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5/11/2018 Morc e gos e m á re a s urba na s e r ura is - ma nua l de ma ne jo e c ontrole - slide pdf.

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BRASÍLIA -1998

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@1996. Ministério da Saúde.FundaçãoNacionalde Saúde.

13edição 1996
23 edição 1998

É permitidaa reprodução arcial ou total destaobra,desdequecitadaa fonte.


Coordenação e Comunicação, ducação Documentação
COMEDIASPLAN/FNS
GerênciaTécnicade Editoração.
Setorde AutarquiasSul, Quadra4 -Bloco N -sala 514
70058-902 Brasília/DF

Distribuição e Informação:
Coordenação e Controlede Zoonoses Animais PeçonhentosCCZAP.
CentroNacionalde Epidemiologia CENEPI. FundaçãoNacionalde Saúde.
SAS -Setor de AutarquiasSul- Quadra4 -Bloco N -60 andar sala 629.
70058 -902 -Brasília/DF

Tiragem: 5.000 exemplares.


Impressono Brasil / Printed n Brazil.

ISBN: 85 -7346 -003 -2

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Sumário
I -Introdução 07

11 Noções Gerais sobre Morcegos 09

11.1.Diversidade de Espécies 09
11.2.Ecolocalização , ,... 10
11.3.Reprodução 10
11.4.Hábitos Alimentares 12
11.5.Abrigos 15

III -Os Morcegos e o Homem 23

111.1.Mitos e Lendas 23
111.2.Morcegose SaúdePública 24
111.2.1. istoplasmose 29
111.2.2. aiva 30
111.2.2.1. istribuição 30
111.2.2.2.nimais Hospedeiros 30
111.2.2.3.atogenia 30
111.2.2.4. intomatologia 30
111.2.2.5.ransmissão or MorcegosHematófagos 31
111.2.2.6.ransmissão or MorcegosnãoHematófagos 31
111.2.2.7. intomatologia a Raiva emMorcegos 33
111.2.2.7.1.mMorcegosHematófagos 33
111.2.2.7.2.mMorcegosnão Hematófagos 34
111.2.3. ordedurasProvocadas or MorcegosHematófagos nãoHematófagos 35
111.2.3.1. ordedurasDefensivas 35
111.2.3.2. ordedurasAlimentares 35
111.3.eiturasAdicionais Recomendadas 36
IV -Principais Grupos Brasileiros (Famílias) 37

IV.1. Introdução 37
IV.2. FamíliaPhyllostomidae 37
IV.3. FamíliaMolossidae 37
IV.4. FamíliaVespertilionidae 38
IV.5. FamíliaEmballonuridae 38
IV.6. FamíliaNoctilionidae 38
IV.7. FamíliaMormoopidae 39
IV.8. FamíliaNatalidae 39
IV.9.
IV.10.FamíliaFuripteridae
FamíliaThyropteridae 40
40
IV.11. Leituras Adicionais Recomendadas , 40

-MorcegosemÁreasUrbanas 41

V.l. Introdução 41
V.2. FichaTécnicadasPrincipaisEspécies e OcorrênciaemÁreasUrbanasno Brasil 42
V.2.1. Morcego-comedor-de-frutasrtibeus amaicensis 42
V.2.2. Morcego-das-listras-brancas-na-cabeça
rtibeus lituratus 43
ostasPlatyrrhinus lineatus
V.2.3. Morcego-das-listras-brancas-na-cabeça-e-nas 44
V.2.4. Morcego-de-cauda-curta-e-comedor-de-frutasarollia perspicillata 45

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V.2.5. Morcego-beija-florGlossophaga oricina , 46


V.2.6. Morcego-de-nariz-em-forma-de-lançahyllostomushastatus 47
V 2.7. Morcego-de-nariz-em-forma-de-lançahyllostomus iscolor 48
V.2.8. Morcego-da-cauda-livre olossusspp 49
V.2.9. Morcego-de-cauda-livre yctinomops ppe Tadaridabrasiliensis ".., , "., 50
V 2.10.Morcego-de-cauda-livre umopsspp 51
V.2.11. Morcegos-de-cauda-peludaasiurus spp 52
V.2.12. Morcego-cara-de-bulldog
V.2.13. Morcego-pequeno-marromptesicus rasiliensis
octilio albiventris 53
54
V.2.14. Morcego-narigudoPeropteryxmacrotis 55
V.2.15. Leiturasadicionais ecomendadas 56
V.3. MorcegosemEdificações 57
V.3.1. Casas 57
V 3.1.1. Cobertura 57
V 3.1.1.1. Cumeeira 58
V.3.1.1.2.Beirais 58
V.3.1.2. Porão 58
V 3.1.3.Chaminés 58
V.3.2. Edifícios 61
V.3.2.1. Juntasde Dilatação 61
V.3.2.2. Dutos de Ventilação 63
V.3.2.3. Esquadrias 63
V.3.3. ElementosDecorativos 63
V.3.4. Caixasde Persiana 63
V.3.5. Procedimentos ara DesalojarMorcegosdasEdificações 65
V.3.6. LeiturasAdicionais Recomendadas 65
V.4. MorcegosemPlantas 66
V.4.1. Plantas omo Fontede Alimento 66
V.4.2. Plantas omoAbrigo 70
V.4.3. LeiturasAdicionais Recomendadas 70

VI -Morcegos Hematófagos , 71

VI.1. Introdução 71
VI.2. FichaTécnicadosMorcegosHematófagos 72
VI.2.1. Desmodus otundus 72
VI.2.2. Diaemusyoungi 73
VI.2.3. Diphylla ecaudata 74
VI.3. Biologia, Ecologiae Etologia dos MorcegosHematófagos 75
VI.3.1. Atividade Alimentar 75
VI.3.1.1. Períodode Atividade Alimentar 75
VI.3.1.2. Procurae LocalizaçãodasPresas 75
VI.3.1.3.
VI.3.1.4. Acessibilidadee
AproximaçãodasEscolhadasPresas
Presas 76
76
VI.3.1.5. Escolhade Locaispara Morder asPresas 77
VI.3.1.6. Ato de TomarSangue 79
VI.3.1.7. Abrigos NoturnosTemporários 83
VI.3.2. InteraçõesSociais 84
VI.4. ImportânciaSociale Econômica 86
VI.4.1. ImportânciaSocial 86
VI.4.2. ImportânciaEconômica 88
VI.5. Controlede MorcegosHematófagos 89
VI.5.1. Métodosde Controle 89
VI.5.1.1. MétodosRestritivos 89
VI.5.1.2. MétodosSeletivos 90
4

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VI.5.1.2.1. ndiretos 90
VI.5.1.2.1.1. Anticoagulante ntrarruminal 91
VI.5.1.2.1.2. Anticoagulante ntramuscular 91
VI.5.1.2.1.3. AnticoagulanteTópico emMordeduras 91
VI.5.1.2.1.4. AnticoagulanteTópico "Pour-on" 92
VI.5.1.2.2.Direto 92
VI.5.1.2.2.1.AnticoagulanteTópico emMorcegos 92
VI.6. LeiturasAdicionais Recomendadas 94

VII.l. Introdução 95
VII.2. Materiaise Equipamentos 95
VII.2.1. Equipamentos e Proteção ndividual .(EPIS) 95
VII.2.2. Equipamentos e Uso Técnico 95
VII.2.3. Equipamentos e Apoio 96
VII.3. Métodosde Captura 96
VII.3.1. CapturaManual 97
VII.3.2. CapturaComPuçá
VII.3.3. Capturacom ou Coador
Redes-de-Espera 97
97
VII.3.3.1. Utilização de RedesemÁreasUrbanas 98
VII.3.3.2. Utilização de RedesemÁreasRurais 98
VII.3.4. Alguns Cuidadosno ManuseiodosMorcegos ..,..""""""""".""".""".."", 99
VII.3.5. LeiturasAdicionais Recomendadas 99
VII.4. Preservação e MorcegosparaColeçõesDidáticase Zoológicas 100
VII.4.1. Objetivos 100
VII.4.2. Métodosde Preparação e Coleções 100
VII.4.2.1. PorVia Seca 100
VII.4.2.2. PorVia Úmida 101
VII.4.3. LeiturasAdicionais Recomendadas ,.""""""""""""".."""."""""", 103

VIII -Educação em Saúde 105

IX -Anexos 107

IX.l. InformaçõesAdiconais 107


IX.2. Modelo de Fichade Atendimentoà População 109
IX.3. Modelo deOfício paraNotificaçãode Raiva 110

x -Bibliografia Consultada 111

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Introdução
Desdeque os morcegosse tomaramo segundomaior transmissor a raiva aos sereshumanos
no Brasil, a Coordenação e Controle de Zoonosese Animais Peçonhentos CCZAP), Fundação
Nacional de Saúde,Ministério da Saúde,sentiu a necessidade e um texto abrangente, m língua
portuguesa, ue pudesse ornecersubsídiosà atuaçãodos técnicos igados à saúdepública. A idéia
básica para a produção do texto visava dar conhecimento eórico e prático 'a esses écnicos,
capacitando-os orientar pessoaseigas sobrea importânciados morcegospara a saúdepública, a
economiae, também,paraa natureza.

Com esseobjetivo, a CCZAP reuniu, no início de 1994, um grupo de técnicos dispostosa


discutir a elaboração esse exto, que culminouna ediçãodo presenterabalho,chamadode Manual.
Desdeo início, o Departamento e DefesaAnimal, Ministério da Agricultura, do Abastecimentoe da
Reforma Agrária, apoiou e colaborouna elaboração o Manual. Por essemotivo, seu conteúdo oi
ampliado para atender ambémàs atividadesdos técnicosda Agricultura em relaçãoao controle da
raiva dos herbívoros.

o Manualestábaseado m nformações e literaturae na experiênciados profissionaisque se


propuserama participar
tornando-oacessível aos da sua redação.Procurou-seutilizar
écnicosde campo.Cabeesclarecer ue não sedevemenos
linguagemo écnica
distribuir possível,
esteManual à
população eiga, pois as atividadesmencionadas evemserorientadase/ouexecutadas elos écnicos
da Saúdee Agricultura.

Apesarde referir-sea manejoe controlede morcegosem áreasurbanase rurais, vale ressaltar


que este Manual não pretende incentivar o extermínio e nem a exaltação pura e simples dos
morcegos.Deve-seconsiderarque há formas de convivênciapacífica com essesanimais, semdeixar
de atentarparaa suaparticipaçãona cadeiaepidemiológicade diversas oonoses.

Assim, o termo manejo está sendo aqui utilizado para designaro convívio pacífico das
populaçõesde diferentesespéciesde morcegoscom o homem, que deve ser marcado,sempreque
necessário,por açõesque objetivem afastar os morcegosdas habitaçõeshumanase dos animais
domésticos.

Por controle, entendem-se as ações executadas em ocasiões determinadas e não


aleatoriamente, mparadas or lei (parágrafo2°, artigo 3°da lei 5.197de 03 de aneiro de 1967).

o presenteManual sobremorcegosem áreasurbanase rurais procura preencher ma lacuna,


em âmbito nacional, nas publicaçõesdidáticas sobre morcegos,principalmente com referência às
áreasurbanas.Por ser material nédito e inovador, mprecisõese ausênciade informaçõespoderão
aparecernestaedição. Assim, críticas e sugestões erãobem-vindas,para o aperfeiçoamento este
trabalho.

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Diversidade de Espécies

Os morcegossão os únicos mamíferoscom capacidade e vôo, devido à transformaçãode


seusbraçosem asas.Pertencem OrdemChiroptera,palavraque significa MÃO (chiro) transformada
em ASA (ptera). Na foto (Fig.II.l.) é possível dentificar, na asaaberta,o braço,o antebraçoe a mão.Na
mão, podem-se observar odos os dedos: o polegar (único dedo com unha nos morcegos dasAméricas),
os metacarpos as alangesdosdedos.

Fig.lI.l. Morfologia geralexternade um morcego Molossusmolossus),mostrando:An: antebraço;Po: polegar da


asa; Or: orelha; Pe: pé; CI: calcâneo;UR: uropatágio ou membrana nterfemural; PL: plagiopatágio;PP: propatágio ou
membrana ntebraquial;DLA: dactilopatágio argo; DLO: dactilopatágio ongo; DM: dactilopatágiomenor; l"Fa: Ia falange
do 30dedo;2"Fa:2" falangedo 30dedo; 3"Fa: 3" alangedo 30dedo. Foto: W. Uieda)

A ordemChiropteracontématualmente uase1.000espécies representa ercade um quarto


de toda a fauna de mamíferos do mundo. Os morcegos estão distribuídos em duas subordens-
Megachiropterae Microchiroptera -, 18 famílias e 168 gêneros.A subordemMegachiropteracontém
apenasa família Pteropodidae,que está restrita ao Velho Mundo (África, Ásia e Oceania). Nesta
subordemqencontram-se
voadoras, os morcegos
ue podem alcançaraté 1,10mdedemaior porte, conhecidos
envergadura popularmente
dois quilogramasde como raposas
peso.Alimentam-se
de partes lorais e de frutos (fitofagia) e dependem e seusgrandes lhos paraos vôos crepusculares
noturnos.

A subordemMicrochiroptera é de ampla dlstnbulção geogratlcae inclUI I" famílIas, das


quais três são cosmopolitas, sto é, possuem epresentantes m diversas partes do mundo. Nove
famílias destasubordemocorremno Novo Mundo (as Américas), odas com representanteso Brasil.
Aproximadamente140espécies e morcegos êm suaocorrência egistradano território brasileiro. Os
microquirópterossãogeralmente nimaispequenos, odendovariar de algunspoucosgramasde peso
até 150 a 200 gramas e de 10 a 80cm de envergadura.Seusvôos podem ser crepuscularese/ou

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noturnose dependem e um sistemade orientaçãonoturnamuito mais eficiente do que a visão dos


megaquirópteros.

Ecolocalização

De modo geral, os morcegossaemde seusabrigosao entardecer u no início da noite. Apesar


de voaremno escuro,seusolhos são uncionais,havendomuitasespécies ue ocalizam seualimento
com o auxílio da visão, além do olfato. Como os golfinhos e as baleias,os microquirópterosse
comunicame voam orientadospor meio de sonsde alta-freqüência.O sistemaé conhecidocomo
"eco ocalização" popularmente hamadode "sonardos morcegos")ou localizaçãopelos ecos.Esses
mamíferos voadores emitem ultra-sonsque, ao encontraremum obstáculo,retomam em forma de
ecoscaptadospelos seusouvidos muito sensíveis, ossibilitandoa sua orientação.Algumas espécies
conseguem, m vôo, detectarobstáculos a espessurae um fio de cabelo.Com essemecanismo,os
morcegosconseguem oar em locais completamente scuros,desviando-se e obstáculose caçando
insetosduranteo vôo.

o sistemade ecolocalização característicodos morcegosda subordemMicrochiroptera, e


um dos principaisresponsáveis ela maior diversidade e espécies esse rupo.Essesistemapermitiu
que os microquirópterosexplorassem iversos ipos de abrigo e de alimento.Os megaquirópteros, or
seorientarem,basicamente, ela visão, utilizam poucos ipos de abrigo (abrigosexternos,como copas
e troncosde árvores)e de alimento (origemvegetal). sto explicariasua menordiversidadede formas.

Reprodução

Como todo mamífero,os filhotes dos morcegos s~ogeradosdentro do útero de suasmães.


Proporcionalmente o seu amanho,os morcegos ãoos mamíferosque se reproduzem e modo mais
lento. Apresentamuma
filhote por gestação umgestaçãode
pequenogrupodois
deamorcegos
sete meses,dependendo a espécie,e, geralmente,um
nsetívoros, êneroLasiurus,pode gerarde dois
a três filhotes/gestação).Os morcegos nsetívoros êm um períodode gestação e dois a três meses,
enquantoque os fitófagos, em orno de três a cinco meses.O mais ongo períodode gestação ertence
aos morcegoshematófagos, om pelo menosduasdas rês espéciesendo gestação e setemeses.O
parto ocorre no abrigo, anto no períododiurno como no noturno,e os filhotes nascem empêlos, em
algumasespécies, u á com uma pelagem ênue,em outras.

Logo após nascer, algumas mães costumamcarregarseus filhotes em vôos de atividade


noturna; porém, à medida que cresceme aumentamde peso, toma-se indesejávelseu transporte.

Carregando ilhotes,
Por essemotivo, as mãesperdemparte
os filhotes de sua mobilidade
podem serdeixadosnos e agilidade
abrigosdiurnos para as caçadas
ou transportados noturnas.
té um abrigo
noturno mais próximo da áreade caçade suasmães.Nos primeirosmeses, s filhotes sãoalimentados
com leite materno e, gradativamente, omeçama ingerir o mesmo alimento dos adultos. O leite,
branco, é produzido por um par de mamas,habitualme,,-teituado nas regiõesaxilares e peitorais
(apenas duas espécies apresentammamas abdominais funcionais). Mamas peitorais são uma
característicaque somenteo homem,macacos, irênios,elefantese morcegospossuem nos outros
grupos as mamassão abdominais,como nos bovinos e eqüinos).Geralmente,as mães ensinamaos
seus ilhotes o que comer,como conseguir onde encontrar alimento.

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Fig.II.2. Uma fêmeado morcegohematófago,Diaemusyoungi, pouco antesde dar à luz a um único filhote, após
setemeses e gestação. o mais ongo periodode gestação onhecidonos morcegos. Foto: W. Uieda)

Fig.II.3. Uma fêmea do morcego hematófago, Diaemus youngi, logo após dar à luz a um filhote, que
imediatamente e agarrouao ventre da mãe,com os polegares os pés,para se alimentardo leite por ela produzido. (Foto:
W. Uieda)

Os morcegos nsetívoros,habitualmente,possuemum pico de reproduçãoque ocorre no


períodomais quentedo ano (primaverae verão),quandoos insetossão mais abundantes.Assim, há
mais alimento disponível e, conseqüentemente,odem produzir mais leite para alimentar seus
filhotes. A reproduçãodos morcegos itófagos estádiretamenteigada à floração e/ou rutificação das
plantasque fornecemseualimento; por isso,pode ocorrer em épocasdiferentese, também, mais de
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uma vez por ano. Os morcegoshematófagos ão têm uma épocadefinida para se reproduzir,pois a
quantidade e seualimentona natureza constante,sto é, não sofre variaçãosazonal.Eventualmente,
podem er mais de uma cria ao longo do ano.

A estrutura social dos agrupamentos e morcegosé complexae varia de uma espéciepara


outra, podendo, ambém, variar de uma região para outra. Um número relativamentegrande de
espéciespossuiuma estrutura social baseada a formaçãode haréns um macho dominantecom um
grupo de fêmeas).O tamanhodo
machodominante.Algumas poucasespécies ser de algumas
harémpodearecem êmeasa até dezenasdelas para cada
ermonogâmicas.

Ao contrário dos roedores,que possuemuma longevidadebaixa, os morcegos têm uma


expectativade vida alta. Algumas espéciesde insetívorospodem chegar a 30 anos; os morcegos
hematófagos odemchegara quase20 anosna natureza.

Hábitos Alimentares

Entre os mamíferos, os morcegos representam grupo mais versátil na exploração de


alimentos,podendoexploraruma grandevariedadede tipos, como frutos, néctar,pólen, partes lorais,
folhas, insetos mariposas,besouros, ernilongose percevejos), utros artrópodos como escorpiões),
pequenospeixes, anfíbios (rãs e pererecas), agartos, pássaros,pequenosmamíferos (roedores e
morcegos)e sangue.Algumas espécies, omo as dos vampiros, têm um regime alimentar bastante
restrito (consomem omente angue),masumaboapartedasespécies ode ncluir em suadieta vários
tipos de alimentos.
Os morcegos nsetívorosocorremem quase odo o mundo e compreendem maior parte das
espécies cercade 70%) dessesmamíferosvoadores.Na natureza,apresentam ma função ecológica
importante, uma vez que auxiliam no controle de populaçõesde diversos tipos de insetos como
besouros,mariposas, ercevejos pernilongos.

Fig.II.4. Estômagosdo morcego nsetivoro Nocti/io a/biventris, em estadosdiferentesde repleção: otalmente


vazio, ao sair do abrigo parase alimentar,e ao retomar,apóscercade 30 minutosde refeição os outros 5 estômagos).Foto:
W. Uieda)

Os morcegos fitófagos (nectarívorose frugívoros) são encontradossomente nas regiões


tropicais e subtropicaisdo mundo,onde existemplantasproduzindonéctare/ou rutos, praticamente,
o ano odo. Nos ecossistemasaturais,essesmorcegos ão mportantes, ois promovema polinização
das lores e a dispersãode sementes e diversasplantas,podendoserconsideradas spécies teis. Na
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região amazônica,os morcegos rugívoros são os principais agentesde recuperação as florestas,


espalhando ementes m áreasdesmatadas, aturale artificialmente.Pode-sedizer que a regeneração
da mata amazônica depende,diretamente, das atividades dos morcegos fitófagos neotropicais,
recuperando reasdegradadas elo homem.

Poucasespécies ãocarnívoras.Estesmorcegossaempara caçarpequenos ertebrados omo


peixes, rãs, camundongos, ves e outros morcegos.Podem, ainda, completar a dieta consumindo
insetose, eventualmente,rutos.
Os morcegoshematófagos ompreendem penasrês espécies, ue estão estritasà América
Latina (região neotropical): Desmodus otundus,Diaemusyoungi e Diphylla ecaudata.Exploram,
basicamente, anguede vertebradosendotérmicos aves e mamíferos).Na natureza,devem atacar
jacús, acutingas, garças,aburus, outras avesde porte semelhante u um pouco menores,capivaras,
leõesmarinhos,antas,macacos, eadose outrosmamíferos.Nos ambientes urais, tendema explorar
qualquer ipo de animais de criação.No ParqueZoológico do Rio de Janeiro,os D. rotundus têm
atacado nimaissilvestresexóticoscomo avestruz, inocerontee elefante.Diversaspessoas alientam,
apenas,os aspectosnegativos dessesmorcegose questionama sua importância ecológica. Nos
ecossistemasaturais,os morcegoshematófagos uxiliam no controle daspopulações e vertebrados
herbívoros,evitandoque superpopulaçõesessas resas estruama vegetação , conseqüentemente,
ecossistema. ssecontrole populacionalé feito não somentepor sangriasdos animais, mas também
por ransmissão e doenças, omo a raiva.

fig.1I.5. o pequeno morcego beija-flor, G/ossophagasoricina, visitando uma flor de dedaleiro (Lafoensiapaccari)1l
procurade néctar.Estaespécie e morcegoé um dosagentesesponsáveisela suapolinizaçãona natureza.O uso
de plantasnativas,como esta,no processo e arborização e cidadesatraem euspolinizadorespara as áreasurbanas. Foto:
I. Sazima)

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Fig.II.6. o grande morcego de nariz em fonna de lança (Phy//ostomusdisco/ar) é também freqUentemente


observadovisitando flores à procura de néctare pólen, como nesteembiruçu (Pseudobombaxrandiflorum). Ele é um dos
responsáveis ela sua polinizaçãona natureza tambémem áreaurbana,ondeesta planta em sido utilizada na arborização.
(Foto: I. Sazima)

Fig.". 7. As papilasna ponta da lingua, a longa extensão a língua do morcegobeija-flor e seu ocinho, também
alongado, permitem que o animal possa retirar o néctar do fundo do tubo floral. Estas estruturassão especializações
morfológicas que permitemque este morcegopossa sereficiente em sua unção ecológicade polinizar as plantas. Porém,
nem odos os morcegosque visitam as lores possuem ssas aracterísticas,omo estábemexemplificadona figura anterior.
(Foto: W. Uieda)

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Fig.II.8. Após pegar um fruto na amendoeira Terminalia catappa),o morcegoArtibeus lituratus carrega-opara
um pouso noturno (aqui representado ela copa de uma sibipiruna, Caesalpinia peltophoroides),onde irá consumi-lo
vagarosamente.Foto: W. Uieda)

Abrigos

Os abrigos diurnos representam s locais onde os morcegos repousamdurante o dia. Por


passar ercade metadedo seu empo diário nessesocais,os abrigosdevemoferecercondições ísicas
mínimas que mbiente,a
temperatura permitam umidade elativa do armorcegos.Geralmente,
a sobrevivênciados atores como
e a luminosidadedeterminama estabilidade
ocupação,ou da
não, de
um dadoabrigo por essesmamíferosvoadoresnoturnos.

Os abrigos devem oferecercondiçõesque permitamo acasalamento, parto e a criação de


filhotes, as nteraçõessociaise a digestãodo alimento consumidodurantea noite, e, ainda, proteção
contra ntempériesambientais chuvas, ento e insolação) contrapossíveispredadores.

A evolução do sistema de ecolocalização oi, sem dúvida, o fator determinante na


diversificação dos tipos de abrigos utilizados pelos morcegos. Por causa disso, os morcegos da
subordemMicrochiroptera obtiveram sucessoem ocuparo interior de cavernase fendasde rocha,
ondea ausência e luz é total.

De modo geral, podemosclassificar os abrigosde internos (cavernas, endasde rocha, ocos-


de-árvore,edificações)e externos folhagem,superfíciede tronco dasárvores).

Os morcegos podem fazer uso de abrigos também durante o período noturno, que são
denominados e abrigos noturnos,abrigos noturnos emporários,pouso noturno ou digestório. Os
abrigosnoturnos são ocais para ondeos morcegos evamo alimento (frutos, artrópodose pequenos
vertebrados) ara seremconsumidos.No chãodesses brigos,podem-seencontrar estosalimentares
e fezes.

