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Guia PNAIC 2015 01ano Literaturahoracerta
Guia PNAIC 2015 01ano Literaturahoracerta
Ministério da Educação
Secretaria Executiva
Secretaria de Educação Básica
Diretoria de Formulação de Conteúdos Educacionais
Coordenação Geral de Materiais Didáticos
L775
Literatura na hora certa : guia 1 : 1º ano do ensino fundamental : PNLD/PNAIC :
alfabetização na idade certa 2015 / Ministério da Educação, Secretaria de Educação
Básica. – Brasília: MEC/SEB, 2015.
104 p. : il.
ISBN: 978-85-7783-177-7
Tiragem
Guia 1 – PNLD/PNAIC: Literatura na hora certa – 1º ano do ensino fundamental
136.924 exemplares
Ministério da educação
1
Professora Titular Emérita da Faculdade de Educação da UFMG; autora de artigos
e livros na área do ensino de português: alfabetização, letramento, leitura, produção
de texto.
Diniz
Imagem 21 9 12 numa escolha vocabular que não só respeite,
Foto de Ratao
mas também amplie o repertório linguístico
Quadrinhos 2 - 4
de crianças em fase inicial de alfabetização e
Totais 70 70 70 letramento; qualidade temática, que se ma-
nifesta na diversidade e adequação dos temas e
Entre os livros classificados como de VERSO há poemas, parlendas, no atendimento aos interesses das crianças, aos
trava-língua, quadras, adivinhas; entre os classificados como PROSA, há diferentes contextos sociais e culturais em que
clássicos da literatura infantil, histórias, textos de tradição popular, fábulas, vivem e ao nível dos conhecimentos prévios
lendas; os livros de IMAGEM incluem livros só de imagens e livros de que possuem; qualidade gráfica, que se tra-
1
Professora da Faculdade de Educação/UFMG, pesquisadora do Grupo de Pesquisa do
Letramento Literário e, atualmente, vice-diretora do Centro de Alfabetização, Leitura
e Escrita - Ceale/FaE/UFMG. Organizou vários livros sobre a formação de leitores
literários, entre eles Livros e telas e A criança e a leitura literária - livros, espaços, mediações.
2
Professora formadora do Ceale/FaE/UFMG, do Centro Pedagógico da Escola de
Educação Básica e Profissional da UFMG, pesquisadora do Grupo de Pesquisa In-
fância e Educação: concepções e práticas no Ensino Fundamental de Tempo Integral
e, atualmente, coordenadora do 1º Ciclo de Formação Humana- CP/UFMG.
17
serem vivenciadas por crianças que iniciam o seu pro- das experiências mais prazerosas para que as crianças efetivamente se
cesso de alfabetização. Considerando ser a infância uma apropriem da cultura escrita na escola.
fase da vida caracterizada pela forte presença do brincar, a
convivência com textos literários poéticos que exploram
elementos lúdicos tais como repetições e jogos de palavras, “Cultura escrita é o lugar – simbólico e material – que o escrito
com forte apelo sonoro, pode favorecer o desenvolvimento ocupa em/para determinado grupo social, comunidade ou socie-
do letramento literário das crianças que, nessa fase, en- dade.” Ana Maria Galvão, Glossário Ceale, Termos de Alfabetização,
Leitura e Escrita para Educadores (2014).
contram-se com a curiosidade aguçada pelas novidades
apresentadas pelas linguagens escrita e oral.
1
Doutora em Letras, professora titular do Instituto de Letras da UFRGS. Atua como
orientadora de estágios de docência de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental
e no Programa de Pós-Graduação em Letras da UFRGS. É autora dos Referenciais
Curriculares do Estado do Rio Grande do Sul, no componente de Linguagens -
Língua Portuguesa e Literatura. Entre suas publicações, está o livro Leitura e autoria
– planejamento em Língua Portuguesa e Literatura (PNBE/Professor).
2
Pedagoga e mestre em Educação pela FaE/UFMG. Atua na rede municipal de ensi-
no de Belo Horizonte. Formadora no Ceale-FaE/UFMG e Membro do Grupo de
Pesquisas do Letramento Literário – GPELL.
