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CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS – FÍSICA (AULA 01)

PROFESSOR: JONATHAS PEREIRA


ALUNO (A): ___________________________________________________________________ TURMA:__________

PARA O ESTUDANTE

Você sabe que não pode se divertir em um jogo a menos que conheça suas regras, seja
ele um jogo de bola, um jogo de computador ou simplesmente um passatempo. Da mesma forma,
você não pode apreciar plenamente o que o cerca até que tenha compreendido as leis da
natureza. A física é o estudo dessas leis, que lhe mostrará como tudo na natureza está
maravilhosamente conectado. Assim, a principal razão para estudá-La é aperfeiçoar a maneira
como você enxerga o mundo. Você verá a estrutura matemática da física em várias equações,
mas as verá como guias do pensamento, mais do que como receitas para realizar cálculos. Eu me
divirto com a física, e você também se divertirá – pois a compreenderá.

1. O QUE É A FÍSICA?

Física é a ciência que estuda a natureza em seus aspectos mais gerais, desde o micro (como a Física
Quântica) até o macro (como a Astronomia). O termo vem do grego φύσις (physiké), que significa natureza.
Atualmente, é dificílimo definir qual o campo de atuação da física, pois ela aparece em diferentes campos do
conhecimento que, à primeira vista, parecem completamente descorrelacionados.
Como ciência, faz uso do método científico. Baseia-se essencialmente na matemática e na lógica para
a formulação de seus conceitos.

2. OS MÉTODOS CIENTÍFICOS

Não existe um único método científico. Existem, porém,


características comuns na maneira como os cientistas realizam
seu trabalho. Isso remonta ao filósofo inglês Francis Bacon
(1561-1626) e ao físico italiano Galileu Galilei (1564-1642). Eles
se libertaram dos métodos dos gregos, obtendo conclusões a
respeito do mundo físico raciocinando a partir de hipóteses
arbitrárias (axiomas). O cientista moderno trabalha primeiro
examinando a maneira como realmente o mundo funciona e,
então, construindo uma estrutura para explicar suas descobertas.
Embora nenhuma descrição do método científico do tipo “receita de bolo” seja efetivamente adequada,
algumas ou todas as etapas abaixo são geralmente presentes na forma como os cientistas realizam seu trabalho:

1) Observar, identificar uma questão ou um enigma – tal como um fato não explicado.
2) Formular um palpite bem desenvolvido – uma hipótese – capaz de resolver o enigma.
3) Prever consequências da hipótese (deduções).
4) Realizar experimentos ou cálculos para testar as previsões.
5) Formular a lei mais simples que organiza os três ingredientes principais: hipótese, efeitos preditos e
resultados experimentais (conclusão).