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Fig.II.9. A caverna representaum bom abrigo diurno para morcegos,pois fornece condições estâveis detemperatura,
umidade do ar e luminosidade,além da proteçãocontra intempériesambientaise predadores ventuais.Por
causadisso,vârias espécies e morcegosutilizam este ipo de abrigo, nclusive a do morcegovampiro comum, Desmodus
rotundus.Na cavernada foto, a colônia devia ter, aproximadamente,00 morcegos.Foto: W. Uieda)

Fig.II.l0. Acúmulo de fezesdo morcegohematófago,Desmodus otundus,no interior de uma caverna.Um modo


prático de identificar seusabrigosé procurar por esses cúmulos.As fezes possuem spectode alcatrão pastosoe negro) e
forte odor de amônia.O tamanhodessas oçasdepenpe o tempode usodo local e do tamanhoda colônia.(Foto: W. Uieda)

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Fig.".I'. Casa abandonada. ujo porão era usadocomo abrigo diurno pelo morcego hematófago,Desmodus otundus. Essa
situaçãoé comum no meio rural e deveria ser evitada, pois diminuiria a disponibilidade de abrigos ao morcego, um dos fatores que
contribuíramparao aumentode suaspopulações.Foto: W. Uieda)

c. i;'-'
Fig.II.12. Diversasespéciesde morcegosutilizam bueiros de água luvial ou pluvial como abrigo diurno. Com o aumentoda
malha odoviária,o númerode bueiros aumentoumuito e isto favoreceuasespécies ueos utilizam, como a espécie ematófagaDesmodus
rotundus. Em várias regiõesbrasileiras,quasea metadedos abrigosusadospor estaespécieé artificial, isto é, foi produzidapelo homem.
Dessemodo,o homem em oferecido casa"e "comida",contribuindoparao aumentodaspopulações essesmorcegos. Foto: W. Uieda)

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Fig.II.13. Nas áreasurbanas,algumas casaspossuem orões subutilizadosque podem representar ons abrigos
para morcegos, como os pequenosmorcegos beija-flor, Glossophagasoricina. A ocupaçãonão demora muito para
acontecer, ois os morcegosestãosempreexaminando s recursos otenciais abrigo e alimento)de sua áreade vida. (Foto:
M. Yoshizawa)

Fig.II.14. Oco-de-árvore um tipo de abrigodiurno interno nemsempredisponívelno ambiente.Por causadisso,


as espécies endem a explorar mais de um tipo de abrigo. Além disso, o tamanho do oco-de-árvoreacaba, também,
delimitando o tamanhoda colônia que irá viver nesseambiente.O morcegohematófagoDiaemusyoungi vive, quaseque
exclusivamente, m ocos-de-árvore,omo o destapaineira,e suas olôniassão,geralmente, equenas.Foto: W. Uieda)

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Fig.II.15.Uma palmeira apresenta um tipo de folhagem que pode muito bem ser explorada por diversas espécies de morcegos.
I:nquanto verdes, as folhas abertas podem abrigar, em sua face inferior, pequenos grupos de morcegos frugivoros (por ex. Platyrrhinus
lineatus, Artibeus lituratus); entre as bainhas e o tronco, pode-se encontrar colônia de morcegos insetivoros (Eumops, Promops,
,'vIolossops),e na folhagem seca pendurada junto ao tronco, podem-se encontrar pequenos morcegos insetivoros de hábitos quase solitários,
como espécies do gênero Lasiurus. (Foto: W. Uieda)

Fig.II.16. Palha seca de palmeira sendo utilizada como abrigo diurno pelo morcego nsetivoro, Lasiurus ega. Esta árvore
encontrava-se o ardim de umacasada área ural; masestasituaçãoocorre ambémem áreaurbana.No centroda foto é possívelobservar
um únicomorcego abrigando-se esta olhagem. Foto: W. Uieda)

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Fig.II.17. o morcego nsetívoroLasiurus egaé um habitantecomumde folhassecas e palmeiras.A coloraçãode


seuspêlose o hábito de permaneceremmóveis por ongo tempo permitemque as pessoas, ue andemperto da palmeira,não
os encontrem. Foto:W. Uieda)

Fig.II.18. Apesar da coloraçãoevidente de seus pêlos,este grupo de morcegos nsetívoros (Lasiurus borealis)
permaneceuessaplantade folhagem erde por vários dias,numaárea esidencialurbana. Foto: W. Uieda)

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Fig.II.19. Um grupo (harém)de Artibeus lituratus usandoa copa de um ambolão (Syzigiumjambolanum) omo
abrigo diurno em área urbana.A copa é, relativamente, em fechada,protegendoos morcegosdos raios solares. Foto: W.
Uieda)

Fig.II.20. Pousonoturno do morcego rugívoro Artibeus ituratus em áreaurbana.Notem-seos restosalimentares


existentesno chão sob essepouso: sementes e jambo, de oiti, de amendoeirae bagaços.Os frutos são raspadoscom os
dentes,mastigados sugados.Os bagaços ãoeliminadose caemao chão Foto: A. Bredt)

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11.6.Leituras Adicionais Recomendadas

ffiLL, J.E.; SMITH, J.D. Bals: a naturalhistory. London: British MuseumofNatural History, 1984.
243p.
YALDEN, B.W.; MORRIS, P.A. The lives o/hals. NewtonAbbot: David & Charles,1975. 247p.
FENTON, M.B. Bals. New York: Factson File, 1992. 207p.

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111-Os Morcegos e o Homem


111.1.Mitos e Lendas
Os morcegos são, geralmente, embrados como criaturas sinistras, demoníacase, quase
sempre, ndesejáveis.Nenhumoutro grupo de mamíferospareceestar tão envolvido em mistérios,
mitos, folclore e desinformação: reqüentemente ssociados o diabo (Lúcifer),.bruxas, vampiros e
"lado-escuro"da
vezes, experiênciahumana,são
são retratadoscomo também esponsabilizados
animais nteligentes,cômicos, de boa sorteela
e deorigem da noite. Outras
naturezadupla, sendo
meio pássaroe meio besta.Na crençapopular, odos os morcegossão "chupadores e sangue"que
atacamsuasvítimas durantea noite. Esta crença oma-semais nteressante a medida em que é um
elementocomumdo folclore de muitasculturashumanas Japão,Filipinas,Austrália,Mrica, Europae
Américas). Com exceçãoda América Latina, não há basebiológica para explicar a associação ntre
morcegose o espírito vampiresco,a eles associado, não ser pelos seushábitos noturnos.O nome
vampiro tem origemhúngarae significa uma pessoa ue retomada morte para se alimentardo sangue
de um servivo.

Na Europa, há poucos dados registradossobre a associação ntre morcegos,vampiros e


bruxas,antesda publicaçãodo livro "Orácula",de Bram Stoker, em1897. Stoker baseouseu ivro no
personagem eal Vlad, "The Impaler", que viveu entre 1431 e 1467, e pertencia à aristrocracia
romena.Ele era consideradoum tirano que, embora conhecidopor suas muitas maldades,não foi
lembradocomo vampiro. Acredita-seque Stokerpossa er sido influenciadopelos relatos antasiosos
dos viajanteseuropeusao Novo Mundo, segundoos quais havia um tipo de morcegoque atacavae
sugavao sanguedos animais e das pessoas, té que morressem.O cinema acaboupopularizando
mundialmentea figura do "Orácula", como chupadorde sanguede sereshumanos,e criando outros
seresnoturnos ictícios com algumas aracterísticasos morcegos geralmente formato das asase o
vôo). Atualmente,é comum que uma pessoa eiga, ao ver um morcegovoando nas proximidades,
rapidamente roteja seupescoço local preferidopelo Oráculaparasangrar uasvítimas).

Na América Latina, os povosMaias associavammorcegosantoaosaspectos egativosquanto


aos positivos,
vasilhames. sendo,
Zotz" é a freqüentemente,
palavra maia paraepresentadosnos
designarmorcegomonumentos,nos
e "Zotziha", a sua manuscritos e nos
casa,habitadapelo
"Deus Morcego Vampiro", chamadode Camazotz,que decapitava uasvítimas. Podia ser, também,
associado om o "Deus da Boa Sorte", trazendo elicidade às pessoas.Nos manuscritosdos povos
Aztecas,morcegossão considerados omo deusese estão associados om a cultura do milho e os
rituais de fertilidade.

Ainda hoje, em algumas egiõesdo México, essesanimaiscontinuama ser cultuadospelas


populaçõesocais.Comoexemplo,pode-secitar o culto ao Deusde uma grandecavernano Estadode
Vera Cruz, ondemulheresgrávidasoferecem resentes osmorcegos ampirose rezampelo sucesso
do parto de seusbebês.Pessoas odem, ambém,pedir auxílio aos morcegospara protegê-Iasdos
inimigos e da má sorte, ou para obter ótima colheita agrícola.Oferendassão feitas sob a forma de
alimento, de floresassemelha-se
dessasdivindades e, até mesmo,um
de dinheiro.
morcego Nos
com manuscritose monumentosMaias,
uma folha nasal a imagem
anceolada,estrutura que no
Novo Mundo é característica os membrosda família Phyl1ostomidae.

Em Trinidad, os nativos conhecem s morcegoshematófagos ue atacame sugamo sangue


dos animais,porém,os ataquesàspessoas ão eitos por "Soucouyant", ma bruxa que voa pelo céu
noturno à procura de sanguehumanopara se alimentar.Por outro lado, sua figura quasesempreé
cultuada nos carnavais, quando pessoas desfilam com fantasias bem elaboradasde morcegos
filostomídeos.

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111.2.Morcegos e SaúdePública
De modo geral, a maioria dos morcegosé considerada,pela população,como vampiros
sedentos e sangue,animais sujose que carregamescondidas oençasprejudiciais à saúdehumana.
De fato, alguns morcegosestãoenvolvidos na epidemiologia incidência e distribuição) de doenças
importantes, ais como a raiva e a histoplasmose.Estasdoençaspodem ser transmitidas aos seres
humanos,direta ou indiretamente,assim como a outros animais de sanguequente. No entanto, a
crença popular de que todos os morcegos são portadores de muitas doenças(transmissíveisao
homem)é simplesmente rrônea.Apesarde sabermos ue á foram encontradosmorcegosalbergando
uma variedadede organismosnocivos, ou potencialmente ocivos,a transmissão e doençasaosseres
humanosé rara. Porém, relatos sensacionalistas, em cuidados ou inverídicos sobre os morcegos
podemestimular a antipatiapública, a tal ponto quemuitos sãodestruídos esnecessariamente.

Geralmente, a biologia dos agentes patogênicos não é diferente da biologia de seus


hospedeiros.Controlando e regulando as populaçõesde hospedeiros,mantendo-asnum equilíbrio
dinâmico e natural, automaticamente, stá-se azendo o mesmo com as populaçõesdos agentes
microbianos.O surgimentode uma doençanuma dada populaçãoé conseqüência uto-limitante da
quebra desseequilíbrio dinâmico. Tais quebrasocorrem quandoas populaçõesde hospedeiros,do
vetor ou do agente patogênico aumentam, ultrapassandoseus limites naturais. Isto causa,
conseqüentemente,m
probabilidadede incrementona
exposiçãoà taxa de
doença.Além infecção
dos efeitosou de re-infecção,devido
óbvios da superpopulação a uma elevaçãoda
do "stress", uma
grandepopulaçãopode tambémexplorar,excessivamente,s recursosalimentaresda região e causar
uma falha que, por suavez, pode dispararuma manifestação pidêmicada doença.As populaçõesde
animais silvestres, ncluindo morcegos,existem dentro dessesimites dinâmicos. O fato de várias
espécies e morcegosviverem em colôniasde cetltenas,milharesou, em algunscasos,de milhões de
indivíduos, sem seremdestruídospor doenças nfecciosas,é uma prova do equilíbrio existenteentre
os hospedeiros suacomunidademicrobiana.

Seres humanos e seus animais domésticos estão em equilíbrio com certos agentes
microbianos, mas freqüentem nte tornam-sesusceptíveisa outros agentes,para os quais não são
hospedeirosnaturais. Isto pode acontecer, ambém, com morcegos,pois são elementosda fauna
nativa, freqüentem nte encontradosunto ao homem e/ou aos animais domésticos.Os morcegose
alguns ipos de roedoressãode particular nteresse orqueestãoem odo lugar, sãoaltamentemóveis
e podem abrigar-se em ambientesdomiciliares, aumentandoassima probabilidadede contato. Um
outro fator de interesse está no fato de que morcegos, por serem mamíferos, possuemcertas
semelhanças om o homeme, portanto, podemsersusceptíveis algumasdoençashumanas.Assim,
os morcegospodem ornar-seum transmissornão-intencional e algumasdoenças umanas.

Os agentespatogênicos vários tipos de bactérias, ungos e vírus) á foram encontradosem


morcegos ou em depósitos de suas fezes (guano) nos abrigos diurnos. Além dessesagentes,os
morcegospodem abrigar tambémuma diversidadede organismosendo e ectoparasitas ue, por sua
vez, podem causardoençasou carregar um ou mais agentespatogênicos.Estes, incluem parasitas
protozoários,helmintos
alguns dessesagentesá(platelmintose nematóides)
encontradosou suspeitosdeartrópodosparasitas.
As tabelasabaixo
ocorrer em morcegos.Diversos casoscontêm
foram
estudados,apenasexperimentalmente,em laboratório, sem a contrapartidade sua ocorrência em
condições naturais. Alguns casos foram mencionados apenas como especulações eitas por
especialistas publicadascomo al.

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QUADRO1 -Doenças por Vírus Associadasa Morcegos

-Tipos de vírus á registrados mmorcegos


-Anticorpos Doenças
-Principais de outras32 virosesdescobertas m soro sangüíneo e morcegos
Virais:

Encefalite VenezuelanaEqüina (VEE)

Causada or Alfavirus, membrode arbovirusdo grupo A. Doençaepidêmicacaracterizada


por febre ou encefalite em eqüinos e homens. Um a 3% dos casos humanos com problemas no
SistemaNervoso Central SNC), com seqüelasmarcantes u mortes;38 a 83% dos eqüinosmorrem.
Morcegoshematófagos ncontradosnfectadosnaturalmente odem ransmitiro vírus da VEE a outro
hospedeiro, ia ingestãode sangue, or um curto espaço e tempo 1 a 5 dias).

Febre Amarela (YFV)

Causadapor um Flavivirus, membro de arbovirus do grupo B. Doença comum a vários


grupos de mamíferos, ncluindo morcegos.Transmissão ia mosquito transmissor;mas, morcegos
hematófagosnfectadospoderiam ransmitirpela saliva,durante efeição.Ainda não encontradoYFV
em glândulassalivaresde morcegos.Pela mobilidade, morcegospodem ter papel no deslocamento
geográficodo vírus.

Raiva
Causada or vírus do gêneroLyssavirus Rhabdoviridae).Doençacaracterística e mamíferos
do mundo todo, com exceçãode áreas nsulares Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Japãoe
Havaí). Geralmente ransmitido por mordedur!iS; írus rábico afeta SNC, causandoalteraçõesde
comportamento,paralisia e quase sempremorte. Cerca de 50.000 pessoase milhões de animais
morrem anualmente. á isolado de várias espéciesde morcegos, ncluindo as de hematófagos ver
texto destecapítulo).
-Doenças Virais Potenciais: váriashepatites irais, citomegalovírus, írus de Epstein-Barr,
dengue,adenoviroses.

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QUADRO 2 -DoençasBacterianasAssociadasa Morcegos

Bactérias dados

BactériasPatogênicas umanas (perigosasa moderadamenteerigosas)

Salmonella -Febre tifóide e outrasdoenças emelhantes.


Shigella -Disenterias.
Yersinia (=Pasteurella) -Peste bubônica: infecção experimental em
laboratório.
Leptospira -Leptospirose: várias espécies á isoladas de
morcegosdo Velho Mundo. Não se conhece o
papel dos morcegos, possivelmente
sãohospedeiros cidentais.
Brucella -Brucelose: doença cosmopolita, afetando
principalmentegado bovino. Pode ser adquirida
pelo homem,por contato com dejetose alimentos
contaminados.
contaminar aoMorcegos
sangrarhematófagospodemse
animais doentes e
transmitira outrosanimaisou ao homem.
Borrelia recurrentis -Febre recorrente: morcegos podem ser
reservatóriosnaturais.Várias espéciesá isoladas
de morcegos,com relaçõesdesconhecidas om a
doença :tu_mana. -
Parasitas Intracelulares (Rickettsias)

Bartonella bacilliformis -Febre Oroya: comumna região Andina. Ainda I


não encontrada m morcegos,mas é possívelque
estejamenvolvidos na manutenção a doençana
região.
Bartonella rochalimai -Conhecida do morcego frugívoro, Carollia i
perspicillata
Grahamella -Semelhante Bartonellae comumem mamíferos
nãohumanosnclusivemorcegos.
Coxiellaburneti -Febre Q: doençaperigosa,mas raramente atal'
I

ao homem, soladade morcegos, ue podematuar


como reservatórios.Transmissãogeralmentepor
contato com dejetos (fezes, urina e outros) de
animaiscontaminados.
Rickettsiaickettsi
-"Rocky Mountain
morcegos frugívorosSpotted Fever": testados
e nsetívoros matou
experimentalmente, mas falhou emmorcegos
hematófagos. Transmissão ao homem por
carrapatos.

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QUADRO 3 -Doenças por ProtozoáriosAssociadasa Morcegos

Protozoários Doenças que provocam e outros dados I

Trypanosomaruz; -Doença de Chagas: várias espécies de


morcegos á foram
semelhantes registradascom
forma tripanosomas
cruz;. Patogenicidadenão
está bem entendida.Esses ripanosomasparecem
não provocar infecção humana. 19 espéciesde
tripanosomasá encontradasem 52 espéciesde
morcegos.
Trypanosoma vansi -(=T. hippicum, T. equinum e T.venezuelense),
causaMurrina e Mal das cadeiras: encontrada
emmorcegohematófago, odendoser ransmitida
mecanicamentee um hospedeiro principalmente
eqüinos) a outro por morcegos,durante repasto
sangüíneo.
Leishmania onovani -Leishmanioseraposa
encontradona visceral ou VelhoCalazar,
voadora do Mundo
(Pteropus)
Plasmodiumspp -Malária: de uma a 4 espécies á isoladas de
morcegos. Nenhum destes parasitas parece
envolvido com a maláriahumana.

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QUADRO 4 -Doenças por FungosAssociadasa Morcegos

Fu ênicosHumanos Doen rovocam e outros dados

Histoplasmacapsu/atum -Histoplasmose:
importante, causadadoença cosmopolita
por fungos. Aparecemais
na
forma de levedura florescida em tecidos
infectados e como hifas e esporos no solo
(Saprófitas). Contágio por inalação de esporos
contidos na matéria orgânicado solo de abrigos
quentes e úmidos dos morcegos e aves. Esta
infecção respiratória pode ser fatal ao homem,
mas é rara. (Mais informações no texto deste
capítulo).
Paracoccidioidesbrasiliensis -Blastomicose sul-americana: doença
granulomatosa das membranas das mucosas
(gastrointestinal, nódulos
pulmões),altamente linfáticos,
erigosae comumnas pele e
zonas
tropicais e subtropicais da América Latina.
Esporos iáveis em ezesde morcegos.
Scopu/ariopsis -Esporotricose: semelhante a blastomicose,
encontrado m ezesde morcegos a Colômbia. I
Cryptococcuseoformans -Meningite crônica: geralmenteatal, em esporos
encontrados m ezesde morcegos. i
Sporot-i::humschenckii -Esporotricose humana: isolada de fezes de
morcegos olombianos.
Candidaalbicans -Candidíase ou Monilíase: doençade homense
animais. soladade fezes de morcegos rugívoros
(Pteropus)do Velho Mundo, que foram criados
em cativeiro. Morcegosdoentesnão encontrados
na natureza.
Candida chiropterorum -Isolada de morcegos da Colômbia.
Experimentos indicam que há certa
patogenicidade o homem.
Candidaparapsilosis -Fungo não patogênico,encontradoem fígado de
morcegoLeptonycterissanborni americano.
Torulopsisglabrata -Fungo comum da pele e de membranasdas
mucos sdo homem,encontrado mmorcego
Microsporum gypseum -Fungoencontrado m ezesde morcegos.

Allescheria boydii -Fungo que produz micose do pé e infecções I


pulmonares ou sistêmicos no homem e nos I

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QUADRO 5 .Problemas com outros ParasitasAssociadosa Morcegos

-Diversos vermesparasitas trematóides, cestóidese nematóides) á registradosem várias


espécies e morcegos.Muitos sãoespecíficos esses ospedeiros. lguns helmintosde humanose de
animaisdomésticosá foram encontrados m morcegos.Essas corrênciaspodemseracidentais.

-Ocasionalmente ácaros de morcegos podem ser encontradosem seres humanos.Pode


ocorrer quandomorcegosse abrigamem casasou quandopessoasentramem abrigosde morcegos.
Podem rovocardermatites leves, aramente érias.

-Três espécies e percevejos(família Cimicidae)compartilhadas or morcegose homens:a


espécie cosmopolita Cimex lectularius; a tropicosmopolitaC. hemipteruse a espécie do Oeste-
MricaI:c Leptocimexboueti. Especula-se ue C. lectularius tomou-seadaptadaao homem, quando
este passoua usar cavernase abrigos similares como habitaçõeshumanas.Sem evidência de sua
importânciacomo vetorde doenças ntremorcegos homens.

-Duas famílias de moscas (Nycteribiidaee Streblidae)estão especialmente daptadas osmorcegos.


Ambas são hematófagase podem, potencialmente, ser vetores de vários agentespatogênicos.
Porém, sem evidênciasda participaçãodessasmoscasna transmissãode doençasaohomem.

-Mordeduras de morcegoshematófagos reqüentementenvadidos por larvas da mosca


Callitroga e da bicheira Cochliomyiahominivorax. Mamíferos domésticose aves infestados com
larvas podem morrer. Em algumasáreasda América Latina, mortalidadedevido às larvas dessas
moscas ode ser ão sériaquantoaquelaprovocada ela raiva.

111.2.1. istoplasmose
A Histoplasmose é uma enfermidade causada pela inalação de esporos do fungo Histoplasma
capsulatum, comumente encontrado em solos enriquecidos por matéria orgânica, especialmente em
locais !,Totegidos, como abrigos de aves e de morcegos. Produz uma infecção respiratória que,
eventualmente, pode ser fatal para o homem, embora os casos graves sejam raros, já tendo sido
encontrado em diversos paísesdo Novo Mundo (inclusive no Brasil), da Europa e da África. De modo
geral, o fungo não sobrevive em sótãos quentes e secos, e a infecção humana, oriunda de morcegos,
ocorre mais freqüentemente em cavernas quentes, úmidas, sem ventilação e com acúmulo de fezes
dessesanimais. Apesar de as pessoas associarem a histoplasmose aos ambientes freqüentados pelos
morcegos, as mais importantes fontes desta nfecção parecem ser os abrigos de aves, como galinheiros
e pombais.

A histoplasmose tem um diagnóstico impreciso e é facilmente confundida com outras doenças


respiratórias, como a pneumonia e a tuberculose. Sua gravidade é diretamente proporcional à
quantidade de esporos inalados. Assim, os ambientes que abrigam morcegos devem ser explorados ou
perturbados com muito cuidado e precaução. O uso de uma máscara (com filtro de carvão ativado) ou
outro respirador eficiente que possa remover partículas muito pequenas (cerca de 2 microns de
diâmetro), em tais locais, reduzem o risco de infecção. Por isso as visitas às cavernas e grutas
habitadas por morcegos devem ser evitadas ou feitas somente em casos de extrema necessidade.

Por ser pouco conhecida (até mesmo para a medicina), não existe estatísticasobre afreqüência
de ocorrênciadestaenfermidade.

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Raiva

111.2.2.1.istribuição

A enfermidademais comumente ssociada os morcegosé a raiva, uma doença iral, agudae


letal.

ilhas dooCaribe,o
vírus rábico temalgunsPaíses
Japãoe uma distribuiçãocosmopolita,
Europeus. excetuados Austrália, o Uruguai, algumas

Animais Hospedeiros

A doença (transmitida pela saliva de um animal infectado, geralmente,através de uma


mordedura) freqüentemente bservada m carnívorossilvestrese domésticos cãese gatos),embora
qualqueranimalde sangue uentesejasusceptível raiva, em menorou maior grau.

Patogenia

o vírus da raiva penetrano organismodo hospedeiro, eralmente,atravésda mordedurade


um animal infectado. No momento da mordedura, o vírus presente na saliva é inoculado,
permanecendo urante algum tempo no local da lesão. Uma vez alcançadaa inervaçãoperiférica,
caminha em direção ao sistemanervosocentral, chegandoao cérebro.Daí, dirige-se novamenteaos
nervosperiféricos,atravésdos quaisatinge,entreoutrosórgãos,asglândulas alivares.

Sintomatologia

Classicamente, raiva apresentarês fasesdistintas:a fase prodrômica,a fase excitativa e a


faseparalítica.

A fase prodrômica é a fase de mais curta duração 2 a 3 dias), caracterizada elos sinais
iniciais da doença, quando o animal apresenta pequenas alterações comportamentaiscomo:
hiperexcitabilidade osestímulosexternos, omo uz, ruídos,deslocamentose ar, etc.

Na fase excitativa os sintomas observadossão os mais facilmente associadosà doença,


principalmente quando a espécieenvolvida é o cão ou o gato. Durante esta fase, encontram-se
exacerbados s sinais de hiperexcitabilidadeobservadosdurante a fase prodrômica.Além disso, o
animal pode tomar-se muito agressivo, nvestindo contra outros cães, gatos, animais de outras
espécies, ontra o homem,e até contraobjetos nanimados.Paraos animaisque apresentam vidente
agressividade iz-se estarem cometidos ela raiva na sua orma furiosa. A fase excitativapode durar
de 3 a 7 dias,duranteos quaisa transmissão o vírus rábico se az mais reqüente.

A fase paralítica ocorre, geralmente,após a fase excitativa, caracterizando-se or paralisia


progressivaque parte dos membrosposterioresem direção à cabeça.A morte, por asfixia, ocorre
quandoa paralisiachegaà musculatura espiratória.

Em herbívorosé comumnão se observara fase excitativa:o animalpassada fase prodrômica


à faseparalítica "raiva paralítica").

Como a proposta deste Manual é tratar, especificamente, obre os morcegos,será aqui


abordada omentea transmissão a raiva por esses nimais,hematófagos não hematófagos.

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.2.2.2.
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Transmissão or MorcegosHematófagos

o vírus rábico parece er, nos morcegoshematófagos, melhore o mais eficiente veículo de
propagação, ma vez que estesagridemdiariamenteoutros animais (suaspresas,para se alimentar,
e/ou seus próprios companheiros,nas interaçõessociais agressivas).Essas agressõesenvolvem,
principalmente,aplicaçãode mordedurase outros tipos de comportamentonterativo. Assim, um
morcego hematófago nfectado tem chancesdiárias e freqüentesde transmissão, endo, por isso,
responsável ela nfecçãodireta de animaisdomésticos , eventualmente, e sereshumanos.Quando
transmitida,atravésde mordeduras, doença, eralmente, egueum cursoparalítico.

o vírus da raiva á foi encontradoem diversaspartesdo corpo dos morcegoshematófagos,porém,


é mais freqüentementesolado em tecidos do cérebro, das glândulassalivares,da gordura
castanha dos pulmões.

Emborahouvessenicialmentea crençade que os morcegos,especialmente s hematófagos,


fossem munes e, portanto, portadoresmais perigosos da raiva, evidências atuais sugerem que
morcegosmouem da doença,assimcomo ocoue a outros animaisde sanguequente,não atuando
como reservatóriosmunesdo vírus. Nenhumoutro grupo de morcegos,a não ser o dos hematófagos,
pareceestarseriamentemplicadona transmissão a raiva a outrosanimaissilvestrese de criação.

No século XVI, colonizadoreseuropeus atribuíram as mortes de seres humanos e de


mamíferos domésticos no Novo Mundo às "mordidas venenosas"dos morcegos hematófagos.
Entretanto,somenteno início do Século XX o papel dessesmorcegosna epidemiologiada raiva foi
plenamenteconhecido.Desde então, a incidência da raiva desmodina oi demonstradaem várias
regiões dos neotrópicos,desdea Argentina até o México. O morcegovampiro comum (Desmodus
rotundus)é uma sériaameaça osmamíferosdomésticos, specialmente o gadobovino, mantido em
grandes ebanhos acessível osmorcegos.Antes da colonização uropéia,os morcegoshematófagos
eramespéciesde populações elativamente equenas, ue exploravammamíferose avessilvestres.
Essesmorcegos oram especialmenteavorecidospela ntroduçãodos animaisdomésticos a América
Latina, o que permitiu um crescimento xcessivo e suaspopulações mvárias egiões.

