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Análise de

custos

Professor Mestre Max Bianchi Godoy


Max Bianchi Godoy
▪ Mestre em Administração (Gestão Empresarial).
▪ Tem MBA Executivo em Negócios Financeiros.
▪ Pós-graduado em Gestão Estratégica.
▪ Formação em Administração e Contabilidade.
▪ Publicações: Livro em segurança da informação e artigos em Revista Gestão
Contemporânea, Revista Gestão Pública. Participação em matérias de jornais e revistas
(Exame etc.). Tem participações em entrevistas na Rede Globo, SBT, TV Brasília e outras.
▪ Professor de graduação e pós-graduação desde 2008, tendo atuado em diversas
instituições de ensino, tais como: Ibmec DF, UniCeub, Unieuro, Unyleya, Ucam, UGF,
PosEAD e Wpós. Desde 2010, atua como coordenador acadêmico de cursos de pós-
graduação, tendo sido coordenador do MBA em Gestão e Políticas Públicas e dos Cursos
de Extensão Universitária do Ibmec DF, de 2013 a 2016.
▪ Foi gerente de divisão no Banco do Brasil, onde trabalhou de 1987 a 2018. Nesse
período, atuou por 11 anos em grupos de planejamento estratégico, bem como
trabalhou mais de seis anos com orçamentação, análise e gestão financeira, gestão de
pessoas e de equipes para resultados, apropriação de custos e despesas, dentre outros
serviços.
▪ Desde 2013, é sócio de empresa de consultoria e treinamentos empresariais e
acadêmicos no Distrito Federal.
Objetivos/temas abordados
Ampliar os conhecimentos dos alunos a partir do estudo
dos seguintes temas:
• Fundamentos básicos da análise de custos.
• Classificação dos gastos.
• Metodologias para avaliação dos estoques e dos insumos.
• Análise de aspectos da folha de pagamento.
• Esquema básico de apuração dos custos.
• Sistemas e critérios de custeio.
• Custos para tomada de decisões.
• Custos para planejamento e controle.
• Relatórios de análise de desempenho do negócio.
Bibliografia
• IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 14ª ed.
São Paulo: Atlas, 2017.
• IUDÍCIBUS, S.; MELLO, G.R. Análise de custos: uma
abordagem quantitativa. São Paulo: Atlas, 2013.
• MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 13ª ed. São
Paulo: Atlas, 2016.
• NAKAGAWA, Masayuki. Custeio baseado em
atividades. 12ª ed. São Paulo: Atlas, 2016.
• SANTOS, Joel J. Análise de custos. 13ª ed. São Paulo:
Atlas, 2016.
• WERNKE, Rodney. Análise de custos e preços de
venda. 1ª ed. 8ª tiragem. São Paulo: Saraiva, 2018.
Fundamentos básicos da
análise de custos

Professor Mestre Max Bianchi Godoy


Aspectos introdutórios
A análise de custos é fundamental para que
as empresas possam realizar uma gestão de
custos e receitas eficaz. Ela pode trazer
diversas vantagens para todas as
organizações (SANTOS, 2016).
Origem
histórica
dos custos
Origem histórica dos custos
• Com o aparecimento das empresas industriais (Revolução
Industrial).

Fonte: Bornia (2002).


Origem histórica dos custos
• Inicialmente, a análise dos custos objetivava calcular
somente os custos dos produtos fabricados, a fim de se
inferir adequadamente o preço de venda dos produtos.

Fonte: Bornia (2002).


Origem histórica dos custos
• Antes do surgimento das empresas industriais, os artigos
eram produzidos por artesãos, que, via de regra, não
constituíam pessoas jurídicas.

Fonte: Bornia (2002).


Origem histórica dos custos
• Antes da industrialização, existiam empresas, em sua maioria
do tipo comercial.

Fonte: Bornia (2002).


Origem histórica dos custos
• As empresas comerciais, antes da era da industrialização,
basicamente utilizavam a contabilidade financeira para
avaliar seu patrimônio e apurar o resultado dos períodos.

Fonte: Bornia (2002).


Origem histórica dos custos
• A contabilidade de custos adveio da contabilidade financeira
e da contabilidade geral e teve início com a Revolução
Industrial.

Fonte: Santos (2011).


Origem histórica dos custos
• A necessidade do controle fez com que a apuração de custos
ganhasse importância desde o início do capitalismo.

Fonte: Santos (2011).


Origem histórica dos custos
• O comerciante, por meio da contabilidade de custos, buscava
respostas sobre o quanto estaria lucrando com o seu
negócio.

Fonte: Santos (2011).


Origem histórica dos custos
• Assim, no início, a contabilidade de custos baseava-se em um
simples confronto das receitas com as despesas em um
mesmo período.

Fonte: Santos (2011).


Origem histórica dos custos
• Com o tempo, a contabilidade de custos passou a ser
utilizada como instrumento seguro para controlar as
variações de custos e de vendas.

Fonte: Santos (2011).


Origem histórica dos custos
• A contabilidade de custos foi gradativamente passando a ser
utilizada a fim de avaliar o crescimento ou o retrocesso dos
negócios.

Fonte: Santos (2011).


Importância
da análise
de custos
Importância da análise de custos
Dentre as principais vantagens de uma boa análise e gestão de
custos, podem-se destacar as seguintes:
• Resolução rápida de contratempos.
• Controle mais efetivo da rentabilidade dos negócios.
• Maior eficiência no processo de tomada de decisões.
• Redução dos riscos organizacionais.

Fonte: Bornia (2002).


Importância da análise de custos
• Resolução rápida de contratempos:
A análise de custos permite o desenvolvimento de diversos
mecanismos de controle, de forma a identificar a ocorrência
de problemas ou de imprevistos, permitindo uma solução
mais rápida e adequada.

Fonte: Bornia (2002).


Importância da análise de custos
• Controle mais efetivo dos custos e, consequentemente, da
rentabilidade dos negócios:
Uma vez que a maioria das organizações busca maximizar a sua
rentabilidade e/ou reduzir seus custos, a eliminação de
desperdícios pode ser alcançada por meio de uma boa gestão de
custos, levando ao aumento do retorno sobre os investimentos
ao evitar gastos imprevistos ou desnecessários.

Fonte: Bornia (2002).


Importância da análise de custos
• Maior eficiência no processo de tomada de decisões:
Uma análise efetiva dos custos da organização fornece aos
gestores informações mais precisas, detalhadas e atualizadas,
influenciando os fatores que envolvem a lucratividade da
empresa e a redução dos riscos organizacionais.

Fonte: Bornia (2002).


Importância da análise de custos
• Redução dos custos organizacionais:
A análise e o consequente controle de custos aplicam-se
diretamente à gestão organizacional, sendo extremamente
úteis para que os riscos financeiros e de outros tipos sejam
reduzidos e monitorados, de forma a se identificar os fatores
que, de alguma forma, venham a influenciar a lucratividade.

Fonte: Bornia (2002).


A importância dos custos como instrumento de controle

• Devido a sua importância para a manutenção da empresa ao


longo do tempo, a análise e o acompanhamento dos custos
constitui-se em um fundamental instrumento de controle
para as empresas.

Fonte: Baseado em Santos (2016).


A importância dos custos como instrumento de planejamento

• O conhecimento prévio dos custos envolvidos com os projetos e


a operação da empresa permite a realização de planejamentos
mais efetivos e factíveis.

Fonte: Baseado em Santos (2016).


