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Considerações Iniciais sobre o Indulto Natalino de 2022:

- Decreto nº. 11.302/2022 -

Curitiba
Janeiro de 2023
Coordenação

Moacir Gonçalves Nogueira Neto | Procurador de Justiça/MPPR

Coordenação e Revisão dos Trabalhos

Alexey Choi Caruncho | Promotor de Justiça/MPPR)

Marcelo Adolfo Rodrigues | Promotor de Justiça/MPPR

Ricardo Casseb Lois | Promotor de Justiça/MPPR

Apoio Técnico

Liz Ayanne Kurahashi | Assessora de Promotor

Thalita Moreira Guedes | Assessora de Procurador


SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 3
2 HIPÓTESES ABRANGIDAS PELO DECRETO 3
2.1 Indulto humanitário 4
2.2 Indulto para agentes públicos que compõem o Sistema Único de Segurança Pública
4
2.3 Indulto para militares das Forças Armadas 4
2.4 Indulto etário 5
2.5 Indulto por crime cuja pena privativa de liberdade máxima em abstrato não seja
superior a cinco anos 5
2.6 Indulto para agentes públicos que integram os órgãos de segurança pública de que
trata o art. 144 da Constituição 8
3 VEDAÇÃO À CONCESSÃO DE INDULTO 9
4 COMUTAÇÃO: CABIMENTO E VEDAÇÃO 10
5 ANEXO ROTEIRO PARA APLICAÇÃO DO DECRETO N. 11.302/2022 (INDULTO E
COMUTAÇÃO) 11
​1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

A publicação do Decreto nº. 11.302, em 22 de dezembro de 2022,


figura como o mais recente ato normativo relacionado à concessão de indultos e
comutações de penas no âmbito nacional.
Diante da grande ampliação das hipóteses de cabimento destes
institutos, ainda em 27 de dezembro, a Procuradoria-Geral da República ajuizou uma
ação direta de inconstitucionalidade (ADI 7.330), impugnando o artigo 6º, caput e
parágrafo, bem como o artigo 7º, parágrafo 3º1.
Este cenário desperta para uma imediata cautela com que deve ser
recebido o ato normativo em questão e o quanto se expresse a seu respeito, pois
iminentes interpretações do Supremo Tribunal Federal poderão conduzir a conclusões
distintas em curto espaço.
Ainda assim, nossa Equipe optou por elaborar o presente material,
que tem como principal propósito o de ressaltar alguns aspectos referentes aos principais
dispositivos do Decreto que já vêm servindo como fundamento de requerimentos
apresentados junto aos Juízos de Execução de todo o país.
De toda forma, sempre que oportuno, procuraremos traçar um
paralelo de eventuais discussões relacionadas à constitucionalidade de certos dispositivos
tomando como referência o quanto tem prevalecido no Supremo quando instado a se
manifestar sobre os limites do controle que pode ser exercido pelo Poder Judiciário em
relação aos decretos de indultos publicados no passado.
Na parte final, para fins didáticos, disponibilizaremos um quadro que,
acredita-se, possa servir de roteiro de aplicação do Decreto em análise.

1
Conforme se extrai do acompanhamento processual disponível no site do STF, a medida liminar
requerida ainda não foi apreciada, estando sob a Relatoria do Min. Luiz Fux.
​2 HIPÓTESES ABRANGIDAS PELO DECRETO

O Decreto elenca o rol de pessoas condenadas que poderão ser


beneficiadas com a concessão do indulto dando ensejo às seguintes situações:

​2.1 Indulto humanitário

O art. 1º dispõe que será concedido indulto às pessoas condenadas


que, até 25 de dezembro de 2022, tenham sido acometidas pelas doenças especificadas
em seus incisos I, II e III.

​ .2
2 Indulto para agentes públicos que compõem o Sistema Único de Segurança
Pública

Dispõe o art. 2º, que o indulto poderá ser concedido aos agentes
públicos que compõem o Sistema Único de Segurança Pública, que, até 25 de dezembro
de 2022, no exercício da sua função ou em decorrência dela, tenham sido
condenados:
(a) por crime na hipótese de excesso culposo prevista no
parágrafo único do art. 23 do Código Penal; ou
(b) por crime culposo, desde que tenham cumprido pelo menos
1/6 (um sexto) da pena. Se tratando de condenado primário, o prazo de cumprimento de
pena será reduzido pela metade (art. 2º, § 2º).
Embora o dispositivo pudesse levar à imediata interpretação, a
contrario sensu, de que fora dessas hipóteses não haveria que se falar em indulto, é
importante lembrar do reforço previsto pelo § 1º deste artigo a este mesmo grupo de
pessoas. É que, conforme este parágrafo, o indulto ainda poderá ser concedido a estes
agentes públicos quando tiverem sido condenados por ato cometido em razão de risco
decorrente da sua condição funcional ou em razão do seu dever de agir, mesmo
quando praticados fora do serviço.
​2.3 Indulto para militares das Forças Armadas

Nos termos do art. 3º, será concedido indulto aos militares das
Forças Armadas que tenham atuado em operações de Garantia da Lei e da Ordem e que,
até 25 de dezembro de 2022, tenham sido condenados por crime na hipótese de excesso
culposo prevista no Código Penal Militar.
Vale destacar que, assim como se deu em outros dispositivos do
Decreto, se está diante de uma hipótese em que não foi fixado qualquer período de
cumprimento de pena como requisito para concessão do indulto.

