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BIOLOGIA
10.o ano de escolaridade
Ano de escolaridade
10.o Ano
Autores
Alcina Mendes
Eduardo Pinheiro
Conceição Santos
Coordenadora de disciplina
Conceição Santos
Ilustração
Joana Santos
Catarina Pereira
Design e Paginação
Esfera Crítica Unipessoal, Lda.
Catarina Pereira
Impressão e Acabamento
Grafica Nacional, Lda.
ISBN
978 - 989 - 8547 - 10 - 1
1ª Edição
Conceção e elaboração
Universidade de Aveiro
2012
Este guia de professor é propriedade do Ministério da Educação da República Democrática de Timor-Leste, estando proibida a sua
utilização para fins comerciais.
Os sítios da Internet referidos ao longo deste livro encontram-se ativos à data de publicação. Considerando a existência de alguma
volatilidade na Internet, o seu conteúdo e acessibilidade poderão sofrer eventuais alterações.
Índice
1 Orientações Metodológicas
6 1.1 Educação para o desenvolvimento sustentável
7 1.2 Orientações didáticas
7 1.2.1 Centralidade dos alunos nos processos de ensino e de aprendizagem
7 1.2.2 Promoção da colaboração e da comunicação interpares
8 1.2.3 Realização de atividades práticas
10 1.2.4 Exploração de interrelações Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS)
11 1.2.5 Integração de aspetos da história da ciência
12 1.3 Avaliação das aprendizagens
12 1.3.1 Modalidades de avaliação
13 1.3.2 Orientações didáticas para a implementação e a avaliação de
trabalhos práticos
17 1.3.3 Orientações didáticas para a construção de provas de avaliação
2 Operacionalização do programa
21 2.1 Unidade Temática 1 – Biodiversidade e dinâmicas de vida
21 2.1.1 Subtema 1.1 – Diversidade ecológica em Timor-Leste e no mundo
24 2.1.2 Subtema 1.2 – Dinâmicas ecológicas
28 2.1.3 Subtema 1.3 – Intervenção humana e sustentabilidade
29 2.1.4 Recursos científicos e didáticos
33 2.1.5 Itens de avaliação de aprendizagens
37 2.2 Unidade Temática 2 – Interações biológicas e saúde humana
38 2.2.1 Subtema 2.1 – Obtenção de nutrientes pelo organismo humano
47 2.2.2 Subtema 2.2 – Exploração do organismo humano por seres vivos
53 2.2.3 Recursos científicos e didáticos
57 2.2.4 Itens de avaliação de aprendizagens
61 2.3 Unidade Temática 3 – Matéria e energia para a vida
62 2.3.1 Subtema 3.1 – Obter matéria por heterotrofia
69 2.3.2 Subtema 3.2 – Energia para a vida
74 2.3.3 Subtema 3.3 – Obter matéria por autotrofia
78 2.3.4 Recursos científicos e didáticos
83 2.3.5 Itens de avaliação de aprendizagens
86 2.4 Avaliação global de aprendizagens
87 2.4.1 Planificação de prova global de avaliação
88 2.4.2 Exemplo de prova global de avaliação
92 2.4.3 Matriz final da prova e pontuação de itens de avaliação
93 2.4.4 Critérios de classificação dos itens de avaliação
3
O B J E T I V O S
Operacionalização do programa
1 Orientações Metodológicas
Desenvolvimento sustentável é uma questão de cultura que integra conceitos científicos e princípios morais:
corresponde a uma proposta de mudança, vinculada a metas de paz, de direitos humanos e de justiça, de
proteção das dinâmicas naturais e da biodiversidade.
A promoção de um desenvolvimento sustentável envolve processos complexos que exigem a articulação de
diversas dimensões, de âmbito económico, social e ambiental, mobilizando pessoas e comunidades a diversos
níveis, do local ao global. Esta mobilização exige dinâmicas formativas e educativas que capacitem todos os
setores da sociedade para inovarem e localmente resistirem a processos insustentáveis de desenvolvimento.
As metas da educação para o desenvolvimento sustentável destinam-se a todos os cidadãos, uma vez que se
pretende contribuir para que as pessoas desenvolvam conhecimentos, atitudes, perspetivas e competências para
tomarem decisões informadas e, nos seus quotidianos, agirem em coerência com ideias de desenvolvimento
sustentável.
O programa de biologia do ensino secundário está concebido tendo em conta as recomendações internacionais
que enquadram os reptos de Educação para o Desenvolvimento Sustentável e as Metas de Desenvolvimento
do Milénio definidas pelas Nações Unidas, como se depreende de sua construção concetual em torno da ideia
central “Biodiversidade: conhecer e valorizar para viver melhor”.
Ao longo do programa, o estudo da diversidade biológica envolve a exploração de conceitos científicos e
6
tecnológicos, a sua relação com aspetos do dia a dia dos alunos, bem como o desenvolvimento de novas opiniões
e valores.
Orientações didáticas | 7
Como vão trabalhar? Que registos devem efetuar? Como os vão partilhar?). Caso seja necessário pesquisar
informação, devem ser referidas as fontes que podem ou devem ser consultadas (ex. livros, revistas, sítios da
web, texto do manual). Em suma, qualquer que seja a metodologia adotada, esta deve ficar bem clarificada para
o aluno (ex. com um guião fornecido pelo professor ou elaborado pelo estudante).
A comunicação é um fator chave de aprendizagem, pelo que deve prevalecer um clima favorável ao diálogo
entre os alunos e entre estes e o professor. Deste modo os alunos terão oportunidade de apresentar as suas
ideias, confrontá-las com as dos seus colegas e com outras versões mais científicas veiculadas pelo professor.
Deve privilegiar-se, de igual modo, a comunicação escrita e oral. Para que o discurso oral do aluno seja claro
e organizado, este deve aprender a sistematizar, previamente, as ideias chave que pretende partilhar com os
colegas e professor.
8 | Orientações metodológicas
Trabalho prático
A distinção entre atividade laboratorial e de campo decorre, intuitivamente, do local onde a atividade tem
lugar: laboratorial, se mobiliza materiais e equipamentos de um laboratório, mais ou menos convencional
(desde que estejam reunidas condições de segurança para o desenvolvimento dos processos em estudo); de
campo se ocorrem em ambiente exterior à sala de aula, ou seja, no local onde os fenómenos acontecem e
podem ser estudados (ex. praia, jardim, fábrica,…). Neste contexto, as atividades de campo devem ser vistas
como acontecimentos contextualizados que dão continuidade às atividades realizadas na sala de aula e que são
retomadas nas aulas posteriores à saída.
O critério que determina se uma atividade possui ou não natureza experimental, decorre da condição experimental
estar reservada às situações em que o aluno consciencializa a necessidade de controlar e manipular variáveis, o
que poderá ocorrer em ambiente laboratorial, no campo, ou ainda, recorrendo a um programa informático de
simulação de fenómenos.
Não será indiferente o professor utilizar uma ou outra tipologia de atividade prática, pois as oportunidades de
aprendizagem que cada uma proporciona são diferentes.
As atividades práticas podem ser concebidas com diferentes graus de complexidade e de abertura. Todas as
atividades práticas devem ser criteriosamente planificadas, pois para além dos conceitos e da natureza das
tarefas, o papel que o professor e o aluno desempenham vão determinar as competências que o aluno pode
desenvolver, bem como o grau de dificuldade que terá de enfrentar.
As atividades laboratoriais, por exemplo, podem assumir diferentes formatos, envolvendo requisitos concetuais
e processuais diferentes, servindo, assim, propósitos educativos distintos:
Orientações didáticas | 9
variáveis (ex: testar a ação da temperatura na atividade da amilase);
- as investigações possuem caraterísticas do trabalho científico e são centradas na resolução de problemas
(ex: estudar o impacte da construção de uma ponte na diversidade de macroinvertebrados de um ribeiro).
Subjacente a esta listagem de exemplos encontra-se uma complexidade processual crescente, a qual exige uma
seleção pedagógica criteriosa.
O papel atribuído ao professor e ao aluno durante uma atividade prática pode determinar o valor pedagógico de
cada tipo de atividade. Por exemplo, numa demonstração, para que o papel do aluno não se limite à observação
passiva, importa implicá-lo na montagem de dispositivos, na previsão de resultados, na interpretação e na
explicação dos acontecimentos, pois o envolvimento cognitivo é muito importante para a aprendizagem de
conceitos.
Na planificação de cada atividade prática, o professor deve regular o grau de dificuldade em função do
desenvolvimento dos alunos, do seu grau de autonomia, e das competências que se pretendem desenvolver. Em
síntese, o grau de dificuldade de uma atividade será maior se, entre outros aspetos:
O grau de abertura das tarefas é um aspeto que condiciona o sucesso da atividade prática, pelo que este deve
ser bem ponderado pelo professor. Trata-se de decidir qual o papel do professor e qual o papel do aluno em cada
etapa do processo, nomeadamente, na definição do problema, na seleção das fontes de informação a pesquisar,
na definição dos procedimentos a utilizar e na forma de interpretar os resultados.
10 | Orientações metodológicas
Esta orientação metodológica visa a alfabetização científica dos alunos, valorizando a possibilidade de se tornarem
cidadãos capazes de assumir posturas críticas e responsáveis, face ao desafio de participarem nos processos
democráticos de tomada de decisão, quando estão em jogo questões de natureza científica e tecnológica com
impacte social e ou ambiental.
Nesta perspetiva didática é indispensável que o estudo dos conceitos e dos processos científicos previstos no
programa de biologia também inclua a exploração de aspetos de natureza tecnológica, social e ambiental,
relacionados com a génese e aplicação dos conhecimentos.
Assume-se, assim, que a exploração das interrelações Ciência – Tecnologia – Sociedade (CTS) permite realizar
abordagens de ensino integradoras e globalizantes, privilegiando a formação de cidadãos cientificamente cultos,
capazes de participar de forma ativa e responsável em sociedades abertas e democráticas. Na prática pretende-
se que o aluno conheça e compreenda o mundo onde vive, pelo que os processos de ensino e de aprendizagem
devem promover a exploração da relação entre o conhecimento, o desenvolvimento e a qualidade de vida do
homem e da natureza.
Num ensino de cariz CTS, o contexto assume-se como ponto de partida e de chegada, em que teoria e prática
surgem de forma integrada e contextualizada. As atividades práticas não são, portanto, um fim em si mesmo,
mas um meio privilegiado de recolha de informação que pode ajudar a compreender problemáticas atuais,
locais, regionais ou globais, e a desenvolver competências diversificadas.
Neste contexto, os processos de ensino e de aprendizagem devem ser centrados em problemáticas com
significado para os alunos, ou seja, organizados numa perspetiva de resolução de problemas.
Um problema é sempre abrangente e de difícil solução. A sua compreensão exige selecionar caminhos de
resolução e deve supor a formulação de questões, articuladas e progressivamente mais simples, suscetíveis de
orientar a definição de percursos de aprendizagem intencionais.
A resolução de problemas deverá incluir o desenvolvimento de atividades de planificação, pesquisa de informação,
execução de atividades práticas, avaliação de resultados e, desejavelmente, a confrontação e avaliação de
argumentos, assim como a síntese de informação.
Orientações didáticas | 11
permite que os alunos compreendam a dimensão cultural do empreendimento científico.
Esta dimensão metodológica pode envolver a recapitulação de fases essenciais da construção dos conhecimentos
científicos, permitindo apresentar a ciência como um empreendimento humano que envolve processos pessoais
e sociais.
Importa, porém, selecionar criteriosamente os episódios cruciais, evitando a reconstrução de um elevado
número de factos históricos, ou a exploração de narrativas empíricas sem qualquer critério.
A utilização de estratégias de ensino baseadas em exemplos históricos permite colocar os alunos nas situações
problemáticas em que estiveram envolvidos os cientistas no passado, mostrando o caminho por eles percorrido,
as dificuldades que sentiram e como as superaram.
As abordagens da história da ciência ajudam os alunos a tomarem consciência da natureza do conhecimento
científico (não definitivo, questionável e em constante evolução), refletirem sobre a sua objetividade e
compreenderem o papel que a comunidade científica assume na sua legitimação.
12 | Orientações metodológicas
1.3.2 Orientações didáticas para a implementação e a avaliação de trabalhos práticos
Qualidade e pertinência
ou conceitos essenciais
apresentações dos
Correção científica
Esclarecimento de
Comunicação oral
Envolvimento nas
Organização da
Qualidade da
apresentação
Total
questões
colegas
(valores)
Valores
Alunos 2 4 4 4 2 2 2 20
Nota: A pontuação em valores é ilustrativa, pois poderia ter sido considerada outra escala de classificação
Independentemente das pontuações atribuídas a cada item, será importante que o professor estabeleça critérios
que lhe permitam decidir como pontuar a prestação de cada aluno. Apresenta-se, em seguida, como exemplo,
uma proposta de critérios de ponderação para o item “Envolvimento nas apresentações dos colegas”.
Envolvimento nas apresentações de outros colegas – pontuação máxima 2 valores (por ex.)
Muito atento e crítico (toma notas, coloca questões pertinentes, solicita esclarecimentos …) 2
Desempenho intermédio 1,5
Atento (toma notas, acompanha a exposição, …) 1
Desempenho intermédio 0,5
Desatento, perturbador ou desrespeitador 0
Se o aluno ainda não domina o processo de construção de um mapa de conceitos, o professor deve fornecer
orientações, como por exemplo as seguintes:
- Elaborar uma lista de conceitos relativos a um assunto em estudo (o professor pode fornecer a lista);
- Escrever em cartão, ou papel, cada um dos conceitos e colocá-los sobre a mesa de trabalho;
- Colocar o conceito mais abrangente no topo do mapa; este vai determinar a sua organização;
14 | Orientações metodológicas
- Dispor os restantes conceitos, por baixo do conceito principal: do mais geral para o mais particular, em
diferentes níveis, do topo para a base;
- Desenhar linhas entre os conceitos que estão relacionados;
- Escolher palavras que relacionam os conceitos, de modo a obter frases corretas;
- Usar linhas tracejadas, com palavras de ligação, para estabelecer ligações cruzadas;
- Rever e registar o mapa no caderno, num cartaz, ou no quadro.
O mapa de conceitos pode ser um importante instrumento de recolha de dados sobre as aprendizagens dos
alunos, em avaliação diagnóstica, como em avaliação formativa ou sumativa. Os mapas construídos pelos alunos
podem ser diferentes entre si, e diferentes daquele que foi elaborado pelo professor, estando igualmente
corretos.
