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RESUMO: O sistema de provas utilizado no Processo Penal faz uso de provas testemunhais e
depoimentos pessoais das vítimas da ocorrência. Este testemunho ou depoimento, baseia-se na
memória, esta que, deveras vezes pode ser volátil, não sendo algo certeiro ou sem nuances.
Este artigo trata sobre a Memória, o surgimento das falsas memórias e as provas no sistema
penal brasileiro, ensejando uma maior compreensão sobre impacto causado por elas, fazendo-
se necessário uma profunda perícia em determinados casos. Busca-se através da pesquisa,
demonstrar a fragilidade dos meios de prova utilizados no processo, este que pode impactar e
alterar todo o curso da vida das partes envolvidas. Utiliza-se a pesquisa bibliográfica, a
abordagem dedutiva e o procedimento histórico e analítico, embasadas em artigos e doutrinas
pertinentes do assunto.
1 INTRODUÇÃO
tai_henkes@hotmail.com.
3 Acadêmico do 10º semestre do Curso de Graduação em Direito do Centro Universitário FAI. E-
mail: guilhermesterz@yahoo.com.br.
4 Psicóloga e professora do Curso de Direito do Centro Universitário FAI. E-mail:
deise.stein@seifai.edu.br
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2 MEMÓRIA
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8 ATKINSON, R. L. et al. Introdução à psicologia de Hilgard. 13. ed. Porto Alegre: Artes
Médicas, 2002.
9 MIRA Y LÓPEZ, E. Manual de psicologia jurídica. São Paulo: Vida Livros, 2009.
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se traz informações de momentos que não foram vividos, ou foram, mas não
exatamente daquela maneira.10
Esse fenômeno demonstra ser algo extremamente normal e de forma
corriqueira na vida do ser humano. Falsas memórias fazem parte do processo
cognitivo de armazenamento e construção da informação. Nada tem a ver com
fantasia ou mentira, o sujeito que tem uma falsa memória, acredita fielmente no
que está lembrando.11
Nesse sentido Mira y López traz que:
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Por fim, ressalta-se que, todo acontecimento que se presencia, passa pela
interpretação subjetiva de cada pessoa. Esta interpretação é composta pelos pré
conceitos, expectativas e sentimentos de cada indivíduo. Ainda, demonstra-se a
existência de fatores externos que podem atuar diretamente na compreensão de
determinado evento, como os meios midiáticos, as opiniões e pontos de vista de
outras pessoas. Fazendo com que, na maioria dos casos, a pessoa reconstrua
as lacunas da memória com informações que não estão de acordo com à
realidade daquele evento.
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15 LOPES JUNIOR, Aury. Direito processual penal. São Paulo: Saraiva. 2017. p. 64.
16 LOPES JUNIOR, Aury. Direito processual penal. São Paulo: Saraiva. 2017. p. 65.
17 BRASIL. Código de processo penal (1941). Código de processo penal. In: ANGHER, Anne
Joyce. Vade mecum universitário de direito RIDEEL. 8. ed. São Paulo: RIDEEL, 2010. p. 351-395.
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em: 29/11/2008. Diário de Justiça do Rio Grande do Sul, em 08/11/2007. Acesso em: 10 out.
2017.
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20MIRA Y LÓPEZ, E. Manual de psicologia jurídica. São Paulo: Vida Livros, 2009.
21AMBROSIO, Graziella. Psicologia do testemunho. Revista Trabalhista Direito e Processo. v.
37, ano 10, São Paulo: 2011.
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no processo. Isso faz com que em muitos casos não seja observada a fragilização
causada pelas falsas memórias.
Ao Direito interessa a realidade efetiva dos fatos, mas nem sempre esta
guarda relação direta com a realidade psíquica das testemunhas. Um mesmo fato
pode gerar diferentes interpretações, pois cada indivíduo possui uma visão
particular de mundo. O que a mente percebe e retém dos acontecimentos
depende de fatores internos e externos.
5 CONCLUSÃO
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fato que, em certos casos, durou segundos, podendo abrir espaço para o
surgimento de falsas lembranças de determinado acontecido.
Chama-se atenção ao fato de que é necessário agir com ponderação
quando se busca alcançar a verdade através das provas, devendo ser respeitado
o devido processo legal, e realizadas todas as perícias e procedimentos
necessários para um processo justo, para que assim não ocorra um injusto penal
que pode chegar à danos irreparáveis.
REFERÊNCIAS
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