamente e está intrinsecamente ligada à gestão
escolar. Como responsáveis pela qualidade do processo de humanização das
pessoas por meio da educação, a supervisão neste contexto atual estabelece outras
obrigações que vão além das especificidades da sala de aula dentro do espaço
escolar, sem dele desistir, WENDLER (2015).
Trabalhando-os com profundidade em toda sua complexibilidade e
transitoriedade e comprometendo-se com a administração da educação, a meta é de
garantir conteúdos emancipatórios e isso leva a uma resposta da escola às políticas
educacionais e públicas que a norteiam. Este compromisso manifesta-se no
acompanhamento e investigação de todas as relações que se estabelecem entre a
tomada de decisões, os regulamentos sociais e as políticas que os geram, bem como
no financiamento da gestão educacional, como atitude de apoio à prática pedagógica
educativa que envolve a participação direta na construção coletiva da libertação
humana e acadêmica, WENDLER (2015).
A supervisão escolar participa na construção da sociedade se reconhecer e
reconhecer também o seu papel fundamental para construir uma nova visão de
educação e exercer sua função política com consciência e compromisso. O processo
educacional envolve uma infinidade de fatores inter-relacionados e de amplo alcance
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humano e social, devendo ser levados em consideração os fatores que ocorrem
durante esse processo e que precisam ser tratados adequadamente. Para que isso
aconteça na educação, é importante que as linhas de atividades e ações sejam
definidas e coerentes, WENDLER (2015).
O acaso não pode e não deve ser a única fonte de incentivo e direção para a
ação educacional. Como determinantes fundamentais para a importância da
estruturação e da adequada dinamização do serviço de supervisão escolar, muitos
são os motivos que se implementam na medida em que for necessário. Esses motivos
nos levam a posicionar o serviço da supervisão escolar como um serviço de
fundamental importância para a efetivação do processo educativo na escola e no
sistema educacional, WENDLER (2015).
Com o objetivo de formar alunos que acelerem o processo de desenvolvimento
do pensamento desde a aprendizagem até uma nova perspectiva de vida, o trabalho
da supervisão escolar mobiliza, promove e impulsiona a comunidade escolar, de
forma a unir esforços para a superação das diferenças e desigualdades no contexto
escolar. Contudo, o estudo dessas rotas deve ser realizado de forma a se obter uma
base para o desenvolvimento e adaptação à comunidade escolar como um todo em
seu cotidiano. Não quero dizer que isso só acontecerá com a leitura que nos diz quais
planos precisamos aplicar, mas, sim, com uma visão mais ampla do contexto
educacional e adaptada a cada realidade, WENDLER (2015).
Dada a relevância de se trabalhar uma metodologia coletiva, voltada para
educadores motivados na busca do conhecimento, os dois criam uma harmonia mais
vibrante e é por meio dessa atração motivadora que a comunidade escolar,
principalmente os pais, se sentirão mais integrados à sociedade. Esta integração
dentro da gestão escolar deve ser mantida com urgência para o processo educacional,
WENDLER (2015).
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A gestão partilhada em uma ação conjunta com a comunidade escolar garante
assim o maior desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem e visa desenvolver
alianças neste intercâmbio para esclarecimento de questões sociais, econômica e
política no quadro educacional, diminuindo assim possíveis distorções nas práticas de
avaliação da educação de forma mais geral. Visto isso, a Constituição da República
Federativa do Brasil no Capítulo III, seção I da Educação, p. 55/2006, cita: “A
educação, é dever do Estado e da família sendo ela direito de todos, será promovida
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da
pessoa, (...)”, WENDLER (2015).
Além disso, acredita - se que uma contribuição prática do supervisor é permitir
tempo de contato e integração entre os docentes, e uma forma de encontrar tempo é
adquirir o tempo é prestar atenção ao horário de cada mestre em sua área de atuação.
É necessário que a coordenação, supervisão, direção e o gestor priorizem a reserva
de tempo para comparecimento ao planejamento e reuniões conjuntas entre o grupo
de responsabilidade compartilhada. Trabalhar a dimensão individual dos educadores
também é uma diretriz que um bom supervisor deve cumprir, WENDLER (2015).
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1.3 O supervisor escolar como parceiro do educador
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É claro que a democratização das ações traz a vantagem de envolver todos no
processo educativo, mas se os papéis não forem definidos corre-se o risco de um
esperar que o outro o faça e ninguém assumir a responsabilidade de ser tarefa do
outro. Portanto, nesse cenário, é de extrema importância repensar o papel do
supervisor escolar, cabendo destacar o contexto em que esse profissional está
inserido, WENDLER (2015).
Conforme este contexto, o supervisor escolar deve atuar em conjunto com
todos os profissionais da escola, participando das atividades e funções educativas que
são desenvolvidas dentro da escola, atuando de forma a promover e fortalecer a
participação coletiva da comunidade escolar na tomada de decisão da escola.
Obedecendo e respeitando o papel do diretor da escola, o supervisor deve atuar como
um elo entre a escola e os diversos órgãos do sistema, WENDLER (2015).
Desse modo, o ato fiscalizador da ação supervisora deve ser exercido por todos
os especialistas e profissionais em educação de nível educacional estadual, municipal
e federal de ensino. A ação supervisora deve ser conjugada com ações de parceria
entre secretaria municipal de educação, educadores e alunos. É importante ressaltar,
entretanto, que essa aliança só pode se concretizar se houver espaço em todos os
níveis do sistema para a elaboração do planejamento participativo, o que requer
instâncias democráticas para sua concretização, WENDLER (2015).
Podemos dizer que cabe a todos planejar, realizar, avaliar e replanejar as
atividades pedagógicas da sua área de responsabilidade, cabendo ao supervisor
escolar a função de mediador para que estas informações sejam repassadas entre os
diversos níveis do sistema, WENDLER (2015).
Acredita-se que a passagem entre a cristalizada concepção de supervisão
escolar eminentemente fiscalizadora, porque sabe-se que uma nova concepção de
supervisão implica em mudanças de posturas profissionais e ruptura de paradigmas.
Para um novo conceito que efetivamente salve a supervisão escolar como uma ação
integradora do projeto escolar, supõe investimentos na formação dessas figuras
profissionais, incluindo-os nas políticas públicas a serem implementadas, WENDLER
(2015).
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Apenas com a integração do conhecimento e encontrando-lhes que tanto o
supervisor quanto educadores, conseguem traçar os caminhos para a gestão
democrática e transparente no contexto educacional. Para isso, as metas e objetivos
têm que ser traçados de forma contínua e coletiva, mas centrados no profissional
supervisor, pois acredita- se que será o profissional quem fará a mediação de todo o
processo de iniciação com os professores, WENDLER (2015).
Não o diria verdadeiro, mas como o mais adequado para permitir um trabalho
coerente e praticável nas escolas, para articular o trabalho nas suas diferentes áreas,
refletir sobre os dogmas e princípios que norteiam o trabalho do educador, dialogar
com a realidade da sala de aula e refletir os métodos utilizados, revela ser uma pessoa
competente, mas com a humildade de querer aprender, WENDLER (2015).
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Em primeiro lugar, ser um educador que pelos seus conhecimentos é capaz de
transmitir confiança e espírito de liderança, em equipe, que valoriza o trabalho
coletivo, que é atencioso, parceiro e semeador de comprometimento com um ensino
de qualidade. O supervisor escolar seria uma pessoa que auxilia tanto quanto possível
em todos os assuntos relacionados com a escola, como também no âmbito da
aprendizagem, como também está constantemente ligado a todos os eventos e
medidas educativas além do conhecimento para definir suas ações de trabalho. Mais
do que nunca, é o processo ensino-aprendizagem e a aprendizagem envolve os
educadores, a comunidade escolar e os gestores que a relacionam com as suas
funções, WENDLER (2015).
Sem hesitação temos uma pessoa que desempenha várias funções e esse
talvez seja o desafio que poucos têm o compromisso de assumir, pois quando esse
profissional deixar de ser um "faz tudo" poderemos ver e ter um supervisor com uma
dicotomia para fazer um trabalho que faça a diferença. Tanto no processo educacional
quanto no processo de aprendizagem, o supervisor agregaria oportunidade para
encontrar, em conjunto, formas de conduzir a aprendizagem que correspondem às
habilidades de cada indivíduo, WENDLER (2015).
É necessário ser educador, mas ter uma especialização e ser qualificado para
que consiga apoiar essa função e alcançar mudanças. O erro que se comete até hoje
é pensar que ser educador pode ser supervisor, então estamos cometendo os
mesmos erros que historicamente tem acontecido para atuar nessa função,
WENDLER (2015).