Na avaliação dos mapas de conceitos podem ser tidos em conta, por exemplo, os seguintes critérios:
- Número de conceitos que o mapa contém. Tem todos os conceitos contidos no texto de referência? Que
outros conceitos foram acrescentados pelo estudante?
- Ligações entre os conceitos. As ligações estão corretas? Todos os conceitos estão ligados entre si?
- Número de ligações cruzadas.
- Hierarquia dos conceitos. A disposição dos conceitos tem em conta a sua hierarquia?
- Número de exemplos incluídos. Os exemplos estão corretos?
Caso o professor pretenda classificar um mapa de conceitos, deverá atribuir uma pontuação a cada um dos
itens e estabelecer os respetivos critérios de ponderação, tendo em conta a escala de classificação adotada e a
resposta considerada correta.
Diagrama em Vê
Na avaliação dos trabalhos práticos de natureza laboratorial ou experimental, o professor pode recorrer a
registos elaborados pelos estudantes como, por exemplo, o diagrama em Vê (ou Vê de Gowin). Este diagrama
permite visualizar as atividades desenvolvidas desde a sua conceção e realização, passando pela recolha e
transformação dos dados, até à formulação de juízos cognitivos e de valor. O esquema seguinte (figura 5) ilustra
como a informação pode ser organizada num diagrama em Vê.
Relatório científico
Na concretização de trabalhos práticos, de natureza laboratorial ou experimental, o professor pode solicitar
que os alunos elaborem um relatório científico, como estratégia de aprendizagem e de recolha de dados para
avaliação. Consoante a autonomia dos alunos e as competências que pretenda ver desenvolvidas o professor
decidirá qual o grau de abertura desta tarefa (se mais fechada e definida pelo professor, ou se mais aberta à
iniciativa dos alunos).
O professor deverá clarificar, sempre, quais os critérios de avaliação e ponderação que utilizará para avaliar o
documento que venha a ser elaborado pelo aluno.
A organização do relatório científico deverá ser adequada ao trabalho desenvolvido, no entanto, poder-se-á
considerar o seguinte plano geral de organização:
1. Título (poderá ser fornecido pelo professor ou deixado ao critério do aluno; neste último caso poderá ser
avaliada a sua pertinência e criatividade)
2. Fundamentação teórica (o professor poderá estabelecer tópicos ou deixar que o aluno selecione a
informação que considerar mais pertinente)
3. Problema / Questão (este elemento do relatório também poderá ser colocado logo a seguir ao título,
especialmente se não houver lugar à definição de hipóteses de trabalho)
4. Hipóteses de trabalho
5. Procedimentos / Desenho experimental (caso se proceda à execução de um guião que esteja definido
no manual do aluno não fará sentido que haja transcrição dessa informação, bastará fazer referência ao
documento). Esta secção poderá incluir os seguintes elementos:
• Listagem de materiais;
• Descrição dos procedimentos de montagem, podendo ser ilustrados com esquemas (nos trabalhos
de cariz experimental importa identificar dispositivos controlo e as variáveis).
6. Resultados (podem ser apresentados de várias formas, consoante a natureza do trabalho realizado;
desenhos, tabelas, gráficos, textos, …)
7. Discussão de resultados o professor poderá dar orientações específicas aos alunos, ou formular essas
recomendações na forma de questões, como por exemplo as seguintes:
• O que significam os resultados que foram obtidos / como interpretar os resultados?
• As hipóteses foram ou não confirmadas?
• Em que medida os resultados permitem responder à questão / ao problema?
• Que aspetos podem ter condicionado os resultados?
• Que variáveis não foram previstas / controladas?
16 | Orientações metodológicas
8. Conclusão
• Qual a resposta possível para a questão / o problema?
• Que outras questões se colocam e que seria interessante investigar?
9. Referências (o aluno deverá indicar as referências consultadas, ainda que seja apenas o seu manual; este
exercício serve para que aprenda a citar corretamente um livro numa bibliografia)
As condições em que decorre a realização da prova devem ser ponderadas. Se os alunos estiverem muito
próximos poderão ser tentados a confrontar as respostas aos itens de seleção, pelo que nesse caso se devem
preparar diferentes versões das provas (ex. alterando a ordem das alternativas de resposta).
18 | Orientações metodológicas
- Uniformizar a redação dos itens de uma mesma prova;
- Formular uma única questão ou tarefa em cada item;
- Evitar itens cuja resposta dependa de resposta correta a outros itens;
- Não usar indicadores que induzam a resposta / resposta parcial no enunciado;
- Preferir usar formulações afirmativas, ou seja, evitar a forma negativa;
- No caso dos itens com alternativas, todas as frases devem ser plausíveis e de extensão semelhante;
- Ponderar o número de itens em função do tempo disponível, considerando: o tempo necessário para que
o aluno analise a informação fornecida; a extensão da resposta exigida;
- Uniformizar as pontuações de itens com igual formato / extensão de resposta equivalente.
No final deste guia apresenta-se o processo de construção de uma prova global que permite documentar alguns
dos aspetos discutidos nesta secção.
2 Operacionalização do programa
O programa da disciplina de Biologia pretende contribuir para o desenvolvimento integrado de competências de
natureza concetual, processual e atitudinal.
2
2.1 - Obtenção de nutrientes pelo organismo humano 15
Interações biológicas e
2.2 - Exploração do organismo humano por seres vivos 15
saúde humana
Total TL de 50 minutos 95
Nesta secção, apresentam-se algumas sugestões para a gestão do programa, nomeadamente de orientação do
ensino e da aprendizagem, como formas de começar, desenvolver, articular e concluir as abordagens didáticas.
Para cada subtema apresentam-se recursos didáticos que visam apoiar o professor no processo de implementação
do programa. Tratando-se de sugestões que não contemplam as condições contextuais em que decorre a
lecionação, caberá sempre ao professor decidir da pertinência das propostas, da sequenciação das atividades,
bem como do seu completamento com outras iniciativas.
As sugestões de planificação letiva relativas a cada um dos subtemas incluem:
- proposta de gestão do tempo disponível;
- sugestões de atividades de ensino (AE) que contemplam a mobilização didática das atividades práticas
sugeridas no manual do aluno; em muitos casos apresentam-se sugestões de dinâmicas de trabalho
(ex. trabalho em grupo, debate plenário, …), bem como sugestões de resposta, ou de clarificação da
intencionalidade das questões colocadas aos alunos;
As planificações letivas de cada subtema preveem, sempre, uma margem de 50 minutos destinada a promover a
consolidação de saberes; esta etapa poderá corresponder ao último tempo de lecionação do subtema, ou poderá
ser distribuída pelas várias aulas do subtema, consoante o professor considerar mais adequado. Caso ocorra no
final da lecionação do subtema, depois de explorados os conteúdos e realizadas as atividades propostas, as
dinâmicas de consolidação de saberes podem ser as seguintes:
- Realização dos exercícios de aplicação que se encontram no final de cada subtema; os alunos poderão
realizá-los em casa, ou na aula, individualmente ou em grupo. Importa que tenham oportunidade de
receber um feedback do professor, expondo dúvidas e dificuldades;
20 | Operacionalização do programa
- Exploração dos conceitos chave e metas de aprendizagem que são apresentados no início de cada
subtema, analisando em que medida se pode considerar terem sido atingidos;
- Levantamento e listagem de todos os conceitos que se encontram destacados ao longo do texto do
manual, verificando o seu entendimento, o que pode ser feito através da elaboração de mapas de
conceitos pelos alunos, em grupos ou em plenário.
Neste guia, para cada unidade temática, para além das sugestões de operacionalização do programa, apresentam-
se também alguns recursos científicos e didáticos (ex. textos de aprofundamento, quadros síntese, referências,
…). Para cada unidade sugerem-se, também, exemplos de itens de avaliação que podem apoiar o processo de
avaliação das aprendizagens dos alunos.
No final das sugestões de operacionalização das três unidades temáticas (secções 2.1, 2.2 e 2.3 deste guia)
apresenta-se (na secção 2.4) um exemplo de prova global de avaliação, descrevendo o processo que assegurou
a planificação da prova, a construção de itens e de critérios de classificação.
Planificação letiva
Consolidação de saberes 1
AE 1 – Contextualização
Relembrar os conceitos de ecologia e de diversidade na introdução do tema, partindo da questão:
Explorar a questão em interação oral com os alunos, de modo a efetuar o levantamento dos seus conhecimentos
e fazer o registo, no quadro, dos exemplos que eles vão referindo, separando os espaços naturais terrestres dos
espaços naturais aquáticos e salientando as caraterísticas que os distinguem.
Finalizado o trabalho de grupo, deve organizar-se a discussão plenária. Prever a possibilidade de os alunos não
estarem habituados a esta metodologia de trabalho, explicando as suas potencialidades, como se vai processar,
como cada um deve intervir, que registos todos devem efetuar.
Após as apresentações e a síntese das diferentes ideias, resultantes das pesquisas dos alunos dos diferentes
grupos, poderão ser colocadas algumas novas questões:
Como se explicam as diferenças climáticas e biológicas que possuem os diferentes espaços naturais?
Que caraterísticas possuem os ecossistemas nas diferentes regiões da Terra?
A exploração das questões oralmente, em plenário, possibilitará ao professor enfatizar a relação entre os fatores
fisicoquímicos de cada espaço natural e as espécies que os podem povoar. Deste modo poder-se-á introduzir
a noção de Bioma, diferenciando ecossistemas aquáticos de terrestres, caraterizando e comparando os que
existem em Timor-Leste com os que são típicos de outras zonas da Terra.
22 | Operacionalização do programa
competências de seleção e de síntese da informação apresentada no manual.
Dando continuidade ao questionamento já iniciado colocar e explorar novas questões, como as seguintes:
A resposta dos alunos a estas questões será provavelmente baseada no estudo das áreas de Timor-Leste.
Explorar com os alunos o texto do manual relativo aos biomas aquáticos, ajudando-os a identificar os aspetos
chave e a elaborar um registo síntese.
1 - A exploração do mapa pode ser feito em plenário ou em grupo. Colocar algumas questões, para verificar
se os alunos estão a compreender o mapa e a ler as legendas. Exemplos de questões:
Quantos Biomas estão assinalados? Como se distribuem os Biomas na Terra?
Timor-Leste pertence a que Bioma? E a Austrália? Por que razão não terá o mesmo Bioma que Timor-Leste?
2 - Dividir os alunos em grupos (múltiplos de 4) e atribuir um Bioma.
- Ajudar os alunos a identificar as secções do texto em que está a informação a tratar;
- Estabelecer tempo limite (sugestão 15 minutos) e clarificar em que formato se deseja a síntese das ideias
chave;
- Proceder à apresentação plenária das conclusões dos grupos. Organizar as intervenções por tema;
- Salientar alguns aspetos que todos devem registar de cada um dos Biomas: pode fazer-se através de síntese
no quadro / organização de um mural com os resumos dos alunos e um desenho ampliado do mapa dos
Biomas, …
3 - A resolução deste exercício de interpretação do gráfico pode ser incluído na tarefa do grupo ou decorrer
totalmente em plenário:
3a) Precipitação e Temperatura. / 3b) Floresta Húmida Tropical.
3c) Precipitação inferior a 100 cm e temperatura média entre os 8 e os 15 graus negativos.
3d) As temperaturas são semelhantes, entre 18 e 30°C; a precipitação é bastante diferente, já que no Bioma
Savana está compreendida entre 50 e 140 cm e na Floresta Tropical entre 260 e 450 cm.
3e) (A) A precipitação muito baixa, inferior a 50 cm; (B) A temperatura, sempre acima de 15°C.
Organizar um mapa de conceitos com os alunos. Consultar as instruções apresentadas na página 14 deste
guia, ajustando-as à possibilidade de os alunos estarem a realizar esta tarefa pela primeira vez.
Caso os alunos contactem com esta representação pela primeira vez, importa que o resultado final seja
bastante simples, para que compreendam bem a sua lógica e potencialidades.
Exemplo de mapa de conceitos simples sobre Biomas:
Planificação letiva
24 | Operacionalização do programa
Sucessão ecológica AE 9 – Atividade Prática 1.2.6 página 36 do manual do aluno 1
Consolidação de saberes 1
Sugestões de operacionalização
Acerca da questão proposta o professor recolhe e sintetiza as diferentes participações individuais dos alunos.
Poderá ser elaborado no quadro um pequeno esquema síntese, com os diferentes fatores abióticos sugeridos
pelos alunos e a relação que foi, por eles, estabelecida entre os seres vivos.
1 - Espécie A, pois sobrevive entre -20°C e 40°C, enquanto a espécie B apenas sobrevive entre 20°C e 40°C.
2 - Se a temperatura influencia a sobrevivência da espécie, ela só poderá existir em locais onde a temperatura
for compreendida entre os limites aceitáveis, portanto a espécie B apenas existirá em locais com temperaturas
entre 20°C e 40°C que são muito poucos, logo terá uma distribuição mais reduzida.
Utilizando as ideias que anteriormente foram evocadas pelos alunos na resolução da atividade 1.2.1 caraterizar
e distinguir as diferentes relações bióticas, salientando que estas podem ser favoráveis ou desfavoráveis para os
seres ou as espécies envolvidas, explorando a tabela 1.2.1.
26 | Operacionalização do programa
a concretização da atividade.
Proposta de resolução e exploração:
1 - São interespecíficas as relações descritas nas frases B; C; D e E. A frase A descreve uma relação intraespecífica.
2 - A: Canibalismo; B: Predação; C: Garças e parasitas Predação; Garças e Bois Mutualismo; Bois e parasitas
Parasitismo; D: Simbiose.
3 - Na relação A a fêmea constitui o predador e o macho a presa. Na relação B as estrelas do mar constituem
o predador e o mexilhão a presa. No caso C as garças são o predador e os parasitas as presas; O boi é o
hospedeiro dos parasitas. No caso D o piolho é parasita e o Homem é o hospedeiro.
Tendo presente as ideias já discutidas em momentos anteriores dialogar com os alunos de modo a que eles
apresentem respostas à questão apresentando exemplos de cadeias e/ou teias alimentares mais ou menos
complexas, que poderão agora servir de objeto de partida para a abordagem pretendida.
Planificação letiva
Consolidação de saberes 1
Sugestões de operacionalização
Registar, em plenário, as respostas que os alunos vão propondo oralmente, identificando algumas ações
28 | Operacionalização do programa
antrópicas que têm impacte em Timor-Leste.
