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Q U I N TA - F E I R A , 1 8 D E A B R I L D E 2 0 1 9 Acerca de mim
Passos para a elaboração da monografia cientifica Nome:
Mateus Lima
Localização:
Pebane, Centro,
1. Introdução
Mozambique

Tomando-se por base a elaboração de uma Mateus Lima, é natural de Pebane -


monografia, é necessário antes de mais perceber o Zambézia. É Técnico de
que é realmente uma monografia. Para tal, vou aqui Informática. Formado em
buscar algumas definições sobre o assunto, a saber: Psicopedagogia e Metodologia.
Ver o meu perfil completo
De acordo com a Universidade Pedagógica de
Moçambique (2009, p.5-6) monografia científica é
um documento que representa o resultado de um Mensagens anteriores
trabalho científico que aborda um problema de
pesquisa, devidamente delimitado e desenvolvido Tipologias de Políticas Públicas
com uma atitude científica. Entretanto, esta mesma HISTÓRIA DE MOÇAMBIQUE
monografia deve ser feita sob a orientação de um Características da sala de aula
supervisor, pois visa a obtenção do grau de ecológica: dinâmic...
Licenciatura. Crianças Superdotadas
Um breve historial sobre a Acção
Já a Universidade Federal do Paraná (2002, p.2)
Social ou Serviço...
entende o termo Monografia como a exposição
exaustiva de um problema ou assunto específico, Principais teorias da antropologia
investigado cientificamente. Para esta entidade, o Grupos nas organizações
trabalho de pesquisa pode ser denominado O Desenvolvimento humano nos
monografia quando é apresentado como requisito primeiros 2 anos de vida
parcial para a conclusão de curso. A Acta - Técnicas de expressão
Por meio dessas duas definições, é possível notar em língua portuguesa
uma convergência: “problema específico” que deve
Teorias na perspectiva da
ser focalizado na monografia, ou seja, uma
Psicologia Social
monografia requer um estudo teórico sobre um
tema específico (ou único), que deve permear todo o
trabalho.

Em suma, caro leitor, a monografia é apenas o Subscrever


resultado de um estudo profundo sobre um assunto Mensagens [Atom]
visto pelo estudante como sendo de interesse
pessoal, até social, sendo o seu meio (ou forma) de
registo dos resultados obtidos.

2. Fundamentos da monografia

Companheiro, você ao elaborar a sua monografia,


terás como ponto de partida seleccionar o
fenómeno (assunto) a ser investigado. Assunto a ser
investigado é nada mais nada menos que uma
situação particular que ainda não está amplamente
resolvida, ou sistematizada pelo conhecimento
científico. Ou seja, o seu tema deve constituir-se
uma novidade a nível académico e social, pois
quando o tema não constitui uma novidade, não
terá muita relevância e não vai conquistar o público
leitor.

O autor, no processo da elaboração da sua


monografia não se deve esquecer que o assunto a
ser pesquisado, traduz-se, em questionamentos ou,
como referem Adami e Serralvo (2013) que se
denomina em “problema da pesquisa”. Assim, o
problema da pesquisa é expresso por uma pergunta,
em geral chamada de “pergunta de partida”. É a
partir da delimitação do assunto a ser estudado que
se elabora a pergunta de partida e, sobre a qual, o
trabalho será desenvolvido, mas essa questão
vamos explicar melhor a seguir.

3. Estrutura da monografia científica

Antes de apresentarmos a estrutura completa de


uma monografia cientifica, vemos que é importante
ter-se uma visão geral do que realmente se trata
quando falamos de um trabalho de monografia.
Apresento a seguir a tabela 1 que apresenta de
forma sumária os pontos centrais de uma
monografia.

Problema Objectivos Revisão Trabalho resultados


da teórica empírico/trabalho
pesquisa de campo
Objecto de estudo Procedimentos
metodológicos

3.1. Problema

O problema de pesquisa é aquilo que incomoda o


autor da monografia. Neste ponto, deve-se situar o
problema de forma a ser mais claro e perceptível.
Caro estudante, descrever um problema de pesquisa
tem dois (2) momentos:

O primeiro momento é onde você descreve o


problema no seu todo, você deve descrever o que
está a acontecer ou o que acontece e o que deveria
ser. Neste ponto, temos apenas estas duas situações
e que as mesmas devem estar bem claras.