​2.4 Indulto etário

O art. 4º previu que será concedido indulto às pessoas maiores de


70 anos de idade, condenadas à pena privativa de liberdade, que tenham cumprido
pelo menos 1/3 da pena.
Trata-se de uma previsão que não figura, propriamente, como uma
inovação, pois já houve no passado a concessão de indultos que levaram em
consideração, exclusivamente, a idade da pessoa condenada2.

​ .5
2 Indulto por crime cuja pena privativa de liberdade máxima em abstrato não
seja superior a cinco anos

Quiçá a hipótese do artigo 5o seja uma das que mais chamam a


atenção. Conforme sua redação, será concedido indulto às pessoas condenadas por
crime cuja pena privativa de liberdade máxima em abstrato não seja superior a
cinco anos.

2
Cite-se por exemplo:
​ Decreto de 12 de abril de 2017, art. 1º., inciso III, alínea “c”. Disponível em
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/dsn/dsn14454.htm>. Acesso em
12/01/2023;
​ Decreto nº. 9.246, de 21 de dezembro de 2017, art. 2º. Inciso II. Disponível em
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/d9246.htm>. Acesso em
12/01/2023.
Seu parágrafo único foi além e previu que, para fins do disposto no
caput, na hipótese de concurso de crimes, será considerada, individualmente, a pena
privativa de liberdade máxima em abstrato não seja superior a cinco anos.
Muito embora a inicial leitura do dispositivo não levasse a maiores
dificuldades interpretativas, nos parece oportuno destacar, ao menos, três aspectos
relevantes:
(a) Ausência da exigência de um período mínimo de
cumprimento de pena para a concessão do indulto
Tal qual previsto em outros dispositivos do Decreto, também aqui
não foi fixado qualquer período de cumprimento de pena como requisito para
concessão do indulto.
Independentemente da concordância ou não com a política criminal
adotada, é válido recordar que a ausência desta exigência já foi vista em decretos
passados. Neste sentido, o próprio Supremo Tribunal Federal já teria enfrentado esta
questão, então entendendo que, em regra, competiria à Presidência da República definir a
concessão ou não do indulto, bem como seus requisitos e a extensão desse verdadeiro
ato de clemência constitucional, a partir de critérios de conveniência e oportunidade.
Reconheceu-se, na ocasião, que deveria ser tida como inoportuna e, portanto, afastada
qualquer alegação de desrespeito à Separação de Poderes ou de ilícita ingerência do
Executivo na política criminal3.
3
Cf. neste sentido, o voto vencedor do Ministro Alexandre de Moraes, na ADI n. 5.874/DF, por ocasião da
impugnação de dispositivos do Decreto de Indulto de 2017. Consta do voto, que a concessão do indulto
não estaria vinculada à política criminal estabelecida pelo Legislativo, tampouco pela jurisprudência
formada pela aplicação da legislação penal, nem muito menos ao prévio parecer consultivo do Conselho
Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), sob pena de total esvaziamento do instituto, que
configura tradicional mecanismo de freios e contrapesos na tripartição de poderes. Não por outra razão,
refere o Ministro, que tanto a doutrina como a jurisprudência do STF consideram o indulto como ato
discricionário e privativo do Chefe do Poder Executivo. Por isso, sujeita-se a um controle mínimo de
seus elementos, da mesma forma que os demais atos discricionários. Dessa forma, restaria ao
Judiciário exercer apenas um juízo de verificação de exatidão do exercício de oportunidade
perante a constitucionalidade do decreto de indulto. Nestes termos, sempre de acordo com o
Ministro, a opção conveniente e oportuna para edição do decreto deveria ser feita legal e moralmente
pelo Presidente, sendo que somente sua constitucionalidade estaria sujeita a apreciação do Judiciário.
Daí porque a verificação pela Corte se restringiria a análise constitucional do regramento previsto
no Decreto. A partir destas premissas, na ocasião, o Ministro passou a analisar cada dispositivo então
impugnado na ADI 5.874/DF, fazendo-o nos seguintes termos:
i) Os requisitos previstos nos artigos 1º, inc. I e 2º, § 1º, no Decreto de Indulto de 2017, se
encontrariam no campo da discricionariedade do Chefe do Executivo, não havendo, portanto,
qualquer inconstitucionalidade, já que não se deflagrou abuso de direito de legislar ou desvio de
finalidade; ii) No que diz respeito à questão de exclusão dos crimes de corrupção lato sensu e
lavagem de dinheiro do âmbito do decreto, não haveria nenhum dispositivo na Constituição que
(b) Possível limitação à concessão do indulto
É fundamental atentar, entretanto, que a interpretação do art. 5º
deve ser realizada em conjunto com os demais dispositivos do Decreto, pois não
foram poucos os que trazem normas gerais de aplicação do instituto. Ou seja, a análise
de cabimento do indulto nesta situação não deve se limitar à aferição da pena cominada
em abstrato para a infração pela qual a pessoa foi condenada, sendo necessário
verificar se não existe hipótese que veda a concessão do instituto.
E isto porque, o artigo 7º (norma de aplicação geral) elenca uma
série de crimes que não poderão ser abrangidos pelo indulto.
Além disso, o § 1º do mencionado artigo dispõe que o indulto não
será concedido aos integrantes de facções criminosas, “ainda que sejam reconhecidas
somente no julgamento do pedido de indulto”, o que abre margem, inclusive, para uma
instrução voltada a aferir esta condição, conforme o caso concreto.
Assim, se uma pessoa tiver sido condenada por qualquer dos crimes
elencados no art. 7º ou figurar como integrante de facção criminosa, não deverá ser
agraciada pelo indulto, ainda que seu crime possua pena privativa de liberdade máxima,
em abstrato, não superior a cinco anos.
Nesta esteira, vale mencionar ainda que o art. 8º dispõe que o
indulto tampouco será extensível:
(i) às penas restritivas de direitos;
(ii) às penas de multa; e
(iii) às pessoas que tenham sido beneficiadas pela suspensão
condicional do processo.

