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Questões - 7º semestre – Turma B

SAÚDE DO IDOSO III – DISCIPLINA ONCOLOGIA - TEMA CUIDADOS PALIATIVOS E


MELANOMA

- GRUPO 7:
 Caroline Arenales Venna – RA: 3932371
 Lívia Maria Pacheco de Carvalho – RA: 3923631
 Luana de Aguiar Trevise – RA: 3915417
 Luiza de Stefano Mazzi – RA: 3923681
 Milena Rojas Antunes – RA: 3919064
 William Peretti Wobeto – RA: 4422473
 Ylanna Valeska – RA: 3932311

1) Sobre Cuidados Paliativos segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS 2002

a) Qual a Definição?
b) Descreva os Princípios dos Cuidados Paliativos

Resposta:

a) O conceito “Cuidados Paliativos” ficou definido, em 2002, por: “Cuidados Paliativos


consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a
melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que
ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação
precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais,
psicológicos e espirituais”.

b) A base dos princípios gerais do cuidado paliativo é dar ao paciente dignidade na fase final
de vida e controlar ao máximo os sintomas para que ele mantenha o maior nível possível
de conforto e qualidade de vida. É iniciado quando não há mais benefício de tratamento
curativo ou prolongador da vida. Desta forma, os princípios dos cuidados paliativos são:

1. Fornecer alívio para dor e outros sintomas físicos que podem ser desagradáveis e estressantes
para o paciente, como astenia, anorexia, dispneia, dor, delirium e depressão.

2. Afirmar a vida e considerar a morte como processo natural.

3. Integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao aspecto clínico de cuidado do


paciente.

4. Não apressar ou adiar a morte com sofrimento.

5. Oferecer um sistema de suporte para ajudar os pacientes a viverem o mais ativamente possível
até sua morte.

6. Oferecer um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a doença do paciente e no
período do luto.

7. Usar uma abordagem multiprofissional para suprir as necessidades clínicas e psicossociais dos
pacientes e suas famílias, incluindo aconselhamento e suporte ao luto.

8. Permitir uma melhor qualidade de vida e motivar positivamente o curso da doença.


9. Iniciar os cuidados o mais precoce possível com a equipe de cuidados paliativos, associado ao
início do tratamento dos sintomas, para garantir apoio psicossocial integral.

2)

perguntas simples e objetiva

a) Este paciente tem indicação para Cuidados Paliativos?


b) Justifique.

Resposta:

a) Sim, este paciente tem indicação para Cuidados Paliativos.


b) A função do cuidado paliativo é oferecer uma vida
de qualidade, possibilitando que o paciente viva
melhor a cada dia durante o estágio final de uma
doença avançada.Para indicar cuidados paliativo,
deve-se avaliar doença de base e sua gravidade
clínica, idade, comorbidades, funcionalidade e
tratamentos já realizados. No geral, os cuidados
paliativos são indicados para todos os pacientes, e
familiares, com doença ameaçadora da
continuidade da vida por qualquer diagnóstico, com
qualquer prognóstico, seja qual for a idade, e a
qualquer momento da doença em que eles tenham
expectativas ou necessidades não atendidas. Eles
auxiliam ao paciente e familiares a lidar com
questões físicas, psicológicas, sociais, espirituais e de ordem prática, com seus medos, suas
expectativas, necessidades e esperanças.

Por ser um assunto de muita complexidade, sugere-se na avaliação do paciente, além do


exame clínico habitual, a utilização de escalas, que auxiliam na avaliação objetiva da condição
funcional (PPS- Escala de Performance Paliativa) e na estratificação da intensidade dos
sintomas (ESAS- Edmonton Symptom Assesment System).

Em relação a Escala PPS, o Sr. Antônio está totalmente acamado, totalmente dependente
para as atividades da vida di ria e com doen a e tensa, depend ncia completa de
autocuidado, ingest o com cuidados necess rios a oca coloca o de sonda nasoenteral ,
só responde a comandos e perguntas simples e objetivas, além de ter comorbidades, como:
demência avançada e doença de Alzheimer. Com isso, o paciente é classificado com os
menores níveis de porcentagem no PPS, indicando os cuidados paliativos.

3)

paciente passou a ficar agitado, gemente, com alteração


chorava.

a) Qual
b)

Resposta:
a) A hipótese diagnóstica para o Sr. Antônio é de Herpes Zoster com consequente complicação
por neuralgia pós-herp tica P , provavelmente desencadeado pela presença de uma
imunossupressão.
b) Para o tratamento específico de Herpes Zoster em adultos sem comprometimento imunológico
com antivirais, recomenda-se Aciclovir, em altas doses, 800 mg, VO, 5 vezes ao dia, durante 7
dias. Já o Aciclovir intravenoso recomendado para pacientes imunocomprometidos ou em
casos graves, na dosagem de 10mg/ kg, a cada 8 horas, infundido durante uma hora, durante
7 a 14 dias, o qual de acordo com o caso clínico já foi administrado.