O segundo momento é onde você formula a sua


indagação de pesquisa, isto é, a pergunta de partida,
que deve estar espelhada com o tema e o problema
que você descreve, sem, no entanto, haver
discrepâncias. Portanto, no problema de pesquisa
você descreve o “O quê?”.

Conforme referimos antes, o problema da pesquisa


é expresso por uma pergunta, em geral chamada de
“pergunta de partida”. É a partir da delimitação do
assunto a ser estudado que se elabora a pergunta de
partida e, sobre a qual, o trabalho será
desenvolvido.

Exemplo de um tema e sua pergunta de partida:

Imaginemos que você como estudante, pretende


falar da “Importância da propaganda nas vias
públicas para a expansão dos negócios”.
A sua pergunta de partida, pelo menos poderia ser:
Qual é a importância da propaganda nas vias
públicas para a expansão dos negócios?
Neste sentido, o a ser investigado é o “papel da
propaganda nas vias públicas”.

3.2. Justificativa

Na justificativa você apresenta os motivos da


escolha do tema, você explica as razoes que te
levaram a escolher o tema. Portanto, neste ponto,
diz-se a relevância da pesquisa para si e para a
sociedade. Por exemplo, no casamento nós
podemos dizer os motivos do porquê nos casamos
com uma certa pessoa, alguns podem dizer que me
casei com ele/ela porque é uma pessoa amorosa/o,
amistosa/o, sensível, sensata/o. Outros casam-se
pela atracção de beleza da pessoa.
Então, a justificativa vai por esse caminho, você
descreve o “Porquê?”.
Portanto, “procura-se aqui demonstrar a
legitimidade, a pertinência, o interesse e a
capacidade do aluno em lidar com o referido tema”
(Cervo & Bervian, 2002, p. 127).

Para Lakatos e Marconi (1992), é a parte do


trabalho que apresenta respostas à questão do
porquê da realização da pesquisa. É de suma
importância para conseguir financiamento para a
pesquisa e para demonstrar a relevância da mesma.
3.3. Objectivos do trabalho

Apresentado a justificativa do tema, devem-se


estabelecer os objectivos do trabalho (geral e
específicos).

Neste campo, você define os seus objectivos da


pesquisa. Lembrar que os objectivos obedecem dois
(2) momentos.

O primeiro momento é onde você define o objectivo


geral, que sempre é apenas um. Nesta parte, deves
prestar atenção em relação aos verbos usados para
elaborar o objectivo geral. Abaixo colocamos alguns
verbos usados para elaboração de objectivos gerais:

Analisar; compreender; conhecer; aprender;


distinguir; avaliar, etc.

O segundo momento você define os objectivos


específicos, que geralmente devem ser três (3) no
máximo, e em alguns casos, podem ser quatro (4)
sem, no entanto, exceder esse limite. É importante
lembrar que objectivos de uma monografia são
diferentes de objectivos de uma unidade temática,
pois nestes casos, os objectivos são muitos,
enquanto na monografia há limites. Abaixo
colocamos alguns verbos usados para elaboração de
objectivos específicos:
Identificar, descrever, indicar, propor, discriminar,
demonstrar, inferir, explicar, estabelecer, etc.

Portanto, nos objectivos da monografia, responde-


se à pergunta do tipo “Para quê?”.

É preciso prestar atenção ao definir os objectivos,


pois estes devem estar espelhados com o tema e a
pergunta de partida. E referir ainda que os
objectivos específicos são muitas vezes usados na
revisão de literatura, ou seja, os objectivos
específicos são transformados em títulos que farão
parte da revisão de literatura.

É importante lembrar que os objectivos são a


projecção dos resultados esperados. Após a
determinação dos objectivos, deve-se verificar a
teoria de base que melhor se adeqúe à investigação
proposta.