vedasse a aplicação do instituto a estes crimes, não se vislumbrando, dessa forma, desrespeito ao
princípio da razoabilidade, uma vez não ter restado identificado o desrespeito às necessárias
proporcionalidade, justiça e adequação entre o expresso mandamento constitucional (arts. 5º, inc. XLIII,
e 84, inc., XII, da CF) e o decreto impugnado; iii) Não haveria, igualmente, nenhuma
inconstitucionalidade na legítima opção do Poder Executivo em conceder indulto às demais penas
descritas no art. 8º daquele Decreto, pois o indulto não se direcionava somente às penas privativas de
liberdade, mas ao afastamento das sanções impostas em condenação judicial; iv) Por fim, da mesma
forma, não restava vislumbrada qualquer inconstitucionalidade no art. 10, pois a possibilidade de o
indulto ou comutação de pena alcançarem a pena de multa aplicada cumulativamente seria tradicional
no ordenamento jurídico nacional, independentemente de sua concordância ou não com a opção
discricionária do Presidente (Para uma análise completa do quanto discutido, cf. material na página do
nosso site <https://criminal.mppr.mp.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1759>.
Por isto, a depender do quanto consta no título condenatório,
trata-se de uma previsão que poderá limitar a concessão de indulto já que, em regra,
penas privativas de liberdade de média expressão costumam ser substituídas por
restritivas de direito e multas,4 bem como incidir em pessoas condenadas que, em seus
antecedentes, possuem registro de prévia concessão de suspensão condicional do
processo.
(c) Concurso de crimes
Acerca do concurso de crimes, sem embargo da singela redação,
para fins de análise do quanto previsto, duas distintas situações podem surgir:
1ª. Concurso entre crimes não impeditivos da concessão:
A expressão “crime impeditivo” diz respeito aqui aos crimes que, nos
termos do art. 7º, incisos I ao VIII, não admitem a concessão do indulto.
Assim, a primeira possibilidade sugerida refere-se ao caso, por
exemplo, de uma pessoa condenada por dois crimes: furto simples e estelionato simples,
tendo sido realizado o somatório das penas na fase da execução (cf. LEP, art. 111).
Neste caso, mesmo que as penas somadas venham a ultrapassar os
05 anos não existirá qualquer impedimento para concessão do indulto, nos termos do
quanto prevê o art. 5º, parágrafo único, do Decreto, já que as penas privativas de
liberdade deverão ser analisadas de forma individual.
2ª. Concurso entre crime impeditivo e crime não impeditivo
Situação distinta seria a da pessoa condenada por furto e tráfico de
entorpecentes. Para fins de análise de cabimento do indulto do crime não impeditivo
(furto) com base no art. 5º, deverá ser observado o quanto disposto no art. 11, parágrafo
único, do mesmo Decreto.

4
Código Penal, Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de
liberdade, quando: I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for
cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for
culposo; II – o réu não for reincidente em crime doloso; (…) § 2º Na condenação igual ou inferior a um
ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano,
a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas
restritivas de direitos. § 3º Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde
que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se
tenha operado em virtude da prática do mesmo crime.
Isto porque, o art. 5º caput traz a hipótese de cabimento, enquanto o
art. 11, parágrafo único, disciplina a forma pela qual será realizado o indulto do crime não
impeditivo quando também houver condenação por crime impeditivo.

​ .6
2 Indulto para agentes públicos que integram os órgãos de segurança pública
de que trata o art. 144 da Constituição

