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Armazenamento
Além disso, é importante entender que a quantidade de gordura armazenada dentro das
células musculares (Triglicéridios) é relativamente pequena em comparação com a
quantidade armazenada no tecido adiposo subcutâneo e no tecido adiposo intra-visceral.
A gordura armazenada nas células musculares e no tecido adiposo precisa ser quebrada
e liberada na corrente sanguínea. O glicerol, um dos componentes da gordura, entra na
célula muscular como intermediário na via da glicólise anaeróbica, enquanto o ácido
graxo entra na mitocôndria e é metabolizado em acetil-CoA, dando início ao ciclo de
Krebs, que produz energia em forma de ATP, água e outros compostos.
É fundamental compreender que
existe uma sequência fisiológica
para que a gordura armazenada no
tecido adiposo abdominal ou nas
células musculares possa ser
utilizada como energia. Antes de
entrar nessa sequência fisiológica,
é importante mencionar os
principais tipos de lipídios, que são
os responsáveis pela produção de
energia durante o exercício físico ou atividades físicas. Um exemplo disso são os
triglicerídeos, que são a forma de gordura armazenada tano no músculos quanto no
tecido adiposito.
Outro ponto importante é
compreender que nosso corpo
possui dois tipos de estoques de
gordura: a gordura essencial e a
gordura de reserva. A gordura
essencial é necessária para o
funcionamento adequado dos mecanismos fisiológicos do corpo humano, como a
estrutura dos neurônios, que possuem uma camada de gordura chamada bainha de
mielina, fundamental para a transmissão nervosa. Quando o percentual de gordura
corporal cai abaixo de 4%, essa gordura essencial começa a ser consumida,
afetando negativamente a capacidade de aprendizagem, memória e outras funções
cerebrais.
No Tecido adiposo é um tipo de tecido conjuntivo
encontrado no corpo humano. Sua principal
nosso
função é armazenar energia na forma de gordura.
Além disso, o tecido adiposo desempenha papéis
importantes na regulação da temperatura
corporal, isolamento térmico, proteção de órgãos
vitais contra impactos e produção de hormônios.
Existem dois tipos principais de tecido adiposo: o
branco e o marrom. O tecido adiposo branco é o
tipo predominante, responsável pelo
armazenamento de energia. Já o tecido adiposo
marrom é mais comum em recém-nascidos e está
relacionado à termogênese, ou seja, produção de
calor. O excesso de tecido adiposo branco pode
levar ao sobrepeso e à obesidade, aumentando o
risco de diversas doenças.
Mecanismo da Lipólise.
O triglicerídeo que é a gordura armazenada significa o seguinte, que você tem 3
moléculas de ácido graxo ligadas quimicamente entre elas a molécula de glicerol. Essa
molécula não consegue atravessar a membrana e cair na corrente sanguínea.
Você precisa de um estresse para ativar a lipólise. Que pode ser a fome, uma dieta
quilo/calórica muito baixa, um remédio ou exercício. Porque para ativar as enzimas que
vão fazer essas quebras, que são as enzimas lípase lipoproteica, preciso da ação
hormonal. então você já deve ter ouvido falar que tem um grupo de hormônios
chamados de hormônios lipolíticos, e esses hormônios tem como função chegar no
tecido adiposo, estimular a enzima lipase lipoproteica proteica e quando são ativadas, as
enzimas vão quebrar as ligações químicas entre as moléculas de ácido graxo e glicerol.
E sabe quais são os hormônios que chegam no
tecido adiposo e que ativam a resposta
enzimática para quebra dessa molécula?
Adrenalina, noradrenalina, GH,
testosterona, glucagon, e cortisol. Esses
hormônios vão ativar as enzimas lípases
proteicas. Estas enzimas vão fazer a quebra das
ligações químicas. E tudo isso vai para o
sangue e chegará lá no músculo. O glicerol vai
entrar na via da glicólise anaeróbica e o ácido graxo vai ser metabolizado acetil COA e
vai para a mitocôndria.
Aqui a gente tem percentual de mudança de hormônios lipolíticos durante o exercício
que vai variando de mudança em relação ao
repouso de 100%. Então temos 200, 300, 400% e
no outro eixo temos o tempo de exercício. Desta
forma o gráfico serve para mostra o que acontece
com a gordura no sangue (FFA), ou seja o ácido
graxo livre, com a ativação da lipólise em função
do hormônio do crescimento (GH) linha roxa,
Adrenalina em verde, em função do Pretinho
triângulo, que é a Noradrenalina. A gente
percebe que quando começo a fazer exercício até
por volta de 15,16, 17 minutos, a quantidade de
gordura no sangue abaixa e mais ou menos depois
de 18, 20, 22 minutos, a quantidade de ácido graxo
livre no sangue começa a aumentar e, dependendo
da quantidade de tempo que você faz exercício,
pode ficar acima de 100% do que tinha no
repouso.