3.4. Questões de pesquisa e Hipóteses

Dependendo da abordagem da pesquisa, o autor da


monografia pode escolher entre questões de
pesquisa e hipóteses. Tem se dito que para
trabalhos de natureza qualitativa, é mais
aconselhável o uso de perguntas de pesquisa, e para
trabalhos cujo o cunho é quantitativo ou misto,
recomenda-se o uso das hipóteses, mas a escolha
depende de cada autor e tipo de fenómeno a ser
investigado.

3.4.1. Questões de pesquisa

Relativamente as questões de pesquisa são aquelas


elaboradas a partir dos objectivos específicos. Estas
deverão nortear o trabalho empírico (trabalho de
campo). Aqui, responde-se à pergunta relacionada
ao “O quê?”

3.4.2. Hipóteses

Quanto as hipóteses, conforme referimos antes que


dependendo do tipo de abordagem que a pessoa vai
escolher, pode ser necessário o uso das “hipóteses”.
Outros casos, as pessoas substituem questões de
pesquisa por hipóteses. Contudo, hipótese é uma
proposição que pode ser colocada à prova para
determinar sua validade.

Para Rudio (1980), hipótese é uma suposição que se


faz na tentativa de explicar o que se desconhece.
Esta suposição tem por característica o facto de ser
provisória, devendo, portanto, ser testada para a
verificação de sua validade. Trata-se de antecipar
um conhecimento na expectativa de que possa ser
comprovado.

Neste sentido, hipótese é uma suposta resposta ao


problema a ser investigado. A origem das hipóteses
poderia estar na observação assistemática dos
factos, nos resultados de outras pesquisas, nas
teorias existentes, ou na simples intuição (Gil,
1999).

3.5. Revisão de teórica

A revisão teórica que também é denominada de


teoria de base deve centrar-se em autores aceitos
pelo meio académico. Neste ponto, caro estudante,
você traz à tona os vários autores que abordam o
fenómeno que trazes, devem ser autores que
abordam detalhadamente o assunto que norteia a
sua pesquisa.
Segundo Oliveira (2011) esta seção deve conter o
levantamento bibliográfico preliminar que dará
suporte e fundamentação teórica ao estudo. Mas,
atenção, não se trata de uma relação de referências
bibliográficas (nomes de livros, artigos e autores),
nem de um “glossário” com vários conceitos. Por
isto, é fundamental que o (a) autor (a) cite os
principais conceitos relacionados ao trabalho, de
modo dissertativo, mostrando as relações entre os
mesmos.

Você como autor da pesquisa, tem de procurar dar


início à construção da moldura conceptual sobre o
tema que será pesquisado, mostrando ligações entre
a bibliografia a ser pesquisada e a situação
problema que se pretende solucionar. Mencione,
com citações directas ou indirectas, e discuta pelo
menos um estudo que tenha relação com o tema
que você pretende desenvolver.

Em princípio, eu penso que a revisão de literatura é


baseada nos objectivos específicos, isto é, o autor
deve transformar os objectivos específicos em
subtítulos.

3.6. Metodologia

Como se tem definido muitas vezes, a metodologia é


o caminho usado para atingir um determinado
objectivo. Ela deve apresentar como se pretende
realizar a investigação.
Entretanto, nesta seção, o (a) autor (a) deverá
descrever a classificação quanto aos objectivos da
pesquisa, a natureza da pesquisa, a escolha do
objecto de estudo, técnica de colecta e a técnica de
análise de dados.

Segundo Oliveira (2011) a descrição deverá ser feita


em forma dissertativa, onde caro autor (a) poderá
usar principalmente livros e artigos de metodologia
científica para explicar o que significa uma pesquisa
descritiva, por exemplo. Todavia, em seguida
deverá explicar com suas palavras porque a
pesquisa pode ser classificada como descritiva. Da
mesma forma deve ser feito com as outras escolhas
metodológicas.

