O documento discute três tipos de desperdícios no sistema de saúde: 1) desperdício por cuidados clínicos inadequados, como eventos adversos evitáveis e tratamentos ineficazes; 2) desperdício operacional por baixa eficiência e duplicação de serviços; 3) desperdício relacionado à má governança administrativa e clínica, incluindo fraude e conflitos de interesse.
O documento discute três tipos de desperdícios no sistema de saúde: 1) desperdício por cuidados clínicos inadequados, como eventos adversos evitáveis e tratamentos ineficazes; 2) desperdício operacional por baixa eficiência e duplicação de serviços; 3) desperdício relacionado à má governança administrativa e clínica, incluindo fraude e conflitos de interesse.
O documento discute três tipos de desperdícios no sistema de saúde: 1) desperdício por cuidados clínicos inadequados, como eventos adversos evitáveis e tratamentos ineficazes; 2) desperdício operacional por baixa eficiência e duplicação de serviços; 3) desperdício relacionado à má governança administrativa e clínica, incluindo fraude e conflitos de interesse.
1) Desperdício por cuidados clínicos inadequados (baixa eficácia)
Eventos adversos clínicos evitáveis Internações por condições sensíveis à atenção primária Internações potencialmente preveníveis da emergência Cirurgias em regime de internação quando poderiam ser realizadas ambulatorialmente Permanência além da necessária ao tratamento nos hospitais Reinternações hospitalares em 30 dias Decisões fora da melhor evidência científica Má coordenação do cuidado Cuidados ineficazes - conhecidos como cuidados de baixo valor, por decisões fora da melhor evidência científica e incentivos inapropriados Duplicação desnecessária de serviços
2) Desperdício operacional (baixa eficiência)
Ocorre quando os cuidados podem ser produzidos usando menos recursos
3) Desperdício relacionado à governança
a) O desperdício na governança administrativa Pode ocorrer do nível micro (gerente) ao macro (regulador). Novamente, as más organização e coordenação são os principais fatores. Segundo, fraude, abuso e corrupção Qualquer um dos atores pode estar envolvido e, de fato, uma análise abrangente do tópico requer a inclusão de empresas/indústrias que operam no setor da saúde. De qualquer forma, a intenção de enganar é o que distingue principalmente esse último tipo de desperdício b) O desperdício na governança clínica Elas se relacionam à gestão da operação assistencial para entrega de valor em saúde, eficácia e eficiência. Isso implica um modelo assistencial e um modelo remuneratório que alinhem os interesses dos atores na entrega de valor em saúde Abusos também podem ocorrer por parte das operadoras contra os demais agentes: a) Glosa de pagamentos de maneira injustificada ou discricionária por parte da operadora de plano de saúde, quando da existência de poder de barganha no relacionamento entre a operadora e o hospital. Esse tipo de situação pode ser considerado nocivo à relação entre os agentes quando a glosa ocorre em situações de mera instrumentalidade, visando exclusivamente à redução de custos, com a finalidade de manter capital de giro ou de diminuir o valor a ser pago ao hospital b) Atraso intencional no pagamento de contas, com a finalidade de, indiretamente, reduzir os valores devidos e postergar o desencaixe financeiro c) Conflito de interesses de acionista em comum de operadora de plano de saúde e hospital, que utiliza sua posição para beneficiar as operações da operadora