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Células adiposas:

 Adipócitos
CARACTERIZAÇÃO
 As células adiposas podem ficar isoladas ou em pequenos grupos
no tecido conjuntivo comum, embora a maioria se agrupe no tecido
adiposo espalhado pelo corpo.

 O tecido adiposo é muito influenciado por estímulos nervosos e


hormonais - as células adiposas são capazes de sintetizar ácidos
graxos a partir da glicose, processo acelerado pela insulina.

 Cada célula adiposa é envolvida por lâmina basal e sua membrana


plasmática mostra numerosas vesículas de pinocitose;
Funções:

 Armazenamento eficiente de energia: triglicerídeos fornecem


9,4Kcal/g, contra apenas 4,1kcal/g do glicogênio;

 Modela a superfície corporal.

 Forma os coxins absorventes de choques, principalmente na planta


dos pés e na palma das mãos.

 Contribui para o isolamento térmico do organismo.

 Preenche espaços entre outros tecidos e auxilia a manter os órgãos


em posições normais

 Os adipócitos multiloculares são especializados em produzir calor,


ajudando na termorregulação.
Variedade de tecido adiposo:

Tecido adiposo comum, amarelo ou unilocular:

Septo de
conjuntivo
TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR
 Células contém apenas uma gotícula de gordura, que ocupa quase
todo o citoplasma;

 A cor varia entre o branco e o amarelo-escuro a coloração deve-se


ao acúmulo de carotenóides dissolvidos na gordura;

 Distribui-se por todo o corpo e seu acúmulo depende do sexo e da


idade;

 Forma o PANÍCULO ADIPOSO - camada disposta sob a pele de


espessura uniforme por todo o corpo do recém-nascido. Desaparece
em certas áreas com a idade, desenvolvendo-se em outras -
Deposição seletiva regulada pelos hormônios sexuais e hormônios
adrenocorticais;
 As células adiposas
uniloculares possui uma
delgada camada de
citoplasma em torno do
espaço deixado pela
gotícula lipídica;
 O tecido adiposo
unilocular é ricamente
vascularizado
Tecido adiposo pardo, ou multilocular:

Fotomicrografia do tecido adiposo pardo de recém-nascido. As células


contêm gotículas de gordura de vários tamanhos. As células estão muito
concentradas e seus limites são difícies de distinguir.
TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR
 Possui cor parda devida à vascularização abundante e às numerosas
mitocôndrias presentes.

 É de distribuição limitada, no recém-nascido é localizado na porção


dorsal do tronco.

 Não cresce, tendo sua quantidade reduzida no adulto.

 As células são menores e em forma de polígono, citoplasma


carregado de gotículas lipídicas de vários tamanhos com numerosas
mitocôndrias

 As células formam massas compactas em associação com capilates


sangüíneos - lembram glândulas endócrinas.
TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR
 Tem como função produzir calor, com papel importante nos animais
que hibernam

 Função de termorregulação no recém-nascido, protegendo-o contra


o frio excessivo.

 É estimulado pela noradrenalina - tecido mulltilocular acelera sua


lipólise e oxidação dos ácidos graxos que produz calor pela ação da
proteína termogenina.

 Sua origem é a partir de células do mesênquima que adquire


aspecto de glândula endócrina cordonal antes de acumular gordura.
O TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR E O
MULTILOCULAR SÃO INERVADOS POR FIBRAS
SIMPÁTICAS DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

 No tecido unilocular as terminações são encontradas


apenas na parede dos vasos sangüíneos

 No tecido multilocular as terminações nervosas


simpáticas atingem diretamente as células adiposas.

