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II – VOTO DO RELATOR

A proposição foi distribuída a esta Comissão permanente por tratar de assunto atinente à defesa
nacional e à faixa de fronteira nos termos do que dispõem as alíneas “f” e “h” do inciso XV do art. 32
do RICD.
Ao analisarmos a proposição segundo o ponto de vista desta Comissão permanente, não há como
negar os seus relevantes méritos.
Enxergando, especificamente a Amazônia e a faixa de fronteira, o texto legislativo incorporou a
visão que norteou a formulação da Estratégia Nacional de Defesa, onde o binômio defesa e
desenvolvimento se faz presente e, agora, torna-se pano de fundo da Política Nacional de Defesa e
de Desenvolvimento da Amazônia Legal e da Faixa de Fronteira.
É uma concepção que vislumbra, em permanente interrelação, que não se pode ter defesa sem
desenvolvimento, assim como não se pode ter desenvolvimento sem que a defesa esteja
assegurada; algo que se torna particularmente mais importante em áreas vulneráveis como a
Amazônia e a faixa de fronteira
Todavia, cabem as seguintes ressalvas quanto à proposição em pauta:
1. Designa como nacional uma proposta de lei que é específica para a Região Amazônica e para a
faixa de fronteira, encontrada em apenas onze Estados da Federação.
2. Adota a expressão “Política Nacional de Defesa” já utilizada para uma política que abrange todo
o território nacional;
3. Mistura dois conceitos estratégicos distintos: “Amazônia” e “faixa de fronteira”;
4. O instituto da faixa de fronteira é fundamentalmente um instrumento jurídico que pode, de
acordo com o legislador, sofrer alterações na sua largura, e não uma região geográfica determinada;
e
5. A Amazônia e a faixa de fronteira já integram um sistema de defesa nacional único, não sendo
necessária uma especificação legal que demande uma política nacional particular.

Diante do exposto, somos favoráveis à aprovação do Projeto de Lei nº 6.460/2013 com as duas
emendas anexas.
Sala da Comissão, em 24 de novembro de 2014.
Deputado ÁTILA LINS Relator
II – VOTO DO RELATOR:

Nos termos do art. 32, XI, b do vigente Regimento, compete a esta Comissão de Relações
Exteriores e Defesa Nacional avaliar as proposições que são apresentadas a esta Casa, no que
tange aos aspectos de política externa, serviço exterior brasileiro, entre outros.
A remoção de servidores do Ministério de Relações Exteriores já foi objeto, entre outras, de duas
legislações, a saber:
- a Lei 7501/86, que estruturou o serviço exterior brasileiro e criou nos quadros do Ministério um
corpo de servidores permanentes, integrado pela Carreira de Diplomata e pela categoria funcional
de Oficial de Chancelaria;
- e a Lei 8829/93, que criou as carreiras de Oficial e Assistente de Chancelaria.
Os dois diplomas legais determinam que apenas podem ser removidos para servir nos postos no
exterior os integrantes das referidascarreiras. Entretanto, admitem em caráter excepcional, que os
servidores admitidos antes da vigência da Lei 7501/86 que atendam condições e critérios
específicos e legalmente definidos possam também prestar serviços no exterior.
No entanto, a Lei 8829/93 não permitiu que fossem aproveitados todos os servidores que
prestavam serviços ao Itamaraty, embora fossem eles servidores experimentados no trato das
questões relativas às atividades do dito Instituto. A reestruturação efetivada por força dos citados
diplomas legais não fez justiça àqueles trabalhadores. Este o principal conteúdo da proposição em
análise.
A proposta tem o condão de resolver um problema administrativo decorrente das formas de acesso
aos quadros do serviço público, e que no citado órgão vem causando distorções.
É necessário porém, registrar que não nos parece de bom alvitre excluir a possibilidade de
recebimento de servidores através do instituto da redistribuição, que é um instituto aplicável à toda a
administração pública.
Não nos parece adequado pois a administração não deve ser vista isoladamente sob a ótica de
determinado órgão e, menos ainda, tal restrição ser efetivada através de lei, com todas as
dificuldades inerentes para alteração.
O instituto da redistribuição, até por ser uma norma geral, tem a finalidade de viabilizar que a
administração pública utilize tal mecanismo para adequar os recursos humanos postos à sua
disposição. Assim, deve tal situação ser vista com bastante reserva. Como, entretanto, a proposta é
originária do Poder Executivo, é de se entender que tal inserção limitadora decorre de interesse
público. Apenas por tal motivo, deixamos de apresentar emenda para excluir tal dispositivo da
proposta.
Nos parece que, tal distorção em diversos órgãos da administração pública brasileira muito mais se
deu pelo fato de passar o Estado brasileiro por diversas fases de estruturação do que pela aplicação
do instituto da redistribuição.
A emenda aprovada pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público retira da
proposta original a referência temporal, o que tecnicamente demonstra-se mais adequado.Não há
dúvidas porém que a proposta alcança o mérito necessário para viabilizar que, ao tempo que se faz
justiça com o servidor, haja a devida adequação do quadro de servidores e melhores condições para
consecução dos objetivos do órgão.
Somos assim pela aprovação do Projeto de Lei Nº7511/03 por esta Comissão de Relações
Exteriores e Defesa Nacional, na forma das emendas já aprovadas.
Sala das Comissões,
Deputada MANINHA
II - VOTO DO RELATOR
A presente proposição foi distribuída para a CSPCCO em função do que prevê o art. 32, XVI, “c”
(controle de armas), do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Dessa maneira, por ora,
ficaremos adstritos às questões ligadas à temática da segurança pública. Não abordaremos, assim,
questões de cunho constitucional que poderão vir a ser suscitadas em Comissão Permanente
subsequente.
Assentamos, inicialmente, que somos favoráveis à proposição em tela. Somos favoráveis, aliás,
como de conhecimento público, a todos os projetos tendentes a flexibilizar o acesso a armas de fogo
e ao porte legal a todos os cidadãos de bem que atinjam critérios objetivos, desprovidos assim de
avaliação subjetiva de qualquer autoridade policial ou governamental. Acreditamos, nesse contexto,
que a proposição ora em análise, o PL 2.562/2022, embora não trate especificamente sobre a
questão da posse e do porte de armas de fogo, tem o condão de se somar aos esforços nessa
direção ao regulamentar profissão que atua no sentido de formar novos atiradores, de organizar
competições desportivas de tiro, entre outras atividades.
Nesse contexto, andou muito bem o nobre Autor ao definir, no PL 2.562/2022, a mencionada
profissão; ao estabelecer requisitos para o seu exercício; e ao abordar prerrogativas, direitos e
deveres o instrutor de armamento e tiro A prática do tiro, seja para intuito desportivo, seja para a
preparação visando eventual defesa da vida própria ou de integrantes da família, é algo
extremamente saudável e digno de incentivo. Regulamentar, pois, a profissão que conduz, lidera,
organiza essas atividades, então, torna-se urgente e relevante.
Assim é que votaremos a favor da presente proposição. Ocorre, porém, que gostaríamos de
salientar o que consideramos uma oportunidade de aperfeiçoamento que decidimos submeter à
apreciação deste Eminente Colegiado: uma emenda que substitui o texto genérico do inciso IV do
art. 3º do PL 2.562/2022. É que, no contexto atual do País, em que temos um grupo na direção do
Executivo Federal extremamente avesso à nossa visão sobre armas, outorgar a essas pessoas a
possibilidade de regulamentar a futura lei sobre o requisito da idoneidade para o exercício de tão
importante profissão não é recomendável.
Nesse compasso, nossa emenda já impõe um parâmetro objetivo mais claro para a avaliação da
idoneidade do “aspirante” a instrutor: apresentar certidão criminal negativa, no âmbito federal e
estadual, nos locais em que residiu nos últimos 5 anos e onde pretende exercer a profissão.
Com essa medida, acreditamos se tornar, de um lado, desnecessária a emenda aprovada na
CESPO, vez que a nossa tem caráter mais amplo e protetivo em relação à sociedade em face dos
crimes abrangidos; de outro lado, entendemos adequado retirarmos dos critérios a exigência de
“certidão negativa de prática de infração administrativa de natureza grave”, por enxergarmos
restritiva demais e descontextualizada em relação ao cerne da questão em discussão.
É que, se numa perspectiva, não podemos aceitar um estelionatário ou um corrupto como instrutor
de tiro – e a emenda da CESPO abria essa possibilidade –, noutra, não vemos como relevante
eliminar do sonho de exercer essa profissão alguém que tenha sido, por exemplo, multado no
trânsito em função da prática de uma infração ao dirigir, ainda que grave, mas não criminosa. Daí a
necessidade de aprovação da nossa emenda e de rejeição da adotada pela CESPO.
Diante do exposto, votamos pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei nº 2.562, de 2022, com a
emenda anexa, e pela REJEIÇÃO da emenda aprovada na Comissão de Esportes.