A importância dos custos como
instrumento de avaliação de desempenho

• A análise e o acompanhamento dos custos em toda a


empresa permite que se avalie o desempenho dos diversos
setores com base no seu consumo de recursos e sua efetiva
aplicação.

Fonte: Baseado em Santos (2016).


Objetivos da análise de custos
Dentre os diversos objetivos da análise de custos em uma
organização, podem-se destacar os seguintes:

1) Balizar orçamentos e eventuais projeções financeiras.

Fonte: Baseado em Santos (2016).


Objetivos da análise de custos
Dentre os diversos objetivos da análise de custos em uma
organização, podem-se destacar os seguintes (continuação):

2) Auxiliar nos processos de fixação do preço de venda de


produtos e mercadorias.

Fonte: Baseado em Santos (2016).


Objetivos da análise de custos
Dentre os diversos objetivos da análise de custos em uma
organização, podem-se destacar os seguintes (continuação):

3) Prestar suporte adequado ao processo de tomada de


decisões gerenciais.

Fonte: Baseado em Santos (2016).


Objetivos da análise de custos
Dentre os diversos objetivos da análise de custos em uma
organização, podem-se destacar os seguintes (continuação):

4) Proporcionar melhorias no processo de controles e fornecer


informações específicas.

Fonte: Baseado em Santos (2016).


Objetivos da análise de custos
Dentre os diversos objetivos da análise de custos em uma
organização, podem-se destacar os seguintes (continuação):

5) Apurar o custo de serviços e de produtos vendidos, bem


como o das mercadorias vendidas.

Fonte: Baseado em Santos (2016).


Objetivos da análise de custos
Dentre os diversos objetivos da análise de custos em uma
organização, podem-se destacar os seguintes (continuação):

6) Controle mais efetivo dos custos e, consequentemente, da


rentabilidade dos negócios.

Fonte: Baseado em Santos (2016).


Conceitos e terminologias
aplicados na análise de custos

Professor Mestre Max Bianchi Godoy


Conceitos e terminologias aplicadas
na análise de custos
• Gasto
• Corresponde ao valor que é arcado pela organização a fim
de que esta possa obter um produto ou realizar um
serviço, representado pela efetiva entrega/realização de
algum produto ou serviço, bem como pela promessa de
recebimento de algum ativo.

Fonte: Baseado em Santos (2016).


Conceitos e terminologias aplicadas
na análise de custos
• Exemplos de gastos
• Gastos com mercadorias, gastos com pessoal etc.

Fonte: Baseado em Santos (2016).


Conceitos e terminologias aplicadas
na análise de custos
• Investimento
• Corresponde a um gasto que é efetuado na aquisição de
algum bem ou serviço, pelo qual se visa algum tipo de
benefício futuro.

Fonte: Baseado em Santos (2016).


Conceitos e terminologias aplicadas
na análise de custos
• Investimento
• Normalmente, os investimentos representam algum tipo
de ativo que pode ser estocado, a fim de ser utilizado,
consumido ou comercializado em tempo posterior.

Fonte: Baseado em Santos (2016).


Conceitos e terminologias aplicadas
na análise de custos
• Custo
• Diz respeito ao gasto que é realizado em algum tipo de
bem ou serviço que esteja ligado ou seja utilizado para
produzir outros bens (produtos) ou serviços ou que possa
ser revertido em alguma espécie de lucro.

Fonte: Baseado em Santos (2016).


Conceitos e terminologias aplicados
na análise de custos
• Exemplos de custos
• Matérias-primas de um produto, energia elétrica utilizada
na produção de bens e serviços etc.

Fonte: Baseado em Santos (2016).


Conceitos e terminologias aplicados
na análise de custos
• Desembolso
• Corresponde ao pagamento que é realizado ao realizar a
aquisição de algum bem ou de um serviço.

Fonte: Baseado em Santos (2016).


Conceitos e terminologias aplicados
na análise de custos
• Perda
• Diz respeito ao consumo de modo involuntário ou
anormal de algum ativo (recurso), bem ou serviço.

Fonte: Baseado em Santos (2016).


Princípios e convenções
contábeis aplicados na
análise de custos
Professor Mestre Max Bianchi Godoy
Princípios e convenções contábeis
aplicados na análise de custos
Os princípios contábeis observados pela contabilidade de custos são:
1) entidade;
2) continuidade;
3) realização;
4) competência e confrontação;
5) custo como base de valor;
6) denominador comum monetário;
7) uniformidade ou consistência;
8) relevância ou materialidade;
9) objetividade;
10) conservadorismo.
Fonte: Baseado em Martins (2016).
Princípios e convenções aplicadas na
análise de custos
1) Entidade
Na aplicação deste princípio, a contabilidade
de custos reconhece como custos de
produção somente os gastos incorridos
pela empresa em seu processo produtivo,
não reconhecendo os gastos de outras
empresas, mesmo que sejam do mesmo
grupo empresarial.

Fonte: Baseado em Dias e Demétrio (2002).


Princípios e convenções aplicadas na
análise de custos
2) Continuidade
Premissa de que a entidade deve operar por
um período de tempo relativamente longo no
futuro. Essa premissa somente é abandonada
quando um histórico de prejuízo persistentes e
a perda de substância econômica e de
competitividade no mercado justifiquem que a
contabilidade registre a descontinuidade da
empresa.

Fonte: Baseado em Dias e Demétrio (2002).


Princípios e convenções aplicadas na
análise de custos
3) Realização
Determina que as receitas sejam reconhecidas somente por
ocasião da transferência de um bem ou serviço para
terceiros. Em termos de empresas industriais e comerciais, a
receita é reconhecida no momento da venda.

Fonte: Baseado em Dias e Demétrio (2002).


Princípios e convenções aplicados na
análise de custos
4) Competência e confrontação
• O princípio da competência e da confrontação é de grande
importância para a contabilidade de custos, uma vez que
indica o momento do reconhecimento das despesas e dos
custos.
• Em termos contábeis, é correto deduzir das receitas todos os
gastos a elas correspondentes, a fim de se obter o resultado
do período, que pode ser lucro ou prejuízo.

Fonte: Baseado em Dias e Demétrio (2002).


Princípios e convenções aplicados na
análise de custos
5) Custo como base de valor
Os ativos são registrados por seu valor
original de aquisição. Dito de outra forma,
este princípio pressupõe a estabilidade de
poder aquisitivo da moeda. A contabilidade
de custos segue o princípio do custo
histórico como base de valor, embora
também se utilize, para fins gerenciais, dos
custos de reposição ou de outro mecanismo
qualquer.
Fonte: Baseado em Dias e Demétrio (2002).
Princípios e convenções aplicados na
análise de custos
6) Denominador comum monetário
Esse princípio determina que as demonstrações contábeis
sejam sempre expressas em moeda nacional. Assim, os custos
incorridos nos processos produtivos devem ser passíveis de
avaliação na moeda nacional.

Fonte: Baseado em Dias e Demétrio (2002).


Princípios e convenções aplicados na
análise de custos
7) Uniformidade ou consistência
Por esse princípio, a empresa precisa primar
pela uniformidade ou consistência na aplicação
dos procedimentos contábeis no decorrer do
tempo, a fim de permitir e não prejudicar a
realização de análises comparativas de custos
ao longo dos diversos exercícios.

Fonte: Baseado em Dias e Demétrio (2002).


Princípios e convenções aplicados na
análise de custos
8) Relevância ou materialidade
Por esse princípio, observa-se como dispensável
realizar controles mais rigorosos em itens que
sejam de pequeno valor monetário em relação
aos gastos totais, o que torna possível que
sejam aplicados conceitos de benefícios e custos
para que sejam implementadas determinadas
formas de controles.