A informação necessária para a concretização desta atividade é a que se encontra no manual do aluno. Pretende-
se o desenvolvimento de competências de síntese de informação.
Noções de ecologia
A ecologia pode ser considerada um ramo da
biologia. Estuda a constituição das populações, das
comunidades e dos ecossistemas, bem como as suas
relações de interdependência. A ecologia abrange
desde o estudo de processos globais, ao nível da
biosfera, até a um nível mais restrito como as relações
interespecíficas, de predação ou polinização.
A ecologia também se pode centrar no estudo
das dinâmicas e crescimento das populações, seu
crescimento e variações, designando-se, nesse caso,
ecologia das populações.
O crescimento das populações depende das limitações
impostas pelas componentes abióticas e bióticas
do ecossistema. Segundo Malthus, sem a influência
desses limites naturais, o número de indivíduos de
uma população tende a crescer exponencialmente.
O conceito de ecossistema é muito abrangente, abarcando desde os ecossistemas naturais a outros muito
modificados, como uma cidade ou aldeia. Neste sentido, o estudo dos ecossistemas pode centrar-se na
caraterização de espaços naturais (desde uma floresta até a um canteiro de jardim abandonado), ou no estudo
de ecossistemas antrópicos, nos quais predominam os animais que interagem com o homem (ex. parasitas como
os mosquitos), ou que foram domesticados (ex. galo, cão, vaca…). O papel do homem, como omnívoro, como
selecionador das espécies e dos seus cruzamentos reprodutivos, bem como agricultor, posiciona-o num nicho
ecológico único, desempenhando vários papéis simultaneamente.
As populações, as comunidades e os ecossistemas estão em constante mudança. Estas mudanças dependem de
interações entre os componentes abióticos e bióticos. Em Timor-Leste, esta dinâmica pode ser ilustrada com a
evolução dos recifes de corais.
Os corais são invertebrados marinhos, podendo ser solitários ou coloniais. Estes últimos constroem recifes. A
colónia é constituída por milhões de pequenos corais que, individualmente, segregam um esqueleto de carbonato
de cálcio, formando-se, assim progressivamente um edifício calcário de grandes dimensões. Os recifes de coral
são, provavelmente, as comunidades mais ricas e complexas dos oceanos. A edificação de um recife, num dado
local, atrai outros seres vivos, como peixes, polvos, caranguejos e camarões, estabelecendo-se uma comunidade
com elevada biodiversidade. Este é um exemplo de como uma espécie pode modificar o ambiente, alargando
essa influência a outros seres vivos.
30 | Operacionalização do programa
O estudo das mudanças verificadas em populações, ou comunidades, de um ecossistema levou ao
desenvolvimento do conceito de sucessão ecológica. Este termo refere-se à sequência de comunidades que
se vão progressivamente substituindo num dado local: desde a colonização até a comunidade clímax, ou seja
àquela que se afigura estável no tempo, que se considera em equilíbrio dinâmico.
Quando há intervenção antrópica sobre os ecossistemas, a ação do homem contraria a sucessão natural, levando
ao desenvolvimento de um novo processo, que se designará sucessão secundária.
Exemplos de sucessões secundárias de origem antrópica podem ser explorados descrevendo as comunidades de
qualquer aldeia ou cidade, de um campo agrícola de arroz, de milho ou de uma floresta plantada pelo homem
(floresta secundária).
Muitas vezes a progressão pode não chegar à comunidade clímax, pois pode ocorrer a morte e o desaparecimento
do ecossistema devido ao esgotamento de recursos. Um exemplo de uma sucessão deste tipo corresponde à
evolução das comunidades bióticas que se estabelecem no processo de decomposição de um cadáver. Com o
esgotamento da matéria orgânica, o microecossistema acaba também por desaparecer.
As ações que o homem exerce nos ecossistemas podem ter impactes enormes no seu equilíbrio. Essa influência
pode decorrer de ações individuais ou coletivas, de uma cidade, de um país, ou à escala do planeta.
Um dos grandes desafios que se coloca à população humana é conseguir melhorar a sua qualidade de vida,
utilizando os recursos naturais do seu planeta, mas conseguindo fazê-lo sem criar desequilíbrios. Este
desenvolvimento, sem consequências negativas para os ecossistemas, designa-se desenvolvimento sustentável.
A ecologia humana tem como objeto de estudo a relação do homem com o seu ambiente natural.
Os combustíveis fósseis formaram-se a partir de processos muito lentos de decomposição anaeróbia de seres
vivos. Por esse motivo são formados por compostos de carbono que possuem elevado potencial energético. A
sua extração e combustão tem levado a que o carbono armazenado nestes recursos se liberte, sob a forma de
CO2 e CO, e se acumule na atmosfera. Um aumento da quantidade de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera
facilita a retenção das radiações térmicas na Terra, acentuando o chamado efeito de estufa do planeta. Por outro
lado, as atividades humanas que reduzem o número de seres produtores, como a desflorestação, provocam uma
diminuição da reabsorção deste CO2, uma vez que estes seres utilizam este gás na fotossíntese.
O aquecimento global do planeta Terra pode ter efeitos drásticos, como por exemplo os seguintes:
- O aquecimento das regiões polares pode conduzir ao degelo das grandes massas de água geladas que
existem nos pólos; este acontecimento pode provocar a subida do nível médio dos mares, inundando as
zonas costeiras;
- O aumento da instabilidade do clima na Terra pode aumentar a frequência de grandes desastres naturais,
como períodos de seca extrema, tempestades, e extinção de espécies que não toleram o aumento médio
de temperatura.
O monóxido de carbono (CO) é um gás que se liga com grande afinidade à hemoglobina dos eritrócitos,
comprometendo a sua capacidade de transportar o oxigénio até às células, o que pode levar à morte por asfixia,
ou seja por bloqueio dos processos de respiração aeróbia.
Todos os países produtores de petróleo deveriam tomar fortes medidas de prevenção da poluição por
derramamento de petróleo. Este composto é um contaminante muito prejudicial. Forma manchas à superfície
Agendar a saída verificando a sua compatibilidade com outras atividades escolares dos alunos;
Determinar os objetivos e as atividades a realizar no campo;
Organizar os alunos em grupos e distribuir tarefas aos grupos de trabalho;
Preparar os alunos para que dominem as técnicas de observação e colheita que serão aplicadas;
Selecionar criteriosamente todo o material a transportar;
Consultar os serviços de meteorologia para prever o estado do tempo;
Recomendar vestuário prático, confortável e que seja o adequado para as previsões meteorológicas;
Dependendo do tempo previsto para a visita é importante pensar em levar um pequeno lanche e água;
Levar sacos para o lixo que depois serão colocados em local apropriado.
O Estudo de um ecossistema terrestre que não esteja muito distante das instalações da Escola constitui uma boa
escolha, já que os alunos poderão lá voltar se considerarem necessário proceder à recolha de alguns dados cujo
registo não foi efetuado durante a saída de campo.
Registo de dados sobre os componentes abióticos do ecossistema:
Solo: verificar o seu aspeto (se possui partículas soltas e secas ou unidas e húmidas); se recebe muita ou pouca
luz (se há plantas de grande porte e copa larga que não permitem a penetração dos raios de sol até ao solo);
Temperatura: levar termómetros para medir a temperatura do ar, junto à superfície do solo, a 5 cm de
profundidade, …
Os ecossistemas não devem ser perturbados pela deslocação e portanto não devem ser retirados do espaço
natural exemplares completos das diferentes espécies observadas. Existem sempre no solo, por exemplo,
pequenas partes de plantas como folhas, pétalas de flor, frutos, sementes, etc,... que podem ser recolhidos
para posterior análise e identificação das plantas existentes, sem causar impacto negativo na zona visitada.
Também se pode recorrer complementarmente a registo fotográfico, ou esquematização, e usar esse tipo
de registos para a caraterização posterior de seres vivos. Caso se façam fotografias é importante colocar
objetos cuja dimensão seja conhecida, de modo a ter-se uma noção correta das dimensões dos órgãos e ou
exemplares fotografados.
32 | Operacionalização do programa
Todo o material recolhido deve ser devidamente acondicionado em sacos apropriados e etiquetado.
Devem ser recolhidos diferentes órgãos de plantas (folhas, flores, frutos, sementes, etc,...) que possibilitem a
sua identificação e portanto a constatação, por parte dos alunos da diversidade.
Relativamente aos animais, será crucial proceder a anotações das caraterísticas dos que são visíveis (nas
árvores, nos arbustos, nas flores, no solo, etc,...). Efetuar registos fotográficos ou esquematizar, sempre que
possível, e estabelecer as relações existentes entre eles (sempre que possível).
Salienta-se que a pertinência da saída de campo decorre da importância que possui para estudar a biodiversidade
dos espaços naturais e as relações que se estabelecem entre as diferentes componentes do ecossistema.
Adaptado de http://easttimortourismassociationnews.blogspot.com/search/label/National%20Parks
Ilha de Ataúro
Baucau Lospalos
Díli Ilhéu de Jaco
Manatuto
Liquiçá
Aileu
Gleno
Viqueque
Maliana
Same
Ainaro
Pante-Macassar
Suai
Enclave de
Oecussi
a - sucessão primária
b - sucessão secundária
34 | Operacionalização do programa
3 - Considera que te tinham atribuído o papel de explicar a outros cidadãos por que razão a introdução de uma
espécie exótica pode ser problemática para o equilíbrio de um ecossistema.
3.1 - Diz o que entendes por espécie exótica.
3.2 - Organiza um pequeno texto que servisse para apoiar a tua palestra à comunidade.
4 - Analisa a figura seguinte:
4.1 - “O esquema deve ser considerado uma teia trófica e não uma cadeia trófica”. Justifica.
4.2 - Escreve uma cadeia trófica com um consumidor de terceira ordem que inclua a borboleta.
4.3 - Explica a seguinte afirmação: “O veado pode ocupar mais do que um nível trófico”.
4.4 - Esquematiza uma pirâmide de biomassa que representa a comunidade biótica apresentada no esquema.
4.5 - Refere o grupo de seres vivos que não está identificado no esquema, mas que desempenha um importante
papel na reciclagem de matéria.
36 | Operacionalização do programa
7.2 - Explica o que significa “substância xenobiótica”.
7.3 - Seleciona as opções que traduzem argumentos científicos capazes de apoiar a redução do uso dos inseticidas.
a - são muito caros
b - podem acumular-se nos solos
c - podem acumular-se na cadeia alimentar
d - só matam alguns insetos
e - são substâncias químicas
f - devem ser aplicados com cuidado
7.4 - Explica por que razão a introdução de predadores para controlar pragas deve ser cientificamente
acompanhada.
8 - A água é um recurso natural de grande valor que deve ser preservado.
8.1 - Apresenta dois argumentos que salientem a importância da água como recurso natural.
8.2 - Identifica ações antrópicas que possam contribuir para a degradação da água enquanto recurso natural.
8.3 - Descreve como se pode aplicar a política 3Rs à utilização da água potável.
8.4 - Explica o que significa “Utilizar a água de forma sustentável”.
Planificação letiva
AE 7 – Organização de informação
Funções dos nutrientes 2
AE 8 – Atividade Prática 2.1.5 página 66 do manual do aluno
Consolidação de saberes 1
Sugestões de operacionalização
38 | Operacionalização do programa
seguindo-se debate plenário das ideias dos grupos e organização de síntese pelo professor.
Proposta de solução:
1 - A lista dos órgãos do tubo digestivo encontra-se na figura 2.1.1 do manual do aluno.
2 - A descrição sucinta do processo encontra-se no texto do manual (p. 57 a 58).
3 - A digestão permite transformar grandes moléculas em moléculas mais simples que podem ser absorvidas
para o sangue e, posteriormente, absorvidas pelas células.
1 - Consumir diariamente alimentos dos 3 níveis base da pirâmide, em proporções que traduzam as
áreas representadas no esquema: em maior quantidade alimentos do grupo arroz, pão, massa; incluir
obrigatoriamente hortaliças, frutos e sementes; em menor quantidade óleos vegetais.
2 - A resposta a esta proposta de trabalho depende de aspetos climáticos e culturais. O professor deverá
proceder a um levantamento prévio desses dados, pois as respostas dos alunos podem apenas traduzir o que
consomem habitualmente, desconhecendo o que se cultiva.
3.1 - Arroz e pão fornecem baixa quantidade de proteínas; feijão, frango e peixe são mais ricos em proteínas;
Todos os alimentos fornecem algum cálcio; o feijão é de todos o mais rico em cálcio; apenas o feijão fornece
uma reduzida quantidade de vitamina C; apenas o frango fornece vitamina A.
3.2 - A família necessita de aumentar as fontes de vitaminas na sua dieta diária, incluindo, por exemplo, o
consumo diário de frutas e hortaliças. A pirâmide alimentar reforça esta recomendação. Sugere-se também a
importância de incluir o consumo de leite e ovos semanalmente.
- Que dados fornece a tabela 2.1.2? Quais os aspetos que influenciam as necessidades nutricionais humanas?
Justifica.
- Compara as necessidades de uma rapariga de 16 anos com as de uma mulher adulta. O que concluis? Como
explicas essas diferenças?
- Por que razão a gravidez e a amamentação exigem que a mulher ingira mais proteínas e cálcio? Que alimentos
devem reforçar a dieta destas mulheres? O que poderá acontecer se não forem satisfeitas essas necessidades
nutricionais?
- Por que razão as raparigas e as mulheres em idade fértil necessitam de uma quantidade de ferro superior à
dos rapazes e homens? (Relembrar que o ferro existe na hemoglobina dos glóbulos vermelhos, e que o ciclo
40 | Operacionalização do programa
reprodutor feminino implica uma hemorragia menstrual mensal.)
Podem ser explorados alguns dados que permitam compreender melhor de que modo a atividade física dos
indivíduos é um fator que influencia as necessidades nutricionais humanas.
Exemplos de dados:
AE 7 – Organização de informação
Esta atividade pretende sistematizar conceitos que foram sendo explorados ao longo das aulas anteriores,
introduzindo as funções energética, plástica (de construção) e reguladora dos nutrientes. Explorar o quadro
síntese que se encontra na página 64 do manual do aluno.
Outras sugestões:
1 - O leite materno possui os nutrientes que o bebé necessita em proporções e quantidades adequadas. É
um alimento fácil de digerir pelo bebé (ao contrário do leite de outros animais) e não está contaminado com
microrganismos que poderiam causar problemas intestinais (ex. diarreias) ao bebé. Fornece ainda defesas de
imunidade ao bebé que o ajuda a lidar com microrganismos nos meses a seguir ao nascimento.
