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Agrupamento de Escolas de Aljustrel

Curso CEF
AE
Ficha de trabalho – 8

1. Abra o documento “Ficha de trabalho – 8”, que se encontra no Ambiente de trabalho

A sociedade de informação e a «Galáxia de Gutemberg»

É um lugar-comum (com a força, o simplismo e a exatidão de todos os lugares-comuns) afirmar-se que


a maior riqueza é a informação. O que torna as questões relacionadas com o acesso à informação, uma
das mais candentes questões da atualidade. Bom, na verdade de todos os tempos, já que o acesso à
informação, à liberdade de informação e às tentativas de todos os Estados para controlar o livre acesso
à informação, são um traço permanente da História da Humanidade. Daí que todos os Estados (com
maior incidência para os totalitários, mas também os ditos democráticos não estão todos isentos) se
esforçassem e esforcem sempre por enquadrar o acesso à informação, reprimindo-o, enquadrando-o,
cerceando-o de uma forma ou de outra.

Numa época onde o conhecimento aumenta a um nível até aqui desconhecido e onde a aceleração da
História renova esse conhecimento quotidianamente (todo o conhecimento do homem renascentista
caberia hoje na edição dominical de um semanário de grande tiragem), coloca-se como nunca as
questões ligadas ao acesso a essa informação e aos meios que o permitem. Numa coisa todos parecem
concordar: perante a avalanche de cada vez mais e mais conhecimento, os meios para a ele acedermos
têm que ser diversos daqueles que eram há décadas. É aqui que entram os novos fetiches da
sociedade de informação: os computadores, os espaços multimédia, a Internet, os telefones móveis de
3.ª geração, as redes de TV por cabo...

Como não compreender que se fale tão liberalmente da crise do «livro» (ou até do fim anunciado do
«livro»), esse anterior fetiche no qual assentou todo o nosso conhecimento desde o dia em que, no
século XV, um alemão inventou a imprensa com caracteres móveis, deste modo revolucionando o
acesso à informação desses tempos em que se cria que o homem perfeito poderia acumular em si todo
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o conhecimento do mundo? Ora, tal como a «Galáxia de Gutemberg» destronou o antigo universo do
conhecimento assente na oralidade, também hoje muitos dizem que os atuais meios de comunicação e
de informação (a «Galáxia de Marconi», para nos mantermos fiéis à terminologia de Marshall
Macluhan) depressa destituirão o livro como base do saber e conhecimento. O que recoloca a questão
de saber qual o papel da escola (espaço de conhecimento basicamente livresco) nesta «gloriosa
alvorada de novos tempos» com imagens múltiplas, dezenas de canais por cabo, realidade virtual e
computadores pessoais para (quase) todos.

A Escola no turbilhão dos alegados «Novos Tempos» perante este panorama, que papel está
atualmente destinado à Escola? A fazer fé nas palavras dos agentes políticos, à Escola cabem todos os
papéis: transmitir conhecimentos, certificar saberes, forjar valores, estruturar aprendizagens,
desenvolver aptidões, incrementar paradigmas, moldar comportamentos, integrar socialmente,
preparar para a cidadania, etc., etc., etc. Ou seja, a Escola (como todos os nela envolvidos bem sabem)
é cada vez mais o veículo por onde tudo passa, por onde tudo se transmite, por onde todos os
problemas se equacionam e (tendencialmente) se resolvem. Deste modo, a Escola é tanto mais tudo,
sobretudo quanto menos a sociedade de um modo geral e os tais agentes políticos em particular têm
soluções para os mesmos problemas que é suposto a Escola resolver. Num momento em que a família
se forja em novos paradigmas e nela cada vez menos os jovens têm modelos de referência, num
momento em que os antigos meios de socialização vêem a sua influência cada vez mais reduzida
(Igreja, clubes, partidos, movimentos associativos de jovens), é à Escola que todos apontam o dedo no
sentido de resolver os problemas que eles mesmos não sabem resolver.

Qual de nós, dos que estamos envolvidos na escola, não sentimos já esses dedos para nós voltados,
dedos que depressa se tornam acusadores se a dimensão da tarefa, a indefinição dos poderes
públicos, a escassez de meios e de formação (e às vezes de vontade), tornam inviáveis o cabal
cumprimento de todos aqueles objetivos? Qual de nós não se sente frustrado e desanimado perante o
multiplicar de tarefas, deveres e responsabilidade sem a correspondente adição de meios e incentivos?
E isto dando de barato que compreendemos totalmente aquilo que de nós é exigível...

Que a sociedade está em transformação já o sabemos (se bem que, a bem dizer, historicamente a
sociedade sempre esteve em transformação, o que varia é o ritmo dessa transformação); que a escola,
que é um reflexo dessa sociedade, também se transforma necessariamente, também o sabemos.
Como mudar, o que mudar, a que ritmo mudar? Essas são as questões. Sem querer antecipar algumas
observações da alínea seguinte, desejo contudo fazer uma ou outra reflexão.

