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torturas, assassinatos e um relacionamento totalmente doentio. Se você se sente sensível com qualquer um desses
E era isso que acontecia com Park Jimin. Naquele momento, estava deitado
finalmente em seu precioso quarto, depois de exatos seis meses no inferno
daquela clínica.
Sua mãe, Park Sue, era absurdamente irritante ao seu puro e mais sincero ver.
Tratava-o como um mero bebê com problemas mentais. E seu pai, Park
Twan, que desde muito cedo fora um psiquiatra renomado e muito ocupado,
sempre reforçaria os pensamentos da esposa.
Porém, por mais que a vida da família Park parece ser assim tão imensamente
perfeita quando observada de fora, por dentro, o casal passava por uma crise:
depois da traição que Twan cometeu, um turbilhão de brigas incessantes
surgiu num passe de mágica, e, a tentativa de suicídio de seu filho único.
Park Jimin era um garoto sensível e muito calado. Feições imaturas, lábios
carnudos e olhos pequenos - estes que, sempre que sorria, formavam
apreciáveis meias-luas. No entanto, Park Jimin nunca sorria.
Primos tão colados que Park Twan desconfiava se até já foram ou são
namorados.
Jimin tinha a peculiar mania de ficar em seu quarto - muitas vezes no escuro
-. Preferia seus livros de terror e suspense a computadores e vídeo games. E
quando ligava seu notebook era somente para entreter-se com séries ou
animes.
Ele sabia que seu filho estava depressivo, é claro. Mas, toda vez que tentava se
aproximar do garoto, era cortado por olhares irônicos e sarcásticos. O rosto
delicado do seu filho estava sempre coberto pelo capuz do moletom ou por
uma expressão de desdém, e em seus ouvidos, alguma banda de rock sempre
tocava nos fones.
Seu filho nunca havia tratado a mãe dessa forma tão rude. Normalmente a
maior desavença era com o pai, mas, desde que seu garotinho chegou da
clínica, nem mesmo a olhou nos olhos.
O membro mais velho da família tinha seus 38 anos muito bem conservados.
Fumava um charuto cubano, enquanto pensava o que fazer com seu amado
filho problemático.
Ele já havia feito e tentado de tudo o que estava sob seu alcance, e, ainda sim,
Jimin tentou tirar a própria vida. Nunca se sentira tão desesperado e culpado
em toda sua vida.
Tudo o que havia feito. A traição, e, tudo. Tudo o que se seguiu depois.
Uma vez, sentia-se tão tempestuoso com Sue por tentar seguir adiante e sair
com um dos seus amigos da época da faculdade, que insinuou que a mesma
havia dado o golpe da barriga nele. E se lembra perfeitamente do tapa
estalado que recebeu da esposa. Muito merecidamente.
Claro que ele não falava sério, mas queria afeta-la de alguma forma. Pois
estava possuído pelo ciúmes e medo de perder tanto ela, quanto Jimin, para
um qualquer. Ele jamais permitiria isso.
- Ele só está com raiva, querida. Logo ele entende que tudo o que fizemos, foi
para o seu próprio bem. - Disse, acariciando os cabelos da mulher.
- Eu tenho esperança de que sim, meu amor. - Foi dito por fim. Dando-lhe um
beijo carinhoso em sua têmpora. - Porque eu não sei mais o que fazer.
Jimin estava irritado - mas tão irritado - com a falsidade dos pais. De
fingirem que se preocupam mesmo com ele.
Seu pai dissera, uma vez, que ele só foi fruto de um golpe de barriga que a
mamãe deu no papai. Park Jimin ouviu tudo. Mas eles não sabem.
Falsa.
Logo depois, foi transferido para a clínica - mais conhecida como inferno -
onde conheceu Taehyung. A única coisa boa disso tudo. Viraram grandes
amigos. O garoto era uma versão mais medrosa do próprio Jimin.
Até tentaram ter algo a mais, afinal, ambos eram homossexuais assumidos.
Mas, assim como Jimin, era absurdamente passivo, então não conseguiram
passar dos beijos e alguns toques. Entretanto, logo depois, ambos riram das
tentativas falhas. Simplesmente não tinham química nenhuma, então viraram
melhores amigos. E doía muito imaginar Taehyung sozinho naquele inferno.
Batia um desespero e só o fazia sentir ainda mais raiva dos pais.
A casa estava bastante escura. Havia comida pronta em cima do fogão, mas
preferiu pegar alguns salgadinhos, uma lata de refrigerante, e, muitos, muitos
doces.
- Não é uma alimentação muito saudável. - Uma única e rápida vez, disse um
rapaz moreno sentado na última cadeira do balcão amadeirado da cozinha.
Contudo, ele não foi prontamente notado pelo rapaz loiro. O que lhe irritou
profundamente.
Agora começava Highway to Hell nos fones de ouvido. Sua música favorita.
Jimin mexia a cabeça empolgadamente, sentindo a batida forte e contagiante
daquela música. Enquanto mastigava o salgadinho e mexia no celular,
distraidamente.
Completamente encantado.
O loiro era mais bonito ao vivo e em cores reais do que pelas fotos.
Ele chegara ali sem ser convidado. A empregada abriu a porta e pediu para
esperar Park Twan na sala. Mas o estranho não pôde se conter, então foi logo
explorar a cozinha.
Na verdade, o rapaz foi ali pois sabia que seu amado sairia da clínica hoje.
Assim, finalmente, poderia se aproximar dele.
Poder ver Park Jimin, assim tão de perto, era mais do que o estranho podia
suportar. Apaixonado. Unicamente pelo baixinho. E ora, já fazia um ano, mas
o mesmo não sabia da sua existência.
Mas ele tinha que se aguentar. Primeiro, tinha que se aproximar. Depois
atacar.
- AHH! - Jimin gritou, de olhos arregalados, quando finalmente, virou-se
para o garoto.
Derrubara a latinha que acabara de abrir, que, por fim, encharcara o chão de
refrigerante. No mesmo instante, arrancou os fones de ouvido.
O estranho estava tão encantado com o fato de Park Jimin ter lhe dirigido
algumas palavras, que não conseguiu responder de imediato. Ficou
observando o seu amor, que estava com a expressão assustada.
Ele era tão lindo, e tão dele.... E era isso o que o moreno pensava.
Continuou observando seu rosto perfeito, torcendo para ele falar mais
alguma coisa. Sua voz era tão perfeita quanto ele, assim como o rosto, o
corpo, e todo o resto de Park Jimin.
Jimin estava nervoso, mas babando por aquele cara com ar perigoso.
Santo Deus, quem era aquele garoto esquisito que se levantava e vinha em
sua direção? Nunca o vira na vida.
- Desculpe-me pelo susto. Meu nome é Jeon Jungkook, e sou paciente de Park
Twan. Você... deve ser filho dele, certo? - Fizera-se de desentendido, olhando
nos olhos castanhos que tanto era apaixonado.
Jimin achou tão estranha a sensação de segurar a mão grande e fria daquele
cara. Era bom, mas ao mesmo tempo intenso demais. Os olhos escuros dele
sobre si, o jeito como ele segurava sua mão.... Como se o mundo dependesse
daquele simples ato.
Era essa a palavra que descrevia aquele cara... intenso! Seu olhar era intenso.
Com a franja negra quase cobrindo todo o seu olho esquerdo, ele usava uma
calça jeans escura com rasgos nos joelhos, coturnos pretos, e, uma camisa do
RadioHead.
- RadioHead? Sério? - Jimin riu, ainda sentindo a mão do moreno sobre a sua.
Estranhou totalmente aquela situação inusitada.
- Não gosta? - Jungkook fingiu não saber que aquela era uma das bandas
favoritas de Jimin.
- Jungkook? - Park Twan o olhava muito surpreso. Logo virou seu olhar para
Jimin. Depois voltou para Jungkook. - O que faz aqui? E, Jimin, vá para o seu
quarto, agora!
O olhar furioso de Jimin para o pai foi desferido. Como ele ousava lhe tratar
como se fosse um bebê na frente de outra pessoa?
- Não interessa o que estavam fazendo, Park Jimin. Eu lhe mandei ir para o
quarto!
Jimin revirou os olhos, e logo saiu da cozinha, indo direto para seu quarto.
Ele tinha o costume de conectar uma música a uma pessoa, e por mais
mórbida que fosse a ideia de conectar essa música a alguém, ela, de um modo
muito estranho, conectava-se perfeitamente a Jeon Jungkook, o maluco.
- O que faz aqui, Jungkook? - Disse, seriamente. Olhava nos olhos escuros do
garoto.
- Nada, senhor Park. Eu apenas o vi entrando com sua esposa e seu filho hoje
mais cedo, e então resolvi passar e conhecer sua família, algum problema? -
Perguntou, numa falsa inocência muito bem observada pelo psiquiatra.
Que conhecia aquele jovem bem demais para saber o quanto era ambicioso,
interessado, ávido e frio em tudo o que fazia.
- Seu lindo filho. - Jungkook mentiu. E notou nos olhos assustados do mais
velho, que obviamente, ele não iria querer que o precioso filhinho se
envolvesse com alguém como ele. Afinal, Park Twan conhecia como ninguém
a sua personalidade. - Nunca me disse como seu filho era realmente atraente,
senhor Park!
O coração do homem estava batendo muito rápido. Sabia bem sobre o garoto
perante si, fazia mais de um ano que trabalhava com ele.
O que mais o apavorava agora era a ideia de que essa paixão secreta do seu
paciente fosse seu filho, pois não havia motivos para Jungkook estar aqui em
sua casa justo no dia que Jimin voltaria da clínica.
- Tarde demais, doutor. Eu amei conversar com o seu filho. Além de bonito,
ele é inteligente e tem um excelente gosto musical, sabe? - O rosto bonito foi
perdendo o brilho aos poucos, enquanto ele focava os olhos nos do psiquiatra.
Seu rosto antes sorridente, ficou duro como pedra, sem expressão nenhuma. -
Eu realmente gosto dele, senhor Park. E seria bom para todo mundo, se
ninguém se metesse entre nós. Isso é só um aviso, por enquanto!
Por enquanto.
Então ele teria que tomar providências. E a primeira delas é garantir que o
garoto não pise em sua casa nunca mais.
Perto dali, numa escuta, o moreno alto de cabelos e olhos negros escutava
atentamente o que o escroto do seu psiquiatra falava para Jimin, o amor da
sua vida. Dizia para nunca se aproximar dele.
O baixinho era a luz da sua vida desde a primeira vez em que o vira no
retrato do consultório do senhor escroto Park. Foi a coisa mais linda que
Jungkook já teve o prazer de colocar os olhos. Os cabelos loiros, os olhos
pequenos e as bochechas gordinhas o deixavam com a aparência tão angelical
e perfeita, contrastava perfeitamente com a personalidade fechada e com seus
gostos obscuros.
Desde então ele tem seguido a vida do seu amor. Observando-o e até
escutando, já que colocara escutas no quarto dele, na sala, cozinha e no
banheiro que era usado só por Jimin.
Sofreu muito esses seis meses em que o seu amor ficou na clínica, pois quase
não conseguiu ter notícias dele, mesmo que soubesse que o menor tinha
tendências suicidas nunca pensou que ele iria adiante... e aquilo lhe foi um
baque. Não conseguia imaginar um mundo sem Park Jimin, ele era seu, seu,
seu, seu e de mais ninguém.
Mas nada jamais se comparou a apertar sua mão pequena pela primeira vez.
Só isso já foi capaz de acender um fogo que apenas somente poderia ser
apagado com o corpo bonito de Jimin. Ele o possuiria, tomaria-o de todas as
formas. E isso era só uma questão de tempo.
Faziam-se já duas semanas desde que Park Jimin não via mais o estranho
bonito daquela noite.
A única coisa que sabia sobre ele, era seu nome e sobrenome. Jeon Jungkook.
Era paciente do seu pai e quando tentou falar sobre Jungkook com Twan, o
homem simplesmente surtou. Tão logo ameaçou mandar Jimin para Suíça se
chegasse ao menos perto dele novamente. No entanto, o que o Park Twan
não sabia, é que sua proibição só havia atiçado ainda mais a curiosidade do
filho.
Se ele não era aprovado pelo seu pai, então devia ser ainda mais interessante
e diferente do que imaginava.
Jimin também sabia que, além de muito belo e sedutor, o estranho ainda tinha
um excelente gosto musical.
Foi ali onde sentiu os braços de seu pai e o choro desesperado. No fundo
Jimin sabia que seu pai o amava, do jeito dele, mas amava. Porém, o loiro não
conseguia deixar de nutrir um ódio excessivo por ele e suas atitudes.
Preferia fingir que estava bem para as pessoas não o atormentarem mais do
que já atormentam. Muitas vezes o nosso silêncio nos salva de falar o que
realmente sentimos para pessoas que normalmente não se importam de
verdade com os nossos sentimentos.
Fingia em casa que era feliz. Que não sabia da traição do pai. Que não via sua
mãe beber escondida na despensa após as discussões.
Fingia na escola não ser homossexual; para que assim, não sofresse mais do
que já sofria com os garotos do último ano.
Atormentavam-no, perseguiam-no.
E, fingia principalmente para Yoongi. Fingia que era apaixonado por ele,
quanto o mesmo era por si. Mas na verdade nunca sentiu se quer um
porcento do sentimento que o primo sempre demonstrou por si, sentia-se
culpado por isso.
Transar com seu primo Yoongi era incrível, mas as juras de amor proferidas
pelo baixinho de cabelos esverdeados, eram difíceis de se ouvir.
Jimin sempre tinha de fugir da casa dele depois que terminavam. Já tinha
inventado milhares de desculpas, e, Yoongi sempre acreditava, ou apenas
fingia acreditar.
Decidira logo vestir uma calça preta e uma camisa branca com listras
horizontais pretas. Um all star vermelho e pronto. Estava perfeito para ir a
aula.
E após jogar a mochila nas costas deixou o seu quarto, evitando olhar para os
lados, como sempre. A escadaria imensa da sua casa foi descida, tediosamente.
Na cozinha, podia-se sentir seus pais ali lhe observando, enquanto tomavam
café. Nem tentavam mais falar com ele, pois era inútil.
Pegou dois achocolatados, e logo foi para o carro esperar pelo pai.
Cantarolava Stand by me, enquanto tomava seu achocolatado, com a cabeça
nas nuvens.
- Vê, Twan? Jimin está totalmente depressivo! Nem nos olha no rosto. Oh
meu Deus... - A mulher começou a chorar, com as mãos no rosto. - Eu não
posso mais suportar nosso filho assim. Eu simplesmente não posso!
- Mas, ele vai surtar se você o fizer ir ao psicólogo, amor. Você sabe que ele
não reage bem quando falamos sobre isso.
- Eu sei disso, Sue; mas estamos de mãos atadas. Se deixarmos ele assim
novamente, sem nenhum tipo de supervisão, ele pode muito bem tentar
suicídio de novo e se não tiver ninguém para nos avisar como da primeira
vez? Quer correr esse risco?
- Ele não vai querer ir, Twan! Parece-me que ele não melhorou nada naquela
clínica.
- Ele não tem o que querer, Sue. - Afirmou o homem. - Jimin só tem dezesseis
anos.
- E-Eu não sei não, Twan. Temo de como ele irá reagir. Eu não quero que ele
passe por todo aquele inferno de novo.
- Está decidido. Ele vai. Vai ser o melhor para ele, querida. Temos que reagir.
Jimin não pode achar que manda na própria vida. - Twan estava magoado
com o filho. Ele simplesmente fingia que os pais não existiam. - Aquelas
roupas caras que ele usa, a comida que ele come, até o ar que ele respira sou
eu quem pago. Então, ele tem que aceitar as minhas condições e voltar a agir
como uma pessoa normal.
- Amor.... Jimin está passando por uma fase complicada. Já não basta tudo o
que o fizemos passar? Ele tem que escolher se quer ou não ir ao psicólogo.
Por mais que eu ache que é o melhor para ele, a decisão...
- Esse assunto está encerrado. Ou ele vai ao psicólogo, ou vai estudar num
internato na Suíça. Ele não tem mais opções aqui. Tentamos ser bastante
compreensivos, e, não deu certo. Agora, é assim! - Tomou o último gole de
café. Levantou-se para ir trabalhar e levar o filho para aula.
E então um suspiro.
Jimin jogava um joguinho no celular quando viu, com o canto dos olhos, seu
pai dirigindo bem concentrado ao seu lado.
O clima entre eles sempre foi estranho, mas hoje estava muito mais do que o
normal.
Estranho.
Normalmente ele tentava algum contato com Jimin. Nem que fosse um
"Tenha um bom dia".
Ignorou o pai, como sempre, e saiu do carro. Seu pai deu partida e deixou um
Jimin de cenho franzido observando o carro sumir de vista.
Decidiu ir para aula. Já estava atrasado, e teria que passar pelas catracas
ainda.
Teve suas costas jogadas contra a parede. Retirou os fones de ouvido e olhou
para cima - ou seja, para a pessoa que lhe "sequestrou" -, levando um susto,
ao se deparar com o cara atraente e estranho, que estava em sua casa há
algumas semanas.
Ele olhava para si de uma forma que Jimin jamais saberia explicar.
Quando viu quem era, não conseguiu nem ao menos ficar bravo pelo susto
que levou. Pensou que fosse um dos valentões da escola - mais precisamente,
Hoseok -, que adoravam lhe atormentar.
Mas era Jeon Jungkook. E ele estava mais belo do que nunca.
Ele era tão bonito que Jimin sentiu um arrepio correr por todo o seu corpo,
apenas por tê-lo tão perto.
Aquela situação era muito bizarra e boa ao mesmo tempo. Afinal, ele não
queria ir para aula, mas nem conhecia aquele maluco direito.
- Você escolheu um jeito bem esquisito de se aproximar. Eu quase morri de
susto! - Jimin disse, sem conseguir deixar de sorrir.
Jungkook deu um sorriso tão bonito que Jimin não conseguiu deixar de
encara-lo feito um bobo. Seus dentes o faziam parecer um coelho, o que só
realçava ainda mais a beleza do moreno.
O cheiro de Jimin era tão bom que só fez a vontade de devorá-lo aumentar
ainda mais. Céus, Park Jimin era sua completa perdição!
Eles ficaram se encarando por um tempo, sem saberem o que fazer ou como
agir.
Jungkook simplesmente apreciou a boca de seu amor. Era deliciosa, como ele
imaginou que seria. O pequeno suspirava entre o beijo, deixando assim, o
maior ainda mais excitado.
Só podia ser seu dia de sorte. Trocara a sala de aula por aqueles lábios macios
e gostosos - que agora passaram a descer por seu pescoço o deixando louco -.
Santo Deus, nunca ficara tão excitado com um beijo em toda sua vida.
Jungkook sentia que iria morrer de tanto tesão quando sentiu as pernas que
tanto desejava se entrelaçando em sua cintura. Ele empurrou o pequeno ainda
mais contra a parede, friccionando os membros duros um contra o outro,
deixando a situação ainda mais excitante.
Jungkook sentia que ia gozar ali mesmo, daquele jeito. Só Park Jimin tinha
tamanho efeito sobre si.
- Como você consegue ser tão perfeito? Você é a pessoa mais linda que eu já
vi, meu Deus!
O coração de Jimin disparou. Era tão estranho o outro lhe falar isso sendo
que nem se conheciam direito. Mas, ao mesmo tempo, era tão bom se sentir
desejado e querido. Não era um sentimento recorrente em sua vida.
- É que eu... te desejo desde que o vi em sua casa aquele dia. Você é tão
bonito, Jimin. E o seu pai me proibiu de te ver.
- Sim, ele fez. Eu ia pedir seu número para ir falar com você. Mas ele me disse
para ficar bem longe de você, porque ele não queria que seu filho namorasse
um perturbado, pois você já era perturbado o suficiente!
Jimin rosnou de raiva do pai. Como ele ousava se meter na sua vida a esse
ponto? Queria muito socar a cara daquele velho ridículo.
- Eu não acredito Jungkook! Mil desculpas por ele! Park Twan consegue agir
feito um babaca traidor quando quer!
- Sabe Jimin, eu sei que sou meio estranho, mas estou me apaixonando por
você desde aquele dia. E seu pai convenceu minha mãe de me internar em
uma clínica para jovens com tendência a psicopatia. Apenas porque eu falei
em me aproximar um pouco de você. - Jungkook sabia que falar da clínica
deixaria seu amor totalmente do seu lado. E não fora mentira que Twan
queria interná-lo, o que só deixava as coisas ainda melhores, pois Jimin
poderia confrontar o pai a vontade, sem prejudicar os planos de Jungkook.
Ele nem precisava inventar nenhuma mentira, o próprio já lhe dera o filho de
bandeja.
- Oh meu Deus, Jungkook, eu sinto muito! Ah, mas que ódio dele! Eu não
acredito que além de mim, ele quer internar você agora. Só falta querer
internar a minha mãe também... ódio! - Jimin tremia e bufava de raiva.
Jungkook só conseguiu ficar feliz com isso, santo Deus, Park Jimin era tão
bonito.
- Você não quer ir para aula, né? - O moreno perguntou, levantando uma
sobrancelha, enquanto o olhava de cima a baixo. - Olha, Jimin, eu não vou
fazer nada que você não queira.
Jimin viu o sorriso malicioso do garoto e ficou com ainda mais vontade de o
acompanhar.
Jungkook estava tão feliz que não cabia em si. Tudo deu certo, muito mais
rápido do que ele imaginava. Olhava o menor andando ao seu lado, parecia
mais ansioso do que constrangido, e não parecia sentir medo dele, o que era
raro e bom.
Park Jimin era seu, mesmo que ele ainda não soubesse disso.
- É um Impala 1967. Foi do meu avô e do meu pai.... Sabe, coisa que passa de
geração para geração.
Jimin não estava acostumado com casas tão modestas, e isso fez com que seu
coração esquentasse. Afinal, sua casa era grande e fria; sua família era
aparentemente perfeita perante a sociedade, e, isso sempre o enfureceu. Ele
odiava hipocrisia, e a alta sociedade amava ser hipócrita.
Ele era bem tratado por Jungkook, como nunca fora antes por ninguém.
Ajudou-o a sair do carro e o acompanhou até a porta. Quando finalmente se
viu dentro da casa, viu que, por mais simples que ela fosse, ainda sim era
perfeitamente limpa e organizada.
A única coisa que ele estranhou um pouco foi o fato de as janelas serem todas
lacradas, e também, de a casa ser bem afastada da civilização.
Jungkook o olhava tanto que Jimin passou a se sentir mais tímido ainda.
Jimin o fitou, assustado. Pensou em perguntar como ele sabia, mas, preferiu
não comentar nada. O moreno saiu para fazer o café, após trancar muito bem a
porta - fato que foi muito bem observado pelo loirinho.
Ele morava sozinho sendo menor de idade?Jimin pensava. Será que era maior
de idade, então?
Pensou em pedir para ir embora, mas, estava sem coragem e com vergonha.
Mal havia chegado.
Quando o moreno voltou com o café, Jimin aceitou de bom grado, e tomou o
líquido quente de forma rápida.
- E-Eu acho melhor eu ir embora. Sabe, daqui há pouco fica tarde e eu não
esperava que sua casa fosse longe desse jeito. - Ele se levantou, sorrindo de
leve. Então olhou para o moreno que parecia uma estátua de tão parado. Ele
olhava para o nada. - Jungkook?
- Por que você quer ir embora? - Sua voz saíra tão angustiada que chegou a
assustar o loiro. Ainda mais quando ele se levantou com tudo e parou em sua
frente.- Eu faço qualquer coisa para você ficar por bem, meu amor.... Qualquer
coisa!
Jimin estava achando tão estranho o comportamento dele, que seu coração
passou a bater muito rápido.
Parecia instinto, mas ele sabia que algo estava realmente errado.
- Siiiiiiim! Eu queria que você ficasse sem eu ter que te obrigar.... Sabe, meu
amor? Eu realmente queria ter mais paciência para ir devagar, mas você... -
Ele segurou firmemente a cintura do menor e puxou com força, assustando-o.
Passou o nariz em seu pescoço, cheirando-o como um desesperado. - Me
deixa louco. Eu te amo tanto, tanto!
- Como assim me ama? Você é louco? Eu mal te conheço.... É meio cedo para
juras de amor.... Eu tenho que ir!
- NÃO! NÃO, É CEDO! - Ele gritou, assustando o Park para valer. Segurou
seu braço. - E você não vai embora daqui... nunca mais!
Ele passou a arrastar o loiro para outro cômodo da casa, enquanto Jimin
tentava, com todas as suas forças, sair de seus braços; mas, o outro era muito
mais forte.
- Por favor, Jungkook! Deixe-me ir embora, é sério, isso não tem graça!
Jungkook definitivamente não parecia estar brincando.
- Para com isso, amor. Assim você só me excita mais; e eu não quero cometer
nenhuma atrocidade com você. Porque eu te amo, me entende?
Jimin não se deu o trabalho de responder porque se sentiu ser jogado em uma
cama, num quarto muito escuro e sem janelas.
CAPÍTULO 3 – Prisioneiro
O pior de tudo era que Jimin tentara sair dali de todas as formas possíveis, e,
definitivamente, era impossível. Todas as janelas eram trancadas, e mesmo
que não fossem, ele não tinha acesso a elas. A casa era coberta por um muro
alto, e pelo que ele se lembrava, a construção era muito afastada.
Jimin nunca se considerou tão burro em toda a sua vida. Como pôde ter sido
tão idiota ao cair no papo dele?
Seu pai avisou que ele era um paciente problemático, mas, claro que ele não
lhe deu ouvidos.
Como iria imaginar que o moreno seria obcecado por si? O pior é que ele
gostara de Jungkook. De seus toques. Dos seus beijos... da sua intensidade!
Ora, convenhamos. Ele era bonito e aparentemente perfeito. Jimin caiu feito
um patinho na lábia dele, mas, o loiro tinha algo ao seu favor.... Jungkook se
dizia apaixonado por si. E Jimin usaria isso contra ele.
Jungkook estava o dia inteiro fora, deixando Jimin muito ansioso. Sentia-se
como nos livros de suspense que lia, mas ele não teria o mesmo final trágico
daqueles personagens.
Seu coração estava disparado. Sabia que estava perto do moreno chegar,
mesmo não tendo nenhum relógio, ele sabia.
Porém, ele era dono da sua própria vida. E se fosse pra morrer, seria por ele
mesmo. Não seria por um cara completamente maluco, que dizia a todo
momento que Jimin o pertencia.
Sentia falta da sua liberdade, de seus pais, de Yoongi.... Sentia falta do seu
celular, suas músicas e da sua própria cama.
Estava morrendo de raiva de si mesmo por ter sido um alvo tão fácil.
Já havia bolado milhares de planos em sua cabeça, e nenhum era bom. Mas
contava com a sorte de conseguir fugir.
Sentia muita raiva de Jungkook. Já havia até lhe xingado de tudo, mas, nada
fazia efeito. Ele era estranhamente calmo enquanto Jimin surtava com ele, o
que só fazia sua raiva aumentar ainda mais.
Olhou a sua volta pela milésima vez e constatou novamente que nada poderia
ser usado como arma. Nada.
Por mais que não se desse bem com seu pai, pelo menos ele era livre. E, por
mais fraca que sua mãe fosse, sabia que ela o amava de verdade.
Algo o assustava muito. E era o fato de não ter ideia do que Jungkook era
capaz.
Desde que estava preso, Jimin percebeu claramente o quanto ele o desejava.
Ele não sabia, e nem gostaria de descobrir. Afinal, o seu plano era sair dali
ainda hoje.
Estava tão nervoso que sua camisa listrada já estava grudada em seu corpo de
tanto que suava. Então decidiu tomar um banho rápido. Graças a Deus, havia
um banheiro conectado ao quarto, era minúsculo, mas só ele o usava.
Tinha tanto receio de usá-lo que não tomava banho há dois dias. E já não
aguentava mais.
Abriu a porta do pequeno armário do quarto e pegou uma toalha, uma cueca
branca e o único pijama que tinha ali, que era uma camisola, também branca.
Por algum motivo bizarro Jungkook não deixou nenhuma calça para ele. Só
camisas grandes e algumas cuecas.
Tudo ali deixava claro que o objetivo de Jungkook sempre foi raptá-lo.
Afinal, ali estavam os shampoos e os cremes que ele amava, e, até mesmo o
sabonete que ele sempre usava.
Como ele sabia tudo o que Jimin gostava? Céus, Jungkook devia estar na sua
cola há muito tempo.
Quando saiu do banheiro, deu de cara com Jungkook ali parado, encostado na
soleira da porta do quarto.
Seu olhar escuro estava sobre si, daquela forma estranha de sempre. Como se
quisesse devorá-lo a qualquer momento.
Jimin se perguntava como um ser humano poderia ser tão atraente, e tão
louco, ao mesmo tempo.
Logo depois, lembrou-se de que tinha que fugir dali. Tinha que manter o
foco.
Jimin sentiu-se corar dos pés à cabeça. Sentira também, seu foco se esvair; seu
coração parecia que iria sair do peito. E quando as mãos grandes do Jeon
seguraram sua cintura com possessão, ele sentiu as pernas bambas.
Não estava nos planos de Jimin se sentir tão entregue novamente, mas ele
tinha um plano em mente - e ele precisava conseguir executá-lo. Mesmo com
Jungkook beijando o seu maxilar daquela forma tão boa, descendo os beijos
molhados e deliciosos por seu pescoço, passando a língua por ali, fazendo-o ir
às alturas somente com aqueles toques.
Jungkook desceu as mãos de sua cintura até suas nádegas fartas, apertando
com gosto e trazendo Jimin cada vez mais para si. Olhou nos olhos do
pequeno garoto, e, constatou que o loiro estava tão louco por aquilo quanto
ele. Só não admitia.
E isso fez com que seu coração se enchesse de esperança. Por fim, deu um
beijo apaixonado na boca carnuda que era dona de seus pensamentos há mais
de um ano.
Jungkook não esperava que Jimin o guiasse até a cama e sentasse sobre si,
daquele jeito tão gostoso. Nublando seus pensamentos, fazendo com que seu
membro que já estava duro roçar em suas nádegas seminuas.
Ele não esperava que o menor gemesse tão entregue daquela forma que o
enlouquecia ainda mais. Tudo aquilo era um sonho, e estava se tornando
realidade.
Desde que o vira pela primeira vez, naquela foto do consultório de Park
Twan, Jungkook sentiu que precisava dele.
Jungkook já estava pronto para inverter as posições, quando, sem mais nem
menos, Jimin lhe deu uma cabeçada, com tanta força, que ele viu estrelas; não
conseguindo nem pensar direito. Tudo ficou escuro por um momento, ele foi
pego totalmente de surpresa.
Aprendeu aquele golpe com seu tio Hansol, que era militar. E nunca
imaginou que seria tão útil.
Não pensou duas vezes ao abrir a porta do quarto e sair em disparada pela
casa escura. Estava descalço, e com o desespero, esbarrou em uma mesa,
derrubando vários materiais de escritório no chão.
Ele olhou para as janelas, e, sabia que por elas ele não sairia dali.
A casa era modesta, mas, agora ele percebia com clareza: aquela não era a
casa de Jungkook, e sim, um esconderijo para mantê-lo refém.
Ele correu por toda a casa, procurando alguma maneira de sair. Qualquer
maneira. Quem sabe alguma porta a mais? Quanto mais ele andava em
desespero vasculhando a casa, mais o tempo passava e o medo de Jungkook
acordar aumentava. Que droga! A sua ideia da cabeçada pareceu a melhor
naquele momento, mas parece que o tiro saiu pela culatra.
Passou a bater com força, e o trinco estava finalmente cedendo um pouco. Seu
coração deu um salto dentro do peito, mais uma vez. E ele passou a bater com
toda a sua força.
Quando ele ia chegar no portão, sentiu uma mão firme em sua boca e outra
em sua cintura. Foi aí que sua esperança se esvaiu de vez. Porque se fosse
contar com a sua força física para lutar, ele sabia que perderia feio.
Mas Jimin não era de desistir fácil, então se debateu com toda a força que
ainda tinha.
- Shhh.... Quieto, amor. Vamos para casa... - O moreno falava, com tom de
deboche e ao mesmo tempo, raiva e mágoa. - Jimin, pare de lutar, você sabe
que é inútil. Entenda de uma vez por todas que você é meu!
O moreno levou um susto quando o pequeno mordeu sua mão com muita
força.
- AAI Jimin, meu Deus! Para que todo esse escândalo? - Ele colocou o loiro
sobre o ombro e lhe deu um tapa estalado no traseiro, ouvindo um gritinho
do mesmo. - Até parece que você não estava gostando!
O garoto ainda lutava para se soltar, mesmo sabendo que suas tentativas
eram inúteis. Sentiu-se ser jogado na cama, como um saco de batatas. E viu
quando o mais alto trancou a porta do quarto e virou-se para si, vindo em sua
direção. Ele parou ao lado da cama.
Se Jimin não tinha medo antes, definitivamente, ele estava com medo agora.
- Por que você fez isso, meu amor? Eu realmente não queria, mas terei que
tomar medidas drásticas com você. - Ele falava, calmamente, sentando-se ao
seu lado e passando a mão suavemente na panturrilha do loiro. Os olhos
negros concentrados nas reações dele. - Eu falei para você que era melhor me
obedecer. Agora, eu terei que castigá-lo.
- Não era bem isso que parecia agora há pouco... - Ele abaixou o tom de voz,
como se contasse um segredo à uma criança. - Antes de me atacar, você
parecia bem animado. Afinal, que cabeça dura que você tem em, meu amor?
- Você é tão louco! Deve ser por isso que tinha que ser tratado pelo meu pai.
É completamente pirado! Eu tenho nojo de você, Jungkook!
Jungkook não gostou muito da sua fala, nem do seu tom de voz. E
rapidamente, irritou-se com o menor.
- Deita aqui no meu colo, Jimin. - O maior ordenou, olhando nos olhos
castanhos do loirinho. - Agora, e de bruços!
Como Jimin ficou sem fala e paralisado, Jungkook o puxou para si, deitando o
garoto de bruços em seu colo.
O menor já sabia que, se não deitasse por bem, ele teria que deitar por mal. E
já estava farto de lutar por hoje.
- Eu quero que você conte quantos tapas eu vou te dar, ok? - Sussurrou,
roucamente. - Eu espero que me obedeça, Park Jimin. Ou vai ser bem pior pra
você.
Jimin só conseguia pensar um "O quê? Ele vai me bater?", mas, não
conseguiu reagir no momento. Apenas queria que acabasse aquele circo de
uma vez, para ele poder enfim dormir em paz.
- Sim.
Jungkook deu um leve sorriso. Levantou a mão na altura de sua cabeça, e, lhe
deu um tapa tão forte que ecoou por todo o quarto o barulho do estalo.
- Um.
Mais um tapa, mas agora, na outra nádega lisinha coberta pela cueca branca.
- Dois.
Quando Jungkook lhe deu outro tapa, Jimin não resistiu ao gemer
manhosamente. Estava muito excitado, e se sentindo confuso com os seus
sentimentos. Não era para ele estar gostando de apanhar.
Ele queria gritar que não. Mas era impossível com o estado que se
encontrava no colo do maior - completamente duro.
Jimin estava morrendo de vergonha, e não dava para mentir que estava
excitado.
Era óbvio que Jungkook sabia, mas, mesmo assim, queria ver ele se
humilhando.
- N... não.
- Gostoso. - Grunhiu.
Jimin revirou os olhos quando Jungkook lhe deu outro tapa forte.
Mordeu os lábios, tentando manter tudo sob controle. Mas, quando o maior
inseriu o segundo dedo levemente, o garoto sentiu dor e ficou paralisado.
Cada som que o loiro emitia arrepiava Jungkook de tal maneira que ele não
aguentava e apertava de vez em quando o próprio membro.
Os gemidos de Jimin seriam o suficiente para ele gozar sem precisar de mais
nada. Ainda mais com a imagem de um Park Jimin destruído, contorcendo-se
em seu colo, rebolando em seus dedos.
Quando Jungkook sentiu que o pequeno estava chegando ao seu ápice - pois
seu interior se contraiu e Jimin estava muito mais ofegante -, retirou seus
dedos. Então recebeu um grunhido frustrado.
- Agora diz pra mim, meu amor.... Você tem nojo de mim? Uh? - Disse,
estocando os dedos em seu interior. Ouviu o desespero do loiro, que negou
timidamente com a cabeça. - Você falou isso para me afastar, meu bem?
Entenda que eu nunca irei me afastar de você.
Ele estocou mais vezes o interior do garoto, acertando sua próstata várias
vezes seguidas. O urro prazeroso e rouco do loiro era escutado com clareza;
este que se contorcia e gemia em seu colo, manchando a calça de Jungkook
com seu gozo.
Jungkook deu um tempo para Jimin se recuperar, sentindo-se bem por ter lhe
proporcionado prazer.
Como pôde gostar tanto de ser uma marionete na mão daquele doente?
Ele precisava se aliviar no banheiro, ainda estava duro feito pedra. E não
queria atacar o garoto.
Jimin ouviu seu gemido, e se xingou mentalmente por querer entrar naquele
banheiro e agarrar Jungkook imediatamente.
CAPÍTULO 4 – Confissões
Como era delicioso ter os olhos de Jimin somente para si. Ele agora olhava
para Jungkook o tempo todo, desde que o fizera gozar em sua mão.
Para o seu infortúnio o pai de Jimin estava movendo toda Seul atrás do seu
filho. E como o psiquiatra era um homem rico e influente, isso atrapalhava
um pouco os seus planos.
Jungkook comprara pizza de calabresa e coca cola, pois sabia que era a
comida preferida do seu amor, e deixou para ele comer. Jimin olhou aquilo
com brilho nos olhos e um pequeno sorriso, mas quando Jungkook tirou as
algemas do bolso e fez menção de prendê-lo na cama o garoto surtou...
novamente.
-Você não vai colocar isso em mim! -Gritou pulando da cama e se afastando o
máximo possível do moreno.
Jungkook lhe olhou de forma séria, e pode sentir o receio de Jimin de longe.
-Não testa a minha paciência, Jimin. Eu tenho que sair e não confio em você
para te deixar aqui solto.
-Depois de ontem você não merece nem mesmo esse tipo de liberdade. -Disse.
Saiu pisando firme indo em direção ao baixinho que o encarava de volta com
o nariz empinado, os olhos felinos e o coração disparado.
Jungkook pegou o menor pelo pulso e prendeu o garoto na cabeceira da
cama, deixando a outra mão livre para ele comer. Os olhos intensos não
desgrudavam dos olhos castanhos que o encaravam com fascínio.
-Eu tenho que sair. -Disse caminhando até o loirinho, que acompanhava seus
passos como uma águia. Deixou um beijo em sua testa coberta pela franja. -Se
comporte.
Jimin queria pedir para que ele ficasse, não sabia porquê. Mas se segurou e
deixou que ele fosse.
(...)
A moça da recepção não tirava os olhos de si, ela não era feia, pelo contrário,
era bem bonita. Cabelos ruivos e olhos verdes, obviamente estrangeira. Ela
não parava um segundo de sorrir e jogar os cabelos para trás do ombro,
Jungkook achou aquilo engraçado, mas seu sorriso logo morreu ao ouvir o
que a televisão que ficava ali estava noticiando.
-Você poderia aumentar o volume, por favor? -Ele pediu para a garota.
-Claro.
"E mais uma vez os assassinatos continuam com uma frequência assustadora.
Morreram essa semana dois ricos empresários, que eram filiados um ao outro. Lee
Jihoo e Kim Suk eram milhonários e jovens, a polícia já desconfia de um certo
padrão que pode indicar um Serial Killer. São sempre empresários ou homens muito
ricos.
O assassino não costuma usar armas de fogo, são sempre facas e os cortes são muito
precisos.
Tudo indica que o assassino é sádico e gosta de torturar as vítimas. Ainda não há
um retrato falado, mas a polícia já está em polvorosa em sua busca..."
Jungkook se virou para a moça ruiva que estava estranhamente ao seu lado.
-Sim. E o assassino, sabe... -Ela dizia como se contasse uma fofoca. -Eu saia
com um velho rico, amigo do Kim Suk, um desses caras que morreu. E ele me
dizia que o tal Suk era um lixo, não só corrupto como também adorava um
bordel.
-Sério? -Se fez de desentendido. -E quem é esse cara que você saia?
Jungkook tentou não demonstrar tanto interesse, mas deu sorte de a garota
ser muito tagarela.
-Min Hansol, cunhado do doutor Park. Ele vinha aqui as vezes com a esposa,
e enquanto ela entrava para falar com o irmão... bem, ele me paquerava e
combinava de me levar em algum lugar. -Ela disse, com ar sonhador. -Ele já
foi militar, absurdamente forte... que isso morra aqui, ok? A propósito, meu
nome é Jane. -Falou piscando o olho e voltando a se sentar atrás do balcão,
encarando-o enquanto mordia a caneta.
Jungkook percebeu claramente que tipo de pessoa ela era, fofoqueira,
vagabunda e burra. Mas esse era o tipo ideal para conseguir informações
úteis.
Ele finalmente havia sido chamado para ser atendido pelo Park, e não estava
muito contente com isso. Jungkook não o suportava, mas precisava manter as
aparências.
Park Twan não fazia ideia que a ficha que ele tinha de Jungkook não era nada
do que o rapaz realmente era.
A única pessoa que conhecia Jeon Jungkook de verdade era Jeon Seok, sua
mãe. Mas ela nunca diria nada, pois Jungkook já havia a assassinado uns
meses antes. E tinha sido a melhor coisa que ele já havia feito.
-Jungkook, boa tarde. -Disse Park Twan, entrando pela porta com toda
aquela imponência que irritava tanto o rapaz, e se sentando do outro lado da
mesa, em sua poltrona de couro como se fosse um rei.