Fonte: Baseado em Dias e Demétrio (2002).


Princípios e convenções aplicados na
análise de custos
9) Objetividade
Diz respeito a que todos os valores que estiverem
apropriados ao custo de produção devem estar devidamente
suportados por documentos que possam comprovar sua
natureza, bem como o valor do registro.

Fonte: Baseado em Dias e Demétrio (2002).


Princípios e convenções aplicados na
análise de custos
10) Conservadorismo
Esse princípio precisa fazer parte da contabilidade
de custos, uma vez que os estoques precisam ser
devidamente avaliados pelo custo de aquisição de
matérias-primas, embalagens e outros custos
incorridos na produção de produtos em
elaboração e/ou acabados.

Fonte: Baseado em Dias e Demétrio (2002).


Classificação dos gastos

Professor Mestre Max Bianchi Godoy


Classificação em custos e
despesas
• Para realizar o cálculo dos custos, é
fundamental separá-los das despesas.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Custos
• Os custos correspondem aos gastos necessários a fim de se
fabricar produtos em uma empresa, isto é, equivalem aos
dispêndios de recursos que forem diretamente responsáveis
pelo “nascimento de produtos ou serviços” para
venda/revenda.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Custos
• Assim, pode-se dizer que os custos são gastos relacionados a
determinado serviço ou bem que é utilizado para a produção
de outros serviços ou bens.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Despesas
• Despesas correspondem ao valor dos insumos que são
consumidos com o funcionamento da empresa e não são
identificados com a fabricação.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Despesas
• Despesas, normalmente, correspondem às atividades fora do
âmbito da fabricação.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Despesas
• As despesas nas organizações são geralmente divididas em:

Despesas administrativas
Despesas comerciais
Despesas financeiras

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Despesas
• As despesas diferenciam-se dos custos de fabricação pelo
fato de estarem relacionadas com a administração geral da
empresa.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Classificações quanto
a identificação com o produto,
volume de produção e de
vendas

Professor Mestre Max Bianchi Godoy


Classificação quanto a identificação com o
produto (direto e indireto)
• Custos diretos
São custos que podem ser fisicamente (diretamente)
identificados com o objeto de custo.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Classificação quanto a identificação com o
produto (direto e indireto)
• Custos indiretos
Correspondem a gastos que não é possível medir
objetivamente, podendo ser alocados de maneira estimada
e/ou arbitrária (mediante algum critério acordado pré-
estabelecido) em relação a um produto e/ou serviço.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Apropriação dos custos diretos
• Os custos diretos são, normalmente, os materiais e/ou a
mão de obra que estão envolvidos diretamente na
fabricação de um produto.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Apropriação dos custos diretos
• Os custos diretos correspondem aos gastos industriais que
podem ser alocados de forma direta e objetiva a um
determinado produto.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Apropriação dos custos indiretos
Os custos indiretos podem ser apropriados de formas
indiretas aos produtos, com uso de estimativas ou previsões
comportamentais ou utilizando critérios de rateio, entre
outros.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Classificação quanto ao volume de produção e
quanto ao volume de vendas (fixos e variáveis)
A classificação leva em consideração a relação entre o valor
total de determinado custo e o volume de atividade a este
relacionada em uma unidade de tempo específica.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Classificação quanto ao volume de produção e
de vendas (fixos e variáveis)
Dessa forma, pode-se dividir os custos em:
• fixos;
• variáveis.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Custo fixo

Corresponde a um custo que não varia de acordo com a


produção. Logo, mesmo se esta aumentar, ele permanece o
mesmo.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Custo variável

É uma espécie de custo que varia de acordo com a


quantidade produzida. Assim, se a produção aumentar, ele
irá variar de acordo com esse aumento.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Metodologia para avaliação
dos estoques e dos
insumos

Professor Mestre Max Bianchi Godoy


Análise e contabilização
dos créditos de impostos
sobre compras

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Análise das variações nos preços dos
estoques
• No que diz respeito ao custo histórico, isto é, aos critérios de
avaliação mais específicos que explicam quais itens compõem
determinado ativo, os gastos incorridos para a colocação deste
em condições de uso ou de venda são incorporados ao valor
dele.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Variações de preços dos estoques
no caso de custos fixos
Como verificado anteriormente, os custos fixos independem
da quantidade produzida, ou seja, se aumentar ou diminuir a
produção, eles se manterão fixos.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Variações de preços dos estoques
no caso de custos variáveis

Como os custos variáveis são custos que variam de


acordo com a quantidade produzida, ou seja,
quanto mais se produz, mais eles aumentam, tais
variações costumam afetar o valor do estoque de
forma direta.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Avaliação dos estoques
Normalmente, os problemas com estoques de materiais em
uma organização ocorrem em:
• avaliação;
• controle;
• programação.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Problemas de avaliação de estoque
• Dizem respeito a qual montante se deve atribuir a cada
produto quando vários lotes são comprados por preços
diferentes. O que fazer com os custos do Departamento de
Compras?

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Problemas de avaliação de controle
• Dizem respeito a como distribuir as funções de pedido, de
compra e de recepção e sua utilização por diferentes
pessoas.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Problemas de avaliação de controle
• Deve-se planejar o fluxo e desenhar as requisições, bem
como os aspectos de como fazer inspeção.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Problemas de avaliação de controle
• No que concerne aos aspectos de como fazer inspeção,
observa-se que se deve apurar o efetivo consumo de
determinado insumo/bem e, além disso, verificar que ele
seja efetivamente utilizado.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Problemas de avaliação de programação
Referem-se aos aspectos sobre:
• Quando e quanto deve ser adquirido.
• Fixação de lotes que sejam mais econômicos para a compra.
• Definição de estoques mínimos de segurança.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Critérios de
avaliação de
estoques

Professor Mestre Max Bianchi Godoy


Critérios de avaliação dos estoques
Custo médio
• O critério do custo médio é o mais utilizado no Brasil para
avaliação de estoques.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Avaliação dos estoques
Tipo de custo médio ponderado

Móvel

Custo médio ponderado

Fixo

Fonte: Elaborado pelo autor.


Avaliação dos estoques
Custo médio ponderado móvel
• Costuma ser utilizado pelas organizações que possuem
controle permanente dos estoques, atualizando seu custo
médio a cada operação de compra.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Avaliação dos estoques
Custo médio ponderado fixo
• Utilizado para avaliar o custo médio apenas no final do
período ou no caso de a organização decidir apropriar a
todos os produtos fabricados no período um único custo por
unidade.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Avaliação dos estoques
Custo médio ponderado fixo
• Para apropriar um custo único por unidade, seria necessário
calcular-se primeiro o custo médio global do período e,
então, apropriar o custo da matéria-prima consumida.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Avaliação dos estoques
Peps – primeiro que entra é o primeiro a sair
• Ao utilizar esse critério, verifica-se que o material utilizado
recebe os custos mais antigos, e os mais recentes
permanecem no estoque.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Avaliação dos estoques
Peps – primeiro que entra é o primeiro a sair
• Nesse método, o primeiro valor a entrar corresponde ao
primeiro a sair (Fifo – first in, first out).

