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ANNO I. ^ . Penedo, Í5 de Junho de 1910 NUMERO 1

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' da Instruccão ao Oéo tnbhno*
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Orçam *lo "Externai*» José Sfwt«mli?-.* "" P?fsCVJ
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A ESCOLA NA PRAIA campos a brincar";' mais


Ao mar sopirf o vento, tornam . ;-^ár tornava a caísa*para
"\ de, -x;
Nosso Ideal do.-o bravo. Na praia longa a de- í jantar ; àpOS, ia-llie lo-
sem estão sentadas dtiáM#ias \ brincar para o areai. |
Desnecessário faz-se um creaturasinhas ; talvez que^-iii go
quem com as eonelras (ipanuaaas Parecia quê o coração :Ct^

^5 programma. á beira-mar. O veuto move-lhes me dizia brinea,sse para


O que somos, diz bem a os louros eabellos, brilhantes ao
nossa feição, simpleaS, mo- sói. Levantam-se e aproximam aproveitar a época feliz
desta e sympathica. se do mar, ficando de pé, exta- da minha vida.
ticas ante a bellezá magestosa do
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Para-onde vau.o^eo que oceano. As on«las beijam-lhes os Brincava até que .' can- ¦
w

queremos, qual seja o nos-


so Ideal, todos sabem, to- í
pés descalços. De repente, onda cava tanto, que nào podia
impetuosa arrasta a menor das correr.- Via
que nào po-
0 ¦>m'%$
Mrmü

dos noscoinprehendem, to- 1,a,il ,listi"lU'' ,la dia mais, e ia descançar jmHNt-''
;!™',a"vl,Sl
dos que ahi estão nos aoa- Á outra grita... e afinal lanra- á sombra frondosa de ií
lorando com os seus favo- j,$ se no mar para morrerem junta* ma arvore amiga.
Qua
[fâ res e as suas gradas judis- ^ salvar %^IKla ^nTmhe!riià ^ HaIioí^i" n
pensaveis. ^ depois, vêem-se, não i,iluíu i,>n l infantil '
^5 m
Todavia, algo digamos li<',as eaheciiihas lourasdt am poca
bas ; e uma onda saeòdo-ãs para Mario Veqo.
Educar a alma da inoci-
terra. Levantam-se Ifiitainentr. í
dade penedense, prcparal-a ea maior diz; —Ou morreria- n m A ti
para os fortes embates da mos juntos, ou salvaria tua vi
vida, para as supremas con- da. R<'torquiu-lh'- a outra :
Tens muita coragem ! vem a Soiucíi o velho mar, SO-
quistas da Luz; tómperar- meus braços ! Abravani-s<>. O sol bica e geme ao vento que
lhe o caracter: emancipai-a vae desapyarccendo, deixando-
de toda a sorte de prefcon- nos um lindo eéo nmlticor. O furioso lhe fustiga o dorso,
ceitos perniciosos e obsolé- mar já está mais calmo. Agora e vem anvbental*o na praia'.
tos; falar-lhe de uma soei-
só se, vêm dois vidtos longínquos Alem, corre uni navi«», ao
que seguem abraçados. revez dos ventos, òra pa"Ai
edade melhor, a do futuro, Penedo —tf —>ÍH0
assentada sobre bases so- Osmar (/onu*. o Xortc, ora para o Sul.
lidas, seguras, escorreita ¦<ymfês*o ¦c ( E <mi passeando na piaia.
dessas monstruosidades q1
I í
} a <*ont<*nipl;ir 6 <|U(i h,ax<l](k
1 IiVFAlVCTA mais hélio n:i nat ur.-za:~ o
as sociedades hodiernas a- j luar, ora tinha sambob^s <Ío
bortam; incutir-lhe no co- A infância e a epo:a í .m.„ |.u. paterno, <Vs -..his .'¦Vx
ração o amor abnegado e
'Justiça mais feliz que temos. jeuros irmãos, longe, bem
sincero da e da Ver- ¦ da miidi i amada IVv-
dado: abrir-lhe, emfim, to- Quando me lembro da- loilgii -ia ...
dos os pórticos (pie dão |>a.- quelle.s tempos em que i t
brincava com os meus em I toldei ao Lyfra.
ra a vida conimum, para «. ?
Ella possa seguir, >sinão pe t rc ni y&õjs ir i nà os, á so: 11 -
í feita, pelo menos, já a pas- \ bra amena e doce de uma (!KNER(»Sll)Aíh': .
sos largíís e fiiynes na mu- formosa palmeira, assai-
Preso de. uma longa o t':»t:d
pia Castrada da Ceifeiçao. ta-me ocoracào «
a saudd- vi"ili i eu me revolvi i n > -ei'0.
sa lembrança da infância. 1 (): a uni jornal, ora um U-vv.xu
15 de Juuho de J910, ê

diante do > meus tvHíírs. it


A' tarde, descal o coi 1 rinlia ve.:* se eon-eguia por fim'dormir.
Uíyssjetè Êa tin <j(t. ria por aquelles fõrinqsò S ) \ada.. De s\U»ito, oueo uni rú-
%