Para muitos, o supervisor ainda aparece como um profissional que “sabe tudo”,
que fiscaliza tudo, por isso é necessária uma ampla e profunda divulgação entre
educadores e gestores e isso deve ocorrer, por meio de debates, encontros
educativos pedagógicos, onde o coletivo possa gradativamente se substituir e
desenvolver novas concepções dessa função. A realidade desafiadora e complexa
sobre as mudanças pelas quais o mundo passa na atualidade como a questão de
responder aos desafios de uma sociedade globalizada, centrada na informação e nas
tecnologias requer que a escola recupere suas ações para que as práticas
educacionais estejam em reconstrução contínua e permanente, WENDLER (2015).
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Desse modo, o supervisor escolar e os outros participantes neste processo
pedagógico devem suportar e esforça-se para monitorar e suportar as novas
características desta sociedade que se apresenta de forma complexa, dinâmica,
exigente e desafiadora, WENDLER (2015).
De acordo com, WENDLER (2015), ao tratar especificamente da atuação do
supervisor escolar, foi constatado que, neste início de século, o foco da atuação desse
profissional da educação vem sofrendo grandes modificações. Nesse sentido, e ao
contrário do passado, não há sugestão de que o trabalho do supervisor deva se
concentrar no controle puro e simples do trabalho do professor. Medina enfatiza esse
problema observando que:
Assim, verifica-se que a ação da supervisão escolar está longe de ser uma
função mecanizada e pautada em uma rotina burocrática, como era há décadas atrás.
Atualmente, é fundamental e esperado desenvolver ações a partir de uma reflexão
sobre o processo pedagógico, onde o professor passa a ser o principal instrumento
dessa reflexão e não mais um agente a ser controlado nas escolas. Assim, vamos
citar alguns pontos que é considerado relevantes e que se relacionam com este novo
perfil esperado e relacionados com a atuação do supervisor escolar, WENDLER
(2015).
Cabe ao supervisor escolar, conviver com a diversidade levando em
consideração que é um dos desafios pelo qual passa a escola moderna, portanto é
importante ressaltar que é primordial que supervisor trabalhe essa realidade com os
professores com o propósito de explicitar as contradições e os conflitos consequentes
dessa diversidade. A escola a ser lida hoje é a de uma escola única, mas inserida na
pluralidade, cabendo ao supervisor fazer com que os professores reflitam sobre esse
fato e ajam de forma em que suas ações locais sejam refletidas no mundo todo,
WENDLER (2015).
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Ressalta-se, ainda, que o supervisor escolar deve- se colocar no papel de
problematizar a dor frente ao oficio do professor, a fim de fazê-lo refletir
constantemente sobre sua atuação na e para a educação. Além disso, é função do
supervisor escolar ser claro e estimular os professores a pensar que o conhecimento
é um fato relativo, ou seja, que os métodos utilizados pelos professores não devem
mais ser apresentados de forma linearizada, uma vez que a produção deles se dá em
um movimento de ensinar e aprender, WENDLER (2015).
Além do mais, o supervisor deve ter uma postura clara em relação ao processo
de ensino-aprendizagem, à função social da escola e ao trabalho de todas as demais
áreas de atuação que envolvem o fazer na e pela educação. E ainda o supervisor
deve ver na proposta pedagógica da escola a oportunidade de reconstruí-la, de propor
momentos de reflexão, de confrontar a ação, principalmente o professor, com o que
se apresenta na proposta e este com a realidade social da escola. Há que se trabalhar
“visando não mais um tipo ideal de homem, mas trabalhar tendo em vista o sentido da
vida humana” (Medina, 2004, p.27 apud WENDLER 2015).
A esse respeito Fontes & Viana (In Presença Pedagógica,2003, p.55 apud
SIMÕES; 2009), acrescenta que pensar o papel e a prática de supervisores
e orientadores educacionais na escola é pensar antes de tudo em seu
surgimento na história da educação em nosso país. [...] foram funções
pedagógicas criadas durante o regime de ditadura militar no Brasil[...] um
sistema que tinha como ideologia a opressão; como método o silêncio, por
objetivo, a alienação.
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Orientação Educacional e Supervisão Escolar são funções educacionais
pedagógicas que surgiram para que cada uma desempenhe seu papel fragmentada
em um campo de ação diferente. Por muito tempo, a primeira dedicou seu campo de
atuação exclusivamente aos professores, a segunda tinha a função exclusiva de
atender os alunos, SIMÕES; (2009).
Mas, conforme Urbanetz & Silva (p.61 apud SIMÕES; 2009), “A classificação
do trabalho na supervisão escolar e no aconselhamento educacional, ou seja, na
orientação educacional é característica do período tecnicista, refletiu-se em inúmeros
estudos, artigos, pesquisas, e o mesmo encontram-se em absoluta superação nas
variadas alternativas de ensino [...].
Com base em inúmeros estudos, artigos e outras publicações,
foi confirmada a ineficácia do trabalho desses profissionais na forma fragmentada
como foi desenvolvido e surgiu a necessidade de um processo de transformação que
buscou a unidade desses especialistas para responder às propostas inovadoras que
surgiram no campo educacional. Dessa forma, “não só a formação do orientador ou
do supervisor teve a necessidade de mudança, mas também e sobretudo a sua
mentalidade e o seu curso de ação. (FONTES & VIANA, in Presença Pedagógica,
2003, p.57 apud SIMÕES; 2009).
Urbanetz & Silva (p.54 apud SIMÕES; 2009) afirma que uma proposta
pedagógica inovadora não pode perder de vista as metas a atingir. [...] A
gestão pedagógica que não tem consciência de seu papel no processo de
mudança repete cegamente as práticas já existentes, sem o questionamento
sobre a realidade social que a escola se insere.
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Uma alternativa de destaque na prática educacional, que pode considerar como
objetivo comum a todos os profissionais da área de educação, é a pesquisa, pois ela
é quase obrigatória e muito constante na formação em educação. Para Rangel (in
Ferreira, 2002, p.95 apud SIMÕES; 2009) "a pesquisa expande a compreensão do
desempenho do processo didático, dessa maneira, sendo relacionado sobre as ações
e relacionamentos que nele tem curso, fornecendo decisões respaldadas sobre as
perspectivas para o avanço do conhecimento e da prática".
A supervisão escolar é permeada através de pesquisas e a pesquisa não só dá
o suporte pedagógico para que a supervisão aconteça, mas também leva a orientação
pedagógica educacional, dessa forma podemos dizer que promove a consciência de
que o professor é um ator ativo e fundamental na produção do conhecimento, assim
como uni o conjunto de profissionais inseridos na escola, em que a experiência de
cada um é analisado, para que toda a comunidade escolar possa dar um novo
significado de sua ação na escola. É um movimento de reflexão/ação, ação/reflexão,
SIMÕES; (2009).
Como saliente Lück (2009, p82 apud SIMÕES; 2009): “Educação é processo
humano de relacionamento interpessoal e, sobretudo, determinado pela
atuação de pessoas. Isso porque são as pessoas que fazem diferença em
educação, como em qualquer outro empreendimento humano, pelas ações
que promovem, pelas atitudes que assumem, pelo uso que fazem dos
recursos disponíveis, pelo esforço que dedicam na produção e alcance de
novos recursos e pelas estratégias que aplicam na resolução de problemas,
no enfrentamento de desafios e promoção do desenvolvimento. ”
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2 O SERVIÇO DE INSPEÇÃO ESCOLAR PARA O DESENVOLVIMENTO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA
Fonte: ineq.com.br
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Entretanto, com o crescimento das instituições de ensino, as atividades do
inspetor escolar tornaram-se fragmentadas por nível de escolaridade, pois ele era o
responsável pela formação que o professor deveria realizar na função de inspetor de
alunos, professores, repassar seus conhecimentos e ter responsabilidade pelas
atividades no que se refere à organização do currículo, ao planejamento e
desenvolvimento dos conteúdos nas diversas modalidades de ensino, garantindo o
desenvolvimento conjunto com o governo federal, incluindo o estado e município
dentro das formalidades vigentes da educação brasileira, SANTIAGO; (2021).
A publicação da Lei 5.692/71 No decorrer da história, trouxe novos rumos
relacionados a orientação e mudanças significativas na educação a nível nacional. As
primeiras mudanças e adequações foram feitas com a reorganização do ensino de 1º
e 2º grau, fundamental e médio atualmente, com isso, houve a necessidade de unir e
integrar os estabelecimentos de ensino da rede privada com a pública, uma vez que
o serviço de fiscalização de inspeção escolar de todas as unidades de ensino básico
foi assumido pelo Estado, SANTIAGO; (2021).
Em 1975, por extrema necessidade, iniciou-se também um amplo debate com
vista à reorganização do quadro da função pública para o ingresso e exercício do
profissional da inspeção escolar em estabelecimentos de ensino, sobretudo no Estado
de Minas Gerais. O papel do inspetor de escolar frente a sua atuação, que parecia
não fazer sentido em sua real função, emergiu da fragmentação e passou a se
destacar em sua constituição como carreira docente do magistério, aliada à gestão da
parte burocrática da educação e envolveu a seleção de pessoas com treinamento
apropriado para a inspeção escolar e o exercício de planejamento de carreira,
SANTIAGO; (2021).