A hipótese refere-se à concessão do indulto aos agentes públicos


que integram os órgãos de segurança pública de que trata o art. 144 da Constituição e
que, no exercício da sua função ou em decorrência dela, tenham sido condenados,
ainda que provisoriamente:
(i) por fato praticado há mais de trinta anos, contados da data de
publicação do Decreto, e
(ii) por fato não considerado hediondo no momento de sua prática.
O parágrafo único refere que o dispositivo será aplicado ainda às
pessoas que, no momento do fato, integravam os órgãos de segurança pública de
que trata o art. 144 da Constituição, na qualidade de agentes públicos.
Ao lado do art. 7º, § 3º, este foi um dos dispositivos que figuram na
ação direta de inconstitucionalidade proposta pela Procuradoria-Geral da República (ADI
7.330). Alega-se que a clementia principis editada alcança, dentro seus destinatários, os
agentes públicos condenados pelo “Massacre do Carandiru”, referindo que o decreto não
poderia ser concedido a crimes que, no momento de sua edição, configuravam delitos
qualificados pela nota da hediondez, pouco importando se, na data do cometimento do
crime, não eram definidos como tal. Neste sentido, indultar crimes de lesa-humanidade
consubstanciaria uma transgressão aos direitos humanos, indo na contramão do processo
evolutivo dos direitos fundamentais, com violação direta do dever constitucional de
observância dos tratados internacionais (CF, arts. 1º, I e II; 4º, II, e 5º, §§ 2º e 3º), e da
cláusula de vinculação do Brasil a tribunais internacionais de direitos humanos
(ADCT/CF-1988, art. 7º). Em que pese a fundamentação adotada, até o momento, a
medida liminar apresentada ainda não foi apreciada.
​3 VEDAÇÃO À CONCESSÃO DE INDULTO

Muito embora já tenha sido feita referência à atenção que deva existir
em relação ao conteúdo deste dispositivo, cumpre reiterar que o próprio decreto dispõe
que o indulto não deverá abranger os seguintes casos:
​ crimes considerados hediondos ou a eles equiparados (cf. Lei 8.072/90);

​ crimes praticados mediante grave ameaça ou violência contra a pessoa ou com


violência doméstica e familiar contra a mulher;
​ crimes de tortura, previstos Lei 9.455/97;

​ crimes de lavagem de capitais, previstos Lei 9.613/98;

​ crimes previstos na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006);

​ crimes relacionados a organizações criminosas, nos termos da Lei 12.850/2013;

​ crimes relacionados a atos de terrorismo, nos termos da Lei 13.260/2016;

​ delitos sexuais tipificados nos art. 215, art. 216-A, art. 217-A, art. 218, art. 218-A,
art. 218-B e art. 218-C do Código Penal;
​ crimes contra a administração pública tipificados nos art. 312, art. 316, art. 317
e art. 333 do Código Penal;
​ crimes previstos na Lei Antidrogas, tipificados:

a) no artigo 33, caput e § 1º, exceto na hipótese prevista no § 4º;


b) no artigo 34; e
c) no artigo 36;
​ crimes previstos no Código Penal Militar quando correspondentes aos crimes a
que se referem os incisos I a V do art. 7º; e
​ crimes tipificados nos art. 240 a art. 244-B do ECA.

Independentemente do crime, adverte-se para a impossibilidade do


indulto ser concedido aos integrantes de facções criminosas, ainda que sejam
reconhecidas somente no julgamento do pedido de indulto (art. 7o, § 1º).
Por fim, enquanto o § 3º, como já referido, busca evitar que a
vedação de parte do dispositivo incida na hipótese da concessão do indulto dos agentes
que integram os órgãos de segurança pública de que trata o art. 144 da Constituição (cf.
supra, item 2.6), o § 2º evita a vedação ao indulto etário nos casos relacionados às
condenações que tenham decorrido de crimes de lavagem de capitais, de crimes de
organizações criminosas, bem como de crimes contra a administração pública, tipificados
nos art. 312, art. 316, art. 317 e art. 333 do CP.

​4 COMUTAÇÃO: CABIMENTO E VEDAÇÃO

Na parte final, o artigo 15 do Decreto trata da comutação de penas


referindo que aquelas pessoas que tenham sido submetidas à pena de prestação de
serviços poderá requerer a comutação de sua pena remanescente em prestação
pecuniária, desde que tenha cumprido pelo menos um sexto da pena.
Diferentemente da extensão que costuma existir em relação às
previsões de comutação, nesta oportunidade, optou-se por atingir apenas as pessoas que
estão em cumprimento de pena restritiva de direitos, na modalidade da prestação de
serviços à comunidade ou entidades públicas.
Para tanto, enquanto o § 2º do dispositivo procura descrever o
procedimento a ser adotado, o § 1º prevê como deverá ser calculado o montante da
prestação pecuniária a ser paga.
Deve observar-se, de toda forma, que o § 3º previu hipótese de não
aplicação da comutação, ou seja, na hipótese de condenação:
● crimes considerados hediondos ou a eles equiparados (cf. Lei 8.072/90);
● crimes praticados mediante grave ameaça ou violência contra a pessoa ou com
violência doméstica e familiar contra a mulher;
● crimes de tortura, previstos Lei 9.455/97;
● crimes previstos na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006);
● crimes relacionados a atos de terrorismo, nos termos da Lei 13.260/2016;
● delitos sexuais tipificados nos art. 215, art. 216-A, art. 217-A, art. 218, art. 218-A,
art. 218-B e art. 218-C do Código Penal;
● crimes previstos na Lei Antidrogas, tipificados:
a) no artigo 33, caput e § 1º, exceto na hipótese prevista no § 4º;
b) no artigo 34; e
c) no artigo 36;
● crimes previstos no Código Penal Militar quando correspondentes aos crimes a
que se referem os incisos I a V do art. 7º; e
● crimes tipificados nos art. 240 a art. 244-B do ECA.
ANEXO – ROTEIRO PARA APLICAÇÃO DO DECRETO N. 11.302/2022 (INDULTO E COMUTAÇÃO)