X
«ag<ts0^^aA<rvP*t
A ESCOLA
MArA»«)r^M|MI

mor na rua, e como aue nassos . n,~- ia ,,—*¦** -i >-.


á minha porta. Bffoctivainoi.tc \ lheS fenam O d<>rSO ! E Hudo^ma alegria constante, bôa,
Batem-me á porta lentamente.
lentamente, quando iaillOS lpara á ca- aU;tíria;de
iamos ,
alinan t,ue teem per-
Ergo-me do leito e v^u abrira sa, cançados 1 1 r- petuamente «c* fracos naru na
da folgança, : OíoS, em mcaáé^mt^a dl
porta. Era um pobre velho que tínhamos
* >, me saudou e pediu, agasalho, ; aberto ' santa- f m£í 2??°(«
30 de maio.
^«^?#.u i
pois que morava longe e já a mente o regaço materno> yjy fe
noite e a fadiga o tinham stir- '¦f9*6-11' 1
prehendido no meio da e beijos e abraços !... * \hq8 Lessa. "•*rA_V
jornada.
, Fil-o entrar e commòdàmente Ah ! que saudade boa
hospedei-o naquella noite.
Deitei-me novamente, pensai.- da infância !...
}pyy (
.: & Maxha
do nos desgraçados que por ahi ¦".ri

andam á toa, e considerando o José Melchiadcs de Lima. 1 1 Béiía manhã primave- tn


meu acto de expontânea gene- » ral ! Surgia* o sói 110 hori-
rosidade adormeci feliz.
O ASSIS 10 zonte-, numa explosão de
José Octacilio. luz e de fulgor, naquelle >
,
CUc.
m. rti^
Dizem illnstres hygie- ; céo táo lindo, nahuelle
LUAR instas que que é uma virtude j cé0 azul a
o asseío. E assim deve ser
Formosa, clara e azul a considerado. O menino de- Cá sobre a terra as aves, >
seda pura do Oco, e muito ve logo se preparar para em contentamento canta- to
forinosa e clara, em meio, a ser o homem de amanhã, e vam sonorosamente a do-
lua cheia o branca. ter em mente o cuidar com ce e manual bailada. E eu
Bellissimo espectaculo da zelo de si próprio. levado pelo encanto raro
Natureza! Não resisti a ( Banhar-se toda- a.«. manhã.
.,,,,...,,„. , e magestoso, e admirando
tentação de um passeio. pois que _i.no só tonifica, o a doce e rubra luz do dia
Fil-o em companhia de di banho frio, como dispõe a }
versos collegas pelas ruas pelleparaa franca trans- passeava pelo verde cam-
colhendo as flores e
da nossa bem amada Pene piração. Não riscar os ca- po, m
do. Por onde passavamo s l dernos de thêmns, rasgar os fructos q' encontrava.
reinava a alegria: tudo,. ) os livros, etc. Quanto ao Cantavam os pi ssaros
denunciava-a: grupos gen- seu vestuário deve ter o nos galhos das arvores,
tis de moça» que cruzavam maior cuidado, nunca pas- \ pendentes de flores e de
a cada instante ou o peque- sar as mãos sujas de tinta, fructos !....
no circulo familiar á na escola, sobre as calças e
porta. outras
E, impassível, serena, em cousas que dizem ^u rei ia no Lessa.
pleno Céo a lua, eterna mal <lo seu caracter. Deve
enamorada dos poetas. Vol- o individuo fiel observan Tnstrucçsío
támos, emfim , saudosos do cia ás regras da hygiene.
passeio. Um dia, em palestra amis-
Murillo Silva Luis Gama. tosa, adiávamos nós, eu e
alguns amigos, á porta de
um estabelecimento com- . ?.?