Transmissão or MorcegosnãoHematófagos

A transmissão o vírus da raiva nos morcegosnão hematófagos, stá geralmente estrita aos
mesmos, ois o contato com outrosmamíferosé ocasional.Assim, muito raram~nte, raiva pode ser
contraída diretamente (por mordeduras)ou indiretamente(via aerossol)de outras espécies de
morcegos.

Nos EstadosUnidos, o vírus rábico já foi detectadoem 26 das 40 espéciesde morcegos


insetívorosdaquelepaís. Além disso, morcegoscom raiva á foram registradosem todos os EstadosAmericanos,
comexceçãodo Havaí e do Alaska. Seria,portanto,verdadeirodizer que a incidênciade
raiva naspopulações e morcegos a Américanão é mais altado que a incidênciaentreo restantedas
suaspopulações e mamíferos.Porexemplo,uma estimativa ugereque um em cadamil morcegosda
Califómia tem raiva. Em outras egiões,essa axa pode sermais elevada 0,5%).

o vírus da raiva á foi encontrado mmuitasespécies ão hematófagas a América Latina. No


Brasil, 27 das cerca de 140 espécies e morcegosá foram diagnosticadas om raiva. Estasespécies
pertencemàs três famílias de maior diversidade e abundância Phyllostomidae, Molossidae e

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5.
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V espertilionidae) , também,mais freqüentemente ssociadas s atividadeshumanas, anto em áreas


urbanas omo rurais.

Em relação aos hábitos alimentares,quase a metade 48,1% das espéciesde morcegos


infectadas no Brasil é insetívora e, em menor proporção, aparecemas frugívoras (18,5%), as
nectarívoras sanguívoras 11,1%cada),as carnívoras 7,4% cada)e a onívora (3,7%). Essesdados
mostramque os morcegospodem serportadoresde vírus rábico, ndependentementee seushábitos
alimentares.Contudo,seupapelcomo transmissor a raiva humanapareceseracidental,com exceção
da espéciehematófagaD. rotundus. Na maior parte dos casos de raiva humana ransmitida por
morcegosnão hematófagos, contato oi ocasionale a agressão correupor manipulaçãondevida de
morcegosmoribundos. Segundodados da FundaçãoNacional de Saúde (Ministério da Saúde), o
morcego é, atualmente,o segundo transmissorda raiva humana no Brasil. Apesar dessesdados
oficiais não especificarem s tipos de morcegosenvolvidos na transmissão, credita-se ue a maior
parte seria representada elos hematófagos mais precisamenteD. rotundus).O restantedos casos
deve envolver morcegos nsetívorose frugívoros, por sua presença reqüenteem áreasurbanasde
pequenas grandes idadesbrasileiras.

QUADRO6
Espéciesde Morcegos á Diagnosticadoscom Raiva no Brasil.

ábito alimentar Espécie


MORCEGOS NSETÍVOROS Tonatia brasiliense
Micronycteris megalotis
Lonchorhina aurita
Histiotus velatus
Lasiurus borealis
Lasiurus ega
Myotis nigricans
Eumops auripendulus
Molossusater
Molossusmolossus
Nyctinomopsmacrotis
Nyctinomops aticaudatus
Tadaridabrasiliensis

MORCEGOSFRUGÍVOROS Artibeus lituratus


Artibeus amaicensis
Artibeusplanirostris
Platyrrhinus lineatus
Carollia perspicillata

MORCEGOSNECf ARÍVOROS Glossophaga oricina


Anoura geoffroyi
Anoura caudifer

MORCEGOONÍVORO Phyllostomusastatus
MORCEGOSCARNívoROS Chrotopterusuritus
Trachopsirrhosus
MORCEGOSHEMATÓFAGOS Desmodus otundus
Diaemusyoungi
Diphylla ecaudata

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Em outras regiõesdo planeta,vírus rábicos ou semelhantesá foram registradosem várias


espéciesde morcegos nsetívoros(Alemanha, Polônia, Rússia, Iugoslávia, Turquia, Dinamarca e
Holanda). Porém, a infecção rábica parece não ser amplamentedistribuída nas populaçõesde
morcegos o Velho Mundo, ondenãosãoconsideradosransmissoresmportantes a doença.

Nos últimos trinta anos, dez mortes de seres humanos foram atribuídas, diretamente,a
morcegosnsetívorosna América do Norte (EstadosUnidos e Canadá).Vários destes ~os resultaram
de mordedurasocorridas
transmissão durantea manipulaçãode
a raiva, resultandoem um morcegomoribundo.
duasmortesde sereshumanosno Um segundomodo
Texas (EstadosUnidos), foide
a
exposiçãoaos vírus suspensos o ar de uma caverna habitada por morcegos,pouco ventilada e
densamente ovoada.A baixa ncidência egistrada e ransmissão umanapor aerossóis ugereque o
risco envolvido neste modo de transmissãoé tambémbaixo. Certamente,este último não parece
representar m sério risco à saúdepública, exceto quandouma enormepopulaçãode morcegosestá
concentradanuma área relativamentepequena.Situaçõesde grandesconcentrações milhões) de
morcegosparecemnão ocorrer no Brasil e, por isso, não se acreditaque a transmissão a raiva por
aerossóispossa acontecerno território nacional. Desse modo, a transmissãode raiva aos seres
humanos,por morcegosnão hematófagos, epende rincipalmentedo contatodireto, via mordedura,
com os animais nfectados.

Sintomatologia a Raiva emMorcegos


Em MorcegosHematófagos

A sintomatologiada raiva em morcegoshematófagos, specificamente m D. rotundus, é


relativamente bem conhecida. O comportamentoe os sintomas mais freqüentes são: atividade
alimentardiurna, hiperexcitabilidade, gressividade,remores, alta de coordenação os movimentos,
contraçõesmusculares paralisia.

No começoda enfermidade, s indivíduos doentesafastam-se a colônia, deixamde realizar


asseiocorporal(seuspêlos omam-sedesalinhados sujos). Tremorgeneralizado ode serobservado
em vários
sadios deles.
a cada Feridasderescassão
tentativa freqüentese
reintegraçãoao provocadaspor
agrupamento, e ondeagressões e seus
são expulsos companheiros
violentamente.O
morcegoenfermoperdea capacidade e voar e pode cair ao chão.A incapacidade e vôo é o primeiro
sintomamotriz observado os morcegos aivosos isto não os impedede caminharpelo chão ou pelas
paredes).
De modo geral, a hiperexcitabilidade luz e aos sonsagudosé comumnesta ase da doença.
Podemmordercom orça qualquerobjeto ao seu edor. As brigasentreos ndivíduossão reqüentese
envolvem agressõesmútuas com mordeduras.Esse comportamentoagressivoé diferente daquele
observado osDesmodus adios,ondepredominam titudes ntimidatóriase combates itualizados.

Num estágio mais avançado da doença, os morcegos enfermos começam a ter mais
dificuldades de caminhar
desidrataçãosão e deHá
percebidos. sustentarseu
um aumento corpo sobre osdos
gradativo péssintomas
e polegaresdas asas.
paralíticos, Sinais
com de
maior
intensidadenas asas do que nas extremidadesposteriores.A paralisia mandibularnão tem sido
observada, ossibilitandoaosmorcegos manutenção a suacapacidade e morder.

A morte dos indivíduos raivosospode ocorrer cerca de 48 horas após o aparecimento os


primeirossintomas.

Período de incubação: Em morcegos nfectadosexperimentalmente, período médio de


incubaçãoobservado em sido de 17,5 dias. Naqueles nfectadosnaturalmente, sseperíodo é mais
longo: em média,30 dias.

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111.2.2.7.
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Em MorcegosnãoHematófagos

A sintomatologiada raiva em morcegosnão hematófagosoi estudada uaseque somentena


América do Norte. Assim, aindapouco se conhecea respeito.Os morcegosnão hematófagos ão são
portadoresassintomáticos, omo se acreditava nicialmente.Nestesmorcegos,a raiva manifesta-se,
principalmente,sob a forma paralítica, sem a visualizaçãoda fase excitável. Há alguns relatos de
casosde morcegos nsetívorosamericanos oando e perseguindooutros morcegos.Essescasossão
atribuídosaparalisia
Relatosde indivíduos
dasraivosos em fase agressiva.Em
asase retençãourinária outras regiões,
foram descritospara não há relatos semelhantes.
a espécieTadarida brasiliensis,
no Estadodo Texas EstadosUnidos).

A paralisiaprogressivadasasasdificulta seusvôos e, numa asemais adiantada a doençaos


morcegosdeixamde voar. Nessas ituaçõesos morcegospodemdeixar de sair para se alimentarou,
quando ora do abrigo, enfrentamdificuldades para retomar. Morcegos encontradosem locais não
habituais (por ex.: no chão,sobrea cama,pendurados m cortinas,paredes,anelas e muros) devem
serconsiderados ltamente uspeitos e estarem cometidos ela raiva, assimcomo aquelesque estão
voando durante o dia. Estes,quando encontradospela população,são freqüentementemolestados
pelas pessoas,principalmentepelas crianças. Por essemotivo, parte dos acidenteshumanos com
morcegosadvémda manipulaçãondevidade animaisdoentes.Há relatosde choquesacidentaisentre
pessoasparadasou andando) morcegos emvôo), comocorrênciade mordeduradefensivapor parte
do animal. Outros elatosenvolvempessoas ue se deitaram obreo morcegocaído emsuacama.

Fig.III.l. Um morcegoencontrado uranteo dia em situaçãonão habitual,como o morcego nsetívoro (Molossus


molossus) qui penduradona anela de uma casa,deve ser considerado ltamentesuspeitode estar doente,possivelmente
com raiva. Numa situaçãocomo esta,o animaldeve ser coletadocom o máximo cuidado e, de preferência, inda vivo e
encaminnado arao diagnóstico aboratorial.Em hipótesealgumasolicita-sea uma pessoaeiga para manipularesseanimal.
(Foto: W. Uieda)

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MordedurasProvocadas or MorcegosHematófagos nãoHematófagos

Podem-seclassificar,grosseiramente, s mordedurasprovocadaspelos morcegosnos seres


humanos, dependendoda finalidade com que são praticadas, em: Mordeduras Defensivas e
MordedurasAlimentares.

111.2.3.1.Mordeduras Defensivas

A mordedura defensiva pode ser praticada por qualquer espécie de morcego,


independentementee seuhábito alimentar,e visa à sua própria defesa.Um morcegQ;aprisionadoa
palma da mão pode quererse libertar e, para anto, mordero dedoda pessoa.Nas situ~es em que os
morcegos e sintamameaçados,schances e ocorrermordeduras efensivas ão sãopequenas.

A mordedura defensiva é feita, principalmente, com os dentes caninos (superiores e/ou


inferiores)e deixam,geralmente, e duasa quatro perfurações a pele. Em algunscasos,marcasdos
incisivos superiorese inferiores são tambémvisíveis na pele lesada.Nos casosconhecidossobre
mordeduras efensivas, rovocadas or morcegoshematófagos, s perfuraçõesenvolvemsomenteos
incisivos superiores os caninos.

As mordeduras efensivas ostumam erprofundase muito dolorosas.A reação mediatadas


pessoasmordidas,em todosos casos elatados,é a soltura do morcego que, assim,atinge o objetivo
de libertar-se).

Fig.III.2. Uma pessoaeiga e despreparadaode sofreruma agressão, omo uma mordedura efensivaprovocada
pelo morcego rugívoro Artibeus lituratus no dedo da mão de uma senhora.Na ocasiãoem que foi mordida, estasenhora
seguravao animal com a mão desprotegida.Percebem-se itidamente as perfuraçõesprofundas feitas com os caninos
superiore inferior de umdos adosda mandíbulado morcego, ue mordeupara se ibertar. (Foto: W. Uieda)

Mordeduras Alimentares

A mordedura alimentar é praticada somente pelos morcegos hematófagos e caracteriza-se por


um único ferimento superficial, de formato elíptico, provocado pelos dois incisivos superiores, bem
desenvolvidos. Em alguns casos, aparentemente raros, mordeduras múltiplas foram observadas e o
ferimento resultante adquire um formato irregular.

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~.
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o aspectodas mordedurasnas pessoaspode auxiliar na identificação do tipo de agressão


(alimentarou defensiva)e de seumais provávelagressormorcegohematófagoou não).

Fig.III.3. Numa mordida alimentarnão há perfuraçõesprofundas de pele. O morcego hematófago(Desmodus


rotundus)provoca um ferimento superficial paranão despertar ua vítima) comauxílio dos dois dentes ncisivos superiores.
Na aplicaçãodesta mordida,o morcegosemprearranca um pedaçoda pele, como pode ser percebidona foto, em que a
mulher foi mordida na testae só despertou uandoo sangueescorreuem direçãoao olho. Este ferimento foi feito há duas
noitese á sofria um processo e cicatrização, uando oi fotografado. Foto: W. Uieda)

Leituras Adicionais Recomendadas

ACHA, P.N.; SZYFRES,B. Zoonosisy enfermedadesransmisiblescomunesai hombre y aios


animales.2.ed.Washington: OPAS,1986. 989p.
ALLEN, G.M. Bats. NewYork: Dover, 1939.368p.
CONSTANTINE, D.G. Transmission of pathogenic microorganisms by vampire bats. In:
GREENHALL, A.M.; SCHMIDT, U. (Ed.) Natural history ofvampire bats.Florida: CRC Press,
1988.246p.p.167-189.
HILL, J.F.; SMITH, J.D. Bats: a naturalhistory. London: British Museumof NaturalHistory, 1984.
243p.
TAMSITT, J.R.; PARADISO, D. Los murciélagose Ia salud pública. Boletin de Ia Oficina Sanitaria
Panamericana,Washington, .69, n.2,p.122-140,1970.

ADENDA: Recentementeoi publicado o primeiro livro inteiramentededicadoà problemáticada


raiva em morcegos,emnível mundial. O autoraborda emassobremorcegos ematófagos a raiva na
América Latina, sobre raiva em morcegos nsetívorosna América do Norte e sobre a raiva nos
megaquirópteros o Velho Mundo. Sãomais de 300 páginasde texto escritonuma inguagem imples,
com desenhos, squemas,abelase fotos ilustrativas,que tomamo livro bastante cessível té mesmo
para pessoaseigas. O livro é de consulta obrigatória a todos aquelesque pretendem rabalharnas
áreasde pesquisa de atendimento msaúdepública.Lamentavelmenteãoestavadisponíveldurante
a redaçãodo presentemanual: eria facilitadoenormemente ste rabalho.

BRASS, D.A. Rabies in bats: natural history and public health mplications. Connecticut : Livia
Press,1994. 335p.

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111.3.
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Introdução

Os morcegossão mamíferosvoadoresnoturnosda OrdemChiropterae estãoagrupadosem


18 amílias e 986 espécies.Essadiversidadede formasé superada penas ela OrdemRodentia,com
cerca de 1.800 espécies.No Brasil, ocorrem nove famílias e aproximadamente140 espéciesde
morcegos.
Apresentam-se, baixo, algumas nformaçõesmorfológicase bioecológicasdas nove famílias
de morcegos que ocorrem no território brasileiro. São as mesmas amílias de todo o continente
americano.

IV.2. Família Phyllostomidae


É uma das maiores famílias de morcegosneotropicais, com 148 espécies,sendo 75 de
ocorrênciano Brasil. Apresentagrandeversatilidadeem termos de hábitos alimentarese de abrigos.
Explora insetos, partes florais, folhas, frutos, artrópodos,pequenosvertebrados peixes, anfíbios,
répteis, aves e mamíferos)e sanguede vertebradosendotérmicos.Algumas espéciessão solitárias,
poréma maioria vive emcolôniaspequenas,médiase, até mesmo,grandes 100 a 1.000 ndivíduos).

A característicamais evidente desta amília é a presençade uma folha nasal situada no


focinho dos morcegos.O formato e o tamanhodessa olha variam de acordo com a espécie veja
alguns ipos no Capítulo V). De modo geral, podemosdizer que a folha nasal em a forma triangular
ou lanceolada.O formato em "ferradura" é característicodos filostomídeos hematófagos,o que
facilita sua-dentificação.

A coloração da pelagem é bastante variada, indo do castanho claro, alaranjado até


inteiramente negro ou castanhoescuro. Apenas a espécieEctophy//a a/ba, da região amazônica,
apresenta pelagem inteiramente
Algumas espéciesde branca.
nectarívorossão Nesta família
pequenas 8 a 15gencontramosespécies de vários
de peso); porém, a maior portes.
espécieé um
carnívoro (Vampyrumspectrum) e 90 a I10g, que ocorredo norte da América do Sul até a América
Central.No Brasil,estaespécieé conhecida penas a regiãoamazônica.

Os filostomídeos fitófagos estão entre os principais responsáveispela regeneraçãodas


florestasneotropicais,destruídas ela açãoda própria naturezaou pelasatividadeshumanas.Diversas
espéciespodemocorrer em áreas urais e urbanas, nde exploram ruteiras nospomarese as árvores
de arborizaçãode ruas e praçaspúblicas. Podemviver em sótãos,edificaçõesabandonadas nas
plantas.

Nesta família está incluído o principal transmissorda raiva aos animais de criação daAmérica
Latina e cujascaracterísticaserão omentadas o CapítuloVI.

IV.3. Família Molossidae


É uma família cosmopolita,de hábito insetívoroe constituídade 86 espécies, endo 19 de
ocorrênciano território brasileiro.

De modo geral, os molossídeospossuemhábitos gregários, ormando colônias pequenas,


médias ou grandes (com até milhares ou milhões de indivíduos). Na América do Norte, algumas
colônias da espécie Tadarida brasiliensis chegam a conter vários milhões de indivíduos. Não
conhecemoscolônias com dimensõessemelhantes correndo no Brasil. Os molossídeospodem
abrigar-seem cavernas, endasde rocha, sobpedrasno chão, úneis,edificaçõese ocos-de-árvore.A
coloraçãoda pelagem aria, basicamente, e castanho cinzentado negro.
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Esta amília caracteriza-se or apresentar sasestreitas,vôos rápidos e caudaestendendo-se


alémda membrana nterfemural cauda ivre). É possívelque a crençade que "rato quando ica velho
vira morcego" pode estar elacionadacom espécies esta amília. A cauda ivre, a cor quasenegra,o
fato de poder ser encontradonos mesmosambientesdos ratos (supostamente amundongos)e o
hábito de caminharem superfícieshorizontais,apoiadosobreos pés e polegaresdas asas dobradas
junto ao corpo), podem er contribuídoparao aparecimento esta rença.

A urbanização rouxe muitos benefíciospara os molossídeos,ornecendoabrigos e alimentosna


forma defreqüentesnas
numerosos insetos atraídos pela iluminação
áreasurbanas. noturna.
No Brasil, Por esse
a maioria motivo, são os morcegos
das eclamaçõeseitas mais
pela população
provémda presença e membrosdesta amília emedifícações.

IV.4. Família Vespertilionidae


É uma família de ampla distribuição geográficae que apresenta maior número de espécies
(355) na Ordem Chiroptera. Somente 18 espéciesá foram registradasem território brasileiro. Os
vespertilionídeos são, essencialmente,nsetívoros, podendo algumas espéciescomplementar seu
cardápiocom pequenos eixes,crustáceos escorpiões.

Podem ser solitários, formar pequenasou grandescolônias, que se abrigam em cavernas,


fendas de rochas, úneis, ocos e cascassoltas de árvores, olhas secasde palmeiras, folhagem de
árvorese edificações.

Uma característicamarcante desse grupo é a cauda inteiramente contida na membrana


interfemural,a qual é pilosa na maioria dasespécies.

No Brasil, a freqüênciade vespertilionídeosem áreasurbanasé relativamentebaixa e seus


agrupamentos ão pequenos.São encontrados,principalmente,em folhagem verdes ou secasdas
árvoresdas casas, uas e praças.Na área ural, algumascasas êm seu orro habitado por morcegos
desta amília.

IV.5. Família Emballonuridae


É uma família constituídade 48 espécies nsetívoras,das quais 14 estão representadas oBrasil.
De modo geral, os embalonurídeos brigam-seem cavernas, endasde rocha, sob pontes e
edificações.Porém, algumas espéciespodem repousardurante o dia sobre o tronco das árvores
existentesunto aos corposd'água,onde permanecem amufladosdevido à coloraçãodos seuspêlos
dorsais, semelhanteà da cascadas árvores. Podem ormar pequenas médias colônias, onde seus
membros se distribuem no abrigo sem manter contato corporal. A coloração varia de castanho
acinzentadoa quasenegro.Várias espécies presentamistras de pêlos brancosnas costas' somente
uma espécie Diclidurus albus),da regiãoamazônica, ossuipelagemnteiramentebranca.

Todasas espécies estegrupo apresentam caudacurtae inseridana membrana nterfemurál,


cuja ponta perfura-a dorsalmente.Algumas espéciessão providas de uma bolsa glandular no
propatágio,que é mais desenvolvidanos machos,cuja função está relacionadacom demarcação e
território.
Ocorre, principalmente, em áreas naturais e rurais. No Brasil, apenasuma espécie (Peropteryx
macrotis) já foi registrada em áreasurbanas, onde se abrigam em telhados e porões de casas e prédios.

Família Noctilionidae

É uma família constituídapor apenas uasespéciesnsetívoras,que complementam ua dieta


com pequenospeixes e crustáceos.Os noctilionídeos podemabrigar-se em cavernas, endas de

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rochas, ocos-de-árvoree edificações,onde formam de pequenasa grandes colônias (500 a 800


indivíduos). Sãoencontrados, eralmente, róximosa cursosd'água, agose represas.A coloraçãode
seuspêlosvaria de castanho marelado alaranjado.

Possuem omo característicasmarcantes s bochechas randesque lhes conferemo aspecto


de um cão "bulldog" e o odor nauseante e almíscar.Esseodor forte pode facilitar a localizaçãodos
abrigosdessesmorcegos.

A espécieNoctilio leporinus (60 a 80g de peso)apresenta ernase artelhos muito longos,


munidos de unhas ortes e curvas utilizadas na apreensão e pequenospeixes,crustáceose insetos
caídosna superfície d'água.Em algumas egiõesdo Estadode São Paulo, há registros da presença
dessesmorcegoscapturando levinosem anquesde piscicultura.Dependendo o graude ataques, s
prejuízos podem não ser pequenos.Tanques elados podem ser uma alternativa para este tipo de
predação , com certeza,evitaria tambémoutrosdanospor avese mamíferossilvestres.

A presença e cidad~se outros ipos de edificaçãopróximosaoscorposd'água em favorecido


as espéciesdesta amília, principalmenteN. albiventris (20 a 40g de peso),permitindo o aumentode
suas populações. Esta espécie tem provocado problemas em algumas edificações de usinas
hidrelétricase cidades ibeirinhas,principalmente as egiõescentro-oeste, orte e nordestedo Brasil.
Precisaser melhor conhecidaa interaçãodesta amília de morcegoscom os sereshumanos,para que
se possam omar medidaseficientesde manejodos problemasprovocadospelas espéciesdo gênero
Noctilio.

7. Família Mormoopidae

É uma família constituída por oito espéciesnsetívoras,das quais cinco ocorrem no Brasil.
Possuem orte medianoe peso variando entre 10 e 20g. A coloraçãodos pêlos varia de castanho
escuroao castanhoavermelhado.Numa mesmacolônia podemosencontrar ndivíduos de coloração
diferente e parecenão haver elaçãode coresda pelagemcom o sexo.Os mormopídeosabrigam-se,
geralmente,em cavernas, úneis, minas, ocos-de-árvore edificações,onde formam de médias a
grandes olônias.Em boa partedo ano,os morcegosmachos ostumamviver em ocais separados as
fêmeas, agrupando-sena época do acasalamento.É relativamente reqüente capturarmosapenas
morcegosde um dos sexos.Porém,coletassistemáticas o longo do ano num dado local permitem
obter ndivíduosde ambosos sexos.

A característicamais marcantedos mormopídeos ão os lábios inferiores providos de uma


placa com numerosas errugas.

No Brasil, os mormopídeos êm sido encontrados penas as áreasnaturaise, aparentemente,


não representam m problemaparaa saúdepública.

IV.8. Família Natalidae


É uma família constituídade cinco espécies nsetívoras,das quais apenasuma ocorre no
Brasil. Abriga-se ~m cavernas,minas e ocos-de-árvores, odendo ormar colônias relativamente
grandes mais de 100 ndivíduos).Apesardisso,é um grupopouco reqüentena natureza.A coloração
dos pêlosvaria de castanho marelado avermelhado.

Possuemcomo característicasmarcantes,olhos diminutos, orelhas em forma de funil,


membrana nterfemurallonga e envolvendoa caudaem toda a sua extensão, parência rágil e porte
pequeno 4 a IOg de peso).

No Brasil, sãoconhecidosegistrosdesta amília apenas mambientes aturais.

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IV.9. Família Furipteridae

É uma família constituídade apenas uasespéciesnsetívoras, e porte pequeno 3g de peso),


que se abrigam, principalmente,em cavernas , eventualmente, m ocos-de-árvore.Os furipterídeos
podem formar de pequenas 3 indivíduos) a grandescolônias (250 indivíduos). No Brasil ocorre
apenasuma espécie,que pode ser encontrada a região litorâneado Cearáa São Paulo e na região
centro-oeste.
Característicasmarcantesdesta família são os polegarescurtos, as unhas vestigiais dos
polegarese um par de mamas uncionais na região abdominal.Pareceque apenasos furipterídeos
possuemmamasabdominais uncionais. Por causadisso, os filhotes, quandoagarradosao corpo da
mãe, ficam de cabeçapara cima enquantoa mãe, de cabeçapara baixo. Os pêlos são longos e de
coloraçãocastanho cinzentado, om ons evemente zulados.

Os furipterídeossão conhecidosapenaspor viverem em ambientesnaturais,provavelmente


emregiõesmontanhosas obertaspor matas.

IV.I0. Família Thyropteridae

É uma família constituídapor apenas uasespéciesnsetívoras,ambasde porte pequeno 4 a


Sgde peso)e de ocorrênciaem território brasileiro. Essesmorcegosusam,caracteristicamente, ois
tipos de abrigos: a) folhas novas, ainda enroladas,de plantas do grupo das bananeiras Família
Musacea) nos tubos formadospelas olhas novasenroladas, s tiropterídeos epousam om a cabeça
voltada para cima; b) folhas cortadasde bananeira o corte é feito transversalmente, e modo que a
parte distal possasombreara parte proximal da bainha).

Os agrupamentos ontêm, em média, seis indivíduos, variando de um a nove. Saem ao


entardecerà procura de insetos,dos quais se alimentam. Vivem em regiões de matas que contêm
musáceas , possivelmente, máreasde plantações e bananas.

nos pés,Aque
característicamaisventosapara
funciona como marcantedestegrupo
fixar-se éàsafolhas
presença
lisaseda
umbananeira.Possuemum
disco adesivonos polegarese
ventre
castanho sbranquiçado dorsocastanho vermelhado u escuro.

