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3.1 - MEMORIA:
O texto aborda a memória humana e as falsas memórias, adotando uma abordagem
multidisciplinar que envolve medicina, psicologia e psiquiatria fisiológica. Inicialmente,
descreve a memória como um conjunto de subsistemas interligados que influenciam e são
influenciados por elementos internos e externos.
A memória é essencial para a formação da personalidade e a interação com o mundo, pois é
através dela que adquirimos, armazenamos e evocamos informações e eventos passados. Ela
não possui uma localização específica no cérebro, mas é resultado de conexões e circuitos
neurais complexos.
O texto também destaca as diversas classificações da memória, incluindo tipos baseados no
tempo de armazenamento, tipo de informação, modalidade sensorial envolvida e etapas do
processo de evocação.
Em seguida, o texto explora o conceito de falsas memórias, destacando que são artefatos
criados pela mente para preencher lacunas na memória. Isso pode ocorrer quando nossas
expectativas, valores e conhecimentos prévios entram em conflito com os eventos reais. O
texto menciona estudos que demonstram como as pessoas podem inadvertidamente inventar
detalhes para completar suas lembranças, muitas vezes acreditando nas lembranças que
criaram.
O texto também aponta que fatores ambientais, sociais, culturais e educacionais podem
influenciar a criação de memórias falsas ou distorcidas. Em última análise, a compreensão da
memória humana e de suas falhas é fundamental para entender como as falsas memórias
podem influenciar o processo penal e os depoimentos de testemunhas.
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Em conclusão, o fenômeno das falsas memórias é uma questão relevante que merece atenção
no sistema de justiça criminal. É crucial compreender como as memórias podem ser
influenciadas e distorcidas ao longo do tempo e durante o processo de coleta de provas.
É evidente que existe um descompasso entre as disposições legais e as práticas jurídicas
relacionadas à coleta de provas e ao depoimento de testemunhas. Essa disparidade pode
contribuir para o desenvolvimento de falsas memórias e prejudicar a busca pela verdade nos
processos criminais.
Para lidar com esse problema, é fundamental que os operadores do direito, incluindo
advogados, juízes e promotores, trabalhem em conjunto com outras disciplinas e ciências,
como a psicologia do testemunho e as neurociências. A adoção de práticas interdisciplinares
pode ajudar a desenvolver medidas e soluções que reduzam o impacto das falsas memórias no
processo penal, contribuindo para decisões mais justas e precisas na resolução dos casos
criminais.
Portanto, a conscientização sobre as falsas memórias e o compromisso com a melhoria dos
procedimentos no sistema de justiça criminal são passos essenciais para assegurar a equidade
e a integridade no processo penal. Isso não apenas protege os direitos dos acusados, mas
também ajuda a garantir que os verdadeiros culpados sejam responsabilizados pelos crimes
que cometeram.