-Não, não está tudo bem, Jungkook. -Twan olhava para ele como se buscasse
paciência, por isso respirava profundamente. -Meu filho fugiu, e algo me diz
que você sabe onde ele está.
Jungkook o encarava com aquela cara de tédio, sem se deixar abalar nem um
pouco.
-E por que o senhor acha isso? -Perguntou, irônico.
-Talvez seja porque na nossa última discussão o assunto foi você! -Ele
levantou o tom de voz. -Você invadiu nossa casa, e estava todo íntimo dele na
cozinha, agora me diga, Jungkook, onde ele está?
Jungkook continuou com a mesma expressão calma, por mais que por dentro
ele corroesse de ódio por pensar em alguém tirando Jimin dele.
-Ele não está comigo, Doutor. -Falou, controlando a fúria. -Aliás isso é uma
consulta ou um interrogatório? Eu posso te denunciar por calúnia.
Twan se recompôs.
-Me desculpe, eu realmente não estou sendo nada profissional. -Ele pegou os
papéis novamente. -De onde paramos Jungkook? Na última consulta
estávamos falando da sua mãe não é mesmo?
-Isso.
-Muito difícil, eu a amava de mais senhor Park. Não sei como estou
conseguindo viver sem ela...
(...)
Quando Jungkook chegou no esconderijo, já havia anoitecido, e ele foi
diretamente para a porta do quarto do seu amor destrancado a com rapidez.
Não se aguentava de saudade.
Como alguém tão bom e bonito podia sofrer tanto? Pegou seu pulso livre e
delicadamente virou para cima, vendo ali várias cicatrizes de cortes, algumas
já brancas e outras bem profundas.
E pensar que ele ainda queria voltar para a casa dos pais.
Talvez seja por ele ser a pessoa mais linda na qual Jungkook já pusera os
olhos, ou talvez seja por ele ser tão puro ao seu ver. Porque tudo o que
Jungkook nunca teve foi inocência e pureza, já Jimin esbanjava sem nem
mesmo notar.
Passou a esperar ele sair todos os dias escondido, algumas vezes com aquele
baixinho de cabelos verdes que mais tarde vinha a descobrir se tratar de
Yoongi, não parava de falar com ele. Mas o mesmo ignorava, e só sorria de
vez em quando.
Ele parecia tão triste, Jungkook nunca quis tanto cuidar de alguém, na
verdade foi a primeira vez que sentiu tanta empatia por uma pessoa. Nem
seus pais ele amou, então ter sentimentos por alguém era totalmente novo e
bom ao mesmo tempo.
Certa vez foi até sua casa, ele sabia de todos os horários da família, a mãe
trabalhava na empresa junto com o irmão Min Hansol o dia inteiro, só
chegava depois das dez da noite, Twan chagava as seis e Jimin a uma da
tarde. Ele sabia que os empregados não iam às quartas, então foi lá bem cedo,
instalou muitas escutas que foram absurdamente úteis e claro foi até o quarto
do seu amor pela primeira vez de muitas.
Quando Jungkook achou seu diário ele vibrou, estava na sua gaveta de
cuecas, bem embaixo.
Jungkook matava, desde os seus nove anos, seu pai o ensinou, já que ele era
ladrão de bancos e vivia fugindo da policia, ele tinha que saber como se
defender. Mas depois da morte dele quando tinha quatorze anos ele tivera
que voltar a viver com a sua mãe, e aí sim descobriu o que era sofrer de
verdade com a mãe prostituta e louca.
Para ela o filho era como uma mercadoria valiosa já que ele sempre foi muito
bonito. Ela o transformou em um prostituto de luxo e seu primeiro cliente
pagou uma verdadeira fortuna já que o moreno era virgem. O empresário se
apegou a ele e o tornou fixo, pagando uma verdadeira fortuna para Jeon Seok
que não precisava mais trabalhar. De filho de ladrão refugiado virou filho de
prostituta e consequentemente prostituto, não havia nada de bom em sua
vida, a única coisa que lhe dava prazer era o sofrimento alheio, a tortura e os
gritos das pessoas. Até conhecer Park Jimin e ficar totalmente obcecado.
-Jungkook? O..o que está fazendo m-me solta...-A voz do Park saira mais com
gemido do que qualquer outra coisa e Jungkook sabia que ele queria.
-Eu não vou fazer nada que você não queira bebê...nunca. Eu posso ser um
lixo com qualquer pessoa menos com você! -Ele dissera olhando nos olhos
castanhos brilhantes do seu menino, e segurou seu membro necessitado,
vendo o morder os lábios carnudos para se controlar. -Eu te amo.
-Eu nunca minto, Park. Só para conseguir o que eu quero, por isso eu menti
para você. Eu nunca quis tanto algo na minha vida.
-Isso me faz mal...eu odeio esse lugar. É frio e escuro, e você me trancafiou
aqui, como tem coragem de dizer que me ama?
-Meu plano sempre foi te tirar daqui, se você colaborar comigo e concordar
com tudo o que eu disser, mas você é tão cabeça dura Park Jimin, nem mesmo
consegue admitir que me deseja.
Lambeu todo o gozo do seu menino da sua mão, olhando maliciosamente para
ele, que o fitava com a mesma intensidade, com as bochechas totalmente
vermelhas. Mas não conseguiu desviar os olhos.
-E-Eu não sei o que sinto por você Jungkook. -Falou saindo de baixo do
corpo do maior se sentando ao seu lado. -Mas você me prende aqui e depois
diz que me ama, desculpa mas isso é doentio.
-O que importa é o que eu sinto por você e eu sei que você está sentindo por
mim, você não vai ficar aqui muito tempo, mas eu preciso de você e te quero
ao meu lado. -Segurou as mãos gordinhas. -Eu posso te dar uma vida de rei.
Ou quer voltar para a sua família chata e para sua escola com todos aqueles
garotos babacas?
-Eu quero ser dono da minha própria vida. -Cruzou os braços nervoso com
seus sentimentos, ele não queria voltar pra casa.
-Então venha comigo, venha se vingar do mundo e ter tudo o que quer
Jimin, é só vir comigo!
Jimin olhou para o seu pulso todo marcado, e logo em seguida para o pulso
preso.
-Eu não sou seu. -Jimin sussurrou, mas nem mesmo ele acreditava em suas
palavras, pois já estava entregue novamente, quando Jungkook foi subindo os
beijos por seu braço.
E tudo o que ele fez foi concordar com a cabeça várias vezes, e finalmente
admitindo para si mesmo que não só precisava como queria aquilo, por mais
estranho que fosse querer tanto ficar com alguém obsessivo como ele.
CAPITULO 5 – Se Entregando
Afinal já tentou se matar e já foi internado, então essa devia ser a explicação
por não querer ir pra casa e sim ficar ali com Jungkook.
Como isso foi acontecer? Ele não sabia, mas jamais havia se sentido daquela
forma com alguém e queria ter aquela sensação inexplicável pra sempre.
Jimin estava mal a tanto tempo que havia se esquecido do que era se sentir
bem. E mesmo que estivesse em um quarto minúsculo e sem ventilação
sentia-se incrível como nunca antes.
-Eu te quero tanto, meu amor. -Jungkook sussurrou com a boca rente ao
pescoço cheiroso de Jimin. -Mas precisamos esclarecer as coisas.
Por mais que Jimin quisesse continuar, ele sabia que eles precisavam muito
conversar. Jungkook deu um beijo estalado nos lábios carnudos e o tirou de
seu colo, com muita dificuldade.
-Jungkook, eu preciso saber o que você faz, mas antes de tudo preciso saber o
porquê me sequestrou.
-Naquele mesmo dia eu tratei de saber tudo relacionado a você. -Jimin ouvia
tudo bastante chocado. Os olhinhos estavam arregalados, ouvindo
atentamente tudo o que ele dizia. -Jimin, eu te segui durante todo esse tempo
porque eu nunca me senti assim por mais ninguém, eu te amo de uma forma
que... me deixa fora de controle, meu peito arde, meu coração se transforma.
Eu te amo demais. Essa é a única certeza que eu tenho.
Jimin ficou alguns segundos paralisado, sem saber o que pensar, ou no que
dizer. Porque não esperava nada disso.
-Eu não sei o que dizer... eu só preciso pensar sobre isso. -Disse baixinho,
completamente desnorteado. -E... qual é o seu trabalho?
-Eu mato pessoas. -Falou com propriedade, sem hesitar, olhando fixamente
nos olhos do menor.
Se levantou sentindo-se tonto sob o olhar negro do moreno e foi para o outro
lado do quarto com as duas mãos na boca, em puro choque.
Jungkook ficou com vontade de levantar e abraçar o seu menino, mas achou
melhor se manter afastado por enquanto.
Jimin respirava pesado e sentia um tremor correr por todo o seu corpo.
-Como você consegue tirar vidas e dizer essas coisas ainda por cima? Meu
Deus, você é um assassino! -Jimin estava quase tendo um colapso. -Você é
doente.
-Jimin...
Jimin segurou a mão de Jungkook e guiou-a até o lado esquerdo de seu peito,
encarando os olhos negros com tanta intensidade com a qual era encarado
por ele.
Nada preparou o coração de Jungkook para aquilo, ter o amor da sua vida se
declarando para si era realmente a melhor sensação que já sentiu desde que
veio a este mundo. Seu coração disparou ainda mais dentro do peito, as
famosas borboletas no estômago fizeram com que puxasse Park Jimin para o
seu colo.
Jimin sorriu jogando sua cabeça para trás em meio aos beijos que Jungkook
dava em seu pomo de Adão.
-Kookie? Já está me apelidando amor? Mas você não tinha nojo de mim? -
Declarou sorrindo enquanto lhe beijava toda a extensão do seu pescoço, coisa
que já descobriu ser o ponto fraco do loiro. Levou os lábios até a orelha
pequena. -Eu não sou doente? Assassino...louco?
-Você é tudo isso, mas eu gosto. -Admitiu vendo o sorriso no rosto perfeito
de Jungkook. -E quem em sã consciência teria nojo de você? Eu posso ser
louco, mas não sou idiota.
O pequeno que nunca tinha escutado sua risada antes, se viu completamente
apaixonado por ela.
O maior jogou Jimin com tudo em cima da cama, o loiro caiu de costas e de
pernas abertas. Olhou-o maliciosamente e abriu ainda mais as pernas em um
claro convite ao moreno, que fitava com muita luxúria aquela cena.
-Eu quero tanto me enterrar em você bebê, e te foder do jeito que eu sempre
quis...
-Pelo amor de Deus Jungkook...-O Park se arrastou até a ponta da cama indo
em direção ao maior, agarrando sua camiseta preta e cheirosa puxando-o até
os rostos estarem próximos. -Me come... se você não fizer isso agora, eu vou
enlouquecer!
Sentiu seu corpo ser empurrado para se deitar na cama de barriga para cima.
Se arrepiou todo em expectativa ao ver Jungkook finalmente tirando a camisa
revelando seu abdômen definido, os músculos dos braços deixando o Park
ainda mais excitado.
Mas o que realmente chamou a atenção do menor foi uma tatuagem de anjo
que ele tinha no meio das costelas indo até as costas. Nunca havia visto uma
tatuagem tão intrigante e bonita como aquela, era um anjo com asas negras,
ele parecia cair, e suas penas estavam perdidas, salpicadas na pele.
Jungkook engatinhou como um tigre atrás de sua presa na cama, até onde
Jimin estava, ficando em cima de seu corpo nu. Pairando em cima dele, como
o predador que era.
Jungkook já havia notado que Jimin gostava de dor durante o sexo, talvez
nem mesmo o Park soubesse disso ainda, e ele ficou muito feliz por lhe
mostrar.
O moreno desceu os beijos e mordidas por toda a barriga do loiro até chegar
em sua virilha. Segurou com devoção o pau do seu amor, ele pulsava e era
rosado, como todo o corpo do loirinho. Passou a língua na cabecinha inchada
e enfiou na boca, fitando o Park que aparentava desespero, se apoiando nos
cotovelos para ver a cena.
-Awnn Kookie...
Ousou olhar para o moreno novamente e viu com o quanto de prazer ele lhe
chupava, como se estivesse amando o seu sabor. Quando os olhares se
encontraram Jungkook gemeu com o membro ainda dentro da sua boca
mandando vibrações para o pau do seu amor que já estava prestes a gozar.
Quando Jungkook percebeu que Jimin iria gozar, de tanto que gemia e se
contorcia, largou o membro lambuzado fazendo um barulho molhado. Subiu
novamente no menino afoito, até seus rostos estarem próximos.
Olhou por cima do ombro vendo Jungkook tirando a cueca preta, libertando
seu membro enorme, fazendo a entrada do Park piscar em expectativa.
-Agora eu quero que você lamba seus dedinhos e enfie bem devagar. Eu
quero observar você se dando prazer, meu amor...
Jimin se arrepiou em deleite ao sentir outro tapa, e mais outro. Até que
depois de vários tapas doloridos e prazerosos sentiu o membro grande e
grosso lhe penetrar com tudo e a seco fazendo Jimin gemer dolorosamente,
ao mesmo tempo amando a sensação de ser preenchido.
Jungkook era enorme, por isso Jimin sentiu muita dor na hora, mas estava
amando tanto...
Jimin era tão gostoso e tão fodidamente apertado que o fazia ter vontade de o
estocar com tudo pra liberar seu prazer de uma vez, mas ele queria prolongar
aquele ao máximo aquele momento. Afinal era Jimin ali, o amor da sua vida!
Jungkook não esperou nem meio segundo para sair e entrar com tudo no
buraquinho apertado, urrando de prazer. Ele apertou as bandas e abriu o
máximo possível para vez a cena do seu pau entrando e saindo da entradinha
do seu amor, literalmente o fodendo. Revirou os olhos e gemeu com a
sensação de estar dentro do seu interior quente, estocando várias vezes sem
parar se sentindo no paraíso.
O corpo pequeno do loiro ia para frente e para trás, Jungkook agarrava suas
nádegas, as abria logo em seguida dava tapas fortes fazendo o loiro gemer de
forma afeminada, mandando arrepios prazerosos para Jungkook.
Jimin sentiu o moreno agarrar seus cabelos loiros com força e puxar pra trás,
mudando as posições. Jungkook estava sentado sobre os joelhos, com o Park
sentado em seu colo com as costas coladas em seu peitoral, fazendo seu
membro ir ainda mais fundo dentro do seu menino, gemeu roucamente rente
a sua orelhinha furada.
-De quem é essa bunda Park? Uhn? A quem ela pertence? -Sussurrou.
-V...você...-Sussurrou baixinho.
Jungkook estava tão louco por esse garoto... precisava ouvir com mais
clareza.
-Eu não ouvi direito, amor. A quem você pertence? Quem manda aqui? -Disse
gemendo e dando lhe dando um tapa na bunda toda vermelha.
Jimin sentiu sua mente nublar enquanto o prazer dominava cada parte de seu
pequeno corpo quando sentiu seu ponto doce ser atingido três vezes seguidas,
e todas as sensações foram mágicas. Jimin se contorceu gemendo
escandalosamente, sujando a mão de Jungkook com sua porra ao mesmo
tempo que sua entrada se contraia e apertava ainda mais o membro do maior,
que lhe estocava ensandecido.
Caiu totalmente exausto sobre Jungkook, suado e sujo com o próprio sêmen.
Mas o moreno ainda o estocava com rapidez, sua respiração extremamente
pesada em seu pescoço. Empurrou o menor com tudo de bruços na cama e
penetrou com violência, fazendo a cabeça do mesmo bater na cabeceira da
cama.
Passou os dedos por ali, espalhando seu desejo e ouvindo um murmuro rouco.
-De novo Kookie...? Você não fica cansado não? Me deixa descansar um
pouco...
O maior sorriu tirando a mão dali e puxou o pequeno para se deitar em seu
peito.
-Eu quero, mas depois eu quero sair daqui e quero meu celular! -Falou
manhoso no pescoço do moreno.
-Jimin olha pra mim. -Segurou o queixo dele fazendo-o olhar em seus olhos. -
Nós vamos sair, mas eu preciso confiar em você antes de devolver seu celular.
Na minha vida tudo é um risco e eu preciso ter plena confiança de que você
não vai me entregar ou estragar meus planos, qualquer deslize eu posso ser
preso ou morto, você entende?
Jimin entendia, mas mesmo assim ficou irritado, ele queria seu celular
desesperadamente.
-Tá, mas eu queria poder ouvir música. -Virou se de costas para ele.
Jungkook suspirou agarrando sua cintura o puxando para mais perto, dando
um beijo na sua nuca, inalando seu cheirinho delicioso.
-Eu posso dar um jeito nisso, mas essa madrugada nós vamos sair daqui e ir
para outra cidade, ok?
-Que cidade? -Ele se virou novamente para Jungkook. Agora estava curioso.
-Não posso falar ainda, mas não dá pra ficar mais aqui, Seul é muito visada e
seu pai vai acabar te encontrando.
-Ainda não é uma boa ideia, quando estivermos longe eu prometo que deixo.
-Além dos seus pais e tios estarem atrás de você, eu tenho um trabalho
importante nessa outra cidade.
-Algo assim.
Jimin ficou paralisado olhando para o nada, mas Jungkook não lhe deixou
pensar muito. Pegou o louro de surpresa no colo.
Jungkook o levou até o minúsculo banheiro e entrou com ele aos beijos
novamente, ambos se agarrando fortemente um ao outro.
E Jimin se sentia feliz de verdade, como nunca antes se sentiu em toda a sua
vida.
CAPITULO 6 – A Estrada
Estavam na estrada escura e sinistra já faziam duas horas. Sairam a
meia noite, porque era menos risco de reconhecerem seus rostos.
Jimin estava extremamente irritado por ter sido colocado no banco de trás.
Era tanto estresse, ele odiava ser tratado como uma criança pelos seus pais,
imagina então por Jungkook. Aquilo era humilhante, ele estava revoltado.
Na escola, Jimin era altamente zoado por ser pequeno, muitas vezes menor do
que as próprias garotas. Mas depois de um tempo ele aprendeu a filtrar e
ignorar a encheção de saco, seus fones de ouvido sempre foram muito
melhores do que aqueles idiotas mesmo.
Quando ele andava com o primo, ninguém se metia com ele, por isso não saia
do lado do mesmo.
Yoongi era muito bom pra ele, mas só com ele e com as pessoas que ele
gostava muito, ele sempre dizia a Jimin que o amava muito mais do que como
primo e por mais tagarela que ele fosse, Jimin sentia saudades.
-No que você tanto pensa? -Ouviu a voz suave de Jungkook, ele ficava tão
sexy dirigindo daquela forma.
-Durma Jimin, nós temos uma longa madrugada de viagem, e uma tarde
inteira também.
-Eu acho bom você não estar rindo de mim. Eu suporto isso de qualquer um
mas de você não! -Disse sério sem olhar para o outro.
-Jimin, eu não estou rindo de você meu amor, só quero que você durma.
-Ok, não durma mas pare com o estresse, não tem motivos para você ficar tão
irritado. Eu te soltei não soltei?
-Soltou mas continua me tratando como prisioneiro. Por que eu sou obrigado
a ficar aqui atrás? Você está me tratando como criança e eu odeio isso. Eu
tenho complexo com essas coisas, já tenho quase dezessete anos!
-Ei, não fica assim, meu amor. -Jungkook ficou com vontade de parar o carro
só pra ir agarrar aquele garoto fazendo bico no banco de trás, mas sabia que
era arriscado, eles tinham que sair de Seul antes das seis da manhã, no
mínimo. -Eu não te acho criança, só que o seu rosto está em toda a cidade,
você está famoso sabia? Sua família está louca atrás de você. A nossa viagem
já é perigosa, e se te reconhecerem já era.
Jimin concordou com a cabeça se sentindo mais seguro de que o moreno não
o achava infantil, e tentou dormir como ele tinha sugerido.
Eles tinham que ir para Busan e não tinha como ir de avião já que Jimin
estava sem os documentos e o seu rosto com o cartaz "Desaparecido" estava
por todo o lugar. Em Busan Jungkook conseguiria documentos falsos e então
estariam livres até Jimin ser maior de idade.
-Por que você parou? -Sua voz estava rouca e excitante na visão de Jungkook.
-Eu preciso abastecer, meu amor. Mas se eu for até lá de carro vão te ver
pelas câmeras. Então você vai ficar aqui enquanto eu busco a gasolina ok? -
Falou enquanto pegava um galão na parte de trás de seu banco.
-Então tem que aprender. -Segurou sua mão quentinha, entrelaçando seus
dedos longos aos curtos do menor. -Eu vou rápido, mas se acontecer alguma
coisa grita e me chama, esse lugar é meio perigoso.
O moreno foi se afastando até sumir de vista deixando o garoto com medo.
Ele evitava olhar para janela porque tinha medo do mato a noite, por mais
que amasse filmes de terror, o escuro dava medo.
Olhou no relógio do carro, eram 3:01, estremeceu de medo. Ele odiava esse
horário, já que era um pouco supersticioso e achava ser a hora do demônio,
mas sabia que devia era ter mais medo dos humanos.
Ele ficava impressionado com Jungkook, ele parecia não ter medo de nada, foi
andando no escuro como se não tivesse medo nenhum da estrada totalmente
escura e sinistra aquela hora da madrugada, queria que ele voltasse logo.
Não queria admitir mas estava nervoso porque o vento foi ficando cada vez
mais forte e ele podia jurar que ouviu alguma coisa se aproximando, já faziam
dez minutos e nada do moreno. Queria ter pelo menos seu celular para se
distrair e ouvir músicas, mas nem isso ele tinha.
-Porque você precisa de uma arma, mas pra isso precisa saber atirar antes.
-Sim, mas eu preciso ter plena confiança em você antes meu amor. Vai que
você me mata, seria um disperdicio não é? -Falou irônico, com seu sorriso de
coelho.
Jungkook tirou os olhos negros da estrada novamente para olhar para Jimin,
o olhar cheio de desejo.
-Não é hora pra essa conversa meu amor. Mas eu prometo que um dia eu te
conto.
Ele estacionou o carro em frente a uma loja de conveniências, mas Jimin teria
que ficar no carro de novo por causa das câmeras.
-Quer comer alguma coisa?
Jungkook era um enigma. Ele era estranho, obsessivo, louco, lindo, gostoso,
cheiroso e absurdamente carinhoso consigo.
Já faziam uns bons dias que estava com ele e já se sentia apaixonado. E até
saber que ele era um assassino o fazia sentir se mais atraído, isso era tão
bizarro. Não era certo estar com ele, mas desde quando o certo era o que
Jimin queria?
Jimin queria essa aventura, e sabia que vinha muita coisa pela frente. Nunca
teve medo de morrer, ele podia ter medo de muitas coisas, mas não da morte,
e sabia que estando ao lado de Jungkook corria certos riscos. Mas se sentia
vivo finalmente, por mais inusitada que fosse a situação. Jungkook era um
enigma que definitivamente o loiro queria decifrar.
-Nós chegamos hoje a tarde, você vai amar a minha casa Park. Sabia que sou
tão rico quanto você?
Jungkook deu partida no carro sorrindo ao ver o Park devorar tudo aquilo
como se não houvesse amanhã, nem dando bola para o que ele falara. Jimin
parecia faminto, mal terminava um e já estava comendo outro, tomando o
café para acompanhar.
Jungkook paralisou por um momento. Ele sabia que o seu amor estava
brincando, mas o ouvir dizendo aquelas palavras foi um tanto quanto
devastador. Disfarçou o máximo possível o quanto aquilo o afetou e
continuou dirigindo, mas seu peito parecia explodir de tanto que seu coração
batia.
(...)
-Eu falei pra você hoje de manhã que sou rico, mas você estava tão
desesperado pelos croassaints que nem ouviu.
Jungkook riu e o virou para si, aproximando os corpos, no meio daquela sala
enorme e elegantemente mobiliada. O Park perdeu o ar enquanto sentia as
mãos grandes e abilidosas passando da sua cintura e descendo devagar até
segurar sua bunda. A respiração totalmente trêmula somente por tocá-lo.
-Essa bundinha é muito gulosa meu amor...-Sussurrou em seu ouvido.
Deixando Jimin desnorteado e vermelho de vergonha. -Me recebe tão
bem...tão gostoso!
-Mas não deveria, você nunca deve ter vergonha de mim. -Abriu os olhos
negros para fitar os castanhos de Jimin, e se perdeu naquela imensidão. -
Vamos para o quarto Hm? Eu quero tanto que você conheça a minha cama.
Jimin o olhou de baixo para cima, e aquele homem parecia mesmo perfeito.
Estava tão másculo lhe olhando daquela forma predatória como se fosse o
devorar, ele devia sentir medo? Com toda a certeza, mas sempre amou o
perigo.
Ele acariciou o membro duro do maior por cima da cueca, moveu a mão para
cima e para baixo lentamente. E quando o moreno mordeu os lábios
respirando pesado, Jimin sentiu se ficar muito excitado também.
-Kookie...eu posso te chupar? -Perguntou inocentemente, o olhando no fundo
dos olhos.
Jungkook sentia que poderia pirar a qualquer instante, como alguém pode ser
tão perfeito quanto Park Jimin?
Assentiu devagar, totalmente excitado. Não tinha voz para falar, ela ficou
entalada na garganta.
Segurou o pau duro que já expelia pré gozo e moveu sua mão para cima e
para baixo lentamente, vendo o moreno jogar a cabeça pra trás com um
gemido rouco.
Aumentou a velocidade gradativamente até o seu pau estar tão molhado que
fazia estalos deixando o ambiente mais quente do que já estava.
Jungkook segurou nos cabelos lisos e loiros de Jimin e o puxou a sua cabeça
para trás, fazendo o mesmo soltar um gemido submisso que fez o moreno
pulsar.
Jungkook passou seu membro nos lábios grossos, como se fosse um batom e
viu o pequeno soltar um sorrisinho sapeca.
Enfiou o membro dentro da cavidade molhada e quente, gemeu ao sentir o
menor envolver o membro com os lábios e língua, o levando a loucura.
-Tão lindo...como você consegue ser tão gostoso? -Elogiou o pequeno que
gemeu no seu pau de um jeito tão bom.
O Park enfiou o máximo que podia de seu pau inteiro na boca, vendo
Jungkook mordendo os lábios e segurando seu cabelo ainda mais forte,
investindo contra a sua boca.
A boca do menor era tão perfeita e aveludada, ele entrava e saía da cavidade
pequena se sentindo no céu. Jimin se engasgou em alguns momentos
deixando claro a Jungkook o quão grande ele era, só o fazendo se sentir mais
quente.
-Jimin... -Ele viu os olhinhos brilhantes, com o seu pau dentro da boca. Nada
podia ser mais excitante do que aquilo.
Sentia que estava perto, mas não queria que acabasse rápido, estava tão bom.
Foi até a última porta de um corredor que era cheio delas. E abriu com um
pouco de dificuldade já que Jimin não parava quieto e mordia seu pescoço.
Acendeu a luz a e fechou a porta com o pé. Beijou o loiro que estava afoito em
seus braços.
-Eu vou te foder tanto meu amor...é isso que você quer né? Você adora...
-Siim, eu adoro! Adoro! -Ele estava muito excitante daquela forma entregue.
-Onde você tá Jungkook? Por que não atende essa merda de telefone? Eu tô
puto! -Jungkook afastou um pouco o telefone de tanto que o outro gritava.
-Foi mal, eu tinha que resolver uma coisa, mas eu tô de volta! Relaxa! -
Tentou acalmar um pouco seu amigo.
-Você não faz mesmo ideia da cagada que você fez né cara? Puta que o pariu!
-Você matou a porra do cara errado seu idiota! E pode ter fodido nosso
esquema! E ainda por cima sequestrou o filhinho do Park Twan!
-Você é obcecado pelo garoto e do nada ele some? Seul inteira tá atrás dele...
Você matou um policial disfarçado cara, só te deixou ainda mais visado. Era
uma armadilha! Você tem que vazar daí! Agora! -Gritou enquanto desligava o
telefone.
-Jungkook? -Ele olhou para o Park na escada, seminu, tão lindo. Ninguém
tiraria Jimin dele. Jamais!
-Se vista meu amor, nós temos que ir! -Jimin o olhava chocado mas desceu
rapidamente as escadas o ajudando ajeitar as coisas para irem para a
estrada… de novo.
-Como você não percebeu que era um policial, Jungkook? -Namjoon estava
aflito, andava de um lado para o outro. -Logo você que nunca deixa nada
passar!
Namjoon soltou uma gargalhada sarcástica, quando ele estava prestes a ter
um colapso nervoso ele fazia aquilo.
-Simples assim? Você não dá a mínima por ter matado um inocente? -Ele se
sentou de frente ao moreno e olhou em seus olhos frios.-Nós só matamos
pessoas podres Jungkook, era esse o trato! Aí você mata um cara do bem e
fica de boa?
-Eu conheço bem seus métodos Jungkook. Você não só matou ele né? Você
tem tesão na tortura e dor alheia. -Praticamente cuspiu as palavras no
moreno que continuava com cara de paisagem como se nem estivesse
ouvindo. -O que você fez? Arrancou todas as unhas com uma de suas facas,
eletrecutou ele? Fez ele se urinar de dor e medo?
-Algo assim, o que eu posso fazer? Não tem como voltar no tempo.
-E a polícia cara? Espero que eles não te rastreiem, se não estamos fodidos.
-Eu sempre dou um jeito e você sabe disso. -Voltou se para o platinado. -Se
até um policial disfarçado estava atrás do cara então quer dizer que a polícia
tá ficando mais esperta e descobrindo os podres da alta sociedade!
Namjoon parecia mais calmo. Apesar dele ser mais velho e mais responsável,
os dois comandam a empresa juntos. E para Namjoon que tinha seus vinte
nove anos, ter um parceiro de dezenove era complicado, porque Jungkook era
extremamente difícil de se lidar. Ele amava ser assassino e por isso cometia
atrocidades que não eram apoiadas pelo mais velho.
Tudo era disfarçado com a empresa de tecidos da família Kim. Eles lavavam o
dinheiro sujo das mortes com a empresa. Ou seja, a fábrica de tecidos ficou
milionária em questão de meses, mas não pela venda de tecidos e sim pelos
assassinatos comprados.
-Eu sei que você ama matar, Jungkook. E eu entendo a sua revolta por todos
aqueles caras, eles são sim merecedores mas você tem que ir com calma! -Ele
fitou o rosto do moreno que se contorcia. -Trazer o filho do seu psiquiatra
aqui não é a melhor idéia, ele vai causar problemas e você sabe disso.
-Ninguém falou em tratar ele mal, só estou falando que é altamente arriscado,
além do pai dele estar em desespero atrás dele, ainda tem o Min Hansol que
está na sua lista lembra? Ele é tio do Jimin.
Claro que Jungkook sabia, mas não podia contar ao Jimin que seu tio estava
em uma fila pra ser morto por ele. Ele nunca poderia saber.
-Não se preocupe que do Jimin cuido eu! -Colocou as mãos no bolso e olhou
bravo para o mais velho -Você devia cuidar mais da sua vida Nam, pelo
menos o Jimin sabe que eu mato pessoas. E você que é casado a cinco anos e
nunca contou para o Jin o motivo da empresa de tecidos lucrar tanto de um
dia para o outro?
-Cala a boca Jungkook! O Jin não pode saber de nada e você sabe disso.
Jungkook revirou os olhos.
-Se for pra ele saber algum dia, eu vou contar! Não vai ser você e nem
ninguém!
-Pelo amor de Deus, Namjoon. Olha para a minha cara de quem vai se meter
no seu casamento! Eu tenho coisas bem mais importantes pra fazer, faça o
favor! -Disse se sentando na poltrona de Namjoon.
-Com licença senhor Kim e senhor Jeon, mas o Jimin não quer ouvir as
ordens e está tentando sair do prédio para comprar café. -A moça falou
olhando timidamente para Jungkook. -Nós estamos tentando impedir mas ele
estava bem agressivo, se estranhou com o Albert e tudo.
-Peça calma para ele Jisoo, nós estamos resolvendo uma questão muito séria
aqui. -Namjoon ordenou para a garota aflita.
-Mas...senhor, ele não parece que vai se acalmar tão cedo...ele tá esperando já
fazem quatro horas e estava discutindo com o Albert.
-Jisoo, eu estou ordenando! Nem que alguns dos rapazes tranquem ele em
alguma sala, o Jimin não pode sair de jeito nenhum! -O platinado ordenou.
Namjoon negou.
-Eu achei que poderiam ter seguido ontem, mas já contatei nossos homens
para ficar de vigia a tarde toda lá. Parece que a barra tá limpa.
Jungkook se sentiu aliviado, não teria como ir para um hotel com Jimin sem
os documentos.
-Eu preciso dos documentos falsos para o Jimin, você pode conseguir pra essa
semana ainda?
-Claro, mas a partir de amanhã quero você de volta. Isso aqui não anda sem
você, espero que o Park não tome todo o seu tempo.
O que Jungkook definitivamente não esperava, era que ao abrir a porta de seu
escritório veria a cena de um de seus melhores assassinos beijando a
mãozinha do seu amor enquanto o olhava com desejo.
(...)
Jimin estava esperando desde às 21 horas ali. Se sentiu bem idiota por
obedecer Jungkook de forma cega.
Já eram duas e meia da manhã, estava com tanto sono que estava quase
dormindo com a cara na mesa, nem havia descansado da viagem e nem sabia
se teria que dormir no carro de novo. Como não ficaria mal humorado?
Saiu pela porta e viu a moça bonita sentada do outro lado do balcão digitando
alguma coisa no computador, e mais dois seguranças do lado de fora da porta.
Era realmente estranho estarem trabalhando até essas horas, que empresa faz
isso? Aliás, aquela situação toda era estranha, não fazia ideia do que estavam
fazendo ali, Jungkook não lhe falou nada, só deixou ele sozinho na sala, com a
ordem de não sair. Mas ele precisava tanto de um café.
-Olá, você poderia avisar o Jungkook que eu vou rapidinho comprar um café?
-Ele disse já dando as costas e saindo, mas na mesma hora o dois caras
entraram em sua frente. -Com licença?
-Desculpa garotinho mas você não pode sair! -O mais alto deles falou, com
um olhar despudorado para cima de Jimin, ele era loiro de olhos azuis, tinha
um maxilar marcado e olhos preguiçosos. -São ordens do senhor Jeon!
-Senhor Jeon? Que ridículo! Até parece que ele tem cinquenta anos. -
Ironizou.
-É uma maneira respeitosa de tratar alguém que está muito acima de você.
-Me solta!
-Você não tem permissão para sair. -Ele disse, apertado forte o braço fino de
Jimin.
-Eu estou me lixando! -Disse puxando o braço com força. -Eu vou fazer um
escândalo aqui e não vai ser nada legal quando o Jungkook ver isso!
-Não vai chamar ninguém, deixa que eu cuido desse aqui. É só mais um dos
meninos que Jeon Jungkook fode! Ele vai ficar puto se você atrapalhar a
reunião por causa de uma bobagem dessa.
-Não sei não Albert, esse ele parece tratar diferente... eu tenho medo de que
ele fique bravo!
-Diferente? Ele é idêntico aos outros meninos que ele sempre trás aqui para
foder. Pequenos, loirinhos e com o rostinho meigo. Esse aí não foge á regra.
-Que tipo de segurança é você? -Jimin falou andando para trás, segurando o
braço que doía, enquanto o segurança continuava a ir para cima dele.
Jimin sentiu suas costas contra a parede e o sentiu rir perto do seu rosto.
-Albert... você sabe que estupro não é permitido! -Ouviram a voz delicada da
secretaria. -Pelo amor de Deus deixa o garoto.
-Eu não vou fazer nada Jisoo, só não chama o Senhor Jeon. -Ele gritou para a
moça. Depois desceu o olhar para o rosto bonito de Jimin e falou baixinho
contra os seus lábios. -Vou pedir para o chefe uma noite contigo depois que
ele cansar de você...o que acha? Ter os restos do Jeon é uma grande honra.
Jimin conseguiu se afastar e foi para o outro lado do escritório. Ele estava
sentindo um lixo.
Não foi muito legal descobrir que você é só mais um entre vários. Jungkook
só o via como objeto sexual e ele se sentiu mais idiota ainda por não ter
fugido quando teve a oportunidade.
-Me deixa em paz seu idiota! Eu não vou transar com você nem se você for o
último homem do mundo!
-Até parece! Se eu quiser transar com você eu transo, você querendo ou não
baixinho! -Ele disse olhando Jimin dos pés a cabeça. -E eu te digo que eu
quero... muito! E vai ser hoje...
-Eu não estou entendendo nada disso aqui, não sei muito bem o que o
Jungkook é e nem como tudo funciona mas pelo jeito estupros são proibidos!
-Eu só vou falar uma vez. -Eles se assustaram, olhando para Jungkook parado
em frente a porta, na mesma hora. Estava de braços cruzados, imponente e
aparentando estar se controlando muito para não matar ninguém. -Solta a
mão dele agora!
-Jimin! -Ele falou firme para o menor que estava branco e com os olhos
arregalados.-Vem aqui agora! Do meu lado!
O garoto estava com o coração disparado, era bem óbvio que Jungkook
estava irritado de uma forma que Jimin nunca tinha visto, e isso o deixou com
medo. Ele hesitou.
O baixinho começou a andar olhando para o chão sem saber o que fazer.
Parou do lado de Jungkook que estava de braços cruzados olhando com um
olhar assassino para Albert.
-Eu quero que você explique tudo. Sem deixar um único detalhe escapar. -
Jungkook ficava ainda mais assustador quando falava calmamente.
Albert começou a temer ter feito alguma coisa errada. E algo dizia que ele
não deveria ter tratado Jimin daquela forma.
-Ele tentou fugir senhor Jeon, eu estava seguindo as suas ordens e...
Jungkook viu Albert ficar branco de medo, e na mesma hora soube que ele fez
alguma coisa com o pequeno. Teve que usar toda a sua paciência que já era
pouca, para não matar o desgraçado na mesma hora.
Jungkook se virou para Jimin e olhou os braços pequenos que ele tanto
amava cheio de marcas roxas de dedos.
Seu sangue ferveu de tal forma que ele socou a parede ao lado com tanta força
que afundou a madeira decorativa. Jimin se assustou com a atitude e com o
sangue que começou a sair da mão do moreno.
-Ele me trouxe para cá e veio para cima de mim...falou que eu era só mais um
dos garotinhos que você comia. -Sussurrou com a voz levemente embargada.-
Todos loiros e baixinhos, ou seja que eu sou igual a todos eles. E..ele também
disse que pediria pra você para ele passar uma noite comigo depois que você
se cansasse de mim.
Jimin olhava para baixo, as mãos unidas nervosamente, ele mordia os lábios e
estava quase chorando. Então afirmou lentamente com a cabeça olhando
nervosamente para Albert que o fuzilava com os olhos azuis, como que
ordenando que ele se calasse.
-E.. ele disse que se quisesse iria transar comigo, eu querendo ou não, e seria
hoje.
Jungkook fechou os olhos e tentou ao máximo controlar sua raiva, mas nada
nesse mundo o impediria naquele momento. Na verdade ele nem conseguia
pensar direito e isso sempre era perigoso demais.
-Vá lá para fora e não entre enquanto eu não sair! -Jungkook disse e o
loirinho assentiu se retirando nervosamente.-E me obedeça Jimin, sem sair
para tomar café, sem sair da empresa ouviu bem?
Jimin afirmou com a cabeça saindo e fechando a porta. Haviam vários homens
no corredor todos o encarando com curiosidade, a secretária estava com o
olhar petrificado olhando para a porta de madeira fechada. E os homens
estavam atentos a qualquer som que saísse da sala.
Jimin se afastou e sentou no enorme sofá de couro que tinha ali, seu coração
ainda disparado. Ele não sabia o que Jungkook iria fazer mas tinha certeza
que não era coisa boa.
-Que droga, será que ele já começou? -Um dos homens comentou.
-É..agora ele começou! -Outro falou sorrindo e os outros deram risada junto.
-Você tá louco? Não tem amor a vida? Não pode entrar aí em hipótese
alguma!
-Você deveria estar preocupado com o Albert, não com o senhor Jeon, eu te
garanto!
-Nunca queira deixar o Jeon bravo garotinho. Ele não dá segundas chances
como o Senhor Kim. -A secretaria falou.-Ele não está bravo com você né?
Ouviu mais gritos desesperados, e assustadores, ele estava com tanto medo.
Esperava de verdade que Jungkook não estivesse bravo consigo.
Dor. Essa era uma palavra que Jungkook conhecia como ninguém.
Quando era criança e vivia fugindo da polícia com seu pai, ele acabou lhe
ensinando que você tem que sentir dor para amadurecer e um homem só se
torna um homem se ele sofreu de alguma forma. Principalmente se tratando
de um assassino que precisava ser frio, calculista e nunca pensar em suas
vítimas.
Sua mãe passou a cobrar cada vez mais caro pelo filho que era prostituto
exclusivo do homem. Ele queria comprar Jungkook mas a sua mãe não quis
vender, já que haviam muitos outros clientes na fila, outros homens ainda
mais ricos, todos querendo ter uma provinha do moreno bonito.
Eles eram nojentos, aquilo era uma seita. Eram todos homens corruptos,
pedófilos e muito ricos. Traficavam meninos e meninas da idade de Jungkook
para os servirem, e para venderem.
O moreno nunca demonstrou nada por nenhum dos homens que pareciam
gostar muito de sua companhia, mesmo que o garoto não fizesse questão
nenhuma de ser simpático.
Ele foi abusado, humilhado e torturado ao sons dos risos e gemidos dos
homens mais velhos. Mas nunca em toda a sua vida derrubou uma lágrima na
frente deles ou demonstrou qualquer tipo de fraqueza.
Jeon Jungkook era frio, não ligava para a dor, não ligava para a vida, nem a
sua nem a de ninguém.
Tudo ele sentia no mundo era um ódio que era muito controlado para usar
quando pudesse.