Vedações Extensões da Vedação


Hipóteses de Cabimento Vários Delitos
(Art. 7º) (Art. 8º)

Crimes Hediondos ou Equiparados – Lei n. 8.072/1990


(Art. 7º, inc. I)
Crimes Praticados mediante grave ameaça ou violência
(Art. 7º, inc. II)
Crimes de Tortura – Lei n. 9.455/1997
(Art. 7º, inc. III, ‘a’)
Crimes de Lavagem Ocultação de Bens, Direitos e Valores – Lei n. Penas Restritivas de Direitos
9.613/1998 (Art. 8º, inc. I)
(Art. 7º, inc. III, ‘b’)
Crimes no âmbito da Violência Doméstica e Familiar contra Mulher – Lei n. Penas correspondentes a infrações
11.340/2006 diversas serão somadas e unificadas
(Art. 7º, inc. III, “c”) até 25 de dezembro de 2022, nos
termos do disposto do art. 111 da LEP
Crime de Organização Criminosa - Lei n. 12.850/2013 (Art. 11, caput)
(Art. 7º, inc. III, “d”)
INDULTO
Crimes de Terrorismo – Lei n. 13.260/2016
HUMANITÁRIO
(Art. 7º, inc. III, “e”)
(Art. 1º, incs. I, II e III)
Crime de Violação Sexual mediante Fraude – Art. 215 do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Assédio Sexual – Art. 216-A do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Estupro de Vulnerável – Art. 217-A do CP
Penas de Multa
(Art. 7º, inc. IV)
(Art. 8º, inc. II)
Crime de Corrupção de Menores – 218 do CP
(Art. 7º, inc. IV) Não será concedido indulto natalino
correspondente a crime não impeditivo
enquanto a pessoa condenada não
Crime de Satisfação da Lascívia mediante presença de Criança ou cumprir a pena pelo crime do benefício,
Adolescente – Art. 218-A na hipótese de haver concurso com
(Art. 7º, inc. IV) crimes a que se refere o art. 7º,
Crime de Favorecimento da Prostituição ou de outra forma de Exploração
Sexual de Criança ou Adolescente ou de Vulnerável – Art. 218-B
(Art. 7º, inc. IV)

Divulgação de cena de Estupro ou de cena de Estupro de Vulnerável, de


cena de Sexo ou de Pornografia – Art. 218-C do CP
(Art. 7º, inc. IV)

Crime de Peculato – Art. 312 do CP


(Art. 7º, inc. V)

Crime de Concussão – Art. 316 do CP


(Art. 7º, inc. V)

Corrupção Passiva – Art. 317 do CP


(Art. 7º, inc. V)
ressalvada a concessão fundamentada
Pessoas beneficiadas com no inc. II, do caput, do art. 1º.
Corrupção Ativa - Art. 333 do CP Suspensão Condicional do (Art. 11, parágrafo único)
(Art. 7º, inc. V) Processo
(Art. 8º, inc. II)
Crimes de Tráfico de Entorpecentes – Art. 33, caput, e § 1º da Lei n.
11.343/2006
(Art. 7º, inc. VI)

Previstos no Código Militar, quando correspondentes aos crimes a que se


referem aos incs. I a V do art. 7º.
(Art. 7º, inc. VII)

Crimes tipificados no Estatuto da Criança e Adolescente – Arts. 240 a 244-


B da Lei n. 8.069/1990
(Art. 7º, inc. VIII)

Integrantes de Facções Criminosas


(Art. 7º, § 1º)
Crimes Hediondos ou Equiparados – Lei n. 8.072/1990
(Art. 7º, inc. I)
INDULTO
AGENTES PÚBLICOS DO Crimes Praticados mediante grave ameaça ou violência
SUSP (Art. 7º, inc. II)
(Art. 2º, incs. I e II) Crimes de Tortura – Lei n. 9.455/1997
(Art. 7º, inc. III, ‘a’)
Crimes de Lavagem Ocultação de Bens, Direitos e Valores – Lei n. Penas Restritivas de Direitos
9.613/1998 (Art. 8º, inc. I)
(Art. 7º, inc. III, ‘b’)
Crimes no âmbito da Violência Doméstica e Familiar contra Mulher – Lei n. Penas correspondentes a infrações
11.340/2006 diversas serão somadas e unificadas
(Art. 7º, inc. III, “c”) até 25 de dezembro de 2022, nos
termos do disposto do art. 111 da LEP
Crime de Organização Criminosa - Lei n. 12.850/2013 (Art. 11, caput)
(Art. 7º, inc. III, “d”)
Crimes de Terrorismo – Lei n. 13.260/2016
(Art. 7º, inc. III, “e”)
Crime de Violação Sexual mediante Fraude – Art. 215 do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Assédio Sexual – Art. 216-A do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Estupro de Vulnerável – Art. 217-A do CP
(Art. 7º, inc. IV) Penas de Multa
(Art. 8º, inc. II)
Crime de Corrupção de Menores – 218 do CP Não será concedido indulto natalino
(Art. 7º, inc. IV) correspondente a crime não impeditivo
enquanto a pessoa condenada não
Crime de Satisfação da Lascívia mediante presença de Criança ou cumprir a pena pelo crime do benefício,
Adolescente – Art. 218-A na hipótese de haver concurso com
(Art. 7º, inc. IV) crimes a que se refere o art. 7º.
Crime de Favorecimento da Prostituição ou de outra forma de Exploração (Art. 11, parágrafo único)
Sexual de Criança ou Adolescente ou de Vulnerável – Art. 218-B
(Art. 7º, inc. IV)
Divulgação de cena de Estupro ou de cena de Estupro de Vulnerável, de Pessoas beneficiadas com
cena de Sexo ou de Pornografia – Art. 218-C do CP Suspensão Condicional do
(Art. 7º, inc. IV) Processo
(Art. 8º, inc. II)
Crime de Peculato – Art. 312 do CP
(Art. 7º, inc. V)
Crime de Concussão – Art. 316 do CP
(Art. 7º, inc. V)
Corrupção Passiva – Art. 317 do CP
(Art. 7º, inc. V)
Corrupção Ativa - Art. 333 do CP
(Art. 7º, inc. V)
Crimes de Tráfico de Entorpecentes – Art. 33, caput, e § 1º da Lei n.
11.343/2006
(Art. 7º, inc. VI)
Previstos no Código Militar, quando correspondentes aos crimes a que se
referem aos incs. I a V do art. 7º.
(Art. 7º, inc. VII)