Perceba também que a partir do momento que começo o exercício a quantidade de
ácido graxo livre no sangue começa a alterar, primeiramente diminuindo e depois
aumentando, temos um aumento da liberação de noradrenalina, que é o triângulo, e
aumento da liberação de adrenalina, que é o quadradinho verde. Porém o hormônio
do crescimento só vai começar a aumentar o seu nível no sangue ( portanto,
contribuindo para a lipolise) quando estiver em modelos de treino que tem mais de 40
minutos. Em 40 minutos, a quantidade de GH no sangue praticamente não se alterou
em relação ao repouso e só começou a aumentar a partir do momento que faz treino um
pouco mais longo.
Desde os primeiros segundos de exercício, temos no sangue, aumento da quantidade
tanto de adrenalina quanto da noradrenalina. Vão chegar no tecido adiposo, vão
estimular as enzimas de lípases e quebrar os triglicerídeos. Deixando livre para o
sangue.
Porém existe uma questão aqui. Perceba no gráfico, quando começo o exercício, eu
tenho ácido graxo livre no sangue, porém a quantidade livre no sangue cai antes de
aumentar. E por quê? Já que está liberando adrenalina e nora adrenalina, e esses
hormônios vão agir no tecido adiposo, vão estimular a lipólise, aí vai liberar mais ácido
graxo para o sangue, não deveria simplesmente subir?
Nos primeiros 10 a 15 minutos de exercício, a gordura que nós estamos utilizando como
fonte energética não é a gordura que veio do adipócito na região abdominal, subcutânea,
ou visceral e sim o próprio triglicerídeo que já estava dentro do músculo. Portanto,
quando você vê a quantidade de ácido graxo livre no sangue diminui, é porque o
músculo começou a oxidar o seu estoque, porém é um estoque pequeno, como
exercício, continuou, precisou pegar a gordura do estoque abdominal. Só que isso leva
um tempo para acontecer. Tem que informar o cérebro, o cérebro tem que dar ordem
para uma glândula produzir o hormônio, tem que liberar o hormônio, o hormônio vai
para o sangue agir no tecido adiposo pra começar a liberar a gordura. Então temos todo
esse delay.
Podemos concluir dessa foram que quando realizamos treinos aeróbico de 10 à 15
minutos, estamos utilizando ácido graxo como fonte de energia, contudo não está vindo
do tecido adiposo. Agora já é possível começar a entender as diretrizes de
recomendação do exercício para pessoas com excesso de peso, (1hora de treino
moderado por dia ou acumulo de, pelo menos, 400 minutos de atividade física
moderada à vigorosa por semana), porque é justamente em função desta adaptação
hormonal.
O ácido graxo precisa passar pela borda externa da mitocôndria, onde a enzima CPT 1
desempenha um papel crucial. Em seguida, ele precisa atravessar a membrana
interna da mitocôndria para chegar ao processo de oxidação. Então, o que
determina se esses ácidos graxos entram mais rapidamente ou mais lentamente na
mitocôndria e, consequentemente, oxidam mais ou menos?
Primeiro, é a disponibilidade do
nutriente. Segundo, é ter uma lipólise
eficiente. E terceiro, é ter uma quantidade significativa de proteína FATP e FAT/CD36,
na membrana do músculo.
Portanto, o que determina se o músculo consome mais ou menos gordura depende de
todos esses fatores.
Aqui está uma informação crucial: para o músculo consumir na mitocôndria 1 grama
de glicose, que fornece 4 quilocalorias de energia, é necessário consumir 1 litro de
oxigênio por minuto. No entanto, para consumir o mesmo 1 grama de gordura e gerar
9 quilocalorias, é preciso 2.2 litros de oxigênio por minuto. Portanto, quanto mais
oxigênio houver na mitocôndria, mais essa gordura será consumida. E como o
oxigênio chega ao músculo? Através da função cardiorrespiratória.
Portanto, a conclusão é que precisamos melhorar a função cardiorrespiratória para
permitir que o músculo consuma mais gordura. E também depende, obviamente, do tipo
de exercício, do padrão de contração muscular e de outros fatores.
No nosso corpo, acontece algo semelhante. Para queimar 1 grama de glicose, que fornece 4 quilocalorias de energia, nosso corpo precisa de 1
litro de oxigênio por minuto. Mas para queimar 1 grama de gordura, que fornece 9 quilocalorias de energia, nosso corpo precisa de 2,2 litros de
oxigênio por minuto. Então, assim como o carro precisa de mais ar para queimar diesel, nosso corpo precisa de mais oxigênio para queimar
gordura.