Ódio deles, de sua mãe por o ter vendido, do seu pai por ter morrido e o
deixado sozinho no mundo e principalmente ódio dele mesmo por nunca ter
tentado se defender.
Mas um dia ele mataria cada um deles e seria imensamente feliz com isso.
Seus lábios tremiam, suas mãos suavam de tanta vontade que ele tinha de
arrancar suas peles aos poucos, depois tirar membro a membro de seus
corpos, enquanto ouvia os gritos desesperados que seriam música para os
seus ouvidos sádicos que amavam esse som.
(...)
Jimin estava com os olhos arregalados, olhando para Jungkook que estava
parado na porta do escritório, coberto de sangue da cintura para cima. Sua
camisa social antes branca estava totalmente vermelha, o cheiro ferroso e
pesado do sangue se espalhou por todo o ambiente causando ânsia de vômito
no pequeno.
Por fim viu o homem bonito e aloirado deitado em uma poça do próprio
sangue no chão de madeira. O líquido vermelho era tão escuro, espesso e o
cheiro era tão forte que chegava a dar dor de cabeça.
Jimin se agachou ao lado dele para ver melhor e notou alguns dentes
perdidos em sua roupa, mas eles não estavam quebrados, estavam inteiros
como se tivessem sido arrancados.
-Esse é o pagamento por ele ter encostado as mãos em você meu amor. -
Jungkook jogou a mão ao lado de Jimin que se assustou dando um pulo para
o lado. -Eu tirei a mão esquerda por que ele é importante pra equipe e jurou
que não sabia do meu sentimento por você.
-Não, amor. Mas ele tem que ser cuidado agora, isso não vai cicatrizar
sozinho. -O moreno pegou seu telefone, apertou um botão e esperou. -
Namjoon, eu meio que... dei uma lição no Albert e ele precisa de um médico.
Ok, eu vou sair agora e amanhã nós resolvemos o que fazer no caso do
cafetão.
Jimin estava com os olhos arregalados e sua voz não saia da garganta. Ele
olhava Jungkook que não parecia ligar nem um pouco para o homem quase
morto aos seus pés.
Estava assustado.
Jimin voltou os olhos arregalados para o rapaz que começou a tossir sangue
compulsivamente. Ele não sentia pena, mas também não conseguia imaginar
alguém ter prazer em fazer aquilo.
-Não é n..nada, tá tudo bem. -Ele não queria admitir que estava assustado,
não queria que o outro soubesse disso.
Jungkook o fitou atentamente, reconhecendo que não havia verdades nas
palavras do amado.
Ele encostou as mãos no rosto do loiro que estava pálido, mas suas mãos
estavam tão ensanguentadas que acabou sujando seu rosto. Notou que
também havia sujado as mãozinhas do seu amor, o pequeno ficou ainda mais
branco e parecia que ia desmaiar.
-E-Eu não quero ir pra casa... eu queria tomar um café...ou sei lá, dar uma
volta! -O menor disparou a falar.-Que tal darmos uma passada na praia? Faz
tanto tempo que eu não vejo a praia que me dá vontade de...
-Jimin! Calma, respira. -Ele tentou acalmar o seu garoto que parecia que ia
ter um treco a qualquer momento. -Nós não podemos ir a praia a essas horas,
ainda mais eu estando desse jeito.
Jimin olhou as roupas sujas de sangue do Jeon e ficou com ânsia, mas ele não
queria ir pra casa de jeito nenhum.
-Eu...só não quero ir pra sua casa...-O loiro parecia prestes a chorar, deixando
Jungkook realmente triste.
-Ei, por que não, meu amor? -Ele segurou seu queixo fazendo Jimin o olhar. -
Qual é o problema?
Jimin mordeu os lábios, totalmente aflito, não sabendo o que fazer. Só estava
apavorado de ficar sozinho com Jungkook, estava se sentindo louco por ter
topado entrar nessa loucura com ele.
Jungkook nunca amou tanto uma pessoa na sua vida, e jamais imaginou que
teria a confiança do seu pequeno algum dia. Ele era egoísta o suficiente para
querer o loiro só para si, raptando ele contra a vontade, mas nunca iria fazer
qualquer coisa para machucar o loiro daquela forma. Jungkook não conseguia
ver prazer nenhum em ver alguém que ele nutre sentimentos tão profundos
sentindo dor.
-Onde estão os outros garotos? -Jimin perguntou baixinho ainda sem olhar o
moreno nos olhos. -Onde eles foram parar?
-Os outros, que eram iguais a mim. Loiros como eu...baixos como eu...você os
matou? -Outra lágrima desceu e mais outra, até Jimin estar chorando
compulsivamente ao ponto de soluçar. -V-Você sequestrou eles também? Que
f-fim eles tiveram?
Jungkook olhava incrédulo para o seu pequeno chorando, e então caiu a ficha.
Jimin estava com medo de não ser importante para ele e ser assassinado, mas
isso estava tão longe da verdade. Não se aguentou e puxou Jimin para os seus
braços, apertando-o com força, coisa que só fez com que o pequeno desatasse
a chorar ainda mais.
-Meu amor, eles não eram iguais a você, não pra mim. -Acariciou os cabelos
loiros os sujando de sangue também. -Eu só saia com alguns garotos de vez
em quando, que lembravam meramente você porque eu não suportava mais
sentir tanto desejo e nunca poder saciá-lo com você. Mas nenhum nunca
chegou aos seus pés Jimin, e eu não matei nenhum deles eu juro, são pessoas
inocentes que não tem nada a ver com isso.
Jimin fungava de forma adorável ao olhar de Jungkook, seu nariz pequenino e
vermelhinho, e os olhos inchados.
-Sério. -Ele deixou um selar em sua testa e secou as lágrimas do seu garoto
com as mãos. -Está melhor?
O menor olhou uma última vez para o corpo ensanguentado e lembrou que o
mesmo prometeu lhe estuprar. Jungkook só estava o protegendo ele, não é?
Era só proteção!
Saíram da sala logo depois que uma mulher com pinta de médica veio cuidar
do ferido.
Jungkook tirou os olhos da rua para olhar para o pequeno. E quando ele ia
responder notou que Jimin já dormia.
Passou pelos corredores indo até a sua suíte, que era o maior quarto da casa.
(...)
Jimin só acordou quando ouviu a porta do banheiro do quarto ser fechada e o
moreno preencher o ambiente com um cheiro maravilhoso pós banho.
Subiu os olhos pelas coxas grossas e pela cueca boxer que abrigava seu
volume grande, sem contar a barriga malhada... a tatuagem de anjo parecia só
a cereja do bolo.
-Eu não ligo... -Beijou com gosto os lábios vermelhos e carnudos, saboreando
o gemido baixo que Jimin soltou.
Jimin já era perfeito, mas molhado daquele jeito ficava ainda mais.
Graças aos céus o box do banheiro era de vidro, facilitando a visão perfeita de
um Park Jimin lavando o cabelo de olhos fechados, a boca levemente aberta,
provocando a pouca sanidade do moreno.
Já não se aguentando, ele arrancou a única peça de roupa do seu corpo e
andou em direção ao box fechado abrindo a porta, e a fechando depois de
entrar.
O menor estava de costas para ele com os olhos fechados enquanto terminava
de enxaguar o cabelo.
-Se você não fosse tão gostoso eu não ficaria tão excitado, meu amor! -Disse
mordendo seu pescoço quente.
Jimin ofegou alto quando sentiu o membro duro entre suas nádegas. Beijou
Jungkook com urgência sentindo a língua quentinha e molhada do moreno
brincar com a sua.
O maior apertou as nádegas macias com força e investiu o quadril para cima,
se esfregando na entradinha apertada, fazendo Jimin gemer baixinho.
Jungkook desceu os beijos por todo o pescoço até chegar nos mamilos
rosados, passou a língua ali provocando o seu garoto que se remexeu no seu
colo. Segurou seu pau pela base, e passou delicadamente na entradinha
apertada que se contraiu louquinha por ele.
Jimin sentiu se rasgar por dentro, ele era tão grande, mas tão absurdamente
gostoso. Não conseguia manter os olhos abertos, tamanho o prazer que
estava sentindo.
Ouvir, ver e sentir Park Jimin era tudo o que ele sempre quis na sua vida.
Jimin apertou as pernas fortemente ao redor da cintura fina ao se sentir
chegar perto do orgasmo. Os olhos ainda fechados, gemendo a cada investida
funda do outro.
O maior foi ainda mais rápido sentindo se esmagado pelo interior quentinho.
Estava enlouquecidamente excitado com a voz rouca chamando seu nome.
-Goza pra mim meu amor...só pra mim. -Ele masturbou o membro duro e
esquecido do seu garoto.
-Abre os olhos meu amor! -Pediu ofegante, quase desesperado. -Olha pra
mim!
Jungkook desceu Jimin do seu colo, saindo de dentro dele, amando o gemido
manhoso que ele deu, vendo seu esperma escorrer por suas pernas
lindamente, como se aquilo fosse uma marca sua nele.
-Quando você vai entender que eu te amo? E que eu nunca vou te machucar?
-Ele sussurrou no ouvido do menor. -Que você não precisa ter medo de mim?
-Mais do que minha própria vida! -Ele foi sincero olhando nos olhos
castanhos e brilhantes.
-Então eu prometo te obedecer e ser só seu pra sempre! -O menor falou
deixando Jungkook sem fôlego e se possível ainda mais apaixonado. -Mas me
prometa duas coisas.
-Hm? Fale meu amor. -Ele beijou sua nuca, mal conseguia se conter de
felicidade.
Jimin pareceu pensar o que dizer enquanto olhava nos olhos escuros e
bonitos.
CAPÍTULO 9 - Lições
Sim, ele iria ensinar Jimin com todo o prazer, ele queria tanto isso, poder se
conectar ainda mais com o seu amor. Tirar sua pureza física e mental, o ter
para si de todas as formas possíveis e imagináveis.
Porque mesmo que do seu jeito errado, ele amava Jimin, essa era a maior e
única certeza da sua vida.
Jimin era diferente de tudo e de todos, para Jungkook ele parecia um anjo,
quase uma divindade.
Mas por trás da aparência bonita e angelical ele era possuído por uma
sensualidade capaz de deixar o moreno e qualquer um maluco, de queixo
caído.
Jungkook poderia ser considerado doente por se sentir assim tão fissurado
por alguém, mas se a cura fosse Jimin, queria ser doente para o resto da vida.
Jungkook era egoísta o suficiente para o querer só para si, gemendo sempre
só o seu nome, tendo total controle da sua vida, fazendo parte dela. Ele o
queria tanto, nunca deixaria de querer. Se excitava com qualquer coisa que o
pequeno fazia. Ele era seu, e nada nem ninguém mudaria isso, nem mesmo o
Park.
-O que eu tenho que fazer? -Jimin perguntava segurando com as duas mãos
uma pistola calibre 38, apontando para o alvo.
Ambos estavam sem as proteções necessárias para ouvido, mas na vida real
não se tinha isso pensou o maior, então era melhor Jimin aprender assim.
Jimin deu o primeiro tiro e quase caiu para trás com a pressão que da arma. A
bala pegou na barriga do alvo.
-Minha nossa! -Jimin sorria satisfeito com o seu primeiro tiro. -Eu fui bem?
-Você foi perfeito, amor.-O moreno não conseguia evitar sorrir também, o
pequeno estava bem empolgado. -Agora use todas as balas, tente acertar o
alvo no coração e na cabeça se possível.
Jimin assentiu várias vezes com a cabeça, feliz em poder usar uma arma
finalmente. Se posicionou do jeito que o maior lhe ensinara e atirou mirando
na cabeça e no coração todas as vezes. Quando as balas acabaram ele se virou
para o maior para saber se havia ido bem.
-Uau. -Disse o moreno impressionado indo até o alvo, pegando o papel para
ver bem o que Jimin havia acertado. -Olha só bebê, você acertou a cabeça, o
baço e o coração, e isso de primeira. Tem certeza que nunca tinha atirado
antes?
Jimin não se continha de alegria, estava se sentindo muito bem, afinal ficou a
vida inteira vendo seu tio Hansol ensinando o Yoongi atirar e nunca pôde
chegar nem perto de uma arma.
-Nunca, mas já vi meu tio Hansol e meu primo Yoongi atirando várias vezes.
Eu sempre quis aprender, mas meu pai é estritamente contra armas de fogo. -
Ele suspirou. -Até minha mãe atirava antes de conhecer meu pai.
Jungkook tentou ignorar o fato de que seu garoto falou o nome daquelas duas
pessoas que ele não suportava. Hansol por ser um traficante amante de
bordéis e seu filho Yoongi que além de saber de tudo e não fazer nada ainda o
ajudava levando drogas para revender para os mauricinhos na escola.
O que ele mais odiava no garoto com cabelos cor de menta era isso, a
hipocrisia. Se fazia de bom moço mas na verdade era podre. Essa era a
diferença de Jungkook e Yoongi, ambos não valiam nada mas só um deles era
hipócrita.
-Eram... até a minha mãe casar com o meu pai. -Jimin falava olhando para o
nada como se sentisse saudades de algo e isso fez o moreno ficar muito atento
a ele. -Meu pai não gosta do meu tio... nem um pouco e eu não sei porque, ele
é tão legal! Sempre que eu voltava da casa dele eu vinha com um bolo de
dinheiro, até o insuportável do meu pai descobrir e nunca mais me deixar ir lá
sozinho. Apesar que depois dos quatorze anos eu ia direto de qualquer forma.
Jungkook tentou ao máximo não pensar naquilo mas foi impossível, ele sabia
que Jimin transava com o primo e isso sempre o deixou muito puto. Só de
lembrar disso já acabava com o seu dia.
Jimin virou o rosto para o maior na mesma hora. Notou que ele estava bem
incomodado com algo. Mas ele estava bem até agora pouco...
Jungkook não quis responder mais nada, sabia que seria grosseiro então
tentou guardar a raiva para si, em sua cabeça ele ter transado com Yoongi
era uma traição, afinal Jimin lhe pertencia mesmo que ainda não soubesse na
época.
-Só atira, Jimin. Depois daqui eu tenho que te levar para casa porque tenho
muita coisa pra resolver! -Ele tentou ao máximo não soar grosseiro.
Jimin suspirou voltando os olhos para o novo alvo, ergueu a arma disparando
todas as balas sem pausa, acertando todas no coração de forma impecável.
-Você é muito bom! Pode treinar para ser atirador de elite um dia, se quiser. -
Falou sincero.
O menor ficou sinceramente emocionado por suas palavras, não sabia nem o
que dizer. Não era acostumado a receber elogios e muito menos a se sentir
tão bem com outra pessoa.
-Obrigado, Jungkook. De coração. -Disse lhe fitando nos olhos negros donos
de si, donos do seu coração.
Jungkook que antes estava com uma carranca se sentiu mais leve na mesma
hora, se aproximou do loiro baixinho, lhe dando um beijo nos lábios macios,
encostando as testas e narizes.
-Eu estou sendo sincero amor, eu até prefiro que treine para ser atirador.
Pelo menos você mata a distância. -Falou lhe roubando um selinho,
acariciando seu rosto.
-Eu vou te dar um cartão para você comprar o que quiser na internet, ok? -
Murmurou de costas, arrumando as armas dentro da mochila para saírem
dali. -Roupas, seus livros de terror, iPod para ouvir suas músicas... qualquer
coisa que você queira, menos um celular.
-Jungkook! -Ele era tão confuso, um hora estava bem e na outra virava a cara.
-Você é bipolar? Que coisa!
-Vamos, eu vou te levar para casa! -Disse jogando a mochila nas costas e
segurando a mão do menor.
Jimin puxou a mão e cruzou os braços sem mover nenhum passo. Jungkook
parou de andar e olhou para o loiro emburrado de braços cruzados o
encarando.
-Eu não vou a lugar nenhum até que você me explique o porque está tão
bravo comigo!
-Eu sou criança? -Gritou apontando para si mesmo. -É você que é bipolar!
-Para de me tratar assim! -Ele bateu o pé no chão. -Eu não fiz nada!
O moreno encarou o menor que parecia prestes a chorar e sentiu seu coração
amolecer de uma forma que só ele conseguia, era um sentimento estranho
para Jungkook. Porém ainda estava com raiva.
-Eu quero saber os seus sentimentos pelo seu primo. -Falou com uma clara
carranca irritada.
-Não tem nada para dizer...-Ficou absurdamente tímido. -É por isso toda essa
raiva?
-Não fala o nome desse cara, eu só quero saber o que você sente!
-Nunca! -Ele disse sério, ficou alguns segundos assim segurando e encarando
seus olhos.-Você o ama?
Jimin podia ser considerado louco, porque finalmente admitia que o era.
Afinal amava o fato de Jungkook ser tão possessivo, amava o fato de ele lhe
segurar tão forte. Se sentia trouxa? Muito, mas não podia evitar.
Quando Jimin ia lhe responder, ambos ouviram uma estante de armas cair
fazendo um estrondo tão alto que fez eco em toda a sala enorme.
Jungkook estava ouvindo passos então colocou o dedo nos lábios de Jimin
pedindo silêncio, o menor assentiu com os olhos arregalados.
-Vá para de baixo daquela mesa, amor. -Jungkook sussurrou entregando lhe
uma pistola. -Está destravada então cuidado, não saia dali até eu voltar.
Depois que Jimin estava embaixo de uma mesa de canto, bem escondido o
moreno se sentiu mais seguro para procurar o intruso. Não havia como uma
estante cair sozinha e ele definitivamente não acreditava em fantasmas.
Andou a passos lentos, se escondendo entre as estantes, com uma arma nas
mãos. Ele olhava todos os lados, sua audição detectava a respiração muito
pesada de alguém próximo. A pessoa parecia desesperada porque não
conseguia controlar a respiração, e isso só facilitava para Jungkook.
-Jogue essa arma para bem longe, se não estouro sua cabeça. -A voz de
Jungkook saiu bem forte e autoritária fazendo o garoto tremer mais do que já
tremia.-Eu não vou falar duas vezes.
Jungkook viu que ele parecia ter uns dezoito anos e era meio inexperiente,
parecia um informante.
-Tire a faca do seu tornozelo e jogue longe, como fez com a pistola.
O garoto obedeceu jogando a faca que foi parar nos pés de Jungkook.
-Cs Go? Bacana, mais uma para a coleção, obrigado pelo presente. Continue
com as mãos na cabeça!
-Eu não trabalho para ninguém, senhor! Só estava roubando algumas armas...
-Onde estão as armas que você estava roubando? -Perguntou. -Por que você
tá só com essa pistola? Estranho né? Você estava roubando mas tentando ir
embora de mãos vazias...
-E-Eu..
Ele era tão carinhoso consigo! Jimin queria aprender, queria tanto deixar
Jungkook orgulhoso.
-Eu consigo!
Tentou fugir mas foi fortemente segurado por Jungkook, que o algemou com
as mãos para trás. Ele não parava de gritar fazendo o ouvido de ambos doer.
-Tem uma corda em cima de uma mesa naquela porta vermelha. Pega pra
mim? -O moreno perguntava quase gritando no ouvido de Jimin.
Jimin assentiu, saiu correndo para buscar a corda, Jungkook sorriu com a
cena adorável dele lhe obedecendo tão bem.
Ele voltou com a corda grossa nas mãos e ajudou o moreno a amarrar o
homem escandaloso na cadeira, foi difícil já que ele não parava de se debater.
Jimin ficou com um pouco de pena pelo desespero do rapaz, mas tentou
ignorar.
Jimin observava tudo com uma certa distância, ele não sabia muito bem o que
sentir mas ele queria estar com Jungkook e queria ser um assassino, então
não desviaria os olhos, jamais.
-Pelo amor de Deus! Não faz isso não cara! AAAAH... -Jungkook imobilizou a
mão do intruso e enfiou a ponta afiada da faca embaixo da unha do dedão,
puxando-a para cima, vendo-a se desgrudar da carne, encharcando o dedo de
sangue. -PARA! POR FAVOR, PARA!
Jimin não conseguia tirar os olhos da cena, seu coração batia forte e seus
braços estavam arrepiados. Os gritos pareciam perfurar seus tímpanos o
incomodando.
-Pede para ele parar, Jimin! Eu sei que você é do bem! -Ele apelava para Jimin
que o encarou assustado. -Me ajuda por favor!
Jungkook ficou com tanta raiva na hora que não havia se tocado disso, os
únicos que sabiam quem Jimin era naquela cidade eram os membros que
trabalhavam para ele, e eles eram de confiança então...
-Verdade...como você sabe o nome dele? Responda! Ou vai ser bem pior do
que isso aqui.
O homem jogou a cabeça para trás com as lágrimas descendo por seu queixo.
Jungkook afastou a lâmina e esperou ele dizer alguma coisa. Jimin que estava
com as mãos no ouvido, as tirou para ouvir melhor.
-Anda! Ou quer que eu corte teu pinto fora? Pra quem você trabalha?
-Quem se importa, Jimin? Ele quer te levar de mim para te trancar naquele
quarto pra sempre te deixando deprimido! -O moreno falava sério olhando o
seu pequeno triste. -Ou fazer você ir para um internato conservador na Suíça,
pra você ser educado pela freiras!
-Diga, meu amor! -Ele arrancava a pele da mão do rapaz que esperneava.
-Não tem como ele trabalhar para o meu pai! -Jungkook se virou para o
pequeno, esperando ele falar. -Ele estava armado não tava?
-Sim.
-Eu te disse, meu pai abomina armas! Ele abomina tanto que faz parte de
congressos para eliminá-las! Não tem como meu pai ter contratado alguém
que usa armas para me achar.
-Eu...não posso falar! Nunca! -Ele chorava olhando o rosto de Jimin em busca
de piedade.
-Esse não tem jeito, meu amor! Ele não vai falar, nem que eu arranque o
pinto dele fora. Só vai mentir! -Jungkook sussurrou se colocando atrás do
menor, segurando sua cintura para lhe passar segurança.
-Você enfia com força aqui! -Apontou para a jugular. -Agora amor.
Jimin enfiou a faca com toda a sua força, vendo o garoto dar um grito mudo,
o sangue saiu em abundância pelo ferimento fatal, enchendo as mãos e braços
do loiro de sangue.
-Parabéns, meu amor! Você foi perfeito! -Sussurrou, abraçando o menor por
trás beijando sua cabeça.
Jimin estava estático olhando o garoto agora sem vida, a boca e os olhos
escancarados tornando a cena bem macabra.
Havia muito sangue mas dessa vez o estômago de Jimin não embrulhou. Ele
apenas... não conseguia desviar o olhar.
CAPÍTULO 10 – Aniversário
Eu quero muito saber como é que nós fomos seguidos por um pirralho
daqueles, Namjoon. -Jungkook berrava na sala do mais velho. -Eu mandei os
homens nos seguirem sempre que eu estive com o Jimin! A cada segundo do
dia! E onde estavam os incompetentes?
-Shhhh cala a boca, cara! O Jin pode chegar a qualquer momento! -Namjoon
correu para fechar a porta da sua sala. Suspirou e abotoou o paletó elegante. -
Até parece que você não dá conta de um garotinho, Jeon!
-Hoje é nosso aniversário... de cinco anos! Eu pedi pra ele vir no fim da tarde,
vou levar ele em algum lugar bacana. -Falou.
-Vocês dois... como consegue esconder dele esse segredo? Você matou mais
gente do que eu, Namjoon!
-Ele não pode saber nunca, Jungkook! Se ele descobrir... já era! Tudo acaba. -
Sua voz estava levemente embargada. -Você sabe como é amar alguém, eu
não posso perder ele entende?
Jungkook entendia, até demais. A questão era que SeokJin era muito correto.
Diferente de Jungkook e Namjoon ele teve uma infância feliz, sempre foi
amado e protegido.
-Eu entendo.
-E você... tem alguma ideia de quem era aquele garoto? -Namjoon puxou
outro assunto.
Jungkook negou com a cabeça.
-Eu peguei as digitais dele para entregar ao nosso hacker, mas nada. Eu
preciso saber quem foi, e algo me diz que não é eu que estão seguindo, e sim
o MEU Jimin! -Ele já se sentia irritado de pensar em alguém querendo tirar o
que lhe pertencia. -O desgraçado teve a burrice de chamar ele pelo nome, é
óbvio que aí tem coisa, Namjoon!
-Você está se arriscando muito com esse garoto, você sabe que ele é seu ponto
fraco. Qualquer um que quiser te atingir vai primeiro nele! O alvo mais fácil.
Jungkook riu.
-Eu vou treinar o meu baixinho. Ele vai ser atirador! -Disse orgulhoso.
-Até parece! Não é assim da noite para o dia que se nasce um atirador. E tem
que ter muito talento você sabe disso.
-E ele tem Namjoon, você precisa ver. Além de ele querer muito. -Sorriu
orgulhoso ao se lembrar do seu amor furando jugular do menino.
-Se você diz... -O platinado apagou o cigarro no cinzeiro. -Agora me diz uma
coisa, você sabe que tem que ter sua última consulta com Park Twan não é?
Vai deixar o seu namoradinho sozinho aqui?
Jungkook bufou se afundando mais na poltrona, ele tinha que ir não só para
se consultar com o pai de Jimin, mas também para caçar o tio dele que estava
na sua lista a muito tempo.
Eles estavam sendo pagos por outros grandes traficantes para eliminar o
Hansol, era muita grana envolvida e seria um trabalho bem mais difícil que o
usual. A única coisa que temia era a reação de Jimin, já que ele amava o tio
canalha.
-Eu conto com você para vigiar ele, Namjoon. -Disse olhando bem sério para
o mais velho. -Eu preciso que ele fique protegido, e só confio em mim mesmo
e em você.
-Amanhã, e eu ainda nem falei pra ele. -Ele tinha que investigar o Hansol,
mas não sabia quanto tempo levaria.
-Eu vou precisar. Por mais estranho que pareça, ele realmente não tem medo
de mim, e eu adoro isso. -Falava com um sorriso enorme.
Jungkook deixou seu sorriso morrer aos poucos, porém ainda mantinha um
sorriso de canto e o brilho nos olhos.
-Eu vou acabar com quem tentar tirar ele de mim, Namjoon!
(...)
Jimin estava bem chateado com Jungkook. Ele o deixou sozinho naquela casa
enorme sem poder fazer nada, nem ir para o lado de fora ele podia.
Depois que tomaram banho lavando todo o sangue do corpo, o moreno foi as
pressas para a "empresa de tecidos" deixando Jimin sozinho e com medo.
Afinal ele matou uma pessoa e a imagem não saia da sua cabeça, ele não se
sentia mais culpado já que fez para se proteger, mas ainda sim não era algo
com a qual estivesse acostumado.
Estava com receio de ficar sozinho, por mais que soubesse que só naquela rua
haviam pelo menos uns vinte homens armados cuidando da casa.
Jungkook não apareceria tão cedo e amanhã seria seu aniversário, será que ele
sabia?
Era tão estranho dormir sem Jungkook ali... não só a cama ficava fazia como
o seu coração também, ele estava carente e estava ficando mal acostumado
com o tanto que Jungkook cuidava dele. Nunca se sentiu tão amado antes e
não saberia mais viver sem isso.
Estava com medo de incomodar o moreno ligando para ele, já que tem um
telefone que só liga para o número dele.
"Meu filho fugiu de casa, a opção foi dele mas... Jimin ainda é uma criança, não
sabe o que está fazendo! Hoje é seu aniversário de dezessete anos. Por favor, se virem
Park Jimin entrem em contato comigo! Eu lhes garanto que a recompensa é alta!
Me ajudem a achar o meu filho!"
Todos com uma camiseta com o seu rosto escrito "Volte para nós".
Em seguida foi para a propaganda e Jimin não havia notado que estava
chorando, ele definitivamente era pessoa mais confusa do mundo.
-Você está com saudades deles? -Escutou a voz rouca logo atrás de si.
-Que susto! A quanto tempo você está aí? -Falou colocando a mão sobre o
coração.
Jimin soltou o ar pelo nariz e cruzou os braços olhando para os seus pés
descalços.
-Eu tenho saudades deles, principalmente da minha mãe, eu nunca disse para
ela o quanto eu a amo. -Falou choroso ainda olhando para os seus pés.-Mas
eu não tenho saudades de morar com eles, meus pais não se amam Jungkook,
eles só se aturam. Aquela casa é um mausoléu.
Ouvir as três palavras da boca de Jimin foi ainda melhor dessa vez, porque pode
aproveitar a sensação quente em seu peito, se ele tivesse aquela sensação para sempre,
a vida já valia a pena.
Jimin o abraçou ainda mais forte, ele sabia dos riscos, mas iria se entregar ao
amor mesmo que pudesse se arrepender.
-Eu também te amo meu amor! Tanto que chega a doer! -Declarou o moreno.
-Você é o meu presente, o único que eu já tive!
-Por que você não abre e descobre? -Sussurrou em sua orelha, mordendo seu
lóbulo fazendo Jimin estremecer e sorrir para ele.
Jimin se afastou dos braços de Jungkook e foi até a caixa enorme, era
vermelha com um laço dourado. Puxou o laço e abriu a tampa. Dentro
haviam várias roupas que ele realmente precisava, todas eram lindas, camisas
listradas, vermelhas, azuis de várias cores, olhou para o maior.
-Você não combina com aquelas roupas góticas amor. -Disse lhe, com um
sorriso.
Jimin corou e voltou se para a caixa vendo que tinha mais coisas.
-O que é isso? -Era uma caixinha minúscula, uma caixa de anel. -Eu não
estou acreditando nisso, Jungkook!
-Para que todo mundo saiba que você é comprometido, e meu! -Falou lhe
olhando intensamente.
-Só seu!
Abriu a porta e entrou fechando a mesma com o pé, colocou Jimin na cama, e
se afastou para o fitar.
Os cabelos loiros estavam uma bagunça o deixando ainda mais sexy, as
pernas grossas separadas, ele só usava uma camisola do jeito que o moreno
gostava.
-Tira essa roupa, Park! -Disse firme, olhando desejoso para as pernas abertas.
-Eu quero você sem nenhuma peça de roupa.
Jungkook fitou com água na boca seu falo rosado, já duro e principalmente a
entradinha pequena e apertada quase escondida entre suas nádegas. Se
aproximou dele e se sentou ao seu lado na cama, o loirinho parecia ansioso
por qualquer toque.
O moreno passou as mãos no seu tornozelo e foi subindo até às coxas macias,
fitando cada reação do pequeno que respirava pesado observando por onde as
mãos grandes passavam.
-Você é perfeito, amor! -Ele falou rouco vendo Jimin fechar os olhos e perder
a respiração quando o maior passeou delicadamente as mãos por sua virilha. -
Ansioso e excitado fica ainda mais!
-Que delícia amor, o que eu posso fazer para ouvir seu gemidinho delicioso de
novo? -Sussurrou com o membro ao lado do rosto. -Colocar na boca?
-Por favor...
Jungkook não esperou mais meio segundo para agarrar o membro que
latejava, enfiando-o na boca com tudo, chupando inteiro como um
profissional. Ouviu os gemidos desesperados do loiro, sentindo-se ainda mais
necessitado se esfregando na cama enquanto o chupava para tentar aliviar a
própria excitação.
Separou ainda mais as pernas macias para ter ainda mais contato, largou o
membro duro e desceu a língua por suas bolas, chupando ambas ouvindo seu
pequeno dar um grito prazeroso.
O moreno quase gozava nas próprias calças ao ver o menor naquele estado,
gemendo seu nome tão excitado. Desceu a língua até a entrada pequena e
chupou fortemente ali, sentindo o menor agarrar seus cabelos,
completamente desesperado. E passar a empurrar sua cabeça ali.
-Que pressa, amor! Quando você ficou assim tão sem vergonha? Uhm? -
Chupou as preguinhas se deliciando com os gemidos perfeitos. -Pra quem
tentou fugir de mim você anda bem safado!
Jimin estava desesperado de tão excitado, já não sabia mais como agir então
só se entregou as sensações deliciosas que Jungkook lhe proporcionava,
gemendo sem conseguir se conter. Quando olhou para baixo e viu a cena
daquele homem gostoso ali lhe chupando e masturbando foi o ápice.
Jimin estava mole e cansado mas se virou de barriga para baixo do jeito que
ele havia pedido, encostando a cabeça do travesseiro esperando pelo que viria.
Sentiu as mãos enormes acariciando sua bunda, apertando forte, o fazendo
começar a se excitar de novo.
-Essa bunda... acaba com a pouca sanidade que eu tenho amor! -Ele se colocou
em cima de Jimin, se segurando nos braços para não o esmagar, a boca colada
em sua orelha. -Eu não sei como eu aguentei tanto tempo... puta que o
pariu, Jimin!
Ele lhe deu uma tapa forte e estalado vendo o menor gemer e segurar o
lençol. Como que do nada o maior saiu de cima do garoto bruscamente.
Jimin olhou sobre o ombro vendo o moreno arrancar a camisa social preta e
tirar o cinto e a calça, ambos se encaravam excitados.
Jimin viu o volume enorme na boxer preta do maior, ele estava bem duro, e o
loiro se sentiu ainda mais ansioso por qualquer atitude do outro.
-Eu vou bater em você um pouco amor, porque eu estou louco para ver essa
sua bundinha toda marcada! -Sussurrou apertando a nádega direita antes de
lhe dar uma cintada forte.
Jimin gemeu com a dor. Se virou para olha para o maior que parecia com
muito tesão, ele também já estava então...
Jungkook lhe deu outra cintada menos forte mas ainda sim dolorida, Jimin
mordeu os lábios já sentindo seu membro dar sinal de vida e seu cuzinho
piscar.
Mais outra cintada e mais outra, Jimin tentava sem sucesso disfarçar o quão
duro já estava ficando de novo, se esfregando na cama e mordendo a mão
para se controlar.
Jungkook se apoiou nos braços em cima do menor, e esfregou seu falo duro
entre as nádegas avermelhadas, gemendo rouco no ouvido do pequeno.
Arrancou sua boxer rapidamente para sentir melhor o seu garoto, pele contra
pele.
-Já está duro de novo? -Sussurrou agarrando os cabelos loiros com força
vendo o menor gemer mais. Beijou seu pescoço e o mordeu com
agressividade. -Como pode ser tão putinha, Jiminie? Em?
Jimin ficou vermelho com as palavras dirigidas a si, mas também ficou ainda
mais louco para ter o moreno dentro de si.
-E-Eu sou a sua putinha! -Murmurou.
-Repete amor? Repete pra mim o que você acabou de dizer! -Puxou seu
cabelo, rosnando contra seu pescoço enquanto o estocava lentamente, quase
derretendo de prazer.
Jimin já se sentia perto de gozar de novo, e não sabia que era possível se
sentir tão excitado assim. Gemeu alto ao sentir seu ponto ser acertado com
força.
Quando Jungkook sentiu o aperto de Jimin ficar mais forte e seu gemido
desesperado. Ele aumentou ainda mais a velocidade, vendo que acertou todas
as vezes o ponto correto, já que Jimin gritou rouco, se contorceu na cama,
apertando o lençol com força, enfiando a cara ali enquanto se esfregava na
cama, claramente molhando a mesma com seu gozo.
A entradinha se contraia forte e os gemidos de Jimin foram o seu fim, estocou
mais vezes com força, fundo e rápido, gozando dentro do seu menino,
empurrando sua cabeça no travesseiro, mordendo sua nuca, se enterrando
totalmente no calor apertado, jogando seu gozo o mais fundo que podia.
Ficou dentro de Jimin por um tempo, respirando pesado, mas ao ver que ele
era bem mais pesado e o pequeno estava muito cansado, saiu de cima de dele
se deitando ao seu lado de barriga para cima.
Jimin nem abria os olhos, estava tão cansado que não se movia. Jungkook lhe
observou dormir, e fez um carinho nas costas nuas, desceu as mãos até sua
bundinha marcada e fez carinho ali. Puxou o pequeno que estava super
molinho para se deitar no seu peito o apertando contra si.
Jungkook não sabia quando ia poder ver ele de novo, afinal teria que ir para
Seul dentro de três horas, para matar o seu tio e muito provavelmente seu
primo.
Não sabia se Jimin o perdoaria mas ele tinha que fazer... era necessário, era o
seu dever.
CAPÍTULO 11 - Desentendimentos
Jimin sentiu os raios de sol na sua face bem cedo, franziu o cenho e teve
dificuldade para abrir os olhos por causa da claridade. Seu corpo estava
dolorido da noite anterior e ele estava completamente nu. Sentou se com
dificuldades já que seu quadril doía como o inferno e suas nádegas marcadas
pelo cinto também.
Olhou para o lado vazio da cama e suspirou triste por estar sozinho
novamente. Queria fazer alguma coisa, nem que fosse só ir ao cinema. Mas
não podia, não sem a permissão de Jungkook. Revirou os olhos ao pensar
nisso, Jimin nunca se imaginou tão submisso, mas toda a paixão que
desenvolveu por Jungkook foi capaz de transformar toda a sua cabeça.
Nem ao seu pai ele obedecia, mas algo no moreno definitivamente mudou
tudo em Jimin. Ele estava tão perdidamente apaixonado, sorriu bobo ao
lembrar da noite anterior, ele era tão gostoso e possessivo...se arrepiava só de
lembrar.
Quando se levantou novamente viu que havia um papel e uma caixa na mesa
de cabeceira, como ele não viu isso? Pegou o papel e viu uma letra cursiva
escrita.
Jimin no mesmo momento abriu a caixa se deparando com o seu celular. Ele
lhe devolveu seu celular! Ficou eufórico, ligou e começou a mexer. Mas ele
estava diferente, não havia mais fotos na galeria, suas mensagens foram todas
excluídas e só tinham os aplicativos que já vinham com o aparelho, sua lista
de contatos também foi toda excluída só havia um número, Jimin se sentiu
levemente irritado, clicou nele e esperou ser atendido.
-Eu estou bem aonde você tá Jungkookie? -Falou manhoso.-Eu não queria
ficar sozinho!
Jimin ouviu o suspiro do moreno e notou pelo barulho que ele estava no
trânsito.
-Como?
O loiro estava muito indignado, a vontade de desligar foi grande mas ele
sabia que Jungkook ficaria muito bravo.
-Você sempre tem que resolver alguma coisa! Mas que merda! Eu odeio ficar
aqui sozinho em uma casa enorme sem nada para fazer!
-Jimin, vai ser só por alguns dias, Ok? Não precisa ficar assim. -Ele parecia
nervoso já que Jimin não respondeu mais nada.-Fale comigo, amor.
-Eu não acredito que você vai sumir por dias e nem me contou pessoalmente!
Eu tô com uma raiva, minha vontade é sumir daqui!
-Jimin! -A voz do moreno foi um aviso bem claro.-Me obedeça e não saia daí!
Não ouse falar que vai embora! Eu te acho em qualquer lugar do mundo!
-Para quê? Pra me trancar em uma casa fazendo vários nadas? -Se irritou.
-Eu prometo que as coisas vão ser melhores depois que eu concluir esse caso,
é muito importante e você precisa entender.
-Eu entendo! Mas eu queria ir junto pelo menos! Eu vou morrer de tédio e
queria sair daqui! -Jimin estava muito nervoso. Ele notou pelos sons que o
moreno desceu do carro e estava andando.
-Eu não estou te trancando porque estou confiando em você, não faça eu me
arrepender!
-Você vai fazer o que? Não está aqui para me impedir. -Provocou.
-Não pense em me provocar Jimin, você sabe muito bem que a casa está
cercada e o Namjoon está de olho em você!-Sua voz estava fria e irritada.
-Pode, mas ele está grampeado então nem pense em ligar para outra pessoa!
-Meu Deus! Que coisa irritante! Você pode fazer tudo e eu não posso fazer
nada? Isso não é justo! -Disse indignado.
-Jimin, você sabia muito bem que seria assim! E não é hora para discutir.
Não sabia o que estava havendo consigo, mas o fato de Jungkook sempre o
deixar sozinho como um prisioneiro naquela casa estava lhe tirando do sério.
-Eu estou muito sozinho, você me abandona sempre, como os meus pais! -
Murmurou.
-Não, Jimin. -Jungkook tinha a voz bem mais mansa e preocupada. -Nunca,
isso nunca vai acontecer, meu amor!
Um desespero tomou conta do loiro. Que merda ele havia feito? Olhou
completamente desesperado para o celular e ligou novamente para o moreno.
Chamava e chamava porém, ele não atendia.
Jimin o amava, que droga, claro que amava. Ficou caidinho por ele desde o
momento em que viu o moreno alto e sedutor na cozinha de sua casa o
encarando com aquelas orbes escuras e completamente indecifráveis. Ele era
tão lindo, absurdamente maravilhoso, ninguém nunca o fizera se sentir nas
nuvens como ele. Ninguém nunca demonstrou tanta preocupação com Jimin
como ele. Era uma paixão doentia? Com toda a certeza. Mas nem Jimin muito
menos Jungkook conseguiam não se afundar no desejo avassalador que os
consumia. Porém, ele acabou de estragar tudo, sabia como o moreno era
possessivo, o tinha aceitado daquela forma, e não duvidava nada de que ele
pudesse fazer alguma coisa ao seu primo.
Pensar nisso fez seu coração quase sair do peito.
Já era quase noite e Jungkook não atendeu nenhuma de suas cem ligações, ele
havia desligado o celular.
Discou o número, tendo ciência que Jungkook poderia ouvir tudo já que havia
grampeado o seu celular. Chamou duas vezes até ser atendido.
-Alô?
-Park Jimin, algum problema? -Sua voz era muito grave e bonita.
-Oi, tudo bem? Namjoon né? -Perguntou tímido. -O Jungkook falou para eu
ligar para você caso eu estivesse em perigo e não conseguisse falar com ele.
-Sim. Eu e meus homens estamos cuidando muito bem de você. -Ele pareceu
pensar em algo.-Você não está em perigo, Park.
-Não, não estou. Mas preciso falar com Jungkook urgentemente e ele não me
atende!