Com passar dos anos, a Inspeção Escolar apropria –se de diferentes papéis e
funções, dependendo dos interesses políticos e do papel da educação nos planos do
governo. Em uma visão passada e, mas ainda difundida, o inspetor era considerado
como aquele que fiscalizava, como responsável por zelar pela burocracia do Estado
na organização escolar, MARTINS (2018).
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Barbosa (2008, p. 46 apud MARTINS; 2018) menciona que o Estado utilizava
a burocracia como forma de controle do sistema educacional e, até a década de 1950,
"que se comprometia a manter a burocracia e essa centralização no setor
educacional", foi o inspetor escolar que recebeu esta atribuição que passou a fazer
parte da sua função ”.
A partir da década de 1960, com a evolução da legislação e da própria
organização do ensino, a inspeção vai assumindo também um papel de assistência
aos processos educativos conduzidos pelas instituições de ensino. (BARBOSA, 2008
apud MARTINS; 2018).
Através do curso de Licenciatura em Pedagogia que possibilitava o acadêmico
de se licenciar para atuar na educação infantil, disciplinas didático-pedagógicas do
antigo magistério, anos iniciais do ensino fundamental, orientação escolar, supervisão
pedagógica, inspeção escolar e administração é que se dava a formação dos
especialistas em Educação Básica, MARTINS; (2018).
Entretanto, foi pelo meio das atuais exigências e reforma da educação, o curso
de Pedagogia passa por atenção especial, permitindo ao acadêmico ter apenas a
licenciatura plena em educação infantil e ensino fundamental dos anos iniciais, ficando
as especializações ao nível de pós-graduação Lato Sensu para atuar em atividades
de inspeção escolar, coordenação, administração, supervisão, orientação,
SANTIAGO; (2021).
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O papel do inspetor é mediar as relações entre os sistemas educacionais nos
níveis regional, local e estadual. Objetiva suporte técnico-administrativo e pedagógico
dentro das necessidades da instituição de forma ampla e abrangente de acordo com
a atuação nos estabelecimentos. Por se tratar de um serviço que não se limita à turma
em sala de aula, é importante ressaltar que esse se desenvolve na organização
administrativa das escolas, SANTIAGO; (2021).
Além das orientações, o inspetor escolar buscará possibilitar as diretrizes e
orientações, o inspetor escolar se empenhará em promover, apoiar e implementar
especialistas em educação (orientador educacional e supervisor pedagógico) nas
atividades realizadas em seu trabalho, implementação e direcionamentos nos projetos
estruturados, avaliação, diagnóstico no ensino aprendizagem, complementares e
acompanhamentos de docentes nas suas necessidades quando solicitado. No
entanto, quando houver uma boa comunicação entre as áreas dos setores da escola
e a comunidade, as atividades serão agradáveis e beneficiarão o desenvolvimento
profissional de todos, MARTINS (2018).
Com resultado, o acompanhamento, a orientação, supervisão, coordenação, e
a avaliação do serviço de inspeção escolar de forma a ter efeitos contínuos nas
atividades da rotina diária, devem ser praticadas em equipe, entre os especialistas da
área, funcionários das superintendências de ensino e das unidades de ensino. Desse
modo, Silva (2008 apud SANTIAGO; 2021) reafirma a necessidade da união em todos
os segmentos que tange a organização escolar.
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pedagógicas educativas no quotidiano fragmentado que se encontra dentro espaço
escolar e promover medidas concretas baseadas na ética, na autonomia, democracia
e na responsabilidade, SANTIAGO (2021).
A situação atual de novas linguagens, códigos e tecnologias deve permitir ao
inspetor escolar se envolver com as necessidades atuais da escola, da comunidade
regional e local, para monitorar e realizar suas ações por intermédio de visitas as
unidades de ensino orientando especialistas e gestores, em educação básica,
funcionários da administração escolar e membros do corpo docente na tomada de
decisões e gestão participativa. A ação pedagógica do inspetor escolar dentro das
escolas, hoje, deve permitir uma interação mais forte dos funcionários da escola no
regime de cooperação, especialmente na gestão escolar. Segundo Silva (2008 apud
SANTIAGO; 2021):
O inspetor escolar nas visitas diárias das instituições de ensino deve procurar
uma secretária e também ajuda de secretariado, técnico na educação em uma busca
constante pela melhoria da função nas reuniões, e na revisão da atividade de cada
um para que não haja sobrecarga de funções a uma única pessoa. Deve haver plena
comunicação entre todos os profissionais da escola, principalmente quando são
publicadas novas leis, resoluções, decretos e circulares que devem ser
compreendidos por todos os funcionários do setor, SANTIAGO (2021).
Composta por um sistema de regras e produzida historicamente a inspeção
escolar é entendida aqui como uma instituição social, ela perpassa e é permeada
pelas relações de poder que circulam no ambiente educacional. Alguns autores, como
Meneses (1977 apud PEREIRA 2012) argumentam que “ a inspeção é uma ação que
sempre esteve presente e a mesma não é constitui como uma novidade nem nas
atividades sociais e nem nas empresas” (p. 5).
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PEREIRA (2012), porém, diz que, essa visão naturalizada da inspeção
neutraliza a possibilidade de se pensar outras possibilidades de práticas,
principalmente educacionais, não apenas ignora a historicidade das produções sociais
e, sobretudo, impede que a função seja questionada. Por fim, nem sempre existia a
escola, as hierarquias, os sistemas educacionais, as leis e, consequentemente, a
inspeção. Em vez de buscar uma definição em relação a essa função e profissão, por
que não pensar nos caminhos que garantiram sua criação, produção e, em última
instância, sua institucionalização?
As contribuições da análise institucional na perspectiva dos franceses nos
ajudam a refletir e questionar a naturalidade das instituições educacionais e servem
como alternativa para a cristalização do campo educacional. O termo “instituição” foi
utilizado com ênfases muito diferentes, e três fatores podem ser identificados:
Primeiro, as instituições são concebidas como instalações de cuidado, ou seja, a
serviço da ação terapêutica, em um segundo momento as instituições foram
entendidas como dispositivos que foram instalados nas instituições; e no terceiro
momento a instituição deixa de ser entendida como algo que pode ser encontrado,
mas como a “forma” de produzir e reproduzir as relações sociais ou a “forma geral”
dessas relações que se instrumentalizarão nos estabelecimentos ou nos dispositivos
(RODRIGUES, SOUZA, 1987 apud PEREIRA 2012).
Lapassade (1977 apud PEREIRA 2012) ao propor uma pedagogia institucional,
melhor dizendo, uma nova forma de trabalhar em que "a criança passa a ser o centro
da decisão, ou melhor, o grupo segue seu próprio caminho e avança para sua própria
autogestão", é um acontecimento considerado um fenômeno para a pedagogia
tradicional é bastante visível, já de acordo com a pedagogia institucional assume a
responsabilidade de que as ideias das estruturas podem ser alteradas, levando em
consideração que não há dúvidas sobre seu modo de funcionamento e, portanto,
possui uma organização hierárquica.
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que como um conselheiro pedagógico (LAPASSADE, 1977, p. 199 apud
PEREIRA 2012).
Para PEREIRA (2012) esse exemplo, entendido pelo autor como pertencente
ao campo da análise psicológica, se reflete na prática das relações historicamente
estabelecidas entre a inspetoria escolar e os demais profissionais da educação. A
produção de uma relação cristalizada, fragmentada, autoritária e hierarquizada.
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Teve como principal o período confessional a característica da influência
religiosa, no período anterior ao século XII, escola paroquial era a única existente em
que o bispo da diocese era o responsável pela Inspeção. Com o grande aumento do
número de escolas, o objetivo da função de inspecionar a educação foi designada aos
“cantores de cabido”. Posteriormente a função foi oficializada e agora ao “escolástico”
ou “mestre-escola”, eles receberam a tarefa de "redigir currículos, nomear e demitir
professores e conceder o direito de ensinar em nome do bispo" (MENESES 1977, p.
7 apud PEREIRA 2012).
Com as mudanças ocorridas desde o século XIII, devido a enfraquecimento da
baixa influência religiosa e ao desenvolvimento da indústria e do comércio, temos o
que se denomina período de transição. Com o desdobramento das administrações
municipais, as escolas dos tempos seculares começaram a surgir e a
responsabilidade pela inspeção foi aos poucos transferida da diocese para o poder
civil. Nesse período de transição (por volta do século XVI) surgiu o profissional
“inspetor escolar público” (MENESES, 1977 apud PEREIRA 2012).