E como o oxigênio chega aos nossos músculos? Através da nossa função cardiorrespiratória. É como se tivéssemos um pequeno motor dentro
de nós, bombeando oxigênio para nossos músculos. Quanto melhor for essa função cardiorrespiratória, mais oxigênio chegará aos nossos
músculos e, portanto, mais gordura eles poderão queimar. Então, se você quer queimar mais gordura, precisa melhorar sua função
cardiorrespiratória, que é exatamente o que exercícios como corrida, natação ou ciclismo fazem.
Agora, vamos analisar um gráfico que mostra como a intensidade do treino é um fator
determinante no metabolismo da gordura. No gráfico abaixo, você tem o percentual de
consumo de substratos energéticos pelo músculo durante o exercício.
que promovem a liberação de ácidos graxos do tecido adiposo abdominal para o sangue.
Vamos
analisar a curva do lactato. Se o consumo de glicogênio pelo músculo diminuiu, a
resposta do lactato, que é produzido no metabolismo do glicogênio, também deve
ter diminuído. A linha Isso pode ser explicado pela diminuição da resposta da
adrenalina (epinefrina). Se a adrenalina diminuiu em comparação ao período pré-HIIT,
isso significa que a frequência cardíaca também diminuiu, pois menos adrenalina resulta
em menos estimulação cardiorrespiratória. Portanto, a frequência cardíaca durante o
treino aeróbico antes do HIIT era maior do que após 7 sessões de HIIT. Isso torna o
exercício mais seguro para o coração.
Outro ponto importante é que, embora a quantidade total de substratos consumidos pelo
músculo não tenha apresentado um aumento ou diminuição significativa, houve uma
mudança significativa na utilização desses substratos.
No treinamento HIIT, houve uma redução na quantidade de glicogênio consumido e um
aumento correspondente no consumo de gordura. Isso é de extrema importância quando
se considera a adaptação fisiológica necessária para o emagrecimento. Mas por que isso
ocorre? O treinamento HIIT desencadeia alterações na função enzimática mitocondrial.
A análise revelou um aumento na atividade da enzima citrato sintase após 13 sessões
de HIIT. Essa melhoria na função enzimática permite uma captação mais eficiente de
gordura e uma maior oxidação de ácidos graxos.
Glicólise a produção de energia a partir de carboidratos é a glicólise, que ocorre no citoplasma da célula. Durante a glicólise, uma
molécula de glicose é quebrada em duas moléculas de piruvato, gerando um pouco de ATP. O piruvato produzido na glicólise é
transportado para a mitocôndria, onde ocorre uma etapa adicional de oxidação chamada de descarboxilação oxidativa. Durante
esse processo, cada molécula de piruvato é convertida em uma molécula de acetil-CoA, que entra no ciclo de Krebs para a
produção de energia.
Os ácidos graxos passam por um processo chamado beta oxidação, que ocorre nas mitocôndrias. Durante a beta oxidação, os ácidos
graxos são quebrados em unidades menores chamadas de acetil-CoA. O acetil-CoA produzido pela beta oxidação entra
diretamente no ciclo de Krebs dentro da mitocôndria para a produção de energia.
A glicólise ocorre no citoplasma, enquanto a beta oxidação, quebra dos ácidos graxos, ocorre nas mitocôndrias. Além disso, a
glicólise produz uma pequena quantidade de ATP antes do piruvato entrar na mitocôndria, enquanto a beta oxidação gera acetil-CoA
diretamente para o ciclo de Krebs.
Os carboidratos são uma fonte de energia rápida, prontamente disponível para o corpo, enquanto os ácidos graxos são uma fonte de
energia de longo prazo, armazenada nas gorduras e usada durante períodos prolongados de atividade física ou jejum.
Perder peso refere-se simplesmente à redução do peso corporal total. Isso pode incluir a perda de gordura, músculo, água ou até
mesmo massa óssea. A perda de peso pode ser medida facilmente usando uma balança.
Emagrecer, por outro lado, é um termo mais específico que se refere à redução da gordura corporal. Emagrecer implica em uma
melhoria na composição corporal, onde a proporção de gordura corporal diminui e a massa muscular magra aumenta ou permanece a
mesma.
É possível perder peso sem emagrecer. Por exemplo, se uma pessoa perde massa muscular através do desuso ou desnutrição, ela pode
perder peso sem necessariamente emagrecer. Da mesma forma, é possível emagrecer sem perder peso. Isso pode ocorrer se uma
pessoa está se exercitando e ganhando massa muscular enquanto perde gordura. Nesse caso, o peso na balança pode não mudar, mas a
composição corporal melhora.