Como se pode ver, a metodologia é, portanto, o


conjunto de meios (procedimentos) possíveis à
disposição de um campo de conhecimentos. Isto
quer dizer que esses procedimentos são pré-
determinados pelo campo científico para a
realização dos trabalhos de investigação académica.
Vamos agora explicar detalhadamente porque é que
tens que fazer a classificação quanto aos objectivos
da pesquisa, a natureza da pesquisa, a escolha do
objecto de estudo, técnica de colecta e a técnica de
análise de dados.

3.6.1. Classificação quanto aos objectivos


da pesquisa

Quanto aos objectivos da pesquisa, segundo


Oliveira (2011) a pesquisa pode ser, Descritiva,
Exploratória, Explicativa e Exploratório-descritiva.

Então, caro autor (a), a pesquisa exploratória é


destinada a buscar maiores informações sobre
assuntos ainda incipientes ou pouco estudados. Dos
tipos de pesquisa exploratória a mais usual é o
estudo de caso (verificação da aplicação em
determinada situação das teorias investigadas).

A pesquisa explicativa segundo Gil (1999), tem


como objectivo básico a identificação dos factores
que determinam ou que contribuem para a
ocorrência de um fenómeno. Esta é tida como o tipo
de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da
realidade, pois tenta explicar a razão e as relações
de causa e efeito dos fenómenos a serem
investigados.

A pesquisa descritiva segundo Gil (1999), tem como


finalidade principal a descrição das características
de determinada população ou fenómeno, ou o
estabelecimento de relações entre variáveis. São
inúmeros os estudos que podem ser classificados
sob este título e uma das suas características mais
significativas aparece na utilização de técnicas
padronizadas de colecta de dados.

3.6.2. Classificação quanto a natureza da


pesquisa

Quanto a natureza as pesquisas científicas podem


ser classificadas em dois tipos básicos: qualitativa e
quantitativa e um misto dos dois tipos, isto é,
quando engloba a pesquisa qualitativa-quantitativa.

A pesquisa qualitativa é mais adequada para se


levantar informações do tipo comportamentais. Nas
pesquisas qualitativas, as formas mais usuais são as
entrevistas em profundidade e os grupos de foco.
De referir ainda mais que esse tipo de pesquisa
procura captar não só a aparência do fenómeno
como também suas essências, procurando explicar
sua origem, relações e mudanças, e tentando intuir
as consequências.

A pesquisa quantitativa segundo Mattar (2001),


busca fazer a validação das hipóteses mediante a
utilização de dados estruturados, estatísticos, com
análise de um grande número de casos
representativos, recomendando um curso final da
acção. Na pesquisa quantitativa, a determinação da
composição e do tamanho da amostra é um
processo no qual a estatística tornou-se o meio
principal. As respostas de alguns problemas podem
ser inferidas para o todo, então, aconselha-se que a
amostra seja muito bem definida; caso contrário,
podem surgir problemas ao se utilizar a solução
para o todo (Malhotra, 2001).

Já para a pesquisa qualitativa-quantitativa (ou


mista) é aquela que engloba as duas abordagens,
isto é, a qualitativa e quantitativa.

3.6.3. Classificação quanto a escolha do


objecto de estudo

Segundo Oliveira (2011) quanto à escolha do


objecto de estudo, as pesquisas podem ser
classificadas em: estudo de caso único, estudo de
casos múltiplos, estudos censitários ou estudos por
amostragem. As amostragens se dividem em dois
tipos: probabilística e não probabilística.

“Um estudo de caso é uma investigação empírica


que investiga um fenómeno contemporâneo dentro
do seu contexto da vida real, especialmente quando
os limites entre o fenómeno e o contexto não estão
claramente definidos” (YIN, 2001, p. 33).

O estudo de casos múltiplos, segundo Yin (2001),


tem provas mais convincentes, sendo visto como
mais robusto. No entanto, o autor alerta para as
maiores exigências de tempo e de recursos.

Os estudos censitários são feitos por meio da


realização de um censo ou extraindo uma amostra.
O censo envolve a enumeração completa dos
elementos de uma população. É uma técnica
indicada para populações pequenas, quando há
poucos recursos (humanos ou financeiros)
disponíveis ou é impraticável a sua realização.