Depois da revolução francesa, temos o período em que é atribuída ao Estado
a responsabilidade pela inspeção, na qual se chama período técnico-pedagógico. A
índole do caráter fiscalizador, determina a atuação da atividade do inspetor, devido a
à ideia de uma organização escolar, estabelecida por inúmeros pensadores como
Pestalozzi, baseada num sistema de controle. De acordo com Meneses (1977 apud
PEREIRA 2012) o modelo francês dessa perspectiva da inspeção escolar, que
assusta ou apavora os professores, serviu como modelo para vários sistemas
educacionais. A Inspeção Escolar na maioria dos países passa, então, a ser
personificada pela figura do Inspetor, um funcionário público, desenvolvendo uma
fiscalização pautada na técnica e na burocracia.
30
Como caracteriza Meneses (1977 apud PEREIRA 2012) coloca em seu
trabalho que a palavra inspeção vem do latim “inspectio”, “onis”, e significa “ação de
exame, verificação”, olhar. Dessa forma, o autor cita a inspeção no sentido de ação:
“inspeção é acercar-se de alguma coisa ou alguém para compreender, cuidar,
guardar, superintender, examinar, supervisar, vigiar, olhar, controlar, revistar, ver,
verificar, observar, fiscalizar, vistoriar” (MENESES, 1977, p. 23; grifo do autor apud
PEREIRA 2012).
Essa visão foi fortemente influenciada pelas teorias relacionada a
administração, segundo as quais uma função, que na verdade é de fiscalizar, é
exercida pela própria administração por meio de uma inspeção interna. Assim
dizendo, a supervisão sob vigilância dos trabalhadores pelas autoridades das
instituições empresariais; e por parte de um organismo estranho – quase sempre o
Estado, para verificar se as leis estão sendo cumpridas, PEREIRA (2012).
Nesse contexto, a inspeção no campo educacional não seria diferente do
significado em que é realizada nas empresas, a expressão “inspeção escolar” não
estaria vinculada apenas à fiscalização de vigilância e ao controle, mas também à
orientação da ação, conforme aponta o “Dicionário de Pedagogia LABOR”, de 1936
(MENESES, 1977 apud PEREIRA 2012). Contudo, sobre o entendimento de Meneses
a Inspeção Escolar tem por objetivo orientar, examinar e observar os elementos que
fazem parte dos sistemas de ensino para o seu desenvolvimento.
Agora vamos mencionar uma definição do Petit Dictionnarie Portatif de
Pédagogie Pratique, que embora desde 1962, esteja muito presente nas práticas que
vem sendo realizada e desenvolvida pelo inspetor da escola, PEREIRA (2012):
31
A pontualidade desta definição é evidente nas diferentes responsabilidades
atribuídas ao inspetor escolar, visto e que o profissional de educação se comprometeu
a garantir direitos e obrigações. Na medida do possível, trata da questão pedagógica,
pois também é responsável pela "qualidade" do ensino em educação. Uma leitura
minuciosa sobre as legislações aprovadas do sistema escolar brasileiro em relação à
inspeção escolar nos permite coletar uma relação direta com o contexto de políticas
educacionais que desenvolvem cuidado, particularmente para os requisitos
internacionais, PEREIRA (2012).
Como caracteriza Pereira & Santos (1981 apud PEREIRA 2012) a visão de
supervisão sobreveio durante fase da industrialização como uma estratégia para
melhorar a produção e foi posteriormente introduzida no contexto educacional
americano, com o propósito de melhorar o desempenho das escolas. Meneses (1977
apud PEREIRA 2012) indica que o termo "Inspeção Escolar" não aparece na
bibliografia americana "(p. 36; grifo do autor), mas conforme o termo" supervisão " o
mesmo abrange questões relacionadas à inspeção de unidades escolares, ou seja,
atividades típicas de inspeção.
A supervisão surgiu a partir das atividades da Inspetoria e, no cenário
educacional nos Estados Unidos, passou por quatro fases: tarefa de orientação,
aconselhamento, liderança democrática e a tarefa de supervisão (vigilância), melhoria
de sistemas e trabalho de análise (LEMUS apud PEREIRA, SANTOS, 1981 apud
PEREIRA 2012). A ideia de supervisão no Brasil começou a se difundir no âmbito
educacional na década de 30.
Saviani (2002 apud PEREIRA 2012) destaca que com a Reforma de
Pernambuco de 1928, iniciou-se uma “reformulação do aparato organizacional”, no
sentido de separar os setores técnico-educacional pedagógico dos administrativos.
Portanto, requer que a criação de organizações específicas para lidar com a parte
técnicas (educacional) e também órgão específicos para tratar com a parte
administrativa. Dessa forma para este autor, essa classificação possibilitou o
surgimento do Supervisor, responsável pela parte pedagógica, enquanto que ao
Diretor cabia a parte administrativa.
32
PEREIRA (2012) olhando para essa perspectiva, através do Decreto-Lei
nº 19.890/31 a Reforma Campos, pretendia uma inspeção:
[...] de forma bem diferente da que vinha ocorrendo até então, uma vez que
se tornara formal, mera fiscalização, surgindo a necessidade de uma ação
supervisora que, sem deixar de zelar pelos aspectos legais, estivesse voltada
para a dinamização do sistema de ensino, na busca de sua melhoria e de
maior produtividade no campo pedagógico (PEREIRA, SOUZA, 1981, p. 13
apud PEREIRA 2012).
33
Para Aranha (1996 apud PEREIRA 2012) a tendência tecnicista,
planejada sob a influência estadunidense, consiste em:
Pensando neste contexto foi que surgiu parecer nº 252 de 1969 e o mesmo foi
aprovado, reestruturando o curso de Pedagogia, em atendimento e em acordo com o
que determina a Lei nº 5.540/68. Com a reforma, o curso foi estruturado em
habilitações, portanto, em vez de treinar o técnico de educação, ele passou - se a
formar como especialista educacional. O currículo do curso de Pedagogia previa
quatro aquisições que são habilidades importantes para o currículo de pedagogia:
inspeção, orientação, supervisão e administração, PEREIRA (2012).
Surgiram algumas divergências de opinião em relação à inclusão da Inspeção
Escolar nas habilitações, durante a discussão do Parecer nº252/69. O Conselheiro
Durmeval Trigueiro defendia a extinção da Inspeção Escolar no currículo de
Pedagogia dentre os contrários à inclusão e fez um voto em separado para propor a
questão. Ao dizer sobre esse voto o Conselheiro e Relator Valnir Chagas, declarou
que a inspeção deveria ser excluída pela sua inutilidade, por ter as características de
um "guarda ao pé da escola", devendo, portanto, "reaparecer ora como corretivo, ora
como assistência técnica, ora associada à supervisão, ora transferida à competência
dos vários sistemas de ensino” (apud MENESES, 1977, p. 53 apud PEREIRA 2012).
O inspetor é, e tende a ser cada vez mais, um profissional que atua em âmbito
macro educacional, orientando e coordenando escolas dentro do sistema,
enquanto o supervisor está situado no plano da microeducação, orientando e
coordenando a atividade de professores dentro da escola. A fusão proposta
redundaria, fatalmente na absorção do segundo pelo primeiro, o que seria
tanto mais de lastimar quanto, no progresso da supervisão repousam
fundadas esperanças de uma renovação qualitativa da educação brasileira
de graus primário e médio (apud MENESES, 1977, p. 53, p. 53 apud
PEREIRA 2012).
34
Para Meneses (1977 apud PEREIRA 2012) o entendimento que prevaleceu
para a manutenção da qualificação da habilitação levou à ideia de que, ao
proporcionar ao inspetor sobre a formação básica como educador e formação
específica, seria possível eliminar o estilo burocrático que o Inspetor vinha
desempenhando. O autor destaca ainda que no currículo relacionado à habilitação,
foram definidas três disciplinas específicas: Princípios e Métodos de Inspeção Escolar,
Estrutura e Funcionamento do Ensino de 1º e 2º graus. E em relação à disciplina
“Princípios e Métodos de Inspeção Escolar” haveria um “desencontro conceitual”,
tendo em vista que:
35
As discussões sobre as qualificações e a necessidade de inspeções escolares
continuam. Na maioria dos casos, o sistema educacional é organizado a partir de uma
perspectiva de supervisão, como no caso de São Paulo, o supervisor assumiu a
responsabilidade de inspeção. Em relação ao Estado de Minas Gerais, a
nomenclatura da inspeção escolar ainda existe, mas essas práticas buscam diminuir
a aparência de burocracia, PEREIRA (2012).
Aguiar, et al (2006 apud PEREIRA 2012) destacaram que diversas entidades
(ANFOP, FORUMDIR, ANPAE, ANPED, CEDES e a Executiva Nacional dos
Estudantes de Pedagogia) se reuniram para buscar redefinir a identidade sobre a
discussão da reforma da grade curricular. A partir deste movimento, muitas
universidades públicas e privadas usam sua autonomia para organizar cursos na
perspectiva de enfatizar o ensino fundamental dos anos inicias e eliminaram as
habilitações.