-Ele tem muito ciúmes do meu primo, e eu tenho medo que ele faça alguma
coisa já que...
Jimin olhou furioso para o telefone. Ninguém dava a mínima para o que ele
pensava? Estava irritado e se sentindo como um lixo.
Bufou triste, deitou no sofá, ainda haviam cobertas ali do dia anterior. Ele
ficou com muito frio, se cobriu com o máximo de cobertas que pôde, ele
queria o moreno ali para lhe esquentar.
(...)
Jungkook tremia de raiva dos pés a cabeça. Como algumas palavras podia
mexer tanto com o seu psicológico? O moreno já não era certo da cabeça e ele
sabia disso, mas saber que Jimin transou com aquele lixo do Yoongi fazia seu
sangue ferver.
Ele tinha que tentar se acalmar, mas não conseguia, estava tremendo muito e
tentando não imaginar a cena. Mas ela vinha com força em sua memória.
Uma vez viu Yoongi e Jimin quase nus enquanto se beijavam no chalé da
família Min. Ele os havia seguido até lá para ter certeza que tinham alguma
coisa. Nunca se arrependera tanto em sua vida. As vezes aquelas imagens
vinham em flashes na sua memória o atormentando. Não era só ciúmes, era
ódio por aquele cara que ousou tocar no que era seu, e antes dele ainda por
cima.
Ele era seu, e sempre repetiria isso. Somente seu, nunca poderia perdê-lo. Era
o amor da sua vida. E ouvir Jimin falar de Yoongi daquela
forma...simplesmente era demais para aguentar.
Jungkook sabia muito da vida de Min Yoongi, e isso ajudava a chegar em seu
pai.
Ambos eram traficantes, Min Hansol era dono de um conglomerado, todo
sustentado com dinheiro de propina e tráfico. Ele era muito rico,
multimilionário. Cercado de homens armados até as orelhas, o que dificultava
e muito no seu extermínio. Muitos já tentaram, mas nenhum conseguiu. O
preço por sua cabeça era muito alto, mas Jungkook era muito bom no que
fazia. O melhor!
Que se foda! Pensava o moreno. Ele não tinha que provar nada a ninguém,
seu trabalho era matar. E esses filhas da puta estavam na sua mira a muito
tempo. Foi assim que conheceu Jimin.
Estava rondando Park Twan para saber mais do seu cunhado Hansol, então
foi ser seu paciente de fachada. Nada o prepararia para aquela foto na mesa do
psiquiatra.
Ouviu batidas em sua porta, foi até ela e abriu, revelando um de seus homens
que vieram com ele para Seul.
-Senhor Jeon, telefone para o senhor. É o Senhor Kim. -Ele lhe entregou um
celular, se curvou e se retirou logo em seguida.
-Diga.
-Jungkook! O Hansol? Já localizou?
-Eu tenho que esperar três dias para uma festa que vai rolar na mansão Min.
Lá eu pego ele.
-Mas vão ter muitas testemunhas cara! Olha, eu confio muito no seu trabalho
Jungkook, mas você não pode se arriscar assim.
-E o Jimin?
-Ele ligou para mim hoje mais cedo, querendo falar com você de alguma
forma...
-Eu fui até sua casa agora a pouco, tá chovendo muito aqui em Busan. O
mundo tá caindo. Fui conferir se ele estava mesmo bem. -Ele soltou a
respiração de modo cansado.-O Park tava todo encolhido no sofá cara, suando
de febre, chamando o seu nome!
-Eu estou arrumando as minhas coisas para voltar pra Busan! -Disse.
-O que? Você tá louco Jungkook? Vai colocar tudo a perder? O Park está
comigo, na minha casa. Eu cuido dele, relaxa!
-Jungkook! Presta atenção. Eu sei que você está preocupado mas escuta o que
eu vou te falar agora ok? -Jungkook parou para ouvir, ele sempre ouvia
Namjoon, era a única pessoa que confiava. -Ele está aqui na minha casa, no
melhor quarto de hóspedes, está sendo bem cuidado. O Jin está cuidando dele,
quer pessoa melhor para isso?
Jungkook se acalmou ligeiramente, Jin era médico, e uma pessoa maravilhosa.
Aos poucos foi voltando a pensar racionalmente, o coração ainda apertado ao
imaginar o seu amor doente e chamando por ele.
-Ele não pode ficar sozinho muito tempo, é depressivo, ficou mal por estar se
sentindo abandonado. E pelos pulsos marcados, obviamente é suicida.
Jungkook fechou os olhos, triste, sua garganta fechou ao pensar no seu amor
tão mal.
-Ele falou uma coisa que me tirou do sério...eu ignorei ele a tarde toda!
-Ele ainda está triste, mas está sentindo mais bem disposto. -Falou tentando
tranquilizar o mais novo.
Jungkook decidiu ficar, já fazia muito tempo que precisava matar Min
Hansol, ele não podia voltar agora. Doía, mas quanto mais rápido matasse o
filha da puta, mais rápido voltava para o seu amor.
Pegou seu celular e ligou para ele, o celular chamou várias vezes até cair na
caixa postal. Bufou olhando para o breu do quarto. Acendeu o abajur e se
sentou, nervoso. Discou novamente o número do menor e finalmente foi
atendido.
-Eu te perdoo amor, eu te amo, me desculpa por ser tão frio hoje.
-Eu que sou infantil, Jungkookie eu queria tanto ficar com você...foi errado
falar do Yoongi!
-Ok...só não faz nada com ele tá? Ele é meu primo! -Falou nervosamente.
-Mas...Kookie...
Jungkook desligou antes que não tivesse coragem. Ouvir ele defendendo o
primo foi extremamente irritante, e ele ficou com ainda mais ódio.
Colocou seus jeans escuros, sua jaqueta de couro e seus coturnos. Não
precisaria de armas de fogo. O que ele resolveria era na mão mesmo.
Saiu do hotel com o seu carro e foi diretamente para o apartamento de uma
modelo chamada Georgiana.
Ela era americana, linda, morena de olhos verdes. Yoongi sempre a visitava, e
hoje para a sorte de Jungkook não foi diferente. Georgiana era uma parceira
do moreno e sempre o informava as informações que tirava do idiota do Min
Yoongi.
Ele atravessou a porta com tudo, quase derrubando a garota, indo em direção
ao seu quarto que ele conhecia bem até demais, e voltando logo em seguida
com uma carranca.
-Onde está aquele filha da puta? -Ele perguntou indo até o seu quarto.
-Jungkook, sente se! Ele não está aqui. -Ela disse suavemente.
Georgiana sempre foi louca por aquele psicopata, e nada a fazia mais feliz do
que suas visitas, ela o amava a muito tempo. Claro que seria sua parceira para
tudo.
-Eu quero que você me coma bem gostoso, Jungkook! -Ela sussurrou
provocante em seu ouvido.-E então eu te passo todas as informações que
precisa.
-Hoje não vai rolar, Georgiana. Eu preciso da informação para sair daqui
agora mesmo e matar o desgraçado na base da porrada!
Ela se aproximou dele novamente sorrindo com seus seios grandes expostos
e se colou ao moreno.
Jungkook estava nervoso para sair dali de uma vez e dar um jeito no primo
de Jimin.
-Eu quero você...agora, do jeito que só você sabe fazer tão bem! -E atacou os
lábios finos do moreno.
Enquanto beijava a boca lambuzada de gloss, seu pensamento foi para Jimin,
e pensou o quanto ele era infinitamente melhor, mais bonito, mais gostoso,
mais cheiroso...mais tudo. Não conseguia desejá-la.
Jogou a garota nua no sofá subindo em cima da mesma, ele tinha que ter as
informações, nem que precisasse pensar que fosse Jimin ali para conseguir
fazer.
CAPÍTULO 12 – Manipulações
Jimin havia pedido para ir pra casa, estava com saudades de sentir o cheiro de
Jungkook em seus lençóis, mas também não queria ficar sozinho.
-Por que você não fica até ele voltar querido? -Jin perguntava-lhe todo
carinhoso.
Jin foi a melhor pessoa que Jimin havia conhecido em toda a sua vida. Como
uma pessoa podia tratar um desconhecido tão bem?
-Você vai achar idiota... mas até do cheiro dele eu tenho falta, e só fazem dois
dias! Eu tenho medo desse sentimento Jin, é tão forte!
-Não é idiota Chim, é estar apaixonado. -Jin o olhava com olhos bondosos, ele
era tão carinhoso. -Não vê eu com o Nam? Eu faço tudo por ele, cozinho,
cuido de casa mesmo sendo tão ocupado. Isso é amar. E ele retribui cuidando
de mim, me presenteando, me amando de volta!
2 DIAS ANTES...
Georgiana sabia o que fazia, sabia o que queria e quando. E ela queria Jeon
Jungkook.
O que dificultava sua vida era uma pessoa insignificante para ela mas que
infelizmente mexia com a cabeça de dois homens muito interessantes para a
mesma. E essa pessoa era Park Jimin.
A primeira vez que ouvira o nome do loiro foi a quase um ano, quando
Jungkook ainda visitava sua cama com frequência, ele lhe dizia o quanto não
conseguia tirar o garoto da cabeça. Georgiana ignorou tudo aquilo por um
tempo mas depois de alguns meses quando o moreno voltava para Seul e a
procurava, não lhe olhava no rosto enquanto fodiam, e na hora H Jungkook
sempre gemia o maldito nome: Jimin.
Georgiana era miss, uma das mais bonitas do mundo, bela e influente. Saia
com os homens mais perigosos e poderosos do mundo. Não conseguia
entender como um adolescente baixinho e loiro podia roubar de si o único
homem pelo qual ela já se interessou romanticamente. Ela o viu primeiro!
Como não podia lutar contra o sentimento que ambos nutriam por aquele que
ela considerava uma criatura depressiva com uma aura pesada, preferiu
escolher entre um dos dois. E ela queria Jungkook.
-Por favor Jungkook! -Ela lhe implorava enquanto beijava seu maxilar
masculino, seu queixo e por fim a sua boca perfeitamente esculpida.
Jungkook não consegui parar de pensar em Jimin, mas não teria outro jeito.
Se ele não transasse com a garota insuportável, não saberia onde está o
desgraçado do Min Yoongi.
-Já faz tanto tempo, Jeon! -Ela se ergue para sussurrar em sua orelha. -Pode
pensar nele enquanto estiver dentro de mim, eu não me importo. Eu só quero
você, eu preciso de você!
-Eu acho o Yoongi sozinho. Obrigado pela ajuda! -O moreno saiu a passos
pesados em direção a porta, mas sentiu a garota praticamente pular em suas
costas, se agarrando a sua jaqueta de couro.
-Não vai! Por favor não vai! E-Eu falo, só fica comigo essa noite! -Georgiana
estava chocada, indignada, completamente boquiaberta, nunca havia sido
rejeitada por um homem em toda a sua vida. -Só me deixa aproveitar um
pouco e eu juro que falo tudo, e eu garanto que é muita coisa importante!
Jungkook não podia forçar ela a fala. Georgiana era muito esperta, tinha
muitos amigos e se ela sumisse alguém iria atrás para descobrir quem foi. E
mesmo sabendo que daria conta, Jungkook não podia ter mais inimigos no
momento.
-Eu não posso, eu finalmente consegui ele, depois de tanto tempo! Não posso
foder você e nem te fazer falar, portanto eu não tenho o que fazer aqui. -Ele
olhava firme os olhos verdes indignados. -Eu prometi que nunca iria
machucá-lo, e eu não vou.
Georgiana se aproximou mais do moreno, segurou o seu pênis duro e enorme
por cima da calça.
-Ele nunca vai saber... e você quer! Você me quer, Jungkook! -Ela estava feliz
com a constatação de o ter excitado, afinal estava nua e a sua mercê. -Jimin
não precisa saber.
-Se você sair por essa porta, eu ligo para o Yoongi e conto onde o Park está! -
Ela gritou estridente fazendo o moreno estancar na porta. -Yoongi chega até
ele muito antes que você, então você nunca mais o verá de novo!
Ele se virou para a garota que exibia uma raiva no olhar que Jungkook nunca
havia presenciado desde que a conhecia. Ao mesmo tempo um ódio
descomunal nasceu em seu peito.
-O que você disse? -Ele caminhou novamente até a garota com o nariz
empinado e segurou seu braço já marcado, ouvindo um gemido da mesma,
que ele sabia ser de prazer o que o irritou ainda mais.
-Eu adoro quando você é bruto! -Sorriu ao ver o moreno com um olhar
assassino que pra ela se tornava mais sedutor. -Você fica ainda mais gostoso!
Jungkook ficou tão irritado que jogou a garota com tudo no sofá e se afastou
para chutar algo. Quebrou sua tv, jogou a mesa de centro longe, ele estava
tendo um ataque de fúria e não podia bater nela. Quando olhou para ela no
sofá, ela sorria segurando os seios, se tocando.
-Você não pode me matar seu gostoso! Eu tenho um trunfo, e esse trunfo é
aquele sem sal do Jimin! Eu mandei algumas pessoas seguirem ele... você não
imagina a minha surpresa ao ver você o sequestrando e levando para Busan...
-Ela se levantou e foi até a gaveta de uma estante de madeira que havia na
sala, sendo observada pelos olhos raivosos do moreno, pegou várias pastas e
as entregou nas mãos dele. -As milhares de fotos do casal mais bizarro do
ano.
-Me lembre de matar esse fotógrafo, depois de matar você! -Ele disse depois
de ver as fotos do dia que ele o sequestrou, o dia que ambos brigaram quando
Jimin tentou fugir em frente ao portão do esconderijo... fotos dele sozinho no
carro, com os olhos assustados quando Jungkook foi buscar gasolina no dia
em que viajaram.
-Não é óbvio?
-Você quer mesmo isso? Transar com um cara que não tem sentimentos
nenhum por você? Que te despreza como se fosse pior do que lixo? -Ele se
aproximava com ódio nos olhos e a garota parecia ansiosa. -Quer ser fodida
pelo cara que vai te matar? Sendo cruelmente torturada? Quer mesmo isso?
Transar com o seu assassino?
-Se você não fizer bem gostoso... do jeito que eu gosto, pode dar adeus ao seu
precioso pirralho!
Jungkook segurou a garota com tanto ódio que ficou surpreso em não
quebrá-la, jogou a mesma no sofá de bruços e tirou sua jaqueta de couro,
arrancando a camiseta preta. A garota se virou de barriga pra cima para
apreciar a visão, ela abriu as pernas em expectativa mostrando sua boceta
molhada para o moreno que a fitava com o mais puro desprezo.
Tirou as calças Jeans junto com a cueca, se deitou sobre a garota que
suspirava em deleite e entrou nela com tudo, estocando várias vezes seguidas,
pensando em Jimin, na sua boca carnuda e quentinha, nos gemidos
melodiosos, em seu cheiro suave e doce, na sua pele macia e acabou gemendo
seu nome, fazia os movimentos sem olhar no rosto da garota que gemia se
agarrando a ele. Tentava não pensar no que estava fazendo.
-Eu tenho nojo de você Geogiana... -Ele lhe sussurrou no ouvido. -Você é um
lixo, uma porca...
-Não é o que parece... você está tão duro... -Ela falou com um sorriso na voz
que lhe foi totalmente irritante.
-Cala essa sua boca que com essa voz de taquara rachada eu broxo!
-Não minta para si mesmo Jungkook, você me adora! Deixa esse feitiço do
Park acabar que você volta correndo pra mim! Ah...
-Não fale mais o nome dele sua vadia! -Jungkook estocou várias vezes
seguidas imaginando Jimin, tentando se concentrar em seus gemidos. -
Jimin...Jimin...
-Você já vai? -Ela se levantou, tendo ciência que ele não havia gozado. -Deixa
eu terminar pra você?
-Você é burra? Não é possível. Entenda que tudo o que eu sinto por você é
desprezo e nojo! Por mim também por ter encostado nesse lixo que é você!
Mas eu faço tudo por Jimin, até aceitar ser usado. -Ele parou em frente a
garota que estava com cara de choro. -Eu já fui muito sexualmente usado
nessa vida Georgie, mas amar? Só uma vez! Você só assinou sua sentença de
morte, como também me fez ter nojo de mim mesmo, obrigado Georgiana!
O moreno virou as costas e saiu deixando a garota se sentindo muito mal, ela
o amava. E não se aguentou em chorar de soluçar enquanto procurava se
celular pelo sofá. Clicou no contato e esperou a pessoa atender.
-Georgie? -Ouviu a voz rouca de sono. -Espero que seja importante eu...
-Jungkook veio aqui e... -Ela chorou fungando. -E saiu tudo como o
planejado.
-Ele... você gravou tudo? -A voz antes cansada parecia muito mais animada.
Georgiana foi até um dos livros de sua estante que havia uma câmera
disfarçada.
-Sim...
-Você é incrível garota, vou te pagar cada centavo com prazer! -Sua voz
estava muito animada.
-Só tire o Park de perto do Jungkook, só isso! Ele é importante para mim, ele
é meu! De todas as formas.
-Relaxa Georgie, eu terei meu priminho logo logo, ou não me chamo Min
Yoongi.
CAPITULO 13 – Mentiras
-Jiminie? Acorda!
Jimin resmungou tentando com todas as forças abrir os olhos e falar alguma
coisa.
-O que ele fez com você Minie? Conta pra mim! Ele te machucou? -Beijou
seus labios.-Acorda primo! Acorda, eu estou com tantas saudades!
Jimin parecia ter ouvido a voz de seu primo Yoongi, mas pensou que era
impossível, a última coisa que se lembrava era de estar indo para a casa de
Jungkook esperar ele chegar...Santo Deus, ele havia saído escondido por que
não queria mais incomodar Namjoon e Jin. Ele havia sido pego na rua?
Jimin ouvia tudo com o coração disparado, o que o Yoongi estava falando? O
loiro tentava a todo custo de mexer mas a droga que deram para ele
realmente era pesada.
(...)
-Onde ele está seu monte de lixo? -Jungkook perguntava furioso com a arma
grudada na cabeça de Hansol. -Eu acabo com você!
Min Hansol não estava surpreso com a entrada de Jeon Jungkook no seu
escritório, ele sabia que o jovem assassino era bom. E se fosse para morrer
seria olhando em seus olhos.
-Eu nunca vou falar onde está o meu filho, Jeon! Pode esquecer, nem sob
tortura... por mais que eu saiba que você tem uma vasta experiência com essa
área. -Ele lhe dizia com um sorriso amarelo. -Eu sei que você vai me matar de
um jeito ou de outro, e pode acreditar meu jovem, eu lhe admiro por isso. A
minha cabeça vale muito no mercado negro...mas Yoongi não, ele não sabe de
nada!
-Quando eu entrei para esse mundo, eu sabia que morreria cedo, meu filho
também sabe. E Jimin...também deve saber! -Ele viu Jungkook semicerrar os
olhos em pura raiva. -Yoongi também é obcecado por ele meu jovem, ele
sempre foi. Eu não sei qual dos dois vai morrer antes, ou qual dos dois ficará
com o meu pequeno sobrinho. Mas nas duas alternativas, que vença o melhor!
-Eu vou te pegar seu merda, me aguarde! Eu estou chegando! -Disse com um
riso na voz.
O outro não respondeu de imediato mas a respiração ficou ainda mais pesada
e irritada.
-Você acabou de matar o meu pai? -Ele lhe perguntou com a voz
transbordando raiva.
-CALA ESSA BOCA! Eu vou te matar seu desgraçado! Eu quero que você
tente me pegar! -Jungkook sorria com o surto do outro, quanto mais tempo
ele ficasse na linha mais certo o rastreador funcionava. -Eu não sou o Jimin
cara! Eu queria ver você mexer com alguém do seu tamanho!
-Não fale do Jimin, não pense no Jimin, se quer sonhe com o Jimin, esqueça
que ele existe entendeu? -O rastreador deu um apito baixo mostrando ao
moreno o local exato onde Yoongi estava.
Teve que se controlar ao máximo para desligar o telefone antes que falasse
alguma coisa que estragasse tudo.
Ele saiu da casa do Hansol agradecendo aos céus pela noite chuvosa. Foi para
o esconderijo e trocou toda a roupa, jogou toda a roupa suja de sangue em
uma vala ali perto. Higienizou suas facas e voltou para o hotel, saiu tudo de
acordo com o plano.
Pronto, estava louco para finalizar Yoongi e ver Jimin novamente, seu corpo
inteiro ansiava de saudades do pequeno.
Evitava falar com ele pois sofria mais ao saber que ele estava doente e
Jungkook não podia fazer nada. Pensar no seu amor fazia o peito de
Jungkook aquecer, ele o amava tanto! Ele veria seu amor dentro de algumas
poucas horas, mas primeiro mataria Yoongi.
(...)
Jimin acordou com mais dor de cabeça do nos dias anteriores, como se ele
tivesse tomado um porre só que bem pior. Olhou em volta estranhando o
lugar que estava. Era um quarto realmente luxuoso, em tons escuros, a
cortina preta pesada estava com uma fresta aberta iluminando parcamente o
quarto escuro revelando uma verdadeira suíte presidencial.
Sentou se com dificuldade e olhou para todos os lados. Ele estava sozinho na
cama e notou estar somente com sua camisa de botão azul e uma boxer
branca extremamente apertada e desconfortável.
Ele foi até a cortina pesada e a abriu de um lado a outro fechando os olhos
para tamanha claridade, colocou a mão sobre o rosto e notou algo estranho. O
anel de rubi que ganhou de Jungkook não estava mais em seu dedo.
O que estava fazendo ali? Como foi parar naquele lugar? Ele pensava em tudo
isso quando se assustou ao ouvir a porta sendo aberta e logo depois fechada.
Arregalou os olhos com medo de olhar pra trás, estava com esperanças de ser
Jungkook.
Se virou para ver o primo agora de cabelos negros, com os olhos levemente
vermelhos, mas um pequeno sorriso nos lábios.
-Hyung? Como? O quê? -Ele olhou nos olhos do primo levemente mais alto. -
Como você me achou?
-E isso importa Jiminie? O que importa é que eu te salvei, você está livre! -
Yoongi ainda o abraçava sendo agora levemente retribuído por Jimin.
-Esquece isso Jimin. -Ele o puxou pela cintura grudando ambos os corpos
olhando diretamente sua boca carnuda bonita.-Está com fome?
Jimin olhou para o lado negando com a cabeça, segurou as mãos do primo
para se afastar mas ele se grudou mais a si.
-Não estou com fome, quero saber como você me achou! E como conseguiu
me trazer pra cá...
Yoongi avançou em sua boca carnuda para o calar, beijando com saudades a
boquinha do primo que se esforçava para se soltar e não retribuía o beijo.
Jimin virou o rosto ofegante e Yoongi aproveitou para beijar toda a sua
bochecha e maxilar, descendo rapidamente para o pescoço que ainda tinham
alguns resquícios de chupões praticamente apagados.
-Jimin eu sei que você...teve alguma coisa com o seu sequestrador, e eu sei
que você pode estar achando que está apaixonado mas me diz por favor que
vocês não transaram! -Ele lhe perguntou enciumado olhando nos olhinhos
arregalados do primo mais novo.
Jimin tentou se soltar do aperto do outro, mas seu corpo ainda estava mole e
sem forças.
Yoongi não parava de olhar o rosto lindo de seu primo mais novo, ele sempre
foi apaixonado por Jimin, desde criança. Sua maior vitória havia sido a
virgindade do mesmo, porém queria continuar sendo o único cara dele, o
único a ter encostado em Park Jimin.
-Eu te amo Minie! Só isso que basta, foda-se como eu sei de tudo, o que
importa é que você está livre do Jeon! -Beijou sua bochecha e olhou sua cara
emburrada, Jimin era sempre fechado e com a cara emburrada, ele já estava
acostumado. -Você não vai ver ele nunca mais...ok?
Jimin olhou para ele com a expressão surpresa, então empurrou Yoongi com
força e se afastou cruzando os braços.
Ele sempre quis contar a Jimin o que fazia e o porquê seu pai enriquecer tão
rápido. De um ex militar de classe média se tornar um milionário, mas
Hansol sempre o proibiu de falar, mas agora ele estava morto.
-Eu vou ir embora, ok? Não me siga por favor! -Ele disse procurando suas
coisas no quarto.
-Eu vou para casa do Jungkook! Eu estou com ele Yoongi, por favor não
conte aos meu pais ok? -Jimin falava rapidamente juntando sua calça do chão
e a vestindo, o loiro o olhou nos olhos como que pedindo desculpas. -Eu...amo
ele! E eu preciso ficar com ele entende? É um sentimento que eu nunca havia
experimentado, eu não posso mais viver sem ele!
Yoongi tentou mas não conseguiu disfarçar toda a fúria que ele sentia
naquele momento. Todo o carinho que ele tinha por Jimin se evaporou no
mesmo instante, e um sentimento de revolta tomou conta do seu corpo.
Ele queria bater no pequeno igual fazia com as prostitutas, e o ter para si da
forma mais carnal possível, agora ele se importava mais para os sentimentos
do loirinho se é que algum dia se importou.
Jimin olhou para o rosto vermelho do primo que não o olhava nos olhos, e
estranhou ele aparentar estar com tanta raiva ao ponto de quase chorar, será
que Yoongi estava tão triste assim por ele estar com Jungkook?
-Você está mesmo com aquele assassino doente? -Yoongi semicerrou os olhos
vermelhos de raiva e dando alguns passos em sua direção.
Yoongi segurou Jimin com força pelos braços o encarando com fúria nos
olhos, o rosto um pimentão de tão vermelho. O loiro se perguntava o que
acontecia com aquele que sempre fora seu amigo, amante e confidente e o
porque de ele agir tão estranho.
-Jimin! Ele matou meu pai! -Disse venenosamente encarando os olhos agora
arregalados do menor. -Você deu para um assassino? Me diga por favor que
não passaram de beijos!
Jimin estava em choque olhando seu primo sem o ver de verdade, seu coração
se encheu de choque e desespero. Aquilo não poderia ser verdade, Jimin era
completamente apegado ao tio Hansol, diferente de como era com seu pai, ele
sempre lhe deu liberdades e o tratava como igual. Lhe ensinava golpes para
se defender dos valentões da escola e sempre mentia para o seus pais quando
ele fazia alguma coisa errada. O loiro não conseguiu falar nada, a sua voz
morreu em sua garganta, por que Jungkook faria isso? Obviamente ele era
um assassino mas não tem motivos para matar alguém tão bom quanto tio
Hansol.
Não conseguiu evitar as lágrimas caírem dos seus olhos chocados, porque
Jungkook faria aquilo?
-Jimin! Você transou com ele? -Yoongi perguntou sem paciência para suas
lágrimas.
-O QUE ISSO IMPORTA YOONGI? FODA SE! -Ele gritou aos prantos. -
Isso não te interessa e não vem ao caso! Seu pai morreu! Que merda, até
parece que você não liga!
-Desculpa Jiminie, eu ligo sim...só que eu sou mais forte, só isso! -Ele disse o
abraçando de lado enquanto o pequeno chorava copiosamente.
-Porque ele fez isso? -Perguntou incrédulo ainda soluçando.-Não tem razão
nenhuma para matar um homem tão honesto quanto o tio Hansol!
-Mas não faz sentido Yoongi! O Jungkook não mata as pessoas em vão, e se
fosse pra matar alguém seria você e não seu pai! -Sua voz estava saindo como
a de um gatinho de tanto que ele chorava. -Tem certeza que foi ele?
-Se eu falei que foi é porque foi! Agora esquece daquele doente e foca aqui
Jimin!
Jimin o olhou assustado com sua reação, seus lábios tremendo e voltou a
chorar, afundando a cabeça em seus braços.
-Minha mãe já sabe? Meu Deus ela deve estar arrasada! -Ele cobriu a boca
com uma mão e a outra tentava sem sucesso secar as lágrimas. -Eu sou um
monstro, santo Deus eu matei uma pessoa pra impressionar uma pessoa tão
podre quanto o Jungkook! Eu...me entreguei a ele como nunca a ninguém, eu
o amei e infelizmente ainda amo! Que pessoa mais fodida que eu sou! Que
merda!
-Eu...me odeio tanto Yoongi! -Jimin sussurrou com a voz embargada olhando
seus pulsos marcados, estava sendo fortemente tentado a procurar uma
lâmina...mas no momento em que ia lhe falar isso ouviram tiros do lado de
fora da casa.
-Que porra! Mas como? -Yoongi olhava os milhares de carros cercando sua
casa, obviamente era Jungkook, não tinha como ser outra pessoa.
-Ele veio atrás de mim Hyung! Eu não quero ir! -Jimin choramingava no
chão ainda abraçado aos joelhos.
-Yoongi, tem vários carros cercando tudo, e mandaram avisar que te dão
cinco minutos pra devolver Park Jimin, se não eles invadem! -O rapaz negro
falava desesperado para o seu chefe. -O que eu falo pra eles?
Yoongi estava tão puto que pensou em sair sozinho metralhando Jeon
Jungkook e sua corja. Mas tinha que pensar racionalmente e agora ele tinha
uma ideia por mais que odiasse ter que devolver seu primo era a melhor ideia
no momento.
-Que garantia eles deram que não vão invadir mesmo que eu devolva o
Jimin? -Yoongi estava desesperado, eles estavam em um número muito
menor.
-Ok, fale pra ele que eu devolvo o Jiminie! -O outro assentiu e saiu fechando a
porta.
-Não! -Jimin levantou e foi até o primo com os olhos desesperados. -Por
favor, não! Hyung eu te imploro! Eu não quero ver ele! Eu não posso ver ele!
Dói demais!
Yoongi beijou os lábios quentinhos do seu primo, mas não pôde aproveitar
nem alguns segundos já que o mesmo se afastou com tudo.
-Não é hora pra isso Yoongi! Que coisa. -Ele sussurrou cabisbaixo. -Eu não
vou ir com o Jungkook!
-Você tem que ir Jiminie, eu não sei como ele me achou, mas se você não for
ele te leva a força e depois me mata! -Yoongi segurou nos ombros pequenos
de Jimin o encarando nos olhos inchados de chorar.-Você pode ajudar muito
Jiminie...a fazer ele pagar por tudo o que ele fez!
Jimin estava se sentindo tão mal e de uma coisa ele tinha certeza, seu corpo e
mente não resistiam a Jeon Jungkook, ele não conseguiria fazer nenhum mal
a ele mesmo depois de tudo o que ele havia feito. Mas teria que ir, para salvar
seu primo.
-Eu não sei se consigo, ele pode ser muito persuasivo! -Jimin não aguentou
segurar algumas lágrimas que desceram por ser gosto vermelhinho. -Eu sei
que se ele quiser ele me faz dormir com ele de novo, então eu me sentiria bem
pior do que o lixo que eu me sinto agora.
Então Yoongi pegou seu celular e puxou o pequeno para lhe mostrar o golpe
final, lhe entregou o aparelho na mão e ficou observando Jimin franzir o
cenho para o vídeo que estava sem som rodando em suas pequenas mãos. O
loiro aproximou o aparelho do rosto e arregalou os olhinhos que encheram
mais ainda de água ao se dar conta do que o vídeo se tratava. As lágrimas
desciam copiosamente e seus olhos não piscavam, sua boca tremia em um
biquinho triste. Ele jogou o aparelho em Yoongi e correu para o banheiro aos
prantos.
Yoongi revirou os olhos para o drama do mais novo, e foi a seu encontro. Se
deparou com o mesmo ajoelhado em frente ao vaso sanitário colocando tudo
para fora enquanto ainda chorava. O pequeno tremia dos pés a cabeça e seu
choro saia sofrido, seu rosto manchado de lágrimas.
Ele o faria pagar, ele o faria pagar por toda essa dor que sentia, ele odiava
Jeon Jungkook com todas as suas forças...ele o odiava tanto...tanto!
CAPÍTULO 14 – Jikook e a DR
-Se você for até ele, arrisca tomar um tiro! -Namjoon avisou.
Jimin não falava nada, e todos ao redor estavam esperando alguma ordem de
Jungkook, invadir ou não. Ele obviamente iria invadir, não deixaria Yoongi
escapar jamais.
-O quê?
-O que ouve meu amor? Você estava chorando? O que ele fez? -Jungkook
acariciava o rosto do amado com as mãos amando a sensação da pele macia
mas odiando ver sua expressão triste. -Ele te machucou?
Namjoon saiu do carro também e foi até Jungkook e os homens. Jimin olhava
os homens que estavam um pouco distantes combinando o que iriam fazer,
mas Jimin tinha tanta raiva de Jungkook que não conseguia olhar em seu
rosto, como ele pôde transar com aquela garota? Como? E ainda ousar ter
ciúmes dele com o Yoongi! Que ódio.
Jungkook parecia um rei enquanto dava ordens aos outros, o loiro não podia
ouvir nada mas sabia que era impossível não o obedecer. Ficou vendo os
outros homens se afastarem e seguirem Namjoon para dentro da mansão,
armados até os dentes e Jungkook ficar parado de costas para si os
observando partir.
Quando o moreno voltou os olhos negros para o carro Jimin quis chorar,
porque ele estava tão absurdamente lindo e perfeito, que não parecia um
traidor. Com aqueles olhos que o faziam sair de órbita, todo vestido de preto,
tão maravilhoso...não parecia alguém que transaria com uma qualquer sem
ligar para os sentimentos dele. Ele não era o suficiente para satisfazer os seus
desejos? Caramba Jungkook o sequestrou para o ter para si, jurou a Jimin
milhares de vezes que o amava e lhe deu as melhores noites de sua vida, como
uma pessoa podia enganar tão bem a outra?
Quanto mais Jungkook se aproximava do carro mais Jimin ficava nervoso, ele
parou ao lado de sua janela e Jimin ficou parado sem mover um músculo, seu
coração disparou quando a porta foi aberta mas ele continuou paralisado
olhando para frente.
-Vai mais pra lá amor, eu quero conversar com você. -Ele falou de forma
autoritária porém suave.
-Eu não quero conversar! -Disse sem conseguir disfarçar a mágoa na voz.
Jimin revirou os olhos e foi para o outro lado do banco traseiro, de braços
cruzados olhando para a janela, evitando qualquer contato visual.
-Por que você está assim amor? -Tentou segurar a mão gordinha que foi
rapidamente afastada de si. -Jimin, responda! Por que está desse jeito?
Jimin estava com tanta raiva que se olhasse nos olhos de Jeon seria capaz de
matá-lo, ele tinha que ser frio e fingir que não sabia de nada. Mas Jimin não
era uma pessoa fria, ele era muito mais emoção do que razão e isso iria
estragar o plano de vingança.
-Olha pra mim amor. -Jungkook falou firme. -Eu estou mandando olhar pra
mim.
Jimin queria chorar, ele não conseguia tirar as imagens da cabeça, sentia
ânsia novamente só de lembrar.
-O que aquele lixo falou pra você? Aí tem coisa Jimin e eu te garanto que ele
pode ser bem mentiroso.
Jimin riu de forma irônica deixando Jungkook bem irritado, o maior virou o
queixo delicado para si de forma brusca e o loiro teve que fitar as orbes
negras que eram donas do seu coração que disparou ao perceber a intensidade
do momento.
-Eu nunca vou te deixar em paz Park Jimin, eu nunca vou deixar de
atormentar a sua vida porquê eu não consigo, eu te amo demais para ser
indiferente a você...e te ver dessa forma acaba comigo! Me responda o que foi
que aconteceu!
Sua mente tentava bloquear as palavras que pareciam tão sinceras, mas seu
coração infelizmente se aquecia com as palavras, Jimin teve raiva por ser tão
bobo e apaixonado. Eles ouviram vários tiros vindos de longe na mansão, a
noite estava caindo e a chuva voltando com força total, o loiro olhou
assustado em direção a mansão, torcia para Yoongi conseguir fugir.
Jungkook não tirava os olhos do seu pequeno, ele estava absurdamente
preocupado com Jimin. Ele parecia tão frágil, parecia ter emagrecido e nunca
vira os olhos tão tristes. Queria beijar lhe os lábios convidativos e cheinhos,
acariciar sua pele, sentir seu cheiro mais de perto mas ele estava
estranhamente distante por mais que estivesse ao seu lado.
Ele fechou os olhos não conseguindo afastar a carícia suave, sentia falta das
mãos dele, sentia falta em tudo nele e mais uma vez se sentiu idiota.
-Tire as mãos de mim! -Ele afastou as mãos se lembrando que ele assassinou
seu tio inocente e transou com uma mulher nesses últimos dias.
-Sua boca fala isso, mas seu corpo reage de outra forma! Sabe o que significa?
-O moreno se aproximou do loirinho encolhido, encostou sua boca na orelha
bonita.-Que você me pertence amor!
-Se afasta Jungkook! Por favor...-Jungkook aproveitou a deixa para lhe beijar
a bochecha quente e vermelha.
Ambos sentiram correntes elétricas com o suave toque, ambos estavam com
saudades, ambos se amavam.
Jimin acariciou em cima do local aonde o moreno lhe beijara a mão e sentiu
um lágrima solitária descer por seu rosto. Por isso não queria vir, ele era
totalmente submisso á Jungkook, e perdidamente apaixonado, como resistiria
ao moreno?
-Ah ele vai! -Jungkook se agaixou para olhar o rosto de Yoongi bem de perto.
-Mas não aqui, com o Jimin vendo tudo da janela do carro.
Yoongi o fitava com o rosto todo cheio de lama, os olhos não demonstravam
nada.
Yoongi não falou nada mas fitou Jimin dentro do carro o olhando
diretamente sabendo que ele era sua única chance, mas foi impedido de
continuar olhando o pequeno quando a cara irada de Jungkook apareceu no
seu campo de visão.
-O que você está olhando Min Yoongi? Perdeu a noção do perigo? -Deu lhe
um soco tão forte no rosto que o mais baixo perdeu a noção do lugar onde
estavam. -Não olha para o meu namorado, não fale com ele, não sonhe com
ele nem pense nele! Vai ser melhor pra você!
Yoongi foi arrastado até um porta malas e enfiado lá. Namjoon se aproximou
de si e colocou uma mão em seu ombro.
-Vou levar ele pra cede, vou prender o traste em alguma cela e você pode ir
brincar quando quiser ok? Aposto que está tão ansioso que vai hoje mesmo! -
Falou rindo.
-Não Namjoon, eu tenho que resolver umas coisas com o Jimin antes, ele é
mais importante pra mim do que qualquer ódio que eu sinta por Yoongi.
Jimin ainda fingia que ele não existia, as vezes o moreno lhe olhava pelo
espelho retrovisor e o seu amor não tirava os olhos da janela. Passando os
dedinhos gordinhos por ela, como que desenhando as gotas que escorriam
pelo vidro, mordendo involuntariamente o lábio inferior.
Jungkook ficou se perguntando como alguém conseguia ser tão perfeito, sexy
e fofo ao mesmo tempo.
Ele voltava os olhos pra estrada para continuar dirigindo mas seus olhos
eram novamente atraídos pela imagem do seu pequeno ali se fingindo de
indiferente à ele.
Jungkook o conhecia bem demais! Sabia que ele fazia isso quando estava
muito chateado, ele não dava shows, ele ignorava as pessoas. Park Twan que
o diga.
Mas Jungkook não era Twan, ele não aceitava ser ignorado sem nem ao
menos saber o motivo. Ele sabia ser determinado e insistente.
Suspirando exausto saiu do carro, havia ficado uma meia hora ali pensando
no que fazer e como contar tudo a Jimin.
Entrou na casa iluminada e olhou pela sala grande a procura do menor, subiu
as escadas e foi até o quarto que ambos dividiam e o viu mexendo no armário
de cobertores de costas para si, ele havia tomado banho, estava com os
cabelos úmidos e com uma camisola branca.
Jungkook perdeu os olhos pelo corpo cheio de curvas do seu amor, ele era tão
lindo... resolveu tomar logo um banho frio para se acalmar e não lhe agarrar.
Jimin não levantou os olhos do livro e nem falou nada só o deixando ainda
mais puto.
Como ele não teve nenhuma reação Jungkook se sentou ao seu lado sem tirar
os olhos do rosto angelical e sério do seu amor. O maior aproximou seu rosto
do mesmo vendo que Jimin não lia nada, suas pupilas não se mexiam, era só
uma forma de o ignorar.
-Eu não quero dormir com você! -Jimin sussurrou sério, ainda com os olhos
no livro.
Jungkook tirou o livro da mão do loiro, segurou seu queixo o fazendo lhe
encarar.
-Para com isso Jimin! Eu tive que matar o seu tio, desculpa tá legal? Foi
necessário, fui muito bem pago por matar ele ok? -Jungkook se sentiu muito
melhor só por Jimin o olhar nos olhos, prestando atenção agora. -Seu tio foi
um dos piores vermes que eu tive o desprazer de conhecer! Ele era traficante,
vendia drogas e traficava meninas e meninos menores de idade para serem
prostituídos e vendidos. Ele era pedófilo, está ouvindo o que eu tô dizendo?
Eu queria te poupar de saber disso tudo mas como o seu priminho deve ter te
envenenado contra mim eu tenho que falar! Yoongi também o ajudava!
Jimin se levantou furioso já sentindo as lágrimas virem com tudo, ia sair pelo
quarto mas seu braço foi firmemente segurado.
-Eu não estou mentindo amor. Quem mentiu pra você toda a sua vida foi o
seu tio e o seu primo.
Jimin não parava de chorar e tudo aquilo foi demais para Jungkook, ele queria
de alguma forma fazer a sua dor passar.
Ele tinha que matar Hansol mas não sabia que o preço a pagar seria o
sofrimento do pequeno.
-Se...se ele era tão mal assim...como me tratava tão bem? Como sempre me
tratou tão bem? -Jimin havia parado de chorar mas seus olhos ainda estavam
marejados.
-Você tem esse poder sobre as pessoas meu amor! -Jungkook lhe disse
carinhosamente. -Eu posso te provar todos os crimes do seu tio e do seu
primo agora mesmo, vamos ao meu escritório?