Embora esses passos sejam atraentes, muito do progresso científico adveio de tentativa e erro,
experimentação realizada na ausência de hipótese ou, simplesmente, de uma descoberta acidental feita por
uma mente treinada. O sucesso da ciência reside mais sobre uma atitude comum aos cientistas do que sobre
um método particular. Essa atitude científica consiste em questionar, ter integridade e ter humildade – isto é,
ter disposição em admitir que erros tenham sido cometidos.
É comum se pensar num fato como algo imutável e absoluto. Em ciência, porém, um fato é geralmente
uma concordância estreita entre observadores competentes sobre uma série de observações do mesmo
fenômeno. Por exemplo, onde antes era fato que o universo era imutável e permanente, hoje é um fato que ele
está se expandindo e evoluindo. Uma hipótese científica, por outro lado, é uma suposição culta somente
tomada como factual depois de testada pelos experimentos. Após ser testada muitas e muitas vezes e não ser
negada, uma hipótese pode tornar-se uma lei ou princípio.
Se as descobertas de um cientista evidenciam uma
contradição a uma hipótese, lei ou princípio, então devem ser
abandonadas cientificamente – não importa a reputação ou a
autoridade das pessoas que as defendem. Por exemplo, o
filósofo grego altamente respeitável Aristóteles (384-322
a.C.) afirmava que um objeto cai com uma velocidade
proporcional ao seu peso. Essa ideia foi aceita como
verdadeira por quase 2.000 anos, por causa da grande
autoridade de Aristóteles. Galileu supostamente demonstrou
a falsidade da afirmativa de Aristóteles com um experimento
– mostrando que objetos leves e pesados caíam da Torre
Inclinada de Pisa com valores de rapidez aproximadamente
iguais.
No espírito científico, um único experimento comprovadamente contrário tem mais valor do que
qualquer autoridade, não importa sua reputação ou o número de seus seguidores. Portanto, hoje, argumentos
de apelo à autoridade têm pouco valor.
Os cientistas devem aceitar descobertas experimentais mesmo quando gostariam que fossem diferentes.
Devem esforçar-se para distinguir entre o que veem e o que desejam ver, pois os cientistas, como as pessoas,
têm grande capacidade de enganar a si mesmos. As suposições mais difundidas são frequentemente as menos
questionadas. Muitas vezes, quando uma ideia é adotada, uma atenção especial dada aos casos que parecem
corroborá-la, ao passo que aqueles casos que parecem refutá-la são distorcidos, depreciados ou ignorados.
A regra que norteia a ciência é a de que todas as hipóteses devem ser testáveis – devem ser passíveis,
pelo menos em princípio, de ser negadas. É mais importante, na ciência, que exista um modo de provar que
uma ideia está errada do que existir uma maneira de provar ser correta. Este é um dos principais fatores que
distingue a ciência da não ciência. À primeira vista, isso pode soar estranho, pois quando nos perguntamos
sobre a maioria das coisas, preocupamo-nos em encontrar maneiras de revelar se elas são verdadeiras. As
hipóteses científicas são diferentes. De fato, se você deseja descobrir se uma hipótese é científica ou não, veja
se existe um teste para comprovar que é errônea. Se não existir teste algum para provar sua falsidade, então a
hipótese é não científica. Albert Einstein pôs isso muito bem quando declarou que “nenhum número de
experimentos pode provar que estou certo; um único experimento pode provar que estou errado”.
Considere a hipótese “o alinhamento dos planetas no céu determina a melhor ocasião para tomar
decisões”. Muitas pessoas acreditam nela, mas tal hipótese é não científica. Não se pode provar que está errada,
nem correta. Ela é uma especulação. Analogamente, a hipótese “existe vida inteligente em outros planetas em
algum lugar do universo” não é científica. Embora possa ser provada como correta pela verificação por um
único exemplo de vida inteligente em algum outro lugar do universo, não existe maneira de provar que ela
está errada. Se procurássemos nas regiões mais longínquas do universo ao longo de eras e não encontrássemos
vida, não poderíamos provar que ela não existe “na próxima esquina”. Por outro lado, a hipótese “não existe
outra forma de vida inteligente no universo” é científica. Você sabe por quê?
Uma hipótese passível de ser demonstrada como certa, mas impossível de ser negada não é uma
científica. Muitas dessas afirmativas são completamente razoáveis, mas estão fora do domínio da ciência.
EXERCÍCIO

1ª) Quando fazemos afirmações prévias, as quais podem ser verdadeiras ou não, para explicar um
determinado fenômeno, estamos elaborando:

a) uma teoria. b) uma hipótese.


c) uma observação. d) uma lei.

2ª) A partir das informações dadas, enumere as informações, em ordem sequencial, de acordo com as etapas
do método científico:

(___) Conclusões.
(___) Possíveis respostas para a pergunta em questão.
(___) Etapa experimental.
(___) Dúvida sobre determinado fenômeno da natureza (questionamento).
(___) Levantamento de deduções.

3ª) A hipótese “não existe outra forma de vida inteligente no universo” é científica? Por quê?
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4ª) Baseado no texto sobre método científico, no seu dia a dia, na sua cultura e vivência, elabore uma
hipótese científica e uma não científica, justificando o porquê a hipótese é ou não é científica (Obs.: não use
a mesma usada na apostila e na aula!).
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