Desde da data de 1998, intensificou-se o movimento em defesa da valorização
da docência, ou seja, a valorização do magistério, em busca de formação superior
para professores do primeiro ano do ensino fundamental. Diversos documentos foram
elaborados e encaminhados ao Conselho Nacional de Educação, propondo novas
diretrizes para o currículo do curso de pedagogia, a fim de ampliar essa formação,
com base na docência, e esclarecer a gestão educacional e a produção de
conhecimento na área da educação, PEREIRA (2012).
PEREIRA (2012) já em 2006, foi aprovada a Resolução nº 01 do Conselho
Nacional e foi formulado um novo plano de estudos do curso de graduação de
“Pedagogia, licenciatura”. De acordo com a resolução, a habilitação foi extinta (artigo
10) porque a formação passou a ser voltada para a docência:
36
A formação de profissionais de educação para administração, planejamento,
inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será
feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação,
a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum
nacional. (BRASIL, 1996, artigo 64 apud PEREIRA 2012).
37
Segundo o princípio da gestão democrática, o diretor deve ser um gestor, ou
seja, um líder, responsável por ensinar, atribuir tarefas e formar novos líderes. Sua
formação e atuação incluem gestão, orientação e supervisão, portanto, sua formação
acadêmica deve atender a esses requisitos, PEREIRA (2012).
Nesse caso, o número de cursos profissionalizantes de gestão aumentou,
incluindo qualificações em gestão, instrução e supervisão. Ao longo de uma linha de
negócios, os gestores precisam ter uma visão multidimensional da organização
escolar, no contexto da escola pública, ela precisa ser democrática, ou seja,
compartilhar a gestão com a comunidade escolar, PEREIRA (2012).
Cada vez mais o termo "mundo dos negócios ou empresarial" está sendo
emprestado ao ambiente educacional, assim como o uso da lógica operacional da
gestão da qualidade total, que tem sido polêmica desde os anos 1990. Na lógica do
(GQT- Gestão da Qualidade Total), os alunos são identificados como “clientes”, e o
objetivo de publicidade e educação faz parte das necessidades desses consumidores,
PEREIRA (2012).
[...] uma ilusão de democracia, escolha e participação, a verdade é que a
estratégia da qualidade total enquadra o processo escolar e educacional numa
estrutura de pensamento e concepção que impede que se pense a educação de outra
forma. Os ‘clientes’ estão livres para determinar o que querem, mas aquilo que querem
já está determinado antecipadamente quando o todo o quadro mental e conceitual
está previamente definido em termos empresariais e industriais, PEREIRA (2012).
Sob a aparência de escolha e participação, a (GQT - Gestão da Qualidade
Total) impõe uma visão de educação e gerência educacional que fecha a possibilidade
de se pensar de outra forma. A verdadeira escolha consistiria em poder rejeitar a
própria ideia de qualidade total, o que equivaleria a rejeitar toda a noção neoliberal de
educação. (SILVA T., 2010, p. 21 apud PEREIRA 2012).
Embora o termo "qualidade total" não tenha causado muita sensação hoje, o
tipo de qualidade que ele busca ainda se baseia neste modo de operação. A
responsabilidade pelo sucesso do processo educacional é compartilhada por todos, e
todos estão empenhados em buscar garantir essa qualidade. Na verdade, essas
mudanças vêm acompanhadas do interesse do mercado pela educação, e o setor
privado ganhou maior liberdade de ação, o que se refletirá na política educacional, e
os acordos internacionais estão garantidos. Mas é neste contexto marcado pela visão
38
de "democracia" que superando a formação fragmentada de educadores e dando
importância aos supervisores educacionais, as inspeções escolares são mais uma vez
enaltecidas no âmbito do sistema nacional como dispositivos de controle para garantia
da qualidade, PEREIRA (2012).
3 GESTÃO EDUCACIONAL
Fonte: cronapp.io.com
39
como democracia, autonomia e participação, o que aumenta o seu compromisso com
os interesses da comunidade.
40
aprendizagem dos alunos, fornecer oportunidades de educação de alta qualidade,
adotar métodos de recuperação e apoiar tomada de decisão em toda a comunidade
escolar com incentivos e apoio para estimular o ensino e a aprendizagem para todos
(LIBÂNEO, 2004 apud MARANGON; 2014).
Diante disso, na concepção democrática, por meio da cooperação de toda a
comunidade escolar, ela se confirma na construção de seus projetos e na tomada de
decisões e no aprendizado. A gestão escolar com o objetivo de evolução social é
contrária à centralização do poder escolar, na qual os participantes do ambiente
escolar participam ativamente, MARANGON; (2014).
[...] gestão se faz em interação com o outro. Por isso mesmo, o trabalho de
qualquer gestor ou gestora implica sempre em conversar e dialogar muito. Do
contrário, as melhores ideias também se inviabilizam. Embora o diálogo seja
um instrumento fundamental na obtenção dos consensos necessários à
construção das condições políticas, há outros ingredientes que alimentam
esse processo. A negociação é outro componente importante desse
processo, porque gestão é arena de interesses contraditórios e conflituosos.
41
Nesse sentido, o gestor que não é um líder em sua área de atuação poderá
se deparar com dificuldades adicionais. (VIEIRA, 2007, p.59 apud
MARANGON; 2014).
42
com a verdadeira formação da cidadania. (FERREIRA, 2004, p.1242-1243
apud MARANGON; 2014).
A gestão democrática existe entre essas duas áreas, e pode ou não existir.
Segundo Vieira (2007 apud MARANGON; 2014): [...] a política educacional
está para a gestão educacional como a proposta pedagógica está para a
gestão escolar. Assim, é lícito afirmar que a gestão educacional situa-se na
esfera macro, ao passo que a gestão escolar localiza-se na esfera micro.
Ambas articulam-se mutuamente, dada que a primeira justifica-se a partir da
segunda. Noutras palavras, a razão de existir da gestão educacional é a
escola e o trabalho que nela se realiza. A gestão escolar, por sua vez, orienta-
se para assegurar aquilo que é próprio de sua finalidade – promover o ensino
e a aprendizagem, viabilizando a educação como um direito de todos,
conforme determinam a Constituição e a Lei de Diretrizes e Bases (p.63).
43
Conforme Vieira (2007 apud MARANGON; 2014), o mecanismo de cooperação
entre governos é um método de coordenação que pode atender às crescentes
exigências de articulação entre a educação básica e as necessidades da sociedade
do conhecimento. Em suma, é óbvio que o sucesso da gestão da educação exige a
inter-relação entre as instituições de ensino e os órgãos governamentais, é necessário
esclarecer as responsabilidades de cada um e conduzir aos direitos humanos. Sim, o
direito à educação gratuita e de qualidade.
Ainda de acordo com Vieira (2007 apud MARANGON; 2014) também destacou
que, no contexto do sistema educacional, a gestão da educação tem algumas
atribuições, como apoiar as diretrizes, as decisões, o planejamento e a avaliação das
políticas educacionais. As tarefas de gestão escolar baseiam-se essencialmente no
ensino e na aprendizagem. O bom desenvolvimento da educação deve vincular os
dois tipos de gestão.
44
frequência e desempenho dos alunos, bem como a implementação de suas
recomendações de ensino” (Brasil, 1996 apud MARANGON; 2014).
O artigo 206º da Constituição Federal de 1998 discute a importância da
“diversificação de ideias e conceitos de ensino, bem como da coexistência de
instituições de ensino públicas e privadas” e da “gestão democrática da educação
pública” (Brasil, 1988 apud MARANGON; 2014). Desde que esta disposição da lei foi
promulgada, as escolas têm buscado a melhor maneira de incluir a comunidade
escolar no processo de tomada de decisão. Na construção e aplicação das políticas
públicas de educação, a cooperação das diversas secretarias é a exigência da gestão
escolar atual.
Para Barbosa (1999 apud MARANGON; 2014), a gestão escolar participativa é
muito importante e ganha mais espaço na educação pública porque representa o
grande avanço da atualidade e mostra mais comprometimento e preparação para os
gestores. De acordo com o autor:
45
Veiga (1995 apud MARANGON; 2014) destacou que o programa de ensino
político deve ser um desafio para as escolas, pois pode ser utilizado como forma de
cultivar a capacidade de atualização e aprimoramento contínuo das práticas
pedagógicas de forma criativa e crítica.
46
Diante desses aspectos, Paulo Freire (1996 apud MARANGON; 2014)
discorreu sobre a importância da prática docente humanizada para a formação do
aluno, ensinar e testemunhar para os alunos no ensino como é importante para mim
respeitá-los e respeitar a mim mesmo é uma tarefa na qual nunca me dividi. Jamais
poderei dividir o conteúdo do ensino e do treinamento moral do aluno em dois
momentos.
A prática de ensino que não existe sem os alunos não é uma prática completa.