Não se conhecem egistrosde suapresença m áreasurbanas.Pelo fato de utilizar um tipo de


abrigo muito específico,suadistribuiçãogeográfica ica limitada àsregiõesde ocorrênciado abrigo.

IV.ll. Leituras Adicionais Recomendadas


BARQUEZ, R.M.; GIANNINI, N.P.; MARES, M.A. Guide to the Bats of Argentina. Norman:
OklahomaMuseumofNatural History, 1993. 119p.

EISENBERG, J.F. Mammals 0/ lhe neotropics: the northern neotropics. University


ChicagoPress,1989. 449p.

ffiLL, J.E.; SMITH, J.D. Bats: a naturalhistory. London: British MuseumofNatural History, 1984.
243p.
NOWAK, R.M., 1991. Walker'sMammals o/lhe world. 5ed.Baltimore: JohnsHopkins University
Press,1991. 2v.

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Chica o:
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V.1. Introdução
o homem tem provocadodiversasmodificaçõesno ambiente natural adaptando-oàs suas
necessidadesásicasde moradiae de bem-estar ocial.Essasmodificaçõespodem ornar-sepropícias
epara urnasériede animais exóticose nativos)cornobaratas,ormigas,cupins,pardais,pombos, atos
morcegos.
Com relação aos morcegos,dois grupos foram especialmente eneficiadospelo homem ao
construircidades:morcegos nsetívoros fitófagos(frugívorose nectarívoros).
As edificações urbanas representam erdadeirascavernas artificiais para abrigar essesanimais,
apresentando ótãos,porões,untas de dilataçãoe outrosespaços onstrutivos.

Além disso, a iluminação noturnadas vias públicas e das residênciasé atrativa aos insetos,
favorecendoos morcegos nsetívoros.O plantio de árvores que produzem rutos e flores podem
constituir ontesde alimento, avorecendo s morcegos itófagos.

Os tipos
frugívoros, de morcegos
nectarívoros mais encontradosnas
e onívoros. cidadespodem
Morcegos sanguívoros são os ser
insetívoros, seguidos
encontrados com pelos
certa
freqüência nas áreasperiurbanas, avendopoucascitaçõesnas urbanas.Numa cidade grandecomo
São Paulo,conhecemos penas caso de um exemplarde morcegohematófago,Desmodus otundus
(macho adulto), encontradono centroda cidadede SãoPaulo,alimentando-se m cavalosda Polícia
Militar. As investigações ealizadasnão trouxeramesclarecimentos e seuaparecimento esse ocal.
Na cidade do Rio de Janeiro,a FundaçãoParqueZoológico registroucasosde D. rotundusatacando
cãese tambémo homem na área urbana,além de algunsanimais do próprio Zoológico. A presença
dessesmorcegosnas cidadesé ainda um fenômenomal compreendidoe necessitade estudosmais
detalhados.Pelo conhecimentoatual e para o presenteManual, não serãoconsiderados omo um
problemasério e freqüenteemáreasurbanas rasileiras.

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V.2. Ficha Técnica dasPrincipais Espéciesde Ocorrência emÁreas Urbanas no Brasil


V.2.1. NomePopular: Morcego-comedor-de-frutas

Fig. V.1. Artibeus amaicensis. Foto: W. Uieda)

Nome Científico: Artibeus amaicensis

Família: Pbyllostomidae

Morfologia:
Envergadura: 30,Ocm
Comprimento da cabeça-corpo: 8,Ocm
Peso: 40 a 43g
Cor da pelagem: Castanho claro, acinzentado ou escuro

Biologia:
Alimentação: Frutos, pólen, néctar, partes de flores e insetos
Abrigos: Cavernas, ocos-de-árvore
Agrupamentos: Colônias pequenas de 4 a 11 indivíduos
Época de parturição: Junho a ulho e fevereiro a março
Período de gestação: 3 a 4 mesese 1 filhote por parto
Filhotes: 2 por ano
Longevidade: 10 anos, em condições de cativeiro

Enfermidades: Raiva,Histoplasmose

Particularidades: Presençade quatro listras brancas aciais, pouco evidentes. Comum em áreas
urbanasdas regiões norte e nordestedo Brasil, onde podem ser observados oando em pequenos
bandosao redor das árvores ruteiras como sapotizeiros,oitizeiros, mangueirase amendoeiras.Nas
áreas urbanasdas regiões sudestee sul do Brasil, esta espécieé aparentemente ubstituída por
Artibeusituratus.

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NomePopular: Morcego-das-listras-brancas-na-cabeça

V.2. Artibeus ituratus. (Foto: W. Uieda)

Científico: Artibeus lituratus

Família: PhylIostomidae

Envergadura: 32,0 a 33,Ocm


Comprimento da cabeça-corpo: 8,7 a 10,Ocrn
Peso: 44 a 87g

Cor da pelagem: Castanho escuro, castanho acinzentado


Alimentação: Frutos, pólen, néctar, partes de flores, folhas e insetos
Abrigos: Folhagem de árvores.
Agrupamentos: Solitários ou pequenascolônias de geralmente 5 a 16 indivíduos
Época de parturição: Fevereiro a Março e Outubro a Novembro.
Período de gestação: 3 a 4 mesese 1 filhote por parto
Filhotes: 2 por ano
Longevidade: DesconhecidaEnfermidades:
Raiva, Salmonelose, Febre Tifóide, Blastomicose, "Rocky Mountain Spotted fever'

Particularidades: Presença de quatro listras faciais brancas, bem evidentes. Recentemente, duas
outras espéciesde grandes Artibeus foram redescritas para a região sudeste do Brasil (A. fimbriatus liA.
obscurus) e sua distribuição e freqüência precisam ser melhor estudadas. Recomendamos a
consulta de especialistas para a identificação correta destas espécies. Por causa de seu porte
avantajado e do seu comportamento de voar em pequenos grupos ao redor das fruteiras, esta espécie
tem causado um medo injustificado às pessoas que se encontram nas proximidades dessas plantas.
Não atacam as pessoase nem se emaranhamnos cabelos das pessoas.

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Biolo
lo ia: ia:
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V.2.3. Nome Popular: Morcego-das-listras-brancas-na-cabeça-e-nas


ostas

Fig.V.3. Platyrrhinus lineatus. Foto: W. Uieda)

Nome Científico: Platyrrhinus lineatus

Família: Phyllostomidae

Morfologia:
Envergadura: 30cm
Comprimento da cabeça-corpo: 6,4 a 6,7cm
Peso: 20,0 a 26,5g
Cor da pelagem: Castanho acinzentado a castanho escuro

Biologia:
Alimentação: Frutos, néctar, folhas e insetos
Abrigos: Folhagem de palmeiras, bananeiras, telhados de casas
sem forro e cavernas
Agrupamentos: Pequenas colônias (6 a 20 indivíduos)
Época de parturição: Pode se reproduzir em qualquer época do ano, com dois picos de
parturição em algumas regiões
Período de gestação: Desconhecido e 1 filhote por parto
Filhotes: 2 por ano
Longevidade: 10 anos em cativeiro

Enfermidades: Raiva

Particularidades: Quatro istras brancasna cabeçae uma ao longo do dorso. Os indivíduos de uma
colônia mantêm-seem contatocorporal, ormandouma penca.No início da noite, é comum observar
pequenosbandosdestaespécievoando ao redor das fruteiras, em grupos mistos com uma das duas
espécies eArtibeus. É encontrado asáreasurbanas e praticamenteodasascidadesbrasileiras.

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V.2.4. Nome Popular: Morcego-de-cauda-curta-e-comedor-de-frutas

Fig.V.4. Carollia perspicillata. (Foto: W. Uieda)

Nome Científico: Carollia perspicillata

Phyllostomidae

Envergadura: 8 a 32cm
Comprimentodacabeça-corpo: ,8 a 6,5cm
Peso:16 a 17g
Cor da pelagem:Castanho cinzentado escuro
Biologia:
Alimentação:Frutos,néctar,pólene insetosAbrigos:
Cavernas,minas,coberturas e casassem orro e bueirosAgrupamentos:
Colôniaspequenas u atéde centenas e ndivíduos
Épocade parturição:Julho a outubroe outubroa aneiro.
Períodode gestação: ,5 a 3 meses 1 filhote por parto
Filhotes:2 por ano
Longevidade:Desconhecida

Raiva,Histoplasmose,Rocky MountainSpottedFever"

Particularidades: Presençade uma verruga centro marginal no lábio inferior rodeada por numerosas
papilas. Esta espécie é mais comum nas áreas rurais brasileiras e na periferia das cidades. É uma das
espéciesmais estudadase um dos principais agentesda regeneraçãode nossasmatas.

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V.2.5. Nome Popular: Morcego-beija-flor

Fig.V.5. Glossophaga oricina. (Foto:W. Uieda)

Científico: Glossophaga oricina

Família: Phyl1ostomidae

Morfologia:
Envergadura:18cm
Comprimentoda cabeça-corpo: ,8 a 6,5cm
Peso:10g
Cor dapelagem:Castanho cinzentado escuro

Biologia:
Alimentação:Néctar,pólen, nsetos, rutos e partes lorais
Abrigos: Cavernas, ueiros,sótãose porõesde edificações
Agrupamentos:Colôniasde seisa centenas e ndivíduos
Épocadeparturição:Podese reproduzirem qualquerépocado ano
Períodode gestação: a 3 meses 1 filhote por parto
Filhotes: 2 por ano
Longevidade:10 anos,emcondiçõesde cativeiro

Enfermidades: Raiva,Histoplasmose, almonelose

Particularidades: Morcego com focinho alongado, íngua comprida e muitas papilas filiformes na
ponta da língua,
para baixo, usadaspara
agarradoao retirar oum
substratopor néctardas
ou pelosflores. Quando
dois pés. em repouso,permanece
Mantémsempreuma e cabeça
certa distânciados
outros indivíduos, nunca tendo contato corporal. Esta espécie é comum em áreas urbanas e,
freqüentemente, ode serobservada mpequenos andos isitando lores de árvorescomo:mirindiba,
pacari, pequizeiro,maracujásilvestre,etc. Ocorre em todo território brasileiro, sendomuito comum
emáreasurbanase rurais.

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me
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V.2.6. Nome Popular: Morcego-de-nariz-em-forma-de-lança

Fig.V.6. Phyllostomus astatus. Foto:W. Uieda)

Nome Científico: Phyllostomus astatus

Família: Phyllostomidae

Morfologia:
Envergadura: 5cm
Comprimento abeça-corpo: 0 a 13cm
Peso:50 a 100g
Cor de pelagem:Castanho cinzentado, laranjadoa quasenegro

Biologia:
Pequenos ertebrados,rutos, partes lorais e insetos
Tipos de abrigo: Cavernas, cos-de-árvores,olhagemde palmeiras, ótãose edificaçães
Agrupamentos:Colôniascom 100 ndivíduosou mais (harénsde 20 a 100 fêmeas)
2poca de parturição: abril a maio
Períodode gestação: esconhecido
Filhotes: filhote por gestação
Longevidade: esconhecida

Enfermidades: Raiva, Histoplasmose

Particularidades: Os machos possuem uma glândula situada no lado ventral do pescoço que é,
provavelmente, utilizada na atração sexual. Num dado abrigo, é possível encontrar mais de um
agrupamento desta espécie, podendo representar um harém e vários grupos de machos solteiros. Em
uma mesma colônia podemos encontrar indivíduos com diferentes cores de pelagem: aqueles quase
negros e outros castanho-alaranjados.

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V.2.7. NomePopular: Morcego-de-nariz-em-forma-de-lança

Nome Científico: Phyllostomus iscolor

Família: Phyllostomidae

Morfologia:
Envergadura:45cm
Comprimentoda cabeça-corpo: ,5cm
Peso:20 a 40g
Cor da pelagem:Castanho cinzentado avermelhado

Biologia:
Alimentação: Partes florais, frutos, insetos e pequenos vertebrados
Abrigos: Cavernas, ocos-de-árvore, folhagem de árvores e edificações
Agrupamentos: Pequenas colônias (10 a 20 indivíduos).
Época de parturição: Qualquer mês do ano.
Período de gestação: 2 a 3 meses e 1 filhote por parto
Filhotes: 2 por ano
Longevidade: desconhecida

Enfermidades: Raiva,Histoplasmose

Particularidades: Assim comoP. hastatus,os machosdestaespécie ambémpossuem ma glândula


no pescoço.Por ser um animal de porte relativamente rande,essesmorcegosnecessitam ousarnas
flores para retirar seu alimento. As visitas às flores podem ser solitárias ou em pequenosbandos e
existe a possibilidade de realizaremmigrações egionais à procura de novas fontes de alimento.
Normalmente, isitam flores de árvoresaltas.No Brasil, três outrasespécies estegênero podem ser
encontradas: . hastatus,P. elongatus P.latifolius.

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NomePopular: Morcego-da-cauda-livre

Fig.V.8. Molossusmolossus.Foto: W. Uieda)

Nome Científico: M%ssus spp.

Molossidae

Morfologia:
Envergadura: 22cm
Comprimento da cabeça-corpo: 5,7 a 8,Ocm
Peso: 10 a 30g
Cor da pelagem: coloração predominantemente castanho-escuro,quase preto

Alimentação: Insetos
Abrigos: Forro de casas,caixas de persiana, vãos em edificações, ocos-de-árvore e bainha de
folhagens
Agrupamentos: Colônias de dezenas a centenasde morcegos
Época de parturição: Outubro a Dezembro
Período de gestação: 2 a 3 meses e 1 filhote por parto
rilhotes: 1 por ano
wngevidade: Desconhecida

Raiva,Histoplasmose, almonelose

Particularidades:
e M. ater, sendo aDuas espécies
primeira podemmenor
de porte ser encontradas
e a mais e~ nossas
comum. áreas
Sua urbanas:noturna
atividade Molossus molossus
inicia-se ao
entardecer quando freqüentemente observa-se revoadas dessasespéciessaindo do telhado das casas e
dos prédios. Seu vôo pode ser alto ou chegar próximo ao chão, dependendo do tipo de inseto
perseguido. Ocorrem em todo o território nacional e, dificilmente, são encontradas nas áreas naturais
brasileiras. A cauda livre, cor negra, hábito de caminhar apoiado nos polegares das asase nos pés e a
ocorrência em forros das casas, acredita-se que sejam responsáveis pela crença popular de que "reta
quando fica velho vira morcego".

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V.2.9. Nome Popular: Morcego-de-cauda-livre

V.9. Nyctinomopsaticaudatus. Foto: W. Uieda)

Nome Científico: Nyctinomops pp.e Tadaridabrasiliensis

Família: Molossidae

Morfologia:
Envergadura: 0 a 21cm
Comprimentodacabeça-corpo: ,4 a 12,6cm
Peso:25 a 30g
Cor da pelagem:Castanho u avermelhado

Alimentação:
Abrigos: nsetos
Grandes avernas,endasemrochas, ãos emedificações forros de casas
Agrupamentos:Colôniaspodemcontercentenas , às vezes,milharesde ndivíduos
Épocadeparturição:Outubroa Dezembro
Períododegestação: a 3 meses, om1 filhote por parto
Filhotes:1 por ano
Longevidade:até35 anos T. brasiliensis)

Enfermidades: Raiva,Histoplasmose, riptococose, uberculose, epra,Blastomicose.

Particularidades: A diferençabásicaentreesses ois gênerosestáno número de incisivos nferiores:


três pares em Tadarida e dois em Nyctinomops.Ambos possuemdobras profundase evidentesno
lábio superior.As três espécies esteúltimo têm sido encontradas m áreasurbanas:N. laticaudatus,N.
macrotise N. aurispinosus, endoa primeira de porte menor,mais reqüentee de colôniasmaiores.
Habitualmente, aememrevoadas o entardecer u um poucomais arde.Colôniasencontradas cima
do sexto andar dos prédios geralmentepertencemà espécieN. laticaudatus ou T. brasiliensis.
Tadarida brasiliensis é de ampla distribuiçãogeográfica,ocorrendodesdeos EstadosUnidos até a
Argentina. As grandes avernas o Texas,EstadosUnidos, abrigamcolôniasde milhõesde ndivíduos
destaespécie.

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Biolo
50
Fi . ia:
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V.2.10. Nome Popular: Morcego-de-cauda-livre

Fig.V.I0. Eumopsauripendulus. Foto:W. Uieda)

l::ientítico: Eumops pp.


Molossidae

Envergadura: 6 a 40cm
Comprimentodacabeça-corpo: ,0 a 13,Ocm
Peso:40 a 65g
Cor da pelagem:castanho scuro,castanho cinzentado u preto

Alimentação: nsetos'
Abrigos: Fendasemrochas,untas de dilataçãoem edificações, oberturas e residências
(principalmente umeeiras),orresde grejas,bainhasdas olhas de palmeiras
Agrupamentos:Colôniasgeralmente equenas(lO 20 indivíduos)
Épocade parturição:Outubroa Dezembro
Períododegestação: a 3 meses 1 filhote por parto.
Filhotes:1 por ano
Longevidade:Desconhecida

EnferI!1~dades: aiva emEumopsauripendulus E. perotis

Como na maioria dos molossídeos, ma glândulaencontra-se resenteno pescoço,


sendo mais
sexual. desenvolvidanos
Em áreasurbanas, rêsmachosdo
espécies ãoque nas fêmeas.Produzuma
habitualmente ncontradas: substância sadana perotis
umopsglaucinus,E. atração
e E. auripendulus.Uma característicamarcantedas espécies estegênerosão suasorelhasgrandese
projetadaspara frente, como mostradas a foto. Ocorremem todo o território brasileiro, porém não
sãomuito comuns.

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rfolo
ia: ia:
mília:
rticularidades:
me
lo
51
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V.2.11. Nome Popular: Morcego-de-cauda-peluda

Fig.V.11. Lasiurusega. Foto: W. Uieda)

Nome Científico: Lasiurusspp.

Família: Vespertilionidae

Morfologia:
Envergadura:18cm
Comprimentodacabeça-corpo: ,0 a 6,Ocm
Peso:6 a 20g
Cor da pelagem:Avermelhado,alaranjadoou amarelado

Biologia:
HábitosAlimentares: nsetos
Tipos deAbrigos: Folhassecas e palmeiras, olhagens erdese ocasionalmente m ocos-de-
árvoree edificações
Agrupamentos:Solitáriosou empequenos rupos
Épocade parturição:Outubroa Janeiro
Períododegestação: 0 a 90 dias e 2 a 3 filhotes por parto
Filhotes:2 a 3 por ano
Longevidade:Desconhecida

Raiva

Particularidades: Lasiurus
filhotes por gestação é o únicoIsto
até 4 filhotes). gênerode morcegosque,
ocoue porque comumentedá
as fêmeaspossuem oisàparesde
luz a mais de Por,
tetas. dois
geralmente,seremsolitários,essesmorcegosdificilmente são observados ela populaçãohumananas
áreas urbanas. Quando são encontrados,os morcegos devem ser consideradoscomo altamente
suspeitosde estaremcom algum problemade saúde,possivelmenteaiva. No Brasil ocouem quatroespécies:
L. ega,L. borealis,L. cinereuse L. egregius.

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Enfermidades:
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V.2.12.Nome Popular: Morcego-pequeno-marrom

Fig.V.12. Eptesicus rasiliensis. Foto: W. Uieda)

Nome Científico: Eptesicusbrasiliensis

Vespertilionidae

.
Envergadura: 0cm
Comprimentoda cabeça-corpo: ,3 a 5,4cm
Peso:7 a lOg
Cor da pelagem:Castanho scuro

Biologia:
InsetosAbrigos:
Ocos-de-árvore forro de casasAgrupamentos:
Pequenas olôniasde 5 a 10 ndivíduos
Épocade Parturição:Outubroa Janeiro
Períododegestação: meses 1filhote por parto
Filhotes:2 por ano
Longevidade:Alta, maisde 10 anos

Raiva,Histoplasmose.
Particularidades: Apesar de sua ampla distribuição geográfica (sul do México a nordeste daArgentina),
é uma espéciepraticamente ouco abundante. acilmenteconfundidacom as duas outras
espécie"que aqui ocorrem (E. diminutuse E. furinalis), das quais se diferencia por seu tamanho
maior. Em áreasurbanas,pode ser observada oando ao redor dos postesde iluminação das ruas e
praças, à caça dos pequenos nsetos atraídos pela iluminação. Em Brasília, E. brasiliensis foi
encontrado oabitando om Molossusmolossus m orro de umacasahabitada.

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limenta
mília:ia: ão:
nfermidades:
orfolo
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NomePopular: Morcego-cara-de-bulldog

Fig. V.13. Noctilio albiventris. Foto: W. Uieda)

Nome Científico: Noctilio albiventris

Família: Noctilionidae

Envergadura: 5cm
Comprimentodacabeça-corpo: ,7 a 8,5cm
Peso:18 a 44g
Cor da pelagem:Castanho cinzentado, marelado alaranjado

Biologia:
Alimentação:
Abrigos: nsetoscapturados
Ocos-de-árvore,enda emarochas,sobpontesde
superfícied'águae pequenos eixes de dilataçãoem
concreto,untas
edificações,elhadosde casas próximosa corposd'água
Agrupamentos:Pequenas grandes olônias,commaisde 500 ndivíduos
Épocadeparturição:Outubroa Janeiro.
Períododegestação:3 meses 1 filhote por parto
Filhotes: 1porano
Longevidade:11 anos N. leporinus)

Enfermidades: Raiva (N. leporinus),HistoplasmoseN. albiventris)


Particularidades: O gêneroNoctilio contémduasespécies:N. albiventrise N. leporinus,estaúltima
conhecidacomo "morcegopescador".Ambas utilizam abrigossemelhantes,acilmente dentificados
devido ao forte odor de almíscar,principalmenteno período em que antecede saídados morcegos
para ~ atividadesnoturnas.Cidadessituadaspróximasa rios, lagoase represas êm tido problemas
com a presençade N. albiventris em suasedificaçõesem alvenaria.Esse ipo de problema em sido
freqüentena regiãodo pantanalmato-grossense da Amazônia.

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orfolo
.2.13. ia:
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Nome Popular: Morcego-narigudo

Fig. V 14. Peropteryxmacrotis. Foto:W. Uieda)

Científico: Peropteryxmacrotis

Emballonuridae

Envergadura: 16 a 18cm
r:omprimento da cabeça-corpo: 4,5 a 5,5cm
Peso: 4 a 7g
Cor da pelagem: Castanho escuro

InsetosAbrigos:
Cavernas, fendas em rochas, sótãos e porões de casas e prédios
Agrupamentos: Colônias de mais de 10 indivíduos (formam haréns)
Época de parturição: Maio a outubro
Período de gestação: 50 a 60 dias e 1 filhote por parto
Filhotes: 1 por ano

Desconhecida

Desconhecid(
Particularidades: Espécies o gênero Peropteryxpossuem acosalares glandulares)ocalizadosna
membranaantibraquial, unto ao antebraço.Essessacosglandularessão mais desenvolvidosnos
machose secretam ma substância e odor orte, provavelmente, araatração exual.Nos abrigos,os
indivíduos repousamem locais iluminados,geralmenteno teto ou na paredevertical, onde mantêm
uma certa distânciaentreeles.No Brasil, ocorremas duasoutrasespécies estegênero:P. kappleri eP.
leucopterus.

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Biolo
5 ia:
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V.2.IS. LeiturasAdicionais Recomendadas

BARQUEZ, R.M.; GIANNINI, N.P.; MARES, M.A. Guide to lhe bats of Argentina. Norrnan:
OklahomaMuseumof NaturalHistory, 1993. 119p.
EISENBERG, J.F. Mammals of lhe neotropics: the northem neotropics. Chicago: University
ChicagoPress,1989. 449p.
NOWAK, R.M. Walker's mammalsofthe world. 5ed. Baltimore JohnsHopkins University Press,
1991.2v.
REDFORD, K.H.; EISENBERG, J.F. Mammals of lhe neotropics: the southem cone. Chicago:
UniversityChicagoPress,1992. 43Op.

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Morcegos em Edificações

As edificações epresentam s principais abrigosdiurnos dos morcegos nsetívoros,alojando


desde pequenascolônias até centenase milhares de indivíduos. Ao entardecer,a saída desses
morcegos,de modo simultâneoe seqüencial,proporciona magensde revoadassemelhantes s de
alguns ipos de aves,como andorinhas.Revoadas e milhõesde morcegos, omumentemostradasem
filmes e documentáriosexibidos na televisão, não representam nossa realidade, uma vez que
ocorremnas egiõesdasgrandes avernas orte-americanas.

Em menorescala,outros ipos de morcegospodem ambémse alojar nasedificações, omo os


frugívoros,nectarívoros onívoros.

Os morcegosnsetívorosalojam-se,mais reqüentemente,ascumeeiras, os espaços streitos


entreo telhadoe o madeiramento, ntreo telhadoe asparedes, as untas de dilataçãodos prédios,nas
caixas de persianas,em chaminés,nos dutos de ventilaçãoe outros tipos de espaçoexistentesnas
edificações.Nesses brigos,os morcegospodem epousarapoiados obreos polegaresdas asase os
pés em superfícieshorizontais ou verticais, e caminhamcom freqüência. Em casascom forro, é
possívelouvir os ruídos provocadospelo deslocamento essesmorcegos.O movimentode entradae
saídadesses brigos,habitualmente, corre por frestasestreitas, ue são acilmente dentificáveispela
presença e manchas
pêlos durante mais
o pouso de escurasao seu edor.
entrada.Quando Essasmanchasocalizadaspróximas
as entradasestão ãoocasionadas ela oleosidade
às janelas dos
das
edifica~ões, comumo adentramento osmorcegos.

Os morcegosnectarívorosabrigam-seem espaçosmais amploscomo sótãos,porõese outros


compartimentos ouco freqüentados, ue acessam oando.Dessa orma, a sua entradapode ocorrer
por entre espaçosnos beirais, em locais destelhados,em portas e alçapõesabertos e vidraças
quebradas.Nesses brigos,os morcegos epousam endurados e cabeçaparabaixo, agarrando-se o
teto com auxílio das unhas de um ou dos dois pés, mantendouma certa distância entre eles. Por
entraremem vôo nos abrigos, os morcegosnectarívorosnão deixam manchassemelhantes s dos
insetívoros,o que dificulta a visualizaçãodos locais de entradae saídadessesmorcegos.Algumas
espéciesde morcegos nsetívoros,menos freqüentes, ambém necessitam ntrar em vôo em seus
abrigos,como os nectarívoros.
Os morcegos rugívoros e onívorosabrigam-se,eventualmente, os telhadosde residências,
necessitando, omo os nectarívoros,de espaçosamplos para entrar e pousar, formando pequenos
agrupamentos.
A presençade morcegos em edificações,principalmente de insetívoros, pode ocasionar
acúmulo de fezes,causandoodoresdesagradáveis característicos.Em grandesquantidades, sses
excrementospodem provocar rachadurase apodrecimentodas madeiras do forro, ocasionando
derramamento e fezes no chão, manchasem tetose paredes.Essesacúmulospodem ambématrair
insetoscoprófagos.A conseqüênciaesses stragoseva,geralmente, desvalorização o imóvel.