Jimin não queria mexer nisso agora, ele estava exausto com toda a confusão
que havia sido seu dia, estava muito triste com Jungkook, mesmo que fosse
verdade a história do tio ele ainda o havia traído.
-Eu quero deitar nessa cama e ser deixado em paz! -Murmurou se afastando
do maior.
-Eu te amo Jimin! -Sua voz era perfeita assim como ele, e o loiro não pode
evitar as lágrimas descerem por ser olhos agora abertos.-Tem mais coisa ai,
me conta o que ouve pra você estar assim? Eu te amo tanto meu amor!
-Ela quem?
-Ei, Jimin! Não foi bem assim amor, calma! -Jungkook foi até o menor se
sentando ao seu lado novamente, fazendo carinho em seus cabelos loiros,
claro que Georgiana havia planejado tudo com o verme do Yoongi, como caiu
nessa? -Amor, eu tive que fazer aquilo e posso te garantir que eu não gostei
mas foi necessário, Georgiana armou...
-Não fala o nome dessa mulher! -Ele disse mais alto entre as fungadas e
lágrimas. -Eu não aguento mais essa dor no meu peito!
-Aquela garota armou com Yoongi meu amor, e eu caí feito um patinho. -Ele
segurou o rosto cheio de lágrimas do pequeno em suas mãos e olhou no fundo
dos seus olhos enquanto secava com os dedos as lágrimas do menor. -Ela
precisava me passar as informações sobre o Hansol e sobre Yoongi, se ela não
passasse eu perdia o seu tio, e eu não podia correr esse risco. Além dela ter
ameaçado lhe entregar para o Yoongi se eu não transasse com ela! Se ela
gravou tudo eu vou dar um jeito de conseguir o vídeo na íntegra, mas eu
provo pra você que não estou mentindo!
Jungkook olhava em seus olhos inchados de tanto chorar com tanto carinho e
Jimin acreditou nele, achava que poderia acreditar em qualquer coisa que
viesse do moreno. Jungkook não falaria tudo isso se não tivesse como provar,
disso Jimin tinha certeza, seu coração ainda sofria mas estava bem mais leve.
-Você promete que isso tudo é verdade? -Ele sussurrou para Jungkook o
olhando nos olhos negros e cheios de sentimentos.
-O que essa mulher ganha com isso? Quer dizer...se ela ia te passar
informações quer dizer que vocês se conheciam, mas ela te chantageou por
sexo? -Jimin falava com cara de nojo.
-Sim...eu não sei porquê mas ela tem uma fixação por mim! -O moreno falava
cautelosamente olhando seu rosto meigo. -Mesmo eu deixando claro que amo
outra pessoa.
Jimin ficou vermelho e mordeu os lábios, ele sabia o porquê. Sentiu muita
raiva da garota por ter feito o que fez e ter encostado as mãos sujas em
Jungkook. Começou a sentir gosto de sangue de tanto que mordia o lábio
inferior, sentiu a mão de Jungkook em seu queixo o puxando levemente para
baixo para se soltar de seus dentes. Ambos se encaravam intensamente.
Jimin sentia aliviado, mas não conseguia tirar as imagens da cabeça, de o seu
Jungkook, transando com aquela vadia. Tentou afastar a cabeça mas ela foi
firmemente segurada pelo moreno.
-Shh...esquece tudo meu amor, esquece todos que tentaram nos separar! -Ele
ergueu novamente a cabeça do pequeno para o encarar. -Olha pra mim, eu te
amo! Só a você, não existe outra pessoa!
Jungkook não resistiu mais ao beijar os lábios rosados do menor que suspirou
ao toque firme e molhado da língua quentinha entrando na cavidade de sua
boca. O maior devorou sua boca em desespero, parecia um desesperado que
havia corrido uma maratona e se encontrava diante de um copo de água
precioso. As línguas se unindo, os lábios se movendo em um ritmo
deliciosamente rápido e devastador. Jungkook mordeu novamente seu lábio
inferior ao se separarem do beijo, olhando para Jimin que estava todo corado.
-Eu te quero tanto Park Jimin! -Jungkook subiu na cama puxando a coberta e
a jogando no chão, seus olhos devoraram todo o corpo do loiro, a camisola ia
até um palmo abaixo da bunda farta, subiu os olhos para ver o seu loirinho
absurdamente vermelho.
Beijou sua panturrilha foi subindo os beijos molhados e cheios de língua por
toda a perna ouvindo os suspiros do seu garoto, até que chegou nas coxas
fartas que ele tanto amava. Mordeu o local ouvindo um gemido do pequeno
que o fez ficar muito excitado, mas quando subiu o suficiente para começar a
diversão Jimin fechou as pernas rapidamente e se levantou da cama.
Jungkook ficou com uma cara surpresa em cima da cama olhando o menor em
pé todo vermelhinho e envergonhado, se abraçando.
-E...eu não consigo Jungkook. Hoje não! -Falou olhando para os pés
descalços. -Eu s-só quero ficar sozinho por essa noite, é muita coisa pra
pensar!
Jungkook não queria passar mais uma noite sem o corpo pequeno em seus
braços mas entendia que foi um dia tenso, e não queria forçar nada então
assentiu saindo da cama.
Jimin não deixou de notar que o outro estava bem excitado, desviou os olhos
tímido ouvindo uma risada do maior que parou em sua frente, erguendo sua
cabeça para se olharem nos olhos.
Deu lhe um beijo casto nos lábios e saiu fechando a porta. Jimin se sentiu
mais leve se deitando na cama. Ele mataria Georgiana... Ele seria um puta de
um assassino, ninguém mexeria com ele e Jungkook assim e sairia livre, não
era possível que o quisessem manipular a esse nível.
Se sentiu tão burro, seu pai nunca gostou do tio Hansol, e ele como sempre,
não ouvia nada que Twan falava. Se lembrou vagamente de um dia em que
ele lhe falou "Seu tio ficou tão rico assim da noite para o dia? Aí tem!" E
Jimin sempre dizia que era inveja, o que sempre ocasionava em mais brigas.
Yoongi mentiu para si também? Como? Isso era difícil de engolir. Ainda
tinha a tal Georgiana...Jimin a queria morta. Era muita coisa pra pensar, mas
ele queria dormir e queria amar Jungkook em paz sem interferências de
terceiros. Esperava do fundo da alma que não se arrepende-se de confiar
totalmente no moreno lindo que roubou se coração, mas tudo parecia apontar
pra total inocência dele, e algo lhe dizia que confiar em Jungkook seria a
melhor decisão da sua vida.
Ele pediria para Jungkook lhe ensinar a usar as facas, estava com sede de
sangue.
CAPÍTULO 15 – Confronto
-Santo Deus, Jungkook! Ele fede! -Jimin reclamava com os olhos ardendo.
-Eu sei amor. Mas nós não podemos deixar rastros nunca, essa é uma lição
que você não pode se esquecer nunca. -Ele lhe falara de maneira suave.
-Esse aí era peixe pequeno, eu só fiz o trabalho sujo pra você aprender certo
onde cortar e como fazer com que a presa sinta mais dor. Você aprendeu
bebê? -O moreno o olhava com um pequeno sorriso de canto.
Jimin assentiu com a cabeça, ainda um pouco tímido com o olhar do outro
sobre si.
A desgraçada já estava sendo caçada pelos seus homens de Seul, mas ela tinha
muitos amigos influentes e havia sumido do mapa. Jungkook estava com
tanto ódio dela quanto estava de Yoongi, e agora ele iria se divertir um pouco
com o segundo citado.
-Então vamos. -Jungkook abriu a porta do carro para o menor entrar e logo
em seguida se sentou no banco do motorista, deu partida no carro para
saírem daquele lugar abandonado.
Tio Hansol era bem pior do que um monstro, e foi difícil de acreditar em
todas as barbaridades que ele falava sobre estupros, vendas de pessoas entre
outras coisas tenebrosas.
Jungkook podia até ser um assassino mas ele tinha escrúpulos, regra e
princípios. Não era qualquer pessoa que ele matava, tinha que ter um motivo
e uma boa grana envolvida.
Jimin olhou para Jungkook que tirou os olhos da estrada para o olhar
também, aqueles olhos tão escuros que pareciam ler sua alma.
-Desculpa por ter acreditado no Yoongi... é que aquele vídeo acabou comigo!
-Ele disse com a voz rouca.
Jungkook sorriu para ele e se segurou novamente para não beijar Park Jimin
inteiro.
-Aquilo foi uma armação bebê, eu é que peço desculpas por ter caído na
armadilha e ter transado com ela, foi nojento da minha parte!
Jungkook sentiu seu coração doer com aquelas palavras, por mais que
estivesse acostumado ao ódio das pessoas, nunca se acostumaria a ser odiado
pelo seu pequeno.
-Eu acho que te amo ainda mais! -Sussurrou timidamente olhando para suas
mãos em seu colo.
O coração do maior deu um salto dentro do peito, e sentiu todo o seu corpo
esquentar e ser envolvido pela felicidade de ter ouvido essas palavras.
-Amor... eu não posso parar o carro agora, mas eu preciso tanto te beijar!
Ele olhou para o menor que ainda fitava as mãozinhas no colo mordendo os
lábios carnudos, o provocando sem nem ao menos perceber.
-E-Eu não acredito que meu tio e o Yoongi mentiram por todos esses anos. -
O pequeno que agora estava vermelho mudou de assunto rapidamente. -E eu
achava que meu pai era podre! Que família que eu tenho, ein!
Jimin sentiu a garganta fechar e ao olhar para Jungkook o fitando com tanto
carinho não conseguiu segurar as lágrimas.
E ele sabia que faria tudo por Jungkook, matar e até morrer por ele. Que se
fodessem quem dissesse que era doentio, para eles era amor e isso bastava.
Jungkook segurava lhe a nuca, entrelaçando os dedos longos nos fios loiros
possessivamente, querendo muito mais daqueles lábios e do corpo inteiro do
menor que tremia totalmente excitado e abalado em seus braços.
-Kookie... -O loiro gemeu, tentando sem sucesso afastar o corpo maior do seu.
-N-Não, só que aqui é um lugar público e... nós temos que acertar as contas
com o Yoongi né? -Disse rapidamente abrindo a porta e saindo do carro.
(...)
As celas dos presos ficavam no subterrâneo, que era escuro, úmido, tudo era
cinza e haviam ratos. Definitivamente um local em que Jimin não estava
habituado.
Andaram sozinhos de mãos dadas por toda a extensão de celas, todas tinham
alguém. Todos homens desfigurados, sem os membros, com ferimentos
expostos. Alguns grunhiam de dor, o ar era pesado, não tinha ventilação e o
loiro não conseguiu deixar de ficar chocado e ao mesmo tempo fascinado com
todo aquele horror.
Sem mais nem menos Jungkook sacou uma pistola e a colocou na testa do
homem estranho, disparando rapidamente contra a cabeça dele que explodiu
manchando todas as paredes da cela com seu sangue e miolos.
Jimin ficou estático observando o corpo gordo e sem vida cair fazendo um
barulho deprimente ao chegar no chão. Voltou os olhos assustados para o
moreno que guardou tranquilamente a arma e estendeu a mão para si. Jimin
apertou sua mão e voltou a se grudar nele.
Se sentia tão protegido com Jungkook ao seu lado. Jimin não queria admitir
mas aquele lugar realmente lhe dava calafrios.
Andaram até a última cela que era fechada por uma porta de ferro. Jungkook
pegou um molho de chaves destrancado-a e ambos adentraram o ambiente
escuro.
Jimin ficou parado na porta, horrorizado com seu estado. O rosto todo
inchado, sua cabeça jogada pra frente como se não tivesse forças para
levantá-la. Os seus cabelos negros pingando a suor. Definitivamente não
parecia seu primo Yoongi, ele estava acabado.
Jimin se lembrou da infância em que passava brincando com o único que não
lhe tratava mal, seu único amigo. Ele era muito tagarela e mal humorado mas
sempre o protegia dos meninos maiores que batiam em si.
Doeu ver o primo naquele estado, ainda mais por saber que ele merecia estar
daquele jeito.
-Ora, ora, ora... parece que nós temos aqui um lixo humano. Quem imaginaria
Min Yoongi todo fodido desse jeito? -Praticamente cantarolou as palavras
enquanto seus coturnos pretos faziam barulho no chão de madeira.
Jimin observava tudo com certa distância, mas a tristeza que sentia virou
raiva assim que olhou melhor para o prisioneiro ferido.
-Kookie... -O menor sussurrou da porta, encarando fixamente o corpo na
cadeira.
Jungkook franziu o cenho com o rosto surpreso, se virou para o rapaz que
agora gemia de dor, largou o taco e foi até ele.
Segurou sua cabeleira negra e suada e levantou sua cabeça com tudo. O rosto
estava manchado de tanto que apanhara, os olhos inchados, a boca cheia de
feridas. Ele tinha o tamanho mediano, cabelos negros e tudo que remetia ao
Yoongi, mas definitivamente não era ele. No seu colo havia um papel com um
número e uma escrita:
"Me ligue"
-Como você quer que eu tenha calma? -Ele parou para fitar o loiro
seriamente. -Você não tem nada a ver com isso não é?
-Eu não fiz nada, eu juro! -Ele lhe disse e Jungkook acreditou em suas
palavras.
-Eu é que pergunto o que houve, porra! -Ele olhava fixamente para cada um
dos homens presentes. -Quem soltou o merda do Min Yoongi? É melhor se
entregar agora, porque quando eu descobrir sozinho vai ser muito pior!
-O último a estar com o Yoongi foi o Namjoon. -Albert falou para Jungkook.
Jimin ficou sem saber o que fazer, observou o moreno um pouco distante, viu
ele ligar e não ser atendido o deixando ainda mais bravo do que ele já estava.
Logo em seguida ele pegou o papel amassado com o número que Yoongi
havia deixado e ligou.
-Ele está transtornado. -Ouviu a voz de Albert bem próximo a si. Se virou
para olhar o rapaz ainda cheio de marcas no rosto e corpo, seu braço todo
enfaixado. Ele ainda o olhava daquele jeito, mesmo depois de tudo. -Você está
ainda mais gostoso Park! Ainda mais depois de saber o quanto é precioso para
o chefe...
Jimin estava chocado com a audácia, mas quando ia lhe responder ouviu um
grito gutural de Jungkook. Viu o rosto bonito contorcido em ódio.
-Yoongi é bem esperto Jimin, você acha mesmo que ele te entregaria assim
sem mais nem menos para o Jungkook? -Ele lhe sussurrava com um tom
malicioso para ninguém mais ouvir.
Ligou para Namjoon e o mesmo não atendia, então discou o maldito número,
tocou só duas vezes até ser atendido.
-Alô? -A voz parecia calma e controlada, o que só o tirou ainda mais do sério.
Ouviu a risada do outro, que fez seu sangue ferver mais ainda se possível.
-Olha só quem ligou... eu já estava com saudades! -Ele dizia com a voz
risonha. -Achou meu presente? Aquele cara era bem parecido comigo, matou
o tesão que você tem em querer me ver torturado?
-Cara... quando eu te pegar, não vai sobrar nem seus ossos para contarem a
história! Eu tô sendo bem pacífico até agora, mas a minha paciência acabou! -
Disse ameaçadoramente.
-Então que tal marcarmos esse encontro? Eu quero te ver cara a cara Jeon! -
Ameaçou.
-Eu não sou burro, não vou marcar hora nem data, eu te pego de surpresa!
-Então o que vai ser do seu parceiro Namjoon e do maridinho bonito dele o
Jin? -Yoongi disse rindo loucamente. -Eu nunca pensei que teria essa lenda
viva nas minhas mãos!
Jungkook não esperava por essa. Como Namjoon se deixou ser pego por um
amador? Como ele estava sendo tão negligente?
-O que você quer para deixar eles em paz?
-Isso nunca!
-Imaginei que diria isso, então venha buscar seus amigos se quiser eles ainda
vivos. Aí eu recupero o meu primo e te tiro da cabeça dele de uma vez por
todas.
Mas ele tinha Jimin, que era inteligente e queria fazer parte daquilo. Não era
isso que Yoongi queria? Ele queria o seu Jimin.
-O que ouve? -Ele lhe perguntou olhando nos olhos. -O que aconteceu?
-Você vai ter que seguir as minhas ordens direitinho, tá bom? -Lhe beijou os
cabelos perfumados. -Vou te dar a sua primeira missão meu amor.
Jimin levantou a cabeça de seu peito e Jungkook viu brilho nos olhinhos
castanhos.
-Sério? Jura Jungkookie? -Ele estava muito feliz, mal podia se conter. -E qual
vai ser?
Jimin dava pulinhos de alegria, ele mataria a vadia? Mal podia esperar por
isso, ele queria muito.
-Então prepare suas coisas amor, nós vamos para Seul juntos! -O moreno o
abraçou com todas as forças, inebriado pelo cheiro doce que era o único
aroma capaz de lhe acalmar.
-Eu mato ela Kookie! Eu não te quero perto dela nem para matá-la! -Jimin
murmurou com um bico.
-Ciúmes e ódio!
-Como você é perfeito, amor. -Jungkook não se aguentou em beijar lhe toda a
face quente, agarrando sua cintura possessivamente.
-Eu quero usar as facas com ela, mesmo sendo melhor com a arma! -Falou
raivoso.
Jungkook sorriu para o baixinho bravo, como toda a sua raiva se dissipara?
Era só olhar para o dono do seu mundo bem ali, em seus braços, que ele sabia
que tudo daria certo, ainda mais estando tão bem armados como estariam
quando pegassem seus inimigos.
CAPÍTULO 16 – Desejo
Jungkook estava muito mal desde que viera a notícia que Kim Namjoon e Jin
haviam sido capturados e estavam reféns de Yoongi.
Jimin foi designado a aprender tiro com um professor, a autodefesa e lutar com
arma branca. Estava muito feliz com tudo e emocionalmente mais próximo a
Jungkook, por mais que o moreno quase não tinha tempo para respirar. Mas
quando tinha, lhe dava toda a atenção com o maior prazer.
Jungkook estava revirando o país atrás de Min Yoongi e Georgiana. Além de ter
que manter a empresa de fachada em pé sozinho.
Estava cada vez mais frustrado, não conseguiria resolver os outros casos
enquanto não matasse os dois e recuperasse o amigo e Jin que era inocente nisso
tudo. Isso se ainda estivessem vivos…
Nunca mais havia tido notícias do desgraçado e isso o enlouquecia. Para piorar a
polícia estava louca atrás de um serial killer que obviamente era ele, porém ainda
não tinham retrato falado.
Jungkook desconfiava que havia um traidor em sua equipe, já que não fazia
sentido Yoongi ter feito tudo isso sem a ajuda de alguém. Observava todos com
mais atenção que o normal já desconfiando de alguns mas deixando tudo em off
por enquanto.
Jimin seria crucial quando conseguisse rastrear Yoongi, por mais que odiasse ter
que o colocar nessa posição. Mas era necessário e seu pequeno queria muito.
Jungkook estava tão orgulhoso de Jimin, com o passar das semanas ele ia
ficando cada vez melhor em tudo, os tiros tinham uma precisão incrível mesmo
em uma distância alta. Ele também era bom com lâminas e aprendia rápido. A
única coisa que o preocupava era o corpo a corpo, o pequeno era mais frágil, mas
mesmo assim era determinado e não desistia fácil.
Certo dia foi o assistir lutar e passou por uma crise de raiva que acarretou em
briga. O maldito professor estava apalpando suas coxas e cintura para ensinar
um golpe. Mas para Jungkook aquilo era um abuso, ninguém encostava a mão
em Jimin a não ser ele. Então lhe ordenou que saísse das aulas de luta, não sem
antes ter um ataque e partir pra cima de seu lutador, causando um alvoroço
desnecessário.
Jimin ficou tão bravo que não falou com ele durante um dia inteiro, mas do seu
jeito ele amaciou a ferinha e tudo voltou a ser como antes, só que sem as aulas de
luta.
Além de que Jimin não conseguir passar de amassos com ele. Faziam dias que
não dormiam juntos, e se tocar pensando no seu pequeno já havia virado rotina,
estava ficando louco.
3 MESES DEPOIS.
Tudo naquele quarto de hotel era divino, desde a recepção até o roupão elegante
de seda preto que ele comprara ali mesmo.
Jimin sempre foi rico, mas ser rico e maior de idade (Pelo menos na identidade)
era bem diferente, ainda mais com um cartão ilimitado. Estava se arrumando
para o seu moreno, já eram sete da noite e Jungkook ainda não havia chegado,
ele estava no Japão para assassinar um político a mando de outro. Faziam duas
semanas que não se viam e a saudade já era tanta que praticamente não
conseguia comer nem dormir. Mas o maior lhe prometeu que não se atrasaria
hoje e Jimin acreditava firmemente no namorado.
Olhou seu reflexo e sabia que estava atraente, de um modo que nunca havia se
sentido antes. Jungkook havia feito isso com ele, o fazer se sentir desejado e
amado, por mais que fosse uma relação louca, ele acreditava que fazia muito bem
para si.
Mas faltava algo, faltava a entrega de antes, e ela havia sido destruída, não era
mais a mesma. Por causa de um maldito vídeo ele não conseguiu mais se
entregar a Jungkook, saber que mesmo sem querer ele esteve com ela doía
demais. Jimin se descobriu muito possessivo também, afinal ele queria quem ele
amava só para ele, isso não era um crime.
Sabia que Jungkook estava subindo pelas paredes de tanto desejo, e o amava
ainda mais por saber que mesmo assim ele respeitou seu tempo, porém depois de
duas semanas sozinho voltou a ter desejos que só ele podia saciar.
Ao lado dos perfumes e cremes estava a sua faca favorita, Jimin a pegou com os
dedos pequenos e a analisou de perto, estava bem afiada e seria perfeita para
arrancar pele de cadela…
Rolou ela nos dedos de maneira habilidosa sorrindo com o quanto ele estava
bom nisso. Enfiou a mesma na madeira da penteadeira com força e rapidez,
imaginando uma cadela ali, uma cadela imunda chamada Georgiana.
Levantou os olhos para o espelho e viu o reflexo do moreno alto lhe olhando
fixamente com um sorriso de canto nos lábios.
Jimin sorriu ao mesmo tempo que seu coração disparava em alegria e euforia.
Quando se deu conta já se virava para correr para os seus braços, pulou com
tudo em seu colo, ouvindo seu riso sonoro, sentindo seu corpo quente e seu
cheiro amadeirado preenchendo o quarto enorme e caro.
Jimin assentiu sorrindo e passando a mão nos cabelos ruivos de uma maneira
que o moreno achou absurdamente sexy.
Jungkook puxou sua cintura com tudo, chocando o corpo pequeno contra o mais
alto, fazendo o membro do maior roçar na barriga do Park, que mordeu os lábios
carnudos fitando as orbes negras que também o encaravam com intensidade.
—Se eu gostei? Eu adorei, amor! —Sussurrou dando uma leve mordida em sua
orelha e deslizando o nariz por seu pescoço, dando beijos em seguida até sua
clavícula. —Como você consegue me deixar tão louco assim, Park Jimin?
Jimin sorriu mordendo os lábios, se segurando para não gemer com o contato
delicioso dos lábios o beijando e chupando. Sentiu seu ego inflar com os elogios
do SEU homem, não sabia se ele iria gostar da nova cor e se sentiu muito bem
ao saber que ele aprovava.
Jungkook parou de beijar seu pescoço para lhe fitar nos olhos com um sorriso
malicioso.
—Está zombando de mim Park? Hhn? —Soou sensual ao abaixar o tom de sua
voz e agarrar as nádegas cobertas apenas pelo robe de seda. —Está nu por baixo
desse pano tão fino e está zombando de mim? Você tem noção do perigo disso?
—Não vai dizer nada, amor? —Sussurrou o puxando para cima pelas nádegas já
enlouquecido de tesão só de sentir Jimin tão entregue a si depois de tanto tempo.
Grunhidos, gemidos e ôfegos eram soltos dentro de suas bocas. A mão grande
de Jungkook se enfiando entre os cabelos alaranjados e os puxando para trás
com possessão libertando as bocas por alguns segundos.
O maior precisava olhar nos olhos do seu amor, e ele olhou. Os olhos castanhos
do baixinho estavam com as pupilas mais dilatadas do que o normal, a boca
vermelha e molhada entre aberta, tentando recuperar o ar para os pulmões.
Jungkook se encontrava louco de tesão, não queria ter que se aliviar com a mão
de novo, aquilo era tortura. Toda a vez era isso, quando as coisas começavam a
esquentar Jimin o afastava o deixando totalmente frustrado e mais louco ainda
para o ter para si novamente.
—O que foi amor? —Sussurrou paciente, por mais que estivesse latejando
dentro de sua calça jeans, louco por ele. —O que eu fiz de errado?
Jimin não sabia o que responder, ele olhava para um ponto vazio mordendo os
lábios.
—Ei, olha pra mim. —Segurou seu queixo o levantando, os olhos se cruzaram.
—Eu entendo, eu posso esperar para sempre se for pra ter você um dia
novamente, mas eu só queria que confiasse em mim quando eu digo que te amo e
que você é único.
Jimin sentiu os olhos brilharem e não se aguentou ao sorrir, tinha que tirar
aquilo da cabeça, Jungkook o amava e somente a ele.
—Você gosta disso amor? —Sussurrou com a voz rouca de desejo o olhando nos
olhos. —Gosta das minhas mãos na sua pele? Te apertando assim?
Jimin assentiu várias vezes seguidas muito tentado a apertar o próprio membro
que estava duro e vazando pré gozo, mas não queria as suas mãos, queria as dele.
—Aonde você me quer bebê? Fala pra mim… —Disse se roçando ao corpo nu
do pequeno que gemeu com o contato.
—Eu quero ouvir sua voz… o que eu tenho que fazer pra isso? —Perguntou
sem nunca desviar os olhares maliciosos. —Talvez isso?
—Essa bundinha me enlouquece amor! Marcada por mim então… ela fica ainda
mais gostosa! —Deu lhe outro tapa enchendo a mão com a carne agora toda
vermelha. —Olha só como você é delicioso!
Passou as mãos por suas costas, sentindo a pele e subindo até alcançar seus
cabelos da nuca o segurando com força o puxando e se agachando para lhe falar
bem próximo ao seu ouvido.
—Você ficou um tesão com esse cabelo! Fez isso para acabar de vez com a minha
sanidade amor? —Enfiou os dentes em seu ombro enquanto simulava estocadas
em suas nádegas nuas.
Jungkook se esfregou com força em Jimin, louco de tesão, ainda mais ao ouvir
sua voz perfeita. Se afastou com dificuldade e arrancou a jaqueta de couro sem
tirar os olhos do ruivo empinado que o encarava por sobre o ombro rebolando
inconscientemente louco para o ter dentro de si.
Jungkook arrancou a camisa rapidamente, os tênis e por fim sua calça junto com
a cueca, libertando seu membro enorme e duro.
Jimin se sentiu louco quando Jungkook veio rápido até ele, empurrando sua
cabeça na madeira do móvel, começando a roçar seu pau duro e molhado em sua
entrada o provocando.
Jimin ouviu barulho molhado e olhou sobre ombro vendo Jungkook com um
dedo na boca… tão excitante e logo o levando até sua entrada pequena.
Jungkook sorriu e lhe deu um tapa e com a outra mão rodeava sua entradinha
rosada, enfiando delicadamente um dedo ali, gemendo ao ver a bundinha
engolindo seu dedo longo.
Tirou o dedo do seu cuzinho do seu amor sorrindo ao ver o mesmo se contrair.
Ouviu o gemido de Jimin, manhoso e alto. Segurou sua cintura se roçando no
local e logo em seguida se enfiando com tudo no buraquinho absurdamente
apertado, urrando de prazer.
Jungkook saiu do buraquinho só para entrar com tudo de novo, gemendo rouco.
Apertando a cintura com força, pegando um ritmo ao estocar o seu menino
repetidas vezes, agradecendo aos céus pela existência de Park Jimin e por ele
estar ali consigo agora.
—Oh..kookie..hmnnn...Ah…mais rápido!
Jungkook socou com força indo ainda mais fundo gemendo contido com o prazer
imenso que sentiu, ele era tão apertado.
Jimin gemeu ainda mais alto quando o maior voltou a estocar rápido atingindo
repetidamente sua próstata, o ruivo perdeu a noção de onde estava, tudo ficou
fora de foco e Jimin foi dominado pelo prazer de uma forma inimaginável
enquanto sentia-se ser invadido com força. O pau grosso entrando e saindo, os
gemidos de Jungkook ao pé de seu ouvido, os tapas desferidos em sua bunda.
—Cavalga no meu pau amor! Mostra pra mim a putinha sedenta que você é!
Sedenta pelo meu pau! —Disse lhe segurando seus cabelos, gemendo e chupando
seu pescoço com possessão.
Jungkook gemeu rouco se deleitando com o seu amor se divertindo com seu pau,
ouvi-lo falar aquilo foi seu fim. Iria gozar, era gostoso de mais.
Jimin gemeu alto e aumentou ainda mais o ritmo ao se sentir próximo do ápice,
sentou, quicou fazendo um barulho absurdo ao gemer revirando os olhos.
Jungkook deu seu último gemido satisfeito. Sorriu safado jogando a cabeça pra
trás ao sentir o gozo escorrendo da entrada preenchida escorregando quente até
o seu pau que ainda estava dentro do pequeno.
—Que saudades meu amor! —Beijou lhe o topo da cabeça com carinho.
(...)
Eles haviam ido tomar banho juntos. E tanto Jimin quanto Jungkook ficaram
loucos de tesão e repetiram no chuveiro tudo de novo. Jimin estava literalmente
fodido quando saiu do banheiro um pouco antes de Jungkook que ficou mais um
pouco para enxaguar o cabelo.
—Jungkook? Deu certo! —Jimin ouviu a voz masculina do outro lado da linha.
—Tá tudo certo, chega aqui amanhã que eu te passo as informações…
—Oi, agora sou eu. —Disse sério, encarando o pequeno que se encolhia mas não
conseguia deixar de sentir raiva desse tal Hoseok. —É só o Jimin… sim.
Obrigado mas eu já te disse para não se meter nisso! Vai estudar e deixa que eu
resolvo as paradas… como você soube? Ok Hobi, valeu, tchau.
Ao desligar o telefone ele passou pelo baixinho, se vestindo com a boxer preta
limpa que deixou em cima da cama.
—Jimin, definitivamente você não precisa e não vai saber. —Disse lhe olhando
sério.
Jungkook foi até ele e segurou seu queixo firmemente o erguendo para lhe
encarar de perto.
—Mas…
Jimin fechou a cara irritado e tirou seu rosto da mão do maior, indo até a cama,
puxando as cobertas com fúria.
—Se ele for um amante eu mato ele! —Disse irritado apertando com força a
coberta logo em seguida a jogando no chão.
Jungkook não conseguiu evitar sorrir com a imagem fofa de um Jimin ciumento.
Cruzou os braços encantado com o seu menino irritado agora de cabelos laranja,
tão lindo, tão dele.
—Do que você está rindo? —Cruzou os braços encarando o sorriso do maior.
—Eu não estou te tratando como criança, mas você está agindo como uma. —
Falou firme logo em seguida lhe beijando o pescoço cheio de roxos. —Agora
quieto para ouvir o que eu tenho pra falar.
Jungkook lhe deu um beijo estalado nos lábios e sorriu para o pequeno.
—É a sua vez de brilhar amor… por mais que eu esteja preocupado sei que você
vai dar conta.
—Como assim?
Jimin sorriu largamente, e todo o seu ser se encheu de uma euforia capaz de
acordar até mesmo uma múmia. Ele estava louco de vontade de se vingar.
—Você está sorrindo com um sádico… fica ainda mais atraente meu amor! —
Disse lhe apertando a cintura enquanto sorria.
Jimin lhe empurrou com toda a força na cama, pegando Jungkook de surpresa e
se sentou em seu colo tirando seu roupão ficando novamente nu aos olhares
penetrantes.
O maior enlouqueceu com suas palavras e reverteu as posições ficando por cima,
arrancando a cueca e se enterrando no seu pequeno pervertido e sádico, amando
o fato de ele ser assim. O fato de Jimin ter sido feito especialmente para ele.
CAPÍTULO 17 – Sangue
Jungkook e Jimin estavam deitados juntos na enorme cama de casal. Estavam
nus, com as pernas entrelaçadas como se fossem um, e realmente era esse o
pensamento de ambos. Se sentiam como um.
Jungkook abraçou sua cintura e beijou sua nuca, cheirando seus cabelos, se
grudando mais a ele já se sentindo excitado novamente já que seu membro
estava grudado na bunda do menor.
Passou as pontas dos dedos nas laterais do corpo escultural, apreciando cada
pedaço da pele cheia de marcas de dedos e chupões. Desceu até as nádegas
macias, observando os seus dedos ainda bem marcados na pele macia.
Para o moreno todas aquelas marcas só deixavam Jimin ainda mais perfeito, os
roxos deixavam claro que o seu pequeno pertencia exclusivamente a ele. E com
esse pensamento o puxou ainda mais para si colocando a bundinha farta em seu
membro que já parecia uma tora de tão duro.
Estavam cobertos por um edredom pesado que abafava os corpos nus. Agarrou a
cintura do pequeno e se segurou para não se enterrar na mesma hora e a seco.
Sabia que Jimin estaria dolorido depois de ontem e se condenou por lhe desejar
tanto naquele momento.
Roçou sutilmente seu pau entre as bandas da bunda de Jimin, e revirou os olhos
enterrando a cabeça nos cabelos alaranjados e cheirosos sentindo que iria perder
o controle de novo.
Jungkook se sentiu culpado por estar se aproveitando do seu menino
adormecido, mas era mais forte que ele. Então tinha que acordá-lo.
Jimin queria tanto… sabia que a sua dor iria piorar mas queria muito, então
assentiu fracamente.
Jungkook lhe estocou firme indo bem fundo e sentindo Jimin tremer em seus
braços.
Deu um tapa nas nádegas marcadas, investindo sem parar. O corpo menor era
firmemente segurado para que não se desgrudassem e Jimin gemia baixo e
rouquinho, cada som que saia dos lábios do menor ativava uma faísca em
Jungkook que o fazia lhe estocar ainda mais ensandecido.
—Eu vou gozar Jungkook…eu vou…—O menor segurou os cabelos negros de
Jungkook trazendo o moreno até o seu pescoço enquanto gemia, ele estava
muito próximo.
Jungkook passou a lhe masturbar com rapidez enquanto metia fundo dentro do
seu pequeno, mordendo e lambendo seu pescoço marcado, gemeu alto ao sentir o
interior se contrair anunciando o orgasmo do menor que agora se empurrava
contra ele, também louco de prazer.
—Jimin…
—Jungkook!
Era uma bolha que ambos viviam, onde só eles existiam, com o prazer
inimaginável que podiam sentir nos braços um do outro.
Jungkook rodeou a entrada com seu dedo, enfiando ali lentamente e tirando,
logo em seguida seu gozo começou a desceu em abundância pelo buraquinho
avermelhado.
—Eu amo ver suas preguinhas sujas com a minha porra, amor…—Disse
acariciando sua bunda marcada.
Jimin ficou mais vermelho que um pimentão. Se levantou rapidamente da cama,
sentindo o gozo escorrer por suas pernas, mas nos primeiros passos ele
cambaleou, sentindo dor no quadril e na entrada que ardia.
Jimin ficou ainda com mais vergonha por não conseguir andar direito.
—Acho melhor tomar banho na banheira, vai relaxar mais seu corpo. —
Jungkook falava abrindo a torneira da banheira enorme do banheiro. —Você
escolheu um bom quarto.
Jungkook deixou a água enchendo a banheira e foi até o seu garoto sentado na
pia, se aproximou dele o abraçando, ouvindo um gemido de dor do mesmo.
—Eu realmente acabei com você Park… —Disse com um sorriso malicioso
olhando fixamente seus olhos castanhos.
Jimin corou.
—Por que você tem que ser tão gostoso Jungkook? —Sussurrou vendo o
moreno sorrir levantando uma sobrancelha escura.
Jimin passou as mãos pequenas em seus ombros largos, apreciando sua força.
Desceu levemente para os bíceps, apertando os músculos com prazer explícito
nos olhos que brilharam excitados.
Colocou ambas as mãos em seu peito forte e duro, não conseguiu evitar morder
os lábios e fitar o moreno que não tirava os olhos de si, como um predador.
Desceu até as costelas admirando a tatuagem preta de um anjo caído, passou os
dedos delicadamente pela pele pintada, sentindo Jungkook se arrepiar com os
seus toques. Quando passou as mãos que já suavam por seu abdômen
maravilhosamente trincado sentiu a barriga se contrair e Jungkook tirar suas
mãos delicadamente, segurando delicadamente seus pulsos.
Jimin assentiu. Mesmo que não quisesse admitir ele estava acabado e o dia seria
cheio.
(...)
Jimin e Jungkook estavam conversando faziam horas, combinando tudo o que
seria feito naquela noite. Eles iriam a uma festa onde iam estar muitas pessoas
ricas e poderosas, portanto ele tinha que se apresentar como Jeon Jimin.
Jungkook tinha muitos informantes e já sabia por onde Yoongi andava durante
esses últimos dez dias, estava planejando o bote perfeito e ele havia chegado.
Graças a seu irmão mais novo Hoseok pôde saber que Georgiana estaria junto,
mas o seu foco no momento era Min Yoongi.
O plano era Jimin atrair Yoongi até o local mais afastado da festa. Jungkook não
estaria como seu acompanhante, ele só o seguiria de longe, com uma escuta e
observando pelas câmeras escondidas que já havia dado um jeito de mandarem
instalar na mansão alugada especialmente para aquela festa.
Kim Jiyoon era uma magnata, assassina que tinha uma parceria secreta com
Namjoon e Jungkook. Era ela que estaria dando a festa e ninguém sabia que
aquela mulher era uma das maiores traficantes da Coreia, ser uma socialite era
só um disfarce para ajudar Jungkook, e faturar ainda mais dinheiro com isso.
—E você e essa Jiyoon são muito próximos? —Jimin perguntou como quem não
quer nada.
Jungkook soltou um riso nasal, achando engraçada a forma nada discreta que
Jimin demonstrava seu ciúme.
—Quero!
Jungkook olhava seriamente para o rosto meigo de Jimin, não queria magoá-lo
falando a verdade.
Jungkook deu lhe as costas e saiu do quarto, deixando Jimin bem bravo, muito
bravo!
Levantou-se e foi achar alguma roupa bem elegante para usar. Estava ansioso
demais, queria aquilo fazia muito tempo.
Optou por uma camisa social preta e um smolking branco com vários detalhes
em preto. Era extremamente colado ao corpo, dando muito destaque aos cabelos
alaranjados.
Quando se olhou no espelho não se sentiu mais aquele Park Jimin que apanhava
dos maiores e só ignorava, que aceitava transar com o primo só por comodismo,
que tentou tirar a própria vida por não aguentar mais viver num mundo onde
era um ninguém, onde ninguém se importava consigo. Se sentia confiante,
poderoso, amado e pronto para qualquer coisa e ele queria sangue mais do que
tudo.
Ouviu o barulho da porta se abrindo e viu pelo espelho Jungkook paralisar atrás
de si quando o viu arrumado. Jimin fitava seus olhos através do espelho
enquanto mexia nos cabelos, ambos se encararam intensamente, Jimin observou
o moreno descer os olhos escuros por todo o seu corpo e morder os lábios finos
em deleite. O menor sentiu seu corpo queimar com o olhar quente.
Jimin virou se para fitar o moreno diretamente nos olhos negros sensuais. E se
aproximou a passos lentos, sendo calculosamente observado por Jungkook.
Parou em sua frente e olhou para cima colocando as mãos em seu peito, sentindo
os braços lhe rodeando a cintura.
—Você está tão gostoso! A pessoa mais linda que eu já vi na vida! —Segredou
em seu ouvido.
Jimin se ergueu para lhe dar um beijo, mas Jungkook lhe afastou suavemente.
—Se você me beijar agora eu não vou conseguir mais te soltar! —Disse lhe
olhando nos olhos.
Jimin sentia as pernas bambas com a aproximação, o coração batia rápido e ele o
queria de novo dentro de si, lhe dando prazer.
—E-Eu escondi… Yoongi não vai gostar muito de vê-las… ah… —Jungkook
lhe segurou firme pelas nádegas o erguendo do chão, apertando contra si para
Jimin sentir bem o quão duro ele estava.
—Não fala o nome desse cara Jimin! Não pense no que ele poderia ou não
gostar… não lembre da existência dele! —Disse seriamente fitando os olhos
castanhos chocados e excitados. —Você é meu, só meu!
Jungkook desceu o pequeno deslizando o corpo até seus pés encontrarem o chão
mas não largou sua cintura e nem parou de lhe encarar.
—Sim…
—A você Jungkook…
—Então tire essa maquiagem do pescoço, são as minhas marcas e eu quero que
ele veja cada uma delas!
—Mas…
—Agora sim!
(...)
Jimin entrou pela porta da frente na mansão lotada de pessoas muito elegantes.
Chovia bastante mas em frente a porta de entrada haviam vários homens
ajudando os convidados entrarem com guarda-chuvas.
Era tudo muito luxuoso, o salão todo estava decorado em tons de dourado.
Garçons passeavam para lá e para cá oferecendo taças de champanhe para as
pessoas.
A maioria das pessoas ali era mais velha, mas também haviam bastante homens
mais jovens, muitos olhavam para ele como que em dúvida de quem seria o
garoto até que uma mulher que aparentava ter uns cinquenta anos parou em sua
frente.
—Park Jimin? —Ela lhe olhou nos olhos com um sorriso contido.
Era bonita, usava um vestido prateado que ressaltavam o corpo magro e esbelto,
seus cabelos estavam presos em um coque alto, seus dentes eram retos porém
levemente amarelados e usava uma maquiagem pesada que não escondiam suas
rugas.