O conteúdo pedagógico pressupõe o testemunho ético do professor. A beleza da
prática de ensino está no anseio interminável pelas habilidades de professores e
alunos e nos sonhos morais de professores e alunos. Não há lugar nesta beleza para
negar a decência, nem rude nem farisaico. O puritanismo não tem lugar. Existe apenas
espaço puro. (Página 58), MARANGON; (2014).
Paulo Freire (1996 apud MARANGON; 2014) também afirma que tanto o
educando aprende com o educador, quanto o educador aprende com o
educando, sendo necessário para isso o uso de várias formas e metodologias
e também de sonhos e utopias. [...] toda a prática educativa demanda a
existência de sujeitos, um que, ensinando, aprende, outro que, aprendendo,
ensina, daí seu cunho gnosiológico; a existência de objetos, conteúdo a
serem ensinados e aprendidos; envolve o uso de métodos, de técnicas, de
materiais; implica, em função de seu caráter diretivo, objetivo, sonhos,
utopias, ideias. Daí a sua politicidade, qualidade que tem a prática educativa
de ser política, de não poder ser neutra. (p.41).
47
Em suma, tudo pode ser transformado em uma parte física de uma instituição
escolar. Além dessas atribuições, em qualquer outra dimensão, cabe outra tarefa de
enfocar a real razão que constitui a existência da escola - o ensino e a aprendizagem.
Portanto, não é apenas responsável por "supervisionar a conclusão do plano de
trabalho de cada professor", "garantir o cumprimento do número estabelecido de dias
e horas letivas" e "proporcionar reabilitação para os alunos com baixo desempenho"
(incluindo. III IV e V) esses três tipos de equipamento são o centro das
responsabilidades da escola. Ao executar com sucesso essas tarefas, ele cumpre a
essência de suas recomendações de ensino (página 62), MARANGON; (2014).
Desenvolver o sistema de forma transparente e justa e estimular a cooperação
de todos, é a chamada gestão democrática. Os fundamentos básicos que norteiam
essa gestão são: descentralização, participação e transparência. A descentralização
inclui ações que são criadas e implementadas de forma não hierárquica. A
participação vem de todas as disciplinas inseridas no cotidiano escolar, e a
transparência ocorre nas deliberações, pois deve ser do conhecimento de todos. De
acordo com Lück (2006, p.41 apud MARANGON; 2014), “Enquanto as práticas
escolares forem guiadas por filosofias, valores, princípios e ideias consistentes,
apareçam nas mentes e corações das pessoas e determinem seus estilos de vida e
comportamentos, a democracia ocorrerá. Gerenciar".
O conselho escolar pode ser usado como uma ferramenta para a ação coletiva
dentro da escola; através da participação ativa no planejamento e resolução das
necessidades da escola, o poder de tomada de decisão das instituições educacionais
pode ser compartilhado; círculo de pais e professores CPM - Círculo de Pais e
Mestres, Grêmio Estudantil e outros grupos que trabalham de acordo com os preceitos
da gestão democrática, MARANGON; (2014).
Nessa perspectiva, Paro (1997 apud MARANGON; 2014) apontou que, por
meio da gestão democrática, a educação subsidiada pelo Estado está se tornando
uma verdadeira educação para todos. Como todos sabemos, a autonomia fortalece
as instituições formadoras e, no sentido de cooperação e fortalecimento das equipes
de trabalho, permite que os diretamente envolvidos no trabalho ambiental escolar
trabalhem mais pelo interesse público, ou seja, se responsabilizem por suas funções
na escola.
48
O termo autonomia está intrinsecamente ligado à gestão escolar e encontra-
se entre os quatro pilares tratados por Lück (2006 apud MARANGON; 2014)
o conceito de autonomia da escola está relacionado com tendências mundiais
de globalização e mudança de paradigma que têm repercussões
significativas nas concepções de gestão educacional e nas ações dela
recorrentes. Descentralização do poder, democratização do ensino,
instituição de parcerias, flexibilização de experiências, mobilização social
pela educação, sistema de cooperativas, interdisciplinaridade na solução de
problemas são estes alguns dos conceitos relacionados com essa mudança.
Entende-se, nesse conjunto de concepções, como fundamental, a
mobilização de massa crítica para se promover a transformação e
sedimentação de novos referenciais de gestão educacional para que a escola
e os sistemas educacionais atendam às novas necessidades de formação
social a que a escola deve responder (p.62).
Fonte: ineib.com.br
51
obrigações (OLIVEIRA et al., 2010 apud FERREIRA et al., 2013). Sua trajetória se
confunde com a história da escola e da sociedade. Por isso, é necessário lembrar
alguns movimentos importantes que unem a sociedade e a escola, e a relação entre
eles é decisiva e determinada.
No que diz respeito ao desenvolvimento institucional da orientação
educacional, Giacaglia e Penteado (2011, p. 6 apud FERREIRA et al., 2013) afirmam
que “a OE só ia surgir formalmente e no ambiente escolar após e por ocasião da
revolução industrial”. Institucionalmente, surgiu no início do século passado como uma
orientação de carreira como orientação profissional e vocacional, concebida no
aconselhamento cuja o objetivo era selecionar e formar alunos para novas formas de
trabalho.
Conforme Baker (1977 apud FERREIRA et al., 2013), o objetivo de colocar a
pessoa certa no papel certo é garantido por meio de três etapas: compreender os
alunos, compreender o mundo do trabalho e ajustar as pessoas para se adequarem
ao trabalho. Nessa perspectiva, a aliada da orientação educacional é a psicometria,
cujo objetivo é mensurar as características psicológicas dos indivíduos. O protagonista
desse processo, junto com os alunos, será o orientador educacional, isso se apoia no
rigor em distinguir os indivíduos por meio de testes de inteligência e diagnóstico de
habilidade, e ainda depende de sua linha de pesquisa (GIACAGLIA; PENTEADO,
2011 apud FERREIRA et al., 2013).
Os orientadores educacionais também desempenharão um papel relacionado
em encontrar o conhecimento do aluno como seu tratamento e atividades corretivas.
Portanto, o espaço direcional atenderá alunos desadaptados, desadaptados ou
desatualizados ou fora do ritmo esperado pela escola. Essa prática iniciada há
décadas ainda existe e é amplamente difundida nos dias de hoje (GIACAGLIA;
PENTEADO, 2011 apud FERREIRA et al., 2013).
Portanto, o orientador educacional procura ajudar os alunos a se adaptarem à
escola e a sociedade, por meio do cuidado individual ou grupal (FARIAS, 1990 apud
FERREIRA et al., 2013). A orientação educacional, ao longo de sua história, adquiriu
muitas outras funções, mas sempre manteve o foco na orientação profissional e
vocacional. Além da consultoria como prática de destaque, ela pode ser percebida em
todo o processo legislativo e na prática escolar.
52
Segundo Maia e Garcia (1990 apud FERREIRA et al., 2013), a escola propõe
um modelo de aluno por ela idealizado, que deve ser disciplinado, ter boas notas, usar
uniforme e estar sempre atualizado com o ritmo das tarefas. Os alunos que não são
adequados para este modelo são descritos como indisciplinado, problemático,
deficiente, etc. De acordo com as expectativas, a diferença entre grupos de alunos
adequados e grupos de alunos inadequados é a causa das diferentes posições na
escola e na sociedade. Portanto, os alunos devem estudar muito e cumprir as
condições exigidas para o sucesso. O orientador educacional pode desempenhar um
papel relevante no alcance desta meta porque ele será a tendência dos alunos em
fornecer a ajuda necessária para atingir esse objetivo.
Para Schmidt (1963 apud FERREIRA et al., 2013), os orientadores da
educação, como importante papel docente da prática pedagógica na solução dos
problemas dos alunos, deveria ser a personificação do ideal e uma mensagem viva
do que seria o ideal para se viver, também deve ser como uma aparição de amor e
verdade, além de ter maturidade emocional, compreensão e verdade, os líderes têm
que manter a alta ética profissional. Este será um amigo de escola que os alunos
deverão admirar, confirmando os ideais dos alunos e modelos profissionais.
Em relação aos aspectos e determinantes sociais, as práticas pedagógicas
das escolas e dos consultores educacionais os ignoram. Portanto, não há
questionamentos, reflexões e discussões sobre a interação entre os diversos
elementos. E a sociedade, portanto, com base nas diferenças individuais e na
condição social dos alunos para dar rejeição (LAPA; GONÇALVES; MAUPEAU, 1985
apud FERREIRA et al., 2013).
A revisão de conceitos e práticas orienta os orientadores a encontrar
alternativas possíveis para sua prática e a pensar sobre os alunos de diferentes
maneiras. Segundo Maia e Garcia (1990 apud FERREIRA et al., 2013), os alunos
podem ser pensados de outra forma a partir de sua história. E assim, trabalhar com
suas possibilidades. Outra opção para considerar a singularidade do aluno é entender
suas possibilidades a fim de fortalecer suas habilidades.