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Avaliação dos estoques
Ueps – último que entra é o primeiro a sair

• Nesse método, considera-se que o último preço a entrar será


o primeiro a sair (last in, first out), o que tende a provocar
efeitos contrários ao Peps, causando uma redução no lucro
pela superavaliação do custo.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Avaliação dos estoques
Ueps – último que entra é o primeiro a sair

• O método de avaliação Ueps não é admitido pela legislação


do imposto de renda, uma vez que superavalia os custos do
estoque.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Análise da folha de
pagamento

Professor Mestre Max Bianchi Godoy


Cálculo de ordenados e salários e
dos encargos
• No Brasil, é necessária a inclusão
dos encargos no custo da hora da
mão de obra direta.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Cálculo da taxa horária da
mão de obra
• Em decorrência da legislação trabalhista, é preciso calcular para
cada empresa (ou para cada departamento) qual o valor a ser
atribuído por hora de trabalho.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Cálculo da taxa horária da
mão de obra
O valor por hora de trabalho inclui:
• repousos semanais remunerados;
• férias;
• décimo terceiro salário;
• contribuições ao INSS;
• remuneração dos feriados;
• faltas abonadas;
• e outros.
Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).
Cálculo da taxa horária da
mão de obra
• O valor por hora de trabalho também precisa considerar outros
direitos garantidos por acordos ou convenções coletivas de
trabalho das diversas categorias profissionais.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Mão de obra direta
• Representa o gasto com o operário que está na linha de
produção. Está diretamente relacionada à produção de bem ou
à execução de serviço para venda.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Mão de obra direta

• A mão de obra direta é aquela que pode ser alocada


diretamente à fabricação e/ou comercialização de um produto.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Mão de obra indireta

• A mão de obra indireta apenas pode ser apropriada por meio


de fatores de rateio, de alto grau de arbitrariedade, como os
das chefias de departamentos etc.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Esquema básico de
apuração dos custos

Professor Mestre Max Bianchi Godoy


Primeiro passo para
apuração dos custos

• Separação entre custos e despesas.

Fonte: Baseado em Santos (2009).


Segundo passo para
apuração dos custos
• Apropriação dos custos diretos
diretamente aos produtos.

Fonte: Baseado em Santos (2009).


Terceiro passo para
apuração dos custos

• Apropriar os custos indiretos que


pertençam diretamente a setores e/ou
departamentos, agrupando, à parte, os
comuns.

Fonte: Baseado em Santos (2009).


Quarto passo para
apuração dos custos

• Rateio dos custos indiretos comuns e dos


da administração geral da produção aos
diversos departamentos, quer sejam de
produção ou de serviços.

Fonte: Baseado em Santos (2009).


Quinto passo para
apuração dos custos

• Escolher a sequência do rateio dos custos


acumulados nos departamentos de
serviços e sua distribuição aos demais
departamentos.

Fonte: Baseado em Santos (2009).


Sexto passo para
apuração dos custos

• Atribuir os custos indiretos, que agora só


estão nos departamentos de produção,
aos produtos, segundo os critérios fixados.

Fonte: Baseado em Santos (2009).


Departamentalização
Por que se deve departamentalizar?

• A fim de se obter uma forma racional de


distribuir os custos indiretos, uma vez que a
alocação simples em produtos, em alguns
tipos de organizações, não costuma espelhar
a apropriação correta dos custos a eles.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Departamento
O que é?

• Corresponde a uma unidade administrativa


para a contabilidade de custos, formada por
pessoas e equipamentos que desenvolvem
atividades homogêneas.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Centros de custos
O que são centros de custos?

• Os centros de custos são, na maioria das


vezes, departamentos onde podem ser
acumulados os custos indiretos a fim de
permitir uma posterior alocação aos
produtos ou a outros departamentos.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Centros de custos
• Trata-se de uma técnica de
departamentalizar a entidade em centros
acumuladores de custos. É o que se
denomina de custos por responsabilidade,
que serve para melhor identificar custos,
responsabilidades, autoridade, objetivos
afins e metas, de forma a possibilitar o
controle dos gastos, bem como das
realizações pelos seus responsáveis.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Centros de custos
Podem ser:

• Diretos
Centros
de
custos • Não produtivos
• De serviços
• Auxiliares

Fonte: Elaborado pelo autor, com base em Martins (2016).


Sistemas de
custeio

Professor Mestre Max Bianchi Godoy


Sistemas ou métodos de custeio

• Os métodos de custeio, desde sua origem, vêm oferecendo, de


forma padronizada e objetiva, a investigação e a determinação
dos custos totais.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Sistemas ou métodos de custeio

• No decorrer do tempo, surgiram novas metodologias de métodos


de custeio a fim de atender às necessidades dos usuários com
maior precisão e, também, facilitar o processo de tomada de
decisão.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Sistemas ou métodos de custeio

• A forma de alocar os custos aos produtos é de importância


fundamental, a fim de atingir a eficácia de uma gestão de
custos.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Sistemas ou métodos de custeio

• O entendimento das formas de alocação de custos é


fundamental para a efetividade das informações geradas.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Sistemas ou métodos de custeio

• Um dos maiores problemas dos sistemas de custeio consiste na


alocação dos custos indiretos (variáveis ou fixos) aos produtos.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Sistemas ou métodos de custeio

• Se for realizado “rateio” dos custos fixos de forma imprecisa, isso


pode levar a decisões inadequadas nos processos de tomada de
decisão.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Sistemas ou métodos de custeio

• Como exemplos dessas decisões inadequadas, podem-se


citar eventuais cortes de investimentos em produtos
lucrativos.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Sistemas ou métodos de custeio

• Outro possível exemplo de decisões inadequadas devido ao


rastreamento impreciso de custos são aumentos de
investimentos em produtos deficitários, normalmente sem se
obter o retorno esperado.

Fonte: Iudícibus e Mello (2013).


Custeio por absorção

• Corresponde a apropriar os custos aos produtos fabricados,


sejam eles diretos ou indiretos, fixos ou variáveis.

Fonte: Wernke (2018).


Custeio por absorção
• No Brasil, utiliza-se a forma de custeio por absorção devido a
respeitar os princípios contábeis e, sobretudo, por ser aceita
pela legislação fiscal e comercial.

Fonte: Wernke (2018).


Custeio por absorção
“Quando, ao custear-se os produtos fabricados pela
empresa, são atribuídos a esses produtos, além dos seus
custos variáveis, também os custos fixos, diz-se que se está
usando a modalidade de custeio por absorção” (BOMFIM;
PASSARELLI, 2011, p. 60).
Custeio por absorção
Vantagens

• Considera o total dos custos por produto.

Fonte: Wernke (2018) e Kroetz (2001).


Custeio por absorção
Vantagens

• Auxilia na formação de custos para estoques.

Fonte: Wernke (2018) e Kroetz (2001).


Custeio por absorção
Vantagens

• Permite a apuração dos custos pela utilização de centros de


custos.

Fonte: Wernke (2018) e Kroetz (2001).


Custeio por absorção
Desvantagens

• Pode eventualmente elevar de forma artificial os custos de


alguns produtos.

Fonte: Wernke (2018) e Kroetz (2001).


Custeio por absorção
Desvantagens

• Devido a os critérios de rateio serem arbitrários, eles nem


sempre são justos.

Fonte: Wernke (2018) e Kroetz (2001).


Custeio por absorção
Desvantagens

• Não evidencia as capacidades ociosas dentro da organização.

Fonte: Wernke (2018) e Kroetz (2001).


Custeio por absorção
Desvantagens

• A utilização dos custos fixos como forma de rateio pode


dificultar as decisões da administração da empresa quanto
à formação do preço de venda do produto, uma vez que,
por mais objetivos que sejam feitos esses rateios, essa não
deixa de ser uma maneira de arbitrar os resultados.

