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Introdução
Você é uma dessas pessoas curiosas, que observam o mundo com atenção e procuram realmente compreende-
lo? Que levam sempre em conta o que já se conhece sobre determinado assunto antes de tirar suas conclusões?
Em caso afirmativo, seu procedimento segue alguns dos princípios do método empregado pelos cientistas para
fazer ciência. Mas o que é ciência, afinal? Em linhas gerais, pode-se definir ciência como um método rigoroso para
investigar a natureza, tentando explicá-la de acordo com regras lógicas. Nessa empreitada, o cientista utiliza
procedimentos -métodos científicos – que se assemelham aos empregados pelos detetives em suas
investigações.
A ciência é prática. Ainda que a ciência ocasionalmente envolva aprendizado com base em manuais e aulas, sua
principal atividade é a descoberta. A descoberta é um processo ativo, presente, não algo para ser realizado
apenas por estudiosos isolados do mundo. Ela é tanto uma busca por informação quanto um esforço por explicar
como essa informação se combina de maneira significativa. Quase sempre a ciência procura respostas para
questões muito práticas: como a atividade humana afeta o aquecimento global? Por que as populações de
abelhas estão subitamente se reduzindo na América do Norte? O que permite aos pássaros migrar por distâncias
tão longas? Como se formam os buracos negros?
A ciência se baseia na observação. Os cientistas empregam todos os seus sentidos para recolher informações
sobre o mundo que os cerca. Ocasionalmente eles as recolhem de maneira direta, sem a intervenção de
ferramentas ou aparatos. Em outras ocasiões empregam equipamentos como telescópios ou microscópios, a fim
de recolher informações de maneira indireta. De qualquer maneira, os cientistas registrarão aquilo que vêem,
ouvem e sentem. Essas observações registradas são conhecidas como dados.
A ciência (do latim scientia, que significa "conhecimento") é o exame e a verificação da experiência humana; é a
maneira cuidadosa e organizada de estudar uma folha de goiabeira, um cão, um vírus ou mesmo o
universo inteiro. O que a move é a curiosidade!
Quando pensamos em um cientista, geralmente a imagem que nos vem é a de alguém com ar pensativo, vestindo
um longo avental, em um laboratório cheio de frascos fumegantes e equipamentos eletrônicos. Embora as
"ferramentas" que utilizem — máquinas fotográficas, microscópio tabela com números etc. — sejam diferentes,
todas buscam solucionar questões e compreender o mundo em que vivemos.
Então, por que o método científico continua a ser um mistério para tanta gente? Um dos motivos talvez seja o
nome. A palavra "método" sugere uma espécie de fórmula secreta, disponível apenas para cientistas altamente
treinados, mas isso não procede. O método científico é algo que todos nós podemos usar a qualquer momento.
De fato, adotar algumas das atividades básicas do método científico - ser curioso, fazer perguntas, procurar
respostas - é algo natural em todo ser humano.
Os cientistas são pessoas reais: têm ambições, receios e também cometem erros. A ciência não faz julgamentos;
os cientistas, porém, como qualquer pessoa, podem fazê-los. Sabemos, por exemplo, que as usinas nucleares
geradoras de eletricidade podem trazer riscos à saúde das pessoas. Por meio de experimentos, a ciência pode
quantificar esses riscos, estabelecendo relação entre a dose de radiação e as lesões que ela causa. A partir dessa
informação, todos — e não apenas os cientistas — poderão fazer seu próprio julgamento e decidir se querem ou
não a construção de usinas nucleares nas regiões em que vivem.
Os cientistas procuram construir representações precisas (ou seja, consistentes e não arbitrárias) do mundo que
nos cerca. Porém, as convicções pessoais — de natureza religiosa, cultural ou política — e o contexto histórico,
social e econômico podem influenciar a percepção que eles têm dos fenômenos e o modo como os interpretam.
Reconhecendo esse fato, a ciência adota critérios que visam minimizar essas influências. O conjunto de
procedimentos padrão adotados com essa finalidade constitui o método científico.