Sandade MADRUGADA mercial. Abordámos de


ferencia, este magno the- pre-
Crianças que éramos... culoQue! bello e formoso especta- ma-a instrucção.
Lembras-te? Corríamos li- Que fragraute e radiosa ma Ouvi diversas opiniões,
vremente por aquellas nhã ! judiciosas, sinceras e (Pali
O.s pássaros,
longas e formosas campi e orgulhosos, entoam enthusiasmados me retirei convicto do va-
os seus lor da instrucção.
nas! Trepávamos ás ar raaviosos cânticos, alegres por Be ti-
vir alvorecendo
vores amigas, colhíamos «Io o horisonte, o sói, alourân- rei-me mais disposto para
saborosos fructos, sazo- ra de luz bemfazeja inundando a ter meus misteres escolares.
e fecunda. Ah ! só a instrucção
nados pela primavera quartel estrithílaò clarim. da-nos
que 5o
m campo, alem, distante, o verdadeira distinecão so*
é, para os campos um fa- gaílo, saudosamente se faz ou- ciai. O homem
vorde Deus vire os bois, pacientes e traba- que se eleva
Uiadores honestos marcham pelos seus dotes de espirito.
E aquelles rios que ser- ra a fama cruenta. Na pa- esse, suo, e feliz, e segura
as formosas aldeia. 7 - --©

penteiavam longamente e matutas, almas sim- a sua posição na sociedade.


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as bellas navegações pies e boas, preparam-se w


que a santa missa. Há, emfim, para em Luis Martins.
1
*.;
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4
A ESCOLA'
n
. V»»MS^^ ^VS^*vA<Sy> ^/Vi^^^a^—^i „*, wi, i«i*â <^m»n ^JL
A TARDE tolhas das arvores, assim 'ii trittirphar das
ílb sói tinha scintilla- nativas alter-
,r .
Morna ]r otamente atar-:; Wz e apprehensòes
võ*s vivas de prata polida.
de. Ja noh nao .lava o sói Alem «erpentuiavu o «im- da vida.
os seus raios brilhantes. fgestoso Opárcv, \ Essa coragem e esse
o KMmmis-
bo a ln_ suave e frouxa > oo de liojo, .,,* amorosainen- triuftíplid só a instruo-
<lo occas -, tipgla de viole- , te beija, a
fovnioâa Penedo. \ ção nos dá.
t^oute. ranna o ! num eterno e
velho mar nu costa, e io plangente
mnrmnrio num sussurrar 6 DE
meusos pensa mentes me as* merèrieoiio e JUNHO
saltavam o cérebro. saudoso. . ..
Júlio de Sauf Anna. Esta data é de uma
E eu, sentado á beira*
', tristeza infinita
mnr, presenciando todos os*
primaveras para o
r*" detalhes da Natureza, ti- lar do nosso modesto
nhaa alma coitada para o director. Recorda o fui-
meu lar querido, onde em Fez annos, no dia 6, leeimento do seu illus-
santa affeição, vivem meus Jaa nosso cômpanheiri cômpanheiri-¦ trado Píle,aquelleespi-
pães e meus caros irmãos. n}AiA't^t0-. È. lí?.rra > ! Cito bom e forte, que
A merico Medeiros. no dia 13 os intelligen ora
patrocina a nossa
m 0 CÉÍÍO E 0 ALELÍADO
tes eolleguinhas* New Causa,
ton Porto, Antônio A
essa formosa
perigrinação que faze-
ti social para '•_!. Escola".
mo rim ; fazem, no dia mos em busca do éter-
( Do Alícmão ). 17, Benevefatrto Agos- no Bem.
Uni aleijado sentara-se á hei-
rude uma estrada e lastimava- titiho dos Santos, estu- i

