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GESTÃO DE RISCOS

LOGÍSTICA

LUIS HENRIQUE FERNANDES VIEIRA - 2831-19-1


LUCIANO DE SANTANA BEZERRA - 2952-19-1
FELIPE TEIXEIRA DA SILVA - 2986-19-1

PROCESSOS LOGÍSTICOS COM FALHAS DE PLANEJAMENTO.

Suzano
2019
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PROCESSOS LOGÍSTICOS COM FALHAS DE PLANEJAMENTO.

Trabalho apresentado a Faculdade Piaget dentro do


Curso de Gestão de riscos, como requisito parcial para
aprovação na disciplina Gestão de riscos pelo Prof.
Rodolfo Vieira

Suzano
2019
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Sumário

INTRODUÇÃO 6ª7
A LOGÍSTICA DE MEDICAMENTOS 8
FONTES DE DESPERDÍCIOS EM HOSPITAIS 9
PESQUISA FUNDAMENTADA 10ª11
RETRABALHO,ESPERA E MOVIMENTAÇÃO 12
ESTOQUES,TRASNPORTE E EXCESSO DE PROCESSAMENTO 12
DESCONEXÃO E TALENTO 13
CONCLUSÃO 13

INTRODUÇÃO

O Brasil tem experimentado uma crescente demanda dos serviços de


assistência à saúde, ao mesmo tempo em que a sociedade cobra por uma saúde
com mais acesso e qualidade.

A atividade médico-hospitalar exige investimentos consideravelmente altos


em infraestrutura, capital humano e tecnologia de ponta. Em nosso país, ela opera
sob forte regulação de receitas advindas do Sistema Único de Saúde (SUS) e das
administradoras de planos de saúde, normatizadas por tabelas de preços que
oferecem pouca margem.

Diante de um dilema em que as instituições hospitalares buscam equacionar


o custo do atendimento com uma estrutura capaz de suprir a demanda com
qualidade em níveis aceitáveis, a gestão de suprimentos é tida como estratégica,
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uma vez que responde por um dos principais centros de custos e está diretamente
associada à segurança de pacientes e aos desperdícios em hospitais.

Assim, é crescente a atenção que se tem dado às áreas e processos


importantes do ponto de vista da eficiência e uso racional de recursos nestas
instituições, como a logística de medicamentos.
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A LOGÍSTICA DE MEDICAMENTOS

O conceito de logística possui origem em atividades militares de organização


estratégica e, modernamente, é compreendido como um conjunto de atividades
relacionadas a planejamento, implementação e controle de fluxos de materiais,
produtos, serviços e informações, de ponto de origem ao de consumo, de modo a
satisfazer as necessidades dos elementos a serem servidos ao longo do processo.

Em hospitais, a farmácia hospitalar é o departamento responsável por garantir


que o medicamento seja disponibilizado conforme a demanda. Suas atribuições são
diversas e passam por gerenciamento, seleção e padronização e dispensação de
medicamentos, logística, distribuição e dispensação de medicamentos, seguimentos
farmacoterapêutico, farmacotécnica, informação de medicamentos, ensino e
pesquisa.

No que se refere à logística de medicamentos, os objetivos principais são


disponibilizar o medicamento conforme a demanda, armazená-los de forma
adequada e garantir controle qualidade e rastreabilidade.

Estes objetivos, por sua vez, desdobram-se em uma série de processos


como: definições de especificações técnicas e quantidades para aquisição,
elaboração de critérios para seleção de fornecedores, incorporação de tecnologias
para controle e rastreabilidade, gestão do armazenamento e de estoques, e
implantação de sistemas de distribuição e dispensação racional que assegurem a
chegada dos medicamentos em condições adequadas no tempo e para o paciente
certo.
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FONTES DE DESPERDÍCIOS EM HOSPITAIS

De acordo com o Lean Institute Brasil, desperdício é tudo que não cria valor
para o cliente. Como clientes, no caso dos hospitais, consideramos os externos
(pacientes em tratamento , familiares aguardando) e os internos (médicos,
enfermeiros, gestores).
Peter Drucker coloca os hospitais na categoria das instituições com maior
complexidade operacional e dificuldade de gerenciamento, e parece que tal
complexidade confere a eles um desafio extenso para o controle das diversas fontes
de desperdício. Estudos apontam que produtos e serviços hospitalares são
acometidos por ociosidade e desperdícios da ordem de 20% a 30%.

Quando se fala de desperdícios em hospitais, nem sempre estes estão


relacionados a materiais e insumos, mas também a outros recursos igualmente
importantes da organização. Dentre as Principais fontes e formas de desperdício,
são citadas: retrabalho, espera, movimentação, estoques, transporte, excesso de
processamento, desconexão e talento.

Estas falhas ocorrem em diversos processos e áreas de um hospital, mas


encontram vulnerabilidade especial na logística de medicamentos. Perdas de
produtos e rupturas nessa cadeia podem resultar em prejuízos não somente de
ordem financeira, mas também, de vidas.
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PESQUISA FUNDAMENTADA

Nesse ano , o Tribunal de contas da União (TCU) realizou levantamento em


todos os Estados da federação para avaliar os motivos que levam à falta de
medicamentos e insumos nas instituições públicas de saúde.