35
Primeiras palavras: leitores e Antes de mais nada, quando se trata de um memorizados de escrita, até mesmo da sucessão
leitor que ainda não sabe decodificar a escri- de episódios de uma história que conhecem e
leitura no primeiro ano de escola ta alfabética, corremos o constante perigo de que sabem estar escrita em determinado porta-
O primeiro ano do Ensino Fundamental é talvez aquele que se definir ler como decodificar, como conhecer dor de textos. Enfim, as crianças que convivem
enraizou em nossa memória coletiva como a estreia na escola; afinal, letras e saber associá-las no reconhecimento com a escrita podem ler à sua maneira e apoiar-
é o ano de aprender a ler e escrever. Por mais que saibamos que essa de palavras, ou mesmo de definir ler como ser se em múltiplas pistas na tentativa de construir
aprendizagem já começa nas experiências cotidianas das crianças fora da capaz de fazê-lo em voz alta, de modo fluente uma compreensão. O reconhecimento desses
escola e nos anos de Educação Infantil, e por mais que desejemos que e fiel ao conjunto de sinais gráficos registra- variados gestos de ler, contudo, novamente
vá se estender por toda a vida, nada tira do primeiro ano a expectativa dos em determinados materiais impressos. Isso não nos coloca diante da leitura, por mais que
do encontro direto com as letras e com o mundo da escrita, mundo no porque de fato essas aprendizagens já são um haja neles um fenômeno de compreensão. Ou-
qual a literatura é um universo importante e mesmo fundamental, sem extraordinário passo na aproximação entre um tro perigo, então, é associar ler tão somente a
o qual não se pode pensar em formação do leitor. É o momento, então, leitor-aprendiz e a escrita, passo em si mesmo reconhecer certo texto em seu sentido geral,
de nos perguntarmos: o que significa ler e ler literatura? A resposta a essas complexo e, como sabemos, puxado – para as dispensando a decifração e a reflexão: mais uma
duas perguntas é fundamental para que realizemos um bom planejamento crianças e para seus professores. Além do mais, vez nos deparamos com uma redução.
da nossa atividade como professores e mediadores de leitura. Em nossos esse também é um passo indispensável para que Por fim, sabemos que as práticas de leitura
ditos e nas entrelinhas, estaremos até o final do capítulo tecendo uma as crianças venham a desempenhar seu papel são significativas na vida das pessoas e, portanto,
resposta a essa pergunta, e gostaríamos que ela acompanhasse vocês e de leitores de modo proficiente. das crianças, por trazerem a elas a possibilidade
seus colegas de escola constantemente. O que você considera leitura e Contudo, nunca é demais lembrar que as- de um deslocamento, de uma descoberta. En-
leitura literária? E mais: como você pode proceder de modo a mostrar o sociar a leitura apenas à decodificação é uma fim, a leitura é revestida de propósitos: lemos
que são (leitura e leitura literária) para crianças bem pequenas, que apenas redução. Isso porque leitores assíduos jamais em busca de informação, em busca de conheci-
começam a adquirir suas habilidades para ler? Eis nosso grande desafio. param na decodificação; apesar da decodificação mento do mundo e do conhecimento de outros
acompanhar o leitor sempre, nem sempre se pontos de vista sobre o mundo, em busca de
verifica que venha antes de outros processos de entretenimento, de prazer e de reflexão sobre
compreensão e interpretação, também atuan- nós mesmos, sobre nossa história coletiva, para
tes na leitura proficiente. Ao contrário, quando a compreensão e a superação de nossos con-
atingimos a maturidade como leitores, é pre- flitos. Nesse sentido, quando, por exemplo,
ciso encontrar palavras novas e desconhecidas uma criança escuta uma história a ela contada
combinações entre elas, quem sabe estranhas ou oralmente e é chamada a expressar seus enten-
inventadas, para que tenhamos consciência de dimentos, suas reações, além de ser chamada
que estamos decodificando: no mais, lemos de tal a conhecer o modo como outros, adultos ou