Fonte: Wernke (2018).


Custeio por absorção
Características
• A metodologia busca englobar os custos totais, representados
pelos custos fixos, variáveis, diretos e indiretos envolvidos.

Fonte: Wernke (2018).


Custeio por absorção
Características
• Inicialmente, realiza-se a alocação dos custos indiretos em
centros de custos auxiliares e nos produtivos.

• Depois, alocam-se valores dos centros de custos diretamente


para os produtos.

Fonte: Wernke (2018).


Custeio por absorção
Características

• Os custos indiretos de fabricação são por fim transferidos para a


conta de estoques de produtos acabados.

Fonte: Wernke (2018).


Custeio por absorção
Características

• O custeio por absorção é extremamente útil em organizações que


apresentam processos produtivos pouco flexíveis e/ou que
fabricam poucos produtos.

Fonte: Wernke (2018).


Custeio por absorção
Características

• Os resultados no custeio por absorção sofrem influências quanto


ao volume de produção.

Fonte: Wernke (2018).


Custeio por absorção
Observações

• A apuração do custeio por absorção pode ser realizada com ou


sem a utilização da departamentalização.

Fonte: Wernke (2018).


Custeio por absorção
Observações

• Faz-se necessária a realização de avaliação criteriosa quanto à


composição dos custos, a fim de verificar o volume dos custos
indiretos, segundo o princípio/convenção da materialidade.

Fonte: Wernke (2018).


Custeio direto ou variável

• Preconiza que os custos sejam classificados por sua natureza


(espécie), a partir de uma detida análise, sendo
reclassificados em custos fixos ou custos variáveis.

Fonte: Baseado em Kroetz (2001).


Custeio direto ou variável
Características

• Considera apenas os custos variáveis, sendo esses


diretos ou indiretos.
• Está focado no produto e, principalmente, no custo
unitário de produção.
• O volume de vendas influencia diretamente os
resultados a ser apresentados.
• Trata-se de critério tido como interno com aspecto
administrativo e gerencial.

Fonte: Baseado em Vicente e Xisto (2005).


Custeio direto ou variável
Características (continuação)

• Observa-se a chamada contribuição marginal, a qual equivale


à diferença entre as receitas e os custos diretos e variáveis dos
diversos segmentos.
• O custeio variável auxilia principalmente a administração do
processo de planejamento e do processo de tomada de
decisão no curto prazo.
• Requer a separação dos custos fixos e variáveis.

Fonte: Baseado em Vicente e Xisto (2005).


Custeio direto ou variável
Vantagens

• Apresenta um enfoque sobretudo gerencial.


• Devido a seu foco, não incorre em erros decorrentes de rateios.
• Preconiza análises quanto à contribuição direta de cada um dos produtos em
relação ao resultado, sobretudo pela análise da margem de contribuição.
• Permite grande rapidez na obtenção das informações necessárias para a
realização de análises de custo/volume/resultado.
• Tem boa integração com orçamentos flexíveis e com o custo-padrão.

Fonte: Baseado em Vicente e Xisto (2005).


Custeio direto ou variável
Desvantagens
• Devido a excluir os custos fixos indiretos, a fim de valorar os estoques, resulta
em subavaliações, as quais ferem princípios contábeis.
• Apresenta uma visão de curto prazo devido a não considerar os custos fixos.
• Não pode ser aplicada de forma isolada para a formação dos preços de venda.
• Uma vez que não considera a depreciação, precisa ser detalhadamente avaliado
em organizações que detenham um ativo imobilizado elevado. Assim, quando se
for calcular utilizando o método linear ou outro, pode-se transformar o custo
direto ou variável em custo fixo.

Fonte: Baseado em Vicente e Xisto (2005).


Custeio direto ou variável
• Trata-se de um método no qual os custos variáveis podem
ser considerados como atribuíveis aos produtos.

• Contudo, os custos fixos são tratados como despesas do


período e, portanto, não são ativados na conta de estoques.

Fonte: Kroetz (2001, p. 60).


Custeio baseado em atividades (ABC)
(Activity-based costing – custeio baseado em atividades)

Corresponde à alocação racional dos gastos indiretos aos bens


e serviços produzidos, proporcionando um controle mais
apurado dos gastos da empresa e melhor suporte às decisões
gerenciais.

Fonte: Baseado em Nakagawa (2016).


Custeio baseado em atividades (ABC)
O método ABC (activity-based costing – custeio baseado em
atividades)

• Objetiva identificar os recursos disponíveis na organização e associá-


los, por meio de geradores de direcionadores de custos (cost-drivers)
primários, às atividades executadas.

• Após isso, tais atividades são associadas a outras atividades ou a


objetos de custos mediante geradores de custo secundários.

Fonte: Baseado em Nakagawa (2016).


Custeio baseado em atividades (ABC)
Objetos de custo no método ABC

• Os objetos de custo constituem os produtos, os clientes, os


mercados ou qualquer outra entidade interna ou externa à
empresa que consomem atividades e que geram custos e/ou
receitas.

Fonte: Baseado em Nakagawa (2016).


Custeio baseado e atividades (ABC)
A base do funcionamento do sistema de custo ABC pode ser
classificada em atividades:

• primárias;

• secundárias.

Fonte: Baseado em Nakagawa (2016).


Custeio baseado e atividades (ABC)

No custo ABC, as atividades primárias são as que, de alguma


forma, estão relacionadas com os produtos.

Fonte: Baseado em Nakagawa (2016).


Custeio baseado e atividades (ABC)

No que concerne às atividades secundárias, são as que estão


relacionadas com a organização e/ou sua gestão.

Fonte: Baseado em Nakagawa (2016).


Custeio de ordens e de encomendas
Distinção pela forma

• Diz respeito a quando a empresa trabalha produzindo produtos


iguais de forma contínua (um ou vários), fundamentalmente para
estoque, o que caracteriza sua natureza.

Fonte: Baseado em Iudícibus e Mello (2013).


Custeio de ordens e de encomendas
Distinção pela forma

• Caso a empresa produza para atender encomendas de clientes ou


costume produzir para uma posterior venda, ela pode, de acordo
com determinações internas especiais, incluir tais requisições entre
as de “produção por ordem”.

Fonte: Baseado em Iudícibus e Mello (2013).


Custeio de ordens e de encomendas
Distinção pela conveniência contábil-administrativa

• Inúmeras vezes, procede-se a mudanças em função da


conveniência administrativa e/ou contábil.

Fonte: Baseado em Iudícibus e Mello (2013).


Custeio de ordens e de encomendas
Distinção pela conveniência contábil-administrativa - exemplo

• Como exemplo, pode-se citar uma organização que recebeu uma


encomenda que leva três meses de trabalho para ser realizada.

• Nesse caso, ao invés de custear como se fosse apenas uma ordem,


realiza-se o custeio como se fosse uma produção contínua durante
esse prazo.

Fonte: Baseado em Iudícibus e Mello (2013).


Custeio de ordens e de encomendas
(produção por ordem)

• Nessa modalidade, os custos são acumulados numa


conta específica para cada ordem ou encomenda.

Fonte: Baseado em Iudícibus e Mello (2013).


Custeio de ordens e de encomendas
(produção por ordem)

• A conta específica apenas recebe custos quando a ordem


estiver encerrada.

Fonte: Baseado em Iudícibus e Mello (2013).


Custeio por processo
(produção contínua)
• Os custos são acumulados em contas representativas
das diversas linhas de produção.