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Nada começa e nada acaba na Escola. Muita coisa não passa pela Escola. A Escola é uma parte do
percurso, a Escola não é o percurso. Não o é hoje, não o será no futuro. Talvez no futuro a escola
aponte, aos nossos jovens, hipóteses de caminho. Aliás, é esta a ponte que pretendemos efetuar com
o próximo capítulo, onde se refere um exemplo de como a Escola pode apontar caminhos, sem impor
um modelo que oprima.

Escola, os novos meios de acesso ao conhecimento e a sociedade de informação. Levando deste modo
em conta a necessidade de a Escola acompanhar o avanço da sociedade de informação em que nos
movemos, importará questionar, claro, de que forma o pode fazer. Não pretendendo antecipar
soluções ou prever caminhos, parece-nos mais crucial referir exemplos que atualmente já foram
levados a cabo e que são bem sucedidos. É o caso das mediatecas escolares, espaços de confluência de
vários meios de informação, expressão e documentação.

Sem dúvida que as mediatecas (de que esta é um excelente exemplo) podem parecer espaços difíceis
de erguer, difíceis de manter e de gerir com a funcionalidade necessária. Claro que sim. Exigem
disponibilidade da escola, empenhamento e preparação para despesas que não são negligenciáveis.
Contudo, requisitos há que permitem o seu incremento:

Vontade e empenho da escola como um todo.

Espaço próprio com capacidade de crescimento.

Uma equipa e um responsável empenhado, que vejam os seus esforços recompensados e


reconhecidos e que, preferencialmente, se mantenham ao longo dos anos.

Assim sendo, não se deve pensar que a escola tem de responder a todas as solicitações, tem de
desbravar todos os caminhos, tem de acompanhar todas as mudanças, tem de ocupar todos os
espaços deixados vagos pela família ou pelas instituições de socialização hoje em retração. A escola faz
parte da sociedade em que se insere, faz parte das instituições que a constituem, com elas interage,
mas a elas não se pode substituir na totalidade, sob pena de, «ao carregar tanto a carroça, fazer com
que ela não ande por excesso de carga».

Formate o texto do seguinte modo:

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1. Configure a página do seguinte modo:
a) Margem esquerda: 2,5 cm;
b) Margem direita: 2,5 cm;
c) Margem superior: 2,5 cm;
d) Margem inferior: 2,5 cm;
e) Cabeçalho e rodapé: 1,2 cm

2. Formate o texto com letra Arial, tamanho 10, espaçamento entre linhas de 1,5 linhas, justificado e
espaçamento antes e depois do parágrafo de 12 pto.

3. Coloque um cabeçalho com “A sociedade da informação” alinhado ao centro. Formate o cabeçalho


com letra Book Antiqua, tamanho 10 e com o seguinte limite:

4. Coloque um rodapé com o seu nome alinhado à esquerda e o n.º da página alinhado à direita (ex.
Página X). Formate o rodapé com letra Comic Sans MS, tamanho 9.

5. Insira o 1º parágrafo num pergaminho – sombra, cor de preenchimento e linha a seu gosto; Texto -
tipo de letra: Monotype Corsiva, tamanho 12, negrito e centrado.

6. Insira no meio do 2º parágrafo uma imagem.

7. Formate o 3º parágrafo em 3 colunas, com linha entre colunas.

8. Formate o 4º parágrafo com um avanço à esquerda e à direita de 1,5 cm e com um espaçamento


antes do parágrafo de 24 pto. Insira também um limite com as seguintes características:
Limite: sombra, estilo – , cor – Azul.
Sombreado: a seu gosto.

9. Formate o 5º parágrafo com letra Comic Sans Ms, Tamanho 14, negrito e centrado. Insira também
um limite e um sombreado.
Limite - caixa, estilo - , largura: 3 pto e cor a seu gosto.
Sombreado - preenchimento: amarelo; padrões: estilo: entrelaçado claro, cor: azul.

10. Insira no canto inferior direito do 6º parágrafo uma imagem.

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11. Capitule a primeira letra do 7º parágrafo com letra Monotype Corsiva, com 4 linhas e distância ao
texto de 0,5 cm.

12. Formate o 8º parágrafo com um sombreado a seu gosto. Insira do lado esquerdo uma imagem.

13. Formate o 9º parágrafo com uma tabulação de 3 cm e um avanço à direita de 6,5 cm. Insira
também do lado direito uma imagem

14. Coloque na palavra mediatecas (12º parágrafo – [Sem dúvida…]) uma nota de rodapé, digitando o
seguinte trecho: “Arquivo, devidamente organizado, de aparelhagem e material respeitantes a
cada uma das espécies de meios de informação”.

Bom trabalho

Prof. Cidália Pereira

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