A seguir, serão apresentadas lgumassituaçõesde alojamentosde morcegoscomumente


encontrados m edificações suaspossíveis oluções

V.3.1.Casas

Cobertura

Nas construçõesipicamentebrasileiras,as coberturas ãocompostas e estruturas e madeira


e telhas,sendoque estaspodemsercerâmicas u de fibrocimentoe, em algunscasos aros,de outros
tipos de material.

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Genericamente, erá apresentada coberturacomtelhascerâmicasonde há a predominância


de problemasde presença e morcegos.
Na cobertura,sãodois os ocais mais freqüentes e ocorrênciade acesso ara se abrigarem:a
cumeeirae o beiral.

V.3.1.1.1.Cumeeira
A cumeeiraé o ponto mais alto da coberturae servede divisor de águas,sendonecessária
colocação de uma peça do mesmo material da telha, com inclinação para ambos os lados. É
justamentena aberturaentre a peçae as telhas ou a estruturade madeira (por falha na execuçãodos
serviços)que os morcegosusamcomo acesso.
Solução
Para mpedir o acesso e morcegospela cumeeiradascasas,é necessário ue se executeuma
vedaçãodesse ocal com argamassa e cimento e areia em suas extremidades.Antes da vedação,
deve-seobedecer osprocedimentos e comodesalojarmorcegos.

".3.1.1.2. 3eirais
Os beirais sãoextremidades a coberturaque ultrapassam limite das paredesmais externas
de uma edificação,como objetivo de protegê-Ias aschuvas.

o ponto de contatoentre a estruturade madeirada coberturae as paredessão passíveisde


falhas ou má execuçãode vedação,deixandoespaços ue possam ervir de acessopara morcegosao
forro dascasas.
Solução
Para mpedir o acesso os morcegospelos beirais, deve-seprocederà vedaçãodas aberturas
com argamassade cimento e areia ou telas. Antes da vedação, deverão ser obedecidos os
procedimentos e como desalojarmorcegos.

V.3.1.2. Porão

É comum, em casasconstruídasem terrenos com desnível, a existência de porões, que,


geralmente,servemcomo depósitosde objetose entulhos.Assim, normalmente, ssesambientes ão
pouco usadose têm poucaventilação,proporcionandoum bom local para abrigar morcegos.Nesses
casos,normalmente,os acessos e fazem por meio de janelas e portas abertas ou quebradas,ou
aberturas araventilação.
Solução
Os acessosdeverão ser vedados rocando-seos vidros quebrados,consertando-se ortas e
telandoasoutrasaberturas.
Chaminés

Num país ropical como o nosso,o invernoé pouco igorosoe nascasasque têm areiraso seu
uso não é freqüente, icando grandepartedo ano emdesuso.

Devido à suasconcepções rquitetônicasavoráveis grandes lturas,difícil acesso ara outros


animais,etc.), omam-se ocais própriospara abrigode morcegos.
Solução
Vedar as aberturasexternas existentesnas chaminés por meio de telas metálicas, após
desalojaros morcegos.
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.3.1.3.
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Fig. V .16. Sótãode uma casa esidencial,com aje e forro preso ao madeiramento o telhado,da região de Belém,
Pará, mostrando a situação problemática provocada pela presençade morcegos. Os morcegos insetivoros (,\10/ossus
m%ssus e M. ater) e o onívoro (Phyllostomushastatus)abrigavam-se o espaçoentre o forro e o madeiramentoe, no
horário mais quentedo dia, desciamemdireçãoà laje. Note-sequepartedo forro á cedeu, evido à corrosãoprovocadapela
urina e umidade e pelo peso das ezes,que agora ambém eacumulasobrea laje. (Foto: W. Uieda)

Fig.V.17. Casa esidencial,em alvenariae telhado em fibro-cimento,mostrandouma falha de construçãoutilizada


pelos morcegos nsetivoros (Molossusmolossus) omo local de entradaao seuabrigo diurno. Note-sea manchagordurosa
(oleosidade e seuspêlos)deixadapelosmorcegos o pousarno local,antesde adentrar. Foto: W. Uieda)

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Edifícios

V.3.2.1.Juntasde Dilata<:ão

As juntas de dilataçãosão recursosconstrutivosutilizados em edificaçõescuja estruturade


concretoarmadonãosejaenterrada tenhadimensãohorizontalmaior que 30 metrose seusmúltiplos.
As juntas estão previstas nas normas para combatero surgimento de esforços provenientesdo
alongamento u encurtamento aspeçasconstrutivas, rovocados elavariaçãode temperatura.

Após o término da construção, stasaberturas evemestar sentasde materiaisque mpeçamo


movimentoda estrutura,bemcomodevidamente edadas om materialelástico.

A inexistênciaou falha no sistemade vedação,a aberturaexcessivado vão ou os danosnas


arestas as untas, são motivos suficientespara que os morcegosutilizem as untas de dilataçãocomo
abrigo.

Solução
1. Repararas superfíciese as arestasdanificadas,deixando-as egularesao longo de toda a

2. junta;
Executara vedaçãoda junta com material elástico
estrutura; .3. para não suprimir os movimentosda
Obedecer osprocedimentos e como desalojarmorcegos.

Fig.V.18. Juntade dilataçãode um prédio residencial e trêspavimentossema devidavedação.O espaçoda unta


é suficientepara acomodar iversos ipos de animais, omo baratas, ardaise morcegos.Note-seno centro da foto, a mancha
gordurosana paredeao lado da junta, uma ndicaçãosegurada presença e morcegos nsetívoros,muito provavelmente a
Família Molossidae. Foto:W. Uieda)

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Fig. V 19. Uma junta de dilatação,devidamentevedada com material elâstico apropriado,não possibilitando
acomodar nimais ndesejáveis.Foto: A. Bredt)

Fig. V 20. Um prédio residencialondeajunta de dilatação oi vedadacom um perfil de aluminio apropriado. Foto:
W. Uieda)

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V.3.2.2. Dutos de Ventilação

São soluçõesconstrutivasque têm por objetivo possibilitar a ventilação de um ambiente


interno à edificação,que não enhaqualquer ontatocom o meio externo.

Esta igação do meio externo com o interno pode ser eita atravésde um duto propriamente
dito (tubos,condutosmetálicos,etc.) ou de um forro falso, deixandoum espaço ivre que possibilitea
ventilaçãodesseambiente.

o acesso e morcegosnestesdutos se dá pela falta de materialadequado e vedaçãona sua


extremidade xterior.

Solução
O acessode morcegos,nessesocais, poderáser evitado,vedando-se aberturaexterna,por
meio detela resistente corrosãoe às ntempéries.

Esquadrias

As esquadriasmetálicas (ferro ou alumínio), comumente,são elementosobrigatórios emfachadas


de qualqueredificação,atendendo s necessidades ínimasde ventilaçãoe iluminação.São,
ainda,componentes ecorativos essa achada.

Nas montagensdessasesquadriaspodem ocorrer falhas nos encaixes ou na soldagemdos


elementos omponentes, urgindoaberturas uficientespara possibilitaro acesso e morcegos.Aliada
a essa situação, existe a possibilidade de ocorrerem alhas de assentamento as esquadriasna
alvenariae no acabamento.

Solução
Preenchimento as alhas de acabamento u assentamentoas esquadrias om argamassa e
cimentoe areia ou a utilizaçãode materialvedantee aderente as alhasde soldagem aspeças.

ElementosDecorativos

Em algumasedificações ãoutilizadaspeçaspré-fabricadas e concretoou outro material,que


servemde ornamentação, ando ormase coresdesejáveis composição as achadas.

Em algumasdessas oluçõesarquitetônicas, ormalmente, speçascomponentes as achadas


sãoaplicadas obreas paredesou sobreoutro anteparo ualquer,de modo que poderãosurgir espaços
vazios entre os dois materiais.Se essesespaços ão forem bem vedadospoderão ser usadoscomo
abrigopelosmorcegos.

Solução
Executara vedaçãono perímetrodas bordasdas peçascom o anteparo,aplicandomaterial

elástico
Caixasde Persiana

Em algumas egiões do país é comum a utilização de persianasmetálicasbasculantesnasjanelas


dos prédios, untamente com as esquadrias, om o objetivo de possibilitar a ventilação do
ambiente, impedir a passagemda iluminação e oferecer mais segurança.O recolhimento das
persianas, uandonão estãosendoutilizadas,é feito por meio de enrolamento ara o interior de uma
caixa instalada nternamenteno ambiente. Essas caixas podem servir de abrigo para pequenos
agrupamentos e morcegose o espaçosituadoentre a persianae a paredesuperiordo vão da anela
permiteo seuacesso.

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Solução
Para impedir o acessode morcegos por este espaço,será necessária instalação de um
anteparo lexível, como iras de feltro, de borracha, tc.,ao ongo de todo o vão da anela, que permita
o livre movimentoda persiana.

Fig. V .21. Desenhode um prédio, em alvenaria,mostrandoos principais locais onde os morcegoscostumamse


abrigar com mais freqüência. Em todos os casos, necessária vedaçãoadequada ara impedir o trânsito desses nimais.
(Esquema:M. Yoshizawa)

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Procedimentospara Desalojar Morcegosem Edificações

1. Observaronde estão ocalizadosos morcegos.A presença e suas ezes,chiadose ruídos


podemauxiliar na sua ocalização;

Verificar os espaçosabertos por onde os morcegos saeme entram nos edifícios e os


horáriosnos quais sto ocorre;

Vedar de modo permanenteas demais aberturasexistentes,deixando somente aquelas


utilizadaspelosmorcegos;

5. Após a saída dos remanescentes edar, provisoriamente,e, no dia seguinte, fechar


definitivamenteas aberturas e entradae saídadosmorcegos.

Existem alguns produtos que podem funcionar como repelentespara morcegos. Esses
produtos,de odor forte, são a naftalina,o formol (líquido ou em pastilhas),a pedrasanitáriae outros,
que podem ser utilizados em locais com espaços eduzidose pouca ventilação.Estesprodutos,no
entanto, são pouco duráveis e podem fazer mal à saúdehumana.Além disso, não há garantia de
sucesso.

Leituras Adicionais Recomendadas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto e execuçãode obras de concreto


armado, NBR 61. Rio de Janeiro,1980.

BRAGUIM, J.R. Juntasestruturais. Revistade Tecnologia da Construção,São Paulo, n.8, p.3-4,


1994.

CONSTANTINE, D.G. Healthprecautions~orbats researchers. n: KUNZ, T.H. (Ed.) Ecological


and behavioral methodsfor lhe study of bats. Washington: Smithsoniannstitute Press,1988.
533p. p.491-521.
FLAIN, E. P.; CAVANJ, G.R. Revestimentoserticaiscomplacasde rochas. Revistade Tecnologia
da Construção,SãoPaulo,v.lD, p.59-63,1994.

GREENHALL, AM. House bat management.Washington: US Departament f the Interior, Fish


andWildlife Service,1982. 33p.
HILL, J.F.; SMITH, J.D. Bats: a naturalhistory. London: British Museumof Natural History, 1984.
24~n.
MITIDIERI FILHO, C.V.; HACHICHI, V.F. Telhados. Revistade Tecnologia da Construção,São
Paulo,v.9, p.49-53,1994.

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V.4. Morcegos mPlantas


o ambienteurbano pode ser caracterizado ela concentração opulacionalde pessoase por
uma grande quantidadede edificaçõese pavimentações, ue restringemcada vez mais os espaços
livres. Na tentativade tomar esseambienteurbanomais agradável saudável,é necessário plantio
de árvoresque ofereçamsombreamento, rejamentoe beleza,possibilitando,assim, uma paisagem
mais humanitáriae harmônica.Uma diversidadede árvoresseria conveniente orque poder-se-ia er

plantas lorindo (com flores


nativasregionaisdeve de coresdiversas)e
ser ncentivadapara que afrutificando ao longo
áreaurbananão do ano. A inclusãode
destoemuito espécies
do ambientenatural
circunvizinho.A diversidadede árvoresdevereduzir ambémaschances e surgimentode pragas.

De modo geral,as áreas erdesnascidadesatraemanimaisque sãoapreciados ela população


como, por exemplo,pássaros anorose outros ipos de aves.Contudo, ambémpodem atrair animais
nem anto estimados, omo os morcegositófagos(nectarívoros frugívoros).

Esses morcegos utilizam-se das plantas de dois modos: como fonte de alimento e como
abrigo.

V.4.1.Plantas omoFontedeAlimento

V.4.1.1. o Problema

Diversasespécies e plantas,nativas e/ou exóticas,podem orneceralimentosaosmorcegos,


ao ongo do ano. As partesdasplantasque podemsercomidaspor essesmamíferosvoadoresnoturnos
são lores (néctar,pólen e/oupétalas), rutos (polpa e/ousementes) folhas(suco oliar).

Em ecossistemasnaturais, os morcegos são importantes por polinizarem flores e/ou


dispersarem ementes.No entanto,em ecossistemas rbanos,essesbenefíciossãominimizadospela
estética paisagísticado homem. Em outras palavras, é o homem que determina a distribuição,
densidade diversidadede plantasem seumeio ambiente.

Plantascujas flores são visitadaspor morcegos,desenvolverammecanismos ara atrair com


maior eficiênciaesses gentes olinizadores omo, por exemplo,a abertura loral ocorrendoà noite.

Em geral, os morcegos rugívorosalimentam-se e frutos maduros,que são ransportados m


de cada vez, da árvore frutífera para outra árvore, localizada nas proximidades, onde serão
consumidos.Frutos grandescomo, por exemplo, a mangae o sapotí,não são transportados, endo
consumidos ospoucos,ao ongo deváriasvisitas.

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Fig. V 22. Desenho squemáticomostrando padrãode comportamento oturnode um morcego rugivoro, do tipo
Artibeus ituratus. No inicio da noite,os morcegos bandonam euabrigo diurno e voam à procurade árvores rutiferas. Ao
chegarunto à fonte de alimento realizam,em pequenos andos, ôos ao redorda planta,escolhendo fruto a sercolhido.
Pousam o galho, arrancam fruto e voam em direçãoaosabrigosnoturnos, ituadosnas proximidades cercade 100 a 200
m). Em alguns casos, bservados penas máreasurbanas, sses brigossituavam-se a mesmaplantade onde foi retirado o
alimento. Esquema:A. Bredt)

Fig. V 23. Paredede uma residêneiamanchada or fezesde morcegos rugivoros que voavam ao redor da árvore
frutífera plantada na calçada da rua. No pico da frutificação, o bando de morcegosvoando ao redor da planta deve,
provavelmente,provocar medo nas pessoase muita sujeira nas paredes,muros, chão e objetos (incluindo carro) nas
proximidades.Note-sea presença e sementes as ezesdo morcego. Foto: M.C..M.lnsua)

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Plantas que florescem ou frutificam em massa são comumentevisitadas por bandos de


morcegosque,voandoao redorda planta,devem,provavelmente, rovocarmedonaspessoas.

Abrigos noturnos,utilizados por morcegos itófagos são,geralmente, om pouca uminosidade


e facilmente dentificáveispelo acúmulode sementes,ezes,bagaçosde folhas e frutos descartados,
encontrados o chão sobos mesmos.

A passagem o alimentono trato digestivodasespéciesrugívorasé bastante ápida (em omo


de 20 minutos)e, conseqüentemente,efecamcom maior freqüênciaduranteo vôo, sujandoparedes,
muros,carros,etc.
Morcegos itófagos não são exclusivamente nectarívoros"ou "frugívoros", pois todas essas
espéciesnecessitam, o longo do ano, de substâncias resentes os frutos, nas flores, nas folhas e
tambémde nsetos,para obteremuma dietabalanceada.

No presenteManual serãocitadas na tabelaa seguir)as espécies egetaisque podem servir


de fontes de alimento aosmorcegose que sãomais comumente tilizadasno processode arborização
dascidadesbrasileiras.

TABELA!
E:s~écies e Plantas e Tipos de Alimento Fornecidos aosMorcegos em Áreas Urbanas.

I Espécies I Fruto I Flor I Folha I

Abacateiro(Persiaamericana)- x x
Abieiro (Pouteria caimito) x
Alecrim de carnp~HolocalYljlaziovil)- x
Amendoeira! (Tenninalia catapy~- x
Amoreira (Morus nigra) x
Areca-bambú (~rvsalidocarp~l:I;t~scens) x
Ateira (Annona squamosa)- x
Bananeira Musa spp.) xx
.~.iribazeiro Annona reticulata)
ombax(Bombaxaquaticum)- x
~ÇQ(fea ambica)- x
: ~aJueiro Anacardium occidentale) x x
Calabura:L.~ia calabura)- x
Ca x.K
: ~ararnboleira Averrhoa carambola)
Cinamomo:' M.~@ azedarach) x
E x
Es x
~ ,sponjeira (Acacia,farnesiana)
lCuS benjamina (r ICUS retusa)
Ficus taliano Ficuselas~~).
xx x
J!jgQjFicus carica)- x
x
,iava) x
omeira x
Gravioleira (Annona muricata) x
imelina (Gmelina rbo~- x
In azeiro-mirim In a1!!~azeiro x
(lnga spp.) x
;aboticaba) x
Jambeiroamarelo ~,-,geniajam~- x x
arnbeiro ermelho(~llenia malaccensis)- x x
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~i~~~ Mvrciaria
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x
X
IX
X
X X I x
X

I~ --
x
u un u t nna s . x
Nes' ...X
Oitizeiro (Mochilea tomentosa) X
Pacarí (Lafoensia pacan)
I~ I
X
X
Palmeira livistona (Livistona chinensis) X
Pa" A~ hnl~n8 /'}_"_~_~ ;"'~In\ IX
Pe x
Pe X
Pi X
Sa X
Sa X
Sa X
Se X
U X I
Vi X I

lchapéu-de-sol, hapéu-de-praia,ete-copas,hapéu-chinês.
2pau-de-seda
3árvore-santa,asmim-azul,asmim-de-soldado,ilás-da-india, írio-da-india
4tulipeira
5jambolâo,azeitona
6flor de coral
7ameixeira
8pau-de-jangada, orcegueira, rvoredo morcego

V.4.1.2.PossíveisSoluções

Para minimizar o problema dos morcegosque utilizam as flores e os frutos das espécies
vegetaiscomoalimento,sugere-se:

.A exemplo,em
utilização bosques,
dessasespéciesem áreasafastadas
stradas, arques, as edificações esidenciaiscomo, por
raçaspúblicas,etc.

A poda, às vezes,pode ser convenientequando os galhos estiverembaixos ou muito


próximosdasedificações, vitando,assim,os vôos rasantes os morcegos.

A cataçãomanualde flores e frutos nas vias públicasdos centrosurbanosé impraticável,


porém,poderia seruma medida ecomendada araáreas esidenciais, nde a presença os
morcegos itófagosé um agravante.

A retirada de uma planta, substituindo-apor outra que não seja fornecedorade alimento
aosmorcegos.

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V.4.2.Plantas omoAbrigo
V.4.2.1.Problema
Folhagens ocos-de-árvore ão,geralmente, tilizadospelos morcegos itófagos e insetívoros
para se protegerem asvariações limáticase dos predadores. o entanto,as folhagensconstituem-se
abrigos temporáriosenquantopermanecerem as plantas, ao passoque os ocos são abrigos mais
duradouros.
Em áreasurbanas,os morcegos e abrigam,principalmente, a folhagemda copa das árvores,
pois a ocorrência de cavidades em troncos é reduzida. Árvores como mangueiras, ambeiros e
palmeiras constituem excelentesabrigos diurnos para morcegos por causa de suas copas quase
fechadas.Entretanto, emos encontradoagrupamentos e morcegos rugívoros em plantas de copas
mais abertas, ue permitema passageme luz solare chuva,mesmoem presença e muitas plantasde
copasdensas.

Soluções ?)
o uso de plantascomo abrigos diurnos de morcegosem áreasurbanasé um problema de
difícil solução,pois a eliminaçãode árvoresde copasmais fechadasnão é uma garantiade que os
morcegosnão passema utilizar plantasmais abertas.Assim, acreditamosque as soluçõespara o
problemados morcegos itófagos em áreasurbanasdeve depender, asicamente, o manejo de suas
fontes de alimento.
V.4.3.LeiturasAdicionaisRecomendadas
DALQUEST, W.W.; WALTON, D.W. Diurna! retreats n bats. In: SLAUGHTER,B.H.; WALTON,
D. W (Ed.) About bats: a chiropteran biology symposium. Dallas: Southern Methodist
University,1970. 339p. p.162-187.

DOBAT, K. Blüten Frankfurt:


(Chiropterophilie). UM Fledermiiuse: Bestãubung durch
WaldemarKramer,1985. 37üp. Fledermãuse und Flugbunde

GARDNER, A.L. Feedinghabits. In: BAKER, R.J.;JONES,Jr., J.K.; CARTER, D.C. (Ed.) JBiology
01 bats01 he new world anJÜYPhyUostomatidae,art 2. [s.l.]: Mus. TexasTec. Univ..,1977.
364p.p.293-350.
KUNZ, T H. RoostingEcology of Bats. In : KUNZ, T H. (Ed.) Ecology ofbats. New York : Plenum
Press,1982. 425p. p.1-54.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. SãoPaulo: 1992. 352p.

RODRIGUES, M.G.R.;
possíveis ontes BREDT, para
de alimento A; UIEDA, W.itófagos.
morcegos Arborização de Brasília, Distrito Federal,
In: CONGRESSOBRASILEIRO DEe
ARBORIZAÇÃO URBANA (2. : 1994: SãoLuís). Anais. SãoLuís, 1994. p.311-326.

70

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V.4.2.2.
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VI.I. Introdução
Na Ordem Chiroptera, o hábito de se alimentarde sanguede vertebradosendotérmicosé
conhecido apenasem três espéciesde morcegos da região neotropical (América Latina), que
compõem ae sanguenão
sugadores subfamília existemem
Oesmodontinae,
outras aegiõesdo
família Phyl1ostomidae.sto
mundo. significa que morcegos

Não se conhece,ainda, uma explicaçãodefinitiva para o fato da sanguivoriaestar restrita à


região neotropical.Contudo,supõe-se ue estehábito evoluiu dentro da família Phyllostomidae,que
conta com ampladistribuiçãono Novo Mundo e que possui epresentantesos mais variadoshábitos
alimentares.Assim, a sanguivoriaé um hábito relativamente ecente 6 a 8 milhões de anos), endo
evoluído após a separação os continentese o aparecimento o OceanoAtlântico. Por seremmaus
termorreguladores,não suportando emperaturasmuito baixas por muito tempo, os morcegos
he,matófagosão puderamocuparo sul da Argentina e do Chile e nem a América do Norte. Por esse
motivo, suadistribuiçãogeográficavai do norte da Argentinaao norte do México.

Das três espéciesconhecidas,Desmodus otundus é a mais estudada por causa de sua


importânciasociale econômica, ue serádiscutidanum item específicodo presente apítulo. Sobreas
duasoutras espécies Diaemus oungi e Diphylla ecaudata) inda conhecemosmuito pouco de sua
biologia, ecologiae real mportânciasociale econômica.

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VI.2. Ficha Técnica dos Morcegos Hematófagos


VI.2.1. Nome Popular: Morcego-vampiro-comum

Fig.VI.I. Desmodusotundus. Foto:W. Uieda)

Científico: Desmodus otundus

Família: Phyllostomidae

Morfologia:
Envergadura: 5cm
Comprimentoda cabeça-corpo: a 9cm
Peso:25 a 40g
Cor dapelagem:Castanho scuroacinzentado u avermelhado o dorsoe castanhomais claro
no ventre

Biologia:
Alimentação:Especializado m sangue e mamíferos, odendoaceitaro de aves
Abrigos: Locaismais escuros ascavernas, cos-de-árvore,minas,casas, ueiros,sobpontes
de estradas, tc
Agrupamentos:Colôniasde 10 a 50 indivíduossãoosmaiscomuns,porémnão são aros
as de mais de 100
Reprodução:Qualquerépocado ano
Gestação: meses, roduzindoapenas filhote por partoe por ano
Longevidade:19 anosemcativeiro e maisde 10 anosna natureza
Enfermidades: Raiva,Histoplasmose,Mal dascadeiras,Encefaliteeqüina,Brucelose

Particularidades: Só ocorre na América Latina, onde é o principal transmissorda raiva aos


herbívoros.Os longos antebraços,I'biase polegares ão um porte esbeltoao morcego,permitindo-lhe
caminhar,saltare trepar em superfíciesverticais e horizontais,com extremaagilidade. Porcausade
seu hábito hematofágico,possui uma arcada dentária pequena,com apenas20 dentes (os poucos
molares são reduzidos).Apesar do medo que provoca, essemorcegonão se aproxima das pessoas
voando em sua direçãoparamorderseupescoço.O ataqueé sempre eito na surdina,quandocessao
barulho,ailuminaçãoe os movimentosdaspessoas.

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Nome
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VI.2.2. Nome Popular: Morcego-vampiro-de-pontas-brancas-das-asas

Fig.VI.2. Diaemus oungi. Foto: W. Uieda)

Nome Científico: Diaemusyoungi

Família: Phyllostomidae

Morfologia:
Envergadura: 40cm
Comprimento da cabeça-corpo: 8,5cm
Peso: 30 a 50g.
Cor da pelagem: castanho claro, brilhante

Biologia:
Alimentação: Preferencialmente sanguede aves
Abrigos: Ocos-de-árvores, próximos às matas
Agrupamentos: Colônias pequenasde 6 a 30
Reprodução: Um pico de reprodução por ano, com partos nos meses de verão
Gestação: 7 meses e apenas1 filhote por parto e por ano.
Longevidade: Desconhecida, mas em cativeiro duas fêmeas foram mantidas vivas por seis
anos

Enfermidades: Raiva

Particularidades: Sua distribuição


qual é, ocasionalmente, confundido.geográfica é semelhante
Duas características ao vampiro são
morfológicas comum (D. rotundus),
marcantes com o
em D. youngi:
ponta branca das asas e um par de glândulas bucais, localizadas internamente nas bochechas e que
liberam uma substância volátil e nauseante. Essa substância é liberada concomitantemente com um
grito de aflição, principalmente quando o morcego é manipulado. O odor e o grito são considerados
';Orno mecanismos anti-predatórios. Por causa do hábito de tomar sangue, possui poucos dentes (22).
E uma espécie relativamente rara e que não provoca danos econômicos aos criadores de aves, pois
atacam galinhas que repousam em árvores. Por causa disso, não devem sofrer ações de controle pelos
órgãos oficiais. Para evitar seus ataques,as aves devem pernoitar em galinheiros.

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VI.2.3. Nome Popular: Morcego-vampiro-das-pemas-peludas

Fig.VI.3. Diphylla ecaudata. Foto: W. Uieda)

Nome Científico: Diphylla ecaudata

Família: Phyllostomidae

Morfologia:
Envergadura: 0cm
Comprimentodacabeça-corpo: ,5cm
Peso:25 a 30g
Cor da pelagem:Castanho scuroou claro

Biologia:
Alimentação:Preferencialmenteangue e avese, eventualmente, e mamíferos bovinos e
suínos)
Abrigos: Cavernas,minase túneisabandonados
Agrupamentos:Colôniasmuito pequenas3 a 12)e ocasionalmente té50 a 70 indivíduos
Reprodução:Desconhecida,êmeasgrávidassãoencontradas róximo ao meio do ano
Gestação:O tempode gestação desconhecido. roduzapenas filhote por parto e,
talvez,2 filhotes por ano
Longevidade:Desconhecida

Enfermidades: Raiva.