modo que nos interessam os sentidos ou mesmo não, compreenderam e reagiram ao texto, ela
as sonoridades, e não as letras em si, que apa- está imersa num evento que oportuniza um
rentemente não nos ocupam no ato da leitura. exercício de leitura crítica e participativa. No
Ao mesmo tempo, nós, que convivemos entanto, mais uma vez, se as experiências com os
com crianças pequenas e prestamos detida aten- escritos forem sempre mediadas por um porta-
ção em suas relações com os escritos que as voz que ocupa o lugar de decifrador, por mais
cercam, notamos que, mesmo antes de decodi- ricos que sejam esses exercícios interpretativos
ficar a escrita alfabética, elas podem estabelecer na leitura coletiva, temos mais uma redução das
relações múltiplas com a leitura: as crianças práticas de leitura: o leitor que não decodifica
ocupam-se com gestos leitores e investigam de com autonomia, que não se vale, ele mesmo, das
modo ativo os livros a que têm acesso. Nessa pistas gráficas e linguísticas para a compreensão,
investigação, elas podem apoiar-se em ilustra- e que não pode, assim, estar fisicamente sozinho
ções para construir sentidos, podem lançar mão com o livro no ato de ler. Enfim, esse tampouco
do reconhecimento de nomes, de fragmentos é um leitor no sentido cheio da palavra.
No decorrer da história, ainda que alguns sala, decorado para as contações, delimitado e Assim provocadas, é possível que as crianças principiem uma discussão
animais e instrumentos, como o próprio violi- com espaço para que as crianças leiam; nele, entre si sobre os livros lidos. Deixe que tomem seu tempo e conversem
no e o tatu, não sejam tão fáceis de identificar, uma estante pode guardar o acervo permanen- livremente, manifestando suas hipóteses, gostos ou até rechaços. Deste
outros, como o porco e seu tambor, são bem temente disponível para manuseio e atividade modo poderão escutar as histórias e versões coletivas e vão levantar um
familiares. Além disso, nosso leitor mirim poderá autônoma. Se não houver espaço e móveis, repertório – ao longo do ano, mais um conhecimento vinculará a turma, o
perceber ao longo das ilustrações que trata-se de disponha os livros pendurados em TNT trans- conhecimento sobre como cada um se relaciona com as histórias ficcionais.
uma história em que bichos tocam música e po- parente ou em uma cesta ou caixa e mantenha Por fim, nas rodas, elementos importantes para o aprendizado da leitura
derá aguçar sua curiosidade acerca do conteúdo o acervo na sala, em lugar acessível para que aparecerão: palavras associadas às ilustrações ou decodificadas, prontas para a
do texto verbal que acompanha cada quadro. as crianças mexam e escolham as obras. Você partilha, assim como hipóteses, antecipações, curiosidades. Dê corda! Nada
Note como o texto verbal é oferecido à criança pode, evidentemente, optar por deixar disponí- como oportunidades emergentes de ensino-aprendizagem.
de modo bem claro: sempre na mesma posição, vel todo o acervo. O que não imaginamos, de Para terminar, contemple a escolha de um aluno e leia uma
sobre fundo branco, em fonte graúda e letras modo algum, é que este acervo fique guardado história integralmente. Aproveite o momento para, por meio de sua
maiúsculas. Quem sabe algumas das crianças não longe das crianças e interditado! própria leitura expressiva, oportunizar a plena fruição da obra. Mas não
possam mesmo reconhecer algumas das palavras, Propomos que haja, pelo menos, dois mo- a reconte, dispensando o livro ou adaptando-o: neste momento, apoie
como gato, tatu, bode, música e assim por diante: mentos semanais para oferecer um conjun- sua leitura no texto tal como aparece no livro e posicione-o de tal forma
palavras comuns cuja estrutura silábica é simples, to de livros e tempo para que as crianças os que, se não todo o tempo, pelo menos de tanto em tanto, os pares de
iniciadas por consoantes já conhecidas de muitas manuseiem autonomamente. Nesse momento ilustrações em página aberta, acompanhados de texto, fiquem visíveis.