Estudos por amostragem é segundo Malhotra


(2001) usado para populações infinitas. Neste tipo
de estudo, “amostra” é um subgrupo de uma
população, constituído de n unidades de observação
e que deve ter as mesmas características da
população, seleccionadas para participação no
estudo. Assim, o tamanho da amostra a ser retirada
da população é aquele que minimiza os custos de
amostragem e pode ser com ou sem reposição.

3.6.4. Classificação quanto à técnica de


colecta de dados

O autor de uma monografia cientifica, ao fazer o seu


trabalho de campo, dito ainda de estudo empírico
utiliza as técnicas de colecta de dados que são um
conjunto de regras, ou seja, corresponde à parte
prática da colecta de dados (Lakatos & Marconi,
2001).

Entretanto, durante a colecta de dados, o autor da


pesquisa poderá empregar diferentes técnicas,
nomeadamente: Entrevista, Questionário,
Observação, Pesquisa documental, Pesquisa
bibliográfica, Pesquisa, Triangulação, Pesquisa-
acção e Experimento.

Mas as técnicas mais utilizadas são: a entrevista, o


questionário, a observação e a pesquisa
documental.

A entrevista é segundo Cervo e Bervian (2002), uma


das principais técnicas de colectas de dados e pode
ser definida como conversa realizada face-a-face
pelo pesquisador junto ao entrevistado, seguindo
um método para se obter informações sobre
determinado assunto.

As entrevistas podem ser classificadas em três tipos


principais: entrevistas estruturadas ou
padronizadas, não estruturadas ou
despadronizadas, semiestruturadas ou semi-
padronizadas. O tipo mais usual de entrevista é a
semiestruturada, feita por meio de um roteiro de
entrevista (Laville & Dionne, 1999).

Quanto ao questionário segundo Cervo e Bervian


(2002, p.48), “[...] refere-se a um meio de obter
respostas às questões por uma fórmula que o
próprio informante preenche”. Ele pode conter
perguntas abertas e/ou fechadas. As abertas
possibilitam respostas mais ricas e variadas e as
fechadas maior facilidade na tabulação e análise dos
dados.

3.6.5. Classificação quanto a técnica de


análise de dados

Quanto a análise de dados, a pesquisa pode ter as


seguintes técnicas de análise de dados: Análise de
conteúdo; Estatística descritiva; Estatística
multivariada; Triangulação na análise apresentação
e análise dos resultados.

3.7. Apresentação e análise dos resultados

Caro autor (a), este tópico é um dos mais


importantes do seu trabalho, pois, aqui serão
descritos todos os resultados encontrados na
pesquisa empírica, isto é, neste tópico você descreve
aqueles dados recolhidos no campo de pesquisa por
meio das técnicas anteriormente citadas: a
entrevista, questionário, observação, pesquisa
documental, pesquisa bibliográfica, pesquisa,
triangulação, pesquisa-acção e experimento.

Normalmente esta sessão pode ser divida


didacticamente em duas partes, em que na primeira
parte faz-se a apresentação dos resultados e na
segunda parte faz-se a discussão dos resultados.
Mas na prática elas se misturam, pois é melhor
assim e fica mais perceptível apresentar o resultado
recolhido e depois fazer a sua análise.

De referir que a descrição dos dados pode ter apoio


de recursos estatísticos, tabelas e gráficos,
elaborados no decorrer da tabulação dos dados,
assim como quadros que apresentem a síntese da
descrição dos resultados. Ou ainda, pode-se fazer a
descrição das respostas, se no caso, o autor tiver
usado a entrevista.

Mas segundo Oliveira (2011) aponta que no caso de


se utilizar questionário, pode-se descrever a
frequência, as percentagens, as médias e os desvios
padrão das respostas ou valer-se de gráficos para
descrever as respostas. No caso de entrevistas,
descrever as categorias de respostas que
apareceram, conforme referimos antes.