Particularidades: A distribuiçãogeográficaé semelhante o dos outroshematófagos. ortepequeno,


pêlos ongos e sedosos, relhasarredondadas olhos grandes.A membrananterfemuralé reduzidae
com longos pêlos,que o caracteriza omo morcego-das-pernas-peludas.arcadadentáriacontém26
dentes.Os incisivos nferiores contêmmuitos óbulos (6 ou 7), que é uma característica nica entreos
morcegos.Assim como D. youngi, é tambémuma espécie elativamente ara e não provoca danos
econômicosaos avicultores.Seusataquesàs aves de fundo-de-quintalpodem provocara morte das
mesmas.Para evitar isso, as aves devem pernoitar em galinheiros que impeçamque os morcegos
adentrem oando, sto é, devempossuiruma porta a ser echada odas asnoites.De modo geral,não
devemsofreraçõesde controlepelosórgãosoficiais.

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VI.3. Biologia, Ecologia e Etologia dos MorcegosHematófagos


VI.3.1.AtividadeAlimentar
As informaçõesaqui apresentadas,obre a atividade alimentardos morcegoshematófagos,
referem-sea seusataques animaisdomésticos e criaçãocomobovinos,eqüinos,suínos,caprinose
galinhas.Sãopoucasas nformações obreseusataques osanimaissilvestres.

VI.3.1.1. Períodode Atividade Alimentar

Em condiçõesambientais avoráveis,a atividade alimentardos morcegoshematófagos ode


ocorrerao ongo da noite, niciando-se ercade uma a duashorasapóso pôr-do-sole terminandopor
volta de uma hora antesdo alvorecer.Esseperíodo pode ser alteradopor alguns atores ambientais
como luar, chuvas orrenciaise ventos ortes, que tendema reduzir o período de atividade.Em noite
com luar, as três espécieshematófagas ão, habitualmente,ativas no período mais escuro dessas
noites.Assim, a maior ou menordisponibilidade e temponumadadanoite para a procurade alimento
varia ~e acordo com o ciclo lunar. Este fenômeno é conhecido também em diversas espécies
insetívoras e frugívoras. Parece que a explicação mais plausível para este fenômeno é evitar
predadores isualmenteorientados.Contra esta explicaçãohá o fato dos morcegosnão possuírem
predadoreseficientes para exercer tal pressãode seleção.Em noites de lua cheia, os morcegos
hematófagospodem deixar de se alimentar por uma noite (não resistemmais de duas noites sem
comer, principalmente na estaçãoseca). Nessasnoites, os morcegosprocuram suas presas mais
próximas, se alimentame devem retomar o mais rapidamentepossível para seus abrigos. Podem,
também,usarabrigosnoturnos emporários,enquantoesperam ue o luar diminua e possam etomar
ao seu abrigo diurno. Numa outra alternativa,o morcegohematófago ode voar por sob a copa das
árvoresaté chegarà sua onte de alimento. Se esta onte (por exemplo, bovinos) estivernum campo
abertoe iluminado pelo luar, o morcegopode exploraroutra alternativaalimentar,como aves,suínos
e, eventualmente,seres humanos. A escolha dependeráde sua versatilidade em explorar tipos
diferentesde presas.O uso de uma ou maisestratégias ara ugir do luar podevariar de um ndivíduo
para outro, de umapopulação araoutra e tambémde uma regiãoparaoutra.

A restriçãoda atividadealimentardos morcegos, rovocadapelaschuvas orrenciais,parece


estar relacionadacom a fisiologia de termorregulação, ois os pêlos do corpo molhadospela chuva
podemprejudicarsua regulação érmica. Além disso, as três espécies e morcegoshematófagos, m
condiçõesnormais, não são boas termorreguladoras. s gotas de chuva podem ainda prejudicar a
ecolocalização, ificultando a per~pção dos morcegosemrelaçãoao seuambiente.

o conhecimentodo período de atividade alimentare dos fatores que podem influir nesse
período foi importantena elaboração e estratégias e atuaçãodas equipesque trabalharam,e ainda
trabalham,nascapturasde morcegoshematófagos. ssas essões e capturaspodemserprogramadas
de acordo comos ciclos unaresmensais, que as oma maiseficientes.

escurasDurante a noite,
sem uar), os morcegosnão passamotempo
os morcegospodemaproveitaro tempo todo se palimentando.Nas
disponível noites vida,
ara explorarsua áreade mais
conhecendomelhoras potencialidades e fontesalternativas e alimentoe de abrigo. Podemusaresse
tempo ambémparaas nterações ociaise reprodutivas.

Procurae Localização asPresas

Após sair de seusabrigosdiurnos,os morcegos ematófagos oam à procurade alimento.Os


vôos de Desmodus otundusgeralmente ão feitos a uma altura entre0,5 e 1,5m, uma vez que suas
presassão mamíferos que repousamno chão, como o gado bovino e eqüino. Entre suas presas
silvestres,os macacos ão reqüentementeitadoscomo uma de suas ontes de alimentona natureza;
contudo, o hábito arborícola dessesprimatas deve obrigar D. rotundus a voar numa altura mais

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elevada,como fazem Diaemus youngi e Diphylla ecaudata.Estas duas espéciesexploram presas


arborícolas, omo galinhasquepernoitamemárvores,àsvezesa mais de 10 m de altura.

o tamanhoda área de vida dos morcegoshematófagos D. rotundus)pode variar de uma


região para outra e dependede diversos atores,como relevo, clima, disponibilidadede abrigos e de
fontes de alimento. Apesarde alguns autores á mencionarem reasde 20km, acredita-seque seu
tamanhodeve icar, emmédia,entre um e cinco quilômetros.Não há nformações emelhantes araas
duasoutrasespécies ematófagas.

o sentidoolfativo parece er mportânciana ocalizaçãoe escolhada presapor D. rotundus. É


possívelque estesentido ambémseja mportanteparaD. youngi e D. ecaudata.O vampiro comum,
D. rotundus,poderia ocalizar as áreasde repousodo gado (estábulos, astos)pelo cheiro do estrume
e, posteriormente, ncontrariaa presase orientando isualmente.Estaespécie eriacapazde detectar,
visualmente,uma vaca a pelo menos 130 metros de distância.As duasoutrasespéciespoderiamse
orientar olfativamentepelo odor emitido pelas fezes de suaspresas aves empoleiradas) localizar
seuspousosnasárvores.

VI.3.1.3. Acessibilidadee EscolhadasPresas

Um fator
acessibilidade. importante
Desmodus na seleção
escolhe deaspresas
e ataca pelas
presas maistrês espéciesnum
acessíveis de morcegos hematófagos
rebanho, que é a sua
são, geralmente,
aqueles animais de temperamento dócil e que dormem na periferia do rebanho. Isto poderia explicar
porque, num dado rebanho, alguns animais são mais atacados pelos morcegos que outros. Em relação
a Diaemus e Diphylla, estes morcegos atacam, preferencialmente, aves empoleiradas em ramos de
árvores livres de folhagem, pois isto facilita seus vôos de aproximação às presas, tomando-as mais
acessíveis.

Assim, a escolhade uma dada presapelos morcegoshematófagos epende,diretamente,de


suaacessibilidade o predador:o animalpreferidoé o que estivermaisacessível.

VI.3.1.4. AproximaçãodasPresas

A aproximação e Desmodus s suaspresaspode ser eita de dois modos:pousono corpo do


animal ou no chão,próximo do mesmo.Diphylla tambémutiliza dois modosde aproximaçãoàsaves:
pouso no poleiro e pouso direto no corpo da ave empoleirada.Diaemuspousasomenteno poleiro,
talvezpor sermaisrobustoe pesado.

Na aproximação aos seres humanos, suspeitamos que os morcegos pousem apenas no


substrato (cama ou rede de dormir), e não no corpo das pessoas,que poderiam ser despertadas pelo
contato físico com os morcegos.
A reação dos animais à aproximação dos morcegos, geralmente, ocorre quando estes pousam
em seu corpo. Em Desmodus, o gado bovino e eqüino, habitualmente, reage com movimentos da

cabeça,
pé caudaeedar
no poleiro da musculatura da pele.
voltas em tomo de si,As
noreações
poleiro.das galinhas podem
Ocasionalmente, ser um curto
desferem cacarejo,
bicadas ficar de
nos morcegos.
Nessas ocasiões, essesmorcegos permanecem quietos e imóveis até que as aves voltem a se acomodar
nos poleiros. Durante a aproximação aos mamíferos domésticos, Desmodus se mostra bastante
cauteloso e está "de alerta" a qualquer reação da vítima. A qualquer sinal de perigo, o morcego afasta-
se do local até que o perigo cesse ou abandona este animal e sai à procura de uma outra presa mais
acessível. Por causa dessa cautela, não se acredita ser possível que os morcegos se aproximem das
pessoas adormecidas caminhando ou se arrastando por baixo do lençol ou cobertor, como já se ouviu
mencionar.

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VI.3.1.5. Escolhade Locais para Morder as Presas

Após a aproximação,os morcegosescolhemum local apropriadopara morder sua vítima.Desmodus


rotunduspodegastarcercade 40 minutospara escolherum local no corpo de um bovino e
aplicar-lhea mordida.O morcegopode reabrir erimentos eitos em noitesanteriores, ois a reabertura
é feita empoucosminutos,o que diminui seu empode exposição danoseventuais.

Os locais mais freqüentemente angrados elos morcegosvariam de um tipo de presa para


outro e de uma espéciepara outra. Na TabelaVI.l., apresentamos,e modo resumido,os principais
locais no corpo dasvítimasutilizadospelas rês espécies ara etirar seualimento.

Fig.VI.4. Em algumas egiões urais do Brasil, as cabrassão freqüentemnte atacadas or morcegoshematófagos


(De.\"modusotundus).Na foto, a cabrade cor escura,sentada, avia acabado e ser sangradapor um morcegoe é possível
observa. ;al1guescorrendo elo flanco do animal. Foto: W. Uieda)

Os morcegos hematófagosapresentam ma redução no número e tamanho dos dentes


molariformes e um grande desenvolvimentodos incisivos superiores nternos, que têm a forma
triangular, ápice pontiagudo e margenscortantes.Com movimentos de abrir e fechar a boca, o
morcegoaplica a mordida e retira um pedaçoda pele de sua vítima. O corte na pele, geralmente,é
superficial e feito com os incisivos superiores nternos (nunca com os caninos superiores). A
mordedura, eita pelas rês espécieshematófagas, eralmente, em o formato elíptico com cerca de
O,5cmno
pois seueaçõessão
poucas maior comprimento. Além de
demonstradas superficial,a
elas mordida
presas.Pessoas alimentaré morcegoshematófagos
angradaspor aparentementendolor,
alegamnão sentir nadadurantea noite em que foram agredidas.Muitas vezes,a sangriaé percebida
somentena manhãseguinte,quandomanchasde sanguesão encontradas obre a cama, rede ou no
próprio corpo. Algumas pessoasacreditamque a saliva dos morcegoscontenhauma substância
anestésica; orém,os estudos ealizados ão confirmaramestasuposição.

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Fig.VI.5. Quandoos animais domésticos ão mantidospróximos à residênciado proprietário,os sereshumanos


podem, eventualmente, er atacados or morcegoshematófagos Desmodusotundus), omo vem acontecendo m algumas
regiõesdo Norte e Nordestedo Brasil. As criançassão asprincipaisvítimas desses taques orque permanecem cessíveis
por mais tempo aos morcegos dormemmais cedo, êm sonomais profundo e são a maioria dentro da casa).O menino da
foto tinha 5 anose havia sido mordido no lobo da orelhaenquanto ormia na rede. Foto: W. Uieda)

Fig.VI.6. Em várias áreasde garimpo da região amazônicaos garimpeirosestão sendovítimas de ataquesdos


morcegoshematófagos Desmodus otundus).As agressões correm,principalmente, as extremidades,omo o dorso do pé
deste garimpeiro. Quandonão recebemos cuidadosmédicos devidos,as mordeduraspodem ser um ponto de entradade
agentes atogênicos. Foto: W. Uieda)

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TABELA VI.I
Lista dos Principais Locais no Corpo das PresasUtilizados pelos MorcegosHematófagos
para Retirar seuAlimento.
1. Desmodusotundus
Bovídeos: Tábua do pescoço, orelhas, focinho, dorso, cauda,
pregasanais e vulvares, etas,axilas, base do casco e
entreos dedos.
Eqüinos: Tábua do pescoço, orelhas,base dos olhos, base da
caudae basedo casco.
Suínos: Orelhas, dorso, mamilos, focinho, dedos dos pés e
cauda.
Caprinos: Tábuado pescoço, orso,orelhase basedoscascos.
Aves: Dedosdos pés, arsos,dobra das asas,dorso, base do
pescoço, ristase barbeIas.
Humanos: Dedos e dorso dos pés, calcanhar,mãos, cotovelos,
" n;~n_..~ ,.~.._~;1 courocabeludo,orelhas, esta,pontado nariz e lábios.
2. Diaemus oungi
Aves: Dedos dos pés, tarsos, cristas, barbeIas e base do
~ Diphylla
3. n;"J...II~ ecaudata
nn~..J~#~l pescoço.
Aves: Bordasda cloaca,dedosdos pése tarsos.
1Em condiçõesde cativeiro, esta espéciesangroumamíferos bovinos por Diphylla e caprinos e suínos por
Diaemus). Por não haveremsido registrados ambém em condiçõesde campo, não foram aqui considerados.
Esses ados oram obtidospor Piccinini e colaboradores1991)e por Uieda(1994).

VI.3.1.6. Ato de TomarSangue

Feita a mordedura,o morcego nicia sua refeição. Na saliva de Desmoduse Diaemus foi
encontradauma
coagulação substância
o sanguee que possui
permitindoque luapropriedadesanticoagulantes, etardando o processo de
do ferimento por um tempomaior.

o ato de tomarsangueé conhecidoapenasem Desmodus otundus.Estaespécieutiliza-se de


um mecanismode ingestãonão conhecido em outros mamíferos.Desmodusapresentadois sulcos
longitudinaisna face inferior da íngua.Ao tomarsangue, s bordos ateraisda língua dobram-se ara
baixo, de tal maneiraque a superfície ique convexa, ormando um tubo. Com igeiros movimentosde
entradae saídada língua da boca, orma-seum vácuo parcial na cavidadebucal e o sangue lui pelos
sulcos ongitudinaisda face inferior da língua, passando ara a face superiorda mesmano fundo da
boca,quandoentãoo sangueé deglutido.

o estudo comparativo da morfologia bucal das três espécieshematófagasmostra muita


semelhançanas estruturasbucais de Desmoduse de Diaemus e várias diferenças em relação a
Diphylla. É possívelque os dois primeiros tomemsanguede modo semelhante Diphylla, de modo
diferente,aindadesconhecido.

Em condiçõesnaturais,Desmoduspode consumir, numa noite, uma quantidadede sangue


igual ou maior que seupesocorporal,que varia entre30 e 40g. No cativeiro, o consumodiário pode
chegar l 50ml de sangue, mborao consumomédiosejade 15 a 2OmI.

o tempo necessário ara a alimentaçãodos morcegoshematófagos ependedas reaçõesda


vítima durantea refeição.Diaemusnecessita e 15 a 30 minutosou, eventualmente, ma hora parase
alimentar, ao passoque Diphylla precisade 10 a 40 minutos. O tempo gasto por Desmodusao se
alimentaremgado, emcondições aturais,é em orno de 30 minutos,podendo,eventualmente, hegar
a uma hora.
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Fig.VI. 7. Desmodus otunduspousadono corpo de um suíno e sealimentandonum erimento reaberto.Note-seo


contatoda íngua do morcegocom o ferimento. Foto: W. Uieda)

Fig. VI.S. Diaemusyoungi tomandosanguenum ferimento aberto na barbeIada ave. No ato de se alimentar,o
sangue enetrana boca por baixo da língua,como pode servisto na foto. (Foto:W. Uieda)

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Fig.VI.9. o local no corpo da ave mais freqüentemente angrado elos morcegoshematófagos ão os dedos dos
pés. Para se alimentar nesse ocal, o morcego (aqui um Diaemusyoungi) pousano poleiro, evitando reaçõesda vítima.
Nestascircunstâncias, sangrianas avesé percebidapelo proprietárioatravésda observação e manchas rescasde sangue
nos poleiros em que suasavesdormem. Foto: W. Uieda)

Fig.VI.l O. Diphylla ecaudata uma espécie ue preferesangrarasbordasda cloacadasaves.Para sto, o morcego


precisaseagarraràspenasda caudada vitima, como auxílio dos polegares asasase dos pés,como mostradona foto. (Foto:
W. Uieda)

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Fig.VI.ll. Apesarde atacarmamíferoscom mais freqüência,Desmodus otundus pode, ambém,se alimentar emaves.
Essesataquesacontecemem locais onde as aves dormem, em galinheiros ou outras construções, eralmente semproteção
contramorcegos. Foto: W. Uieda)

Fig.VI.12. Uma fêmea de Desmodus otundus após uma boa refeição. Note-se o volume do seu abdômen.
Inicialmente,acreditou-se ue o tamanhodo abdômenossedevido à gravidezavançada;posteriormente, erificou-se não
serverdade. Foto: W. Uieda)

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Abrigos NoturnosTemporários

Após a refeição, Desmodusafasta-se, m vôo, de sua vítima, podendo,então, retomar ao


abrigo diurno ou então utilizar abrigos noturnos emporários.Nestes,o morcegopode descansar
eliminar um eventualexcesso e pesona forma de urina e fezes.Por causada presença os excretas,
os abrigosnoturnossão, ambém,conhecidos omo digestórios.O uso deste ipo de abrigo varia deuma
região para outra e pode dependerda existênciade locais apropriadospróximos às fontes de
alimento.
Diaemus e Diphylla, habitualmente,permanecemunto à sua vítima, após a refeição. Em
Diaemus,esse empo de permanência ode ser de até uma hora e trinta minutos, ao passoque, em
Diphylla, até de cerca de uma hora. Esta permanênciaunto às aves após as refeições pode ser
comparada,uncionalmente, permanência e Desmodus os abrigosnoturnos emporários.Por sso,
é possívelque anto DiaemuscomoDiphylla não utilizem abrigosnoturnos emporários.

Fig.VI. 13. Uma ave sangradapor morcegoshematófagos Diphylla ecaudata) ode ficar debilitadae morrer em
conseqüência isso. Pode também adquirir doençasatravésdos ferimentos em seucorpo. Em algumas egiõesdo Brasil,
bicheiraspodemserencontradasnvadindo esseserimentos, omo na galinhadesta oto. Note-seque a ave estácom aspecto
debilitado. Foto: W. Uieda)

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.7.
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Fig.VI.14. A mesmaave da foto anterior,aqui mostrando aspecto a bicheira em sua egião cloacal oveira). São
freqüentes s relatosde avesque morrem por causade bicheiranessa egião. Foto: W. Uieda)

InteraçõesSociais

Desmodus otunduspossui uma estruturasocial complexa,baseada a formação de harém,


onde um machodominante oma contade um grupo de fêmeas cercade 12) e seus ilhotes pequenos.
Os filhotes machos,à medidaque se tomem adultos,são enxotados o grupo pelo machodominante.
Os machossolteiros formam pequenosagrupamentos ue podem permanecer róximos do harémà
espera de uma ocais
procuraroutros oportunidadede ocupar
para constituir o posto
seupróprio de macho
harém.As dominante.Podem,
interações também, sair e ir
ntremachossãoquasesempre
ritualizadase intimidatórias,dificilmente envolvemconfrontodireto.

As fêmeassão iéis ao grupo e, não, ao machodominante.Se o abrigo toma-se napropriado


ou há falta de alimentona área,as êmeasmudam-se araoutro ugar, semse mportarcom o varão do
harém. A colaboraçãoentre elas envolve também a divisão do alimento. Quando saempara se
alimentar, nem sempre todas as fêmeas adultas conseguemsucesso.Assim, aquelas que se
alimentaram egurgitamparte do sangue ngerido na boca da fêmeaesfomeada, e modo semelhante
ao que ocorre entre elas e seus filhotes. Fêmeasque não cooperamna divisão de alimento são
enxotadasdo grupo. Para conseguiralimento regurgitado,a fêmea com fome necessita amber o
abdomee os ábios daquelaque se alimentou.O comportamento e lamberos pêlos da companheira
um sinal para que esta egurgitesangueem sua boca. Essecomportamento e lamberpêlos de outro
morcego oi, inicialmente, nterpretadoapenas omo higiene corporal mútua entre membrosde uma
mesmacolônia. Atualmente, econhece-seua mportânciasocial para mantera integridadedo grupo
de fêmeas.Os machosadultos aramente articipamdesse itual.

A estruturasocial das grandescolônias de Desmodus otundus ainda é desconhecida,mas


suspeita-se ue possamser constituídas e vários haréns,situados ado a lado, com seus espectivos
machosdominantes.

84

I.3.2.
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Quanto às duasoutrasespécies, ão há informações obresuaestruturasocialdisponíveisna


literatura.

Fig.VI.15. Uma colônia (harém)de Desmodus otundusabrigando-se uma concavidade o teto de uma caverna
da regiãoCentro-Oeste o Brasil. (Foto: W. Uieda)

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VI.4. ImportânciaSociale Econômica.


VI.4.1. mportânciaSocial
Os relatossobreasagressões umanas or morcegos ematófagosDesmodus otundus)estão
concentrados as regiõesmais pobresdo Novo Mundo. Há relatos de agressões m, praticamente,
todos os paísesda América Latina, inclusive no Brasil. Nessas egiões mais pobres, encontramos
povoadosdistantese
ocorremas agressões. isolados e áreasde
ogicamente,as exploração
pessoas mineral (garimpagem)onde,
mais diretamente freqüentemente,
tingidaspelos ataquessão aquelas
de baixa renda, vivendo em condiçõesmuito precárias.A maior freqüênciade ataquesocorre nos
animaisdomésticos cabras,porcos,cães,galinhase, às vezes,algumas acase cavalos)existentesao
redor das casas,que são, geralmente,abertase permitem ácil acessoaos morcegoshematófagos.A
convivênciacomesses nimaisé quasediária e parecehaverum certo equilíbrio entre aspessoas, eus
animaisdomésticos os morcegos.Nessa nteração,o homempareceserapenas ma fonte secundária
de alimento e o equilíbrio mantém-sepor muitos anos.Quandoos relatos de agressões umanaspor
morcegoshematófagos hegamaos órgãosoficiais de saúde,é porquehouve um desequilíbrionesse
"tripé" interativo, provocado por uma mudançado processoprodutivo ou por ocorrência de raiva
transmitida por morcegoshematófagos.O aumentodas agressões umanaspor essesmorcegosem
três povoadosde Belize (paísda América Central)ocorreupor causada eliminação epentinade todos
os suínos fonte primária de alimentodessesmorcegos),devido à pestesuína.A introduçãoposterior
de bovinos nos povoadosprovocouuma diminuição dessasagressões. m uma área de garimpo de
Apiacás (norte de Mato Grosso), sete pessoasmorreram, aparentemente, e raiva transmitida por
morcegoshematófagos.Durante a investigaçãoepidemiológicae a soro-vacinaçãopós-exposição,
centenas e garimpeirose seusparentesmencionaram ue á haviamsido sangrados elos morcegos.
Possivelmente, s agressões everiamestaracontecendo m odasasáreasde garimpo da região.

o custo social dasagressões or morcegosé elevadoe deve estarocorrendode forma mais


freqüentenas regiõesnorte e nordestedo Brasil. Acredita-seque a região amazônica epresentaum
"grande palco" dessa interação, envolvendo, também, nossos grupos indígenas (há relatos de
agressões os ndios Caiapósno Paráe Yanomamisem Roraima).Além da espoliaçãohematofágica,
há diversoscasosde raiva humana ransmitidapor essesanimais.De 1992 a meadosde 1993, foram
registradosno Brasil 18 casosde raiva humana ransmitidapor morcegos,perfazendo20,7%do total
de casosdesse eríodo.A maioria envolveagressões elosmorcegos ematófagos;mas devemexistir,
também,agressões or morcegos nsetívorose frugívoros. Os morcegos epresentam, tualmente,o
segundomaior transmissor a raiva aossereshumanosno Brasil, sendosuperados penas elos cães.
Estagravesituaçãoestáocorrendo, ambém,em outrospaísesda América Latina, e tem preocupadoa
OrganizaçãoPan-americana e Saúde,que reuniu representantese diversospaísespara analisara
situação.
A FundaçãoNacional de Saúdeestá rabalhandontensivamente ara encontrar oluçõespara
a grave situaçãoda raiva transmitida por morcegos,e a elaboraçãodo presenteManual é um dos
frutos desse rabalho.

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Fig.VI.16. Um tipo de casacomum em vários povoadosdo interior do Brasil, principalmentena ârea rural do
I~stado o Maranhão.Casascomo esta não sãoà prova de morcegoshematófagos Desmodus otundus)e seusocupantes
podem serpresas aceis. Foto: W. Uieda)

Fig.VI.17. Cabana ípica de garimpeiroda região de Mato Grosso armaçãode paus coberta com lona plástica
preta). Essas abanas ão. normalmente, onstruidasunto à mata,para aproveitar seusombreamento. fundo das cabanas,
onde fica o dormitório. normalmente stâvoltado para a mata,o que facilita o acesso e morcegoshematófagos Desmodus
rotundus). Foto: W. Uieda)

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VI.4.2. mportânciaEconômica
No período pré-colombiano,as fontes de alimento dos morcegos hematófagoseram os
animaissilvestresde sanguequentee o homemaborígene, omo mencionadono Capítulo 11.Naquele
período, a populaçãode morcegoshematófagos ra provavelmentemenor que a atual; contudo, a
colonizaçãodo continenteamericanopelos europeus,unto com seusanimaisdomésticos,parece er
provocadoum aumentopopulacionaldesses
Os animais domésticos, sem adaptaçãomorcegos, avorecendo
contra esses ambémsua
predadores, expa,nsão
tomaram-se erritorial.
presas fáceis,
representando ma fonte alimentar abundantee acessível.Em certas regiões, o vampiro comum
pareceestarse alimentando, xclusivamente, e sangue e animaisdomésticos.

