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DIREITO

ECONÓMICO
NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE DIREITO ECONÓMICO
DEFINIÇÃO

•O direito económico é o ramo do direito público que disciplina a


condução da vida económica da Nação, objectivando estudar,
disciplinar e harmonizar as relações jurídicas entre os entes públicos
e os agentes privados, detentores dos factores de produção, nos limites
estabelecidos para a intervenção do Estado na ordem económica.
• Compreende basicamente a regulação jurídica com papel económico.
Tudo aquilo que regula a economia ou o funcionamento dos mercados,
através de dispositivos jurídicos de controlo, é o exercício do direito
económico.
•O Direito Económico trata da jurisdicionalização do sistema
económico.
OBJECTO

• O Direito Económico tem o objecto de cuidar das normas de intervenção


do Estado no domínio económico, estabelecendo políticas específicas,
coibindo condutas e prevendo as formas de fiscalização, regulação e
participação do Estado na atividade. O estudo do direito económico
envolve, inicialmente, a preocupação com a compreensão do que seja
actividade económica, principalmente, o seu modo de acontecer, para que
as normas jurídicas não interfiram nas regras naturais da ciência
económica.
AGENTES ECONÓMICOS

• CONCEITO
• Um agente económico é todo indivíduo, ambiente ou entidade que tenha
a capacidade de influênciar e movimentar a economia. Isso acontece por
meio das ações possíveis a cada um deles.
• As funções são diferentes de acordo com o agente económico em questão.
Juntos, eles formam uma relação completa entre todos os aspectos
necessários para o funcionamento da economia.
•São cinco principais agentes económicos: famílias, empresas,
mercado, Estado e o resto do mundo. Vamos, a seguir, explicar cada um
deles individualmente, relatando a sua importância e o seu papel no
contexto da economia.
FAMÍLIA

• A família é o agrupamento dado ao conjunto de pessoas físicas que


actuam no mercado como consumidores de bens e serviços, assim
como mão de obra para trabalho e produção. O consumo é a principal
função desse agente económico.
EMPRESAS

• As empresas também desempenham papel importante dentro da


economia, na medida em que elas oferecem seus produtos e serviços para
as famílias. Elas, portanto, desempenham o papel de produção dos bens
e dos serviços.
• A função das empresas, embora sejam instituições, ficam a cargo dos
empresários que as possuem. Ou seja, em outras palavras, estamos
falando dos empreendedores que possuem capital e máquinas para
exercer a produção.
MERCADO

• O mercado não é exatamente um agente económico no sentido de ser


uma pessoa ou entidade, mas um ambiente que resume o encontro
entre as famílias e as empresas, que vimos anteriormente. Nele é onde
acontece todo processo de compra e venda entre consumidores e
empresários.
•Os agentes económicos, que actuam no mercado são as empresas,
grupos económicos, Estado, organismos nacionais ou internacionais e o
próprio individuo.
ESTADO

• Aqui, a principal função é a distribuição da riqueza e a preocupação com


as necessidades coletivas. Além disso, é a entidade com maior poder para
ajustes e definições de mercado, especialmente por meio dos órgãos
relacionados à economia e definições de políticas económicas e
monetárias.
MUNDO

•Em tempos de globalização, o mundo também vira um agente económico.


Isso porque as relações entre países são cada vez maiores e, no contexto
actual, influenciam diretamente a economia. A sua função é de permitir o
intercâmbio de bens, serviços e capitais.
ORIGEM

•O Direito económico surgiu da através da Revolução Burguesa, pela


necessidade que a economia individual, tinha de actuar com liberdade,
enfrentando a monopolização de poder das mãos dos senhores feudais, que
impediam a iniciativa privada, impulsionando assim uma das maiores
revoluções da história. Esta revolução, fez dos comerciantes, senhores e
possuidores dos meios de produção.
•O direito à liberdade, vida e primordialmente a propriedade foram
ratificados e logo a adiante constitucionalizados. Estas conquistas eram
fundamentais para que o capitalismo liberal fosse implantado e
desenvolvido.
•Observou-se principalmente após a primeira e segunda guerras mundiais
que o Estado Liberal abusou de sua liberdade e entrou em colapso, pois, a
suposta igualdade de concorrência prometida pelo sistema Liberal era
apenas uma utopia que no fim aumentou as desigualdades e conflitos
entre Nações e Estados. Foi devido a concentração de riquezas nas mãos de
poucos que as injustiças sociais e Estatais encontraram terreno fértil,
acarretando em lutas de classes sócias internas e em guerras no campo
externo.
• Foi diante desta necessidade que o Direito Económico se desenvolveu. No
fim do século XIX vemos o surgimento do Estado Intervencionista que
“puxou” para si toda a responsabilidade de gestão, tornando-se um tipo de
“Estado-Pai”, proporcionando um povo ocioso que buscou, ou busca no
Estado a resolução de todas suas necessidades. Vale aferir que também
começou a se desenvolver uma visão macroeconómica da economia, saindo
daquela visão microeconómica, um tanto quanto, fundamentalista do
Estado Liberal. É após a segunda guerra mundial que o Estado
Intervencionista interfere fortemente na Ordem Económica.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA

•Os Estados nacionais necessitavam, então, de que as actividades


económicas de seus particulares se voltassem às demandas da guerra.
No entanto, não tinham todos os particulares interesse nisso
• Os Estados, a partir desse momento, iniciam um processo de
regulamentação das atividades económicas, promovendo diretrizes e
direcionamentos à esfera económica por meio de dispositivos jurídicos
normativos. A Primeira Guerra implantou, nos mais diversos Estados
nacionais do mundo, projetos políticos, económicos e sociais, sendo tida
como diretriz principal de gestão pelo mundo durante a sua ocorrência.
Influenciou tanto aspectos sociais quanto económicos, políticos e
culturais de toda sorte, direta ou indiretamente, no mundo todo.
• Por meio das normas instituídas para o regulamento das actividades
económicas, iniciou-se a criação de um ramo do direito para estudar e
normatizar a actividade do estado de regulamentação na esfera
económica: o Direito Económico.
•A Democracia com sua ênfase no princípio da dignidade da pessoa
humana, liberdade e igualdade, sem dúvidas cooperou para a evolução do
Direito Económico como aquele que trabalha em função de harmonizar as
relações entre os mais fracos e os mais fortes.

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