É também importante que os resultados sejam


descritos por meio de texto também, não apenas a
partir de gráficos e tabelas. Esses recursos facilitam
a compreensão dos dados obtidos, mas não
substituem a redacção escrita dos resultados. Sendo
assim, o autor do trabalho deve redigir um texto de
apresentação dos resultados, podendo fazer uso de
recursos para facilitar e ilustrar este processo.

Ao fazer análise dos resultados apresentados, o (a)


pesquisador (a) deve elaborar a sua análise a partir
dos resultados alcançados e com base na revisão
bibliográfica. Deve-se chamar a atenção para
aspectos novos e interessantes que apareceram.
Discutir resultados significa analisá-los,
confrontando-os com pesquisas anteriores, significa
também dar significado as respostas fornecidas
pelos pesquisados. Muitas a literatura usada na
revisão literária deve ser a mesma a ser usada na
análise dos resultados para não enviesar os dados,
isto é, não seria bom na análise dos dados
referenciar autores que não foram referenciados na
revisão literária.

Portanto, todos os resultados descritos devem ser


analisados, discutidos à luz da literatura revisada.

3.8. Conclusão

Por fim, os resultados deverão representar a parte


final do trabalho, a conclusão, onde se retomam os
objectivos e procede-se à discussão final dos pontos
alcançados pelo trabalho. O número total da
monografia varia de instituição para instituição,
mas existem bons trabalhos desde sessenta páginas
até trabalhos com mais de cento e vinte páginas,
pois tudo depende do tema escolhido, da
problematização realizada e dos objectivos
formulados, e olhe que quanto mais complexo for o
trabalho, maior será a sua extensão.

3.9. Referências

Caro leitor, referências bibliográficas é o conjunto


de elementos que identificam as obras consultadas
e/ou citadas no texto. Elas devem ser apresentadas
numa única ordem alfabética, independentemente
do suporte físico (livros, periódicos, publicações
electrónicas ou materiais audiovisuais) alinhadas
somente à esquerda, em espaço simples, e espaço
duplo entre elas.

3.10. Apêndices
Segundo Adami e Serralvo (2013) apêndices refere-
se a todo material complementar, produzido pelo
autor do trabalho. São exemplos de material a ser
incluído no Apêndice: transcrição completa de
entrevistas, gráficos, quadros e tabelas (não
inseridos no corpo do trabalho), entre outros.

3.11. Anexos

É a parte do trabalho destinada a inclusão de todo


material adicional ao texto principal, que possa
auxiliar o leitor na compreensão do trabalho e que
não foram produzidos pelo autor. habitualmente
anexam-se ao trabalho exemplares de catálogos de
imagens, folhetos de especificações técnicas, entre
outros.

3.12. Referências bibliográficas

Cervo, A. L. & Bervian, P. A. Metodologia científica.


5.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

Gil, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social.


5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.

Lakatos, E. M. & Marconi, M. A. Metodologia do


trabalho científico. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1992.

___________________________.
Fundamentos metodologia científica. 4.ed. São
Paulo: Atlas, 2001.

Laville, C. & Dionne, J. A construção do saber:


manual de metodologia da pesquisa em ciências
humanas. Belo Horizonte: UFMG, 1999.

Malhotra, N. Pesquisa de marketing. 3.ed. Porto


Alegre: Bookman, 2001.

Mattar, F. N. Pesquisa de marketing. 3.ed. São


Paulo: Atlas, 2001.

Oliveira, M. F. de. Metodologia científica: um


manual para a realização de pesquisas em
administração. Catalão: UFG, 2011. 72 p.

Rudio, F. V. Introdução ao projecto de pesquisa


cientifica. 4.ed. Petrópolis: Vozes, 1980.

Serralvo, F. & Adami, B. Orientações gerais para


elaboração do trabalho de monografia. Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, 2013.

Universidade Pedagógica de Moçambique. Normas


para Produção e Publicação de Trabalhos
Científicos na Universidade Pedagógica. Comissão
de Revisão Curricular Central. Maputo, Janeiro de
2009.

Yin, R. K. Estudo de caso: planeamento e métodos.


2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
publicada por Mateus Lima @ abril 18, 2019 0 comentários

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