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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE

AMANDA COELHO FERREIRA DE SOUSA


EMILY FERREIRA ARAÚJO
GABRIELLE DE LIMA BARRETO
ROSA MARIA CALDAS DE OLIVEIRA

TECIDO ADIPOSO

GOVERNADOR VALADARES
2021
O tecido adiposo é um tipo especial de tecido conjuntivo formado por adipócitos e é
dividido em multilocular e unilocular. Ele se encontra espalhado pelo corpo e tem
função de sintetizar e armazenar lipídeos em forma de gotículas de gordura,
proteger os órgãos contra choques mecânicos, sustentar os órgãos internos nos
seus lugares, ser isolante térmico e ainda ser a maior reserva de energia que temos
no corpo. Existem dois tipos de tecido adiposo, o tecido adiposo multilocular também
pode ser chamado de marrom/pardo ele possui várias gotículas de gordura em cada
adipócito e é característico de recém nascidos e animais que hibernam, pois sua
principal função é manter o calor corporal, porém ao longo dos anos esse tipo de
tecido adiposo vai desaparecendo. E o tecido adiposo unilocular que também pode
ser chamado de comum/branco ele é composto por uma única gotícula grande de
gordura em cada adipócito suas funções são de reserva energética, isolante térmico
e também proteção e sustentação dos órgãos internos contra pressões externas.
Além de todas essas funções, o tecido adiposo apresenta a capacidade secretora,
sendo responsável pela liberação do hormônio leptina. Esse hormônio atua
informando o cérebro sobre a presença de tecido adiposo excessivo levando a
eliminação do apetite. A obesidade tem como causa principal, o excesso de energia
ingerida (carboidrato) que não foi gasto. Isso ocorre quando há um desequilíbrio no
tecido adiposo. Quando ingerido e extrapolado a capacidade de armazenamento e
oxidação, o carboidrato é convertido em gordura pela lipogênese, ou seja, a
transformação de carboidratos em glicose. Esse processo ocorre predominante e
diferentemente no fígado e no tecido adiposo.
Tem sido discutido a muito tempo, o tecido adiposo apenas como um
armazenamento de energia, porém esse conceito foi reformulado após a descoberta
da leptina, que é um hormônio fabricado pelas próprias células de gordura, ele age
diretamente no cérebro inibindo o apetite, reduzindo a ingestão de alimentos, ela
ajuda a manter o peso corporal. Esse hormônio ajuda também na oxidação lipídica e
a biogênese mitocondrial, ela acelera o gasto de energia nos tecidos por meio da
sinalização local.
Em crianças, a expansão da massa, é acompanhada pela hiperplasia de adipócitos,
nos adultos, porém, o aumento da massa se dá pela hipertrofia dos adipócitos.
A obesidade tem como causa principal, o excesso de energia ingerida (carboidrato)
que não foi gasto. Isso ocorre quando há um desequilíbrio no tecido adiposo.
Quando ingerido e extrapolado a capacidade de armazenamento e oxidação, o
carboidrato é convertido em gordura pela lipogênese, ou seja, a transformação de
carboidratos em glicose. Esse processo ocorre predominante e diferentemente no
fígado e no tecido adiposo.
O IMC de uma pessoa (adulta ou criança) nem sempre está relacionado a
obesidade, muitas vezes, pessoas mais magras, tem problemas cardiovasculares,
diabetes, e não é obeso, nem sempre ser obeso é sinônimo de doença. Alguns
estudos revelaram que o tecido adiposo devido à inflamação ser remodelado é um
fenômeno reversível, esse fenômeno é associado a sensibilidade da insulina e à
adiposidade, também foi descrito que a perda de peso após a cirurgia bariátrica em
obesos acaba resultando na redução da expressão de genes inflamatórios e número
de células imunes pró-inflamatórias, assim, é provável que o reequilíbrio das células
imune e pro-inflamatórias, acaba sendo conduzido por estímulos externos, como
hormônios, citocinas ou produtos químicos.

Referências bibliográficas: CHOE, Sung Sik; HUH, Jin Young; HWANG, In Jae; et al.
Adipose Tissue Remodeling: Its Role in Energy Metabolism and Metabolic
Disorders. Frontiers in Endocrinology, v. 7, 2016. Disponível em:
<https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fendo.2016.00030/full>. Acesso em:
4 Mar. 2021.
FONSECA-ALANIZ, Miriam H.; TAKADA, Julie; ALONSO-VALE, Maria Isabel C.; et
al. O tecido adiposo como centro regulador do metabolismo. Arquivos Brasileiros
de Endocrinologia & Metabologia, v. 50, n. 2, p. 216–229, 2006. Disponível em:
<https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-
27302006000200008&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 4 Mar. 2021.

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