crianças. Por fim, ainda que nada disso ocorra, de sua rotina, os alunos examinarão as obras A contação de histórias é um maravilhoso evento de oralidade: vamos
cada quadro da narrativa visual proporciona por para escolher as de sua preferência, tomando considerá-la um dos modos de trabalhar as aprendizagens da oralidade e
si fruição: as cores e as formas são utilizadas com uma (ou mais de uma a depender do tempo da tradição artística ligada à comunhão pela fala. Aqui, entretanto, é o
qualidade para, ao mesmo tempo, encenar e que têm) nas mãos para folhear e fruir. Quem dizer de um texto simultaneamente lido, com esforço desse leitor por
ambientar a história, assim como para abrir os sabe no mínimo uma das duas sessões semanais tornar reconhecível a origem escrita do que diz, que temos em mente.
horizontes artísticos da criança, uma vez que de atividade autônoma com o acervo possam Não esqueça de alternar essa leitura expressiva, semana a semana, entre
as correspondências entre cores e formas são ser completamente livres e gratuitas? Simples- o livro eleito por uma criança e o livro de outra, de modo que todas
inusitadas e o conjunto é ao mesmo tempo har- mente, as crianças terão seu tempo de leitores, venham a ter sua escolha premiada. Além disso, tenha em mente o pro-
mônico e um pouco estranho. e pronto. Nesse caso, uma outra sessão pode pósito de, aos poucos, passar a função de dizer o texto para as próprias
Então, ao examinar o acervo PNAIC, se- ser reservada para um início de turno de aula crianças e, por fim, chegar ao compartilhamento na roda de conversa,
lecione as obras que têm características afins às na mesma semana; tente valorizar uma roda sem necessidade de leitura em voz alta: ou seja, almeje formar um grupo
descritas e ofereça às crianças. Uma possibili- de conversa, na qual você, primeiro, poderá que discute leituras que pôde escolher e realizar em silêncio, autonoma-
dade para isso é manter um canto de leitura na instigar seus alunos a mostrar e a falar: mente. Mas aí já estamos falando da leitura autônoma propriamente dita.
N
outras possibilidades. Poderíamos, por exemplo, SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto alegre: Artes
Médicas, 1998. a nossa cultura, quando o assunto abrange leitura lite-
ter associado as propostas de sala de aula às idas à
biblioteca; afinal, sua escola conta também, no SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas rária, o texto verbal costuma ter primazia sobre a ima-
mínimo, com os acervos do Programa Nacional facetas. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, gem impressa. Costumamos elogiar livros que trazem im-
n. 25, p. 05-17. jan./abr. 2004.
Biblioteca da Escola (PNBE); para saber mais pressas suas histórias textuais, em prosa ou verso; e enorme
SOUZA, Renata Junqueira de; GIROTTO, Cynthia
sobre isso, leia Ceccantini e Valente (2014); Jun-
G. S. Era uma vez... uma caixa de histórias: prosa no
é a oferta de livros textuais endereçados a crianças: clás-
queira e Girotto (2014); Simões (2014). sicos, fábulas, parlendas, quadrinhas etc. Mas ano a ano,
acervo do PNBE 2014. In: Centro de Alfabetização,
Além disso, de acordo com o perfil de cada
turma, o trabalho proposto precisa ser modi-
Leitura e Escrita da UFMG (org.). PNBE na Escola: não podemos nos abster de notar, cresce no mundo um
Literatura fora da caixa. Guia 1. Educação Infantil. Bra-
ficado, e as provocações do próprio professor sília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação interesse das crianças por livros que trabalham predomi-
ao tomar contato com os livros podem fazer Básica, 2014. p. 29-42. nantemente com narrativas visuais, os chamados livros de
surgir excelentes ideias (ver, quanto a isso, Baldi ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. imagem ou simplesmente livro-imagem.
(2009)). O importante é que você dê vida São Paulo: Global, 2003.
a esse acervo PNAIC: coloque-o, acima de _____. Como e por que ler a literatura infantil brasileira.
tudo, a serviço das crianças. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. 1
Doutora em Educação pela FAE/UFMG, formadora (Ceale/SMED), professora,
escritora, mediadora de leitura e oficinista de produção de livros artesanais no Brasil
e no exterior. Autora, dentre outras obras, de A aventura do livro experimental e Professor
criador – fabricando livros para a sala de aula.