Fonte: Baseado em Iudícibus e Mello (2013).


Custeio por processo
(produção contínua)
• Não há encerramento das contas à medida que os
produtos são elaborados e estocados, mas apenas
quando se chega ao fim do período.

Fonte: Baseado em Iudícibus e Mello (2013).


Custeio por processo
(produção contínua)
• Na apuração por processo, não se avaliam custos por
unidade, e sim a base do custo médio do período (com a
divisão do custo total pela quantidade produzida).

Fonte: Baseado em Iudícibus e Mello (2013).


Custos para tomada de
decisões

Professor Mestre Max Bianchi Godoy


Relação custo-volume-lucro

A análise de custo/volume/lucro pode ser realizada por meio


de três importantes indicadores, que são:
• margem de contribuição;
• ponto de equilíbrio;
• alavancagem operacional.

Fonte: Baseado em Iudícibus e Mello (2013).


Custo fixo, lucro e margem de
contribuição
• Como exemplo de custo fixo, pode-se exemplificar o aluguel de
uma fábrica.

Fonte: Baseado em Iudícibus e Mello (2013).


Custo fixo, lucro e margem de
contribuição
• O valor do aluguel da fábrica em certo mês não varia caso se
tenha aumentos ou diminuições no volume de produtos
fabricados naquele mês.

Fonte: Baseado em Iudícibus e Mello (2013).


Custeio variável x custeio por
absorção
• O valor total consumido dos materiais diretos por mês
depende diretamente dos volumes de produção.

Fonte: Baseado em Iudícibus e Mello (2013).


Custeio variável x custeio por
absorção

• Quanto maior a quantidade produzida, maior seu consumo.

Fonte: Baseado em Iudícibus e Mello (2013).


Custeio variável x custeio por
absorção
• Dentro de uma unidade de tempo, o valor do custo com tais
materiais varia de acordo com o volume de produção; logo,
materiais diretos são custos variáveis.

Fonte: Baseado em Iudícibus e Mello (2013).


Professor Mestre Max Bianchi Godoy

Margem de
contribuição,
margem líquida
e retorno sobre
investimentos
Margem de contribuição

• Corresponde a um elemento fundamental para decisões de


curto prazo.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Margem de contribuição
• Possibilita análises objetivando a redução dos custos, bem como
políticas de incremento de quantidade de vendas e redução dos
preços unitários de venda dos produtos.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Margem de contribuição

• O principal objetivo de se apurar a margem de contribuição é


buscar evidenciar o nível de contribuição efetiva de cada
produto para a formação do resultado da empresa.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Margem de contribuição
• Fórmula para se encontrar a margem de contribuição:

MC = margem bruta – despesas variáveis

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Margem de contribuição
• A fim de que o cálculo da margem de contribuição possa
evidenciar o nível de contribuição de cada produto, faz-se
necessário identificar os custos diretos e indiretos variáveis,
uma vez que os custos fixos que forem imputados aos produtos
não existirão apenas se houver a produção e a venda deles,
pois existem independentemente do produto.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Margem de contribuição
• As parcelas de custos fixos que tiverem de ser imputadas
precisam depender também da quantidade de produto e das
formas de rateio acordadas, e não de cada uma das unidades
do produto.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Margem de contribuição

• A margem de contribuição corresponde à diferença entre a


receita e o custo variável de cada produto.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Margem de contribuição

• Esclarece-se que a margem de contribuição corresponde ao


valor que cada unidade traz efetivamente para a organização
relacionado à sobra entre sua receita e o custo realizado de
fato, de modo que este lhe possa ser imputado sem se incorrer
em erro.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Margem líquida

• A margem líquida é expressa pelo restante das receitas


com a prestação de serviços, ou seja, mostra o lucro
líquido das operações da empresa.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Margem líquida
• O cálculo da margem líquida pode ser realizado
utilizando a seguinte fórmula:

ML = margem de contribuição – despesas fixas

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Retorno sobre investimentos

• O cálculo do retorno sobre o investimento equivale a uma


forma de avaliar se os investimentos realizados em
determinado empreendimento tiveram o retorno adequado,
o que determina o nível de sucesso deles.

Fonte: baseado em Wernke (2018)


Retorno sobre investimentos
• Para calcular o retorno sobre o investimento realizado, é
necessário dividir o lucro, obtido antes do imposto de renda e
das despesas financeiras, pelo ativo total utilizado com o
intuito de se obter os produtos.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Retorno sobre investimentos

• Observa-se que, a fim de se calcular o retorno sobre os


investimentos, faz-se necessário excluir as despesas financeiras,
uma vez que estas advêm dos financiamentos e não dos
investimentos.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Retorno sobre investimentos
Há de se esclarecer que parte do retorno obtido pelo investimento
da empresa será utilizado para:
• remunerar o capital de terceiros (despesa financeira);

• remunerar seu capital próprio (distribuição dos lucros líquidos aos


proprietários).

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Retorno sobre investimentos
• O que melhor define o
desempenho global de
uma empresa é o
retorno total que esta
obtém.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Vantagens do custeamento direto
para mensuração do valor de produtos
• O método do custeamento direto permite que os custos dos
produtos sejam mensurados de forma objetiva, uma vez que
não sofrerão aspectos de subjetividade na distribuição de
custos comuns ou passarão por processos arbitrários.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Vantagens do custeamento direto
para mensuração do valor de produtos

• Permite apurar os custos dos produtos, uma vez que, nessa


metodologia, as mudanças de diminuição ou de
incremento em inventários não afetam o lucro líquido
auferido.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Vantagens do custeamento direto
para mensuração de produtos
• As informações necessárias a fim de se analisar as relações
entre custos, volumes e lucros podem ser facilmente obtidas
nos sistemas que fornecem informações contábeis.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Vantagens do custeamento direto
para mensuração de produtos
• A metodologia de custeio direto de produtos é de mais fácil
entendimento pela maioria dos gerentes industriais do que
outras metodologias, uma vez que as informações estão
próximas dos setores fabris e sob suas responsabilidades,
permitindo uma correta avaliação do desempenho desses
setores.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Desvantagens do custeamento direto
para a empresa
• Uma vez que, a fim de valorizar os estoques, há a exclusão dos
custos fixos indiretos, tal procedimento resulta em uma
subavaliação destes, a qual fere e pode alterar o resultado do
período, indo contra os princípios contábeis normalmente
aceitos.
Desvantagens do custeamento direto
para a empresa
• Devido a ser observados, eventualmente, custos que podem ser
“semifixos” e/ou “semivariáveis”, a separação entre as
variáveis e os custos não ocorre de forma tão clara na prática,
o que faz com que o custeamento direto incorra em problemas
de identificação de elementos de custeio.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Desvantagens do custeamento direto
para a empresa
• O custeamento direto tem características de análise de custos e
de custeamento para balizar decisões de curto prazo, porém, de
certa forma, subestima os custos fixos, os quais são relacionados
ao planejamento e à capacidade de produção em longo prazo, o
que pode trazer problemas de continuidade para a organização.
Ponto de
equilíbrio
e alavancagem
operacional
Professor Mestre Max Bianchi Godoy
Ponto de equilíbrio

• É a expressão usada para definir o equilíbrio entre o faturamento


de vendas e os custos totais, equivalente ao lucro zero.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Ponto de equilíbrio

• A partir do ponto de equilíbrio (break even point) é que as


operações de uma empresa começam a gerar lucro.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Ponto de equilíbrio
• O gráfico a seguir traz uma representação do ponto de equilíbrio.