Desse modo, neste paciente, é importante, iniciar um tratamento sintomático, de modo a


englobar anti-histamínicos para atenuar o prurido e até banhos de Permanganato de Potássio.
Antitérmicos e Analgésicos não salicilato podem ser prescritos também.

Salienta-se que, tendo em vista que a neuralgia pós-herp tica P uma complica o
frequente at 20 da infecção pelo Herpes Zoster, e que esta se caracteriza pela refratariedade
ao tratamento. Dessa forma, com o diagnóstico de neuralgia pós-herp tica no paciente, a terapia
antiviral espec fica deve ser iniciada dentro de 2 horas após o surgimento do rash, de modo a
redu ir sua ocorr ncia. l m disso, o uso de corticosteróides, na fase aguda da doen a, n o
altera a incid ncia e a gravidade do P , por m redu a neurite aguda, devendo ser adotada em
pacientes sem imunocomprometimento. Todavia, uma ve instalada a P , n o h uma droga
efica para seu controle. o utili ados creme de capsaicina, 0,02 a 0,0 lidoca na gel, a
5%; amitriplina, em doses de 25 a 75mg, O car ama epina, em doses de 00 a 00mg, O
en odia ep nicos gabapentina; ri otomia, termocoagula o e simpatectomia.

4) Um homem de 57 anos apresenta uma lesão cutânea de pigmentação variável no couro


cabeludo. Uma biópsia excisional confirma um melanoma expansivo superficial de 1,3
mm sem ulceração. O cirurgião recomenda uma ampla excisão e biópsia do linfonodo
sentinela.

a) Cite 3 fatores de risco para Melanoma

b) Cite os 4 subtipos histológicos principais de Melanoma

Resposta:

a) Três fatores de risco para o Melanoma são: Exposição à radiação ultravioleta (é um fator
de risco de extrema relevância. A exposição ao longo da vida de forma excessiva e sem
proteção(luz solar, bronzeamento artificial e lâmpadas solares), pode acarretar em
alterações celulares na pele, levando ao acometimento do DNA pertencentes aos genes que
controlam o crescimento das células da pele, desencadeando possivelmente o
desenvolvimento de um melanoma. Deve-se ressaltar que indivíduos brancos com cabelos
ruivos ou loiros, olhos azuis ou verdes, ou pele clara com sardas, possuem risco aumentado
para a doença, pelo fato de se queimarem facilmente, pois possuem maior sensibilidade à
radiação UV); Nevos displásicos (conhecidos como pintas atípicas; são caracterizados por
forma e/ou cor anormal, pode ser saliente ou não, ligeiramente escamoso ou pedregoso, sua
borda pode ser irregular, além de possuir tamanho aumentado. Deve-se ressaltar que a
chance de possuir melanoma é cerca de dez vezes maior em indivíduos com mais de cinco
nevos displásicos, e quanto mais nevos displásicos a pessoa possuir, maior a chance de
desenvolver melanoma); Histórico familiar pro imadamente 0 dos casos de
melanoma ocorrem em grupos familiares, o que sugere uma muta o herdada e ou
exposi o am iental comum. O risco de desenvolver a doen a 0 a 0 ve es maior em
indivíduos que possuem histórico da patologia na família comparado a popula o em geral)
b) A diferenciação dos subtipos histológicos de Melanoma é baseada em padrões clínicos e
patológicos. Os quatro subtipos histológicos de Melanoma são: Melanoma extensivo
superficial, Melanoma ancral lentiginoso, Melanoma tipo lentigo maligno, e Melanoma
nodular, os quais estão descritos abaixo.

1) Melanoma extensivo superficial - Está relacionado à exposição solar


intermitente e história de queimadura solar, constituindo o subtipo mais
comum (70% dos casos). É frequentemente observado em indivíduos
jovens, pessoas com muitas pintas ou que tenham história de melanoma na
família. Seu crescimento ocorre de forma horizontal ou radial com
localização intra-epidérmica por um longo período. O sinal inicial da
doença é o aparecimento de uma mancha de bordas irregulares e forma
assimétrica, levemente elevada, com coloração variável. Nos homens a
localização mais frequente é no tronco, enquanto nas mulheres são nas pernas.