Apesar de muitas reflexões sobre suas práticas e conceitos, a legislação pouco
mudou, e continua a enfatizar a permanência da orientação profissional e suas
obrigações nas escolas, embora não tenha sido cumprida como de costume
(GIACAGLIA; Penteado, 2011 apud FERREIRA et al., 2013).
53
A partir da década de 1990, a Orientação Educacional em termos
educacionais legais é mencionada pela nova Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, de 96 (BRASIL, 1996 apud FERREIRA et al., 2013). Há
apenas alguma referência a esta, o que motiva o caminho para o
desaparecimento desse ator pedagógico da escola e diminuição do mercado
de trabalho para eles. Giacaglia e Penteado (2011 apud FERREIRA et al.,
2013) apontam que não houve mobilização seja da sociedade seja dos
orientadores para que eles permanecessem como um importante ator
escolar. A partir de então, tornou-se bastante comum o coordenador
pedagógico assumir as funções antes endereçadas aos orientadores.
55
O papel da (OE - orientação educacional) no ambiente escolar é mediar e se
tornar um motor para desenvolver seu trabalho de forma dialética e não fragmentada,
com ações direcionadas para fortalecer o papel das escolas enquanto instituições
baseadas em projetos de ensino político, e com intervenções em especial voltadas
aos estudantes, os protagonistas do processo de ensino e aprendizagem e a razão
de ser da escola, FERREIRA et al., (2013).
Atualmente, um grande desafio da (OE - orientação educacional) é trazer a
família para a escola e incluí-la no debate educacional. Permitir que os pais ou
responsáveis participem ativamente desse ambiente e contribuam para o aprendizado
dos filhos tornou-se uma tarefa difícil em diferentes ambientes. A aprendizagem
sempre foi considerada a base da vida humana e está mais presente no processo e
sempre estará relacionada com a família, quanto melhores os resultados obtidos, mais
consistente é o referencial do aluno, FERREIRA et al., (2013).
No entanto, para isso, as escolas e as famílias devem ter clareza sobre seus
papéis no processo de ensino, para que não ocorram mudanças de papéis e confusão
de atribuições. Nesse sentido, a (OE -- orientação educacional) tem recebido o papel
de construir essa ponte, buscando fortalecer o processo educacional dos alunos. Com
base no exposto, é interessante refletir sobre o conteúdo de Souza (2010, p. 13 apud
BUGONE; et al., 2016).
Citando Martins (1984 apud BUGONE; et al., 2016), destaca que o orientador
ao elaborar seu planejamento precisa detectar quais são as reais
perspectivas da família em relação à programação que a escola e o serviço
de orientação educacional vão oferecer ao educando, neste sentido deve-se
levantar dados de quais as reais possibilidades de assistência e participação
dos pais na vida escolar dos filhos.
56
envolvendo a família é um fenômeno que muda com a idade e o tempo em que se
encontra, pois, cada momento histórico determina a função social do sistema familiar.
Segundo Aranha (2002 apud BUGONE; et al., 2016), a (OE - orientação
educacional) tem a responsabilidade de buscar informações e subsídios para
compreender o cotidiano dos alunos, sua vida fora da escola e o desenvolvimento da
escola. Considere essa realidade em suas ações, principalmente como ela afeta e
auxilia os alunos, e tome cuidado para não cometer erros, nem inconscientemente, dê
as boas-vindas, embaraça ou ameace os alunos para mantê-los longe da
possibilidade de sucesso acadêmico.
Nessa perspectiva, Grinspun (2003, p.71 apud BUGONE; et al., 2016) enfatiza:
“As escolas hoje devem enfrentar inúmeros desafios, porque a própria sociedade
enfrenta inúmeros desafios, e o ritmo das mudanças em vários campos está se
acelerando”. Nesse sentido, as escolas precisam criar um ambiente acolhedor e
adotar métodos que possam atrair a atenção dos alunos. Para isso, é necessário
ingressar neste grupo e buscar entendê-los melhor, e desta forma, saber o que atrai
a atenção dos alunos, coisas de interesse, conversa e troca de ideias, para que possa
orientá-los de forma clara e coerente e fazer com que os alunos se sintam relaxados
e motivados para que esclareça suas dúvidas.
Sendo um membro deste grupo e conhecendo esse público, eles podem
planejar as intervenções específicas do plano procuram prepará-los para uma vida
cívica plena. Em certa medida, pensando nesta perspectiva, Grinspun (2001, p.149
apud BUGONE; et al., 2016) apontou que “ Hoje, a prática dos orientadores deve ter
como objetivo ajudar os alunos a construir conhecimentos, criar condições para a
aquisição desses conhecimentos, promover a interação e tudo. Uma rede de relações
envolvendo temas e meio ambiente ”.
Para reforçar essa ideia, Grinspun (2001, p.29 apud BUGONE; et al., 2016)
mencionou que “O papel do orientador na dimensão contextual envolve basicamente
o estudo da realidade do aluno para trazê-lo para a escola para melhor promover a
sua aprendizagem em desenvolvimento".
Nesse sentido, a orientação Educacional deve ter como eixo de seu trabalho
o aluno, não só o aluno que já apresenta problemas, mas todos os
educandos, buscando equidade nesse processo de auxílio ao educando. Mas
o orientador deve inserir-se na escola como um todo, pois o aluno é um ser
bio-psico-social e está inserido numa sociedade da qual a escola é também
parte (BARBOSA; LIMA; LIMA; 2011, p.78 apud BUGONE; et al., 2016).
57
O plano de orientação educacional abrange toda a educação básica, da
educação infantil ao ensino médio, e assume a função de orientação profissional,
devendo ser iniciado desde o ensino fundamental. Desta maneira, deve começar no
jardim de infância, período em que as crianças entram na escola. Este é um dos
períodos básicos em que seu comportamento se forma, pois basicamente tudo o que
acontece em seu ambiente é considerado exemplo. Nesse sentido, desde o início da
escola, a (OE - orientação educacional) é responsável por lidar com questões como
violações de disciplina, problemas familiares e sociais, obstáculos e dificuldades
sociais, BUGONE; et al., (2016).
No ensino médio, o foco da (OE - orientação educacional) está mais na
orientação profissional, permitindo aos alunos vivenciar, explorar e decidir sobre as
estratégias e tarefas importantes que seguirão na vida adulta, sempre mostrando
várias possibilidades aumentam a autonomia necessária para que os alunos tomem
decisões com base em suas expectativas, gostos, desejos e anseios. Em outras
palavras, do ponto de vista da orientação profissional, (OE- orientação educacional)
deve abrir portas e possibilidades para que os estudantes analisem as diversas
opções e perspectivas que aparecem neste momento fundamental da vida do
indivíduo, BUGONE; et al., (2016).
Este fato é ainda mais notório em ambientes familiares instáveis,
independentemente de a instabilidade ser financeira, estrutural, emocional, etc. Entre
eles, os serviços de orientação escolar e educacional são geralmente a única base
sólida que os alunos têm. Porém, a (OE- orientação educacional) precisa de
autorregulação, não para dar respostas a questionamentos ou induzir determinadas
situações, mas para buscar a tematização, a discussão e o diálogo, e apontar
possibilidades para os alunos de uma certa forma. Autonomia e libertação, tomando
decisões por si mesmo, mostra que ele é responsável por suas escolhas e pelas
possíveis consequências delas decorrentes, BUGONE; et al., (2016).
A orientação educacional deve estar associada a eventos relacionados ao
aluno, seja no cotidiano da escola ou da família, pois ambos afetarão o processo de
ensino e aprendizagem. Para ter uma visão mais abrangente e uma percepção da
(OE- orientação educacional) precisa, conforme discutido em outras partes do texto,
investigar todo o contexto no qual os alunos inserem suas percepções do que está
acontecendo em suas vidas diárias. Essa premissa é algo muito importante, porque é
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sabido que um aluno tem uma mudança de comportamento em determinados espaços
onde participa, BUGONE; et al., (2016).
59
aprendizagem visa a formação integral dos alunos no trabalho colaborativo entre
alunos e consultores e demais profissionais do grupo escolar. Portanto, (OE-
orientação educacional) é um dos profissionais da equipe de gestão que atua
diretamente com os alunos. Professores e escolas orientam, ouvem e conversam com
todos na organização e implementação das sugestões pedagógicas e com a
comunidade escolar.
A remuneração dos educadores e da (OE - orientação educacional) é
semelhante, embora o desempenho seja diferente, ou seja, os educadores, como
profissionais de sala de aula, focam no processo de ensino e aprendendo com a
particularidade de seu campo de conhecimento, a OE não tem cursos a seguir, mas
seu compromisso é realizar uma formação contínua em valores, atitudes, emoções e
sentimentos, e sempre discutir, analisar, criticar, mediar e orientar, BUGONE; et al.,
(2016).