2 - (ver quadro da página 64 do manual do aluno).
3 - A mulher que amamenta deve ter uma alimentação equilibrada, como em qualquer outra fase da sua vida,
embora necessite de uma maior quantidade de energia e de alguns nutrientes. É através da alimentação da
mulher que o bebé recebe os nutrientes que necessita para se desenvolver.
Exploração complementar:
A mulher que amamenta, para além de manter uma alimentação equilibrada e rica em cálcio e vitaminas,
deve ter também especial cuidado em evitar intoxicações alimentares. Nesse sentido podem sugerir-se as
seguintes regras:
- Lavar muito bem os alimentos que se comem crus;
- Cozinhar bem os alimentos (não ingerir carne, peixe, ovos crus ou mal cozinhados, nem queijo fresco
artesanal);
- Beber cerca de 1,5 litro de água de qualidade (ex. potável ou fervida) por dia;
- Ingerir frutas e legumes diariamente;
- Se possível, incluir leite, ou seus derivados, na dieta diária;
42 | Operacionalização do programa
- Evitar gorduras de carne e partes queimadas;
- Evitar alimentos muito condimentados (ou seja, com muitos temperos, como picantes) e o excesso de sal.
Importa recolher as ideias que os alunos expressam quando pretendem responder às questões, de modo a
verificar se essas ideias se modificaram no final da abordagem.
A exploração da figura 2.1.5 destina-se a ajudar o aluno a relacionar o estudo das biomoléculas com a constituição
da célula.
Exploração da informação contida nas páginas 67 à 70.
Sugestões de gestão e operacionalização:
- Salientar a polaridade das moléculas de água (figura 2.1.6) como chave para compreender o seu papel como
solvente, e as interações com outras moléculas polares e apolares;
- Relacionar os dados disponibilizados com as funções plásticas da água (tabela 2.1.3) e seu papel regulador
(ex. fluidos corporais de plantas e animais);
- Relacionar os exemplos indicados para alguns iões com as suas funções plásticas e reguladoras;
- Consoante o interesse e maturidade dos alunos, bem como o tempo disponível, fornecer aos alunos mais
dados complementares que elucidem a importância dos minerais, mas também revelem o seu estatuto de
macronutriente (a ingestão deve ser superior a 100mg/ dia) ou de micronutrientes (a ingestão deve ser
inferior a 100mg/ dia). Ver dados apresentados na secção 2.2.3 deste guia, selecionando criteriosamente
dados que se possam afigurar relevantes para a realidade dos alunos.
- Os conceitos de polímero / monómero, bem como de condensação / hidrólise, são muito importantes. A sua
compreensão ficará melhor consolidada com a sua aplicação ao estudo das biomoléculas glícidos e prótidos.
- Salientar que os glícidos possuem funções essencialmente energéticas para o caso do homem. No entanto
podem ter funções plásticas (de estrutura) noutros animais como insetos e ainda em plantas.
- Será importante que os alunos construam uma visão integrada dos diferentes níveis de organização dos
glícidos, evitando que decorem termos sem compreender a sua aplicabilidade. A organização de dados
em mapa de conceitos pode ser vantajosa. Considerar a formação das seguintes preposições, utilizando os
conceitos que se apresentam sublinhados:
Os monossacarídeos podem ser monómeros (ex. glicose, frutose, galactose) e formar polímeros.
As moléculas de monossacarídeos podem ligar-se por condensação e separar-se por hidrólise.
Os dissacarídeos (ex. maltose, sacarose, lactose) resultam da ligação de 2 moléculas de monossacarídeos.
Oligossacarídeos são glícidos formados por 2 a 10 monossacarídeos ligados.
- Sugere-se três aulas para esta atividade, de modo a que os alunos realizem a atividade laboratorial (duração
de 50’) e elaborem uma memória descritiva do trabalho (50’), por exemplo no formato de diagrama em Vê; e
que possam confrontar e discutir os resultados dos diferentes grupos (30’).
- A identificação da questão de partida e a identificação das hipóteses de trabalho são etapas importantes.
Pode solicitar-se aos alunos a formulação de outras hipóteses para além da que foi apresentada como exemplo.
- Discutir com os alunos a origem dos alimentos e prever os resultados do teste de amido.
Quais os alimentos que são de origem animal? (carne e clara de ovo).
Quais os alimentos que provêm de órgãos de reserva de plantas? Que órgãos? (Maçã, fruto; Feijão, semente;
Batata, caule subterrâneo; Óleo (ex. girassol), sementes).
- A solução de Lugol (ou de iodo) funciona como um indicador da presença do amido. Muitas vezes é
comercializada bastante concentrada; nesse caso poderá bastar uma única gota por alimento.
- Os alunos devem ser organizados em grupos (desejavelmente de 3 a 5 elementos).
- Para otimizar a gestão do tempo e dos recursos laboratoriais, os vários grupos de alunos podem testar
apenas dois alimentos; em plenário podem partilhar os resultados, interpretando depois a globalidade dos
resultados.
- Para além dos alimentos sugeridos, podem testar-se outros (ex. arroz, inhame, massa, pão de trigo ou
milho, peixe, manteiga, farinhas …) que não tenham uma cor muito intensa (evitar por ex. papaia, tomate,
beterraba, cacau, pão de centeio, cenoura, abóbora …) pois esse aspeto dificulta ou impede a leitura correta
dos resultados.
- O amido deve ser puro (de laboratório) e serve de controlo, permitindo revelar a mudança da cor do indicador
e apreciar o aspeto da cor que adquire. Pode ser feito como atividade prévia.
1 - a) Tipo de alimento.
2 - a) Quantidade de Lugol c) Temperatura (ver 2ª recomendação do procedimento)
3 - Tendo a certeza que se trata de amido puro, este teste permite garantir que ocorre mudança de cor do
indicador, servindo de termo de comparação para os resultados obtidos nos outros dispositivos.
4 - Alimentos 3 e 4. (Resultados positivos também em arroz, massa, pão de trigo e milho, farinha, inhame)
5 - Apenas os alimentos 3 e 4 se enquadram nos critérios de confirmação da hipótese. Os alimentos 2 e 5 não
permitem confirmar a hipótese.
6 - A hipótese não é totalmente confirmada, pois apenas alguns órgãos de plantas possuem reservas na forma
de amido.
44 | Operacionalização do programa
- Podem ser introduzidos dados complementares, enfatizando e correlacionando aspetos da diversidade das
plantas e a importância de fazer uma alimentação variada.
Exemplos: os frutos fornecem essencialmente glícidos simples; as sementes podem conter reservas de amido
(ex. feijão, arroz), mas também podem ter reservas de lípidos (ex. girassol, amendoim); os caules podem
conter glícidos simples (ex. cana de açúcar), ou polímeros como o amido (ex. batata); as raízes podem ter
reservas de amido (ex. inhame), ou de outros glícidos mais simples (ex. beterraba e cenoura).
46 | Operacionalização do programa
biomoléculas, para tornar a tarefa mais funcional. A partilha dos mapas entre os vários grupos permite que todos
os alunos registem a síntese final.
Pode optar-se por realizar mapas de conceitos de forma mais faseada, ou seja à medida que vão sendo exploradas
as diferentes biomoléculas, como atividade de síntese.
Planificação letiva
Ciclos de infeção:
AE 2 – Atividade Prática 2.2.2 página 88 do manual do aluno
Malária, Teníase, 5
AE 3 – Atividade Prática 2.2.3 página 93 do manual do aluno
Tuberculose, VIH-SIDA
Consolidação de saberes 1
Sugestões de operacionalização
Esta atividade deve permitir que o aluno tenha um novo olhar sobre a posição que o homem ocupa nos
ecossistemas, na medida em que exclui a perspetiva de predador que é, geralmente, a mais comum.
Numa primeira abordagem o aluno será desafiado a considerar o corpo humano como um pequeno ecossistema,
no qual ocorrem diversas interações biológicas, perspetivando a saúde e a doença como estados de equilíbrio
- Tratando-se de um elevado acervo de informação sugere-se que o professor distribua a cada grupo (3 a
5 alunos) uma única secção do texto (revestimento do corpo; cavidades e canais dos sistemas digestivo e
respiratório ou cavidades e canais dos sistemas urinário e genital). Desejavelmente cada tema deveria ser
tratado por mais do que um grupo, para que ocorra confronto de opiniões em plenário.
- Os alunos devem dispor de uma aula para elaborar a atividade, sabendo que na aula seguinte devem
apresentar as conclusões do seu trabalho em plenário. O professor deve acompanhar o trabalho dos grupos
e dar orientações que incentivem os alunos e garantam a conclusão da tarefa.
- Caso o professor saiba que os alunos têm dificuldades em distinguir bactérias, fungos e vírus, deve
recomendar que os grupos explorem previamente a informação contida na secção Sabias que… da página 85
do manual.
- O professor deverá solicitar que cada grupo lhe apresente um registo escrito dos dados.
- No debate plenário o professor deverá moderar as apresentações dos grupos e garantir que todos os demais
alunos participem.
- O professor deverá recomendar que todos os alunos fiquem com registo da resolução da atividade para
todas as três secções do texto.
Revestimento do corpo
a) Picadas de mosquito, piolhos ou carraças para extrair sangue; bactérias, fungos e vírus que matam células
da pele e causam doença, como verrugas, conjuntivite, acne, micoses, tinha ou candidíase.
b) Bactérias e fungos da pele que utilizam o sebo e células mortas sem causar doença (microbiota).
c) Bactérias e fungos da pele que utilizam o sebo (gordura produzida e libertada pela pele) e células mortas e
ainda competem com outros microrganismos, impedindo-os de causar doença ao homem.
48 | Operacionalização do programa
c) Bactérias que vivem na vagina e produzem e libertam ácidos, criando um ambiente de pH muito baixo que
impede o crescimento de outros microrganismos que poderiam causar doenças.
3 - O corpo humano possui ambientes diferentes em termos de humidade, pH, temperatura e disponibilidade
de alimento; cada ser que vive no corpo humano possui um nicho ecológico específico e requer condições
abióticas particulares. Por essa razão só consegue colonizar certas zonas do organismo.
Que seres podem originar algumas das doenças que preocupam a minha comunidade?
Como se desenvolvem essas doenças? O que posso fazer para ajudar a preveni-las?
A solução das propostas de trabalho pode ser recolhida diretamente do texto do manual.
As medidas de prevenção, que exigem geralmente mudança de hábitos pessoais e comunitários, devem ser bem
debatidas com os alunos, sendo sempre bem justificadas com os dados científicos estudados.
Numa perspetiva de ensino por questionamento, sugere-se que o professor questione o que o aluno já sabe,
desafie o aluno a expor as suas ideias e permita que as confronte com a nova informação.
Sugestões de operacionalização e exploração:
- Partindo da questão “Que barreiras naturais protegem o organismo humano?” pode desafiar-se o aluno
a rever os mecanismos de defesa que já viu descritos nas secções anteriores relativas ao subtema 2.2. Esta
proposta coincide / dá continuidade com a sugestão de exploração complementar que acima se apresentou
em AE 1.
- Os mecanismos já conhecidos podem ser organizados em categorias: barreiras físicas e barreiras químicas.
- Explorar as questões “Que mecanismos combatem os agentes estranhos que conseguem invadir o corpo
humano? Até que ponto são eficazes?”.
- Estudar a imagem 2.2.15: explorar a legenda e colocar questões que levem à interpretação. Exemplos:
O que parece acontecer ao capilar na zona da lesão? (fica mais dilatado e permeável).
Qual será a importância dessas alterações? (chega mais sangue com leucócitos e estes podem sair).
Como é que estão a atuar os leucócitos? (saem do capilar e envolvem as bactérias com o seu corpo). Introduzir
o termo fagocitose, como capacidade de englobar partículas pelos leucócitos (e por outras células) para
depois as destruir.
Por que razão o local em que nos picamos, como na figura, fica quase sempre vermelho, inchado, dorido e
quente?
- O texto do manual permite estabelecer a sequência dos processos que caraterizam a reação inflamatória e
a explicação dos sintomas.
- Deverá salientar-se que nem todos os leucócitos fazem fagocitose. Um aprofundamento da diversidade
das funções leucocitárias pode ser apoiado pela exploração do texto da secção Sabias que… da página 96 do
manual.
- Relacionar o conceito de memória imunitária com casos conhecidos dos alunos, nomeadamente o facto de
certas doenças só se terem uma vez em criança (ex. sarampo, rubéola, papeira…).
- A exploração das questões “Como é que se explicam as memórias imunitárias? Qual a sua eficácia?” permite
contextualizar a aprendizagem dos conceitos anticorpo / antigénio, realçar o papel dos linfócitos e clarificar o
significado das designações imunidade específica / imunidade adquirida.
- A síntese da informação desta secção poder ser expressa num mapa de conceitos. Ver, como sugestão,
o mapa de conceitos que se apresenta na página 14 deste guia, exemplificando as potencialidades deste
50 | Operacionalização do programa
recurso didático.
1a - A quantidade considerada normal oscila entre 4,8x109 e 10,8x109 leucócitos por litro de sangue.
1b - Neutrófilos / Linfócitos / Monócitos / Eosinófilos / Basófilos
2 - 16,1 x109/L
3 - Não é um valor normal porque não se enquadra no intervalo de referência, é superior ao seu limite máximo.
4 - A afirmação será correta, pois a análise revela que o indivíduo possui um número de neutrófilos muito
elevado, o que pode significar intensos processos de fagocitose; também tem os linfócitos muito elevados
pois estará a desenvolver anticorpos para combater o agente infecioso.
- Face ao interesse dos alunos e disponibilidade de tempo, o professor poderá fornecer dados complementares
acerca das funções específicas dos leucócitos, selecionado criteriosamente informação no recurso apresentado
na secção 2.2.3 deste guia.
1 - Recolher as ideias dos alunos exigindo que mobilizem conhecimentos já construídos para as fundamentar.
Por exemplo, respostas do tipo “Porque é bom para a saúde das pessoas”, ou “ Porque é sinal de progresso”,
não são respostas aceitáveis, pois apresentam-se como opiniões que não revelam a mobilização dos saberes.