—Jeon Jimin. —Lhe disse, tinha que evitar lhe dar informações. —E você é… ?
Jimin levemente surpreso apertou a mão seca e ossuda da mulher mais velha.
—Obrigado…?
A mulher mais velha enganchou em seu braço e começou a andar com o garoto
pela casa cumprimentando todos o tempo todo, entregou lhe um champanhe.
—Eu ainda não vi Yoongi por aqui, mas espero que fique muito atento. Sei que é
iniciante, Jungkook só permitiu que entrasse sozinho porque sabe que a casa
está rodeada de homens da nossa confiança. —Ela lhe sussurrou no ouvido ainda
sorrindo para todos como se nada estivesse acontecendo. —Eu tenho que
recepcionar os outros convidados, mas…Park?
—Sim?
—É bom saber que Jungkook está feliz, cuide dele. —Disse e por fim, lhe deu as
costas sumindo em meio a multidão.
Jimin estranhou o jeito da mulher falar, mas por algum motivo havia gostado
dela. Suspirou se encostando em uma pilastra bebericando o champanhe
maravilhoso, observando todas as pessoas andando de um lado para o outro,
conversando e rindo ao som de um Jazz que para ele era totalmente broxante.
Jimin queria, mas estava ciente que Jungkook estava ouvindo tudo pelas escutas
que estavam em sua roupa, e vendo pelas câmeras.
—Não quer dar uma volta? Conhecer um dos quartos. —Disse malicioso.
—Não, obrigado.
Continuou bebendo da taça com os olhos a procura de Yoongi, mas o rapaz não
saia do seu lado e não parava de lhe encarar de modo esquisito.
O rapaz revirou os olhos saindo dali. Jimin levantou os olhos e se deparou com
uma garota realmente linda, alta, de pele bronzeada, morena de olhos verdes.
Ela lhe parecia familiar, mas Jimin realmente não sabia de onde a conhecia.
—Que nada! O Dong é insuportável! —Ela disse sorridente para ele. —Mas e
você o que está fazendo aqui parado e… sozinho?
Ela lhe encarava com a sobrancelha erguida. Era uma garota bonita sim, mas
notando de perto sua pele era estranhamente alaranjada de bronzeamento
artificial e seus dentes um pouco encavalados.
Ela pegou uma taça de champanhe sem tirar os olhos do menor, o encarando
fixamente enquanto bebia um gole da bebida cara.
—É… —Ela passou os olhos lentamente por todo o pescoço marcado do ruivo,
seu rosto agora se contorcendo em raiva. —Dá pra ver…
Ela virou o copo pegando mais uma taça de outro garçom, sem tirar os olhos de
Jimin em nenhum momento. O vestido verde curtíssimo a fazia se parecer um
alface, Jimin pensou.
—Oh! Deus! —Fez uma expressão chocada com um pequeno sorriso sínico. —
Mil desculpas! Esses sapatos… credo, são horríveis! Louboutin sabe? Caros mas
desconfortáveis! Não sei se já ouviu falar mas são de marca.
Jimin estava puto. Olhou completamente revoltado para o seu blazer arruinado,
e ficou bem irritado com o jeito da garota esnobe.
—Minha mãe tem um closet desses sapatos do teto até o chão, então conheço
sim. Ela diz que são altos mas absurdamente confortáveis, se estes estão
machucando seus pés e te fazendo tropeçar nas pessoas, muito provavelmente
são falsificados! —Ele disse irritado, observando a expressão antes esnobe
mudar para indignada.
Subiu as escadas logo atrás da garota que fazia questão de rebolar como se
quisesse que todos olhassem para sua bunda.
Jimin revirou os olhos olhando com certo horror a escolha péssima para a
vestimenta da garota alface.
Jimin passou por ela entrando no banheiro enorme, estranhando a garota entrar
logo em seguida, trancando a porta e pegando a chave para si guardando dentro
de seu decote.
—Você é tão ridículo Park Jimin! —Ela disse sorrindo para ele.
—Oi?
—Qual o seu problema? Ridícula é você com essa roupa horrorosa de alface! —
Zombou. —Agora sai daqui sua doida! Antes que eu meta a mão na sua cara!
Ele se virou para limpar a sujeira do seu smoking mas ela lhe puxou pelo ombro
fazendo ele lhe encarar de novo.
—Você é como uma vadia Park, uma vadia burra! —Seus olhos verdes pareciam
que saltariam das órbitas a qualquer momento, e seu nariz estava inflado.
—Você… —Ela apontou o dedo bem próximo ao seu olho. —Roubou o meu
homem!
Jimin franziu o cenho, e aos poucos as coisas foram fazendo sentido. Olhou nos
olhos irritados da garota e começou a se lembrar do vídeo que nunca saíra da
sua memória. Foi começando a ser dominado por um ódio incontrolável, se ela
estava irritada, Jimin estava transbordado da mais pura fúria.
Ela era muito mais alta que ele, ainda mais usando salto, mas era hoje que Jimin
faria petisco de cadela.
—Você está se ouvindo sua idiota? O Jungkook nunca foi seu pra ser roubado!
—Ele foi meu antes de você, ridículo! —Ela voltou a se aproximar. —Você deve
ter feito alguma macumba não é possível! Como um cara maravilhoso como Jeon
Jungkook se sentiria atraído por um pirralho ridículo como você?
—Você devia perguntar pra ele, aliás pergunte também o porquê de ele ter me
sequestrado, me dizer todos os dias que me ama e me encher de mimos? Eu
realmente não sei… deve ser porque ele te ama muito né? —Ironizou enquanto
se aproximava dela.
—Eu vou te matar seu pirralho ridículo! —Ela gritava lhe dando tapas e socos
sentada em cima do menor. Segurou seu rosto apertando as bochechas enfiando
a unha afiada ali, enquanto suas pernas o mantinham preso embaixo de si. —
Antes de eu te matar vou acabar com esse rostinho de bebê!
Ela estava com uma tesoura afiada na mão. E quando ela foi lhe acertar, com um
reflexo rápido Jimin grudou uma mão em seus cabelos a puxando com tudo para
o lado, sentindo na mesma hora a tesoura lhe a acertar o braço. Jimin grunhiu de
dor, mas usou toda a sua força para inverter as posições.
Sentou sobre ela segurando a garota escandalosa com toda a sua força pegou
uma de suas facas no tornozelo. Segurou a garota pelos cabelos batendo sua
cabeça contra o chão várias vezes.
—Cala a boca vadia! —Jimin gritou bem próximo ao rosto dela, segurando firme
seu cabelo. —Deve ser realmente deprimente ter que se humilhar desse jeito pra
conseguir um pingo da atenção dele né vagabunda?
A garota o olhava com ódio, metade do cabelo dela estava no chão, e vários tufos
grudados na mão de Jimin. Ela se debatia e rosnava para ele como uma louca.
—Vai dormir Park, está na hora de criança estar na cama!
—Eu vou estar na cama essa noite sim, na cama com Jeon Jungkook, e você? Vai
estar a sete palmos da terra, piranha!
Firmou a faca pequena nas mãos e com todo o seu ódio enfiou no peito da garota
que arregalou os olhos dando um grito desesperado. Jimin tapou a boca dela
com uma mão enquanto com a outra desferia vários golpes na região dos seios
da garota.
Se lembrou de tudo que ela fez, sem contar que ela iria tentar lhe matar com
uma porra de tesoura.
Sua roupa tão elegante estava toda ensaguentada, o chão do banheiro estava
todo coberto de sangue. Até o rosto do ruivo, agora cansado estava salpicado do
líquido quente e viscoso. Estava ainda sentado sobre a garota que tinha seus
olhos arregalados completamente paralisados, e a boca escancarada em um grito
mudo.
O vestido antes verde estava totalmente vermelho e Jimin só queria que ela
voltasse a vida para poder matá-la de novo.
Como sairia dali? Teria que esperar todos os convidados irem embora. Foi até a
pia e tentou lavar as mãos mas havia muito sangue, quanto mais ele se limpava
mais sangue saia.
—Jungkook, se ainda estiver me ouvindo… eu não sei o que fazer! —Ele disse
se olhando no espelho.
Iria esperar.
Passou cerca de dez minutos ali até ouvir alguém bater na porta várias vezes
seguidas. Se levantou em um pulo com o coração disparado até ouvir a voz
suave.
Jungkook e mais uns quatro caras invadiram o banheiro com uma rapidez
louvável. Ele estava com um blazer preto, parecia um Deus. Parou em sua frente
e segurou seu rosto entre as mãos grandes analisando cada detalhe do ruivo.
—A vadia conseguiu arranhar seu rosto, meu amor! —Disse irritado olhando as
marcas de unha, e viu a marca da tesoura em seu braço que vazava sangue em
abundância. —Meu Deus você está sangrando!
Jimin não havia notado isso, estava tão cego de adrenalina que não sentia mais
dor.
Jimin não falava nada, ainda estava em choque que havia matado alguém
sozinho e de forma tão violenta.
Jungkook agradeceu aos céus pela música alta, as pessoas distraídas e a luz mais
escura. Ambos desceram a escadaria grudados e silenciosamente até chegarem a
porta, chovia copiosamente naquela noite.
—Shh… não se preocupa amor, haverão outras oportunidades. —Ele lhe beijou
os cabelos e sorriu ao ver o carro chegar. —Vamos?
Jimin assentiu e ambos caminharam em direção ao carro até ouvirem uma voz
familiar a suas costas.
Jungkook não saiu da frente, pelo contrário, encarou Twan com a expressão
dura. Deixando claro quem estava no controle de tudo ali.
Twan agarrou o outro braço do ruivo olhando Jeon fixamente nos olhos.
—Pai…eu…
—Largue ele você Sr. Park. Ele não quer ir com você! —Disse encarando o
mais velho furiosamente.
Jimin estava sendo segurado por ambos, seu pai o segurava por um braço e
Jungkook pelo outro. Estava em estado de choque ainda, a última pessoa
que esperava encontrar ali era o seu pai.
—Jimin não tem o que querer, é meu filho e menor de idade! —Puxou o
pequeno com força mas Jeon não soltou seu braço.
—Você vai! Ah mas você vai sim Park Jimin, ou então eu chamo a polícia
para o seu namorado marginal, eu chamo o FBI a CIA se necessário! —Ele
olhou fixamente nos olhos de ambos. —Eu movo o mundo inteiro mas eu te
garanto que você vai comigo sim!
Jimin sabia que ele não estava de brincadeira, seu pai era alguém muito
influente, muito rico, um dos seus melhores amigos era presidente do
país.Ser psiquiatra era quase um robe para Park Twan, ele só o era porque
gostava muito da profissão.
—Eu estou cagando pra você! Jimin vai comigo! —Jungkook puxou o garoto
com força se colocando em sua frente.—Eu quero ver alguém tentar
impedir!
—Pai, eu não vou com você.Desculpa, mas aceite isso! —Ele lhe disse se
pondo ao lado de
Twan sabia que qualquer passo em falso ali ele perdia seu filho pra sempre,
Jimin era facilmente manipulável e muito sentimental, então tentou apelar
para esse lado, mesmo que sua vontade fosse o tomar em seus braços
agora e levá-lo a força pra casa.
—Tudo bem.
Jimin jurou ter ouvido errado, seu pai estava o deixando livre? Park Twan?
Não podia ser verdade nem em um milhão de anos. Até Jungkook
estranhou.
Twan afirmou, seus olhos estavam marejados, fazendo Jimin encarar o pai
com certa preocupação, Jungkook o puxou para irem para o carro que havia
chegado.
—Vamos Jimin! —Jungkook disse lhe puxando.
Ele afirmou meio cabisbaixo, ver seu pai trouxe sentimentos estranhos
dentro do seu peito, ele estava com saudades dos pais por mais que não
admitisse em voz alta.
Twan sentiu seu coração disparar em preocupação, ele sabia que Jungkook
era encrenca, ele era completamente perturbado e uma péssima influência.
—Venha visitar sua mãe, por favor! Ela está muito mal e com tanta
saudade.—Disse o olhando com olhos amorosos.
—E-Eu…
Jungkook queria dizer sim, que o seu pequeno o pertencia mas sabia que
Jimin não gostaria nada que ele falasse isso na frente de seu pai.
—Sua mãe está muito doente filho, seu tio morreu, e antes disso
descobrimos que ele era um verdadeiro monstro. Sue está debilitada,
depressiva e morrendo de saudades de você.—Ele cruzou os braços olhando
para o mais novo.—Não acredito que ela aguente muito tempo.
Jimin não conseguia acreditar naquilo, sua mãe doente? Seu coração
apertou de uma forma dura, sentiu vontade de chorar, nunca teve uma boa
relação com seu pai, mas com a sua mãe costumava ter um bom
relacionamento. E apesar de tudo o que se seguiu depois, ela ainda era sua
mãe.
Jimin começou a sentir lágrimas quentes descendo sem controle por seu
rosto, sua garganta apertada não segurou um soluço que ele soltou, chorou
com os lábios trêmulos e se sentiu ser abraçado por Jungkook.
Jimin assentiu.
—E-Eu vou.
Jungkook se controlou para não dizer nada.Mas ele tremia dos pés a cabeça
de raiva, ele sabia bem a estratégia de Twan,
fazer com que o seu amor sinta pena da mãe pra poder dar o bote e roubá-
lo de si.
—Que ótimo meu filho, então vamos, agora! —Twan não estava
acostumado a ser obedecido e ouvido por Jimin, e saber que ele poderia
mudar isso o fazia se sentir muito bem. Foi o maior alívio de sua vida ver
que seu filho estava vivo e bem, mas ele tinha muito receio por ele estar
namorando um dos pacientes mais problemáticos que já passaram por sua
clínica.
—Mas, filho…
—Nós temos que ir agora senhor Park! —Jungkook disse firme puxando o
mais novo em direção ao carro que esperava.
—Tchau filho…
Twan deixou que fossem, com o coração apertado em medo de nunca mais
ver seu filho.
Viu Jeon abrindo a porta para o ruivo para ele entrar e logo em seguida
dando a volta no carro e sentando no banco do motorista, ele lhe dirigiu um
olhar que transmitia ameaça, como um aviso.
(…)
—Não, você não vai e acabou! —Disse lhe fitando seriamente de perto.
—Amor, ele quer te atrair pra casa dele, pra te tirar de mim.
Jimin bufou farto de tentar discutir com o moreno, virou as costas pra ele e
foi procurar um pijama para vestir.
Eles estavam discutindo desde que saíram da mansão, ele queria muito ir,
nem que fosse pra ver sua mãe uma última vez, e Jungkook insistia em
dizer que não, mas caso necessário o pequeno planejava ir sem seu
consentimento.
Jungkook observava o ruivinho irritado, ele não o olhava nos olhos, como
sempre fazia quando estava estressado ou irritado.
—Amanhã eu vou ver minha mãe! E você não vai me impedir! —Disse
bagunçando toda a sua mala.
O quarto só estava iluminado por um abajur que ele decidiu que ficaria
ligado, deitou se ao lado do pequeno e fitou lhe a cabeleira ruiva espalhada
no travesseiro, as costas tensas, ele não estava dormindo era óbvio que só
estava o ignorando.
Jimin soltou o ar de forma irritada e não se virou para ele, nem falou
qualquer palavra, fazendo com que Jungkook perdesse toda a sua
paciência.
—Você vai parar agora mesmo com essa mania de me ignorar quando está
nervosinho! —
Jimin tentou evitar ficar arrepiado, mas ele era muito gostoso.Não admitia
nem para si mesmo, mas ele adorava aquele jeito do moreno, de que não
deixava nada para depois, ele sempre queria resolver tudo na hora e do
jeito possessivo dele.
—Me deixa dormir Jungkook! —Ele sussurrou olhando para o outro lado, o
moreno em cima de si, o encarando de forma predadora estava irritado.
Jimin voltou seus olhos para Jungkook, iria lhe falar algo mas foi
imediatamente interrompido por seus lábios finos, macios e possessivos.
Jimin cedeu como um tolo, seu corpo tremia mas agora o motivo não era
mais a raiva, era desejo.
A boca de Jungkook devorava a do menor, não lhe dando chance nem para
respirar, sua língua experiente tomava a cavidade do pequeno que lutava
para acompanhar o beijo necessitado. O moreno se segurava em um braço
para se apoiar e o outro braço forte tomava a cintura de Jimin, o colando a
si.
—Jimin…
Jungkook não queria mais conversar, ainda mais olhando tão de perto a
boca carnuda e rosada entre aberta, aquela boca havia sido feita para
beijar, pensava o moreno.
Ele tentou tomar seus lábios novamente mas foi interrompido pelas mãos
pequenas lhe afastando, logo em seguida Jimin se levantou e pegou seu
travesseiro, caminhou em direção a porta, sentiu seu pulso ser agarrado e
puxado para trás.
—Aonde você pensa que vai? —Jungkook sussurrou firme em seu ouvido,
grudando os corpos, agarrando sua cintura com força.
Jimin odiava e amava não resistir a ele, pensou em sua mãe e se virou para
olhar os olhos negros de perto, Jungkook era tão sexy, pensou.
Por que ele tinha que dormir só de cueca? Era uma provocação?
O moreno negava com a cabeça lentamente, seus olhos ainda mais escuros
naquela parca iluminação.
Jimin se sentia ridiculamente excitado com a dor, com suas mãos lhe
apertando a cintura e seus olhares escuros e maliciosos.
—Eu mando, meu amor.—Disse encostando as testas, respirando pesado
descendo as mãos grandes até sua bunda.
—Ah é? —Disse com um sorriso cínico apertando ainda mais forte suas
nádegas, se deliciando com a entrega do seu pequeno que gemeu
mordendo os lábios.
—Uhun…se não isso que você está segurando agora, você não vai ter mais!
—Falou olhando os olhos escuros levemente surpresos.
Jungkook suspirou.
Jimin totalmente irritado se soltou dele para tentar sair pela porta, mas foi
virado e prensado contra a mesma, sendo erguido do chão, cruzando as
pernas ao redor de sua cintura. Era tão pouco pano, ambos podiam sentir
tudo um do outro, as peles quentes, os membros rígidos.
—Por que seu pai desistiu tão facilmente de chamar a polícia a CIA e o FBI?
—Disse encostando sua testa a dele, beijando sua bochecha.—Você não
percebe que ele está usando uma tática pra te atrair e te tomar de mim?
—Nada vai nos separar Kookie! Nunca! —Jimin passou os dedos no rosto
bonito do moreno, contornando sua boca.—Se é esse seu medo pode ficar
tranquilo, confia em mim!
—Eu matei por você hoje Jungkook! É só em mim que você tem que confiar,
danem se os outros! —Jimin estava com os olhos brilhantes de lágrimas.
—É, eu sei…
Jungkook também cruzou os braços olhando o rosto fofo do seu amor com
um sorriso inevitável.
—Eu não posso permitir bebê, não tem a menor chance, entenda que eu
jamais vou arriscar te perder!
—Não! Mas agora quer me fazer prisioneiro de novo, mas isso não vai rolar
Jeon Jungkook!
Jimin ficou ainda mais irritado e deu lhe mais um empurrão e mais outro,
mas nenhum deles teve efeito.
—O que te deu pra você ficar tão decidido a voltar para aquele inferno?
—É por isso mesmo que eu tenho que ir até lá! —Seu tom praticamente
implorava para que ele entendesse.
—Tem outros meios de saber isso, eu até posso dar um jeito de você
encontrar sua mãe se você quer tanto isso, mas não agora. Tem que ser do
nosso jeito, as coisas tem que ser bem pensadas e planejadas. Não dá pra
você querer fazer tudo na louca.—Disse lhe encarando os olhos castanhos
que agora ele percebia que derrubavam lágrimas.—Não chora amor, isso é
pra
te proteger também.
—Se ela morrer de tristeza e eu sabendo que poderia ajudá-la não fiz nada,
fiquei aqui te obedecendo…eu juro por Deus que me mato!
—Jungkook… acho melhor não. Meu pai não vai gostar muito e…
CAPÍTULO 19 - Armadilha
Jimin estava dentro do carro, ainda garoava muito e estava frio, mas não
queria entrar em sua casa ainda. Porque só de olhar a mansão por fora, já
lhe trazia alguns sentimentos confusos. Afinal, Jimin nasceu e cresceu ali,
naquela imensa casa em estilo vitoriano.
Era uma construção antiga e imponente, não havia portões nem muros,
porém sempre havia sido uma prisão para ele durante toda a sua vida.
Jimin não queria estar ali, a sua liberdade com Jungkook era muito melhor
do que tudo o que vivera naquele lugar. Por mais que sempre tenha sido
uma pessoa complicada de se lidar, seus pais também eram e muito.
Jungkook soltou o ar, irritado. Estava de mal humor desde a hora que
saíram do hotel, batendo portas e se irritando com tudo, definitivamente
não queria estar ali.
—Eu não acredito que eu estou aqui, sério mesmo! —Disse socando o
volante.
Jimin virou-se para olhar o moreno nos olhos e constatou que até irritado ele
continuava lindo. Seu cenho franzido e sua língua cutucando a bochecha
por dentro da boca, sua expressão com uma carranca irritada.
A porta foi aberta pelo homem que Jungkook nunca suportou, Park Twan.
Os olhos do homem mais velho brilharam ao ver Jimin ali, ele estava
claramente muito feliz, mas seu semblante alegre fechou ao ver que
Jungkook estava junto.
Jimin abraçou mais forte o moreno alto e olhou seriamente nos olhos do pai.
Jungkook revirou os olhos e apertou ainda mais firme o ruivo contra si.
—No seu quarto. —Twan disse olhando amorosamente nos olhos do filho.
—Ela se recusa a sair de lá desde que você sumiu, já faz um bom tempo.
Jimin estava chocado, mas não falou mais nada. Apenas se virou para seguir
para as escadas mas Jungkook segurou seu pulso.
—Eu vou subir Kookie, tudo bem você ficar com o meu pai? Só um pouco? —
Colocou as mãos em seu peito.
—Eu não acho uma boa ideia nos separarmos, Jimin. —Ele sussurrou no
ouvido do pequeno, olhando de relance para Twan.
Jimin soltou um riso leve, quase infantil.
—Ele foi ver a mãe, não foi para uma guerra. —Disse Park Twan,
observando o quão preocupado Jeon estava. —Sente-se Jungkook, vamos
conversar. Você é o meu genro não é?
A voz do psiquiatra saíra quase com nojo. Jungkook sabia que não era o tipo
do qual os pais querem para os seus filhos, e também sabia que não era
nem de longe bom o suficiente para Jimin, mas também sabia o quanto era
egoísta e no quanto sua vida sem o ruivo não fazia o menor sentido.
Jungkook não se deu o trabalho de responder ao outro, simplesmente
cruzou os braços e se encostou em uma pilastra no pé da escada.
Totalmente atento a qualquer som suspeito que saísse lá de cima.
Temia muito o fato de Jimin estar tão envolvido com aquele garoto
problemático e moveria o mundo para conseguir afastá-los.
—Eu ia perguntar os motivos para você não comparecer mais nas consultas,
mas acho que já sei a resposta. —Ele dizia lhe olhando com aquele olhar
sábio de alguém mais velho, soltou a fumaça enjoativa do charuto pela
boca. —Acho que conseguiu o que queria. O Jimin. Então parou de
frequentar minha clínica, porque já não havia mais motivos para você ir lá.
Jungkook por fim o olhou para o homem com uma cara de tédio.
Twan não era um homem velho. Tinha seus 38 anos, uma boa aparência,
uma excelente situação financeira e uma família linda. Jungkook se
perguntava como aquele homem podia ser tão burro de trair a esposa e
praticamente esquecer da existência do filho, somente conseguia desprezá-
lo.
—Não precisa ser irônico, Jungkook. —Ele puxava e logo em seguida soltava
a fumaça fedorenta do charuto. —Mas eu quero te fazer uma proposta,
então escute com atenção.
Jungkook continuou encarando aquele homem sentado ali, achando que era
um rei. Revirou os olhos torcendo mentalmente para Jimin descer de uma
vez, para poderem ir para o hotel fazer amor a noite inteira.
—Não quero saber de nada que venha de você. Só quero esperar o Jimin, e
sumir daqui com ele ao meu lado. Não precisa conversar comigo, eu já ouvi
sua voz chata por um ano inteiro e não preciso ouvir mais. —Ele disse
olhando o mais velho nos olhos. —Você faz ideia do quanto suas consultas
são chatas?
Twan como um bom psicólogo e psiquiatra observava todas as reações de
Jungkook. O jeito como ele falava, a forma que se gesticulava, aquele
garoto era um poço de frieza e egocentrismo. Ele era muito calculista em
suas cada uma de suas atitudes, e pelo que Park Twan percebia, a única
coisa que o fazia perder as estribeiras era Jimin.
O seu pequeno filho era o único capaz de fazer Jeon Jungkook agir
totalmente contra a tudo o que lhe é mais comum. Qualquer coisa que
relaciona-se a Jimin fazia com que ele ficasse de certa forma mais humano,
mais vulnerável e talvez até mais perigoso.
Jungkook não gostava de falar dos seus sentimentos para ninguém que não
fosse Jimin. Então ele o fitou em completo silêncio.
—Se eu não amasse não estaria aqui. —Disse seco, sem nenhum pingo de
paciência.
Park Twan não saberia dizer se o que o jovem dizia era verdade, mas ele via
algo diferente em seu olhar, um certo brilho, um carinho grande quando se
tratava do seu filho. De qualquer forma, ele jamais consentiria nessa
relação doentia, Jimin já era problemático o suficiente, tendo outra pessoa
assim só fazia aflorar seu lado negativo.
—Se você o ama como diz amar, não deveria estar aqui.
—Por quê?
—Você tem que entender Jungkook, que o melhor para ele é estar em casa
com a família. Não com você. —Disse o mais velho parando em frente a
Jungkook sem nunca desviar os olhos. —O melhor para ele é estar com as
pessoas que o amam de verdade, com pessoas saudáveis.
Jungkook tentou ao máximo não demonstrar sua revolta, mas ele ficou
realmente irritado com o que o pai de Jimin falara. Sem se desencostar da
pilastra, ele não desviou o olhar entediado do rosto de Twan, sabendo
exatamente que aquele homem era seu pior inimigo.
—Eu vou tentar fazer isso de forma pacífica. Jeon. Mas se você continuar
com essa loucura eu terei que tomar medidas realmente drásticas e usar do
poder do meu nome para ter meu filho debaixo do meu teto onde é o lugar
dele. E com uma ordem restritiva para manter você longe, ou até quem
sabe... dou um jeito de você ir para a cadeia se insistir com isso tudo!
—Não tem ordem restritiva nesse mundo que me impeça de tomar o que é
meu, senhor Park! —Jungkook o olhava ameaçador. —Eu não tenho medo
do poder do seu nome, eu não tenho medo de você... eu não tenho medo
da justiça. Nem mesmo o diabo me impediria, entendeu bem?
—Você acha que Jimin é seu? Ele não é um brinquedo, ele é um ser
humano. Isso é completamente doentio!
—Eu nunca disse que ele era um brinquedo. Ele é sim uma pessoa, a melhor
pessoa do mundo. —Disse apaixonado. —Ele é a minha pessoa!
—Eu quero que você me diga o que você quer para sair por essa porta, e
desaparecer para sempre das nossas vidas. Eu te dou quanto dinheiro você
quiser. Vamos, diga o seu preço, todo mundo tem o seu.
Jungkook ficou algum tempo estático, ele não estava lhe oferecendo
dinheiro pelo Jimin não é? Não era possível.
—Se o senhor acha que Jimin tem algum preço então realmente é pior do
que imaginava, senhor Park. Não é para menos que ele estivesse tão mal
vivendo nesse lugar. —Ele olhou todo o rosto do mais velho. Twan tinha
uma beleza diferente de Jimin. —Me poupe e se poupe, por favor. Eu não
sou traidor como você. Posso ser uma pessoa horrível, admito. Mas eu
nunca faria qualquer coisa que ferisse o amor da minha vida, não de
propósito.
Jungkook respirou fundo para não pegar alguma de suas facas. Tinha que se
lembrar que querendo ou não aquele era o pai do seu amor, e matá-lo
poderia lhe trazer problemas com Jimin.
Jungkook sabia que Jimin ficaria mal humorado e provavelmente ficaria sem
falar com ele por um bom tempo se ele interrompesse, então respirou fundo
e decidiu esperar.
—Imagine você ter um filho Jungkook. Sei que no caso de vocês jamais será
possível, pelo menos biologicamente, mas imagine em um mundo utópico
que sim vocês teriam um filho juntos. Agora imagine que ele é todo o Jimin,
que você diz amar mais do que tudo, e vai por mim meu jovem, eu entendo.
Eu entendo esse amor todo, eu amo minha esposa, conheço esse
sentimento.
—Eu jamais trairia ele como o senhor fez com sua esposa. Não por vontade
própria ou por prazer, se eu tivesse a sua vida e a sua família, não deixaria
escapar por nada.
—As pessoas cometem erros, Jungkook. Você não pode julgar algo que não
entende, e posso te garantir que você não entende meu casamento.
—Sim.
—Agora imagine você amar aquela criança com todo o seu ser, dar tudo
para ela, ver os olhos do amor de sua vida no pequeno e ver ele crescer.
Dar os primeiros passos, saber o quanto é belo e inteligente, mesmo que
ele não note, mas você é pai, você sabe. Você sempre nota, você sempre o
ama.
—O que eu quero que entenda, meu Jovem, é que eu quase perdi o meu
mundo uma vez. E eu não vou deixar você tirá-lo de mim agora.
—Nem que ele queira? Nem que ele fosse mais feliz assim?
—E por quê?
—Por que eu sou o pai dele e eu sei do que ele precisa. E a última coisa que
ele precisa é você, Jungkook. Ele pode levar uma vida completamente sem
a sua existência.
Sem pensar duas vezes lhe deu um soco forte o suficiente para o fazer
desmaiar na mesma hora, sentindo os ossos da mãe estralarem. Viu o corpo
cair aos seus pés, e passou por cima dele indo buscar Jimin.
Jimin estava nervoso. Não sabia o que esperar ao entrar no seu quarto.
Não queria estar ali, na verdade. Preferia nunca mais voltar para aquela
casa que só trazia lembranças dolorosas.
Suspirou pesado ao ver sua mãe deitada no meio de sua grande cama, se
aproximou da mesma delicadamente, parando ao seu lado observando-a
dormir serenamente, tão quieta. Imóvel.
Park Sue era linda. Tinha o rosto delicado, lábios grossos como os dele,
nariz pequenino.
Sua mãe é uma pessoa que sofreu muito, ela não tinha culpa da maioria das
coisas, porém Jimin sempre se irritava com o quão fraca ela era. Nunca
encarava Twan de frente, sempre perdoava tudo e virou uma alcoólatra,
mas não deixava de ser sua mãe, mesmo que ausente.
Jimin se ajoelhou na cama e segurou o rosto de sua mãe com as duas mãos.
Olhou-a bem de perto com o coração disparado, e colocou a mão em frente
ao seu nariz. A respiração era inexistente.
Sua mãe estava morta em sua cama, parecia uma pedra de gelo, e seu
coração doeu muito ao se dar conta de que nunca mais a veria ou falaria
com ela.
Eles tinham tantas coisas pendentes para conversar. Nunca a dissera que a
amava, eles nunca conversavam e realmente aquilo começou a afetar Jimin,
como uma enxurrada de sentimentos tristes e profundos que o estavam
deixando sem ar e com os olhos embaçados de lágrimas.
—Jiminie, que saudade! Vejo que encontrou sua mamãe. —Aquela voz.
Jimin que já não estava no seu melhor momento, conseguiu ficar ainda mais
branco de susto. A voz familiar do primo soando naquele quarto, não podia
ser verdade.
Jimin estava tão chocado por ver sua mãe morta que não conseguia se
mexer, nem se virar para encarar os olhos de Yoongi. Na mesma hora,
começou a tremer de pavor.
Ele não sabia o que fazer, sua mente pifou. Seus olhos derramavam
lágrimas mas ele não sabia muito bem qual era o sentimento dentro do seu
peito, era uma sensação estranha, como se algo muito ruim fosse
acontecer. Mesmo sendo óbvio, já que Yoongi se encontrava ali, agora
caminhando em sua direção somente de boxer. Mas ao mesmo tempo que o
ruivo sabia que devia fugir, não consegui se mover.
Jimin estava tão paralisado e aéreo que não sabia o que fazer ou como agir,
sua mãe estava morta e Yoongi estava quase nu na sua frente.
—Eu quero que você faça um escândalo Jiminie... —Disse parando perto do
seu rosto deixando um beijo em sua bochecha molhada pelas lágrimas. —
Quero que grite bem alto para o seu namoradinho. Mas primeiro quero me
divertir...
Jimin não conseguia raciocinar direito, não entendia o que estava havendo e
porque ele queria que gritasse. Congelou ainda mais ao sentir o primo beijar
seu pescoço, logo em seguida o chupar com força, passando uma mão em
sua coxa. Aquilo era tão errado, além de Jungkook estar lá embaixo sua
mãe estava ao seu lado, morta.
—Eu quero que você grite sim, mas agora quero silêncio! Sabe Jiminie, o
objetivo aqui é fazer o Jungkook nos pegar no flagrante e surtar, e
obviamente ser morto. Eu quero sim que você grite mas antes eu quero
aproveitar um pouco porque céus... você está ainda mais gostoso depois
desse tempo!
—Eu não tinha nada contra minha tia mas foda-se... ela só teve que pagar
pelos seus erros.
Jimin tentou fugir novamente mas foi impossível com a arma na seu
pescoço. Ele começou a se debater e Yoongi atacou seus lábios com força,
Jimin tentava virar o rosto mas o outro lhe segurava o maxilar forçando sua
língua dentro da cavidade do ruivo.
Jimin estava desesperado, os toques do seu primo não lhe causavam mais
prazer como antigamente, e sim nojo e agonia.
Jimin o encarou, incrédulo. Estava com raiva por não conseguir lutar com
ele, ainda mais com essa arma na garganta e a mão segurando sua boca.
Jimin aproveitou que ele estava bem perto e lhe deu uma cabeçada forte.
Vendo o mesmo ficar surpreso e quase desmaiar em cima de si. Jimin não
perdeu tempo em pular da cama e correr até a porta que estava trancada,
mas estava tão apavorado que não olhava para trás, não queria que ele o
agarrasse de novo.
—JUNGKOOK! —Ele berrava com todo a força que tinha nos seus pulmões.
—JUNGKOOK!
Jimin socava a porta desesperadamente. Implorava aos céus para Jungkook
lhe ouvir.
Continuou gritando e socando a porta. Estava tão apavorado que não queria
se aproximar do outro que agora levantava meio cambaleando tentando
entender o que tinha acontecido.
Jimin viu que na hora do susto a arma tinha sido chutada pra debaixo da
cama e Yoongi a procurava desesperadamente. Mas o ruivo não queria se
aproximar, porém sentiu seu cabelo ser puxado pra trás, e seu corpo ser
prensado na parede enquanto ainda esperneava, chorava e gritava.
—Que merda, Jiminie! agora eu terei que ser bem mais rápido! —Rosnou no
seu ouvido.
Yoongi puxava seus cabelos com força, e Jimin lutava tanto que Yoongi
passou a bater com a cabeça dele na parede para o mesmo ficar um pouco
zonzo e parar de berrar. Abaixou sua cueca e a de Jimin, que estava quase
desmaiado de tanto que lhe socou a cabeça na parede, o garoto já estava
ficando mole em seus braços.
—Jungkook! —Jimin já estava rouco e sem forças para gritar. Olhava para a
porta com alívio, porque só de ouvir aquela voz sabia que estava a salvo.
—Cade essa merda de arma caralho? —Yoongi grunhia. E Jimin torcia para
ele não a encontrar embaixo da cama. —Que merda!
—JIMIN! —Ele rosnou. —Se você está atrás da porta sai de perto, meu amor!
Yoongi foi correndo até Jimin, desesperado por não achar sua arma. Pegou o
mesmo pelos cabelos ruivos, com dificuldade para o erguer já que o mesmo
estava mole e trêmulo. Colou sua faca no pescoço do mesmo.
Seus planos não saíram exatamente como o planejado mas era quase isso
que queria fazer.
No segundo chute a porta cedeu e abriu com força, fazendo um baque forte
contra a parede.
Deus do céu, tanta coisa passou por sua cabeça naquele momento. Todo o
tipo de tortura meticulosa que ele tinha em mente. Mas ele tinha tanto ódio
da cena que via agora, que seria capaz de matar até mesmo o próprio
demônio a base de socos.
—Solta ele! —Disse com todo o seu rosto contorcido de fúria. -AGORA!
Jimin gemia de dor, sua entrada estava ardendo, suas pernas estavam
fracas e ele não conseguia parar de chorar. Mas a pior dor era por dentro.
—Não tente nada, Jeon. Você não faz ideia de quantas armas estão
apontadas para esse quarto agora. —Ele disse puxando o cabelo de Jimin
para trás, cheirando seu pescoço apertando a faca ali. Lhe deu um beijo na
pele cheirosa, olhando diretamente para Jungkook, claramente o
provocando. —Eu tenho vários atiradores com armas apontadas para cá, e
qualquer movimento brusco eles matam vocês dois. Agora Jungkook... você
me interrompeu bem na hora boa, eu quero terminar o que comecei na sua
frente, se importa?
Jogou a faca longe com um sorriso, não precisava dela, qualquer movimento
de Jungkook ele seria alvejado de balas.
—Três atiradores, Min. —Ele disse fitando os olhos do mais baixo, que
levantou a mão fazendo um sinal, para que atirassem. -Os seus três
atiradores acabaram de ser assassinados pelos meus homens e agora você
está completamente sozinho aqui.
Yoongi arregalou os olhos, incrédulo por aquela informação, não podia ser
verdade.
Jungkook sentiu seu coração doer, a garganta fechar. Estava com muito
ódio no momento, mas ver seu pequeno naquele estado o deixava ainda
mais furioso.
Deu um beijo carinhoso em seus lábios secos, acariciando todo o seu rosto.
—Eu preciso matar seu primo agora, bebê. Eu já vou ficar com você, amor,
não tenha mais medo de nada, Ok? —Passou o nariz em sua bochecha
beijando ali, olhou para o homem meio sem jeito segurando Jimin. —Leve-o.
Jungkook fechou os olhos respirando fundo e bateu a porta com toda a sua
força, virou se para olhar Min Yoongi que estava paralisado sem saber o que
fazer. Se aproximou dele a passos largos e antes mesmo do outro tentar
falar alguma coisa, lhe deu um soco forte o suficiente para parecer estar em
câmera lenta. Ele caiu para trás com o impacto, e Jungkook se aproximou
dele que estava no chão.
—CONVERSAR? -Ele grunhiu chutando seu rosto com força. O coturno preto
deixando a cara do outro até torta, alguns dentes saindo da boca.
Mas nada parecia cruel o suficiente para Jungkook, que o ergueu pelo
pescoço com toda a sua fúria para olhar em seu rosto que já sangrava.
Jungkook subiu em cima dele socando seu rosto repetidas vezes, quebrando
seu nariz. Ele queria torturar o outro, mas sua raiva era tanta que não
conseguia ser frio para isso no momento, ele estava com um ódio
animalesco, e quanto mais ele batia mais irado ficava.
—Jung...
—CALA ESSA MALDITA BOCA! —Ele gritou furioso, sem parar de bater.
—EU NÃO CONSIGO NEM IMAGINAR TE USAR PRA TER INFORMAÇÕES SOBRE
O NAMJOON! MEU ÓDIO É TANTO QUE NÃO CONSEGUIREI VIVER SABENDO
QUE VOCÊ AINDA RESPIRA! EU VOU DESTRUIR VOCÊ! VOU ACABAR COM
QUALQUER SOMBRA DA SUA EXISTÊNCIA!
Aquele homem já estava desfigurado, mas ainda não era o suficiente, nunca
seria o suficiente. Esse ainda seria um dia longo.
CAPÍTULO 20 – Líder
Jimin chorava tanto que sua cabeça doía.
Se sentia muito vulnerável, tudo doía, e seus soluços eram tão fortes que
preenchiam o carro. Era uma dor que Jimin nunca havia sentido na vida,
nem mesmo antes de tentar tirar a própria vida.
Algo como se não pertencesse a esse mundo, como se não fosse mais digno
dele. Ele perdeu a própria essência, não queria mais estar vivo, não queria
mais habitar seu próprio corpo, tinha nojo da sua pele.
Arranhou suas pernas nuas com força, vendo a pele branca se encher de
marcas vermelhas enquanto as lágrimas encharcavam seu rosto.
Bateram na janela de leve, mas Jimin não quis ver quem era, ele só queria
ficar sozinho. Não conhecia aquelas pessoas ele queria paz em sua vida, só
isso.
Ele nem mesmo viu seu pai quando passou pela sala, mas não queria
pensar nisso agora.
Jimin olhou para o vidro mesmo não querendo, e deu de cara com um rapaz
bonito parado do outro lado da janela. O rosto era longo e seus cabelos
eram escuros e arrepiados, e ele o conhecia da escola. Mas não fazia ideia o
porquê dele estar ali.
—Hoseok?
Ambos se encaram por um tempo sem saber direito o que falar. Jimin
estava em um turbilhão de sentimentos confusos e dolorosos no momento e
não sabia muito bem reagir ao seu ex colega de classe.
—Já que não vai responder então eu vou entrando. —Ele disse contornando
o carro e se sentando no banco do motorista ao lado de Jimin.
—Não está com frio? Você está seminu, Park. —Disse com um sorriso
divertido.
—Eu sou amante dele Jimin, transei com ele todos esses dias que você
deixou ele na seca. —Disse com o ar risonho encarando o semblante agora
completamente chocado de Jimin. Mas não aguentou por muito tempo até
cair na gargalhada. —Eu tô te zoando, Park. Ele é meu irmão, só isso.
