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Voz de peito

Força, tônus, potência, corpo: estas são algumas das características principais da voz de
peito, chamada tecnicamente de registro denso. Apesar do nome, não se trata de um som
produzido no peito. O termo diz respeito apenas a uma sensação.
Na realidade, a voz é gerada na laringe. O fluxo de ar durante a expiração exerce pressão
sobre as pregas vocais.
A voz de peito integra um registro vocal maior, o qual abarca, além do denso, outros dois
registros: médio e tênue (voz de cabeça).

Conforto na emissão da voz de peito


A voz de peito é considerada “confortável” para o cantor. Afinal, é nessa região que se
situa a voz falada. Faz parte, portanto, do dia a dia de todos nós. Estamos sempre utilizando a
voz de peito, seja para conversar ou para cantar.
Inevitavelmente você vai precisar desse registro para interpretar canções nacionais e
internacionais. A voz de peito, como já explicamos, permite emissões mais encorpadas e com
densidade.
O que não quer dizer que você precise fazer força para executá-la. Pelo contrário.
Em muitas músicas, o uso do registro denso é predominante,
Essa alternância entre voz de peito, registro médio e voz de cabeça é fundamental para o
desenvolvimento de sua extensão vocal.

Técnica e coordenação
Por abarcar a região de fala, seja qual for o timbre da pessoa, não é difícil fazer a voz de
peito. Todos conseguem emitir sons naturalmente nesse registro.
As dificuldades do canto, neste caso, dizem mais respeito à afinação propriamente dita,
fluxo de ar na medida certa e molde do trato vocal.
É importante que todo esse conjunto esteja bem coordenado e isto requer exercícios
específicos, para que o cantor consiga projetar sua voz de maneira adequada, firme e sem
hesitações.
Equilíbrio! A voz de peito deve ser sim, firme e densa, mas sem excessos. Muito peso na voz
dificulta o acesso ao agudo.
Para cantar de maneira firme e saudável no registro denso, você precisa, antes de mais
nada, ter um bom controle do fluxo aéreo. E isto vale também para a técnica vocal como um todo.
Primeiramente, preste atenção em sua postura, que deve ser ereta. Mantenha os ombros
relaxados e o osso esterno voltado para fora.
Na hora de inspirar, você pode direcionar o ar buscando tanto a expansão das costelas
(respiração intercostal) quanto do abdômen (respiração abdominal ou diafragmática).
Exercícios para voz de peito
1 – Som de “V”
Som de “v” em isometria – Assim como o “z” e “j”, o “v” é uma consoante fricativa, ou seja, é emitida
com bloqueio parcial do fluxo aéreo.

Faça o som da consoante em nota grave, mas confortável. Mantenha a emissão de forma prolongada,
tentando não sair da nota escolhida para o exercício.

Quando o fôlego acabar, inspire e faça novamente. O exercício deve durar cerca de 3 minutos.

É bastante útil para o controle do fluxo de ar. As oscilações na voz são comuns durante a execução.

Não pare por causa disso. De preferência, faça diariamente, para melhores resultados.

2 – Som de “E”
“E” em escala de cinco tons – Se sua emissão vocal for muito tênue e soprosa, o desenvolvimento de
uma boa voz de peito se faz ainda mais necessário.

Cante a vogal “e” partindo de uma nota grave, numa escala de cinco tons ascendente.

Durante a emissão, erga levemente o pescoço e mantenha a ponta língua acima do lábio inferior. A
cada execução, suba um semitom e continue até onde conseguir. Não force e nem esgoele.

Caso não saiba tocar um instrumento, uma dica é utilizar o app Swift Scales, que contém várias
escalas com exercícios de canto.

3 – Som de “CHI”
“CHI” em escala de cinco tons – Caso você tenha excesso de peso na voz, esse exercício é para
você. A ideia, como já dissemos, é buscar o equilíbrio.

Mantenha a postura ereta e a cabeça levemente inclinada para baixo. Cante a sílaba “chi” em escala
de cinco tons descendente.

Comece de uma nota aguda. A cada execução, desça um semitom e continue até onde conseguir.

A importância da voz de peito

Dominar esse tipo vocal é essencial para quem quer entender cada vez mais sobre os
registros vocais.
Esta é uma das técnicas mais utilizadas no canto e que ajuda a entender melhor sobre
seus limites. Por isso, serve de base para as demais práticas.

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