@medvet.
anapieri  Córtex (camada externa): zona parenquimatosa →
Resulta no desenvolvimento do gameta feminino.
A ovogênese pode ser dividida em três etapas
consideradas básicas:
- Período de multiplicação: onde ocorrem as mitoses nas células
que virão a se tornar gametas femininos, chamados de ovogônias
(2n). Tais divisões acontecem no epitélio germinativo do ovário no
início da fase fetal, até possivelmente o terceiro mês de vida do
indivíduo.
- Período de crescimento: neste período as ovogônias começam a
acumular substância reserva (vitelo) e aumentam em volume. Tal
etapa é caracterizada pela nomenclatura dos ovócitos como
ovócitos primários ou ovócitos I (2n).
- Período de maturação: já neste período, inicia-se o processo de
meiose I, porém não é completada e os ovócitos ficam paralisados
em prófase I. A meiose continuará apenas após o hormônio FSH
começar a estimular a próxima fase.
Os ovários são glândulas duplas que possibilitam o
desenvolvimento dos ovócitos e a produção dos hormônios. São
descritos como estruturas em forma de amêndoas na maioria das
espécies e em forma e em forma de feijão/formato de rim na
égua. Ao analisar um ovário, vê-se que é dividido em duas partes:
constituída por folículos em diferentes estágios de
desenvolvimento, bem como por estruturas derivadas
dos folículos, como corpos hemorrágicos, corpos lúteos,
corpos albicans e folículos atrésicos.
 Medula (camada interna): zona vascular → região
constituída por vasos sanguíneos, nervos e vasos
linfáticos, que ocupam completamente a porção central
do ovário.
Em equinos o padrão é invertido, a zona parenquimatosa é a
camada interna e a zona vascular é a camada externa.
Envolve uma série de mudanças sequenciais em
componentes da parede folicular como células da teca,
células da granulosa e ovócito. Esses grupos de folículos
iniciam seu desenvolvimento juntos em determinados
períodos do ciclo estral. Esses fenômenos são conhecidos
como ondas de crescimento folicular. As fases do
crescimento dos folículos são:
- Até a formação do antro (cavidade preenchida por líquido);
é a fase mais longa e é regulada pelo próprio ovário.
- Após a formação do antro: depende principalmente da
presença de FSH e LH, além de uma participação do
estrógeno, que é produzido pelo próprio folículo; tem início
quando o folículo dominante da onda de desenvolvimento
ovula ou inicia o processo de atresia (folículo atrésico é
aquele que não se desenvolveu propriamente e é
descartado).
 Folículo Primordial: folículo formado ainda durante a vida
fetal; consiste em um oócito primário envolvido por uma
única camada de células foliculares achatadas;
 Folículo Primário (unilamelar): após a puberdade cada
pequeno grupo de folículos primordiais iniciam o processo
de crescimento folicular, que compreende modificações
dos ovócitos, das células foliculares e dos fibroblastos do
estroma ovariano que envolve cada folículo. Assim, alguns
folículos primordiais são selecionados para entrarem na
fase de crescimento (estimulada pelo FSH); na primeira
parte, o crescimento do oócito é muito rápido, as células
foliculares se dividem por mitose, formando uma camada
única de células cubóides;
 Folículo Secundário (multilamelar ou em crescimento): as
células foliculares continuam a se proliferar, dando
origem à um epitélio estratificado conhecido como
camada granulosa, passando assim a ser chamado de
 folículo multilamelar; (também conhecido como folículo
pré-antral).
FASE FOLICULAR:
 Folículo terciário (antral/maduro/de Graaf): é um folículo
bem grande devido ao aparecimento do antro (espaço Hipotálamo
intercelular cheio de líquido); possui uma camada +
granulosa como proteção para o ovócito; as tecas GnRH ↑
internas (células numerosas e capilares) e externas Adeno-hipófise
-
(menos celularizada e mais fibrosa) se encontram bem
FSH ↓ e Lh↑
desenvolvidas; nesta fase ocorre a liberação do 1°
corpúsculo polar. Este é um folículo pronto para a Ovários
ovulação. ↑ Estrógeno Progesterona

A maioria dos folículos secundários e terciários regride, ↑ pico de estrógeno: cio