2
Doutora em Teoria e História Literária pelo IEL/UNICAMP (2004). Professora
da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Desenvolve atividades de
ensino, pesquisa e extensão na Graduação e Pós-Graduação em Letras, nas áreas de
leitura, literatura infantojuvenil e políticas públicas de leitura.
17 O que a menina faz embaixo da árvore? E os bichinhos, o que fazem? 21 O que a menina leva na cestinha da bicicleta? Qual a relação disso
com o título do livro?
Q
e bobices. São Paulo: Scipione, 1989. o ilustrador. São Paulo: DCL, 2008.
uem nunca ouviu falar de alguém que amava ler revis-
CADEMARTORI, Ligia. Para não aborrecer Alice. In: NUNES, Marília Forgearini. Leitura mediada do livro de
PAIVA, Aparecida; SOARES, Magda. (orgs.). Literatura imagem no ensino fundamental: letramento visual, interação e
tas em Quadrinhos, quando criança, mas que teve de
infantil: políticas e concepções. Belo Horizonte: Autêntica sentido. Tese (Doutorado em Educação), Universidade esconder suas preferências de leitura de pais ou professores
Editora, 2008. p. 79-80. Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013. que as detestavam? Talvez você próprio, caro professor, te-
CAMARGO, Luís. Ilustração do livro infantil. Belo Ho- ZILBERMAN, Regina. Como e por que ler a Literatura nha sido vítima da desconfiança que não ficou de todo no
rizonte: Lê, 1995. Infantil Brasileira. São Paulo: Objetiva, 2005.
passado e ainda guarda resquícios do preconceito contra
o gênero Histórias em Quadrinhos.
1
Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), professora de Língua Portuguesa e coordenadora do Programa de Biblio-
tecas da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (SMED).
2
Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (USP) e professora do
Ensino Fundamental do Centro Pedagógico da Universidade Federal de Minas
Gerais (CP/UFMG).
p. 31.
As estrelinhas são facilmente reconhecíveis como sinal de dor, assim
p. 34.
como o sinal gráfico para lágrimas (a boca aberta também denota o choro
do personagem) (p. 15 e p. 21).
O balão de pensamento, tal qual o balão de fala, pode usar texto Sinais como cobra, faca, caveira etc. seguidos compõem o clássico
verbal ou imagens, para indicar a expressão dos personagens. O primeiro balão que indica xingamento (p. 43).
exemplo acima mostra um balão de pensamento usando uma imagem; Outro recurso simples e bastante conhecido: o coração indica amor
no segundo, o rabicho está apontando para fora do quadro, pois o per- e o coração rachado, decepção amorosa ou, simplesmente, o “coração
sonagem está saindo de ação. Mesmo o pequeno leitor saberá interpre- partido” em função de algo que causou mágoa ou decepção.
tará esse sinal da lâmpada, comum nas Histórias em Quadrinhos, e que
significa que o personagem teve uma ideia.
As HQs também fazem uso de vários recursos gráficos – além
daqueles já mencionados e exemplificados – para representar os mais dife-
rentes conteúdos, como: a ideia que um personagem teve; dor; choro; xin-
gamento; amor e decepção amorosa; movimento; dentre outros. Nos dois
exemplos a seguir, a ideia é representada sem o uso do balão; no segundo
exemplo, a ideia está associada ao lucro que o personagem espera obter.
Orelha.
p. 6.
5
A turma em que a atividade foi realizada pertence à escola de Ensino Fundamental
Água - P. 17. Estalo - P. 53. Centro Pedagógico da Universidade Federal de Minas Gerais (CP), e a professora
referência é uma das autoras deste texto, Martha Lourenço Vieira.
Bibliografia recomendada
DIONÍSIO, A. P.; BEZERRA, M. A.; MACHADO, A. R. Um gênero quadro
a quadro: a História em Quadrinhos. In: Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2002.
Gibis na alfabetização. In: Revista Educação, edição 205, maio de 2014. Disponível em:
<http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/205/gibis-na-alfabetizacao-311386-1.
asp>. Acesso em: maio 2014.