Ele não estava com muito ânimo para conversar sobre isso agora. E se
sentia desconfortável com Hoseok ali, ele estava sorridente como sempre,
totalmente o oposto de Jimin.
—Ei, Park. O que tá pegando? Achei que estivesse feliz que o Jungkook vai
matar o Yoongi… ele pegou o desgraçado né?
—Sim…
(...)
Sabia que Jeon estava no recinto ainda porque ouvia o barulho dos seus
coturnos pretos andando de um lado para o outro, o moreno ainda
aproveitava para lhe dar alguns chutes violentos enquanto ele fingia de
desmaiado.
Yoongi tremia por dentro mas por fora se fazia de inconsciente. Ele temia
que não chegassem a tempo e mesmo que chegassem, nada garantia que
ele sairia dali com vida.
—Você vai ver agora o que acontece quando tocam no que me pertence!
Quando ousam machucar a pessoa que mais me importo! —Ele riu
sadicamente e com raiva. —Você não tem mesmo ideia de com quem está
mexendo! Faz? Você acha que seu pai era cruel? Você não viu ainda do que
eu sou capaz!
O fato de Jungkook ter parado de gritar e ter assumido seu lado mais frio
deveria deixar Yoongi mais tranquilo, mas conhecendo a reputação do
mesmo, sabia que era o contrário. Ele devia sentir medo.
Jungkook arrancou com violência as calças do outro que sentiu seu coração
martelar no peito, o que ele faria? Seu peito ardia.
—Pode parar de fingir que não está acordado, Yoongi! —Ele disse. —Você
vai acabar gritando uma hora ou outra.
—Leve o Jimin para o hotel, e garanta que Hoseok esteja em casa. Vivo e
bem. —O homem assentiu. —Ah, e me mandem trazer um cabo de
vassoura.
O homem estranhou o pedido mas se curvou e saiu.
Jungkook voltou seus olhos para Yoongi de cueca e de bruços, riu ao ver seu
rosto todo inchado. O homem voltou com o cabo de vassoura e Jungkook
pegou o mesmo se encaminhando tranquilamente até onde o outro estava
deitado.
—Eu estou tão irado nesse momento! Eu queria tanto te matar na base da
porrada, mas não vai ser assim tão fácil, você merece uma morte lenta… —
Jungkook segurou o cabo de vassoura e olhou para a madeira sorrindo
sadicamente. —…e você não vai morrer hoje. Vai demorar um pouco, eu
quero que seja na frente do meu amor, ele tem que ver você sofrendo
muito mais do que ele sofreu, não é mesmo?
Jungkook usou toda a sua força quando bateu com a madeira nas nádegas
do outro, repetidas vezes, de uma forma tão violenta que Yoongi não se
aguentou mais e voltou a grunhir de dor. E suas lamúrias de dor eram
música para os ouvidos do Jeon.
Continuou batendo com toda a sua força até que a madeira se partiu ao
meio fazendo um estalo, seguido de outro gemia de dor de Yoongi.
Suas nádegas estavam esfoladas, Jungkook estava com uma aura escura e
nada o fazia se sentir satisfeito. Então ele se agachou e arrancou a cueca do
outro com um único puxão forte.
—O-o que você tá fazendo? —Yoongi por fim demonstrou seu desespero.
—Acordou? Que bom... agora vem a melhor parte para você. Espero que
aprecie isso tanto quanto eu.
—Q-que??
Jungkook enfiou com tudo o cabo de vassoura no ânus do outro que deu um
grito surpreso e desesperado da mais pura e profunda dor. Havia enfiado a
parte quebrada, cheia de farpas.
—Você nunca, nunca deveria ter machucado ele seu belo pedaço de merda!
Não nele, não no meu Jimin!
Jungkook enfiava o cabo cada vez mais fundo, vendo muito sangue sair por
ali se misturando as farpas de madeira.
—Eu posso ser doente… mas fodido aqui é você. —Disse com um sorriso
horripilante. —Isso aqui não é nada ainda, Yoongi, isso é só a preparação
para a melhor parte!
Jungkook virou o mesmo de barriga para cima, e Yoongi sentiu todo o corpo
gelar com a clareza de que o outro iria lhe castrar.
O maior se jogou no chão e os tiros não pararam por nenhum minuto. Seu
coração disparou ao lembrar que Jimin poderia ainda estar lá embaixo e foi
só nisso que conseguiu pensar por todos os longos segundos que os tiros
não paravam.
—Mas que porra? —Jungkook balbuciou olhando para Yoongi que tentava
levantar com toda a dificuldade. —Desgraçado… você chamou reforços?
—Senhor Jeon, temos que sair agora! —Um deles falou enquanto outros dos
seus homens entraram no quarto. —Vários dos homens do Min chegaram e
estão tomando a casa por todos os lados!
Pegou o mesmo pelas pernas nuas e jogou sobre o ombro saindo pela porta
do quarto, sendo seguido por seus homens.
Desceu as escadas com um Yoongi murmurando de dor em seu ombro.
Quando chegaram ao pé da escada entregou o inimigo para um de seus
homens o levar para o esconderijo.
Olhou para ele sentindo muita raiva, lembrando das coisas que o homem
disse sobre ele e Jimin. Levantou sua arma e apontou bem na cabeça do pai
do amor da sua vida. Ele queria muito apertar o gatilho, esse homem
precisava morrer, se não jamais teria sossego com Jimin.
Por mais que Park Twan fosse um homem inocente de crimes, ainda sim era
um problema enorme para Jungkook.
Mas era necessário ser feito e se depender dele, Jimin nunca descobriria.
Ele teve que fazer com que Park Twan tivesse sua cabeça estourada
enquanto dormia tranquilamente no sofá de sua casa. Um crime frio mas
não tão frio como os sentimentos de Jungkook para com isso.
Ele faria qualquer coisa para nunca perder o seu amor, e se fosse
necessário mataria tudo e todos que entrassem em seu caminho.
Mas antes disso ele queria ficar com Jimin, tranquilizar seu amor, lhe dar
todo o carinho possível nesse momento horrível para ele.
—O senhor quer que eu te leve até o hotel? —O rapaz que estava dirigindo
perguntou, ele era novo no ramo mas era bem eficiente e rápido.
—Sim, ele já chegou faz um tempo. Hoseok já ligou avisando que está tudo
bem e… —Um estouro na janela do motorista fez com que o carro perdesse
Jungkook sentiu que estava de ponta cabeça, tudo rodava, sua cabeça doía,
assim como todo o seu corpo. Ele com certeza havia quebrado um osso, e
sua visão estava absurdamente turva.
Olhou para o lado e viu seu motorista com a cabeça coberta de sangue,
mas não havia sido alguma batida na hora do acidente, ele claramente
levara um tiro na cabeça. Um tiro de uma precisão absurda, ainda mais com
um carro em movimento e no meio da chuva.
O moreno com muita dificuldade levou sua mão até a cintura para pegar
sua arma, mas o homem a sua frente colocou o pé sobre seu braço,
impedindo qualquer outro movimento.
Jungkook olhou para cima, a chuva atrapalhando seus olhos negros de ver
quem estava ali. O homem se abaixou até a altura de Jungkook e por fim o
fitou nos olhos perdidos e completamente chocados.
—Namjoon?
—Me desculpa, meu amigo. —Namjoon com o cabo de sua arma bateu lhe
fortemente na cabeça, fazendo Jungkook desmaiar na mesma hora.
Ele sentia muito, mas era necessário, e Jungkook tinha que entender.
Arrastou o mesmo para fora do carro e lhe colocou sobre os ombros com
dificuldade, Jeon era um homem grande.
Agora que tinha Jungkook, poderia finalmente salvar Jin. E por mais que
doesse entregar o amigo, Jin era inocente e não merecia o que estava
passando. Jungkook e Namjoon sim, mas Jin realmente não podia mais
passar por aquilo.
(…)
Jimin simplesmente não conseguia parar de chorar. Tudo doía muito, seu
corpo e sua alma.
Hoseok não saíra do quarto do hotel desde que chegaram, e por incrível que
pareça ele havia demonstrado ser uma pessoa legal. Bem diferente do que
era na escola, e Jimin não entendia bem o que estava havendo com ele mas
queria muito que ele continuasse assim.
Jimin fungava, seu nariz estava todo vermelho, seu rosto gordinho inchado
e seu lábio tremia.
—Agora eu entendo…
Hoseok o encara com aqueles olhos risonhos que sempre derretia corações
na escola.
—A obsessão de Jungkook por você. Olha, vou ser sincero eu nunca entendi
o motivo de tamanha fixação por uma pessoa, ainda não entendo. Mas você
é absurdamente fofo, Jimin.
—Pode detestar, mas jamais mudará o fato de você ser muito fofo, Park
Jimin. —Disse aos risos.
Jimin bufou se virando de costas para o outro. Queria tanto Jungkook ali, o
que ele estaria fazendo com Yoongi? Só queria ele aqui consigo agora.
—Me deixa em paz, Hoseok. Esse seu jeito simpático comigo é muito
estranho. —Jimin suspirou pegando o travesseiro de Jungkook enfiando o
rosto ali, sentindo seu cheiro simplesmente divino. —Você sempre me
tratou como lixo naquela escola.
Hoseok soltou o ar. Seu sorriso nos olhos nunca saía, mas ele se tornou
mais sério.
—Como assim?
—Filhos do mesmo pai, eu descobri faz dois anos. Minha mãe antes de
morrer de câncer me disse quem era meu pai, então eu fui atrás mas ele já
tinha morrido a uns bons anos sabe. Porém, tinha o Jungkook e ele é tão
chato, não me deixava fazer nada das coisas que ele faz, mas depois da
missão bem-sucedida com você. Ele me permitiu ser espião e…
Só agora havia se tocado que por alguns minutos tinha esquecido de tudo o
que tinha acontecido, se sentiu mais leve mesmo que tudo ainda doesse
demais.
Jimin queria Jungkook ali com ele, não queria pensar em Yoongi, nem no seu
pai, nem na sua falecida mãe.
Uma lágrima desceu por seu rosto ao se lembrar dela. Mas queria no
momento Jungkook, com sua presença poderosa, seu cheiro reconfortante e
ao mesmo tempo sedutor. Queria sua voz que o fazia ficar de pernas
bambas com facilidade e suas mãos grandes e fortes, tirando de si todas as
lembranças ruins do dia de hoje.
Hoseok saiu do banheiro alguns minutos depois. Ele estava branco como
um papel, seu rosto estava contorcido de nervosismo e certo choque.
—Sim.
Jimin sentiu seu coração disparar e a garganta fechar, algo dentro dele dizia
que tinha haver com Jungkook.
—Namjoon está trabalhando com o Yoongi, já que ele tem o Jin preso… —
Hoseok perdeu a fala por um momento.
—Fala!
—Bem, ele está com o Jungkook e… quer que a gente entregue o Yoongi. Se
não ele o mata.
—Sem Namjoon e Jungkook para liderar, todos aqueles homens são como
um monte de formigas. Não prestam para nada sem ter um líder, e os
aliados de Yoongi sabem disso. Eles querem Yoongi de volta, para logo em
seguida matar Jungkook e tomar tudo que eles acham ser deles.
Hoseok pegou seu celular, foi nos contatos e discou o número do escritório
de Jungkook e entregou o aparelho para o menor.
Jimin andava pelo quarto às pressas calçando seus sapatos e uma roupa
confortável enquanto esperava ser atendido no telefone.
—Ah, boa noite senhor Park, no que posso ser útil? Jeon não está presente
no momento mas…
—Eu sei disso, eu só quero que escute tudo que eu falar e não me
desobedeça. Jungkook não gostaria nem um pouco disso.
Jimin suspirou.
—Obrigado.
Jimin viu os olhos de Hoseok sobre si, curiosos e nervosos ao mesmo tempo.
—Eu quero que convoquem uma reunião para amanhã aqui em Seul, eu
quero cada membro presente, sem exceção de ninguém. Quem não
aparecer está fora.
Jisoo parecia confusa mas confirmava tudo o que ele falava, anotando
rapidamente cada informação.
CAPÍTULO 21 – Estrategista
Jimin enfrentou mais de duzentas pessoas, todos muito maiores e mais
fortes do que ele. Mas que por incrível que pareça não demonstraram
desrespeito em nenhum momento e se dispuseram a ouvir o que ele tinha
para falar.
Foi difícil convencer todos a lhe seguirem naquela missão, mas depois de
um dia inteiro de conversa e com a ajuda de Hoseok, finalmente havia
conseguido convencê-los a obedecerem suas ordens.
Mas a grande maioria aceitou seguir Jimin, então ele estava mais forte e
mais decidido do que nunca.
Estava a espera de Hoseok, queria pedir um favor a ele, porque sabia que
ele seria capaz de cumprir. Mas o mesmo estava demorando horas para
aparecer.
Ouviu algumas batidas na porta e correu para abrir. Deu de cara com
Albert, que não esperou meio segundo para invadir o quarto.
Albert sorriu e mostrou seu braço, sem a mão que Jungkook havia cortado
meses atrás.
—Eu quero uma recompensa pela mão que eu perdi por sua causa. —Ele
disse se aproximando. —Aproveitando que o Jeon não está aqui…
—Jimin, Jimin… você definitivamente não é como todos aqueles garotos que
o Jungkook fodia, você é muito melhor do que todos eles juntos. —Albert
disse com um sorriso. Depois tentou beijar Jimin, mas o mesmo passou por
debaixo do seu braço, conseguindo escapar.
—Eu disse para você um dia que se eu quisesse você eu teria. Você
querendo ou não!
—Disse sim. E depois que o Jungkook chegou, você se borrou nas calças de
tanto medo! —Disse provocativo, vendo o outro lhe fitar, raivoso. —Por
favor, senhor Jeon! Me desculpa…
—Eu vou ensinar uma lição pra você seu pirralho de merda! Uma lição que
nem o Jeon muito menos o Yoongi foram capazes de te ensinar!
Ele rapidamente beijou Jimin o segurando com força, enfiando sua língua na
cavidade do pequeno que tentava se desvencilhar com todas as suas
forças.
Albert só tinha uma mão isso facilitava para Jimin. Quando viu a
oportunidade perfeita, lhe deu uma joelhada forte bem nas partes baixas,
vendo o outro gemer de dor e cair de joelhos.
—Sua vadiazinha!
—É óbvio que você não vai me machucar, quem vai se machucar aqui é
você! —Disse sorrindo. —Mãos bem para o alto, não ouse bancar o esperto!
Fica de joelhos!
Albert o olhou seriamente, vendo que ele não estava para brincadeira,
então resolver se ajoelhar com as mãos para o alto.
Sempre teve vergonha de perguntar o porque, mas elas seriam úteis agora.
Pegou as algemas e as jogou para Albert, que fitou as mesmas no chão sem
entender, levantou a cabeça olhando maliciosamente para Jimin. Aquele
assassino tinha muito tesão naquele garoto, como todo mundo. Só que
ninguém admitia por medo de Jungkook.
—O que você pretende, Jimin? —Ele perguntou com uma sobrancelha
erguida ironicamente.
—O meu amor não gostaria nem um pouco de saber disso. —Jimin disse lhe
olhando seriamente. —Ele ficaria louco!
O homem sorriu.
—Foda-se ele! Jungkook não está aqui. Ele é trouxa não é? Afinal você está
aqui no meu colo…
Jimin o olhou com ódio, e finalmente o assassino notou que ele estava com
uma pequena faca na mão.
Jimin em um movimento muito rápido, enfiou a lâmina pequena e afiada
diretamente em sua jugular.
—Quem é? —Perguntou.
—Oi, Hoseok.
Hoseok entrou fechando a porta com força. Seu sorriso era largo como
sempre. Passou por Jimin e logo em seguida estancou no meio do quarto,
chocado com o homem morto ali.
—Para de me chamar de anão, Hoseok! E sim, fui eu. Esse verme tentou me
estuprar pela segunda vez, e eu te garanto que isso nunca mais vai
acontecer comigo!
—Que merda! Você precisa mandar alguém vir dar um jeito nesse corpo.
—É, eu sei. Já vou mandar alguém sumir com isso, mas primeiro eu preciso
te pedir um favor.
Hoseok se levantou e veio próximo ao menor e esperou pelo que viria. Jimin
olhou firmemente nos olhos do outro, para ele entender o quanto aquilo era
importante para ele.
—As suas ordens. —Ele se abaixou brincalhão encarando o ruivo nos olhos.
—Chefe. Ou chefinho…
—Eu quero que você tire um amigo meu da maldita clínica que eu estava
internado, a uns meses atrás.
—Eu prometi a ele que falaria com meu pai, já que ele é psiquiatra. Prometi
que faria de tudo para ajudar a tirar ele de lá assim que eu pudesse. —Jimin
suspirou. —É meu único amigo, e eu me esqueci completamente dele.
Minha vida deu uma puta reviravolta e… ele está sofrendo muito naquele
lugar.
Hoseok continuava sem entender por que raios Jimin queria isso logo agora.
—Mas você não acha que está com muitos problemas agora, Jimin? Por que
não faz isso outra hora, quando Jungkook estiver bem?
—Não é um manicômio…
Jimin lhe entregou o endereço. Anotou tudo certo, e explicou como devia
lidar com seu amigo.
Hoseok anotou mentalmente tudo o que Jimin falou, e do seu jeito meio
folgado de sempre, se jogou na sua cama.
—Tá, depois que eu tirar o doido do manicômio, eu devo cuidar dele como
uma porra de babá?
—Pelo menos até ele se acertar na vida Hoseok, os pais dele são malditos
homofóbicos. A desculpa para internar ele lá foi que ele tentou se matar,
mas a verdade é que eles tem vergonha e preconceito.
Hoseok tinha uma bolinha nas mãos, que não parava de jogar para cima.
—Kim Taehyung.
—Ei. —Hoseok se aproximou dele, queria abraçar o ruivo mas tinha muito
respeito por ele e por Jungkook. Ele achava estranho, então só colocou sua
mão no ombro do mesmo, afagando. —Logo ele está aqui de novo, te
atormentado.
Jimin correu para pegar o aparelho com tamanha velocidade que quase caiu
no meio do caminho.
—Alô?
—Jimin, é o Namjoon.
—Eu sei.
Silêncio constrangedor.
—Você deve ter entendido alguma coisa errada Namjoon, mas a questão
aqui é que eu não quero o Jungkook.
Jimin olhou nos olhos de Hoseok, que confirmou para que ele continuasse
com o plano.
—Fale para todos os aliados do Yoongi, que eu quero o Jin, somente ele.
Namjoon ficou sem falas no momento, não sabia o que dizer ou fazer.
—Eu o quero a salvo. Ele foi muito legal comigo quando fiquei na sua casa.
—Jimin disse convicto. —Eu quero o Jin, entendeu?
Somente Yoongi sabia do trato que eles haviam feito, de Namjoon trabalhar
para ele só para manter Jin vivo. E Yoongi não podia opinar em nada já que
não estava lá. Os aliados entregariam um prisioneiro "qualquer" como o Jin
com a maior facilidade.
Jimin sorriu.
(…)
Haviam prendido suas mãos para trás com algemas, mas ele já havia dado
um jeito de se soltar, as grades eram grossas e a cama desconfortável
porém só havia uma coisa que rodava em sua mente nesses últimos dias.
Jimin.
Escutou passos se aproximando. Pelos seus cálculos estava ali faziam três
dias, não conseguia olhar na cara de Namjoon, por mais que soubesse que
tudo o que ele fez foi para salvar Jin, ainda sim era uma facada em seu
peito. Mesmo sabendo que ele faria coisa muito pior se fosse com Jimin.
Alguém parou em frente a sua cela, e ele sabia que era seu ex parceiro.
Levantou os olhos frios para o mesmo, que estava parado com duas
metralhadoras em frente a sua cela.
—O que foi? Perdeu o cu na minha cara? —Jungkook disse. —Seu merda!
—Vejo que se soltou. Eu sabia que faria isso, o que me surpreende é que
você não conseguiu matar um por um e sair daqui sem ser visto ainda por
cima.
—Quer conversar, é? Vai fingir que é meu amigo, cara? Não se preocupe, eu
estou bem ciente que nunca tive amigos, por mais que não esperasse isso
vindo de você.
Namjoon riu jogando uma das armas para o moreno, que a pegou no ar.
Logo em seguida voltou os olhos negros para ele, confuso.
—Sim cara. Quando viram que não era o puto do Yoongi que estava ali,
começou o tiroteio, e eles estão lá até agora. Mas o seu namorado tá
ganhando de lavada! Caralho, nunca pensei que ele fosse capaz de nada
assim…
—O QUE AINDA ESTAMOS FAZENDO AQUI? —Jungkook passou com tudo por
Namjoon, destravando a metralhadora. —VAMOS!
Porra ele era perfeito! Precisava tanto dele, queria mais do que tudo ver seu
rosto lindo novamente.
—Onde estão todos aqueles caras? —Jungkook estranhou não ter uma alma
viva naquele lugar.
—Jimin previu que para eu poder te soltar precisaria atacar com todas as
forças. A troca acarretou em um tiroteio, mas Jimin conseguiu fazer com
que o meu marido estivesse a salvo. Ele já está em casa. Eu serei grato
para o resto da minha vida. —Namjoon suspirou tentando acompanhar os
passos do moreno que quase corria em sua frente. —Esse tiroteio que ainda
tá rolando na sede do Yoongi, dispersou todos os homens, eles precisaram
de reforços, então facilitou para eu te soltar. Já que todos os homens do
Yoongi tiveram que trabalhar nessa missão, só sobrou dois caras aqui para
cuidar de você.
—Ele fez isso tudo sozinho? —Jungkook perguntou, com um sorriso nos
lábios.
—Fez.
Ele o faria feliz, nem que tivesse que morrer para isso, porque ninguém
mais importava. Na vida de Jungkook só existia Jimin, o moreno não sabia
como podia ser possível se sentir ainda mais apaixonado.
—Você não viu nada ainda. Jimin mandou homens atacarem todos os
aliados do Yoongi no mesmo momento do tiroteio, enquanto estavam todos
fracos, ele aproveitou para atacar. E todos quebraram. Não tem mais como
eles lutarem, acabou cara! —Namjoon falava tudo rindo perplexo.
Jeon achou que Jimin estaria no hotel já que a briga estava ganha, mas ele
não estava. Então, quando chegaram ao local, ficaram completamente
embasbacados com o que encontraram ali.
Jeon parou o carro frente a grande mansão não esperando encontrar quase
uma ruína. Era uma casa grande e branca que ficava escondida em uma
região que ninguém conhecia, uma área rural. Estava toda perfurada de
tiros, ambos saíram do carro ainda chocados, e quanto mais se
aproximavam da entrada da casa, mais cheiro de sangue e pólvora sentiam.
—Senhor Jeon? —Um dos seus braços direitos chegou. —Senhor Kim? Já
voltaram? Foi mais rápido do que eu imaginei.
O chão estava quase livre dos corpos, mas o cheiro ferroso de sangue ainda
era forte e enjoativo.
—Está lá dentro da casa. Incrível ele ainda não ter notado que você chegou,
com todo esse alvoroço. —Um deles comentou. —O garoto é muito bom,
inteligente.
Quando entrou na sala de estar enorme, perguntou para todo mundo onde
o seu amor estava. Então subiu as escadas que davam para o segundo
andar, caminhou pelo corredor repleto de portas.
Jungkook seguiu a voz suave que fazia seu coração bater mais forte no
peito. Era rouca, delicada, do jeito que ele sempre amou.
—... isso, mas cuidado com o Tae, Ok? Ele é um pouco maluquinho mas é
um amor.
—O que você tanto procura, meu amor? —Jungkook disse por fim.
—Eu estava com tanta saudade, amor. —Jungkook disse beijando os cabelos
ruivos. —Estava tão preocupado, você está bem?
Era absurdamente assustador lidar com tantas coisas sozinho, por mais que
seu plano tivesse dado certo, ele se sentia sozinho e desamparado. Mas
Jungkook tinha uma presença tão forte e única que era impossível não se
sentir protegido.
—Ei, não chora amor, eu estou aqui agora. —Ele disse lhe pegando no colo
e levando até a cama enorme do quarto.
—Eu fiquei com tanto medo, de tudo! Eu ainda estou com medo. —
Segredou. —Ainda bem que tudo deu certo.
—Você não precisa ter medo amor, você foi capaz de enfrentar tudo
sozinho, eu estou tão orgulhoso.
Jimin estava absurdamente feliz com a presença dele ali, se sentia seguro
novamente.
Jungkook não esperou nem mesmo Jimin terminar de falar para colar sua
boca a dele desesperadamente.
Estava com medo de avançar o sinal, seu garoto havia sofrido um trauma
ao ser estuprado e só de pensar nisso foi o suficiente para o moreno parar o
beijo e se afastar minimamente para olhar em seus olhos.
Jimin estranhou Jungkook se afastar do beijo, ele nunca fazia isso. Franzindo
o cenho, ele olhou curioso para o Jeon.
—O que houve? —Sussurrou, puxando sua camisa, totalmente louco por ele.
Jimin sorriu amorosamente para ele. Entendia o que ele queria dizer, o que
só fez amar Jungkook ainda mais.
E ele queria, porque com ele era diferente, fazer amor com ele era
justamente isso, era um ato de amor. Não tinha como comparar com a
agressão que sofrera, era totalmente o oposto daquilo.
Podia ser rápido demais para alguém que está ferido por dentro, mas não
conseguia pensar em outra coisa naquele momento.
—Está tudo ótimo Jungkookie... —Ele sussurrou beijando sua boca perfeita,
sentindo a respiração do maior totalmente pesada. —Ser tocado por você é
o que eu mais quero nesse momento... é o que eu mais preciso!
Jimin usava uma camisa branca de botão que foi imediatamente destruída
pelas mãos do maior, que puxou o tecido com violência, arrebentando todos
os botões no processo.
Jeon desceu seus lábios pelo pescoço perfumado e beijou ali, logo em
seguida chupando com violência, marcando a pele pálida.
Jimin suspirou com prazer, jogando a cabeça para trás para lhe dar mais
espaço. Seu membro já estava latejando dentro da calça, os lábios quentes
e a língua molhada do moreno mordendo e chupando acendiam faíscas em
seu corpo. Mal conseguia controlar a própria respiração, estava se sentindo
como um louco, porque não era possível sentir tantas sensações com uma
única pessoa. Jungkook era incrível na cama.
—K-Kookie... —Jimin gemeu enfiando suas mãos pequenas nos cabelos lisos
do outro.
—Você é tão lindo, bebê. —Sussurrou dando uma leve apertada no membro
duro do menor. —Olhar você todo excitadinho me deixa louco!
Jungkook estava desesperado para sentir mais dele, qualquer barulho que
Jimin fazia era suficiente para o deixar em chamas.
Abriu o zíper da calça do ruivo e a puxou para baixo com bastante rapidez,
arrancando o jeans e sua boxer branca junto, passando as pessoas pelas
pernas lindas. Logo em seguida jogou as roupas longe.
Nunca havia sido desse jeito com eles, normalmente era mais rápido e
desesperado. Mas naquele exato momento, Jungkook queria mais do que
tudo apreciar o amor de sua vida gozando para si, podendo observar todas
as suas reações.
Passou seu dedo polegar na glande molhada, espalhando o pré gozo por
toda a extensão, vendo por fim, sua entrega desesperada.
Jimin beijou Jungkook com tudo fazendo o mesmo cair de costas na cama
surpreso.
—É a minha vez... —Disse sentando completamente nu sobre sua ereção
coberta, fazendo Jungkook soltar um gemido rouco.
Jungkook estava tão absurdamente excitado que mal conseguia falar, ainda
mais sentindo a bunda que tanto amava diretamente em seu pau.
Jimin fez Jungkook tirar a jaqueta de couro e sua camiseta cinza meio
molhada da chuva, cada movimento que Jimin fazia em cima de si era como
uma tortura, sua bundinha se mexendo sobre seu pau duro feito pedra.
—Porra Jimin… —Ele gemeu assim que o menor começou a rebolar a bunda
nua bem em cima do seu membro coberto. Jungkook segurou sua cintura
com força tentando se controlar para não fodê-lo com todo o seu tesão
acumulado. —Se continuar assim... eu não respondo pelos meus atos!
Jimin sorriu para ele mordendo os lábios grossos, sem deixar de rebolar
provocando um gemido do moreno que afundou a mão grande em seus
cabelos ruivos puxando o para si, mordendo seu queixo, logo em seguida
puxando os lábios carnudos entre os dentes.
Jungkook riu ao ver Jimin abrir seu zíper e puxar rapidamente sua calça,
logo em seguida arrancando a boxer preta revelando o membro duro e
enorme do moreno.
—Chupa, amor. —Pediu, puxando pelos cabelos ruivos sua cabeça para trás,
beijando todo o seu pescoço, passando a língua pela pele arrepiada. —
Chupa bem gostoso o meu caralho.
Jimin passou a subir e descer a boca por seu pau, tentado manter um ritmo
sem engasgar, não deixando nunca de olhar nos olhos dele. Segurou a
parte que não lhe cabia na boca e masturbou no mesmo ritmo em que lhe
chupava, deixando a cena mais molhada e excitante na visão do Jeon.
Ver seu pequeno ali com seu pau socado na boquinha linda... era uma
imagem que ele não queria esquecer nunca mais.
Passou a gemer quando viu seu membro cutucar a bochecha do seu bebê
por dentro, e revirou os olhos quando ele se engasgou de novo não
aguentando seu tamanho, fazendo um barulho tão excitante que foi o
suficiente para ele quase gozar.
Jimin engatinhou até ele com os lábios carnudos e mais vermelhos que o
normal, preso entre os dentes levemente tortinhos.
Sentiu o moreno roçar seu membro duro e melado nas nádegas durinhas,
gemendo baixo e rouco.
—Porra, Jimin! -Jungkook gemeu e o abraçou sabendo que ele estava com
dor, tentando ao máximo ficar parado mesmo sendo muito difícil. —Tão
apertadinho...
—Isso é tão bom Jungkookie... —Jimin apertou seus ombros, subiu e desceu
sentindo o membro grande e pulsante do maior dentro de si.
—Ah... tão gostoso, MEU bebê! —Rosnou lhe segurando com força suas
nádegas macias. —Tão meu!
—Só seu! —Ele lhe disse sem parar de se movimentar o olhando nos olhos
negros.
Jungkook lhe atacou os lábios e ambos se beijaram com Jimin ainda
rebolando em seu colo, causando uma sensação absurda para ambos.
Estocou sem dó, sentindo Jimin abraçar fracamente suas costas, e gemeu
longamente sentindo tudo virar um borrão ao gozar na entrada pequena e
quentinha. Não parando de se movimentar até não se aguentar mais em
seus braços, caindo ao seu lado.
Jimin sorriu ao ser puxado pelo maior que lhe abraçou, os dois
completamente exaustos, entrelaçando as pernas, voltando a se beijar com
mais calma dessa vez.
—Temos muito o que conversar, amor. —Lhe deu um beijo carinhoso nos
lábios quentes. —Mas não agora...
Jungkook lhe atacou os lábios novamente com mais violência que antes, e
Jimin cedeu na mesma hora, se grudando ao maior, com medo que ele
sumisse por entre seus dedos.
—Kookie... eu te amo.
Jimin lhe abraçou com lágrimas nos olhos, se agarrando totalmente a ele.
—Promete para mim que nunca mais vai me dar esse susto. -Sussurrou em
seu ombro. -Promete que nunca mais vai me abandonar.
(…)
Hoseok entrou pela janela do quarto que infelizmente era no segundo
andar, esperava que o maluco não fosse lerdo e conseguisse descer na
porra da janela.
O quarto era pequeno e tinha duas camas, estava escuro porém dava para
ver que não tinha ninguém ali, graças a luz da lua.
Tateou atrás de algum interruptor mas não encontrou nada, aquele lugar
era cheio de freiras, e umas mulheres esquisitas com roupas
brancas, definitivamente o inferno. Pensava.
Já passavam das dez da noite e nada do tal Taehyung dar as caras, estava
pensando seriamente em sumir e deixar o maluco ali, dando alguma
desculpa qualquer para Jimin.
Ele acendeu a luz e suspirou, se dirigiu até uma das camas tirando seus
tênis no caminho. Começou a tirar a camisa mas Hoseok foi mais ligeiro e
disse:
—Eu vim te tirar daqui, a pedido do seu amigo Jimin! —Explicou para o
garoto se acalmar. —Se eu tirar a mão você não vai gritar?
Ele pareceu aliviado e negou com a cabeça. Hoseok tirou a mão de sua
boca, observando com atenção as feições do garoto. Estava totalmente
chocado com a sua beleza.
—Quem é você? —Sussurrou com a voz grave.
—Sou seu salvador, muito prazer. —Disse risonho. —Me chamo Hoseok.
Hoseok ficou meio perdido, em sua mente não se lembrava de algum dia ter
visto alguém mais bonito. Ficou totalmente tonto.
Jimin não conseguia parar de olhar para o moreno, ambos sorriam como
bobos apaixonados.
Jimin engoliu em seco, ficando sem saber o que falar. Ainda mais com
Jungkook lhe encarando tão de perto com os olhos negros captando cada
reação sua.
Pela sua falta de resposta, a mão grande ainda acariciando sua coxa nua
parou abruptamente
—E-Eu estava procurando o anel que você me deu, soube que esse era o
quarto do... meu primo. —Jimin sabia o quanto Jungkook odiava que ele
falasse o nome do primo, então tentou evitar falar sobre o mesmo.
—Jimin. —Seu tom era mais sério, os seus olhos mais penetrantes. Jimin
continuou olhando-o, mas de forma nitidamente assustada, o que só
entregava que ele escondia algo. —Eu perguntei com quem você estava
falando ao telefone.
—Jungkook, para que isso agora? —Murmurou lhe olhando nos olhos. —Está
tudo tão bem, não estraga!
—E vai continuar tudo bem, amor. Mas só se você não me der motivos para
eu desconfiar de nada. —Disse firme sem desviar os olhos do menor que
parecia nervoso, só aumentando mais sua desconfiança. —Com quem você
estava falando?
—E por quê?
Jimin não queria falar agora do amigo Taehyung porque sabia que Jungkook
ia surtar e entender tudo errado, não queria ter aquela discussão agora.
—Eu não quero te enganar, só não quero que você entenda as coisas da
maneira errada.
—O que tem para entender errado? —Perguntou sério, fitando seu rosto
corado. —Responda, Jimin!
—Nada! —Jimin tentou levantar mas foi firmemente puxado para os braços
fortes novamente, sendo segurado ao peito forte, sentindo a respiração
pesada do maior contra seu pescoço. —Me solta, Jungkook!
—Eu só quero que você me responda, só isso. Eu não estou com raiva, mas
fico puto quando você me esconde as coisas. —Disse beijando todo o seu
pescoço, sentindo Jimin estremecer. —E é meio difícil não ficar excitado
com você assim... peladinho nos meus braços.
—Fala para mim agora, por que você estava falando com o Hoseok e por
que ficou tão nervoso para me contar sobre isso. -Disse autoritário, sua mão
segurando os cabelos alaranjados com força, beijando seu maxilar. -
Hm? Por quê?
Jimin era louco por Jungkook, não tinha nenhuma força física nem
psicológica para lutar contra todo esse desejo e amor que sentia por ele.
Jimin ficou bem sem jeito com os olhos negros e fuzilantes olhando para si
com um misto de raiva e indignação.
Começou a vestir as roupas com pressa, sem olhar para o ruivo que ainda
estava sentado no meio da cama tentando entender o que havia
acontecido.
—Vamos embora, Jimin. Já está tarde e ainda tem o lixo do seu primo para
eu lidar amanhã. —Ditou sério colocando os coturnos.
O ruivo sabia que não adiantaria perguntar como ele conhecia Taehyung. E
ele não responderia de qualquer forma, então preferiu evitar mais uma
discussão e se levantou para se vestir também.
Mas mesmo estando com muita raiva, Jungkook não queria isso de forma
alguma.
—Eu não gosto quando faz esse tipo de coisa. —Falou firme quando parou
em um sinal vermelho. Por mais que fosse madrugada, as ruas de Seul
estavam cheias de gente, já que era final de semana.
—Quando resolve falar que já transou com Yoongi na minha cara mesmo
sabendo o quanto eu o odeio, ou quando resolve defendê-lo pra mim! —
Falou com o tom de voz transbordando raiva. —Ou quando resolve fazer
isso de trazer um cara que você já pegou para esfregar na minha cara!
Jimin não estava só chocado, ele estava ultrajado. Aquilo havia sido só uma
vez e não deu muito certo, porque Jimin e Taehyung não se sentiam
atraídos sexualmente, tentaram uma vez mas não passaram de alguns
toques e no fim acabaram dando risada daquilo tudo.
—Você me observava a esse ponto? —Gritou com raiva. —Você não tinha
esse direito!
Sua carranca era bem clara, os braços cruzados e o rosto todo contorcido
de raiva. Ficou o caminho inteiro assim até chegarem ao hotel, passarem
pelo saguão, entrarem no elevador e por fim, abrirem a porta do quarto.
—Não vai falar nada? Vai me ignorar? —Jungkook disse vendo o menor
entrar no quarto e se dirigir até suas roupas. —Jimin, eu só te digo uma
coisa, esse cara que não chegue nem perto de você!
—Só não faça nada de mal a ele, Jungkook. —Disse lhe olhando nos olhos
escuros, cruzando os braços.
—Não ache que eu vou permitir esse garoto se aproximar de você! —Disse
firme para o menor que se aproximou mais, morrendo de raiva.
—Só por cima do meu cadáver! —Sussurrou próximo de sua boca carnuda e
chamativa quase o beijando.
—Ele te chupou, bebê. Desculpa, mas não tem como não odiar ele com
todas as minhas forças!
—O que você queria? Que eu permanecesse celibatário sem saber que você
existia? —Ironizou. —Me poupe!
—Não muda nada amor, mas a minha vontade de matar quem te tocou
permanece forte! —Disse lhe de maneira raivosa abraçando sua cintura
com mais força.
—Não faça nada para ele Jungkook! O Tae é muito legal e me ajudou a
esquecer os problemas, me fazia rir e já me fez desistir de me cortar várias
vezes!
Jimin nem sabia mais o porque de eles estarem discutindo, só conseguia ver
aquele homem extremamente lindo e sexy o segurando de forma tão
possessiva.
—Ah...
—Olha o que você faz comigo, Jimin... —Sussurrou com os olhos negros
vidrados no ruivo, a respiração pesada, parecendo um predador. —Você me
enlouquece, me deixa fora de mim!
—Porra, Jimin!
Subiu em cima dele puxando com rapidez as suas calças, que saíram junto
com a boxer. Jungkook estava quase gozando só com os suspiros do menor,
e quando visualizou sua entradinha pequena e rosada, não pensou duas
vezes ao lamber o local com gosto. Excitado de uma forma que não parecia
que haviam transado algumas horas atrás.
Jungkook socou fundo e forte várias vezes seguidas, vendo deliciado Jimin
gemer e se contorcer apertando os lençóis, se empinando mais para ele.
—Jimin, quem manda aqui, bebê? —Sussurrou em seu ouvido sem parar de
lhe estocar com violência.
—Quem manda nessa bunda deliciosa, Jimin? —Perguntou firme dando lhe
um tapa forte em uma das nádegas.
—V-Você!
—Ele sumiu, não estava na casa. —Disse com a voz bem embargada. —
Acho que ele morreu, Kookie.
Jungkook ouvia tudo aquilo com muito peso na consciência, ele agiu por
impulso ao matar Twan, e agora o seu amor estava sofrendo.
—E agora o corpo dele sumiu, mas não foi nenhum dos membros do Yoongi
ele me garantiu isso.
—Eu o torturei Kookie com várias facas diferentes, do jeito que você me
ensinou. Mas eu não me senti bem com o sofrimento dele. —Sussurrou
trêmulo no pescoço do maior. —Ele matou a minha mãe, mas não matou o
meu pai. Foi o que ele me garantiu.
Jimin começou a chorar em seu pescoço e Jungkook lhe abraçou ainda mais
forte, sofrendo por ver Jimin sofrer tanto.
—E-Eu passei esses últimos dias tão aflito, não sabia se teria você de volta
e se encontraria pelo menos o corpo do papai. —Murmurou entre os
soluços, o rosto encharcado em lágrimas. -Pelo menos agora eu posso
chorar, eu estou me sentindo mais seguro com você aqui, Kookie.
—Eu estou aqui amor, eu te amo, nunca mais vou embora. —Sussurrou
olhando em seus olhos cheios de lágrimas.
—Se não fosse sua existência eu já tinha dado um jeito de morrer logo
Kookie, eu sou fraco.
—Não fale isso Jimin, por favor. —Lhe implorou beijando todo o seu rosto. —
Você não é fraco!
—Você é o único que me restou, eu não tenho mais família. A polícia está
atrás de mim e de você, eles acham que sou seu refém, Kookie. —Fungou
olhando diretamente nos olhos negros. —Meu pai desapareceu e minha
mãe foi encontrada morta, você faz ideia de como o meu pai é importante?
O presidente era amigo dele de infância, o país todo está atrás da gente.
(...)
Namjoon entrou pela porta de sua casa com o coração quase saindo pela
boca, o apartamento elegante estava todo escuro.
E ele sabia que seria difícil lidar com Jin, a pessoa mais honesta e correta
que já conheceu em toda a sua vida de merda.
—Sou eu, querido. —Se ajoelhou ao lado do sofá, levou sua mão até a dele,
mas a mesma foi rapidamente afastada. —Jin?
Os olhos de Jin estava cheios de uma mágoa tão profunda que fora capaz de
atingir a alma de Namjoon.
Namjoon estava sofrendo com cada palavra, mas não tinha o que falar.
—Você é um monstro! Assim como o Jungkook que faz o que quer com o
Jimin! —Disse agora chorando. —E eu não quero ser assim, eu não quero
fazer parte disso. Eu não sou assim!