Fase folicular: não
formando assim os folículos atrésicos.
precisa/depende de
causa feedback negativo na adeno-hipófise p/ parar de
FSH e LH até a fase
produzir FSH; e causa feedback positivo no hipotálamo,
de folículo secundário aumentando a produção de LH

Os principais hormônios são: A fase folicular é iniciada pelo FSH, acompanhada pelo
aumento de estrógeno, que tem um aumento rápido e desencadeia
 GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina): é um um aumento pré-ovulatório de LH, que induz a ovulação.
hormônio produzido pelo hipotálamo e sua principal
função é o estímulo da liberação de gonadotrofina OBS.: folículo se rompe devido o pico de LH e depois retorna ao
(FSH e LH) pela hipófise. ovário para se transformar em corpo lúteo, que vai produzir
progesterona (predominantemente) e estrógeno em baixa
 FSH (hormônio folículo estimulante): age principalmente
quantidade.
nos ovários, e suas principais funções concentram-se no
desenvolvimento folicular; é responsável pela produção FASE LUTEAL:
de estrógeno pelos folículos, produção de inibina por
folículos em fase final de desenvolvimento e o aumento Hipotálamo
dos receptores para LH nos folículos; é produzido pela -
GnRH ↓
hipófise, sendo secretado em resposta ao GnRH.
 LH (hormônio luteinizante): suas principais funções são a Adeno-hipófise
promoção da ovulação, formação do corpo lúteo e -
FSH ↓ e Lh ↓
secreção inicial de progesterona; é produzido da mesma
forma que o FSH. Ovários
 Estrógeno: responsável pela indução do ciclo estral,
↑ Progesterona Estrógeno
aumento da vascularização, contrações e secreções
genitais e o controle da secreção de GnRH e
gonadotrofina; é considerado um dos esteróides Útero
Prostaglandina (PGF₂α)
ovarianos e é produzido pelos folículos em → faz luteólise
desenvolvimento.
 Progesterona: é um esteróide produzido pelo corpo lúteo; A fase luteínica é caracterizada por uma mudança na
suas principais funções são: aumentar a secreção do dominância de estrógenos para progesterona pela formação de
endométrio e diminuir a contração do miométrio um corpo lúteo → o corpo lúteo prepara o útero para receber o
estimulação da glândula mamária (produção de leite) para embrião, o que significa que a progesterona fica aumentada,
a preparação do útero para a gestação. gerando o aumento da secreção do endométrio, a diminuição da
 Inibina: é produzida pelos folículos na sua fase final de contração do miométrio, aumento do tecido das glândulas mamárias
desenvolvimento e tem como função sistêmica o bloqueio e a pausa na ovulação.
da síntese do FSH na adeno-hipófise.
 Prostaglandina: é produzida pelo útero e tem como Se não houver fecundação, o útero sinaliza com a
função provocar a regressão do corpo lúteo, com queda prostaglandina e assim acontece a luteólise. Aumenta o estrógeno
na produção de progesterona. e a ovocitação volta a acontecer.
 Na maioria dos animais domésticos, a fase folicular útero antes do trabalho de parto. Ele também pode ser sinal para
ocorre junto com a fase lútea, e, portanto, a ovulação ocorre a produção de prostaglandina que ocorre no período imediato antes
relativamente mais cedo no ciclo estral. do parto, ela inicia a regressão do corpo lúteo (quanto presente) e
a redução subsequente das concentrações de progesterona.
Assim, com o aumento do nível de estrogênio e a queda do nível de
Definição: fenômeno rítmico observado na maioria das espécies progesterona o útero passa a estar mais propício ao início das
domésticas no qual há períodos regulares de receptividade sexual contrações de expulsão fetal. As contrações dos músculos uterinos
em intervalos característicos para cada espécie. e abdominais, junto ao relaxamento dos ligamentos pélvicos, à
separação da sínfise pélvica e à dilatação da pelve, asseguram a
→ Fases: expulsão do feto.
 Proestro (“pré-cio”; acontece de vacas montarem umas Estágios:
nas outras): regressão do corpo lúteo e o
desenvolvimento folicular; dura cerca de 2 a 3 dias  Contrações uterinas (contribuem com a dilatação do
(estrogênica) cérvix e a apresentação do feto)
 Estro (“cio”): período de receptividade sexual →  Contrações associadas à expulsão fetal ( envolvem
ovocitação (exceto vaca); dura cerca de 12 a 18 horas contrações da musculatura abdominal)
(estrogênico)  Expulsão das membranas fetail