O trabalho dos cientistas — isoladamente ou em equipe — é a investigação, e a maneira como cada um executa
suas tarefas difere de acordo com a área do conhecimento em que atua e suas características pessoais. Os
cientistas lidam com fatos, idéias, hipóteses, dados experimentais e teorias.
Vejamos um exemplo do cotidiano, embora aparentemente "pouco científico": logo pela manhã, você tenta dar a
partida no automóvel, mas ele não pega.
O automóvel não dá a partida.
Esse é um fato, ou seja, algo que pode ser observado, constatado, percebido etc. Muitas coisas podem passa por
sua cabeça, e você pode ter diversas idéias a respeito. O que aconteceu? Quando aconteceu? Por que
aconteceu?
Em uma possível explicação, você afirma:
O automóvel não pega porque está com a bateria descarregada.
Trata-se de uma hipótese, mas você pode acreditar tão firmemente nela que a considera a única explicação
possível para o fato observado. Porém outra pessoa, girando a chave de ignição, nota que as lâmpadas do painel
se acendem, e que os faróis e o toca-fitas podem ser ligados normalmente. Esse outro observador alega, então,
que o defeito está no motor e não na bateria.
E agora? Contrariado, você quer demonstrar a exatidão de sua hipótese. Para isso, pede a um mecânico que
meça a carga elétrica da bateria. Testando assim a hipótese, poderá concluir por sua veracidade ou não.
Antes de testar nossa hipótese, devemos fazer o máximo de observações possíveis, porque, muitas vezes, ao
submeter determinada hipótese a avaliações ou experimentos, deparamo-nos com outros fatos capazes de
levantar novas questões. Abrindo o compartimento do motor do automóvel, por exemplo, você verifica que um dos
cabos conectados à bateria está coberto por um estranho material esverdeado. O que será aquilo?
Os caminhos da ciência são cheios de encruzilhadas. Uma vez despertada a curiosidade do cientista, ele pode
imaginar outras experiências e lidar com os novos fatos que observou.
As conclusões do método científico são universais, ou seja, sua aceitação não depende do prestígio ou do poder
de persuasão do pesquisador, mas de suas evidências científicas. Além disso, elas são repetíveis, isto é, podem
ser refeitas e confirmadas por qualquer outro pesquisador que realize os mesmos experimentos ou observações.
Veja outro exemplo onde apesar da brincadeira utilizamos as etapas do método cientifico no nosso dia a dia:
Como conquistar uma mulher utilizando o método científico (adaptado). Seguiremos as etapas do método
científico:
A observação do fenômeno
O primeiro passo é determinar a mulher que você está a fim. Observar seus olhos, sua boca, seu corpo, verificar
se ela realmente faz o seu tipo. Mas cuidado para não se tornar inconveniente, pois a primeira impressão é a que
fica, existe uma linha tênue entre ser pervertido e sensual. Lembre-se que qualquer defeito pode esfriar esse
momento em ambas as partes, tais como a voz, o sorriso, a beleza, como está vestido...
Levantamento de questões (Problematização). Em busca de informações
Nesse passo, procurar amigos(as) que a conhece, saber onde mora, onde trabalha e/ou estuda, seus hobbies,
seu gosto musical, os lugares que ela gosta de freqüentar, ou seja, tudo que se relacione a ela. Se ela tiver
irmãos, e/ou é casada, tenha muito cuidado, qualquer passo em falso pode lhe trazer inúmeros problemas,
principalmente físicos.
A formulação de hipóteses
Nessa etapa, de posse das informações obtidas, você vai planejar como chegar nela. Ou seja, como vai dar o
bote. Treinar e saber usar bem as palavras, isso é fundamental, além da boa aparência. Não se esqueça de
elogiá-la de uma maneira não tão vulgar, basta um adjetivo fora do contexto e tudo vai por água abaixo. Um
detalhe, nessa etapa vale treinar com o espelho, com uma vassoura, o que estiver mais próximo.
