Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Baseada num paradigma que, não é eterno, sujeito assim a anomalias que não vai
conseguir explicar mais a teoria, deparando-se assim com ruturas. Esta rutura não elimina
factos, estes ficam lá. Não se faz a pesquisa desde o início, tem-se sempre em
consideração as teorias anteriores como ponto de partida para uma evolução.
Afirma que existem duas ciências: a ciência normal, que representa grande parte
do tempo, sendo uma fase estável onde se trabalha em torno de uma teoria. E a ciência
extraordinária, que se encontra fora do processo normal da ciência.
Corpúsculos, identidades que se movimentam: luz -> teoria de Newton, têm ondas
corpuscular, teoria corpuscular da luz.
Antes não conseguiam explicar como se produzia luz, Einstein com a teoria da
relatividade em que é uma onda e corpuscular.
Heliocentrismo vs Geocentrismo
Karl Popper, diz que uma teoria só é científica se for falsificável, ou seja, a teoria só avança
aplicando o falsificacionismo.
Teoria Ad-hoc: não é científica, pois afirma algo, mas não nega nada
Teoria falsificável: é científica, pois integra os critérios para a sua falsificação. Afirma
umas coisas e nega outras. É sujeita a uma avaliação e teste empírico.
Douglas (1970) usa dois fatores para explicar a diferente abertura dos grupos à aceitação
e exploração de anomalias:
Group (grupo): a extensão do grau de coesão face ao exterior. Ex.: Uma seita religiosa é
um high group
22 de Novembro
Nível Micro: nível mais simples (interacionismo simbólico); olha para a Sociedade como
uma lupa.
Tudo é analisado.
3. Explicação simétrica: O mesmo tipo de causas deve ser usado para explicar crenças
consideradas verdadeiras e falsas (as razões que damos para o insucesso difere das
razões que damos para o sucesso, justificação diferente; a ciência tem tendência de dar
um tratamento desigual ao que vai de encontro como a sua perspetiva)
A Escola de Edimburgo diz que existem fatores sociais e políticos (massa cinzenta)
para explicar esta situação. As crenças não derivam apenas das evidências. Por exemplo,
as mesmas observações empíricas da posição da terra face ao sol, justificam teorias
diferentes para geocentristas e heliocentristas. As teorias são geradas pelas crenças e
experiências de cada um.
29 de Novembro
Etnometodologia e Estudos Laboratoriais
- De referência etnometodológica
- Inquérito detalhado ao processo contingente que constitui a investigação
científica
- “Laboratory Life” (1979), Latour & Woolgar
- Mostrou que aquilo que os cientistas dizem que fazem não é aquilo que
realmente fazem. Há coisas interessantes mas que não conseguem explicadas e vão para
o lixo. Outras são logo deitadas ao lixo. Em 1000 análises apenas são escritas em papers
e partilhadas uma ou duas que são escolhidas por alguém com experiência e com
influência. Se essa pessoa diz que x vai par ao lixo e apenas o y fica, os cientistas seguem.
O que acontece é distorcido da realidade, porque assim que publicado os cientistas dizem
que foi apenas assim que aconteceu mas na realidade deitaram fora 999 análises que
podiam dar outro resultado. Portanto não podemos dizer que o que é publicado é a
realidade. A ciência é influenciada pela sociedade, por aquilo que é aceite, o que vai
vender mais e o que é mais apelativo. O que realmente acontece é:
Inscrições – sintetiza o trabalho que selecionamos; os resultados são colocados
em inscrições; usam-se para sustentar as modalidades; são os meios representativos
entre os dados empíricos e as modalidades. São os gráficos, são as representações de
dados para suportar a ideia. Copernico foi o único que conseguiu mostrar em esquemas
a teoria que afirmava, coisa que mais ninguém fazia. Não é literalmente a realidade mas
sim o que queremos mostrar.
Modalidades – não são ainda a teoria provada; são afirmações feitas pelos
cientistas e o modo como estas são apresentadas ao leitor (preposições científicas). São
afirmações do que vemos nas inscrições, o argumento que sai naturalmente das
inscrições que supostamente saem naturalmente, em bruto, da Natureza.