se dé sua triste e infeliz dita. darte da 2* classe ; e


iSOs Eis qu<* delle, com passos leu- no dia 24, Murillo { FESTA CÍVICA
- tos t» incertos, ^c-irppnnrhun Sil-
um
étfgo. (jOiíi ar íütiTgò saudou á- va e Luis Gania,no dia Os alunmos das es-
quelie o rceeiu-che»;ado. Este. i 14. oalumno Eduardo colas modelo da eápí—
trausbontante dc alegria por ou- * Unrh»«« 4-rÀo fnrmnooo
tíai 0OSrl ties íorn"OSas tal federal,
cbiHmr^iVilíruéiu cflliepudes- precedidos
•-•-¦c ^v-i-v.í.j
servir Ot- ur guja,
íiiiia. perguniaao esperanças
*-ojv\_i do lal^ují.i-
ciu^.ao uu externa de banda de Musicado
saudautesinãooquergun.raté ,to. A todos desejamos Instituto
fc>t a uma corta distancia." Oh ! " \ ¦ 1 X*'.. .X
Profissional,
retornuiu, por entre snsuiros o rarl;a niesse de iehciua- realisaram a 18 de Ma-
aleijado, '* oonio da minha me des na vida io uma romaria é es-
Dior bôa vou lado satisfaria eu
o teu pedido, lunii vez que eu tatua do Visconde do
pudesse andar "!'"'.'.' Sou um po- síecrologia Rio Branco, espar-j-in-
bre aleija<Io !
Ao. terminar estas palavras, do ílores sobre ella.
'entoaram
os dois infelizes uni Falleceu no dia HO do Depois d i rigi ra m -se
canto de lamentação. Findo os- mez de Aíaio, o coro- á casa
'te, diz o -aleijado o pareei- ciei Aurelia.no de Lemos
de resulencif do
para cons. João Alfredo ao
ro : ** llonia-me ás costas e dos-
ta maneira puderemos prose- Lessa, genitor do nos- qual o flerta ram diver-
guii* acossa jornada ; tu me em- so companheiro José sos ramilhetes de do—
prestas as tuas sadias peruas e de Lemos Lessa. Deus
eu te emprestarei os meus ela- res na tu ra es.
ros oi lios. ?? Dito e feito. i (jucira dispensar-lhe ^^
0 cego toma o aleijado ás 'a.' sua exnr- familia, aj FLSCAES
costas e assim executam aquillo 'gnaeào
^'
que a cada um por si era im- ( *"CS1! que se faz;
possível. mister em tão pungen-(; () dr. Esmeraldino
<tes transer;. Agora efue ¦; Bandeira, exinistro da
o nosso bom collega f justiça, declarou que
se encontra só na vida, { demittirá todos os lis-

Manliã formosa de Abril. sem o braço daquelleS cães de collegios etjtii-
0 8ól dourava a copa do ; verdadeiro amigo/levci parados que não te-
X floresta o os pas^aios ento ; redobrar de esfòrçòê-, \ nham sua residência
avam os seus aiVgres can- envidar energias para j no local da sede dos re-
tares. A orvaIhad,A sobre as logo se fazer capaz, de { feridoü eollegios.
4- A IESPOT A
»W». »»*>. '¦-S.Mfcftfc./l I

e EXTERNATO ) Ilflfllfe Moraito


"
JOSE' BATINGA "
|
g g Sob a direcção de D. Marietta Gama
f Director — Ulysses Batínga S
Praça Jacome Calheiros
Methodo de A. Caíkins o
g
5 Rua do Rosário N. 23 * EXTERNATO " PRIMAVERA "
Directoi*a«M. flierutoiiia Saneies
Rua da Aurora N. I
EXTERNATO \ ^^kkxS""-^^^.^;
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^IBl w :^S w %5!H' fll
O mais antigo estabele-
cimento de Instrucção.
Director -- M. Tertulianó Filho
S. VICENTE DE PM)
Hn& da Matriz N. ^»^«IM^ *^*m~^ »¦>. ^

CURSO lè I>B
Collegto^S.José" SETEMBRO
Sob a direcção da Alumna-niestra FVNCCIONA NO PRÉDIO DO
itta
Vasconceííos ENTINCTO LY( EU PENEDENSE
Rua José' Bonifácio AT9 Í3 Direcção de Rabino Romariz

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Aulas-=Rublicas
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GRUPO <?c
ESCOLAR

ililil Prédio do Extincto Lyceu Penedense


PROFESSORAS :
DIRECÇlQ

RUA
Siiin
DA ALUMNA MESTRA

DA CORRENTE
Silvio
N. 25
Krnestinâ do Nascimento,
Kniestina Ribeiro,
Celina Barbosa.
P. Visconde do R. Branco
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-zm®*- Professora : Joanna O. da Graça


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I I I í r. Dias Cabral N. 56
ii 1 PROFESSORA:
m eBuéy
Martinha Cavalcante
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— D A-
índustrialpenedense Rua Joaquim Nabuco
| I Professora : Junina Brandão
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mes#ra m. flotilde dos Santos
& Barro Vermelho. ••' Arrabalde "
BAIRRO OPERÁRIO Professora :
_sie_s5X ^L-iLiriEx. Sn^c. * . ppÊE .TESE - ii.ni.'>-''!»- í ria Alves Paes Barrett©

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