Sala da Comissão, em de de 2023.


Deputado EDUARDO BOLSONARO
Relator
II- VOTO DO RELATOR

A matéria em análise é pertinente à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime


Organizado (CSPCCO) nos termos do art. 32, inciso XVI, alíneas “d” e “g”, do Regimento Interno da
Câmara dos Deputados.
Na justificativa da proposição principal, o ilustre autor afirma que pela dinâmica da atividade um
policial não pode ser empregado sem outro agente para lhe dar suporte. Em sentido similar, os
argumentos trazidos no projeto de lei apensado demonstram a mesma preocupação ao estabelecer
uma quantidade mínima de três militares por viatura, na realização de rondas, operações e
patrulhamentos.
Nesse contexto, se faz necessário salientar que as proposições são meritórias e louváveis, tendo
em vista que todos os agentes de segurança no desígnio de atuar em prol da preservação da ordem
pública ficam evidentemente expostos, com o risco da sua própria vida, e a modificação legislativa
proposta vedando o emprego de um militar, isoladamente, na viatura poderá trazer suporte mínimo
para a segurança da atuação policial.
Destarte, apesar da relevância e necessidade da medida é forçoso ressaltar que como legisladores
federais, devemos observar limites importantes para que as propostas legislativas não culminem em
incompatibilidades com a realidade de diversos Estados e Municípios brasileiros onde o efetivo
policial é reduzido e a exigência de três policias por viatura pode causar certo prejuízo à
administração dos batalhões.
Nesse diapasão, propomos que, para cidades com população inferior a 300 mil habitantes, o
cumprimento da regra do caput seja facultativo, desde que disponham de, pelo menos, dois policias
por viatura. Já para os demais municípios, a implementação ocorrerá de forma gradual e transitória
no prazo estabelecido no §1°, de 24 meses.
Essas medidas visam proporcionar tempo hábil aos entes federados impactados para que possam
recompor seus quadros e reformular seu efetivo a fim de cumprir efetivamente as diretrizes e os
objetivos constantes da futura lei.
Dessa forma, para que as proposições em pauta alcancem o seu objetivo primário, que é
resguardar os profissionais que atuam perante a segurança pública, se faz imprescindível a
exigência de no mínimo três policiais, pois a crise na segurança pública brasileira agrava-se a cada
dia e a instrumentalização e segurança dos agentes públicos que atuam diretamente na preservação
da ordem pública e na repressão de crimes é fundamental.
Na certeza, portanto, de que as proposições constituem aperfeiçoamento oportuno e conveniente
peço apoio na aprovação.
Face ao exposto, nosso voto é, no mérito, pela aprovação dos Projetos de Lei n°249 de 2023 e
1.008 de 2023, na forma do substitutivo anexo.

Sala da Comissão, em de de 2023.


SARGENTO FAHUR PSD/PR

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