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Estado,

Nação e
Governo
&
Princípios
Econômicos
Estado
• A palavra Estado foi utilizada pela primeira vez na obra O Príncipe, de Maquiavel
em 1513.Possui o sentido de Poder, Força, Direito.

• O Estado é a forma histórica de organização jurídica, limitado a um determinado


território, com população definida e dotado de soberania, que, em termos gerais
e no sentido moderno, configura-se como um poder supremo no plano interno e
um poder independente no plano internacional.

• Estado é a organização política-jurídica de uma nação para a promoção do bem-


estar de todos.
Nação
• Agrupamento de pessoas que dividem traços culturais comuns como:
• Idioma
• Costumes
• Religião
• História

• A nação pode existir sem Estado e pode existir Estado com mais de
uma nação, mas não pode existir Estado sem nação alguma, sem
povo.
Governo
• Organização administrativa do Estado;
• O Brasil é um Estado Federal, pois apresenta duas esferas de
governo: a nacional (União) e a regional (estados e municípios);
• O federalismo brasileiro é cooperativo, visto que a divisão de
competências não é rígida: há competências comuns e concorrentes,
com atuações conjuntas;
• O Estado Federal:
• Autonomia dos estados federados – Auto-organização, autogoverno, autoadministração.
• Não existe hierarquia entre União e estados, porém a autonomia dos estados sofre
restrições.
Administração Pública Brasileira
• Os Estados são denominados Unidades da Federação e podem
organizar livremente seus poderes (Legislativo – Executivo e
Judiciário) diferentemente dos municípios;
• A constituição estadual não pode contrariar a constituição federal;
• Constituição Federal – Constituição Estadual – Lei Orgânica Municipal;
• União é a parte integrante do Estado Federal, pessoa jurídica Direito
Público Interno, Estado Federal inclui a União, Estados, DF e
Municípios;
• União representa os estados em relações internacionais.
Estado Liberal
• Não Intervenção do Estado na economia;
• Evolução do modelo econômico patrimonialismo;
• Estado mínimo, menor custo, menos impostos;
• John Locke e Adam Smith (Riquezas nas Nações);
• Sistema Econômico Mercantilismo e Capitalismo;
• Estado deveria assegurar apenas o direito a propriedade, liberdade
individual e liberdade econômica;
Estado de Bem-estar Social
• A partir de 1930 (welfare state);
• Garantir as condições mínimas de existência e dignidade ao ser
humano;
• Estado assistencial – mínima renda, alimentação, saúde, habitação,
educação e segurança. Não como caridade, mas direito da população;
• Advento da democracia e maior participação da classe trabalhadora
na política;
• Maneira de amenizar problemas sociais do capitalismo;
• Amenizar efeitos da concentração de renda;
• Evitar o crescimento de ideais socialistas
Estado de Bem-estar Social
• Declínio a partir da década de 80 com sucessivas crises econômicas
• Excesso de demandas, custo alto da máquina pública;
• Reformas em diversos países;
• No Brasil, devido à ditadura, os princípios só chegariam com advento
da Constituição de 1988;
• Com os governos Collor e FHC, o Estado Brasileiro se distancia do
Bem-estar Social e adota o Neoliberalismo;
• No Governo Lula acontece uma reaproximação;
• Final do Governo Dilma e Temer reaproximação aos princípios
Neoliberais.
Modelos de
Administração Pública:
Modelo Patrimonialista

• Os portugueses quando colonizaram o Brasil


trouxeram o mesmo jeito de administração
da metrópole.
• Típico dos estados absolutistas europeus.
• Tudo que pertence ao Estado pertence ao
detentor do poder.
• Base na economia medieval e feudalismo,
serviço público prestado: segurança.
• Capitanias divididas entre 12 escolhidos para
administrar, criar leis e repassar aos seus
descendentes em troca de pagamentos de
impostos à coroa portuguesa.
1808: diante da ameaça de Napoleão Bonaparte em invadir
Portugal a corte real portuguesa vem ao Brasil.

Quando a família real aqui chega traz consigo funcionários e


representantes da gestão real portuguesa (aproximadamente
15 mil pessoas) para aqui instalar provisoriamente o império
português.

• Ordem para desocupação de residências;


• Criação de órgãos para ocupar a corte;
• Livre nomeação;

1822: Brasil Império, Constituição de 1824 permanece a


cultura patrimonialista.
• plenos poderes ao Imperador;
• mandato vitalício dos senadores;
• Senadores e presidentes de províncias escolhidos pelo
Imperador
• 1889, o Brasil torna-se uma República:

• Constituição de 1891 reduziu relativamente as


práticas patrimonialistas:

• Extinção do senado vitalício;

• Voto não-secreto;