MACIEL, Francisca Izabel Pereira.As Histórias em Quadrinhos (HQs) nas sequências
didáticas (SD): o prazer no fazer, ensinar e aprender. In: Projetos didáticos no ciclo
de alfabetização. Ano XXIII, Boletim 6, maio 2013. Salto para o futuro. p. 28-37.
Disponível em: www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/15400306_Proje-
tosdidaticos.pdf. Acesso em: 19 nov. 2014.
RAMOS, Paulo. A leitura dos quadrinhos. São Paulo: Contexto, 2014. 157 p.
(Coleção Linguagem & Ensino)
VERGUEIRO, Waldomiro; RAMOS, Paulo (org.). Quadrinhos na educação: da
rejeição à prática. São Paulo: Contexto, 2009. 224 p.
BOCEJO
O Lenço O Monstro (Nem Tão
Autoria: Ilan Brenman Espaguete
Texto e ilustrações: Monstruoso) E O Menino João
Ilustrações: Renato Moriconi Autoria e ilustrações: Patrícia Auerbach Texto e ilustrações: João Pinheiro
Editora: Editora Schwarcz Davide Calì
Editora: SDS Editora: Noovha America
Categoria: Livros ilustrados e/ou Editora: Editora Rodopio
Categoria: Livros ilustrados Categoria: Livros ilustrados e/ou
livros de imagens para crianças Categoria: Textos em prosa e/ou livros de imagens livros de imagens para crianças
para crianças
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Categoria 1 (1 o ano do ensino fundamental) - Acervo 1 Categoria 1 (1 o ano do ensino fundamental) - Acervo 2
Bárbaro
Quero Que Você Me Diga aperte aqui Autoria e ilustrações: Renato Moriconi
Posso Dormir Com Você? Texto e ilustrações: Rosinha Autoria e ilustrações: Editora: Companhia das Letrinhas
Autoria: Graziela Bozano Hetzel Editora: Frase Efeito Hervé Tullet Categoria: Livros ilustrados e/ou
Ilustrações: Mateus Rios Categoria: Textos em prosa Editora: Abril Educação livros de imagens para crianças
Editora: Manati Categoria: Textos em prosa
Categoria: Textos em prosa
Se Eu Fosse... Bililico
Saci Urucum Cada casa
Texto e ilustrações: Autoria: Eva Furnari
Texto e ilustrações: casa com cada um
Marcelo Cipis Denize Carvalho
Anna Göbel Autoria e ilustrações:
Editora: Saraiva e Siciliano Sonia Dreyfuss
Editora: Araguaia Ellen Pestili
Categoria: Textos em prosa Ilustrações: Eva Furnari
Categoria: Textos em prosa Editora: Editora do Brasil
Editora: Saraiva e Siciliano
Categoria: Textos em prosa
Categoria: Textos em prosa
Tem Lugar Para Todos
Um, Dois,Três, Cantilena assoprada para Dia de pinguim
Texto e ilustrações:
Massimo Caccia Agora É Sua Vez! crianças de fôlego curto Autoria e ilustrações:
Autoria: Ana Maria Machado Autoria: Giovanna Zoboli Valeri Gorbachev
Editora: Jorge Zahar Editor
Ilustrações: Maria José Arce Ilustrações: Simona Mulazzani Editora: Claro Enigma
Categoria: Livros ilustrados
e/ou livros de imagens Editora: Moderna Editora: Pequena Zahar Categoria: Textos em prosa
para crianças Categoria: Textos em verso Categoria: Textos em verso
Você Quer Ser Meu Amigo? Diálogo ou a vaca Do outro lado da rua
Texto e ilustrações: Éric Battut que não foi pro brejo Autoria e ilustrações: Cris Eich
Editora: Associacao Paranaense Autoria: Mônica Versiani Machado Editora: Posigraf
de Cultura – APC
Ilustrações: Sebastião Nuvens Categoria: Livros ilustrados e/ou
Categoria: Textos em prosa livros de imagens para crianças
Editora: Aaatchim!