A comprovação experimental
É a etapa aonde você vai por a prova tudo que foi planejado no item anterior. Pode ser que dê tudo errado, já que
a primeira vez é sempre uma tortura, caso isso aconteça, volte ao 2º passo e reinicie tudo de novo. Lembre-se,
seu laboratório poder ser qualquer lugar, que seja aconchegante e que ela se sinta bem. No final, você fará suas
conclusões e comunicará a todos do seu sucesso! Mas lembre-se que as mulheres são seres complicados, e as
condições iniciais de cada uma variam, portanto é necessário pesquisar uma quantidade bem grande para se ter
uma amostra mais confiável.
Conclusão. . A elaboração de Leis e Teorias
Nessa última etapa, se você chegou até aqui, suas hipóteses foram comprovadas, ou seja, suas hipóteses foram
comprovadas. Como já mencionei, nem todas são iguais logo, lembre-se que a prática leva a perfeição. Assim
você já saberá como chegar a outras mulheres com mais facilidade.
Experimentos controlados
Na realização de um experimento, um desafio é o controle sobre todas as variáveis envolvidas. Vejamos um
exemplo: um médico que atende pessoas adultas acredita existir correlação entre o hábito de fumar e as doenças
do coração. Sua hipótese é que "pessoas que fumam têm mais doenças do coração que as que não fumam". Ele
passa a acompanhar centenas de fumantes durante vários anos, verificando que 30% deles têm algum tipo de
doença cardíaca. Conclui, então, que "fumar aumenta a chance de ter doenças cardíacas".
Você aceitaria sem restrições essa conclusão? Que objeções poderiam fazer? Em primeiro lugar, precisamos
conhecer qual é a incidência de doenças cardíacas entre os não-fumantes, para saber se de fato ela é maior entre
os fumantes. Em segundo lugar, devemos saber se as pessoas que apresentaram doenças cardíacas tinham,
além do hábito de fumar, outros fatores capazes de provocá-las, tais como pressão arterial elevada, idade
avançada, vida sedentária etc. Essas são outras variáveis importantes para esse problema.
Uma forma de testar essa hipótese é a execução de um experimento controlado, que pode envolver o
acompanhamento de dois grupos homogêneos, ou seja, formados por pessoas de mesma faixa etária, mesmo
sexo, pressão sanguínea inicialmente normal etc. A única diferença entre eles deve ser a variável que está sendo
testada; no caso, o hábito de fumar: um grupo de fumantes e um grupo de não-fumantes. Assim, as conclusões
obtidas podem ter valor.
É importante que os grupos tenham certo número mínimo de indivíduos, porque amostras muito pequenas podem
levar a erros provocados pelo acaso. O grupo de não-fumantes — chamado grupo- controle — será comparado
com o de fumantes —, que é o grupo experimental. A única diferença entre os dois grupos deve ser a variável que
está sendo testada: no caso, o hábito de fumar.
Vejamos outro caso: um laboratório farmacêutico desenvolveu uma droga para o tratamento de vermes intestinais
em cães e garante sua eficácia em 70% dos casos; um laboratório concorrente alega que ela "não vale nada".
Vamos realizar um experimento controlado para descobrir se a droga é eficaz. Inicialmente, separamos dois
grupos de cães parasitados, que devem pertencer à mesma raça, ter aproximadamente a mesma idade e não
apresentar outras doenças associadas. O grupo experimental recebe a droga na dose adequada; aos animais do
grupo-controle é dado um medicamento sem nenhum efeito, como farinha. Esse "falso remédio" é denominado
placebo. Tal procedimento é necessário para se evitar a crítica de que a doença está sendo tratada não pela
droga, mas apenas por se estar dando algo estranho aos cães.
Depois de efetuado o tratamento, poderemos dizer se a taxa de cura entre os animais do grupo experimental, que
receberam o novo medicamento, foi maior do que entre os animais do grupo-controle, que receberam o placebo.
Efeito placebo é a melhora que os doentes podem apresentar, causada apenas pelo fato de receberem certa
medicação, independentemente das reais propriedades curativas que esta possa ter.
Exercício de Fixação
Observe-a.
De acordo com as figuras e o assunto abordado, analise as alternativas a seguir e assinale a que REPRESENTA
os passos correspondentes à experimentação (parte prática) evidenciada no desenvolvimento de uma pesquisa
científica.
a) I, II e III. b) I e III, apenas c) I e II, apenas. d) II e III, apenas.