Crimes tipificados no Estatuto da Criança e Adolescente – Arts. 240 a 244-


B da Lei n. 8.069/1990
(Art. 7º, inc. VIII)

Integrantes de Facções Criminosas


(Art. 7º, § 1º)

INDULTO Crimes Hediondos ou Equiparados – Lei n. 8.072/1990


MILITARES DAS FORÇAS (Art. 7º, inc. I) Penas correspondentes a infrações
ARMADAS diversas serão somadas e unificadas
(Art. 3º) Crimes Praticados mediante grave ameaça ou violência até 25 de dezembro de 2022, nos
(Art. 7º, inc. II) termos do disposto do art. 111 da LEP
Crimes de Tortura – Lei n. 9.455/1997 (Art. 11, caput)
(Art. 7º, inc. III, ‘a’)
Crimes de Lavagem Ocultação de Bens, Direitos e Valores – Lei n.
9.613/1998 Penas Restritivas de Direitos
(Art. 7º, inc. III, ‘b’) (Art. 8º, inc. I)
Crimes no âmbito da Violência Doméstica e Familiar contra Mulher – Lei n.
11.340/2006
(Art. 7º, inc. III, “c”)
Crime de Organização Criminosa - Lei n. 12.850/2013
(Art. 7º, inc. III, “d”)
Crimes de Terrorismo – Lei n. 13.260/2016
(Art. 7º, inc. III, “e”)
Crime de Violação Sexual mediante Fraude – Art. 215 do CP Penas de Multa
(Art. 7º, inc. IV) (Art. 8º, inc. II)
Crime de Assédio Sexual – Art. 216-A do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Estupro de Vulnerável – Art. 217-A do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Corrupção de Menores – 218 do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Satisfação da Lascívia mediante presença de Criança ou
Adolescente – Art. 218-A
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Favorecimento da Prostituição ou de outra forma de Exploração
Sexual de Criança ou Adolescente ou de Vulnerável – Art. 218-B
(Art. 7º, inc. IV)
Divulgação de cena de Estupro ou de cena de Estupro de Vulnerável, de
cena de Sexo ou de Pornografia – Art. 218-C do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Peculato – Art. 312 do CP
(Art. 7º, inc. V)
Crime de Concussão – Art. 316 do CP
(Art. 7º, inc. V)
Corrupção Passiva – Art. 317 do CP
Não será concedido indulto natalino
(Art. 7º, inc. V)
correspondente a crime não impeditivo
Corrupção Ativa - Art. 333 do CP enquanto a pessoa condenada não
(Art. 7º, inc. V) cumprir a pena pelo crime do benefício,
na hipótese de haver concurso com
Crimes de Tráfico de Entorpecentes – Art. 33, caput, e § 1º da Lei n. crimes a que se refere o art. 7º.
11.343/2006 (Art. 11, parágrafo único)
(Art. 7º, inc. VI) Pessoas beneficiadas com
Suspensão Condicional do
Previstos no Código Militar, quando correspondentes aos crimes a que se Processo
referem aos incs. I a V do art. 7º. (Art. 8º, inc. II)
(Art. 7º, inc. VII)

Crimes tipificados no Estatuto da Criança e Adolescente – Arts. 240 a 244-


B da Lei n. 8.069/1990
(Art. 7º, inc. VIII)

Integrantes de Facções Criminosas


(Art. 7º, § 1º)
Crimes Hediondos ou Equiparados – Lei n. 8.072/1990
Penas correspondentes a infrações
(Art. 7º, inc. I) Penas Restritivas de Direitos
diversas serão somadas e unificadas
(Art. 8º, inc. I)
até 25 de dezembro de 2022, nos
Crimes Praticados mediante grave ameaça ou violência termos do disposto do art. 111 da LEP
(Art. 7º, inc. II) (Art. 11, caput)