Categoria: Textos em prosa
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Categoria 1 (1 o ano do ensino fundamental) - Acervo 2 Categoria 1 (1 o ano do ensino fundamental) - Acervo 2
Os três porquinhos
Gatinho levado! Hoje não quero banana O lobo não morde!
Texto e ilustrações:
Autoria e ilustrações: Autoria: Sylviane Donmio Autoria e lustrações:
Mariana Massarani
Adam Stower Emily Gravett
Ilustrações: Monica Stahel Editora: Manati
Editora: SDS Editora: Saraiva
Editora: Martins Fontes Categoria: Livros ilustrados e/ou
Categoria: Textos em prosa Categoria: Livros ilustrados e/ou Categoria: Textos em prosa
livros de imagens para crianças
livros de imagens para crianças
Pipoca, um carneirinho
Mamão, melancia, tecido Piccolo e Nuvola e um tambor
Lugar de bicho e poesia Autoria e ilustrações: Autoria: Graziela Bozano Hetzel
Autoria:Viviane Veiga Távora Autoria: Fábio Sombra Emilio Urberuaga
Ilustrações: Elma
Ilustrações: Clara Gavilan Ilustrações: Sabina Sombra Editora: Livros da Matriz
Editora: DCL
Editora: Guia dos Curiosos Editora: Moderna Categoria: Livros ilustrados e/ou
Categoria: Textos em verso
Categoria: Textos em prosa Categoria: Textos em verso livros de imagens para crianças
O aniversário Zoo
do Tiltapes Autoria e ilustrações:
Autoria: Christina Dias O gato e a pedra Jesús Gabán Bravo
Ilustrações: Elma Autoria e ilustrações: Editora: Projeto
Fernando A. Pires
Editora: Stamppa Categoria: Livros ilustrados e/ou
Editora: Callis livros de imagens para crianças
Categoria: Textos em prosa
Categoria: Livros ilustrados e/ou
livros de imagens para crianças
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Categoria 2 (2 o ano do ensino fundamental) - Acervo 1 Categoria 2 (2 o ano do ensino fundamental) - Acervo 1
As jabuticabas
Autoria: Monteiro Lobato Lulu ou a hora do lobo
Aventura animal Ladrão de galinha
Ilustrações: Roberto Weigand Autoria: João Pedro Mésseder
Autoria e ilustrações:
Editora: Globo Livros Autoria e ilustrações:
Fernando Vilela Ilustrações: Daniel Silvestre
Beatrice Rodriguez
Categoria: Textos em prosa Editora: Universo Livros da Silva
Editora: Escala Educacional
Categoria: Textos em prosa Editora: IMP
Categoria: Livros ilustrados
e/ou livros de imagens para Categoria: Textos em prosa
crianças e histórias em quadrinhos
Cai ou não cai? Haicais e animais Cocô de passarinho
Autoria: Jean Marcel e O balão O domador de monstros
Autoriae ilustrações:
Simone Alves Pedersen Autoria e iustrações: Autoria: Ana Maria Machado
Eva Furnari
Ilustrações: Ana Carolina Iabrudi Juste Daniel Cabral
Editora: Moderna Ilustrações: Suppa
Editora: Avis Brasilis Editora: Positivo
Categoria: Textos em prosa Editora: FTD
Categoria: Textos em verso Categoria: Livros ilustrados
Categoria: Textos em prosa
e/ou livros de imagens para
crianças e histórias em quadrinhos
PARLENDAS PARA BRINCAR Piolho na Rapunzel e A história de Emília À noite, a caminho de casa
Autoria: Josca Ailine Baroukh outros bichos em versos Autoria: Monteiro Lobato Autoria: Giovanna Zoboli
e Lucila Silva de Almeida Autoria: Leo Cunha Ilustrações: Taline Schubach Ilustrações: Guido Scarabottolo
Ilustrações: Camila Sampaio Ilustrações: Joãocaré Editora: Globo Livros Editora: Pequena Zahar
Editora: Guia dos Curiosos Editora: Projeto Categoria: Textos em prosa Categoria: Textos em prosa