Por exemplo respostas do tipo “Porque a vacinação das crianças evita que fiquem doentes, na medida em
que possuem a capacidade de combater rapidamente os agentes infeciosos com anticorpos”, ou “ Se as
crianças possuírem anticorpos não chegam a adoecer, reduzindo o risco de contagiarem outras crianças”, são
consideradas respostas adequadas.
2.2 - Subiu cerca de 40%.
2.3 - Sugere-se a construção de um gráfico de barras.
2.4 - Os dados revelam que a vacinação ainda não abrange todas as crianças. No entanto, quanto mais crianças
estiverem vacinadas menos provável será o contágio a outras pessoas.
4 - Nesta questão não se espera que os alunos saibam a resposta “certa”. Pretende-se que tentem mobilizar os
seus conhecimentos e se questionem. As suas hipóteses de resposta devem ser cuidadosamente analisadas
pelo professor que assim diagnostica conceções mais ou menos corretas sobre os conceitos em estudo. O
professor acrescentará alguns dados para ajudar os alunos a encontrar algumas respostas. Ex:
- verifica-se que nalgumas pessoas a resposta imunitária diminui com o tempo;
- um reforço de vacinação estimula as defesas imunitárias específicas, aumentando os linfócitos de memória;
- nem todas as pessoas desenvolvem uma imunidade adequada após uma vacinação;
- alguns agentes infeciosos alteram-se constantemente(ex. vírus da gripe) pelo que é essencial nova vacina.
52 | Operacionalização do programa
2.2.3 Recursos científicos e didáticos
Cálcio Alimentos láteos, ovos, vegetais verdes, cereais Ossos, dentes, coagulação sanguínea,
integrais, legumes (feijão, fava, ervilha, …) e ação nervosa e muscular, ativação de
(Ca) nozes. enzimas
Cloro Sal de cozinha, carne, ovos, vegetais e produtos Regulação hídrica, digestão (formação
(Cl) láteos. HCl), fluidos intersticiais (Cl-)
Fósforo Produtos láteos, ovos, carne, cereais integrais, Integra ácidos nucleicos, ATP, fosfolípidos,
(P) legumes e nozes. ossos, intervém em vias metabólicas.
Sódio Sal de cozinha, produtos láteos, carne, ovos e Ação nervosa e muscular, regulação
(Na) vegetais. hídrica, fluidos intersticiais (Na+)
Enxofre
Carne, ovos, produtos láteos, nozes, legumes. Integra proteínas e coenzimas
(S)
Micronutrientes - elementos necessários e constituintes do organismo em muito pequenas quantidades
Cromo (Cr), Cobalto (Co), Cobre (Cu), Fluor (F), Iodo (I), Ferro (Fe), Metabolismo e ação das enzimas;
vitaminas, células sanguíneas, resistência
Manganésio (Mn), Molibdénio (Mo), Selénio (Se) Zinco (Zn) à cárie,
Quadro II - Vitaminas, fontes na dieta, funções e consequência da sua falta para a saúde humana
54 | Operacionalização do programa
Fígado, leveduras, Problemas de pele, perda de
Biotina microbiota intestinal
Várias coenzimas
cabelo
Coenzima na síntese Anemia perniciosa, cansaço,
Fígado, carne, ovos,
B12 produtos láteos
de ácidos nucleicos, perda de apetite, problemas
células do sangue psiquiátricos
Coenzima na formação
Vegetais, ovos, fígado, Anemia, malformações
Ácido fólico cereais
da hemoglobina e
congénitas
nucleótidos
C (ácido Formação de tecidos,
Frutas cítricas, tomate,
evita oxidação de Escorbuto
ascórbico) batata
moléculas
Quadro III – Caraterísticas químicas dos ácidos gordos, funções e fontes alimentares
Como é que a célula consegue garantir uma determinada ordem de aminoácidos? O que determina o padrão
de construção dos aminoácidos? E o enrolamento da proteína?
Material necessário:
Papel colorido, tesoura e fita cola.
Instruções de Montagem:
1 2 3 4
5 6 7 8
1 - Cortar pedacinhos de papel coloridos que simulam os diferentes “aminoácidos” (figura 1);
2 - A colagem dos “aminoácidos” em fita simula a sua polimerização por condensação (figura 2), formando-se
ligações peptídicas; a fita obtida corresponde à estrutura primária da proteína (figura 3);
3 - Modelar a fita de papel (começar por fazer um rolo, figura 4). A formação de uma hélice é mantida com pontes
de hidrogénio (fita cola) entre “aminoácidos” (figura 5), obtendo-se a estrutura secundária da proteína (figura 6);
4 - A conformação tridimensional da “hélice proteica” é mantida com ligações químicas fortes (fita cola) entre
alguns dos “aminoácidos” (figura 7), obtendo-se uma proteína com estrutura terciária (figura 8);
56 | Operacionalização do programa
5 - Para obter uma proteína com estrutura quaternária bastará associar várias “ unidades proteicas com estrutura
terciária”.
Glóbulos brancos
As células do sangue possuem uma vida curta e são constantemente renovadas. As células que as originam
encontram-se essencialmente na medula óssea e são pluripotentes, ou seja possuem capacidade de originar
muitos tipos de células, nomeadamente eritrócitos, plaquetas sanguíneas e glóbulos brancos, por um processo
denominado hemocitopoese.
Os glóbulos brancos possuem funções de defesa, podendo movimentar-se entre os fluidos circulantes (sangue e
linfa) e os tecidos. No sangue são apenas encontrados neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos.
Globalmente os glóbulos brancos pertencem a duas grande categorias funcionais: os que estão envolvidos em
processos menos específicos de defesa, envolvendo fagocitose (fagócitos) e os que estão envolvidos na defesa
específica (linfócitos).
Idade (anos) 1 2 6 12 15 18
2.1 - Constrói um gráfico com os valores fornecidos pela tabela. Coloca a idade no eixo das abcissas.
2.2 - Descreve como variam as necessidades energéticas dos jovens dos 12 aos 18 anos.
2.3 - Propõe uma explicação para a variação que descreveste em 2.2.
2.4 - Seleciona a opção que completa corretamente a seguinte frase:
Os dados revelam que as necessidades energéticas dependem […] dos jovens.
a - do género b - da idade c - do estado fisiológico
2.5 - Comenta (se concordas, ou não, e porquê) a seguinte afirmação: “É difícil fazer uma previsão sobre as
necessidades energéticas destes jovens após os 18 anos de idade”.
2.6 - Avalia as afirmações seguintes: Verdadeira ou Falsa.
a - A energia que os jovens necessitam deve ser dada por lípidos que são nutrientes essencialmente
energéticos.
b - As vitaminas das frutas e hortaliças são os nutrientes que podem dar aos jovens a energia que necessitam.
c - A batata, o inhame e os cereais são os alimentos energéticos que os jovens devem ingerir em maior
quantidade.
d - Os glícidos devem ser a principal fonte de energia na dieta diária dos jovens.
e - Os nutrientes orgânicos glícidos, lípidos e proteínas fornecem a energia diária que os jovens necessitam.
f - Os nutrientes minerais, embora necessários em pequenas quantidades, são essenciais para fornecer
energia.
3 - Considera a dieta diária ingerida por cada um dos membros de uma família constituída por quatro pessoas:
“Pai e mãe agricultores, com dois filhos, uma rapariga de 16 anos e um rapaz de 6 anos, ambos estudantes”.
Manhã: 200g leite de vaca + 100g pão + 100g banana
Tarde: 100g arroz + 100g feijão branco + 10g óleo + 100g alface + 200g laranja
Noite: 100g arroz + 10g amendoim + 200g papaia
3.1 - Verifica se esta dieta diária está de acordo com as sugestões dadas pela pirâmide alimentar.
58 | Operacionalização do programa
3.2 - Consultando a tabela 2.1.1 calcula a energia total fornecida pelos alimentos nas 3 refeições.
3.3 - Consultando a tabela 2.1.2 verifica se a energia do conjunto das três refeições é adequada às necessidades
energéticas de cada um dos membros da família. Justifica.
3.2 - Identifica os alimentos da dieta que fornecem:
a - Prótidos b - Glícidos c - Lípidos
d - Vitamina A e - Vitamina C f - Cálcio g - Ferro
3.2 - Com base nas tabelas 2.1.1 e 2.1.2 verifica se a quantidade de Vitamina C e de Ferro ingeridas por cada um
dos elementos da família são adequadas às suas necessidades fisiológicas.
3.3 - A jovem desta família aprendeu na escola que uma alimentação saudável deve ser variada. Então, sugeriu
aos pais que o arroz fosse substituído numa das refeições. A jovem sugeriu que poderiam cultivar por exemplo
batatas, cenouras ou inhame para por em prática essa ideia.
Considerando os dados da tabela seguinte, diz se concordas com esta nova opção alimentar. Justifica.
b - Durante a digestão ocorrem reações de 3 que degradam o amido em sacarídeos mais simples.
e - Os fosfolípidos são moléculas 8 , pois são apolares na zona dos ácidos gordos e polares na zona do
fosfato.
f - Os ácidos nucleicos são polímeros de 9 , cuja estrutura química contém os grupos fosfato, pentose e 10 .
5 - Explica por palavras tuas, e dando exemplos, o que significa a seguinte frase: “Muitas das biomoléculas
importantes para a célula são polímeros”.
6 - A preservação de uma microbiota intestinal saudável é importante para a saúde global de um indivíduo,
podendo mesmo ajudar a evitar infeções bacterianas, que poderiam causar diarreias. A bactéria E. coli faz parte
da microbiota intestinal humana, mas torna-se muito perigosa se contaminar, por exemplo, as vias urinárias.
6.1 - Explica o que entendes por “microbiota intestinal humana”.
Tempo após a 1 3 1 2 3 4 5 6
injeção hora dias semana semana semana semana semana semana
Taxa (UI/mL) 0,94 0,64 0,32 0,08 0,04 0,02 0,005 0,0025
Taxa (UI/mL) < 0,01 0,03 0,03 0,35 0,21 0,08 1,1 10,1 9 0,37
8.1 - Indica por quanto tempo o indivíduo ficou protegido contra o tétano por ação do soro antitetânico.
8.2 - Prevê qual a composição do “soro antitetânico”.
8.3 - Explica por que razão o homem recebeu 3 injeções de vacina antitetânica.
8.4 - Descreve o que aconteceu no corpo do homem após a injeção da vacina antitetânica.
60 | Operacionalização do programa
8.5 - Justifica por que razão os médicos não deram apenas a vacina ao indivíduo.
8.6 - Avalia cada afirmação seguinte como Verdadeira ou Falsa.
a - A vacina antitetânica estimula o organismo a produzir anticorpos.
b - Os anticorpos são produzidos por linfócitos.
c - A administração de anticorpos a um indivíduo confere-lhe imunidade definitiva.
d - A reação antigénio anticorpo é específica.
e - A fagocitose é um mecanismo de defesa específico.
f - O soro antitetânico confere imunidade passiva.
9 - A reação inflamatória é um importante mecanismo de defesa inata e não específica.
9.1 - Explica o que significa a expressão “defesa inata e não específica”.
9.2 - A fagocitose é um mecanismo de defesa que ocorre no processo de reação inflamatória. Diz em que consiste
esse mecanismo.
9.3 - Indica dois sintomas de reação inflamatória, explicando a sua causa.
9.4 - Por vezes forma-se pus num local onde ocorreu uma reação inflamatória. Explica o que isso significa.
9.5 - A reação inflamatória desencadeia-se devido ao seguinte acontecimento:
a - Vasodilatação dos capilares
b - Libertação de sinalizadores químicos
c - Febre generalizada
Planificação letiva
Consolidação de saberes 1
Sugestões de operacionalização
Que estratégias utilizam os seres heterotróficos para garantir que todas as células recebem nutrientes?
Partindo da questão acima formulada propor a seguinte tarefa (tempo previsto 15’):
62 | Operacionalização do programa
Com base nos conhecimentos que já possuis, descreve como é que as células da ténia, da levedura e do
homem recebem os nutrientes (por exemplo a glicose).
Salientar que a biodiversidade contempla casos que podem não corresponder a este padrão básico.
Por exemplo as aranhas injetam as enzimas digestivas nas presas, ingerindo depois um líquido com os
nutrientes.
Prever a possibilidade de algum aluno referir a fagocitose como um processo de obtenção de matéria e em que
medida se enquadra nos processos de ingestão, digestão, absorção. O processo será estudado nesta unidade,
pelo que o professor poderá optar por valorizar a questão mas deixar a resposta em aberto, ou valorizar e
desafiar os alunos a fazerem uma pesquisa indicando-lhes a secção do manual com essa informação.
Finalizar a atividade, deixando em aberto uma questão como, por exemplo, a seguinte:
1 - Legenda:
1 - bicamada de fosfolípidos; 2 - proteína periférica ou extrínseca; 3 - proteína integrada ou intrínseca;
4 - glicoproteína; 5 - glicolípido; 6 - zona hidrofóbica do fosfolípido; 7 - zona hidrofílica do fosfolípido.
2 - Os fosfolípidos encontram-se com as suas partes hidrofílicas (glicerol e fosfato) voltadas para o exterior,
interagindo com a água que está presente no meio extra e intracelular; as partes hidrofóbicas (ácidos gordos)
dos fosfolípidos estão afastadas da água, no interior da membrana.
3 - As proteínas podem atravessar a membrana (item 3 na figura) ou localizar-se à sua superfície (item 2
na figura). As que atravessam a membrana possuem partes hidrofóbicas (junto aos ácidos gordos) e partes
hidrofílicas (contactam com a água intracelular e extracelular).
4 - (A) meio intracelular; (B) meio extracelular; Glicolípidos e glicoproteínas só existem no lado externo da
membrana.
5 - Não existe uma resposta única para a questão. O objetivo principal consiste em colocar os alunos a pensar;
será de esperar que possam sentir algumas dúvidas, ou dificuldades, e que não seja dada, neste momento,
uma resposta definitiva. Devem ser registadas todas as ideias dos alunos. O professor poderá ajudar a pensar
lançando novas questões:
Se a membrana não parece ter passagens, como é que as substâncias a atravessam?
Que caraterísticas terão as substâncias que consigam passar entre os fosfolípidos?
Que “forças” farão com que uma substância atravesse a membrana?
Finalizar, salientando a necessidade de procurar, nas próximas aulas, uma resposta que permita responder às
seguintes questões:
64 | Operacionalização do programa
sua resolução.
Análise plenária das respostas dos alunos. Proposta de solução e exploração:
1 - No meio isotónico ocorre entrada e saída de água na célula de forma equivalente; no meio hipotónico
ocorre preferencialmente entrada de água na célula; no meio hipertónico ocorre preferencialmente saída de
água da célula.