VI.4.2.1. ImportânciaEconômicade Desmodus otundus

Desmodusrotundus, uma espéciede comportamentoversátil, foi a mais favorecida pela


introduçãodos animaisdomésticosnasAméricase, atualmente, considerada ma pragada pecuária
neotropical,por sero principal transmissor a raiva aosherbívoros.

o impacto econômico da raiva transmitida pelos morcegos hematófagosna pecuária da


América Tropical é significativo. Em 1962, o Dr. Aurélio Málaga-Alba estimoua morte de 500 mil
cabeças e gado anualmente,epresentando aquelaépocauma perdade pelo menosUS$ 50 milhões
de dólaresanuaisna América Latina (atualmente ssaperda epresentaria ercade US$ 175 milhões).
Em 1985,os Drs. PedroAcha e Primo Aranbulo 111izeramuma estimativamais acurada, aseada m
informaçõesmais precisas, omecidas pelos países atino-americanos.Seus dados indicaram uma
média f}~ mais de 100 mil cabeçasde gado mortas,anualmente, ela raiva, o equivalentea US$ 30
milhões de dólares.
o Brasil é um dos paísesque mais tem sofrido com a raiva dos herbívoros, com perdas
econômicas elevantes.O montantede prejuízosque a raiva determinano rebanhopecuáriobrasileiro
não está bem dimensionado.A subnotificaçãode casosé grande em algumas regiões brasileiras,
causada ela falta de conscientização e muitosprodutoresque não notificam os casos considera-se
que, para cada animalnotificado, outros deznão o são)e pela ausênciade uma vigilância adequada,
decorrente a falta de recursos inanceirospara os serviçosoficiais de saúdeanimal. Parao cálculo de
uma estimativade perdaseconômicas o Brasil, foram levadosem consideração s casosclínicos e
laboratoriaisde raiva em animaisherbívorosdomésticos, otificadosao Ministério da Agricultura, do
Abastecimento da ReformaAgrária, ocorridosentre 1983e 1993, e a nossa axa de subnotificação.
Desta forma, estima-seque, no Brasil, morram anualmente40 mil bovinos, o que representaum
prejuízoeconômicode aproximadamente S$ 15 milhõesde dólaresanuais.

Além dos prejuízos diretos por causa da raiva, outros danos podem ser citados, como:
diminuição da qualidadedo couro, enfraquecimento perdade pesodos animais, nfeçõesbacterianas
e viróticas e, miíasesnos erimentos.
Importânciaeconômica eDiaemusyoungi e Diphylla ecaudata

Apesarde não apresentarem mesma ersatilidadeque a espécieanterior,Diaemusyoungi e


Diphylla ecaudata ambém oram avorecidospela colonização uropéianasAméricas.As criaçõesde
avesdomésticas m undos-de-quintal ubstituíram, omvantagens, s avessilvestreseliminadaspela
caçapredatóriae pelo desmatamento. egundoo Dr. Valdir A. Taddei, essas riaçõesde aves podem
ter tambémpermitido um aumentopopulacionaldestasduas espéciese ampliado sua distribuição
geográfica.
A importância econômicade Diaemus e Diphylla ainda não foi estabelecida, orque seus
hábitosaindasãopoucoconhecidos.

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Em 1970,o Dr. Arthur M. Greenhallsupôsque Diaemuspoderia, uturamente, omar-seuma


pragapara a pecuáriade Trinidad. Aparentemente,sto aindanão aconteceu aquelepaíse os estudos
realizadosmais recentemente, o Brasil, indicam uma situaçãonversaparaestaespécie.Em 1982,o
Dr. Wilson Uieda sugeriumedidasde proteçãoparaDiaemusyoungi e voltou a reforçarestasugestão,
em 1994, com os novos estudos que realizou. Seus dados revelam que apesar da espoliação
hematúlágica, s perdassangüíneasãopequenas as avesconseguemepô-Ias.Em muitos ocais, os

proprietáriosdasavesnão sabem ue elasestãosendoatacadas or morcegos Diaemus).


Em 1939,o Dr. João Moojen estudouos ataques e Diphylla ecaudataàs galinhasno sul do
Estadode Minas Gerais e verificou que mortesde aves,provocadas elos morcegos,ocorriam com
certa freqüênciana região. O Dr. Moojen concluiu que, em certasregiões, o vampiro das pernas
peludaspode serconsiderado m perigo às criaçõesde avesdomésticas.Na região do vale de Ribeira
do Iguape, sul do Estadode São Paulo,os veterináriosda Divisão Regional Agrícola da cidade de
Registro (Secretariade Estado da Agricultura e do Abastecimento) omentamque é relativamente
comumencontrar alinhasmortasem conseqüência e sangriaspor Diphylla. No interior do Estadode
Goiás, os sitiantes disseramque, de vez em quando, encontravam alinhas com miíase na região
cloacal, como mostrado nas Figuras VI.13NI.14. Nessescasos,essasaves acabavammorrendo,
quando não tratadasadequadamente. omo ferimentosnessa egião do corpo são provocadospor
ataques de Diphylladas
hematófago.Apesar ecaudata, essasperdas
informaçõesacima podem ser atribuídas
mencionadas, inda não háa estudosque
esta espécieavaliem
de morcego
a sua
importânciaeconômica.

Pelo exposto,sugere-se ue o controle de populações e morcegoshematófagos eja restrito


ao vampiro comumDesmodus otundus.Em relaçãoa Diaemusyoungi e Diphylla ecaudatanão se
pode, nas condiçõesatuais, sugerir medidasde controle, porque estasespéciesá são raras e de
popula~ões equenas.Se necessário,um manejo das fontes de alimento poderia evitar os ataques
destesmorcegos omo, por exemplo,avespernoitandoemgalinheiros echados.

VI.5. Controle de Morcegos Hematófagos.


o conhecimento a epidemiologiada raiva transmitidapelo morcegohematófago,Desmodus
rotundus,aos animais herbívorose ao homem, demonstrou necessidade e que se estabelecessem
estratégias para a prevenção da raiva em animais, sendo que uma das estratégias foi o
desenvolvimento e métodosde controledaspopulações estaespécie.

Inicialmente,os métodosde controle foram desenvolvidosde forma empírica, utilizando o


pouco conhecimentodisponível.De modo geral, essesmétodoseramdrásticose buscavameliminar
todos os morcegosdo abrigo, atravésdo uso de agentesísicos ou químicos, ais como gases óxicos,
fogo ou fumaça, dinamite, armas de fogo e pincelamentode venenosnas paredesdos abrigos. O
conhecimento a ecologia,biologia e etologiade Desmodus otunduspermitiu o desenvolvimento e
métodosmais aperfeiçoados seletivosparao controlede suaspopulações.

VI.5.1.MétodosdeControle
Paraefeito de esclarecimento,sses ovosmétodospodemserclassificados m:

VI.5.1.1. MétodosRestritivos

Sãométodosque buscam vitar asagressões or morcegos ematófagos animaise humanos,


atravésde meios físicos que funcionemcomo barreirasde proteçãoentre os animaise os morcegos
hematófagos.Essesmétodos não matam o morcego, apenasrestringem seu acessoa fontes de
alimento e/ou abrigos. Contudo,sua aplicaçãonem sempreé eficiente.Duas formas foram, e ainda
são,utilizadas:

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VI.5.1.1.1. Uso de luz como meio de proteçãocontrao morcegohematófago:Estemétodose


fundamentano conhecimentode que o Desmodus otundusseria uma espécie ortemente ucífoga
(aversãoa uz), evitando,dessa orma, áreas luminadas.

Vantagens:
-ecologicamente correto
-não representa risco à saúde humana
-não necessita de treinamento específico
-fácil realização, odendoserutilizada qualquer onte de luz

-restrito a pequenos ebanhos


-alguns morcegospodemhabituar-se presença e luz e modificarsuaestratégia e ataque
-custo considerável

VI.5.1.1.2. -Uso de barreira mecânica (telas de aramecom malhas inas ou outros): Este
método funciona impossibilitandoque o morcegohematófago,Desmodus otundus,chegueaté aos
animais ou ao homem.

Vantagens:
-ecologicamente correto
-não apresentaisco à saúdehumana
-não necessita e treinamento specífico
-eficiente

Desvantagens:
-restrito a pequenos ebanhos
custopoderáseralto, dependendo o materialutilizado

VI.5.1.1.3. -Existem algunsmétodos estritivos, usadosempiricamente ela população,que


alegaeficiênciaemsuaaplicação,porémcarecem e comprovação ientífica:

do alho nas anelas e portasdas casas,unto aos animaisdomésticosou em volta deferidas


provocadas or morcegos ematófagos.
Uso de asa de gavião ou cauda de raposa penduradas mcurrais.
Uso de garrafas vazias emborcadas, enduradas mcurrais,próximasaosanimais.
Uso de óleo queimado no madeiramento e habitações, os poleiros ou nas mordeduras
provocadaspor morcegos ematófagos os animais.

VI.5.1.2. MétodosSeletivos

Indiretos

o controle é realizado atravésdo uso de substâncias uímicas anticoagulantes, sadasnos


animaissugados.

Sãométodosquebuscamo controledo morcegohematófagoDesmodus otundus,sem manter


contato ísico, e estãobaseados o conhecimento o comportamento e ataquedestaespécie:

a) hábito de utilizar da mesma presa por mais de uma noite seguida (anticoagulantevia
intrarruminalou via intramuscular);
b) hábito de utilizar o mesmo ferimento por mais de uma noite seguida (anticoagulantes
tópicos);

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Desvanta
VI.S.I.2.1. ens:
Uso

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c) hábito de, freqüentemente, proximar-se ousando o dorso do animal (anticoagulante ia


"pour-on",segundoDelpietro e colaboradores, 991).

São métodos altamenteespecíficose seletivos, pois eliminam apenas os morcegos que


--
estariam e alimentandonos animaisdomésticos, reservando ssimaquelesque se mantêmsobre os
animaissilvestres.

VI.5.1.2.1.1. Anticoagulante ntrarruminal

~ste método consistia na aplicação intrarruminal, em bovídeos, da difenadiona {2-


(difenilacetil)-1,3-indadiona}.Uma vez aplicado,o produtomantinhaum nível sérico,pelo períodode
72 horas,suficienteparaeliminar os morcegos ematófagos ue por venturaviessema sugaro animal
tratado.Essemétodonão se encontraatualmente isponívelno Brasil.

Vantagens:
-ecologicamente correto
-não apresenta isco à saúde humana
-alta eficiência

Desvantagens:
-dificuldade de aplicação
-pouca aplicabilidadeem rebanhosextensivospela dificuldadede observação os animais
sugados
-restrito aosbovídeos,não podendoserutilizado emeqüídeos suínos
-não pode ser epetidoo tratamento ntesde decorridos30 dias da última aplicação
-não aplicávelnos 30 diasque antecedem abate
-necessidade de treinamentoaltamente specífico
-custo elevado

-Anticoagulante Intramuscular

Estemétodoconsistiana aplicação ntramuscular,em bovídeos ecém-sugados or morcegos


hematófagos, da Warfarina sódica {3-(alfa-fenilo-beta-acetilo-etilo)-4-hidroxicumarina} e,
atualmente, ãose encontradisponívelno Brasil.

Vantagens:
-ecologicamente correto
-baixo risco à saúde humana
-alta eficiência
-custo menor que o método anterior

-pouca aplicabilidadeem rebanhosextensivospela dificuldadede observação os animais


sugados
-uso restrito aosbovídeos,nãodevendoserutilizado emeqüídeos suínos
-não deve serutilizado em animaiscom menosde rês meses e dade
-repetição emperíodonão nferior a 90 dias da última aplicaçãodo produto
-não aplicávelnos 30 diasque antecedem abate

VI.5.1.2.1.3. AnticoagulanteTópico emMordeduras

Estemétodoconsistena aplicaçãoda Warfarina a 2%, veiculadaem vaselinasólida, sobre as


feridas recentes ausadas elos morcegoshematófagos m animaisde criação. Apesarde ser o único
métodoseletivo disponívelatUalmente o Brasil, empoucas egiões emsido aplicado.

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ntagens:
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VI.5.1.2.
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Vantagens:
-ecologicamente correto
-baixo risco à saúdehumana
-boa eficiência
-facilidade na aplicaçãodo produto
-não requer reinamento specífico
-baixo custo em elaçãoaosmétodosanteriores

Desvantagens:
-pouca aplicabilidade em rebanhos extensivos pela dificuldade de observação dos animais
sugados
VI.5.1.2.1.4. AnticoagulanteTópico "Pour-on"

Este método consiste em passara Warfarina, veiculadanuma mistura oleosa, no pescoço,


dorso e lombo dos animaisque, provavelmente, eriamos mais atacadosdo rebanho.O método foi
proposto para bovídeos,eqüídeos, aprinose suínospor Delpietro e seuscolaboradores 1991), que
indicaramuma diminuição na taxa de ataquede 90% em bovídeos,94% em eqüídeose 100% em
caprinos e suínos.Considerandoa eficiência relatadapelos autores,o presentemétodo deveria ser
testadoemnossas ondições.
Observação: Lamenta-se a indisponibilidade dos métodos injetáveis (intrarruminal e
intramuscular)que, em determinadas ituaçõese regiõesbrasileiras,poderiamser as mais indicadas
aosórgãosoficiais no controledaspopulações e morcegos ematófagos.

VI.5.1.2.2.Direto
o método buscao controle daspopulaçõesde Desmodus otundus,atravésda captura e do
tratamento ópico, com produtosà base de anticoagulantes, os indivíduos capturados.O morcego,
uma vez tratado,serásolto para retomar ao abrigo e impregnarseuscompanheiros, ue irão morrer
apósa ngestãodo produto.

VI.5.1.2.2.1.AnticoagulanteTópico em Morcegos

Este método consiste na captura de Desmodus rotundus e seu pincelamento com


anticoagulante basede Warfarina, veiculadaemvaselinasólida. A técnicade pincelamentoda pasta
vampiricida deve ser ealizadacomcritério, para evitar ranstornos omo:

a) Excessode pasta,quepodeprejudicaro vôo, matandomais rapidamente morcego ratado


e reduzindoo contato com outros membrosda sua colônia, e o conseqüente espejarde
maiorquantidade e pastano meio ambiente.
b) Desperdíciode pasta com o tratamentode númeroexcessivode morcegosde uma mesma
colônia,novamente espejandomaiorquantidade e pastano meio ambiente por exemplo,
numacolônia de 100 ndivíduosnão há necessidadee se tratarmais do que 10 morcegos).
Vantagens:
-eficiente
-resposta rápidado método

Desvantagens:
-ecologicamente incorreto
-alto risco à saúdehumana
-necesssidade de treinamento specífico
-alto custo

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Observação: Atualmente, é o método mais utilizado no Brasil, apesar de não haver


disponibilidade de pasta na concentração dequada1%). A maioria dos técnicos tem feito uso da
pastavampiricida comercial,que é indicada,especificamente,arauso em mordeduras.

Fig. V1.18. Um Desmodus otundus ecebendo ma pequenaporção da pastavampiricida no dorso (Método de


Controle SeletivoDireto). Após, o morcego ratadoserásolto para etomar ao abrigo e impregnarseuscompanheiros.Vários
deles rão morrer coma ingestãoda pastavampiricida. Foto: W. Uieda)

Fig. VI.l9. Um Desmodus otundu,çmorto em seu abrigo diurno. Este morcegohavia sido tratado com a pasta
vampiricida e deve ter contaminadovários de seuscompanheiros.O morcego morreu devido à hemorragia nterna e é
possivelver manchas e sangue a paredeemque seencontra endurado. Foto: W. Uieda)
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VI.6. Leituras Adicionais Recomendadas


DELPIETRO, H.A; RUSSO, G.; ALLI, C.; PATIRE, J. Una nneva forma de combatir vampiros.
VeterinariaArgentina, [s.l.], v.S, n.77,p.455-463,1991.

REENHALL, A.M.; SCHMIDT, U. Natural history of vampirebats. Florida CRCPress,1988.


246p.

PICCININI, R. S. Controle de morcegoshematófagos: nálisee discussãodos métodosexistentes.


Boletim de DefesaSanitária Animal, Brasília,v.16, n.1-4, p.116-157,1982.

WittenbergLutherstadt
SCHMIDT, U. Vampirfledermiíuse: amilie OesmodontidaeChiroptera).
A. ZimsenVerlag, 1978. 99p.
TURNER, O.C. The vampirebat: a field study n behaviorand ecology. Baltimore: JohnHopkins
UniversityPress,1975. 145p.
UIEDA, W. Aspectosdo comportamentoa/imentllr das três espéciesde morcegoshematófagos
(Chiroptera, Phy//ostomidae).Campinas,1982.Dissertação Mestrado) Instituto de Biologia,

UniversidadeEstadual e Campinas.
UIEDA, W. Comportamentoalimentar de morcegos hematófagosao atacar aves, caprinos e
suínos, em condiçõesde cativeiro. Campinas,1994. Tese (Doutorado) Instituto de Biologia,
UniversidadeEstadual e Campinas.

ILKINSON, G.S. sharing n vampirebats. Scientific American, New York, v.262, n.2, p.64-
70, 1990.

94

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VII -Métodos de Captura de Morcegos


VII.I. Introdução
No desenvolvimento e atividades elativasa morcegos,deve-seconsiderara diversidadede
espéciesexistentese seusaspectosbioecológicos.Além disso, todas as espéciesde morcegos,não
somenteas hematófagas,podem transmitir o vírus rábico aos mamíferos em geral, inclusive ao
homem.

Devemos, ainda, lembrar que os morcegos são animais silvestres da fauna brasileira e,
portanto,sãoprotegidospela Lei no. 5.197 de 3 de aneiro de 1967, IBAMA (Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).Dessa maneira é importante estabelecer
objetivosclarospara a realização ascapturas:qualespécie por quecapturar.

Devemosenfatizarqueascapturasdevemser ealizadas:
1. por órgãosoficiais competentes;
2. por profissionais especializados,submetidos devidamente ao tratamento anti-rábico (pré-
exposição) comrespostamunogênica atisfatória.
3. com a autorizaçãodo
Licençapara ColetadeIBAMA,
Materialatravésda
Zoológico.Portarian°332 de 13 de março de 1990, que fornece a

VII.2. Materiais e Equipamentos


Cada equipe que realiza esse tipo de trabalho deve dispor dos seguintesmateriais (em
quantidades ecessáriasara cada ntegrante):

VII.2.i. Equipamentos e Proteçãondividual (EPI)


-2 macacões em brim
-1 par de botas de borracha, cano longo
-1 lanterna a bateria, de longo alcance, a prova d'água
-1 par de luvas de raspa de couro, cano longo
-1 máscara semi-facial com filtro de carvão ativado
-1 par de óculos de proteção
-1 capa de chuva
-1 capacete com fixador regulável
-1 caixa de primeiros socorros (ácido pícrico, solução fisiológica, iodo ou mercúrio,
repelente para insetos, esparadrapo,gaze, faixas de algodão)

VII.2.2. Equipamentos de U~oTécnico

a) 5 redes-de-espera,ipo "mist nets", com malhaspequenas,em tomo de 2cm, em fios de


náilon. As redes são encontradasem vários tamanhos,porém as mais freqüentementeutilizadas
variam entre 6 e 12m de comprimentopor 2 m de altura, e dispõem,no seusentido ongitudinal, de
cordõesou fios de reforço, que nasextremidadesormam uma espéciede laço para a fixação da rede
nasestacas.

b) 2 puçás,ou coador, com rede de náilon ou algodão, com malha inferior a 2cm, medindo
0,45 m de diâmetroe 0,85mde profundidadee comcaboquepermitao encaixede estacas.

c) 20 estacas e alumínio, madeira, ubos de PVC ou outros materiais ígidos, com encaixes
em uma das extremidades, ossibilitandoestendera(s) rede(s)na altura desejada.Cada estaca em,
aproximadamente, ,5mde comprimentoe diâmetro nferior a 3cm parafacilitar o seu ransporte.

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d) recipientes ara acomodar u transportarmorcegos:


.10 sacosde pano de algodão, com aproximadamente ,3Omde largura por 0,35m de
comprimento,provido de cordãopara amarrara boca
.2 samburás u gaiolas,commalhade alumínionão superiora 1cm
.1 lata ou baldede 18 itros, mesmosem ampa,usadopara acomodarmolossídeos

e) 2 frascosde pastaanticoagulante aramorcegos ematófagos esmodus otundus

t) 50 espátulas escartáveis emadeira

Fig.VlI.l. Partedo equipamento ecessário ara secapturarmorcegos.A gaiola em tela de arameé normalmente
utilizada para acomodare/ou transportarmorcegoshematófagos.Os sacosde algodãosão usadospara qualquer ipo de
morcego. Um cuidado especialdeve serdadoao Phyllostomus astatus, ue conseguemastigare furar esses acos.A lata de
18 itros é usadaapenas aramorcegos nsetívorosda Família Molossidae. Foto: R. Barroso)

VII.2.3. Equipamentos de Apoio

a) 11 pinça
h) reta,gás
lampiãoa de ponta romba,com30cmde comprimento
c) 1 facão combainhade couro
d) 1 rolo de barbante
e) 1 corda em náilon ipo persiana om20m
f) 1 rolo de fita adesiva
g) 1 mochila em ona impermeável

VII.3. Métodos de Captura

Para que possamosaumentar eficiênciade uma captura é necessário ue a equipechegue


com antecedência o local, para melhor planejara estratégiade açãocomo, por exemplo,prever os
equipamentos seremutilizados,suaquantidade o métodomais adequado ara a situação.
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VII.3.!. Captura Manual


Esse método é utilizado, principalmente,em locais onde os morcegos ficam alojados em
pequenas restas (cumeeiras, beirais, rofos, pedras, etc). Em algumas situações, utiliza-se de
instrollit;lltos lexíveis (tipo arame),que possibilite desalojar s morcegosde seuabrigo. A capturase
faz com o auxílio de pinça e/ou coma mão protegidapor uva.

VII.3.2. Captura comPuçáou Coador


Essemétodoé empregado ara capturarmorcegosem seusabrigosdiurnos (cavernas,minas,
bueiros,sótãos,em folhagens,etc.) ou quandoabandonam abrigo para a atividade alimentar ocos-
de-árvore, untas de dilatação, restasde edificações, tc).

Em algumassituações, az-senecessário ncaixarestacas o cabo do puçá para alcançaros


morcegos.
Agilidade e precisão são fatores extremamentemportantesna utilização do puçá. A sua
manobradeveráser ápida.com movimentosevese igeiros.

VII.3.3. Captura comRedes-de-Espera


Essemétodoé utilizado para capturarmorcegosem abrigos (cavernas,edificações,bueiros,
etc.), fontes de alimentação (currais, casas,chiqueiros,galinheiros,árvores, cursos d'água, etc.) e
rotas de vôo (clareiras, rilhas, estradas, ursosd'água,etc.).

As redes devem ser afixadasem estacas elos cordões ongitudinais ou "guias", geralmente
em númerode quatrode cada ado. Esses ordõesdevem icar esticados as malhassoltas, ormando
bolsas,onde os morcegos,apósse chocarem ontra a rede, icam emaranhados. eas malhas icarem
muito esticadas a rede funcionará apenascomo anteparo, não permitindo o enredamentodos
morcegos.

Fig.VlI.2. Redes-de-esperastendidas om auxilio de estacas e alumínio. Note-seque as redes armadasestão


formando bolsas,que são mportantes arao emaranhamentoos morcegos. Foto:A. Bredt)

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As redes devemestararmadasao entardecerpara a capturade morcegos nsetívoros)ou no


início da noite (para as demais espécies).E a partir daí são realizadasvistorias a cada 15 minutos.
Quantomais rapidamente morcego or detectado,mais fácil toma-sesuaremoçãoe menoressão os
danoscausados o animal e à rede. Os morcegos,com exceçãodas espécies ematófagas, ostumam
danificar a redeporquepossuem hábitode mastigaros alimentosa seremngeridos.Poressemotivo,
devemser etiradosde mediato. Verificar o lado por ondeo morcegoentrouna redesempre acilita a
sua etirada.

Ao término da captura,antesde desarmar rede, remover nsetos, olhas,gravetos,etc. Redes


úmidas ou danificadas devem ser esticadasà sombra no dia seguinte,para que sequemou sejam
consertadascom io da mesmaespessura).

Utilização de RedesemÁreasUrbanas

Os morcegos são comumente encontradosem edificações ou em árvores. Observações


prévias, feitas em noites anteriores,são muito valiosas para o êxito da captura, pois auxiliam na
escolhado horário, do local, da alturae quantidade e redesa seremarmadas.

Nos ambientes urbanos toma-se, muitas vezes, difícil a fixação das estacas nos pisos
pavimentados.Dessemodo podemosutilizar latas de 18 litros (tipo lata de tinta), preenchidascom
argalQassae cimento e com um orifício no centro,permitindo o encaixeda estaca.Em fachadasdeprédios
que alojam morcegosnos elementosdecorativos,as redes podem ser armadasem cordas de
náilon (tipo persiana),que correm por roldanas ixadas nas extremidadesde dois caibros, que são
apoiadosno telhadodo prédio.

Fig. VlI.3. Rede-de-esperastendida o quintal de uma residênciade área urbana,para capturarmorcegosque se


abrigavam o forro. Um cuidadoespecialdeve serdadoquandohá animaisde estimação as proximidades.Note-seque um
gato encontra-se m cima do muro à espera e poderabocanharmorcegosque seencontram nredados.Foto: W. Uieda)

VII.3.3.2. Utilização de RedesemAreasRurais

Apesarda grandediversidadede morcegos xistentes os ambientes aturais,apenas espécie


hematófagaDesmodus otundus será mencionadapela sua importância econômicae interesseem
saúdepública.Essaespécie ode sercapturada mseusabrigosou unto à sua onte de alimento.
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Abrigos utilizados por morcegoshematófagos ão facilmente dentificadospela presençade


fezespastosas, scuras com odorcaracterístico u pelaobservação os mesmos.Uma vez definido o
abrigo, é importanteconhecer s possíveisentradas /ousaídaspor onde ransitamos morcegose, em
seguida,definir o local ondeserãoarmadas sredes.

A realização de capturas de Desmodus otundus unto à sua fonte de alimento (currais,


galinheiros,chiqueiros,casas,etc.) deve ser precedidade uma criteriosaavaliaçãoda ocalizaçãoda
propriedade, da ugados,
freqüentemente espéciedanimal sugada, do agressões,
a periodicidadedas número dea animais ouvigente
fase da lua pessoas quelado
e do vêmde sendo
onde,
presumivelmente, s morcegosdevemchegar arasealimentarem.

Para que essas ondiçõessejamobservadas, imprescindívelque se chegueao local com o


tempo de antecedênciasuficiente para a realização do trabalho, como já foi mencionado
anteriormente.

As redes deverão ser armadasnos lados pelos quais os morcegosprovavelmentechegarão


para sugaros animais,geralmentevoltadaspara ocais com formações ochosas, ios, vales, matas,
etc. Isto não exclui a possibilidade e os morcegos hegarem or outros ocais.

Os locais onde serão nstaladasas redes devem ser previamente impos de raízes,galhos,
folhas,pedras,etc, para evitar que danifiquemas redes.Essa impezadeve ocorrernuma aixa de dois
metrosde largura e em todo o sentido ongitudinalda rede, sendoa rede armadaao centro, ficando,
aproximadamente, m metro de área impa de cada ado. As redesdevemser armadas elo menosa
dois metrosde distânciadascercas,estando parte nferior da redepróxima ao solo, porém,sem ocá-
10. Dependendoda situação encontrada,como tipo de cerca, vegetaçãoarbustiva próxima, solo
enlameado, edrase outros obstáculos, s redespoderiamser armadasmais elevadas, orque nessas
condiçõesos morcegoshematófagos oam mais alto. Se necessário, odemser armadasduas redes,
umasobrea outra, duplicandoa superfícieda captura.