2) Melanoma ancral lentiginoso - Caracteriza-se por manchas de coloração marrom ou


preta nas regiões palmar, plantar e subungueal, além de seu crescimento horizontal. O
subtipo em questão corresponde a 2% a 10% dos melanomas, sendo encontrado
frequentemente em pessoas da ra a negra e com idade acima dos 0 anos, com pico de
incid ncia na se ta e s tima d cadas de vida.

3) Melanoma tipo lentigo maligno - Inicialmente apresenta –se na epiderme até


progredir verticalmente para as camadas mais profundas, acometendo também a
derme, tornando-se invasivo. É o subtipo histológico menos frequente, acometendo
mais os idosos. Caracteriza-se como uma área irregular de coloração marrom claro,
marrom escuro ou preta, com a superfície plana ou discretamente elevada. Seu
crescimento ocorre de maneira lenta na face, orelhas e tronco superior, em áreas
cronicamente expostas e danificadas pelo sol.

4) Melanoma nodular – É o segundo tipo mais comum de Melanoma e o mais


agressivo, pois apresenta crescimento rápido e pode disseminar-se para outros locais
do corpo mesmo em estágios iniciais, formando metástases. Manifestando-se em
qualquer parte do corpo, incluindo couro cabeludo, e áreas não expostas ao sol, como
as mucosas orais e genitais. O crescimento vertical é associado ao surgimento de um
nódulo ou lesão elevada, bem delimitado, com pigmentação marrom-avermelhada,
preta, castanho-claro ou avermelhada.

5) Paciente do sexo masculino, portador de câncer de próstata, metastático para ossos,


vem ao pronto atendimento acompanhado pela filha, com as seguintes queixas:
Há 2 dias, inapetente, ingesta exclusiva de líquidos por via oral, febre persistente (38 C)
e disúria. Há 5 horas está bocejando com muita frequência.
Faz uso regular de enzalutamida, omeprazol e carvedilol. Paciente fazia uso regular da
morfina, porém por falta de receita está há 2 dias sem uso.
Ao exame físico apresenta os seguintes achados:
REG, temperatura axilar de 38,3 C, desidratado +/4+, consciente, disfórico, inquieto,
pupilas midriáticas. Pele sudoréica, pelos eretos. Rinorréia mucosa. Lacrimejamento. Dor
moderada a movimentação das articulações e intensa em ossos dos quadris. Dores
musculares moderadas.
FC 120 bpm, PA 150 x 100 mmHg. RHA+ aumentados, DB negativo.
Feito a HD de infecção urinária e solicitado exame de urina tipo I e hemograma.
Resultado de exames: hb 10, leucócitos 15.000/mm3, neutrófilos 12.000/mm3, plaquetas
120.000/ mm3. Leucocitúria superior a 1 milhão/campo.
O médico plantonista escolhe o antibiótico, prepara a documentação para alta do
paciente, e vai até o leito para reavaliar o paciente. Ao entrar no quarto o paciente
encontra-se inquieto e gemente.
a) Qual o diagnóstico para esse caso clínico, além da infecção urinária já
diagnosticada?
b) E quais sinais e sintomas levaram a esse diagnóstico?

Resposta:
a) O diagnóstico para esse caso clínico é síndrome de abstinência de opióides (morfina),
além da infecção urinária já diagnosticada.
b) Os sinais e sintomas que levaram ao diagnóstico foram bocejos com muita frequência,
dois dias sem o uso de morfina, a qual fazia uso regular, lacrimejamento, rinorreia
mucosa, pupilas midriáticas, diaforese (pele sudoréica), piloereção (pelos eretos), dor
óssea e dores musculares e articulares, taquicardia, elevação da pressão arterial, febre,
ruídos hidroaéreos aumentados que podem ou não indicar diarreia, além de disfórico,
inquieto e gemente.
O quadro clínico do paciente somado à história clínica comprovam o diagnóstico de
síndrome da abstinência por opióides, visto que nesse quadro é observado rinorréia,
lacrimejamento, epífora, bocejos, sudorese, ansiedade (disforia e inquietação) que
aparecem geralmente de 8 a 12 horas após última dose do o opióide. Após o aparecimento
desses sintomas surge o quadro de pupilas midriáticas, piloereção, artralgia, mialgia, dor
óssea, contraturas musculares, tremor, sudorese, irritabilidade, agitação motora, anorexia,
insônia taquicardia e hipertensão. E por fim, na fase tardia da abstinência, ocorre o
aparecimento de febre, parestesia, cólica abdominal, náuseas e vômitos, diarreia e
hiperglicemia, podem ocorrer orgasmos ou ejaculações espontâneos.

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