Fonte: Wernke (2018, p. 119).


Ponto de equilíbrio
Existem três tipos de pontos de equilíbrio, os quais fornecem
importantes subsídios para um bom gerenciamento da empresa:

• contábil;
• econômico;
• financeiro.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Ponto de equilíbrio contábil

• Ao atingir o ponto de equilíbrio, a entidade não terá prejuízo nem


lucro.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Ponto de equilíbrio contábil

• No ponto de equilíbrio, a empresa atingirá o valor necessário


para cobrir o custo das mercadorias vendidas ou dos serviços
prestados, as despesas fixas e variáveis.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Ponto de equilíbrio contábil

• O ponto de equilíbrio pode ser calculado pela seguinte fórmula:

PEC = despesa fixa


margem de contribuição

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Ponto de equilíbrio econômico
• O ponto de equilíbrio econômico mostra a rentabilidade real
que a atividade escolhida traz, confrontando-a com outras
opções de investimento.

PEE = custos e despesas fixas + custos de oportunidade


Pv unitário - custos e despesas variáveis unitários

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Ponto de equilíbrio financeiro

• O ponto de equilíbrio financeiro pode ser calculado pela


seguinte fórmula:

PEF = (Custos e despesas fixos – depreciação)


(Pv unitário - custos e despesas variáveis unitárias)

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Benefícios da análise do
ponto de equilíbrio
• Auxilia nas funções de planejamento de curto prazo e no processo
de tomada de decisões, ao levar em consideração certas
hipóteses simplificativas.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Benefícios da análise do
ponto de equilíbrio
• Os resultados da análise do ponto de equilíbrio devem fazer
parte de um conjunto de outras informações, nunca podendo
ser tomados isoladamente.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Limitações do ponto de equilíbrio

• Como limitação quanto à utilização do ponto de equilíbrio,


observa-se que a técnica deve ser utilizada em gestão no curto
prazo.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Limitações do ponto de equilíbrio

Outro aspecto limitante diz respeito a não se poder pensar em um


planejamento de longo prazo para empresas que:
• não tenham um resultado positivo;
• não remunerem os detentores de suas fontes de recursos.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Alavancagem operacional

• Corresponde à possibilidade de a organização aumentar o lucro


total pelo incremento da quantidades produzidas e vendidas.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Alavancagem operacional
• Há de se observar que alguns produtos têm alavancagem maior
que outros, em virtude de variáveis como a margem de
contribuição.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Alavancagem operacional

• Nos casos de alavancagem, a margem de contribuição destaca


o impacto dos custos e das despesas variáveis sobre o preço de
venda unitário, bem como dos custos e despesas fixos.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Alavancagem operacional
• O grau de alavancagem operacional de uma empresa para um
determinado nível de vendas pode ser obtida se utilizando a
seguinte fórmula:

margem de contribuição
Grau de alavancagem da operação =
lucro (líquido) operacional

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Fixação do preço de venda e
decisão de comprar ou
fabricar

Professor Mestre Max Bianchi Godoy


Fixação do preço de venda
▪ Custos

• Fixação de preços ▪ Mercado


Pode ser feita com base em

▪ Ambos (custos x mercado)

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Fixação do preço de venda

• Para se formar preços com base nos custos, deve-se partir do


custo do bem ou serviço apurado segundo um dos critérios
(custeio variável, absorção etc.).

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Fixação do preço de venda

• Sobre o custo apurado, agrega-se uma margem, denominada


mark-up.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Fixação do preço de venda

O mark-up precisa ser estimado a fim de cobrir:


• os gastos não incluídos no custo;
• os tributos;
• comissões incidentes sobre o preço e o lucro desejado
pelos administradores.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Fixação do preço de venda
Observa-se que, ao se utilizar uma metodologia de cálculo:

• Caso seja utilizado um critério de custeio variável, faz-se necessário que o


mark-up tenha o acréscimo de um percentual que seja suficiente para
cobrir todos os custos fixos de produção que não estejam inclusos no
custo do produto.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Fixação do preço de venda
Observa-se que, ao se utilizar uma metodologia de cálculo:

• Deve-se considerar o custo como o de reposição à vista e considerando a


moeda corrente no país. Dessa forma, o preço calculado deve ser para a
efetivação de vendas à vista.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Fixação do preço de venda
Observa-se que, ao se utilizar uma metodologia de cálculo:

• A fim de calcular os preços de venda à prazo, é fundamental que se possa


incluir (embutir) eventuais encargos financeiros que sejam
correspondentes às opções de pagamento.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Fixação do preço de venda
Aspectos que precisam ser observados na metodologia de cálculo

• Caso os vendedores dos produtos tenham algum tipo de vínculo


empregatício com a organização, deve-se considerar que os percentuais de
comissão deles precisam incluir os encargos sociais.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Fixação do preço de venda
Aspectos que precisam ser observados na metodologia de cálculo

• Deve-se considerar os tributos que são incidentes de forma direta e que são
proporcionais às receitas auferidas, tais como ISS, ICMS, PIS, Cofins e
outros.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Fixação do preço de venda
Aspectos que precisam ser observados na metodologia de cálculo

• Há de se considerar que o lucro desejado poderá estar expresso de diversas


formas, inclusive em valores absolutos, com base no custo de
oportunidade, no capital investido e em outros aspectos.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Fixação do preço de venda
Aspectos que precisam ser observados na metodologia de cálculo

As metodologias de fixação do preço de venda são muito utilizadas pelas


organizações, contudo se observa que, muitas vezes, elas têm deficiências
com relação a:
• não considerarem as condições de mercado;
• fixar de forma arbitrária o percentual de cobertura para as despesas fixas e
outros aspectos.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Decisão sobre compra ou produção
• A fim de se decidir entre produzir ou comprar, é de extrema
importância o conceito de custeio variável, uma vez que
sempre a melhor alternativa será a que trouxer maior
diferencial de margem de contribuição.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Decisão sobre compra ou produção
• Além de considerar a alternativa que tenha a maior margem
de contribuição na decisão de comprar ou produzir, deve-se
considerar também os eventuais decréscimos e, sobretudo,
os incrementos nos custos fixos que sejam decorrentes da
decisão.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Custos para planejamento
e controle

Professor Mestre Max Bianchi Godoy


Custos controláveis

• Custos controláveis são aqueles que estão diretamente sob


responsabilidade e controle de uma determinada pessoa
cujo desempenho se quer analisar e controlar.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Custos não controláveis

• Os chamados custos não controláveis são aqueles que estão


fora da responsabilidade e do controle, porém isso não
significa que estariam fora da responsabilidade da
organização, mas, sim, fora da análise do setor responsável.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Custos não controláveis

• Há de se esclarecer que não existem de fato custos não


controláveis. O que existe é o custo só controlável em nível
hierárquico superior àquele que está sendo considerado.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Custos estimados

• Estimar os custos tem como objetivo desenvolver uma


estimativa dos custos dos recursos necessários para executar
as atividades operacionais de uma organização em um
período de tempo ou de um projeto.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Custo-padrão

• O custo-padrão corresponde a um método utilizado para


controle de custos. Trata-se de um custo ideal, previamente
atribuído, que é fixado com base em condições ideais de
mão de obra, equipamentos, qualidade de materiais, volume
de produção etc.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Custo-padrão
• O custo-padrão, além de um poderoso instrumento de
controle, serve também para melhoria do desempenho do
pessoal, se bem utilizado.