Crimes de Tortura – Lei n. 9.455/1997


(Art. 7º, inc. III, ‘a’)
Crimes no âmbito da Violência Doméstica e Familiar contra Mulher – Lei n.
Penas de Multa
11.340/2006
(Art. 8º, inc. II)
(Art. 7º, inc. III, “c”)
Crimes de Terrorismo – Lei n. 13.260/2016
(Art. 7º, inc. III, “e”)
Crime de Violação Sexual mediante Fraude – Art. 215 do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Assédio Sexual – Art. 216-A do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Estupro de Vulnerável – Art. 217-A do CP
INDULTO (Art. 7º, inc. IV)
ETÁRIO Não será concedido indulto natalino
(Art. 4º) Crime de Corrupção de Menores – 218 do CP
correspondente a crime não impeditivo
(Art. 7º, inc. IV)
enquanto a pessoa condenada não
Crime de Satisfação da Lascívia mediante presença de Criança ou cumprir a pena pelo crime do benefício,
Adolescente – Art. 218-A na hipótese de haver concurso com
(Art. 7º, inc. IV) crimes a que se refere o art. 7º, incs. I,
Pessoas beneficiadas com II, III, “a”, “c”, “e”, IV, VI, VIII, VIII.
Crime de Favorecimento da Prostituição ou de outra forma de Exploração (Art. 11, parágrafo único)
Sexual de Criança ou Adolescente ou de Vulnerável – Art. 218-B Suspensão Condicional do
(Art. 7º, inc. IV) Processo
(Art. 8º, inc. II)
Crimes de Tráfico de Entorpecentes – Art. 33, caput, e § 1º da Lei n.
11.343/2006
(Art. 7º, inc. VI)
Previstos no Código Militar, quando correspondentes aos crimes a que se
referem aos incs. I, II, III, ‘a’, ‘c’, ‘e’ e IV do art. 7º.
(Art. 7º, inc. VII)
Crimes tipificados no Estatuto da Criança e Adolescente – Arts. 240 a 244-
B da Lei n. 8.069/1990
(Art. 7º, inc. VIII)
Integrantes de Facções Criminosas
(Art. 7º, § 1º)
Crimes Hediondos ou Equiparados – Lei n. 8.072/1990
INDULTO (Art. 7º, inc. I)
PENA PRIVATIVA DE
LIBERDADE EM Crimes Praticados mediante grave ameaça ou violência
ABSTRATO NÃO (Art. 7º, inc. II)
SUPERIOR 5 ANOS Crimes de Tortura – Lei n. 9.455/1997
(Art. 5º) (Art. 7º, inc. III, ‘a’)
Crimes de Lavagem Ocultação de Bens, Direitos e Valores – Lei n.
9.613/1998
(Art. 7º, inc. III, ‘b’)
Crimes no âmbito da Violência Doméstica e Familiar contra Mulher – Lei n. Art. 5º, parágrafo único: Para fins do
11.340/2006 disposto no caput, na hipótese de
(Art. 7º, inc. III, “c”) concurso de crimes, será considerada,
Penas Restritivas de Direitos
individualmente, a pena privativa de
Crime de Organização Criminosa - Lei n. 12.850/2013 (Art. 8º, inc. I)
liberdade máxima em abstrato relativa
(Art. 7º, inc. III, “d”)
a cada infração penal.
Crimes de Terrorismo – Lei n. 13.260/2016
(Art. 7º, inc. III, “e”)
Crime de Violação Sexual mediante Fraude – Art. 215 do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Assédio Sexual – Art. 216-A do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Estupro de Vulnerável – Art. 217-A do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Corrupção de Menores – 218 do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Satisfação da Lascívia mediante presença de Criança ou
Adolescente – Art. 218-A Não será concedido indulto natalino
(Art. 7º, inc. IV) Penas de Multa correspondente a crime não impeditivo
(Art. 8º, inc. II) enquanto a pessoa condenada não
Crime de Favorecimento da Prostituição ou de outra forma de Exploração cumprir a pena pelo crime do benefício,
Sexual de Criança ou Adolescente ou de Vulnerável – Art. 218-B na hipótese de haver concurso com
(Art. 7º, inc. IV) crimes a que se refere o art. 7º.
Divulgação de cena de Estupro ou de cena de Estupro de Vulnerável, de (Art. 11, parágrafo único)
cena de Sexo ou de Pornografia – Art. 218-C do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Peculato – Art. 312 do CP
(Art. 7º, inc. V)
Crime de Concussão – Art. 316 do CP
(Art. 7º, inc. V)
Corrupção Passiva – Art. 317 do CP
(Art. 7º, inc. V)
Corrupção Ativa - Art. 333 do CP
(Art. 7º, inc. V)
Crimes de Tráfico de Entorpecentes – Art. 33, caput, e § 1º da Lei n.
11.343/2006
(Art. 7º, inc. VI)
Pessoas beneficiadas com
Previstos no Código Militar, quando correspondentes aos crimes a que se
Suspensão Condicional do
referem aos incs. I a V do art. 7º.
Processo
(Art. 7º, inc. VII)
(Art. 8º, inc. II)
Crimes tipificados no Estatuto da Criança e Adolescente – Arts. 240 a 244-
B da Lei n. 8.069/1990
(Art. 7º, inc. VIII)
Integrantes de Facções Criminosas
(Art. 7º, § 1º)
Crimes Hediondos ou Equiparados – Lei n. 8.072/1990
(Art. 7º, inc. I) Penas correspondentes a infrações
INDULTO diversas serão somadas e unificadas
AGENTES PÚBLICOS: Crimes de Tortura – Lei n. 9.455/1997 até 25 de dezembro de 2022, nos
ÓRGÃOS QUE INTEGRAM (Art. 7º, inc. III, ‘a’) termos do disposto do art. 111 da LEP
OS ÓRGÃOS DE Crimes de Lavagem Ocultação de Bens, Direitos e Valores – Lei n. (Art. 11, caput)
SEGURANÇA DE QUE 9.613/1998
TRATA O ART. 144 DA CR (Art. 7º, inc. III, ‘b’) Penas Restritivas de Direitos
(Art. 6º)
Crimes no âmbito da Violência Doméstica e Familiar contra Mulher – Lei n. (Art. 8º, inc. I)
11.340/2006
(Art. 7º, inc. III, “c”)
Crime de Organização Criminosa - Lei n. 12.850/2013
(Art. 7º, inc. III, “d”)
Crimes de Terrorismo – Lei n. 13.260/2016
(Art. 7º, inc. III, “e”)
Crime de Violação Sexual mediante Fraude – Art. 215 do CP
(Art. 7º, inc. IV) Penas de Multa
(Art. 8º, inc. II)
Crime de Assédio Sexual – Art. 216-A do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Estupro de Vulnerável – Art. 217-A do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Corrupção de Menores – 218 do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Satisfação da Lascívia mediante presença de Criança ou
Adolescente – Art. 218-A
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Favorecimento da Prostituição ou de outra forma de Exploração
Sexual de Criança ou Adolescente ou de Vulnerável – Art. 218-B
(Art. 7º, inc. IV)
Divulgação de cena de Estupro ou de cena de Estupro de Vulnerável, de
cena de Sexo ou de Pornografia – Art. 218-C do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Peculato – Art. 312 do CP
(Art. 7º, inc. V)
Crime de Concussão – Art. 316 do CP
(Art. 7º, inc. V)
Corrupção Passiva – Art. 317 do CP
(Art. 7º, inc. V)
Corrupção Ativa - Art. 333 do CP
(Art. 7º, inc. V) Pessoas beneficiadas com
Crimes de Tráfico de Entorpecentes – Art. 33, caput, e § 1º da Lei n. Suspensão Condicional do
11.343/2006 Processo
(Art. 7º, inc. VI) (Art. 8º, inc. II)

