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Voz e dicção - 1
Profa. Fga. Suely Master

1- Aquecimento e soltura do pescoço: lentamente, mover a


cabeça para frente e para trás (SIM); de um lado para o outro
olhando para trás (NÃO); de um lado para o outro, encostando
as orelhas nos ombros (TALVEZ).
2- Aquecimento e soltura dos ombros: elevar os ombros, manter,
e soltar, no mesmo tempo que o ar sai pela boca, num gesto
vocal de alívio. Variar soltando os ombros e emitindo um som
(vogais) com suavidade, com relaxamento.
3- Mastigação selvagem: mover toda a musculatura do rosto.
Cuidado com a articulação da mandíbula. Não mover os
músculos do pescoço junto. Mobilizar e aquecer os músculos
do rosto. Procurar abrir bem a boca e soltar o som projetando
a voz. Variar emitindo vogais com diferentes intensidades.
4- Aquecimento da voz: vibração de lábios e de língua. Inspirar e
emitir uma escala ascendente, principalmente antes do inicio
do treino/ /ensaios/ espetáculo. Quando terminar o ensaio/
espetáculo, lembrar de desaquecer a voz, emitindo uma
escala descendente. Assim você volta para o seu tom e
intensidade natural e evita de falar em casa como se
estivesse no palco.
5- Para aqueles que têm a voz “presa na garganta”, é importante
abrir o espaço que fica entre a base da língua e a faringe. A
técnica do bocejo e suspiro continua sendo a melhor opção,
agora associada a emissão prolongada de vogais. Quando
bocejamos, a laringe desce no pescoço, o palato mole se
eleva, e a faringe se abre. É o movimento contrário da
deglutição, quando estamos com esta mesma região muito
fechada. Experimente! Manter o exercício de falar alongando
bem a língua para frente: meses do ano e números, variando
a intensidade. Não deixe a língua recuar para trás fechando a
garganta. Sentir onde vibra o som!
6- Ressonância: continuar mastigando o som nasal /m/. Lembrar
que mesmo saindo pelo nariz, a componente oral deste som,
dada pelo movimento de abertura e fechamento d boca com
os lábios unidos é importantíssima para uma ressonância
equilibrada. Cuidado com o tom. Tem que ser natural, ou seja,
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nem muito grave nem muito agudo. Observar esta mesma


condição para todos os exercícios de voz.
7- Respiração costo – diafragmática: deitado, inspirar lentamente
pelo nariz e expirar: soprando o ar com as bochechas bem
infladas; emitindo as consoantes fricativas surdas /s/, /f/ e /ch/
por pelo menos 20’; emitindo as correspondentes sonoras /z/,
/v/, /j/ pelos mesmos 20´. Não pode haver diferenças entre
estes tempos! Lembrar que: o ar entra e a barriga sai, o ar sai
e a barriga entra. Desenvolver o controle da musculatura do
abdome. A expiração na voz profissional é ativa, tendo em
vista o controle da intensidade que não pode ser feito em nível
de pregas vocais. Quando aumentamos a intensidade, se não
tivermos boa técnica respiratória a tendência é prender e
tensionar a laringe, pescoço e ombros.
8- Melhorar a flexibilidade dos órgãos da fala: estralar a língua,
rodar a língua na boca de um lado para o outro, elevar e
abaixar a ponta da língua, afinar e alargar. Para os lábios:
lateralizar, unir e estirar mantendo os lábios unidos e depois,
fazer o mesmo com os lábios separados. Bochechas: passar
o ar de um lado para o outro.
9- Articulação: emitir com precisão e clareza: ba, bé, bê, bi, bó,
bô, bu... e, assim por diante, passando por todas as
combinações de consoantes e vocais. Acelerar o exercício,
lembrando que as consoantes dão inteligibilidade para voz e
devem ser focalizadas em meios - cinema, tv e vídeo - que
requerem um uso de voz em intensidade habitual. Para teatro,
as vogais devem ser priorizadas por que são sons se
propagam com mais facilidade no espaço, possibilitando a
projeção da voz, principalmente em altas intensidades.
Melhorar a qualidade, o timbre de voz, implica em investir em
exercícios de ressonância e articulação de vogais.

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