Antes do anoitecer, é preciso ter cuidado com redes armadas em currais, chiqueiros,
galinheiros,etc.,
ser omadonessas a fim de que avesdomésticas,
ondiçõesé ãese gatosnão a omente
deixara redeerguida,abaixando-a danifiquem.Um cuidadoque pode
póso anoitecer.

VII.3.4. Alguns Cuidados no Manuseiodos Morcegos

1) O técnicodeveráestarsemprecomuma dasmãoscalçadacom uva, possibilitandocontero


animal,e a outra munidade pinça, para desemaranhar animalda rede ou puçá.

2) Uma vez removidos, os morcegosdeverão ser colocadosnos recipientes apropriados,


identificados,e, ao final da captura,soltos ou então ransportados ara o laboratório.Nunca colocar
na mesma gaiola morcegos hematófagose não hematófagos,pois existe o risco de Desmodus
rotundusatacarasdemaisespécies.

Realizar capturas de morcegosdependemuito mais do bom sensodo técnico do que de


técnicaspreestabelecidas ue não se adaptemà situaçãoencontrada.

VII.3.5. LeiturasAdicionaisRecomendadas
KUNZ, T.H.; KURTA, A. Capturemethodsand holding devices. n: KUNZ, T.H. (Ed.) Ecological
and behavioral methodsor lhe study of bats.Washington: Smithsonian nstitute Press,1988.
533p.
PICCININI, R.S. Métodos de coleta, preparaçãoe conservação e morcegos.Boletim de Defesa
Sanitária Animal, Brasília,v.13, n.1-4, p.106-125,1979.

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VII.4. Preservaçãode Morcegos para ColeçõesDidáticas e Zoológicas


VII.4.1. Objetivos
As Instituições responsáveispelo controle da raiva animal deveriam possuir alguns
exemplares e morcegos, omo umapequenaCOLEÇÃO DIDÁTICA. Estacoleção,bempreparada,
um excelentematerial para orientaçãoda população eiga em geral e de pecuaristas, a identificação
de morcegos.
morcegos, A identificação
a maioria delasúteis correta evitaria
à naturezae a eliminação
ao próprio desnecessária
homem.Por outro lado,eomuitas espéciesque
bom sensodiz de
não devemosexagerarno tamanhoe no número dessascoleções.Recomendamos utilização de
somenteespécies omuns(abundantes) essas oleções, ois são asmais freqüentemente ncontradas
pela pessoas.Como orientação,sugerimosconsultar a ficha técnica das espéciesdos morcegosno
capítuloV.

Apresentamos,aqui, informaçõesbásicassobre como montar coleções de morcegos, não


somente com finalidades didáticas como também zoológicas. Ressaltamosque não estamos
incentivandoas pessoas possuírem oleções articulares, ma vezque sto é proibido por lei.

VlI.4.2. Métodosde Preparação e Coleções


Os dois métodosde preservação e morcegos,aqui apresentados, odem ser utilizados tanto
para finalidades didáticascomo para as zoológicas.A escolhade um ou de outro método dependerá,
basicamente,das necessidades possibilidadesde cada pessoaou instituição. A preservação via
seca"é um método mais trabalhosoe dependeda experiênciade cada um em práticasde taxidermia,
uma vez queas dimensões o corpo podemsermodificadasnum animal mal taxidermizado.Por outro
lado, o seu transporte de um local para outro é facilitado, não requerendomaiores cuidados. A
preservação via úmida" é um métodomais ácil e maisrápido.Estemétodopreservaas dimensões o
animal e não deformasua aparência; ontudo, seu ransporteé mais difícil, uma vez que necessita e
recipie~!~sapropriadose herméticospara evitar transtornosdurantea viagem como, por exemplo,
vazamento e íquido.

Os animais devem ser anestesiados mortos em recipientescontendochumaçosde algodão


embebidosem éter comercial ou clorofórmio. Um modo prático de sacrificar morcegosé torcer
lateralmente eupescoço,com auxílio de alicatede ponta ina, quebrando svértebrascervicais.Neste
último processo, morte é quase nstantânea, uandobemexecutada.

Os dois métodosde preservação emorcegos ãoa seguirexplicados:

VII.4.2.1. Por Via Seca

Através de uma incisão abdominal,da genitália à basedo tórax, retira-se a pele do morcego,
utilizando-seda prática radicional em axidermia.

A pele deve serrevestida, nternamente, or uma camadade ácido bórico (estasubstânciaé


altamente óxica, devendo-seevitar o contato prolongado com a nossapele). Em seguida, a pele
"tratada"deve serpreenchidacom algodão, omando-se uidadode manteras dimensões orporais.A
incisãoabdominaldeve sercosturada om agulhae linha. Com um chumaçoembebidoem ormalina a
10% procura-seumedecer , ao mesmo empo, fixar as partesmembranosas,ermitindo sua melhor
preservação.O morcego axidermizadodeve ser colocado em decúbito ventral, sobre uma placa de
isopor, mantendodistendidasas orelhase as membranas lares,com auxílio de alfinetesde costura,
até atingirema rigideznecessária.
Tal preparação,odavia, não é aconselhável ara a preservação e todos os morcegos,uma
vez que as partesmembranosasofrem ntenso essecamento,ão permitindo a realizaçãode medidas
posteriores.Estemétodoé ideal quandosepretende studara coloraçãodaspelagens o corpo.
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Na preparação o crânio, a musculatura eve ser etiradacomauxílio de pequenos isturis, e a


massaencefálica,como uso de estiletese pinçasde pontabem ina (pinçasde relojoeiros),atravésde
forame magno. Após esta preparaçãopreliminar, os crânios devem ser mergulhados em água
oxigenada20 volumes, por um período de 16 a 20 horas e, em seguida,colocadosa secar. A água
oxigenadadetermina um maior clareamentodos ossos, além de facilitar a remoção de restos de
músculose manchas e sangue.

Um método de preparaçãode interesseapenasdidático é a MUMIFICAÇÃO, que é uma


misturados dois métodosaquidescritos.Na mumificaçãoutiliza-se um morcegoanteriormenteixado
por via \Ímida (descritono item posterior).Comuma esourade ponta ina faz-seuma ncisãona pele,
da genitália à basedo tórax, rebate-se pele e retiram-seapenas s vísceras.Em seguida,preenche-se
a cavidadeabdominalcom algodãoe costura-se om agulhae linha comum. A retiradadasvíscerasé
necessária orque,quandomalfixadas,apodrecemacilmente,podendo-se erder odo o trabalho.

Fig. VlI.4. Morcego nsetívoropreparado or via secapara serusadoemcoleções idáticas. Foto: W. Uieda)

VII.4.2.2. Por Via Úmida

Depois de seremsacrificados,os morcegosdevem ser mergulhadosem álcool a 70%, por


cerca de 5 minutos, para retirar a oleosidadedos pêlos e da pele. Com auXIlio de pinça, mexer
levementenos pêlos,de modo a retirarbolhasde ar.

Pequenos edaços e cortiça,palitos ou gravetosdevemsercolocadosna boca dos morcegos,


de modo a manteros maxilaresafastados. steprocedimentoacilitará o exameposteriorda dentição,
durante a identificação do animal, através das chaves dicotômicasde identificação das espécies.
Fixados dessa orma, os morcegospodem adquirir um aspecto assustador", rincipalmentequando
colocadosem exposiçõespúblicas para pessoaseigas. Para evitar isso, pode-se ixar os morcegos
com a hoca echadae quando or necessário xaminarseusdentes,é possível extrair o crânio nteiro
pela aberturaoral, rebatendo pele acial.

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A fixação deve ser eita em formalina a 10%, njetadaproporcionalmente o pesodo animal.


Deve-se njetar principalmentenas vísceras,pois estesórgãossão os primeiros a apodrecere, com
isto, os pêlosdo dorsoe do abdômen omeçam cair, danificandoo material quese querpreservar.

Para facilitar as medidase homogeneizar coleção,os morcegosdevem ser montadosem


posição adequada, tilizando-se,para sto, recipientesplásticos ou bandejasde alumínio, com fundo
recobertopor uma camadade parafinae cera (2cmde espessura), ara a fixação de alfinetes.

Os morcegosdevemsercolocadosem decúbitodorsal sobrea placa e os antebraçosixados


com auxílio de alfinetes entomológicosou, na falta destes,de alfinetes de costura, colocadosno
ângulo nterno, formado pelo antebraço metacarpos. través daspatasposteriores,mprime-se eve
traçãoDO entidoântero-posterior, e modo a determinarum pequenoevantamento a região anterior,
fixando-seos membrosposteriorescom alfinetescolocadosentre os ossosmetatarsianos,omando-se
o cuidado de manter o uropotágio estendido.Pode-se, ambém, colocar um pequeno chumaço de
algodão "travesseiro")entre a cabeçae a camadade parafinae cera,de modo a evitar que as orelhas
fiquem com seu formato alterado pelo contato com o substrato.Os dedos das asas devem estar
dispostos ateralmenteao corpo e presos com a ajuda de alfinetes colocados no dactilopatágio,
próximo à 3& alangedo 30dedo.Dobraros polegaresunto ao antebraço, rendendo-os om alfinetes.

seguida,Uma vez montados,


echado.O osimersãovaria
tempo de morcegosdevemser cobertospor
de acordo formalina a 10% e o recipiente,
com o enrijecimentopretendido. Um períodoem
de imersão de, aproximadamente, 0 horas oferece esultadosatisfatóriopara exemplarescom peso
entre 50 e 70g. Paramorcegosmenores,com pesoentre 10 e 20g, utiliza-se um tempo de imersãoao
redor de 30 horas. Os temposde imersãoacima citados oram recomendados or Vizotto & Taddei
(1973) e tomamos morcegos ixados muito rígidos.Nessas ondições, odemosquebraralgunsossos,
principalmenteosdasasas,durantea manuseio.Poressemotivo, períodosde tempomaiores,variando
entre uma semana morcegospequenos,com menosde 20g de peso)e duas semanas aquelescom
mais de 20g), poderiam ser utilizados. Após a fixação, os morcegosdevem ser lavados em água
corrente por cerca de uma hora e, posteriormente,mergulhadosem álcool a 70%, em recipientesde
vidro, com tampa de plástico rígido. Os morcegoscolocadosnos vidros não devem receber, em
hipótesealguma, uz solar direta,pois seuspêlos perdema cor rapidamente. araboa qualidadedessa
coleção~ugerimos ue osvidros contendomorcegos ejammantidosemestantes om cortina.
Para se estudar as características ranianasde um animal preservado em álcool, deve-se
procederà retirada do crânio, atravésda aberturaoral, por rebatimentoda pele. Para a limpeza do
crânio utiliza-se a técnica á preconizada.Este procedimentoé vantajoso, dada a preservaçãodo
animal em álcool, permitindo a flexibilidade das articulaçõese das porçõesmembranosas, em a
inconveniência e dessecação.

Sãode grande mportânciaos dados elativosà catalogação e morcegospreservados, elese


crânios, quanto ao número de identificação,procedência, oletor, data de captura, dentificação e
demais nformações,principalmenteas referentes ecologia.Recomendamos ue cada exemplarseja
acompanhado e uma ficha comos dadosmencionados.

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Fig. VII.5. Uma coleçãode diversos ipos de morcegos, reparados or via úmida. (Foto: W. Uieda).

VII.4.3. LeiturasAdicionaisRecomendadas
HANDLEY JR., C. O. Specimenpreparation. n: KUNZ, T.H. (Ed.) Ecological and behavioral
methodsforthe study ofbals. Washington: SmithsoniannstitutePress, 988. 533p. p.437-458

PICCININI, R. S. Métodos de coleta,preparação conservação e morcegos. Boletim de Defesa


Sanitária Animal, Brasília,v.13, n.1-4, p.106-125,1979.

VIZOTfO, L.D.; TADDEI, V.A. Chave para determinaçãode quirópteros brasileiros. Revista
Faculdade Filosofia Ciências e Letras de SãoJoséRio Preto, Boletim de Ciências,v.l, p.l- 72,
1973.

103

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As práticasde Educaçãoe Comunicação ressupõem homemcomo sujeito de um processo


de ntervençãopara construiruma realidadequecontempleo usufruto de melhores ondiçõesde vida.

Esta concepçãoconsideraas relaçõesentre o homem e o meio em que vive, nos aspectos


epidemiológicos, ócio-econômicos,olítico, cultural e ecológico.

A OrganizaçãoPan-Americana e Saúdedefine a educação m saúdecomo "o processopelo


qual pessoas u gruposde pessoas prendem promover,manterou restaurara saúde". Nestesentido,
é necessário ue nos métodose técnicasempregados ejamconsideradas s formas atravésdas quais
as pessoasmoldam sua conduta, os fatores que as induzem a conservar ou modificar os hábitos
adquiridose a maneiracomo adquireme utilizam seusconhecimentos. ssim, a educaçãoem saúde
deve, nicialmente, considerar spessoasais como sãoe o interesse ue possamer em melhorarsuas
condiçõesde vida. Seuobjetivo é o desenvolvimento, o indivíduo, de um sentidode responsabilidade
para com a saúde.

A proximidade entre o homem e o morcego, nos espaçosurbanos e rurais, deve ser


compreendida omo
transformação, parte ntegrantede
onsiderando-se um contextomais
dinâmicados amplode organização
fatorese processos o meio
rodutivosque sobreambienteem
esteatuam.
As doençasaparecem, ntão,como resultadodas novas regrasde interaçãoentre as espécies ivas,
estabelecidas partir do rompimentodo equilíbrio ecológico.

Há centenas e milharesde anos,os morcegosá ocupavammuitos dos espaços e hoje, como


parte integrante de um complexo sistemade interrelaçõesque determinavaa multiplicação ou o
recrudescimento e uma espécie.

o desenvolvimento conômicodo continenteestabeleceu lterações mbientaisdeterminadas,


em grandemedida,pela substituiçãoda coberturanativa, que cedeu ugar aos espaços e exploração
agropecuária, om a introduçãode espécies nimaise vegetaisexóticas.

Notadamente,os avanços ecnológicosa serviço da produção permitiram uma exploração,


cada vez mais intensa, dos animais domésticos e da agricultura, concentrando, em espaços
relativamente eduzidos,uma enormeoferta de alimento e de novos tipos de abrigo, proporcionando
àspopulações e morcegosuma oportunidade e crescimento emprecedentes.niciou-se, então, um
processo e estreitaconvivênciaentreo homeme o morcego.

Os prejuízos econômicos ocasionadospelos morcegos em alguns tipos de exploração,


determinaram implantaçãode medidasde controle ndiscriminadas, ue semostraramextremamante
danosasao meio ambiente,à própria produçãoe à saúdepública. Em Curaçao,no Caribe, onde os
morcegos oram caçadose quaseextintos,a produçãode frutas reduziu-seem até 90%, por falta de
polinização,e em decorrênciada
de nsetosproporcionou, ambém,umproliferaçãode
aumentodoinsetos
risco deidos como pragas.O
disseminação incrementodo
as doenças número
ransmitidaspor
vetores.

A utilização apropriadado conhecimento oje disponívelacercada biologia, da etologia e da


ecologiados morcegos ode permitir umareduçãodos aspectos egativose a exploraçãodos aspectos
positivo,o; ue sua proximidade pode oferecer. A adaptaçãoe transmissãodeste conhecimentoà
sociedade,como resultado de um processo nterativo, permitirá o alcance de uma convivência
harmônica entre homense morcegos,evitando os prejuízos ocasionados elos erros cometidos no
passado.
Para a efetividade das açõesde Educaçãoe Comunicaçãoem Saúde voltadas às doenças
transmitidaspelos morcegose, em particular, à raiva, é necessário estabelecimento e uma estreita
105

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relaçãoentre a populaçãoe os serviçosde saúde,na produçãoe difusão do conhecimento, isando à


adoçãode medidasde prevenção controle.

A relaçãode troca de informações saberpopulare saber écnico) entre a comunidadee os


serviçosde saúde epresenta ma parceria mportanteenquantoprocessoeducativoe de intervenção
na realidadea ser trabalhada.Caberáà equipe de saúdeou ao coordenador o processoeducativo,
potencializaressa elação no sentido de buscar uma ação coletiva organizadapara o controle e a
prevençãode doenças, specialmente a raiva. O processonicia-se com uma avaliaçãoda ocorrência
da doencano espaçode atuação.O levantamento a situaçãopressupõe conhecimento a realidade
epidemiológicada doença,seguidoda identificaçãode fatores de risco para o homeme os animais,
incluindo a identificaçãodos locais nos quais têm sido encontradosmorcegose o mapeamento os
seusabrigos.

Em seguida,a situaçãoencontrada discutida com a comunidade, erandosubsídiospara o


planejamentodas atividades de intervenção a serem mplantadas.Durante a discussão,deve-se
observar:

a) a identificação e a análisecrítica dos aspectos elacionadosàs crendices, endas,mitos e


folclore associados osmorcegos;

b) a compreensãodos
espéciesdentificadas aspectos
como vivem, elacionadosà
como se biologia
relacionamcom dos morcegos,
o homeme considerandoas
com os animais,sua unção
ecológica,etc.);
c) a identificação dos fatores ambientais,econômicos,sociais e culturais que favorecema
multiplicaçãodos morcegos;
d) o relacionamento asespécies e morcegoscom a ocorrênciade casosde raiva e de outras
doenças, ompreendendoomo sedá a sua ransmissão.

o planejamentodas ações de educaçãoem saúde devem consideraros objetivos a serem


alcançadosem uma escalade prioridades, endo em vista as particularidadesocais e definindo os
materié1i~idáticose instrucionaisa seremproduzidos,bem como a suadivulgação,uma vez definida
a mídia a ser envolvida no âmbito local. O detalhamentodas atividades, erefas e processosde
trabalho permitirá identificar as responsabilidades determinar as atribuições que cabem a cada
instância. Além disso, definem-se durante o planejamento os recursos necessários humanos,
financeirose materiais)segundo uas ontese finalidades,as necessidadese capacitação e recursos
humanos, os serviçose da comunidade.Nestesentido,é importantea buscade grupos com potencial,
conhecimentos habilidadesque facilitem a açãoeducativa.

A execuçãodas ações equerem abilidadesdo coordenador: ão se podemperderde vista os


objetivos a atingir. A comunidade,enquantosujeito do processo,deve participar ativamente.Todo
trabalho de acompanhamento controle efetivo das ações realizadas requer o cumprimento das
responsabilidadese cada nstãncia,sendonecessário estabelecimentoe um fluxo de informações
sobre o processode trabalho, graude dificuldade do seudesenvolvimento, vançose etapasa serem
executadas,permitindo uma constanteavaliação.A avaliaçãocontínua do processode educação,
compartilhadaentre a populaçãoe os serviços de saúde,possibilitará a identificação do nível de
envolvimento das instituições,segmentos ociais e da populaçãode um modo geral, garantindo a
implantaçãodos ajustesnecessários suaefetividade.

106

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IX. Anexos
IX.I. InfonnaçõesAdicionais
Os Profissionais abaixo dispuseram-sea fornecer, na medida do possível, informações
adicionaisàsexistentes o presentemanual.

ANGELIKA BREDT -Brasília, DF


Gerênciade Controlede Zoonoses,
~Ã1stitutoe Saúdedo Distrito Federal
SAIN Estradado Contornodo Bosque, ote 4
70620-000Brasília, DF
Fone: (061) 223 8628/2269336
Fax: (061) 2264813

FRANCISCO ANILTON ALVES ARAÚJO -Brasília, DF


Coordenação acionalde Controlede Zoonoses Animais Peçonhentos
FundaçãoNacionalde Saúde
SAS -Q. 04 -Bloco N
60 andar -sala 629
70.058-000 Brasília, DF
Fone: (061)225. 4472
FAX: (061)321. 0544

MARISA CARDOSO -Botucatu, SP


Pós-Graduação m Zoologia,Depto.Zoologia, nst. Biociências
UniversidadeEstadualPaulista UNESP
18618-000BOTUCATU, SP
Fone: (014) 821 2121, ramal2268
Fax: (014)821 3744
MIRIAM MARTOS SODRÉ SILVA -São Paulo,SP
Centro de Controlede Zoonoses CCZ
Prefeiturado Município de SãoPaulo
Rua SantaEulália, n°86, Carandiru
02031-020SãoPaulo,SP
Fone: (011) 2909755, ramal 25
Fax: (011) 299 9823

MIRIAM MITSUE DA Y ASm -Botucatu, SP


Pós-Graduação m Zoologia,Depto.Zoologia, nst. Biociências
UniversidadeEstadualPaulista UNESP
18618-000BOTUCATU, SP.
Fone: (014)821 2121, amal 2268
Fax: (014) 8213744

NECIRA MARIA DOS SANTOS HARMANI -São Paulo,SP


Centro de Controlede Zoonoses CCZ
Prefeiturado Município de SãoPaulo
Rua SantaEulália, n°86, Carandiru
02031-010SãoPaulo,SP
Fone: (011) 290 9755, ramal 25
Fax: (011) 299 9823
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PÉRICLES NORIMITSU TEIXEIRA MASSUNAGA .Brasília, DF


Gerênciade Controlede Zoonoses
Instituto de Saúdedo Distrito Federal
SAIN Estradado Contornodo Bosque, ote 4
70.620-000Brasília,DF
Fone: (061) 223 8628/2269336
FAX: (061) 226 4813

SILMAR PIRES BÜRER -Curitiba, PR


Secretaria e Estadoda Agricultura e do AbastecimentoSEAB
RuadosFuncionáriosn°1559
ROO35-050uritiba,PR
Fone: (041) 3521010
Fax: (041)352.1019
VERA ANTONIETA RAMOS PORTO -Brasília, DF
Departamento e DefesaAnimal
Secretaria e DefesaAgropecuária
Ministério da Agricultura, Abastecimento ReformaAgrária -MAARA
Esplanada os Ministérios,Anexo A, sala324
70.043-900 Brasília, DF
Fone: (061) 218 2738/2182232/2182699/2182236
Fax: (061) 226 3446

WILSON UIEDA -Botucatu, SP


Departamento e Zoologia, nstitutode Biociências
UniversidadeEstadualPaulista UNESP
18618-000BOTUCATU, SP.
Fone: (014) 821 2121, ramal2268
Fax: (014) 8213744

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IX.2 -Modelo de Ficha de Atendimento à População (Reclamações)

Ministério da Saúde
FundaçãoNacionalde Saúde
Secretaria

SOLICITANTE

ENDEREÇO: FONE:
ATA:
1-1. ATENDIDO POR:

Á TENTOU RESOLVERO PROBLEMA: SIM ( ) NÃO()


COMO?

ATENDIMENTO

SITUAÇÃO ENCONTRADA:

ABRIGOS: ( ) sótão( ( ) forro ( ) vão


) bueiro:: ( ) folhagemde árvore ( ) oco-de-árvore
) caverna ( ) unta de dilatação
outrosaorigos:

ALIMENTOS: ( ) plantasem loração ( ) plantasem rutificação


( ) iluminaçãopública ( ) criaçãode animais
outros limentos:
ORIENTAÇÃO ORNECillA:

CAPTURA
DATA:'-'O
MORCEGOSCAPTURADOS espécie,quantidade, exo,estágio eprodutivo):

109

ASSUNTO:
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IX.3 -Modelo de Oficio para Notificação de Raiva


Ministério da Saúde
FundaçãoNacionalde Saúde
Secretaria

E DE 1995,
OFÍCIO N°

ASSUNTO: NOTIFICAÇÃO DE PESSOAS QUE TIVERAM CONTACTO COM ANIMAIS


SUSPEITOS DE RAIVA

Através do presente evamos ao conhecimentode Vossa Senhoria, que atendemosa um


casosuspeitode RAIVA em animal(is) da espécie. na
propriedade ~ na
localidade de .Município no
qual houve contato das pessoas baixo nominadas com o (s) referido(s) aniamal(is):

Cordialmente,

Médico Veterinário -CRMV

limo. Sr.

Médico do Centro de Saúde

a Via -Médico Centrode Saúde 2aVia -Arquivo da UnidadeVeterinária

110

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X. Bibliografia Consultada
ACHA, P.N.; MALAGA-ALBA, A. Economic ossesdue o Desmodus otundus. In: GREENHALL,
AM.; SCHMIDT, U. (Ed.) Natural history ofvampire bats. Florida: CRC Press,1988. 246p.
p.207-214.
ACHA, P.N.; SZYFRES,B. Zoonosis y enfermedades ransmisibles comunes ai bombre y aios
animales. 2 ed. Washington: OrAS, 1986. 989p.
ALLEN, G.M. Bats. NewYork: Dover, 1939. 368p.

ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE SAÚDE PÚBLICA. Controle das doenças ransmissíveis no


homem. 13.ed. Washington: OPAS,1983. 42Op.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de execução de obras de


CO!lcreto rmado, NBR 61. Rio deJaneiro,1980.

BAER, G.M. (Ed.) The natural history of rabies. NewYork: AcademicPress,1975.

BAER, G.M. Bovine paralytic rabies and rabies in vampire bato In: BAER, G.M. (Ed.) The natural
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Elaboração
Angelika Bredt, bióloga -Instituto de Saúde/DF
Francisco Anilton Alves Araújo, médicoveterinário CCZAP/FNS/MS
Jorge CaetanoJúnior, médicoveterinário Instituto de Saúde/DF

Maria
Mario das Graças Ribeiro
Yoshizawa, Rodrigues,
engenheiro ivil engenheira grônoma DepartamentoParques Jardins/DF
Miriam Martos Sodré Silva, bióloga-Centro Controle Zoonoses/SP
Necira Maria SantosHarmani, médicaveterinária Centro ControleZoonoses/SP
Péricles Norimitsu Teixeira Massunaga,médicoveterinário Instituto de Saúde/DF
Silmar Pires Bürer, médicoveterinário-SecoAgricultura Paraná
Vera Antonieta RamosPorto, médicaveterinária MAARA
Wilson Uieda, biólogo -UNESP/Botucatu

Colaboradores:
Delma Moreira da Silva, bibliotecária Instituto de Saúde/DF
Núbia Brelaz Nunes, pedagogaGerênciaTecnicade Educação mSaúde,FNS/MS
Regina Lúcia CoelhoC. Lima, jornalista -COMED/ASPlAN/FNS/MS
Rosali Barreiros Caetano, ornalista -revisão do texto

Fotos:
Mário Yoshizawa

Wilson Uieda
Ivan Sazima
Angelika Bredt
Roberto da Costa Barroso
Câmera/Del Carmen

Agradecimentos:
A cooperaçãoécnica da OPAS/OMS, em especialao Dr. Miguel Angel Genovese onsultor
emSaúdePúblicaVeterinária.
As Instituiçõesacima epresentadaselosseus écnicos.

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ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE

ESCRITÓRIO REGIONAL DA ORGANIZAÇÃO


MUNDIAL DA SAÚDE
~~

REPRESENTAÇÃODO BRASIL
BRASÍLIA, 1996

Impresso com recurso do Projeto -AM/BRA/FNS/010/WS/999/APB 96

BRA -00014 -OPAS/OMS.

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