Previstos no Código Militar, quando correspondentes aos crimes a que se


referem aos incs. I, III, IV e V do art. 7º.
(Art. 7º, inc. VII)
Crimes tipificados no Estatuto da Criança e Adolescente – Arts. 240 a 244- Não será concedido indulto natalino
B da Lei n. 8.069/1990 correspondente a crime não impeditivo
(Art. 7º, inc. VIII) enquanto a pessoa condenada não
cumprir a pena pelo crime do benefício,
Integrantes de Facções Criminosas na hipótese de haver concurso com
(Art. 7º, § 1º) crimes a que se refere o art. 7º.
(Art. 11, parágrafo único)
Crimes Hediondos ou Equiparados – Lei n. 8.072/1990 ___ ___
(Art. 7º, inc. I)
Crimes Praticados mediante grave ameaça ou violência
(Art. 7º, inc. II)
Crimes de Tortura – Lei n. 9.455/1997
(Art. 7º, inc. III, ‘a’)
Crimes no âmbito da Violência Doméstica e Familiar contra Mulher – Lei n.
11.340/2006
(Art. 7º, inc. III, “c”)
Crimes de Terrorismo – Lei n. 13.260/2016
(Art. 7º, inc. III, “e”)
Crime de Violação Sexual mediante Fraude – Art. 215 do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Assédio Sexual – Art. 216-A do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Estupro de Vulnerável – Art. 217-A do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Corrupção de Menores – 218 do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crime de Satisfação da Lascívia mediante presença de Criança ou
Adolescente – Art. 218-A
(Art. 7º, inc. IV)
COMUTAÇÃO DE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO Crime de Favorecimento da Prostituição ou de outra forma de Exploração
EM PRESTAÇÃO Sexual de Criança ou Adolescente ou de Vulnerável – Art. 218-B
PECUNIÁRIA (Art. 7º, inc. IV)
(Art. 15, caput)
Divulgação de cena de Estupro ou de cena de Estupro de Vulnerável, de
cena de Sexo ou de Pornografia – Art. 218-C do CP
(Art. 7º, inc. IV)
Crimes de Tráfico de Entorpecentes – Art. 33, caput, e § 1º da Lei n.
11.343/2006
(Art. 7º, inc. VI)
Previstos no Código Militar, quando correspondentes aos crimes a que se
referem aos incs. I, II, III, ‘a’, ‘c’, ‘e’, IV do art. 7º.
(Art. 7º, inc. VII)
Crimes tipificados no Estatuto da Criança e Adolescente – Arts. 240 a 244-
B da Lei n. 8.069/1990
(Art. 7º, inc. VIII)

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