 Metaestro (“pós-cio”): desenvolvimento inicial do corpo ↑ Cortisol fetal
lúteo; dura cerca de 2 a 3 dias (progesterona) (3-4 semanas antes do parto)
 Diestro: atividade do corpo lúteo maduro; dura cerca de
13 a 15 dias (progesterona)
↑ Estrogênio
OBS.: anestro: período de inatividade ovariana (na cadela dura Proteínas (unidade fetoplacentária)
meses); égua: estro e não-estro. contráteis ↑ Relaxina
miometriais
O ciclo pode ser descrito de uma forma comportamental, ↑ PGF₂α
indicando o momento em que a fêmea se encontra em estro (24-35 hrs antes do parto) ↑ sensibilidade a
(sexualmente receptiva, ou não); pode também ser descrito com ocitocina
referência à atividade ovariana, caso a diferenciação dos folículos
e do corpo lúteo seja possível. Os animais podem estar na fase Regressão do corpo lúteo
folicular (proestro e estro) ou na fase lútea (metaestro e diestro). ↑ Mobilização do
Nos equinos a função da identificação do corpo lúteo por ↓ Progesterona Ca²ˉsacoplasmático
palpação transretal pode ser relativamente difícil, as éguas são
classificadas pelo seu comportamento sexual: estro ou não estro. Potencial contrátil
Em geral, os animais são classificados como monoestrais do miométrio
(um estro ao ano) ou poliestrais (mais de um período estral ao ano);
existe ainda o animal poliestral sazonal, que tem ciclos estrais
repetidos dentro de uma estação de procriação fisiológica (certa
época do ano), seguidos de um período de anestro até que chegue
a próxima estação de procriação. Expulsão do feto
Resumo:
↑ Cortisol (faz a placenta produzir muito estrógeno) – feto
estressa dentro do útero que fica apertado
Uma alteração hormonal importante que ocorre pouco
antes do parto é o aumento da produção de estrogênio. A unidade ↓
fetoplacentária produz estrogênio conforme a maturidade fetal P4 ↑ Estrógeno – placenta (faz com que o miométrio se contraia
aumenta. O aumento da produção de cortisol pelos córtices e aperta ainda mais o feto)
adrenais, somado à maturidade do feto, inicia esse aumento da
produção de estrogênio antes do parto. A secreção estimula a ↓
produção de proteínas contráteis miométriais na musculatura do
 ↑ Prostaglandina (PGF₂α) – útero (inicia ondas de contração;
aumenta a sensibilidade de ação da ocitocina)
Relaxina → produzida algumas horas antes para preparar o cérvix
para o parto
*Parto eutócico → realizado sem interferência do veterinário
*Parto distócico → realizado com a interferência do veterinário
Hipotálamo
(PGF₂α)
Adeno-hipófise ↑ Contração do útero
luteólise (↓P4)
↑ receptores de ocitocina
Adrenal
CORTISOL
OBS.: Os hormônios proteicos que são produzidos durante a
gestação tendem a ser de origem placentária. Por exemplo, a
relaxina, um hormônio produzido pela placenta em gatas, cadelas e
éguas, que além da sua importância para a preparação de tecidos
moles do canal pélvico para a passagem do feto ao nascimento, ela
também pode ser importante para o suporte da gestação através
de uma ação sinérgica com a progesterona.. Com exceção à regra
geral de produção de hormônio proteico pela placenta, a relaxina é
produzida pelo corpo lúteo em porcas, vacas e primatas durante
a gestação, com a liberação pré-parto, ocorrendo junto da luteólise.
internamente por células mioepiteliais contráteis, cuja contração
origina a ejeção do leite. O agrupamento de vários alvéolos formam
um lobo secretor.
Os lobos expelem a secreção por meio de ductos, que
por sua vez drenam os ductos lactíferos e desembocam em
cisternas, que são áreas especializadas para o armazenamento do
leite, que por fim se abrem para fora através do canal papilar.
Teto (mais utilizado para animais de produção) ou papila mamária
(mais utilizado para cadelas e gatas)
Mama: todo o conjunto (composto em sua maior parte por gordura)
Ubere em vacas: 4 mamas
Fêmeas ruminantes: dentro de cada mama têm uma glândula
mamária
Equinos e suínos - 1 mama → 2 glândulas mamárias
As glândulas mamárias são estrategicamente separadas!
OBS.: Quanto mais caudal for a mama, mais leite ela produz -> há
maior disputa pelas mamas (alguns filhotes acabam mais
favorecidos que os outros); em granjas comerciais ocorre o
revezamento dos filhotes
IRRIGAÇÃO E DRENAGEM DAS GLÂNDULAS MAMÁRIAS
Células alveolares: produzem o leite (fazem a transferência de
cálcio, magnésio, etc; colostro: gordura, imunoglobulinas, etc)