2 - Por osmose, a água move-se preferencialmente para os locais onde existe maior concentração de solutos;
assim, no meio hipotónico a água desloca-se mais para o interior da célula; no meio hipertónico a água
desloca-se mais para o exterior da célula.
3 - No meio isotónico não houve alterações morfológicas; no meio hipotónico a célula rebentou; no meio
hipertónico a célula diminuiu de tamanho ficando com aspeto enrugado.
4 - No meio isotónico não ocorreram alterações morfológicas porque a quantidade de água que entrou foi
semelhante à que saiu, em virtude dos meios possuírem idêntica concentração de solutos.
No meio hipotónico a água movimentou-se mais para o interior da célula, porque o meio intracelular era
mais concentrado. Com a entrada de água, ocorreu aumento de volume celular até ao rebentamento da
membrana plasmática.
No meio hipertónico a água deslocou-se mais para o exterior da célula, porque o meio intracelular era menos
concentrado. Com a saída de água, a célula perdeu grande parte do seu volume.
5 - Na célula vegetal ocorreram os mesmos movimentos de água que na célula animal. Porém a célula vegetal
não rebenta pois possui uma parede celular rígida que impede um excessivo aumento de volume.
6 - A difusão simples de solutos ocorre a favor do gradiente de concentração; assim, no meio isotónico a
entrada de solutos na célula terá sido compensada pela saída de solutos para o meio externo; no meio
hipotónico a célula terá perdido solutos; no meio hipertónico a célula terá recebido solutos do meio externo.
7 - Não existe uma resposta única para a questão. Devem ser registadas todas as ideias dos alunos. O professor
poderá ajudar lançando novas questões que o ajudem a pensar:
Qual será a concentração de um meio isotónico para os eritrócitos? (relacionar com a administração
intravenosa de soro fisiológico).
Como preparar soluções para fazer esta experiência? (valorizar o envolvimento do professor de química).
Por que razão usar pétalas de flores? (em algumas plantas, os pigmentos coloridos estão nos vacúolos, o que
facilita a observação da variação de tamanho destas estruturas celulares ao MOC).
O professor pode optar por recomendar aos alunos um formato da memória descritiva diferente do V de Gowin
(página 15 deste guia) sugerido no manual.
Caso não haja possibilidade de executar a atividade laboratorial de observação microscópica sugere-se o seguinte
procedimento laboratorial alternativo:
- Preparar as 3 soluções de NaCl: 0% (água destilada ou água da torneira); 0,9% e 12%. Colocar cada uma em
recipientes diferentes (ex. garrafas de plástico de água).
- Colocar 2 flores ou folhas (de igual planta, tamanho e estado fisiológico) em cada solução.
- Registar as hipóteses que os alunos têm sobre o que preveem acontecer.
- Associar a cada solução as imagens de microscopia do manual.
- Interpretar utilizando as questões acima sugeridas.
Na secção 2.3.4 deste guia apresenta-se um outro exemplo de atividade laboratorial para estudo de difusão e
osmose.
Exploração com os alunos de alguns fatores que podem influenciar a velocidade do transporte facilitado. A
informação encontra-se no manual do aluno.
66 | Operacionalização do programa
AE 8 – Revisão e organização de nova informação
Explorar a seguinte questão, ou outra equivalente, recolhendo as ideias dos alunos:
Como é que as células conseguem manter concentrações de solutos diferentes do meio externo?
Exploração da informação das páginas 115 e 116 do manual do aluno sobre permeases e sobre transporte ativo.
Na secção 2.3.4 deste guia são apresentados outros exemplos que podem enriquecer os debates com os alunos.
1 - O ião Na+ está em maior concentração no meio externo; o ião K+ está em maior concentração no meio
interno.
2 - O movimento preferencial de iões será a favor do seu gradiente de concentração; o ião Na+ entrará na
célula e o ião K+ sairá da célula.
3 - Um ião Na+ presente no meio intracelular liga-se a uma permease; mobilizando energia contida em ATP
a permease modifica a sua forma e coloca esse ião no meio extracelular; um ião K+ do meio exterior liga-se
à mesma permease; assim que a permease recupera a forma inicial o ião K+ é transportado para o meio
intracelular.
4 - A molécula de ATP divide-se em ADP e P, libertando energia.
Exploração de aspetos que afetam a velocidade do transporte ativo. Ver informação no manual do aluno.
Exploração da informação contida nas páginas 111 a 120 do manual, procedendo à elaboração de sínteses de
informação sobre transporte membranar e ultraestrutura da célula animal. Sugestões:
- Fazer esquemas legendados de células, com todos os organelos já estudados: membrana plasmática; núcleo;
citoplasma; lisossoma; complexo de Golgi; parede celular; vacúolo.
- Construir com os alunos um mapa de conceitos simples, sobre transporte ao nível da membrana plasmática.
1 - Legenda:
1) endocitose; 2) membrana plasmática; 3) dictiossoma (Complexo de Golgi); 4) lisossoma; 5) vacúolo
digestivo; 6) vacúolos com resíduos da digestão; 7) destruição (digestão) de organelo envelhecido; 8)
exocitose; 9) citoplasma.
2 - Se a digestão ocorresse no citoplasma, as enzimas poderiam destruir os componentes celulares.
3 - A célula evita deficiências de funcionamento e recupera os seus componentes para sintetizar novas
estruturas.
4 - A rutura dos lisossomas nas células da articulação causa a sua destruição. A destruição de células nas
articulações traz problemas ao nível do posicionamento dos ossos, o que pode gerar deformações, problemas
de movimentos e dores.
68 | Operacionalização do programa
2.3.2 Subtema 3.2 – Energia para a vida
Planificação letiva
Ultraestrutura de Célula
AE 12 – Organização de nova informação 1
eucariótica e procariótica
Consolidação de saberes 1
Sugestões de operacionalização
1 - A levedura vai produzir e libertar enzimas por exocitose; a levedura absorve depois os nutrientes resultantes
da digestão extracelular.
2 - Glicose
3 - Deve-se à libertação de dióxido de carbono.
4 - Na respiração celular é necessário existir oxigénio e há decomposição total da glicose através de um
conjunto extenso de reações químicas, obtendo energia (ATP) e libertando dióxido de carbono. Na fermentação
Explorar a questão:
1 - Respetivamente compostos A, B e C.
2 - Composto C.
3 - Haverá acumulação do composto C.
4 - Se a enzima 2 for inibida ou destruída, este composto ficará acumulado.
5 - Se o produto final inibir a atividade da enzima 1, será interrompida toda a via metabólica; evita-se que o
produto final continue a ser produzido e fique em excesso. Este mecanismo permite às células autorregularem
as suas vias metabólicas, evitando gasto excessivo de substratos e acumulação excessiva de produtos finais.
A partir das ideias dos alunos, abordar as diferentes vias anaeróbias e aeróbias, estabelecendo as diferenças e
dando exemplos de diferentes células que levam a cabo diferentes vias.
70 | Operacionalização do programa
AE 5 – Atividade prática 3.2.3 do manual do aluno
Proposta de resolução e de exploração:
1 - Existem várias reações consecutivas; o produto final de uma reação constitui o substrato da reação
seguinte; todas estas reações são mediadas por enzimas.
2 - A primeira reação em que a Glicose (6C), com intervenção de 2 ATP, vai originar um composto também com
(6C) é uma reação endergónica, pois consumiu energia. Na passagem de um composto 3C para ácido pirúvico
há libertação de energia que vai permitir a formação de 2ATP, tratando-se de reação exergónica.
3 - Substrato inicial Glicose (6C) e produto final ácido pirúvico (3C). Poderá fazer-se uma exploração sequencial
da via metabólica identificando substratos intermédios que são os produtos das reações anteriores.
4 - Designa-se fase de ativação pois há necessidade de fornecer energia para que a via metabólica se inicie.
Designa-se fase de rendimento pois há libertação de ATP, em quantidade superior à que foi gasta na ativação.
5 - O saldo energético corresponde ao total de moléculas que se formam durante a fase de rendimento (4
ATP) menos aquelas que foram necessárias para ativar a glicose e permitir o início da via metabólica (2ATP),
portanto corresponde a 2 moléculas de ATP.
1.1 - Em ambas as vias metabólicas há captação de eletrões e iões hidrogénio pelo NAD e cedência dos iões
mais tarde para a obtenção quer do álcool etílico como do ácido lático. Em ambas as vias há um saldo de duas
moléculas de ATP.
1.2 - Na fermentação alcoólica há formação de álcool etílico e libertação de dióxido de carbono enquanto na
fermentação lática há formação de ácido lático.
2.1 - Duas moléculas de ATP.
2.2 - Álcool etílico e dióxido de carbono na fermentação alcoólica e ácido lático na fermentação lática.
3 - A frase é verdadeira. Para formar iogurtes ocorre fermentação lática que não liberta gás; a fermentação das
uvas é alcoólica e nesta via metabólica liberta-se CO2.
Exploração com os alunos da comparação das diferentes vias fermentativas estabelecendo a relação com a sua
utilização do ponto de vista biotecnológico para a obtenção de diversos alimentos focalizando para a pesquisa
de informação que permita a construção de resposta para a questão:
Neste tipo de documento a parte gráfica é importante. Os títulos devem estar destacados e o texto deve ser
sucinto.
Para avaliar este trabalho dever-se-á atribuir uma cotação a cada secção e definir critérios de distribuição das
respetivas pontuações. Pode ainda incluir-se na avaliação a organização gráfica da informação.
72 | Operacionalização do programa
AE 9 – Organização de nova informação
Salientar as vantagens e desvantagens na perspetiva da utilidade para o Homem e do ponto de vista energético
dos processos fermentativos. Recordar a condição anaeróbia dos processos estudados e colocar aos alunos as
seguintes questões para reflexão:
A partir das ideias dos alunos, distinguir vias anaeróbias e aeróbias, estabelecendo as diferenças e dando
exemplos de diferentes células que levam a cabo diferentes vias.
1 - Glicólise.
2 - A parte da via que ocorre no citoplasma é igual à que ocorre nos processos fermentativos. A partir do
ácido pirúvico existe um conjunto de reações mais complexas que vão possibilitar a decomposição completa
da glicose.
3 - Na cadeia respiratória que tem lugar na membrana interna da mitocôndria.
4 - Estão corretas as afirmações a e d.
5 - Estão corretas as afirmações a e c.
Salientar a localização das diferentes vias metabólicas do processo da respiração celular e o seu rendimento
energético. Importa analisar as diferentes etapas, tendo em conta que as moléculas de ATP produzidas resultam
da soma das que se vão formando nas diferentes etapas.
Planificação letiva
Consolidação de saberes 1
Sugestões de operacionalização
74 | Operacionalização do programa
Com base nos conhecimentos que possuis, descreve como é que os produtores vão produzir as substâncias
orgânicas necessárias à sua sobrevivência?
Os alunos devem discutir entre si, confrontando as diferentes ideias e elaborar um registo síntese dos contributos
para posterior apresentação plenária.
Em plenário, promover a confrontação das ideias dos alunos dos diferentes grupos. Elaborar uma síntese das
ideias apresentadas e enriquecer com novos dados. Deverão ser salientados os seguintes aspetos:
- Existem seres produtores fotoautotróficos (utilizam a luz como fonte de energia) e seres produtores
quimioautotróficos (utilizam energia química);
- Há dois diferentes processos de obtenção de matéria orgânica, a fotossíntese com utilização da luz e a
quimiossíntese com uso de energia química.
- Os produtores em ecossistemas terrestres e/ou aquáticos podem ser seres vivos eucarióticos ou procarióticos,
apenas plantas e protistas levam a cabo processos metabólicos de produção de matéria orgânica.
1 - Na campânula existe algum gás que é utilizado pela vela acesa e pelo rato e assim que esse gás se esgota
a vela apaga-se no caso A e o rato morre no caso B.
2 - Em C a planta deve libertar um gás que é necessário à sobrevivência do rato.
3 - Permite saber que de algum modo a planta liberta algum gás que permite que o rato sobreviva.
4 - Está correta a afirmação d.
1 - Estão posicionadas mais nas zonas das cores laranja/ vermelho e na zona violeta/ azul.
2 - Como estas bactérias são aeróbias, necessitam de oxigénio e portanto nessas zonas deve haver maior teor
de oxigénio o que levou as bactérias a posicionarem-se daquela forma.
3 - Se as bactérias se posicionam onde existe maior disponibilidade de oxigénio, então nessas zonas a taxa
fotossintética deverá ser maior para poder libertar maior teor de oxigénio.
Explorar, em interação com os alunos, de imagens de células com cloroplastos e fazer referência aos diferentes
tipos de pigmentos existentes.
A partir das ideias dos alunos, salientar os aspetos que se relacionam com a captação de fotões e a cedência de eletrões.
Deverá ser estabelecido um contacto prévio com o docente de química, averiguando se o aluno já estudou
os conceitos de oxidação/redução, de modo a decidir da possibilidade de incluir ou não esta terminologia na
exploração das reações da fotossíntese.
76 | Operacionalização do programa
A exploração da figura 3.3.9 existente no manual deve possibilitar que os alunos, através da sua interpretação,
diferenciarem as duas etapas distintas da fotossíntese e a sua caraterização sumária, enfatizando os principais
acontecimentos.
1 - A incidência da luz.
2 - De modo a ter-se um ponto de partida idêntico (relativamente à fotossíntese e ao conteúdo em amido)
para todas as folhas da planta. A planta sem luz deixou de produzir compostos orgânicos; espera-se que em
48h tenha consumido todas as reservas que possuía ao nível das folhas.
3 - Tratou-se do dispositivo controlo: permite verificar que existe produção de compostos de amido se houver
incidência de luz na folha.
4 - Para dissolver e remover os pigmentos, facilitando a identificação do amido que não é solúvel em álcool.
5 - Na folha A, o lugol não cora de azul, por isso não existe amido; na folha B apenas há cor azul, reveladora
da presença de amido, na zona que foi mantida descoberta; folha C há coloração azul / amido em toda a
extensão da folha.
6 - É necessário que haja incidência de luz na folha para que seja possível a produção de amido.
7 - A hipótese foi confirmada, pois apenas se detetou amido nas zonas das folhas iluminadas.
O professor deverá determinar qual o formato a utilizar para a elaboração da memória descritiva a apresentar
pelo aluno.