 Esta inervação desempenha um papel importante na


mobilização das gorduras, quando os organismos são
sujeitos a atividades físicas intensas, jejuns prolongados
ou frio.
Adipócitos
A membrana dos adipócitos possui receptores
para diversos hormônios:
 Hormônio do crescimento

 Glicocorticóides

 Insulina

 Hormônio da tireóide

 Prolactina
Ação dos Glicocorticóides
 O papel dos corticosteróides no organismo é variado, estando
associado à atividade normal assim como à resposta a stress de
diversas origens (infecções,
( lesão traumática, queimaduras,
hemorragias, dor, situação de medo e luta, etc). Possui
diferentes vertentes:
 Metabolismo intermediário dos açúcares, gorduras e proteínas 
 Os corticosteróides aumentam a quebra de proteínas para que sejam
transformadas em glicose pelo fígado (gliconeogénese), levando por
isso a um aumento da glicemia (quantidade de glicose no sangue).
Levam também a que a gordura acumulada no corpo entre na
circulação sanguínea, para que possa ser utilizada pelos tecidos na
produção de energia. Em resumo, os corticosteróides aumentam a
disponibilidade de "ingredientes" para a produção de energia.
AÇÃO DOS GLICOCORTICÓIDES

 Manutenção do tónus muscular dos vasos sanguíneos 


 mantêm um certo grau de contração dos vasos, que impede
uma dilatação exagerada destes. Se isso ocorresse, o sangue
teria dificuldade em chegar aos órgãos, com colapso
circulatório, parada cardíaca e morte.
 Regulação do balanço hidroeléctrico 
 Atuam no rim aumentando a reabsorção de sódio e
consequentemente de água, por troca com potássio e prótons
(H+). O resultado é um aumento do volume de fluido
extracelular, ligeiro aumento da concentração plasmática de
sódio, hipocaliémia e alcalose.
Ação da Insulina
 Ela aumenta a velocidade de transporte da glicose para
dentro das células musculares e do tecido adiposo. Com a
captação da glicose, se ela não for imediatamente
catabolizada como fonte de obtenção energética, gera-se
glicogênio nos músculos e triglicerídeos no tecido
adiposo.
 Ela atua primeiramente reabastecendo as reservas de
glicogênio nos músculos e no fígado. Depois disso, se os
níveis de glicose sangüínea ainda forem altos, a insulina
estimula o seu armazenamento em tecido adiposo.
Ação do hormônio da Tireóide
 Aumentam o metabolismo das gorduras, estimulando a
concentração de ácidos graxos livres no plasma e
acerelam acentuadamente a oxidação dos ácidos graxos
livres pelas células.
 Segundo BERNE; LEVY 2003, o efeito metabólico geral
do hormônio tireoidiano é descrito como o de acelerar a
resposta ao jejum.
Ação da Prolactina
 A prolactina é um hormônio protéico, produzido na
hipófise anterior. Tem importante papel na secreção do
leite, sendo liberada quando o mamilo é manipulado
(sucção). Os estímulos vão ao hipotálamo, onde há
produção de PRF (fator de liberação de prolactina). Há
então, a inibição do PIF (fator inibidor de prolactina).
Este hormônio estimula o crescimento da mama e a
produção de leite. Ela inicia e mantém a lactação, atuando
na diferenciação das células glandulares e atuando no
metabolismo da síntese do leite.
AÇÃO DA PROLACTINA

 Estimula a substituição do tecido adiposo por tecido


glandular (parênquima);
 os alvéolos se diferenciam completamente (ação da
prolactina e da progesterona).
 O epitélio de revestimento e as células que o rodeiam se
formam por um processo que vem da diferenciação dos
alvéolos. Todo este processo se chama mamogênese.
 Estes hormônios ligados ao crescimento e desenvolvimento
das glândulas mamárias atuam de algumas formas: os
estrógenos estimulam a síntese de DNA e a prolactina
participa ativamente da síntese de RNA e proteínas.
Armazenamento e liberação de gordura:
 O tecido adiposo unilocular, após período de inanição ou
alimentação deficiente em calorias, perde quase toda sua
gordura e se transforma em um tecido com células poligonais
ou fusiformes, com raras gotículas lipídicas.

 Nesses casos, os lipídeos são primeiro retirados dos depósitos


subcutâneo e mesentérico; os dos coxins das mãos e pés
resistem mais tempo.
Origem das células adiposas:
Sem leptina Com leptina

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