A lactação constitui o processo que define os mamíferos → Células alveolares: possuem receptores de prolactina (hormônio
como classe biológica. O desenvolvimento pós-natal dos mamíferos que provoca a produção do leite); → ADENO-HIPÓFISE
vai depender, em grande medida, dos nutrientes e defesas
→Células mioepiteliais: possuem receptores de ocitocina (hormônio
fornecidos pela mãe através da secreção de leite (imunoglobulinas).
que provoca a descida do leite; → NEURO-HIPÓFISE
Assim, uma vez concluído o desenvolvimento gestacional do feto, a
glândula mamária irá substituir, de certa forma, a função nutritiva Desenvolvimento da glândula mamária:
e protetora da placenta durante a gestação.
*Puberdade: ocorrência de cios (ovocitação e formação de corpo
Quanto à anatomia da glândula mamária, sua estrutura lúteo)
funcional é bastante semelhante em todos os mamíferos, apesar
*Ciclos estrais periódicos: produção de estrógeno (estimula a
de variar quanto ao tamanho, forma e número de glândulas de
produção/formação de ductos lactíferos) e progesterona
acordo com a espécie. Elas se desenvolvem como estruturas pares
(estimula o desenvolvimento dos alvéolos)
que variam desde um par (égua, cabra e ovelha), dois pares (vaca)
ate sete ou nove (porca), podendo estar distribuídas na região do - Desenvolvimento dos ductos galactóferos e sistema alveolar
comprimento torácico, abdominal e inguinal. Nos animais domésticos
em geral o conjunto é chamado de úbere.
Tomando como exemplo a vaca, a glândula é dividida em
duas estruturas: estroma → formado por tecido conjuntivo de
sustentação à segunda estrutura; a segunda estrutura é o tecido
secretor → formado por acúmulos de células secretoras
formando estruturas ocas chamadas alvéolos, que são unidades
fundamentais para a secreção do leite, e estão circuladas
 EJEÇÃO DO LEITE LIBERAÇÃO DE PROLACTINA

Impulso nervoso A produção de prolactina (PRL produzida pela adeno-hipófise por

meio de estímulo do hipotálamo) depende dos estímulos.
*Produção do Leite
Hipotálamo
Hipotálamo VIP (peptídeo vasoativo
intestinal)/TRH (hormônio
Neuro-hipófise liberador de tireotrofina)
estímulo Adeno-hipófise
PRL (prolactina)
Ocitocina na circulação
Mamas/Glândulas mamárias
liberação do leite age nas
40-50 segundos
Glândula mamária células alveolares

Receptores nas células mioepiteliais Feedback negativo da lactação: sem a sucção, o hipotálamo passa
a produzir dopamina (PIF → Fator Inibidor da Prolactina), então,
para-se a produção da prolactina, que para de gerar estímulo nas
Contração células alveolares, parando a produção de leite.

Hipotálamo
Leite nos ductos para os tetos Dopamina
(PIF)
Adeno-hipófise
PRL

Mamas/Glândulas mamárias

LIBERAÇÃO DE OCITOCINA
*Descida do Leite
→ Estímulo do bezerro na fêmea ou da ordenha; teto manda um
estímulo para o hipotálamo por meio da medula espinhal; para o
leite descer a ocitocina estimula o leite já pronto a descer.

Hipotálamo
ocitocina
Estímulos (visão,
audição, sucção) Neuro-hipófise
ocitocina

Mamas/Glândulas mamárias
células mioepiteliais