Osmose e osmorregulação
Quando sentimos sede e ingerimos um copo de água, condicionamos os processos de osmose nas nossas células!
A osmose é essencial à vida, pois regula a disponibilidade de água na célula, controlando os processos metabólicos
em que ela intervém (lembrar os processos de hidrólise e de condensação
dos polímeros), e também garante a manutenção da integridade celular.
A água pode encontrar-se dentro ou fora das células. As células estão
geralmente banhadas por meios aquosos que têm uma concentração de
solutos (concentração osmótica) e de iões (eletrólitos) semelhante à que
existe no citoplasma. Os meios aquosos intracelular e extracelular estão
separados pela membrana plasmática que permite a passagem da água,
por osmose, e que regula o transporte de iões e solutos, mantendo as
concentrações dos meios aquosos externo e interno em equilíbrio.
Os organismos complexos como o ser humano desenvolveram órgãos
especiais que filtram os fluidos extracelulares e mantêm as concentrações
adequadas.
O gradiente de concentração de um soluto entre dois locais (separados por
uma membrana) leva a que se crie uma pressão proporcional à diferença de concentrações, que é chamada
pressão osmótica. Quanto maior for a pressão osmótica maior será a tendência de a água se deslocar, por
osmose, a partir da solução com menor pressão osmótica para a solução de maior pressão osmótica.
Chama-se osmorregulação à capacidade que os seres vivos possuem de manter a pressão osmótica e concen-
tração dos solutos relativamente constantes. Neste processo são essenciais os processos de transporte ativo e
passivo que ocorrem ao nível da membrana.
Uma questão importante poderá ser a seguinte: “Por que é que a água do mar não serve para matar a sede?”
Quando ingerimos água do mar, ou outro líquido muito salino, o meio exterior fica hipertónico e as células
começam a perder água! Deste modo o que acontece é que o organismo desidrata-se ainda mais!
78 | Operacionalização do programa
O sangue recebe os nutrientes provenientes da digestão e por outro lado, cede por osmose a sua fração líquida
ao meio que envolve as células. Este fluído intersticial é depois recolhido também por osmose pelo sistema
linfático. Assim se compreende que a composição do nosso sangue depende daquilo que ingerimos.
Os organismos complexos como o ser humano desenvolveram órgãos especiais que filtram os fluidos
extracelulares e os mantêm com concentrações de solutos e eletrólitos adequadas. Se assim não acontecesse,
ocorriam processos de plasmólise e turgescência que poderiam danificar os tecidos. Os rins são os principais
intervenientes nesta filtração (relembrar constituição e fisiologia do sistema urinário).
No interior de cada rim, cada artéria renal ramifica-se em muitos capilares pequeníssimos que formam glomérulos.
É aqui que o sangue é filtrado passando a parte do plasma (líquida) para os tubos renais por processos de difusão
e osmose! As células sanguíneas e as proteínas mantêm-se nos capilares. À medida que o plasma circula ao longo
desses tubos renais, os sais (por tansporte ativo) e a glicose (por transporte facilitado) voltam aos capilares, o
que obriga a água a ser também reabsorvida. É assim, à custa de processos de transporte passivo e ativo que o
líquido dos tubos renais se vai concentrando até formar a urina que segue pelos ureteres até à bexiga.
Nos mamíferos, o aumento da pressão osmótica do sangue leva a reações fisiológicas específicas. A hipófise
liberta a hormona antidiurética (ADH) que aumenta a reabsorção realizada nos túbulos renais, e ao mesmo
tempo, provoca a sensação de sede, consciencializando a necessidade de que o corpo precisa ingerir água.
Outra situação em que o corpo humano usa processos de transporte ativo para funções de homeostasia é a
libertação de suor pelas células das glândulas sudoríparas, com o propósito de baixar a temperatura do nosso
corpo. Mais uma vez a membrana celular tem um papel regulador da passagem de fluidos e de solutos.
Em situação de repouso, a membrana das células das
glândulas sudoríparas da nossa pele não fazem grandes
trocas de água. Porém, quando realizamos exercícios
físicos, certas proteínas intrínsecas (as aquaporinas)
das membranas plasmáticas dessas células abrem-
se, permitindo que a água e solutos (como sódio
e potássio) saiam em grandes quantidades dessas
células, e atinjam o ducto das glândulas sudoríparas,
chegando assim à superfície da pele na forma de suor
(ver figura esquemática da pele humana).
Exemplos de exocitose
Muitos organismos do zooplâncton alimentam-se por fagocitose. A fagocitose contudo não é muito comum em
células vegetais.
Uma exceção de fagocitose em plantas, e que é muito importante na agricultura, é a incorporação de bactérias
simbiontes, como Rhizobium, por fagocitose. Deste modo as bactérias passam a viver no interior das células da
planta, em zonas da raiz chamadas nódulos, ajudando a planta a obter azoto.
Um outro exemplo de exocitose nas células vegetais é a construção da parede celular quando as células vegetais
se formam. Os constituintes da parede são fabricados no citoplasma e têm de ser expulsos para o exterior da
membrana plasmática onde se situa a parede celular. Assim, vesículas do complexo de Golgi carregadas com
os polissacarídeos de construção da parede (e outros compostos) fundem-se com a membrana plasmática e
libertam os materiais para a nova parede.
Material:
5 gobelés (copos)
5 cubos de batata de igual peso (caso não possua balança de precisão ver nota)
água destilada
4 soluções aquosas de sacarose de diferente concentração
Procedimento:
1 - Cortar porções de batata com igual massa, utilizando uma balança de precisão (ver nota);
2 - Colocar os fragmentos de batata, de igual massa, nos gobelés identificados de 1 a 5;
80 | Operacionalização do programa
3 - Adicionar água destilada ao gobelé 1; Adicionar as diferentes soluções de sacarose a cada um dos 4
gobelés;
4 - Colocar os gobelés próximos uns dos outros, de modo a garantir condições ambientais semelhantes;
5 - Pesar as porções de batata ao fim de 30 minutos;
6 - Registar na tabela os valores obtidos;
7 - Elaborar gráficos com os resultados obtidos.
PORÇÕES DE BATATA
Gobelés Concentrações do meio Massa inicial (g) Massa final (g) Variação de massa(g)
Nota: Na impossibilidade de utilizar balanças de precisão, os cubos de batata podem ser obtidos utilizando papel milimétrico ou
papel quadriculado como guia de corte das porções de batata, bem como forma de avaliar as suas variações de tamanho após a
experimentação. Neste caso os resultados serão avaliados em mm, através da variação do tamanho das porções de batata.
Cloroplastos e fotossíntese
Estes organelos existem nas células fotossintéticas e o seu número é muito variável nas diferentes plantas.
Estruturalmente apresentam um invólucro plastidial constituído por membrana externa e uma membrana
interna, que delimitam um espaço intermembranar.
O invólucro delimita o estroma (um meio aquoso rico
em sais, enzimas, proteínas,...) no seio do qual se
encontram os tilacoides. Estes são sáculos achatados
de natureza membranosa que, em geral, se dispõem
segundo o eixo maior do cloroplasto. Os tilacoides
podem agrupar-se, constituindo pilhas de discos acha-
tados uns sobre os outros; designa-se, neste caso,
tilacoides dos grana.
Os grana são frequentemente ligados entre si por uns sacos “em tubo” chamados tilacoides do estroma, ou
tilacoides intergrana. Na fase inicial de diferenciação dos cloroplastos, a membrana interna do invólucro invagina-
se, formando vesículas e lamelas que, mais tarde, originam os tilacoides e os grana.
Os tilacoides desempenham um papel importante na fotossíntese. As suas membranas têm um grande número
82 | Operacionalização do programa
de proteínas intrínsecas que se associam aos pigmentos que captam a luz e que participam no transporte
eletrónico, na bombagem de eletrões e em outras reações enzimáticas.
Os cloroplastos das plantas superiores possuem dois fotossistemas diferentes: o fotossistema I, que capta
energia luminosa de comprimento de onda de cerca de 700 nm, e o fotossistema II, que capta energia luminosa
de comprimento de onda 680 nm. Apesar de existir clorofila nos dois fotossistemas a sua função é distinta devido
às diferenças que existem nas protéinas e nos pigmentos.
A fotossíntese pode ser entendida em três etapas, que ocorrem em locais diferentes do cloroplasto:
- A luz é captada pelos fotossistemas, permitindo remover eletrões da molécula de água. Estes, através
da cadeia de transporte eletrónico que existe nas membranas dos tilacoides, são conduzidos ao aceitador
(NADP). Este processo, de redução do NADP ocorre na face voltada para o estroma. Ao fluxo de eletrões
está associado o transporte de protões (H+) do estroma para o interior dos tilacoides;
- Os protões deslocam-se do interior do tilacóide para o estroma, a favor do gradiente de concentração, o
que permite a fosforilação do ADP e a produção de ATP;
- O ATP e o NADPH2 são usados na fixação do dióxido de carbono atmosférico e na síntese subsequente de
açúcares (ciclo de Calvin) que ocorre no estroma do cloroplasto.
Também se pensa que os cloroplastos derivam de bactérias autotróficas que foram integradas por endocitose
por células eucarióticas heterotróficas. A evolução destas bactérias para cloroplastos, fez com que as células que
os endocitaram passassem a ser autotróficas.
84 | Operacionalização do programa
e - realizam uma via metabólica fotoquímica que é dependente da luz e do dióxido de carbono
f - realizam o Ciclo de Calvin durante a fase química que não é dependente da luz
5.3 - Seleciona a opção que completa corretamente a frase: As algas produzem…
a - O2 apenas à noite
b - CO2 apenas de dia
c - CO2 apenas à noite
d - CO2 de dia e de noite
5.3.1 Justifica a tua resposta.
6 - Há plantas que são designadas heliófilas (precisam de muita luz para fazer a fotossíntese) e outras umbrófilas
ou plantas de sombra (precisam de pouca luz para fazer a fotossíntese).
O gráfico seguinte representa as taxas fotossintéticas de uma
planta heliófila e de outra umbrófila, numa experiência em
que se foi aumentando gradualmente a intensidade de luz.
Verificou-se que a taxa respiratória era semelhante nas duas
plantas, mantendo-se constante durante toda a experiência.
6.1 - Compara a taxa de fotossíntese das plantas A e B para os
valores de intensidade luminosa X, Y e Z
6.2 - Com base nos dados identifica a planta heliófila e a planta
umbrófila. Justifica a resposta.
7 - Comenta a seguinte frase: A fermentação lática permite
prolongar o prazo de validade do leite.
8 - Analisa atentamente os seguintes esquemas de células:
8.1 - Classifica as células A e B, apresentando dois argumentos que fundamentem a tua resposta.
8.2 - Legenda a célula A identificando as estruturas assinaladas pelos algarismos 1 a 6.
8.3 - Na célula B coloca os algarismos relativos às estruturas 1, 2, 3, 4 e 5.
8.4 - Identifica a zona onde se situa a membrana plasmática em cada uma das células.
8.5 - Explica qual o significado da seta que liga o cloroplasto ao organelo 2 referindo O2.
Ao elaborar uma prova global escrita (sem componente laboratorial ou oral), assume-se a impossibilidade deste
instrumento permitir avaliar todas as competências programáticas, nomeadamente as que dizem respeito a
desempenhos de natureza colaborativa (CGe), oral (CGf) ou manipulativa (CEd). Salienta-se, deste modo, que
86 | Operacionalização do programa
uma avaliação escrita final e global, ainda que importante, não permite apreciar todas as competências que o
aluno possa ter desenvolvido ao longo do percurso escolar do 10º ano.
O processo de construção da prova global que se apresenta tem propósitos essencialmente didáticos, visando
apoiar o professor no processo de construção deste tipo de instrumentos de avaliação. A prova e os seus
critérios de classificação (secções 2.4.2 e 2.4.4) devem ser entendidos como exemplos que revelam o nível de
aprofundamento concetual que se espera que os alunos venham a atingir, bem como as competências gerais e
específicas que se desejam ver alcançadas no final do 10º ano de escolaridade.
Esta matriz revela que não se pretendeu atribuir igual destaque avaliativo a todas as unidades temáticas e
competências específicas, o que se traduz numa proposta de distribuição assimétrica de pontuações.
A utilização da escala de 200 pontos tem um caráter meramente ilustrativo, podendo ser facilmente convertível
noutras escalas (ex. 20 valores, percentagem, …).
Tratando-se de um documento de planificação, as pontuações são apresentadas de modo aproximado, pois
pretendem apenas orientar o professor no processo de construção dos itens de avaliação.
A matriz de planificação de uma prova traduz as intenções do professor e orienta o processo de elaboração de
itens, sendo posteriormente substituída pela matriz da prova, como se verá adiante.
A elaboração da matriz de planificação da prova global de avaliação constitui um momento de ponderação
curricular que permite aferir decisões entre professores que lecionem em diferentes escolas e confere
intencionalidade à elaboração e seleção dos itens.
Parte I
Analisa com muita atenção o seguinte texto:
Na foz do rio Jaidy o ecossistema recebe influências de três meios: marinho, de água doce e terrestre.
A água do rio mistura-se com a água do mar, pelo que a salinidade varia em função da subida e descida da
maré. Este fator abiótico torna a biodiversidade mais reduzida do que noutros locais do rio. No entanto há peixes
herbívoros e carnívoros, várias espécies de aves que comem caranguejos, vermes, camarões e peixes. Há ainda
fitoplâncton, zooplâncton, algumas algas e várias espécies de bactérias e fungos.
Nas margens do estuário há uma povoação e uma oficina de metalurgia. Todos lançam esgotos não tratados no
solo, pelo que os resíduos escorrem para o rio, escurecendo a água. As pessoas dizem que alguns peixes estão a
desaparecer e julgam que a oficina esteja a contaminar a água com chumbo e mercúrio.
1. Indica qual a área natural de Timor-Leste que poderia corresponder ao ecossistema descrito no texto.
2. O texto refere que a biodiversidade no estuário é menor do que noutros locais do rio. Seleciona a opção que
identifica o fator abiótico mais limitante da biodiversidade nesse local.
a) a maré b) a temperatura
c) a salinidade d) a humidade
3. Considerando os seres referidos no texto, constrói uma cadeia alimentar com quatro níveis tróficos,
identificando seres que possam ser designados:
a) produtor b) consumidor secundário
c) herbívoro d) predador
4. Identifica a opção que completa corretamente a frase:
O escurecimento das águas provocado pelos resíduos humanos é muito grave porque…
a) … sem luz os peixes não conseguem encontrar os alimentos, acabando por morrer.
b) … a matéria orgânica não é reciclada porque os decompositores necessitam de luz.
c) … o fluxo de energia é interrompido uma vez que muitos produtores morrem.
d) … a temperatura da água aumenta, causando a morte aos seres vivos mais sensíveis.