Grinspun (2011 apud BUGONE; et al., 2016) acredita que o papel da orientação
educacional nas escolas é fundamental para a construção de uma educação de
qualidade, podendo, portanto, ajudar a pensar, refletir e analisar esse pano de fundo,
partindo do cotidiano local e voltando-se para análises de educação de qualidade,
caminhando para análise do cotidiano global., (OE - orientação educacional)
desempenha a função de refletir sobre o cotidiano, e se empenha em revelar, analisar,
relacionar, discutir, compreender e Visualize a realidade da vida escolar diária. No
desempenho das suas funções, ouvir e saber agir, para melhor se disponibilizar para
o outro e para a escola, torna-se indispensável.
A (OE - orientação educacional) desempenha o seu papel profissional ao
trabalhar com os alunos, visando o seu desenvolvimento pessoal, e visa envolvê-los
na realidade social. Junto com professores, busca contribuir para a discussão de
questões de ensino de tecnologia escolar. Sob orientação, colabora com ela em todas
as práticas de organização da infraestrutura escolar. Para os funcionários, eles devem
se esforçar para melhorar sua autoestima, identidade profissional e sua contribuição
para o funcionamento da escola. Para os pais e para toda a comunidade, levar os pais
à escola é uma das atividades da (OE - orientação educacional), BUGONE; et al.,
(2016).
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O fracasso acadêmico é um problema que (OE - orientação educacional) não
pode ignorar. Embora se manifeste dentro da escola, a causa nem sempre ocorre
dentro da escola. Como todos sabemos, muitos problemas podem causar o insucesso
escolar, desde problemas escolares como o dever de casa, aos métodos utilizados
pelos professores, a falta de autoestima, enfim, pode ser devida a diferentes
circunstâncias. Nesse sentido, o orientador propõe uma nova estratégia que ajudará
a eliminar o fracasso escolar. Porém, não se trata de uma eliminação paliativa, mas
de uma estrutura que potencializa o aprendizado dela resultante e que merece
reconhecimento, BUGONE; et al., (2016).
Grinspun (2011, p. 90 apud BUGONE; et al., 2016) aponta que o OE, em sua
intervenção escolar deve procurar elaborar suas práticas pautado pela
discussão sobre o fracasso escolar à luz da realidade existente (dimensão
social) e da regulação das normas dentro do sistema e da escola (dimensão
pedagógica);Viabilização de meios para que haja uma complementação das
lacunas existentes, a fim de que não se efetive e cristaliza o fracasso escolar
(trabalhos independentes, grupos de apoio, monitorias etc.);discussão dos
mecanismos que temos para que a superação do fracasso ocorra pela via da
própria escola, não só dos sistemas, mudando nomes e denominações para
camuflar o próprio fracasso, em termos de repetência, por exemplo; união
com os alunos desmistificando o fracasso como sendo responsabilidade
unicamente deles; trabalhar a autoestima e as fontes viáveis de eliminação
do fracasso (há alunos que repetiram várias vezes a mesma série do ensino
fundamental, por exemplo, e já internalizaram o discurso de incompetentes e
incapazes);Disponibilização de espaços para que os alunos enriqueçam e
aprofundem seu conhecimento, como forma de apostar na autoestima e
indiretamente ter melhores condições de desafiar o próprio fracasso (verificar
e estimular aquilo em que o aluno tem melhores resultados: arte, esporte,
música, linguagens, etc.).
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dificuldades, existem mal-entendidos, conflitos e intolerâncias, independentemente da
realidade social. BUGONE; et al., (2016).
Na ação com os alunos, a orientação deve ter uma postura muito clara, pautada
na dialética ternura-vitalidade, por um lado, não deixar o "rolo escolar" passar por eles,
por outro, não cair na " conivência ", saciar e proteger os alunos Evitar conflitos e mal-
entendidos (VASCONCELLOS, 2002, p. 81 apud CAMARGO; 2009). Portanto,
contribui para a construção dos limites da escola, lembrando que sua função não se
limita à percepção do “coordenador da disciplina”. Isso se deve a uma visão distorcida
da (não) disciplina e de como lidar com ela, permitindo que alguém a faça, reforça a
ideia de que o problema está no indivíduo e não no relacionamento, isolado do
contexto e recomendado como uma solução.
Além de não resolver o problema, outros problemas também surgiram: o
professor perdeu autoridade por ter sido transferido para um terceiro, e o coordenador
disciplinar fica responsável por resolver sozinho todos os problemas. Não é fácil lidar
com conflitos porque os consultores vão reclamar, mas devem ter cuidado para não
se confrontarem e calarem os sujeitos ou aceitarem denúncias, pelo contrário, vários
problemas devem ser analisados através do diálogo e da rede de serviços prestados,
CAMARGO; (2009).
A mediação do orientador deve ser propícia à relação entre o aluno e o
professor para que haja aprendizagem, pois como todos sabemos, ela se estabelece
na relação afetiva entre os dois membros do processo. A mudança não acontecerá na
prática isolada, mas na cooperação coletiva com toda a equipe escolar. Portanto, com
certeza haverá mudanças e os resultados serão positivos, quem tem O benefício disso
é toda a comunidade escolar e a sociedade, CAMARGO; (2009).
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Sabendo que os projetos de políticas educacionais são uma importante
ferramenta para superar o isolamento, o individualismo e as práticas fragmentadas, a
orientação educacional desempenha um papel importante na sensibilização,
preparação e implementação da consciência. Na sensibilização, você pode perceber
resistência ou não. Participar e intervir; na construção, participar ativamente, estar
atento à dinâmica do plenário, ajudar na coordenação, zelar para que o discurso não
seja manipulado e formar uma "facção"; pode trazer contribuições na realização Por
estar sempre em contato com todos os segmentos, ele realiza ações de propagação
que podem não acontecer, CAMARGO; (2009).
A orientação educacional, observando a relação entre respeito, poder, ritmo,
ética e questões afetivas e emoções, ideologia e questões políticas, pode ajudar a
construir um projeto coletivo, desencadear mudanças e propor novos tipos para que
redefina a função dos participantes. O conselho de turma é um espaço muito relevante
porque aí se encontram várias secções ligadas ao trabalho coletivo dos alunos. No
final do conselho, ainda há muitos alunos e pais a serem convocados pelos
consultores, se não houver uma explicação clara no trabalho coletivo e na reunião
pedagógica com os alunos, acredito que não dará bons resultados. Ao contrário, deve
ser um momento para considerar a prática educacional como um todo, CAMARGO;
(2009).
De acordo com CAMARGO; (2009) no conselho escolar, a orientação
pedagógica deve estimular essas partes a expressarem seus pensamentos e opiniões
na reunião, para que possam analisá-los sob diversos ângulos e tratá-los como um
desafio para todo o grupo escolar. A orientação deve estar ciente dos interesses
pessoais e de Grupo. As forças sociais precisam ser mobilizadas na luta por uma
educação de qualidade, e este é o principal papel da orientação.
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gosto e motivação, E é muito importante porque visa promover as escolhas dos jovens
e ajudá-los a compreender a sua própria realidade, incluindo a pessoal, familiar e
sendo assim terá condições de definir qual escolha melhor, possível, no seu projeto
de vida, CAMARGO; (2009).
O orientador educacional desempenha este papel de ajudar nas escolhas, é
filosófico e ético. A escolha pertence aos jovens. Ninguém tem o direito de interferir
nela. O respeito pelas pessoas é aquele que escolhe livremente. Ele é livre na
realidade da sua vida, e enquanto ele pode se definir como um limite. A este respeito,
Lucchiari disse: “No processo de seleção, o problema da integração do tempo deve
ser resolvido. Os jovens devem definir quem eles querem ser e quem eles são. Quem
é, quem será. (1993, p. 13 apud CAMARGO; 2009).
Dessa maneira, o orientador deve trabalhar: compreender-se, compreender a
profissão e a própria escolha, deixar tudo para trás, assumir o que é escolhido e
realizá-lo, no que diz respeito aos jovens. No trabalho de orientação profissional,
trabalhar com jovens e coordenadores de grupo é especial, é muito importante na vida
dos jovens, é uma escolha de trabalho e uma tarefa agradável e benéfica para ambas
as partes. O ingresso no mercado de trabalho é de grande significado para o jovem,
pois ele deixou o mundo familiar, a escola e o cotidiano cheio de expectativas e
responsabilidades, por isso a ajuda dos conselheiros de carreira na escolha do
primeiro ano do ensino médio é muito importante, CAMARGO; (2009).
“Acho que o mais importante no trabalho é uma postura profissional, ouvindo a
opinião dos jovens. Seus sentimentos, problemas, dúvidas e confusões [...]”. (Ibid.,
1993, p. 16 apud CAMARGO; 2009). Poucas pessoas ouvem suas vozes e não há
dúvida de que se ouvirem mais, terão respostas, mesmo para os problemas que
encontramos no dia a dia.
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5 BIBLIOGRAFIA
65
MARANGON, CRISTIANE. Administração versus gestão escolar: o
intercruzamento conceitual. Ufsm, [S. l.], p. 1 - 68, 2014.
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