Nas 116 unidades visitadas foram apontados: falhas nos processos de


licitação (59%); erros no gerenciamento dos estoques central e local (18% e 10%);
problemas na distribuição dos bens entre as unidades (9%); não entrega pelos
laboratórios nos prazos estipulados (9%); falta de comunicação sobre baixos níveis
de estoque (9%); expiração dos medicamentos (5%); e deficiências no fornecimento
de remédios pelo Ministério da Saúde (4%); entre outros.

As razões, em sua maioria, denotam a falta de uma gestão logística efetiva


para dimensionar recursos financeiros, priorizar insumos de maior utilização,
distribuir corretamente esses materiais e medicamentos entre as unidades do
Estado e controlar o consumo, para programar a reposição em prazos adequados.

Entre esses hospitais, 17% relataram que, muitas vezes, ocorrem restrições
na realização de procedimentos em função de falta de suprimentos. Em outros, as
soluções – todas inapropriadas – passam por: substituição frequente de materiais
por outros menos adequados à realização de determinados procedimentos ou
tratamentos; empréstimos entre unidades; utilização de estoques de farmácias
locais, e aquisição direta de medicamentos pelas próprias unidades hospitalares.

Essa falta de controle acaba resultando em inúmeros problemas para as


secretarias de saúde, que vão de erros no dimensionamento das compras ao
comprometimento na segurança dos tratamentos oferecidos à população.

E o pior, os “quebra-galhos” perpetuam os problemas nos estoques: acaba


havendo superestimava de alguns materiais, que são utilizados além de suas
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funções, como substitutos, e subdimensionamento de outros, já que há falhas na


comunicação de baixo estoque e improvisa-se com o que se tem à mão.

Além disso, os órgãos públicos enfrentam desperdícios de insumos (39%) e


falta de instrumentos básicos para a assistência (48%).

Fica claro que faltam habilidades específicas aos órgãos públicos para manter
uma gestão logística eficaz no setor de Saúde. Nesse caso, organizações privadas e
com expertises específicas podem contribuir, e muito, para a melhor utilização de
recursos e o bem – estar da população.
Dominogos Fonseca, Presidente da UniHealth Logística Hospitalar.

Instituições enquadradas: SUS, UPA , HOSPITAL MOINHO...


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RETRABALHO,ESPERA E MOVIMENTAÇÃO

O retrabalho está relacionado à necessidade de refazer algo que não foi feito
como se deveria. Se está envolvido em um processo que remete à segurança do
paciente, como nas atividades da prescrição de medicamentos, passando pela
dispensação, nem sempre é possível corrigir. Mas também pode estar associado a
informações incompletas e os seus efeitos sobre a comunicação.

Já espera, que é considerada uma das maiores causas de desperdício, é


facilmente identificada, pois geralmente gera irritação. Um profissional de
enfermagem que aguarda pela separação de medicamentos na farmácia, por
exemplo, quando não a possui à disposição em sua unidade.

A perda por movimentação consiste em pessoas se movendo sem


necessidade. Pode ser o caso do exemplo anterior e também estar relacionado ao
primeiro item. No caso de alteração de uma prescriação, por exemplo, o
deslocamento do profissional é ainda multiplicado.

ESTOQUES,TRASNPORTE E EXCESSO DE PROCESSAMENTO

Um estoque eficiente possui apenas o que será necessário para um


determinado período. Se tratando de medicamentos, o excesso pode ocasionar
perdas por validade expirada. A falta pode levar à interrupção crítica de tratamentos
e gerar custos adicionais por aquisições de emergência. Em Alguns hospitais, pode
haver ainda redundâncias e ruídos de comunicação entre farmácias centrais
satélites.

Já a movimentação desnecessária de materiais e informações representam


gastos de energia que geram custo e não agregam valor. O leva-e-traz de
medicamentos e informações pode acarretar tempo adicional de processamento e
transferência de informações entre bases de dados.
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DESCONEXÃO E TALENTO

Ocorre em decorrência de comunicação deficiente e etapas mal conectadas,


e impacta na continuidade dos processos. Falta ou excesso de medicamentos, horas
extras e ociosidade coexistindo.

O último, mas não menos importante, refere-se aos desperdícios do potencial


humano e impacta na limitação da capacidade organizacional de resolução de
problemas. Não dar a devida atenção aos colaboradores e às suas percepções
sobre os processos nos quais estão diretamente envolvidos impede o acesso a
informações gerenciais valiosas para melhorias contínuas.

CONCLUSÃO

Com a crescente e merecida importância atribuída ao termo sustentabilidade,


combinada às pressões dos diversos stakeholders internos e externos pela
eficiência e utilização racional de recursos críticos da saúde, sejam eles do contexto
público ou privado, a logística de medicamentos assume papel estratégico nos
hospitais.

Percebe-se que são variados os fatores que ocasionam desperdícios em


hospitais nessa cadeia, passando-se muitas vezes, por corriqueiros e inerentes à
rotina. Por isso, enxergá-los é importantes e constitui um primeiro e relevante passo
para a redução de perdas, custos e, principalmente, das faltas de medicamentos.

FONTES DE PESQUISAS: https://sisnacmed.com.br/desperdicios-em-


hospitais-e-logistica-de-medicamentos/

FONTES DE PESQUISAS: https://saudebusiness.com/

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