5. As afirmações seguintes referem-se ao metabolismo dos seres fotossintéticos que vivem no estuário. Avalia
se são verdadeiras ou falsas.
a) A fase fotoquímica da fotossíntese liberta oxigénio proveniente da lise de moléculas de água.
88 | Operacionalização do programa
b) A fotossíntese permite a produção de ATP que os seres produtores utilizam nas suas células.
c) A glicólise permite formar ácido pirúvico durante a fase fotoquímica da respiração aeróbia.
d) A cadeia respiratória, associada à membrana interna da mitocôndria, sintetiza ATP.
e) A respiração aeróbia pode ocorrer durante o dia em simultâneo com a fotossíntese.
f) As plantas utilizam os seus cloroplastos de dia e as suas mitocôndrias de noite.
g) Algumas bactérias fotossintéticas podem ser anaeróbias obrigatórias.
h) A glicólise ocorre no citoplasma das células e o ciclo de Krebs no interior da mitocôndria.
6. O esquema da figura 1 representa a célula de uma planta que vive na zona do estuário. Identifica as estruturas
que estão assinaladas com os algarismos 1 a 8.
7 8
5
3
Figura 1
7. Imagina que a população da aldeia te pedia ajuda para expor às autoridades os seus receios acerca dos
problemas da zona do estuário. Completa as frases (7.1 e 7.2) com um argumento científico que ajude a
fundamentar a exposição dos problemas.
7.1. Embora ninguém beba a água do rio, a contaminação com chumbo pode ser grave para a saúde das pessoas,
porque ...
7.2. Sem esgotos as fezes humanas estão a contaminar os pastos dos porcos, o que pode ser perigoso para a
saúde das pessoas que comerem a carne destes animais…
8. Um grupo de alunos colheu seres unicelulares na zona da nascente do rio Jaidy, pois queriam investigar se
esses seres sobreviviam à poluição da água do estuário.
Quando fizeram preparações microscópicas, usando a água salobra do estuário como meio de montagem,
verificaram que as células dos seres unicelulares começavam a diminuir de tamanho, acabando por morrer.
8.1. Seleciona a afirmação que explica o que aconteceu às células dos animais unicelulares:
Parte II
Analisa com muita atenção o seguinte texto:
A alimentação, a higiene e a vacinação são aspetos importantes na promoção da saúde das populações humanas.
A alimentação deve satisfazer as necessidades energéticas e nutricionais do organismo, devendo ser equilibrada.
As práticas de higiene ajudam a regular as interações ecológicas que o homem estabelece no ecossistema em
que vive: evitam a entrada de seres vivos no corpo humano e removem alguns dos seres que se vão tentando fixar
nas zonas mais externas do corpo.
A vacinação permite antecipar a ação dos agentes infeciosos, deixando o organismo mais apto para se defender.
9. Refere duas regras de alimentação equilibrada, tendo por base a pirâmide alimentar.
10. A cada afirmação faz corresponder o termo da chave correto.
CHAVE AFIRMAÇÕES
I - Prótidos a) Nutriente orgânico que pode ser obtido em carne, ovos, leite, peixe e feijão
II - Lípidos b) A dieta tem de incluir ácidos gordos insaturados, pois o organismo não os sintetiza
11. Analisa os esquemas figura 2 que representam moléculas orgânicas e, depois, avalia se as afirmações são
verdadeiras (V) ou falsas (F).
90 | Operacionalização do programa
Figura 2
a) A molécula III é um fosfolípido
b) A molécula I é formada por nucleótidos que contêm fosfato, desoxirribose e bases azotadas
c) A molécula III é formada por glicerol e ácidos gordos
d) A síntese da molécula II envolveu reações de condensação
e) A molécula III é um polímero de aminoácidos
f) A molécula I é um oligopeptídeo formado pelos aminoácidos A, B, C, D e E
g) As moléculas H designam-se polissacarídeos
h) A molécula I representa a estrutura terciária de uma proteína
12. A lactose é um dissacarídeo que existe no leite. Algumas pessoas não fazem a sua digestão, ficando com
desconforto intestinal. O consumo de produtos láteos fermentados, como iogurtes, pode ser uma boa opção.
12.1. Identifica a opção correta relativamente ao processo industrial de produção de iogurtes.
a) As espécies de bactérias são controladas para garantir a segurança do consumidor
b) O dióxido de carbono resultante da fermentação é retirado para obter um produto cremoso
c) O processo de produção do iogurte é independente da temperatura a que decorre.
d) O leite não pode ser previamente fervido para manter as bactérias que provêm da vaca.
12.2. Explica por que razão os alimentos que sofreram fermentação láctica (como o leite) não são facilmente
atacados por outros microrganismos, ou seja conservam-se melhor.
13. A glicose que resulta da digestão do amido chega às células e atravessa a membrana plasmática por difusão
facilitada. Seleciona a opção que descreve corretamente o processo de difusão facilitada.
a) O transporte de glicose faz-se através de permeases com gasto de ATP.
b) A glicose entra nas células mesmo contra o seu gradiente de concentração.
c) A taxa de transporte da glicose atinge o máximo quando todas as permeases são mobilizadas.
d) A glicose, como é uma molécula pequena, atravessa facilmente os lípidos da membrana.
14. Legenda o esquema da figura 3 que representa a membrana plasmática.
6
5
2
1
2
Figura 3
Unidades temáticas 1 2 3
Total
em
Competências 1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 3.1 3.2 3.3 pontos
específicas
(b) 12.1(8p)
Compreensão de interações 4 (8p)
12.2(10p)
26
Ciência-Tecnologia-Sociedade
(c) 8.1(8p)
Compreensão dos processos
8.2(8p)
16
de experimentação
92 | Operacionalização do programa
Grelha de classificação da prova global de avaliação de Biologia do 10º ano
PARTE I PARTE I
Total
Questões 1 2 3 4 5 6 7.1 7.2 8.1 8.2 9 10 11 12.1 12.2 13.1 13.2 14 15 16
(pontos)
Pontos 8 8 12 8 12 12 12 12 8 8 10 10 12 8 10 8 10 8 12 12 200
Aluno 1
Aluno 2
Aluno 3
...
Parte I
1. Referência a zona costeira com estuário de rio 8
2. C 8
3. Qualquer cadeia alimentar que inicie num produtor e termine num consumidor terciário, será válida como
resposta a esta questão.
Por exemplo: Fitoplâncton Peixes herbívoros Peixes carnívoros Aves. 4
a) Fitoplâncton / Algas 2
b) Peixes carnívoros / Aves 2
c) Peixes herbívoros / Zooplâncton 2
4 7 ou 8 12
3 5 ou 6 8
2 3 ou 4 4
1 0a2 0
6. 12
1 - Parede celular; 2 - Vacúolo; 3 - Cloroplasto; 4 - Complexo de Golgi
5 - Mitocôndria; 6 - Lisossoma; 7 - Citoplasma; 8 - Núcleo.
Aplicar níveis de desempenho de acordo com a tabela seguinte:
4 7 ou 8 12
3 5 ou 6 8
2 3 ou 4 4
1 0a2 0
- Se algum humano estiver contaminado com ténia as suas fezes terão ovos;
- os ovos ingeridos pelos porcos originam cisticercos que se alojam nos músculos do animal;
- a ingestão de carne de porco com cisticercos pode infetar os humanos, podendo causar teníase ou
cisticercose.
94 | Operacionalização do programa
Serão aplicados, a cada item, os níveis de desempenho de acordo com a tabela seguinte:
8.1 C 8
8.2 B 8
Parte II
9. O aluno deverá apresentar duas regras válidas, tendo por base a pirâmide alimentar, se apresentar apenas
uma válida deverá ser atribuída metade da cotação da questão 10
10. a - I b - II c - V d - IV e - III f - VI 12
Serão aplicados níveis de desempenho de acordo com a tabela seguinte:
3 5 ou 6 10
2 2a4 5
1 0a1 0
4 7 ou 8 12
3 5 ou 6 8
2 3 ou 4 4
1 0a2 0
12.1 A 8
12.2 O aluno deverá relacionar os dois seguintes aspetos: 10
(a pontuação será atribuída de acordo com a tabela de desempenhos)
13.1 C 8
13.2 10
1 - Fosfolípidos 2 - Proteína 3 - Glicoproteína
4 - Lipoproteína 5 - Zona hidrofóbica 6 - Zona Hidrofílica
Serão aplicados níveis de desempenho de acordo com a tabela seguinte:
3 5 ou 6 10
2 2 ou 4 5
1 0a1 0
14. Cada doença corretamente referida será pontuada com 2 pontos; usar o mesmo critério nas medidas
adotadas. Cada elemento correto será pontuado com 2 pontos (4x2) 8
15. B 8
16. O aluno deve organizar a resposta referindo os seguintes três aspetos : 12
(a pontuação será atribuída de acordo com a tabela de desempenhos)
96 | Operacionalização do programa
3 Bibliografia e recursos eletrónicos
Livros
Obra em português abrangendo temas diversos de Biologia. O livro contempla grande parte das temáticas
do programa, podendo ser utilizado pelos alunos sob supervisão do professor.
Obra de aprofundamento. Aborda aspetos recentes de biologia celular e molecular, sem deixar de referir
os trabalhos clássicos. Para professores, podendo ser usada por alunos sob supervisão do professor.
FERNANDES, D. (2005). Avaliação das Aprendizagens: Desafios às Teorias, Práticas e Políticas. Lisboa: Texto
Editora. ISBN: 972-47-2470-0
Analisa e discute conceitos considerados chave para a implementação das propostas do programa relativas
à avaliação das aprendizagens, nomeadamente o conceito de avaliação formativa como elemento chave e
regulador dos processos de ensino e de aprendizagem. Destina-se aos professores.
MINTZES, J.J., WANDERSEE, J.H., & NOVAK, J.D. (Coords.) (2000). Ensinando ciência para a compreensão, uma
visão construtivista. Lisboa: Plátano Ed. ISBN: 972-707-264-X
ODUM E. P., BARRET G. (1996) Fundamentos de Ecologia. 5ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. ISBN:
9723101580 (ou São Paulo: Cengage Learning ISBN: 9788522105410)
Obra de aprofundamento. Utiliza exemplos reais levando o leitor a aprender como os princípios ecológicos
podem ser aplicados na gestão de recursos, na biologia da conservação, em toxicologia ecológica, saúde do
ecossistema, etc. Para professores, podendo contudo ser utilizada por alunos sob supervisão do professor.
OLIVEIRA, M. T. (Coord.) (1991) Didática da Biologia. Lisboa: Universidade Aberta. ISBN: 9726740606
Apresentam de forma sintética alguns dos aspetos de didática (ex. Conceções Alternativas, Mudança
conceptual, Modelos de Ensino). Destina-se aos professores.
PURVES, W., SADAVA, D., ORIANS G., & HELLER E. H. (2005). Vida - A Ciência da Biologia (6ª Ed.). Porto Alegre:
Artmed Ed. SA; Vol I – Célula e Hereditariedade; Vol II – Evolução diversidade e Ecologia; Vol III – Plantas e Animais
Compêndio de Biologia que cobre todas as unidades temáticas do programa. Texto claro com excelentes
ilustrações. Os livros podem ser utilizados pelos alunos sob supervisão do professor.
RAVEN, P., EVERT, R. & EICHHOR S. (2005) Biology of Plants. 7ªed. Worth N.Y.: Freeman. ISBN: 0-7167-1007-2
Grupo de Estudos para a Reconstrução de Timor-Leste (2002) Atlas de Timor-Leste. Lidel. ISBN: 9789727572250
Obra de aprofundamento. Explora aspetos biológicos, geológicos, ambientais, sociais, entre outros, de
Timor-Leste. Elemento complementar dos manuais escolares e da consulta genérica para um melhor
conhecimento do território. Para professores. Pode ser utilizada por alunos sob supervisão do professor.
http://mac122.icu.ac.jp/biobk/biobooktoc.html
Livro online de Biologia. Cobre as mais diversas áreas da Biologia, com informação pertinente para todas
as unidades temáticas do programa. Para professores e alunos. Em inglês.
http://www.learner.org/courses/biology/textbook/index.html
Livro online de Biologia. Texto em inglês acessível, com bons esquemas. Interessante para professores,
cobrindo muitas temáticas do programa e permitindo o aprofundamento de temas da atualidade.
http://www.wbcsd.org/web/publications/As-empresas-e-os-Ecossistemas-resumo.pdf
http://eec.dgidc.min-edu.pt/documentos/publicacoes_caderno_mono.pdf
DES (ed.) (2001) Cadernos Didáticos de Ciências, vol. 1, Lisboa: Ministério da Educ. ISBN: 972-8417-55-1.
http://eec.dgidc.min-edu.pt/documentos/publicacoes_caderno_2.pdf
DES (ed.) (2001) Cadernos Didáticos de Ciências, vol. 2, Lisboa: Ministério da Educ. ISBN: 972-20-8417-84-5.
www.biorede.pt/
Imagens, textos de apoio e glossários de vários temas de Biologia, nomeadamente de biologia celular e
molecular e diversidade animal. Universidade de Aveiro – Portugal. Para professores e alunos.
Alguns protocolos experimentais que podem ser utilizados para as unidades temáticas do 10º ano. Projeto
Volvox - rede de professores e especialistas da área de Biologia de 10 países europeus. Em português. Para
professores. Contém ligações que permitem aceder a outros recursos, (ex. animações), em várias línguas.
http://www.biology.arizona.edu/
http://learn.genetics.utah.edu/
http://www.cellsalive.com/
http://bio.rutgers.edu/
http://mlhsscience.com/biovlab.aspx
Laboratório virtual. Em inglês. Propostas de atividades interativas e animações. Permite que os alunos
compreendam o funcionamento de alguns equipamentos. Cobre várias temáticas do programa:
ecossistemas e modulação de populações, nutrição, entre outros. Em inglês. Para professores e alunos.
http://serendip.brynmawr.edu/sci_edu/waldron/#mitosis
Planos de atividades práticas e de protocolos sobre temas fundamentais de Biologia (células, enzimas,
osmose, …), e fisiologia humana, entre outros. Em inglês. Para professores.