Segregação – processo progressivo em ciência de separarmos as modalidades das
inscrições; transformamos os resultados de uma investigação científica em realidade
Inversão – transformamos um fenómeno construído pelo social, num que não é
mais refutado; aquilo que aceitamos como realidade natural, pode não ter nada a haver
com a realidade natural
As teorias científicas são como mandar uma bola. A maioria das vezes cai ao chão
porque ninguém quer saber da bola. Atiramos a teoria e ninguém liga à teoria. Em
ciências naturais há poucas revistas logo as teorias são muito mais vistas do que em
ciências sociais, pois há imensas revistas logo a probabilidade se ligarem à minha teoria
é baixa. Mas quando ligam às teorias os atores humanos são grupos que mobilizam
teorias. Ex: quando um professor partilha o paper com os alunos. Um aluno conta a
alguém, remobilizam a teoria dando “pontapés na bola”. Outro fator podem ser os meios
de comunicação social, redes sociais também mobilizam as ideias. Descrevem as redes
para vermos o que de facto está a acontecer.
Nós temos de abrir a caixa e a teoria e ver que não é uma unidade, é como o capô
do carro, envolve objetos, máquinas, pessoas que estão interligadas e mostram o que é,
pode ser, vai ser. Só o fazemos quando algo vai contra a nossa teoria.
Não há teorias verdadeiras ou falsas, há ideias que foram reificadas numa rede,
quando largam as bolas elas perdem as forças
2. Principais objetivos:
Estudar o modo como a política e a cultura influenciam a pesquisa científica e o
desenvolvimento tecnológico, bem como estudar o modo como a ciência e a tecnologia
influenciam a política e a cultura.
Pretendeu-se pois estudar a influência, reconhecida como biunívoca, entre a
sociedade e a ciência e tecnologia (Embeddedness social da ciência e da tecnologia) -
Desde o primeiro momento, pretendeu-se rebater o determinismo científico e
tecnológico com teorias construtivistas sociais (Construção social da tecnologia - SCOT).
Via verde, não se desenvolveria num contexto onde a mobilidade seriam burros.
Só existe porque dependem de enormes investimentos, que preciso de ajuda do estado,
de criação de portagens, o sistema surge porque já existiam estradas e portagens e fazia
falta haver algo para aumentar a rapidez dos pagamentos. (construtivismo)
Tecnociência: área de estudos da STS (sciense technology study) que se foca na ligação
inseparável da ciência e da tecnologia. Relações entre tecnologia e a ciência. Apresenta
duas perspetivas:
Modelo hierárquico: a ciência precede e alimenta a tecnologia; desenvolvimento
tecnológico depende da ciência. Pressupõe que há uma relação de dependência entre
ciência e tecnologia. A ciência desenvolve novas ideias que podem ser aplicadas com o
avanço da tecnologia. Antes da tecnologia vem a ciência. A ciência é mais importante do
que a tecnologia.
Modelo interativo: relações biunívocas (ex. Harrison e a longitude). Tanto a
tecnologia influencia a ciência como vice-versa. Depende dos casos, há uns casos que a
ciência precede a tecnologia como o contrário. Não há nenhuma relação de dependência.
Este exemplo é a ideia de que quando analisamos a tecnologia temos de ser neutros e
objetivos. Dar a mesma relevância, reagir da mesma forma, todos têm a mesma
importância. Temos de perceber ambos os argumentos, nesta teoria, sendo neutros. Não
tomamos posição. Analise ausente de juízos de valor.
Ex: Redes sociais
Argumentos contra: proteção de dados (Facebook); são utilizadas a nível de
instrumentalização política (Bolsonaro) e os direitos de autor (artigo 13). Alienam os
utilizadores
Argumentos a favor: sociabilidade facilitada, democratização do poder comunicacional e
um novo espaço público podendo agir.
Ex: Lawson’s bicycle, como é que a bicicleta chegou a este produto final.
Críticas (Winner, 1993, "Upon Opening the Black Box and Finding it Empty: Social
Constructivism and the Philosophy of Technology”):