• Entretanto, sua utilidade somente se verifica quando usado


junto com o custo real.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Custo-padrão

• A fixação do custo-padrão é tarefa tanto da engenharia de


produção quanto da engenharia de custos.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Custo-padrão

• A engenharia de produção é responsável pela determinação


das quantidades físicas de horas de mão de obra, de
máquina, de energia, de materiais etc.

Fonte: Baseado em Wernke (2018).


Custo-padrão
• A engenharia de custos é responsável pela transformação
das quantidades físicas de horas de mão de obra, de
máquina, de energia, de materiais etc. em reais (valora as
quantidades apuradas pela engenharia de produção).

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Análise das variações de materiais
• As variações de custos de mão de obra diretos e de materiais
começam com a necessidade de se subdividir as variações de
quantidade (eficiência) e preço (taxa).

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Análise das variações de materiais
• Verificar se há algum valor ou quantidade que corresponde à
diferença de quantidade entre o padrão estimado e o real
(observado), multiplicado pelo preço-padrão.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Análise das variações de materiais

• Outra diferença de preço que pode ser apurada diz respeito


à relação entre o padrão e o real (observado) multiplicada
pela quantidade-padrão.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Análise das variações de
mão de obra
As variações de mão de obra e de materiais diretos iniciam-se
com a realização da subdivisão delas:
• pela quantidade (eficiência);
• pelo preço (taxa).

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Análise das variações de
mão de obra
A variação de quantidade corresponde à diferença de
quantidade entre o valor padrão e o real (observado) vezes o
preço-padrão.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Análise das variações de
mão de obra
• Sempre que existem variações de quantidade e de preço,
pode ocorrer também a chamada variação mista.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Análise das variações de
mão de obra
• A variação mista é, muitas vezes, agregada à de preço para
efeitos práticos.
• É, normalmente, difícil de ser analisada e entendida.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Análise das variações de
mão de obra
A utilidade do custo-padrão pode ser resumida por:
• Quantificação das variações de preço e quantidade.
• Localização das causas da sua existência e tentativa de sua
erradicação.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Análise das variações nos
custos indiretos de fabricação
As variações totais dos custos indiretos de fabricação podem
ser divididas em:
• variações quanto ao volume;
• variações de custos.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Análise das variações nos
custos indiretos de fabricação
Por sua vez, as variações de custos podem ser subdivididas em
relação a:
• variações de eficiência;
• variações (alterações) de custos propriamente ditas.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Análise das variações nos
custos indiretos de fabricação
• Com relação às variações de volume, estas ocorrem em
função da evolução dos custos fixos, sendo originárias de
resultados na produção efetiva (observada) que sejam
diferentes dos volumes previstos de produção (produção-
padrão).

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Análise das variações nos
custos indiretos de fabricação
• Quanto à eficiência, advém da diferença de utilização dos
fatores de produção mais os insumos envolvidos em
relação às quantidades tidas como padrão para realizar a
mesma quantidade produzida.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Análise das variações nos
custos indiretos de fabricação
• No que concerne aos custos, eles são correspondentes ao
comportamento dos custos indiretos de fabricação (CIF),
observando se estariam abaixo ou acima do esperado ou
do que deveriam, considerando os volumes reais
produzidos.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Análise das variações nos
custos indiretos de fabricação
• As variações gerais de preços devem ser apartadas das
variações específicas dos custos de determinada
organização, a qual deve considerar seus aspectos internos,
sua estrutura, dentre outros fatores.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Análise das variações nos
custos indiretos de fabricação
• As variações de volume são encontradas na metodologia de
custeio por absorção, sendo passíveis de ser analisadas
pelos seus totais ou em cada uma das unidades.

Fonte: Baseado em Martins (2016).


Relatórios de análise de
desempenho do negócio

Professor Mestre Max Bianchi Godoy


Relatórios de desempenho
• Os gestores de cada área devem ser cobrados
pelos resultados auferidos por sua divisão.

• Assim, precisam ser avaliados para verificar se


as metas estão sendo cumpridas.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Relatórios de desempenho
• A avaliação dos setores/gestores possibilita
um controle dos resultados das atividades,
requerendo a mensuração ou a quantificação
de um desempenho planejado e um
realizado.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Objetivos dos relatórios
• Os relatórios de controle são direcionados à
análise de questões internas à empresa e
que não dependem, necessariamente, do
desempenho da organização em vendas.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Objetivos dos relatórios
• Controlar fatores como o estoque das
empresas para evitar o desperdício de
insumos.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Objetivos dos relatórios
• Nos relatórios de controle, consta o que foi
cumprido (realizado) em relação às metas
que foram impostas a cada um dos setores
da empresa.

Fonte: Martins (2008).


Objetivos dos relatórios
• Nos relatórios de análises, constam dados
que são usados para embasar conclusões.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Objetivos dos relatórios

• Nos relatórios de análises, é fundamental


expor um resultado extraído a partir das
informações e apresentar possíveis
soluções para os problemas apontados.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Fluxo e ciclo da decisão
O fluxo (ou ciclo) da decisão em uma empresa precisa ser “abastecido” com
informações de análise de custos.
Problema/
oportunidade

Avaliação dos
resultados da Diagnóstico da situação
atual x
decisão problema/oportunidade
Recebem informações
da análise de custos

Tomada de Alternativas Recebem informações


possíveis da análise de custos
decisão

Fonte: Elaborado pelo autor, com base em Iudícibus (2017).


Relatório de viabilidade

No corpo dos relatórios de viabilidade, é


preciso constar, no mínimo, os seguintes
conteúdos:
• Sumário.
• Lista de anexos e demonstrativos.
• Termos de referência.
• Relato detalhado de investigações para
cada aspecto do estudo.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Relatório de viabilidade
Como possíveis conclusões relativas, o relatório precisa informar:
• a viabilidade do negócio/projeto;
• consequências do negócio/projeto;
• benefícios;
• custos prováveis;
• problemas previstos;
• perigos e possibilidade de fracasso em alguma área;
• avaliação de probabilidades de sucesso;
• alternativas possíveis.
Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).
Relatório de faturamento mensal
Exemplo hipotético:

Fonte: Elaborado pelo autor.


Relatório de faturamento mensal
Modelo de relatório de faturamento MEI (microempreendedor individual)

Fonte: elaborado pelo autor


Análise de relatórios
• O objetivo principal das análises de relatórios financeiros e
contábeis é oferecer um diagnóstico a respeito da real
situação econômica e financeira de uma empresa ou de
uma determinada situação e/ou projeto.

Fonte: Baseado em Iudícibus (2017).


Análise do mix de venda

• Os cálculos dos custos dos produtos influenciam a maioria


das decisões dos preços e também na escolha do mix de
venda dos produtos escolhidos pela organização.

Fonte: Baseado em Atkinson (2000).


Análise do mix de venda
• As informações quanto aos custos de fabricação e/ou
revenda dos produtos assumem maior relevância quando se
considera que os preços de venda podem ser bastante
influenciados pela escolha dos consumidores.

Fonte: Baseado em Atkinson (2000).


Custo marginal do produto
• O custo marginal diz respeito ao valor que é acrescido aos
custos totais de produção ao se aumentar a quantidade
produzida de determinado bem em uma unidade.

Fonte: Baseado em Atkinson (2000).


Custo marginal do produto
O custo marginal pode ser calculado da seguinte forma:

Custo marginal do produto = ΔCT/ΔQ

• ΔCT designa a variação dos custos totais .


• ΔQ designa a variação na quantidade produzida do bem.
Fonte: Baseado em Atkinson (2000).
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