Categoria: Textos em verso Categoria: Textos em verso
Abraço de pelúcia
Abc da água e mais poemas
Poesias do Nilo Pula, boi! Autoria: Selma Maria Autoria: Marta Lagarta
Autoria e ilustrações: Autoria e ilustrações: Ilustrações: Nina Anderson Ilustrações: Mariângela Haddad
Gilles Eduar Marilda Castanha
Editora: Guia dos Curiosos Editora: Gutenberg
Editora: Reviravolta Editora: Abril Educação
Categoria: Textos em prosa Categoria: Textos em verso
Categoria: Textos em verso Categoria: Textos em prosa
Travatrovas CHAPÉU
SAPO COMILÃO Autoria e ilustrações:
Autoria: Ciça Dentro deste livro
Autoria: Stela Barbieri Paul Hoppe
Ilustrações: Ziraldo moram dois crocodilos
Ilustrações: Fernando Vilela Editora: Brinque-Book
Editora: Planet Books Autoria: Claudia Souza
Editora: DCL Categoria: Textos em prosa
Categoria: Textos em verso Ilustrações: Ionit Zilberman
Categoria: Textos em prosa
Editora: Callis
Categoria: Textos em prosa
O violino
Mas por que??! Meu leão Autoria: Carolina Michelini Pantufa de cachorrinho
Autoria e ilustrações: Autoria e ilustrações: Ilustrações: Michele Iacocca Autoria e ilustrações:
Peter Schössow Mandana Sadat Editora: Saraiva Jorge Luján
Editora: Cosac & Naify Editora: Escala Educacional Categoria: Livros ilustrados Editora: Autêntica
Categoria: Livros ilustrados Categoria: Livros ilustrados e/ou livros de imagens para Categoria: Textos em verso
e/ou livros de imagens para e/ou livros de imagens para crianças e histórias em quadrinhos
crianças e histórias em quadrinhos crianças e histórias em quadrinhos
Psiu!
MINHOCAS COMEM AMENDOINS Moral da história... Autoria e ilustrações: Quando você não está aqui
Autoria e ilustrações: Fábulas de esopo Valeri Gorbachev
Autoria e ilustrações:
Elisa Géhin Autoria: Rosane Pamplona Editora: Jardim dos Livros María Hergueta
Editora: Jorge Zahar Editor Ilustrações: Eugenia Nobati Categoria: Textos em prosa Editora: O Jogo de Amarelinha
Categoria: Textos em prosa Editora: Elementar Categoria: Livros ilustrados
Categoria: Textos em prosa e/ou livros de imagens para
crianças e histórias em quadrinhos
Quibungo
Nícolas Autoria: Maria Clara Seu g.
O bode e a onça Cavalcanti Autoria e ilustrações:
Autoria: Agnès Laroche
Autoria: José Santos Ilustrações: Allan Rabelo Gustavo Roldán
Ilustrações: Stéphanie Augusseau
Ilustrações: Jô Oliveira Editora: Cata-Sonho Editora: SM
Editora: Aletria
Editora: Texto Editores Categoria: Livros ilustrados Categoria: Textos em prosa
Categoria: Textos em prosa e/ou livros de imagens para
Categoria: Textos em prosa
crianças e histórias em quadrinhos
Tantos barulhos
O convidado de raposela O livro dos trava-línguas
Autoria: Caio Riter Tato, o gato
Autoria e ilustrações: Autoria: António Mota
Ilustrações: Martina Schreiner Autoria e ilustrações:
Alex T. Smith Ilustrações: Elsa Fernandes Rob Scotton
Editora: Edelbra
Editora: Claro Enigma Editora: Texto Editores Editora: Rocco
Categoria: Textos em verso
Categoria: Textos em prosa Categoria: Textos em verso Categoria: Textos em prosa
O papagaio real
Uxa, ora fada, ora bruxa
Autoria: Luís da Câmara Cascudo O rabo do macaco
Autoria: Sylvia Orthof
Ilustrações: Claudia Scatamacchia Autoria: Sonia Junqueira
Ilustrações: Gê Orthof
Editora: Gaia Ilustrações: Rafael Anton
Editora: Nova Fronteira
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