• Destaca-se, neste ponto uma prática


patrimonialista tipicamente brasileira,
denominada coronelismo.
Coronelismo
• Grandes fazendeiros obrigavam os eleitores a votar em quem eles
indicassem, com a ameaça de lhes tirar emprego, moradia ou
qualquer outra coisa que ameaçasse sua sobrevivência, inclusive
com o uso de violência, em casos mais extremos.
• A prática do coronelismo acabou por suscitar o fenômeno
do clientelismo, ou seja, a relação estabelecida entre os coronéis e
os eleitores, onde os primeiros tornavam-se protetores destes, que
retribuíam os préstimos com a fidelidade do voto em quem eles
indicassem.
• Os eleitores em troca de favores diversos (alimento, moradia, perdão
de dívidas, emprego, etc.) garantiam o voto certo no candidato do
coronel.
Modelos de Administração Pública
• Modelo Patrimonialista
Sem distinção entre bens públicos e privados;
Sem carreiras e divisão do trabalho;
Coronelismo – Clientelismo – voto cabresto
Foco na vontade do soberano e não na população
Desorganização administrativa;
Corrupção e nepotismo
Modelos de
Administração
Pública – Modelo
Burocrático
• Getúlio Vargas assume o poder mediante
a revolução de 1930.
• Governadores (interventores) passam a
ser indicados pelo Presidente;
• o Congresso é suspenso;
• Poder Executivo passa a ser soberano;
• Censura.
• Departamento Administrativo do Serviço
Público – DASP - princípios da estrutura
burocrática
Modelos de
Administração Pública
– Modelo Burocrático
• Inauguração do primeiro curso de
administração no Brasil em 1952.
• Início de descentralização no governo de
Juscelino Kubitschek (1956-1961).
• Administração Pública Indireta Regime
Militar (1964-1985);
• Decreto-Lei nº 200 de 1967, que trata da
Reforma Administrativa do Estado, que
estabeleceu como princípios fundamentais
da Administração Federal: o planejamento,
a coordenação, a descentralização, a
delegação de competência e o controle.
Modelos de
Administração Pública –
Modelo Burocrático

Caráter legal das normas


Caráter formal das comunicações
Caráter Racional e divisão do trabalho
Hierarquia da autoridade
Rotinas e procedimentos padronizados
Impessoalidade nas relações
Meritocracia (concursos)
Especialização da administração
Controle da gestão
Foco na gestão e nos procedimentos
Max Weber
uma série de iniciativas foram tomadas pelos governos que se sucederam a partir da República Nova no sentido de
modernizar a administração pública brasileira.

O objetivo era dar conta das transformações pelas quais o país atravessou ao longo do século XX em busca do
desenvolvimento econômico, tendo o Estado como principal indutor.

Disfunções Burocráticas
Motivos do fracasso da burocracia
• Separação entre atores políticos e administradores;
• Fortalecimento do formalismo exacerbado;
• Problemas de desempenho – necessidade de empowerment;
• Crise fiscal – sucessivas crises econômicas no mundo;
• Evolução tecnológica e necessidade de adaptação rápida à mudanças
ambientais;
• Aumento das demandas sociais;
• Programa Nacional da Desburocratização – administração voltada
para o cidadão, desestatização, descentralização de decisões e
eficiência.
O modelo Gerencialista

Contexto:
• Globalização da economia;
• Avanço tecnológico na comunicação e indústria;
• Mundo multipolarizado (fim da era EUA x URSS);
• Avanço do mercado financeiro e da gestão das empresas;
• O Estado continua pesado para adaptar às mudanças;
• Estado burocrático não vai conseguir suprir.
Sistema
Econômico

Reunião dos diversos elementos participantes da


produção e do consumo de bens e serviços que satisfazem
às necessidades da sociedade, organizados não apenas do
ponto de vista econômico, mas também social e jurídico.
00
Relação de troca, força de trabalho
X
Salário para consumo

“Os elementos integrantes de um Sistema


econômico não são apenas pessoas, mas
todos os fatores de produção: trabalho,
capital e Recursos naturais”
00
Classificação dos Bens

Bens e Serviços de consumo


Bens e serviços que satisfazem às necessidades
das pessoas quando consumidos no estado em
que se encontram: roupas, alimentos, serviços
médicos

Bens e Serviço Intermediários


Bens e serviços que entram na produção de outros
bens e serviços e atingem ao público
indiretamente

Bens de Capital
Também não atendem diretamente Às
necessidades dos consumidores, mas destinam-se
a aumenta a eficiência do trabalho humano no
processo produtivo: máquinas, estradas etc..
EVOLUÇÃO DA COMPOSIÇÃO DO SISTEMA ECONÔMICO DO BRASIL
PRODUTO 1950 1960 1970 1980 1995 2005
PRIMÁRIO 24,4 40,8 36,9 155,9 35.555 105.163
SECUNDÁRIO 21,6 45,4 130,5 407,3 169.578 539.316
TERCIÁRIO 45,8 94,1 192,6 633,9 410.938 1.197.774
PRODUTO INTERNO
91,8 180,3 360 1197,1 705.641 2.147.239
LÍQUIDO/ PIB

ANO
SETOR
1950 1980 1995 2005
PRIMÁRIO 27% 13% 9% 9%
SECUNDÁRIO 24% 34% 30% 28%
TERCIÁRIO 49% 53% 61% 63%

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