—Mas...
—Você não é a pessoa que eu achei que fosse, você não é o homem com o
qual eu casei! —Falou com o rosto vermelho cheio de lágrimas. —Por favor
some da minha vida!
—Jin...
—Eu te amo. —Namjoon disse firme, olhando em seus olhos, antes de sair e
fechar a porta atrás de si.
Por mais que ele tivesse perdido tudo, ainda não se sentia completamente
sozinho, porque ainda tinha alguém que o amava naquele mundo, e isso de
alguma forma o deixava bem.
Mas ainda sim sentia dor por tudo o que perdera, e por saber que nada do
que ele fizesse traria sua mãe de volta. E lembrar de todas as vezes em que
a ignorou e fez questão de não dizer o quanto a amava, doía e muito.
Por sorte ele tinha Jungkook, que por mais que fosse muito possessivo e
exageradamente ciumento, sempre estava ali por ele.
Agora que estava com Jungkook, podia finalmente chorar suas dores,
porque sabia que ele cuidaria de tudo. Jimin confiava muito nele, e o
amava.
Por outro lado... Jungkook não sabia mesmo o que fazer. Acabara de
descobrir que cometeu o maior erro de sua vida matando o pai de Jimin.
Ele não fazia ideia de que Jimin reagiria assim, afinal sua própria relação
familiar era um lixo, então não esperava que o ruivo pensasse diferente.
Afinal, ele nunca se deu bem com Park Twan, sempre discutiam, sempre
estavam com a cara virada.
No fundo Jungkook pensou que Jimin não se importaria tanto assim, mas
desde que o menor começou a desabafar sobre sua família, Jungkook notou
o quanto ele os amava, só era orgulhoso demais para admitir. Ainda mais
depois que seu pai se mostrou infiel, e as coisas desandaram na vida deles.
Porém, diferente do que Jungkook vivera, os Park apesar de tudo, se
amavam. Ainda sim existia amor naquela família e ele se sentia culpado por
ter dado aquele maldito tiro.
Por mais que Jimin estivesse sofrendo, estava feliz por estar em seus
braços. Nunca achou que se apaixonaria por alguém antes, quem dirá amar
dessa forma intensa.
O destino o fez amar Jungkook de uma forma tão forte que sabia que faria
qualquer coisa por ele.
—Por que a vida tem que ser tão cruel comigo, Kookie? —Murmurou
trêmulo, sua voz embargando novamente. —Quer dizer… tirar minha mãe e
meu pai no mesmo dia? E ainda ser estuprado para completar o pacote! Se
eu te perdesse também… acho que morreria!
—Ei… não fala isso, Jimin. —Jungkook segurou seu queixo para encostar as
testas, o abraçou fortemente. —Eu juro por deus que nada mais vai te
machucar, é uma promessa minha, amor!
Sua garganta apertou fortemente. Ele não podia controlar a vontade forte
de voltar a chorar de alívio, porque ele tinha Jungkook.
Jimin se sentiu sozinho a vida inteira, mesmo tendo toda a sua família,
então ter o sentimento forte de ter alguém que o amava e compreendia era
realmente gratificante. Ele sentiu as lágrimas quentes lhe encharcando a
face novamente, de forma incontrolável.
Sentiu os lábios quentes e firmes do moreno beijando seus lábios com uma
delicadeza que lhe tirou o fôlego.
Jungkook beijou seu nariz vermelhinho e o abraçou com mais força ainda,
querendo tirar esse sofrimento dele de alguma forma.
—Amanhã você fala com ele, desculpa o meu descontrole. Você é tão bom
pra mim, amor. Agora durma, você está exausto.
Jungkook secou suas lágrimas com as mãos, beijou suas bochechas, seu
nariz pequenino, sua testa, seu queixo e por fim, seus lábios secos e
quentes.
(...)
Taehyung estava morrendo de rir com Hoseok, desde que ele o tirou da
clínica até o caminho para aquele hotel. O garoto não parava um segundo
de falar, e Taehyung já dera boas risadas nesse curto período de tempo,
com a vida infernal que levava aquilo era um verdadeiro milagre.
Taehyung ria da forma do outro falar, não se aguentava, ele era muito
divertido.
—Eu percebi Hoseok, não precisa ficar repetindo. —Falou com um sorriso
nos lábios.
—Como você sabe isso? —Perguntou curioso. —Já transou com esse tal
Jungkook?
Hoseok se sentou na cama para o olhar para ele, fazendo uma careta de
nojo bem cômica.
—Eu sei disso porque assim como o meu irmão… eu também sou bem-
dotado. —Disse sorrindo, lhe dando uma piscada. —É um lance de família
sabe.
—Provavelmente.
Hoseok não conseguia desviar os olhos do outro, ele era realmente muito
atraente.
—Não sei qual é o plano do Jimin, mas eu te garanto que confiar nele vale a
pena. —Disse Hoseok olhando o corpo deitado do garoto de cabelos
vermelhos.
—Eu confio, e muito. —Taehyung se sentou na ponta da cama junto a
Hoseok. —O Jimin sempre foi mais inteligente do que a maioria das pessoas.
—É, ele me surpreendeu esses últimos dias. —Disse sem nunca desviar os
olhos sorridentes do ruivo. —O Jungkook tem sorte.
—Só não entendi uma coisa. —Taehyung disse baixinho. —Você disse que o
Jimin fugiu de casa, e se envolveu com esse Jungkook, mas...
—Você tem que conversar com o Jimin, ele vai explicar tudo. —Suspirou. —
Digamos que agora o seu amigo está aqui de boa vontade.
—Jimin e Jungkook são mais que namorados, são quase uma pessoa só. —
Disse lhe sincero. —Nunca vi nada igual!
Taehyung estava incrédulo, mas não conseguia deixar de rir. Park Jimin, o
único amigo que ele conseguiu fazer naquela clínica estava namorando um
sequestrador? Nem em um milhão de anos imaginaria Jimin namorando
alguém, ele era absurdamente frio em relação a relacionamentos, nunca se
apegava, nunca se apaixonava.
O fato era que Jimin realmente não gostava de socializar, então se afastava.
Ele sempre foi antissocial, mas quando pisavam no seu calo ele não tinha
medo nenhum de enfrentar quem quer que fosse.
Taehyung sempre teve uma imagem negativa onde quer que ele fosse, mas
Jimin sempre enxergou além dos boatos sempre negativos. Foi isso o que
fez se tornarem amigos inseparáveis naquele lugar que ambos
consideravam maldito.
Taehyung sempre foi considerado tudo, menos um garoto normal. Seu “pai”
sempre disse que ele nunca seria um homem.
Mas com o passar dos anos o ruivo usava de sua fama nojenta para
conseguir as coisas que queria, por mais que odiasse cada segundo de tudo
o que tinha que fazer nos homens mais velhos. Ele também já usufruiu
muito de sua fama e experiência sexual para seu próprio prazer, como
queria fazer agora, com Hoseok.
Taehyung podia ser filho de uma família rica e tradicional, mas isso nunca
fez ninguém amá-lo. Ele era alguém quebrado, mas poucas pessoas
pareciam se importar com isso.
—Vamos dormir? —A voz de Hoseok saiu baixa, ele ainda o encarava com
os olhos alegres, ainda que seu rosto estivesse sério. —Pode ficar com a
cama, eu durmo nesse sofá.
—Você pode dormir na cama também. —Droga! Ele pensava. Porque tinha
que ser tão impulsivo, droga! —Não vou te atacar enquanto dorme.
—Ok, mas não vou me importar se atacar. —Piscou para ele, sem tirar o
sorriso espetacular dos lábios.
Ele se sentia como a vadia que todos falavam, se sentiu mal. Mas estava
muito atraído por aquele garoto que mal conhecia, ele o queria muito, muito
mesmo. Mesmo que fosse se arrepender quando ele o olhasse e visse o
quão sujo Taehyung podia ser.
(…)
No dia seguinte Jimin foi até o quarto de Hoseok para saber de Taehyung.
Ele havia esperado Jungkook sair, já que ele tinha ido matar Yoongi. Jimin
não queria mais estar presente, aquela fase de sua vida tinha passado, o
que quer que acontecesse com o primo ele mesmo havia plantado.
Além do mais, queria ter um momento com o seu único amigo, e sabia que
o moreno poderia estragar tudo com seu ciúme exagerado.
Jimin tinha a chave do quarto dele, como também tinha chave extra do
quarto de todos os homens que trabalhavam para Jungkook.
Jimin lhe deu um tapa estalado no seu rosto, deixando uma marca bem
vermelha de todos os seus dedos em sua face.
Hoseok ficou paralisado por um momento, depois virou os olhos para ele
com raiva.
—Por quê fez isso, Jimin? —Perguntou Hoseok com a própria mão no rosto,
totalmente em choque.
—Eu fiz isso para não te dar um soco, Hoseok! Ou pegar uma das melhores
facas do seu irmão e te castrar aqui mesmo! —Gritou com raiva, depois
apontou para Taehyung. —Como você pôde fazer isso? Eu confiei em você!
Era para cuidar dele e não fazer isso!
Hoseok olhava para Jimin sem entender nada, tudo isso era porque havia
transado com Taehyung? Havia sido uma das melhores noites de sua vida,
Tae era incrível na cama e foi totalmente consensual de ambas as partes.
—Mas eu cuidei dele, ele está aqui bem e livre daquele lugar!
—Bem? —Jimin foi para o lado do amigo, cobrindo seu corpo nu com a
coberta. Ele nem se mexia. —Você chama isso de estar bem? Ele te pagou
com sexo e você deu heroína para ele né? Mas que merda Hoseok!
—Claro que não! Nós só transamos, só isso! —Gritou, indignado. —Eu nem
assassino sou, quem dirá traficante!
Ele parecia muito sincero, então Jimin se sentiu bem culpado pelo jeito que
falara com ele e pelo tapa.
—Ai você têm que perguntar pra ele! —Disse irritado, se levantando da
cama e colocando suas calças com pressa. —Jungkook não vai gostar de
saber que você me viu pelado.
Taehyung era o único amigo que já teve em sua vida, Yoongi não contava. E
por mais que Jimin tivesse problemas em sua vida, não se comparava a
tudo o que Taehyung já viveu. Bem... agora eles podiam empatar
facilmente para ver quem tinha a vida mais fodida.
Mas apesar de ser filho de família muito rica, Tae sempre foi pobre de amor
e carinho, assim como Jimin, por isso ambos se apoiavam tanto, e ele se
importava muito com ele.
Quando isso acontecia era terrível. Ele precisava virar Taehyung de lado
para que o mesmo não se engasgasse com o próprio vômito e foi isso o
que fez. Deixou que vomitasse e limpou o que pôde com a coberta, logo ele
voltou a dormir pesadamente.
—Você não deu essa merda para ele mesmo? —Jimin perguntou, ainda
limpando com a própria coberta a boca do amigo.
Jimin olhou para o rosto pálido em seu colo e fez carinho nos cabelos
vermelhos.
—Eu nunca fui um amigo bom o suficiente, porque eu sou tão fodido pela
vida quanto ele. —Ergueu os olhos marejados para Hoseok. —Eu tenho
consciência que nunca vou dar o amor necessário que ele precisa, então por
favor, antes de entrar na vida de alguém assim… pensa se você vai ter
forças para não ir embora.
Jimin não sabia o que iria fazer, mas hoje a noite voltariam para Busan e
algumas coisas mudariam drasticamente.
(…)
Além de que não tomava banho desde que foi pego no mesmo dia que
havia estuprado Jimin.
Jeon tinha um pé de cabra enferrujado jogado no meio da sala do
esconderijo, pegou o mesmo e abriu a porta.
—Não acredito que você ainda tem coragem de chamar ele assim.
—Ah, é só você Jeon. Achei que eu transaria hoje. —Disse com a voz
debochada. —Estou com saudades daquela bunda.
Jungkook foi até ele no mesmo momento e segurou seus cabelos com força.
Yoongi sorriu, seu rosto inchado chegava a brilhar, seus cabelos estavam
pegajosos. Sua boa aparência se fora, só restava o ser humano podre.
Ele não tinha um pingo de medo de Jungkook, nunca teria. E não pretendia
se rebaixar a ele mesmo que estivesse no último resquício de vida.
—Eu realmente estou cagando e andando para você, Jeon! Eu não vou me
humilhar, no fim das contas eu ganhei, não preciso disso.
—O que você ganhou? —Perguntou. —Você tá aqui todo fodido. Acho até o
Jimin foi bonzinho com você… só arrancou suas unhas. Porque você sabe
que eu vou fazer coisa muito pior, não sabe?
Yoongi riu, não se deixando intimidar.
—Eu ganhei o Jimin. Eu sempre estive a sua frente, eu o tive muito antes de
você Jeon! —Provocou, se divertindo ao ver a expressão antes tediosa de
Jungkook agora se transformar em pura ira. —Deve ser difícil pra você...
possessivo do jeito que é. Saber que eu tirei a virgindade do Jimin e ainda
por cima o tive de volta, mesmo depois de você, pena que eu não pude
gozar, você chegou antes...
Jungkook lhe deu um soco tão forte, que arrancou dois dentes. Foi tão
violento que quase quebrou o osso de sua mão na boca de Yoongi.
Mesmo com a boca sangrando, Yoongi não tirou o sorriso dos lábios, porque
sabia que aquilo deixava Jungkook louco de ódio.
—Eu meti tão gostoso nele... sabe Jeon, não existe nada mais prazeroso do
que estar dentro do Jimin. —Provocou rindo. —E só eu e você sabemos
disso, não é mesmo?
Jungkook estava vermelho de ódio, seu corpo todo tremia, ele queria a
morte dele. Mas seria do seu jeito.
Yoongi riu ainda mais com a ira do outro. Ele já sabia que morreria, não
tinha mais o que fazer, porém jogar isso na cara dele lhe dava um prazer
quase sexual.
—Eu sei que eu vou morrer Jeon, e eu não estou ligando para isso. Eu estou
tranquilo.
Yoongi já presenciara muita coisa estranha em toda a sua vida, afinal
estava no mundo do crime desde que se conhecia por gente. Mas nada foi
mais bizarro do que Jeon Jungkook rindo de forma histérica.
Jungkook abriu sua mala de facas que sempre trazia dentro do carro, e
observou todos os tamanhos e cores diferentes, formatos estranhos.
Algumas eram feitas especialmente para ele, então o Jeon começou seu
trabalho, ele amava fazer aquilo, e prometeu que Yoongi seria sua vítima
que ficaria mais defeituosa,
Sempre odiou o fato do Min ser bonito, então essa seria uma das primeiras
coisas que tiraria dele.
—Você não vai morrer hoje, você não vai morrer por um longo tempo Min
Yoongi. —Sua voz estava assustadoramente tranquila e seu rosto sem
expressão. —Você pediu por isso.
CAPÍTULO 25 – Questionamentos
No primeiro dia Jungkook fizera um corte fundo no seu pescoço e o deixou
de cabeça para baixo, pendurado em uma corrente que o mais alto havia
instalado ali. Yoongi sentiu ao longo de minutos, o sangue escorrer pelo
pequeno ferimento, quase o matando aos poucos de forma lenta e dolorosa.
Mas quando ele estava sentindo tudo embaçar e a morte chegando, foi
tirado daquela posição. Somente para ter cada um de seus dedos da sua
mão esquerda, arrancados de forma tão dolorida que o mesmo chegou a
desmaiar várias vezes.
Ele gritava, enquanto sentia a lâmina afiada cortando tanto sua pele quanto
seus ossos com muita precisão. Era uma dor tão indescritível que jamais
havia imaginado sentir algum dia, mas tudo piorava quando Jungkook
puxava os dedos para desgrudarem de sua mão depois de cortá-los
lentamente.
O dia por fim estava escurecendo, e Jungkook havia prometido para o seu
amor que iriam voltar para Busan. Jimin não queria mais continuar em Seul.
Yoongi queria responder com alguma provocação, queria lhe dizer que Jimin
era dele, mesmo sabendo que nunca havia sido a verdade. Sempre foi
apaixonado pelo primo, sempre se sentiu atraído, desde pequeno, era algo
que sempre tivera certeza que daria certo, que ele sempre teria Jimin. Mas
a vida não quis que fosse assim, Jimin não o amava e nunca o perdoaria
pelas coisas que fez.
Além de estar com uma dor terrível, ainda estava com a descrença total de
que sairia dali vivo.
Pelo que Jimin dissera, ele perdeu praticamente tudo, seus aliados, seus
parceiros, boa parte de seu dinheiro que havia sido saqueado pelos homens
de Jungkook. Ou seja, tudo que Yoongi queria mesmo era a morte rápida,
provocar o Jeon não havia sido uma boa ideia e agora ele se arrependia
amargamente.
—Um médico da minha confiança vai vir aqui cuidar dos seus ferimentos. —
Jungkook riu do olhar surpreso do outro. —Ele só vai fazer isso para que
você dure mais tempo vivo, seu lixo humano! Mas você não terá nenhum
remédio para dor. Eu sei que sua noite vai ser bem difícil… a minha eu vou
passar muito bem.
Entrou em seu carro e saiu daquele fim de mundo. A estrada ali era deserta,
ninguém conhecia aquele lugar, por isso era um esconderijo perfeito.
Quando por fim pegou a estrada, começou a se preocupar com o que faria
para sumir com Kim Taehyung, ele não o queria perto de Jimin, porém não o
mataria. Já havia cometido esse erro ao matar Park Twan e definitivamente
não cometeria o mesmo erro de novo.
Todo seu autocontrole era por Jimin, porque se não fosse por ele, já teria
matado Taehyung a muito tempo, desde que o vira pagando um boquete no
seu amor.
Estava seguindo Jimin já faziam seis meses, ouvindo conversas por celular,
tirando diversas fotos dele, só pensava nele, já estava ficando louco de
paixão.
Só não havia matado seu primo naquela época porque tinha descoberto
tudo sobre ele, e seria mais difícil. Então se torturava todos os dias
observando a pessoa que ele considerava sua, ser tocada por outros caras.
Era um autocontrole que não teria hoje em dia, aquilo era dolorido de mais,
e sempre lhe deixava com uma raiva desumana, que descontava em outras
pessoas.
Era para Taehyung ir também, pelo menos Jimin e Hoseok achavam que ele
ia, mas Jungkook não permitiria que isso acontecesse de forma nenhuma, e
ele sabia muito bem como dobrar o seu baixinho. Eles discutiriam e como
sempre acabariam na cama, e no fim ele lhe obedecia sem nem ao menos
se tocar disso.
Sempre era excitante discutir com Jimin e domá-lo na cama, ele ficava uma
delícia quando estava nervosinho.
Bateu na porta diversas vezes, sabendo que Hoseok não estava ali, já que
havia o designado para uma missão. O Kim estava sozinho, e agora teria
que lidar com Jungkook.
O garoto de cabelos vermelhos até tentou fechar a porta na sua cara, mas o
outro era mais rápido e mais forte. Entrou lhe empurrando, quase o
derrubando no chão.
—Eu sou Jeon Jungkook. E você é Kim Taehyung. Herdeiro e filho mais novo
de Kim Dong. Você tem dois irmãos mais velhos e uma irmã mais velha,
todos têm vidas acadêmicas incríveis, são bem sucedidos e casados. —Jeon
parou em sua frente, olhando nos olhos assustados de Taehyung. —Eu
conheço cada mínimo detalhe da sua vida. Sei que é viciado em heroína, sei
que foi abusado sexualmente pelo homem que você chama de pai, mas na
verdade é seu padrasto. Sei que você vendeu a si mesmo em troca de
drogas, e transou com metade dos seus professores e médicos, entre outras
coisas.
—O que eu quero dizer é que você vai manter distância do Jimin, se não eu
acabo com a sua vida! —Ameaçou. —Você não faz ideia do quanto eu estou
me controlando para não quebrar todos os seus ossos aqui mesmo!
Seu tom era tão frio e sério que foi mais do que o suficiente para
amedrontar o garoto. Ainda mais com os dedos fortes ferindo seu braço, e o
olhar penetrante e irado que o moreno lançava para si.
—Fica longe do Jimin! Não toque nele, não abrace ele, se quer olhe para ele!
Eu quero que você suma! —Sussurrou ameaçadoramente. —Eu te dou
quanto dinheiro você quiser, mas você vai sumir e nunca mais vai aparecer
por aqui. Estou sendo claro?
Jungkook sentiu o sangue gelar, só conseguia sentir que foi sorte que havia
pego a chave do quarto do Hoseok, se não o pequeno teria entrado sem
nem mesmo bater ao ouvir sua voz.
Abriu a porta para pequeno que não parava de bater em nenhum momento,
se deparando com a imagem de um Park Jimin absurdamente lindo, mas
com uma carranca raivosa. Seus olhos estavam semicerrados e
desconfiados, seus braços cruzados.
—Não vem com “Oi amor” Jeon! —Jimin passou por ele, entrando no quarto,
se deparando com o amigo que parecia prestes a chorar a qualquer
momento segurando o próprio pescoço. Se tinha alguém que ele conhecia
quando estava com medo, esse alguém era Taehyung. Voltou os olhos
questionadores e irados para Jungkook. —O que está acontecendo aqui?
Jungkook sorriu de lado, tranquilo. Levando uma das mãos até os cabelos
do menor, colocando uma mecha atrás de sua orelha enquanto fitava seu
rosto nervoso.
—Primeiro de tudo o que você está fazendo nesse quarto, Jimin? Nós já não
conversamos sobre isso ontem? —Perguntou enciumando.
—Nós já conversamos e eu te disse que viria aqui sim, ele é meu amigo! —
Disparou morrendo de raiva, voltou os olhos para o amigo indo até ele. —
Tae o que ele fez com você?
Quando ambos iam se abraçar, Jungkook puxou o menor pelo braço com
tudo, chocando seu corpo ao dele.
Taehyung olhava tudo aquilo sem saber o que fazer, não sabia se o outro
era capaz de machucar Jimin, mas não parecia que era. Segundo Hoseok, os
dois tinham uma relação um tanto esquisita, então achou melhor não se
meter, só faria algo a respeito se soubesse que o amigo estava em perigo
ou se estivesse sendo machucado.
Observou a cena do moreno alto levando seu amigo baixinho dali como se
ele não pesasse menos do que uma pena, passando pela porta a deixando
aberta. Os gritos raivosos de Jimin sendo ouvidos pelo corredor.
—Meu Deus, nunca vi esses dois brigando! —Hoseok disse rindo e fechando
a porta.
Taehyung ainda estava em choque com tudo o que havia acontecido, então
não conseguiu sorrir de volta para o outro.
—N-Não é nada...
—Eu nunca mexi em nada dele, seu irmão é louco! —Disse assustado.
—Você era amigo do Jimin, na cabeça dele isso é uma ameaça, ele é muito
possessivo. —Disse meio cansado. —Tae, se ele fizer isso de novo me fale,
Ok?
—M-Mas isso é ridículo, eu e o Jimin não temos nada! Somos amigos, não
tem nada a ver! —Dizia indignado.
—Não vá! —Pediu, queria muito dizer que o protegeria mas sabia que não
podia contra Jungkook, mas não podia ir contra o irmão agora que ele
confiava tanto em si, afinal eram sangue do mesmo sangue e mal conhecia
Taehyung. —Fica, por favor.
—Por que você quer que eu fique? —Sussurrou lhe olhando, os batimentos
aumentando.
Hoseok queria dizer que estava tendo sentimentos por Taehyung, mas era
orgulhoso demais para confessar isso a uma pessoa que só conhecia a dois
dias. Então ficou em silêncio antes de lhe responder.
(...)
Jungkook bateu forte a porta do quarto, estava difícil não derrubar Jimin de
tanto que ele se debatia e arranhava suas costas.
Jungkook subiu em cima dele com uma rapidez invejável, segurou suas
mãozinhas a cima da cabeça.
O ruivo nunca esteve tão irritado com Jungkook, nem mesmo quando soube
de Georgiana. Porque Taehyung era seu amigo, e ele já sofrera de mais
nessa vida, iria protegê-lo até a morte.
Jimin usou toda a sua força para sair do aperto, mas as mãos do outro
parecias ferro de tão fortes, tentou lhe dar algum tipo de golpe, mas nada
dava certo.
Jimin estava incrédulo e pela primeira vez odiou esse lado irritantemente
frio do outro.
—Cala essa boca, Jeon! Eu estou com ódio de você! —Disse lhe olhando
firme nos olhos. —Eu sei que você ameaçou o Taehyung, e você tiver
machucado ele de alguma forma eu não do que eu sou capaz! Eu nunca
mais olho na sua cara!
Jungkook ponderou suas palavras, saber que Jimin estava com ódio doeu.
Ele sabia que tinha exagerado com Taehyung, o garoto mais parecia um
grilo de tão magrinho, e Hoseok estava interessado nele pelo jeito. Não
tinha como ele ser uma ameaça, nem para o seu relacionamento nem para
Jimin, só sentiu raiva.
—Desculpa! —Disse lhe olhando nos olhos. —Por favor, amor. Me desculpa!
—Na verdade estou pedindo por você, mas se ele é realmente importante
pra você… eu me desculpo com ele pessoalmente.
—Eu... ué não era isso o que você queria? —Perguntou mordendo seu
queixo. Encostou suas testas, embriagado com o cheiro do seu ruivinho. —
Se for pra você não fica bravo comigo eu posso pedir desculpas, eu faço
qualquer coisa bebê.
Jungkook assentiu beijando seus lábios que agora não lhe foram negados.
Jimin havia baixado a guarda e já se entregava ao moreno novamente, que
se aproveitou passando suas mãos por todo o seu corpo com desejo.
Ele queria sua identidade, não queria ser só alguém que pertencia a outra
pessoa. Estava começando a questionar se aceitar ficar com Jungkook de
livre e espontânea vontade tinha sido uma boa escolha.
Seu coração dizia que sim, seu corpo também, mas em sua cabeça ele tinha
certeza que algo estava errado.
CAPÍTULO 26 – A Fuga
—O que está acontecendo com você, amor? —Jungkook perguntou confuso.
—Eu sei cometi muitos erros, mas...
Os olhos de Jungkook estavam sobre Jimin, se tinha algo que o maior tinha
certeza, eram seus os sentimentos pelo ruivinho, mas sua possessão era
algo que ele não conseguia controlar.
Jungkook não era do tipo que ficava triste por outra pessoa, sempre havia
sido uma pedra de gelo, mas desde que Jimin entrou em sua vida, se tornou
alguém mais emotivo, irracional e impulsivo.
—Mas Jimin, no caso daquele seu amigo não tem como não ficar com
ciúmes, ele te chupou!
Jimin parou em sua frente, olhando para cima, diretamente em seus olhos
negros.
Jungkook ficou sem fala, porque ele sabia muito bem que estava errado.
—Eu te perdoei por você ter transado com a Georgiana, e nunca joguei isso
na sua cara. Você foi manipulado? Foi. Mas você transou com ela! E eu te
aceitei de volta sem nenhuma objeção. —Falou com a voz embargada. —Foi
muito difícil saber que você trepou com ela, mas eu estou com você. Isso se
chama confiança, Jungkook!
—Jimin…
—Eu te perdoei por você ter me prendido em um quarto, porque por mais
errada que a nossa relação seja, eu me apaixonei por você Jungkook. Eu
quis fazer parte do seu mundo, eu quis ser como você! —Disse lhe com
lágrimas descendo levemente por seu rosto. —E eu matei pessoas por você.
Jungkook não sabia o que fazer, nem o que falar. Estava se sentindo a pior
pessoa do mundo, na verdade, ele sempre se sentiu a pior pessoa do
mundo, mas agora era muito pior. Porque agora ele realmente se importava
com alguém, e saber que tinha magoado Jimin era como um soco no
estômago.
—Eu neguei voltar para casa com o meu pai, quase não fui ver minha mãe,
e eu tenho certeza absoluta que eles estão mortos por minha causa! —
Falou soluçando, deixando as lágrimas caírem em abundância. —Mas eu
estou aqui com você não estou? Porque eu te amo, droga!
Jungkook não aguentou mais e o abraçou com toda a sua força. O ruivo
tentou se afastar dele, porque por mais que quisesse o abraço quente e
caloroso, estava triste e com raiva.
—Shhh... eu também te amo bebê, e nada disso é culpa sua. —Ele lhe
sussurrou no ouvido.
Queria muito não ser tão apaixonado por Jungkook, não conseguia deixar de
amá-lo, mas precisava pensar em tudo o que se passou consigo até agora.
Sua cabeça estava confusa, e a volta de Taehyung na sua vida o fez
perceber que tinha que ajudá-lo. Mas Jungkook jamais permitiria, o que era
realmente triste e sem sentido.
O amava de mais, não conseguia controlar seus sentimentos, sabia que era
perturbado, não gostava de ser assim, porém era sua personalidade e não
conseguia mudar.
Jimin se assustou com o tanto que o moreno tremia e o apertava. Sabia que
era o melhor para ambos se afastarem pelo menos um tempo, também
sabia que ele não reagiria bem a isso, mas tinha que fazer. Era necessário
um tempo para pensar em sua vida, sem ter Jungkook para influenciar em
suas escolhas.
—Por favor, eu não quero te obrigar a ficar comigo. Essa é a última coisa
que eu quero fazer, meu amor! —Sussurrou segurando seu rosto com as
duas mãos. —Eu faço qualquer coisa, só não me deixa!
Jimin olhou em seus olhos que estavam ainda mais escuros e levemente
mais dilatados, um pouco mais úmidos que o normal, Jungkook estava
quase chorando?
Notar todo o seu desespero fez com que toda a estrutura do ruivo ruísse.
Abraçou-o fortemente, sentindo o quanto ele estava trêmulo.
Jungkook segurava Jimin com tamanha força que o ruivo quase perdia o ar,
seu coração batia forte dentro do peito.
Jimin percebeu boquiaberto que teria que usar de outra tática que não
queria ter que usar, mentir e fugir.
—Tudo bem Kookie… esquece o que eu disse, não vamos dar um tempo. —
Disse, vendo um sorriso aliviado tomar conta do rosto bonito do moreno.
Talvez o fato de serem tão errados um para o outro só tornava tudo ainda
mais certo em seus corações perdidos e em suas mentes perturbadas.
Jimin não conseguiu evitar algumas lágrimas, porque não sabia o que viria a
seguir, mas sabia o que tinha que fazer. Ele amava Jungkook, isso era óbvio,
nunca deixaria de amar, não era possível sentir o que ele sentia agora com
outra pessoa e não conseguia mais se imaginar nos braços de outro
homem.
O pequeno seria seu para sempre, mas precisava sair de sua aba por um
tempo, e pensar com a própria cabeça, só tinha medo da sua reação que
não seria nenhum pouco controlada.
E o estupro foi mais uma forma de perder algo, sua dignidade e o fim da
sua identidade. Ele só se fazia de forte, mas por dentro estava destruído, e
não gostava de ser essa pessoa, não queria ser fraco.
Quando o moreno estava quase dormindo abraçado a si, Jimin colocou seu
plano em prática. Tinha um calmante e colocou na água dele.
Jungkook sempre dormia com uma garrafa de água ao lado da cama, dessa
vez não foi diferente, e como sempre ele tomou toda a água.
Jimin seria era dono da própria vida, e Jungkook não tinha o direto de o
prender ali.
—Desculpa Kookie, mas não teria outro jeito de sair daqui. Você tem que
me entender, por favor me entenda!
O moreno sentiu sua cabeça rodar, e sabia o que viria a seguir, ele dormiria
por um dia inteiro, e isso o desesperou. Não tinha forças para segurar Jimin
ali, e como agora todos os seus homens confiavam no ruivo, ele sairia sem
problemas do hotel.
—Jimin, não faz isso! —Ele murmurava, vendo tudo embaçado, tentando
com todas as forças se manter acordado. —Por favor... eu te imploro… não
me deixa!
Jungkook estava quase dormindo, mas parecia usar de todas as forças que
ainda tinha para manter os olhos minimamente abertos.
Jimin sentiu o coração apertar, mesmo sabendo que estava fazendo a coisa
certa, se aproximou dele e lhe selou os lábios delicadamente.
—Eu não estou te deixando, coloca isso na sua cabeça. Eu te amo Jungkook!
Jimin correu desesperadamente pelo quarto, arrumando tudo para sair dali,
antes que desistisse.
(…)
Estava a dias em Busan, organizando tudo para a volta de Jeon, e logo tudo
voltaria ao normal na “Empresa de Tecidos”, com o esquema de lavagem
de dinheiro e assassinatos. Porém algo estava errado nos arquivos da noite
em que ele sequestrara Jungkook para salvar Jin.
Ele foi pesquisar sobre isso a pedido de Park Jimin, e como devia a vida do
seu amado ao ruivinho, não custava fazer um simples favor. Porém, não
encontrava nada.
Ou seja, quem quer que tenha sido o assassino de Park Twan, seria
perseguido pela polícia incansavelmente. Mas o que realmente estava
deixando Namjoon genuinamente preocupado, era como Jimin reagiria a
essa revelação.
—Jimin já sabe que foi ele? —Namjoon perguntou exausto, passando a mão
no rosto em claro desespero.
—Ele não faz ideia, e não pode saber disso nunca. —Disse baixinho, com
medo que o garoto de cabelos vermelhos escutasse algo. —Jungkook deixou
bem claro, é proibido falar sobre Park Twan.
—O Jungkook pediu que dessem um enterro decente para ele, por respeito.
Mas sinceramente acho que só jogaram o corpo em alguma vala mesmo,
isso você vai ter que investigar.
—Me diz agora, o que eu faço? O Jimin me pediu para descobrir isso, como
eu vou olhar na cara dele e defender o Jungkook?
—Ah, aí é com você Namjoon, eu não tenho nada a ver com isso. Só fiquei
sabendo de tudo muito depois, conversando com os caras, o Jungkook não é
muito acessível e você sabe disso.
Como seu amigo reagiria ao saber que seu pai havia sido morto pelo
Jungkook? Ele contava ou não? Sinceramente estava achando melhor fugir e
deixar tudo para trás, mas isso também não seria uma traição com seu
melhor amigo?
Fingir dormir era uma das melhores habilidades de Taehyung, quando era
abusado por seu padrasto, sempre fingia dormir, com esperança que ele
desistisse. E raramente ele desistia.
A luz foi acesa e Jimin adentrou o quarto com tudo, era estranho ele estar
ali essas horas da madrugada, ofegando e com os olhos arregalados.
Hoseok não acreditou em uma palavra, mas não podia questionar Jimin,
então só concordou desconfiadamente com a cabeça.
(...)
Taehyung olhava preocupado para o amigo, Jimin não era sensível assim.
Segurou suas mãos como que para passar apoio.
—Eu não sou diferente. —Disse se lembrando de tudo o que já havia feito
por Jungkook e por si mesmo.
—Só me segue.
Jimin pagou o taxista e desceu do carro, sendo seguido por Taehyung, que
não estava entendendo nada do que estava acontecendo. Pegaram a mala
e foram andando pelo beco escuro, sendo encharcados pela chuva
abundante.
Jimin deu as instruções para o motorista e se virou para falar com o amigo.
—Nós vamos trocar de carro mais duas vezes, é necessário para que não
sejamos rastreados com facilidade, entende? —Disse. —A primeira coisa
que Jungkook vai fazer é rastrear aquele taxista.
—Chim, eu ouvi uma conversa do Hoseok com um cara no telefone hoje e...
—A maioria da conversa eu não entendi muito bem, mas eles falaram algo
que acho necessário você saber. —Falou cauteloso.
—O quê? —O menor perguntou curioso.
—Seu pai…
Taehyung estava tão aflito quanto, era horrível ter que dar essa notícia.
—A conversa foi para outro rumo, mas só sei que afirmaram que quem
matou seu pai…. foi o Jungkook.
Tudo dentro daquele carro congelou, Jimin estava paralisado, olhando para
o nada, como que digerindo a informação.
Estava com raiva… não raiva não, ódio. Muito mais do que ele já sentiu por
alguém em toda a sua vida.
CAPÍTULO 27 - Afastamento
Jungkook acordou com dificuldade, a luz forte adentrando as cortinas do
quarto iam diretamente para o seu rosto.
Abriu um pouco os olhos com cuidado, e olhou para o seu lado atrás de
Jimin como fazia todas as manhãs. Mas por incrível que pareça o baixinho
não estava agarrado a ele, o que era estranho já que ele sempre dormia
grudado em si como um coala.
Franzindo o cenho, ele olhou para a porta do banheiro, que estava aberta e
não parecia ter ninguém lá dentro.
Tudo rodava, não se lembrava de ter bebido na noite anterior, então por
que estava com tanta dificuldade em levantar? Pensou por alguns segundos
sobre que havia acontecido, se lembrando vagamente de Jimin falando que
ia embora.
Eles tinham discutido, mas tudo tinha dado certo depois, não é? Não. Ele se
lembrou que o ruivo colocara algo em sua bebida para poder fugir, então
tudo ficou claro em sua mente.
Tinha esperanças de que tudo havia sido apenas um pesadelo, mas ao abrir
o guarda-roupas e constatar que praticamente todas as coisas de Jimin não
estavam mais ali, ele teve certeza que tinha sido bem real e que o seu amor
lhe deixara.
Porém a dor que estava sentindo por dentro era tanta que sua mão estava
indolor.
Cego de raiva e desespero foi até o lado de sua cama atrás de seu celular.
Havia mais de noventa chamadas perdidas, quase todas de Namjoon e dos
homens que trabalhavam para eles.
Jungkook tremia tanto que mal conseguia segurar o celular direito, estava
completamente indignado. Não sabia nem por onde começar a procurar
Jimin, estava transtornado demais para pensar sobre isso.
Jungkook andava de um lado para o outro sem saber o que fazer, seu
coração estava tomado de tristeza e desespero.
—Me diz por favor que o você sabe do Jimin e que ele está bem!
—Nada pode ser pior do que perder ele, Namjoon! —Disse arrasado. —Ele
me deixou, e eu ainda não estou acreditando nisso!
—Como assim? —Seu coração iria sair do peito de tanto que batia. —Por
que ele faria isso?
Tudo isso era por causa daquele amigo? Bem, então esse Taehyung seria
morto, foi o próprio Jimin que pediu por isso.
—Com certeza descobriu que você matou o pai dele, eu não tenho dúvidas.
Estava com raiva de si mesmo por ter sido impulsivo e matado o Twan, e
com raiva de Jimin por não deixar ele explicar nada e sumir.
—Eu não acredito que ele fez isso! —Disse tremendo de raiva. —Ele está
fodido na minha mão, Namjoon! Ele simplesmente não podia ter feito isso!
—Eu dormi a porra da tarde toda! O Jimin me deu calmantes ontem, se não
ele jamais teria fugido daqui. Eu fui burro de confiar tanto nele!
Irado, Jungkook chutou uma cadeira para longe, sentindo o peito subindo e
descendo com violência. O coração disparado, com a sensação de perda
inundando todo o seu ser e nada o desesperava mais do que aquela
sensação.
—Ele ainda não me viu com raiva Namjoon, ele não sabe no que foi mexer!
—O que?
—Ele mandou colocar fogo na sua casa de Busan. A casa que vocês
ficavam, e bom… tudo virou poeira.
—O Hoseok está o dia inteiro tentando falar com você, ele achou que você
não estava no seu quarto do hotel porque bateu várias vezes e ninguém
atendia. Ele disse que o Jimin apareceu de madrugada no quarto dele,
pegou o amigo e sumiu, desde então não viu mais ele.
—Calma, Jeon.
—Jungkook!
—EU VOU MATAR ESSE CARA! E O JIMIN VAI PASSAR A ENTENDER QUEM
MANDA NESSA MERDA!
—Você encosta no amigo dele e então vai ter a certeza que ele nunca mais
te perdoa. —Namjoon falou, suspirando em seguida. —Se controla!
—QUE MERDA!
—Foco, Jeon!
(…)
3 SEMANAS DEPOIS.
Ele sabia o quão arriscado era entrar em guerra com alguém como
Jungkook, ainda mais sabendo que ele tinha Namjoon ao seu lado. Ele era
muito bom no que fazia, era inteligente, sagaz, forte e simplesmente lindo…
não que isso importasse agora. Porque o odiava com todas as forças!
Jimin fungou tomando um gole da bebida quente, mesmo que seu estômago
não quisesse aceitar nada no momento.
Eles estavam na Europa, Inglaterra para ser mais específico. Era incrível o
que podia se fazer com muito dinheiro e identidades falsas, Jimin já havia
trocado aquela identidade que Jungkook lhe dera, não era burro.
Agora comandava tudo a distância, tinha sorte por todos aqueles homens
confiarem nele, mas ainda sim tinha medo de permanecer na Coreia,
porque seria muito mais fácil de o acharem.
Lembrou do que fez com Yoongi e sentiu muita dor em todas as partes do
seu corpo e da sua alma. Era seu único arrependimento até então.
—Eu vou ficar desse jeito até acabar com ele de vez, Tae. —Disse
determinado. —Eu vou destruí-lo!
Jimin se sentou na cama, estava dolorido de tanto ficar deitado e seu rosto
estava inchado de chorar. Descobrir que o amor da sua vida matou o seu
pai por puro capricho não é a melhor notícia do mundo, e por mais que não
tivesse o melhor relacionamento com ele, ainda era o seu pai!
—Você não vai conseguir fazer isso, Chim. —Taehyung disse calmamente.
—No começo até achei que conseguiria, mas tá escrito na sua cara que
você é estupidamente apaixonado por ele.
Jimin parou de tomar seu café para olhar seriamente o rosto do amigo.
—Ele matou o meu pai, Taehyung. É o tipo de coisa imperdoável! Era o meu
pai! Meu pai! —Fungou sentindo as lagrimas quentes descerem por seu
rosto. —Por mais que ele fosse cruel com a minha mãe, um traidor, e me
tratasse como um retardado desde que eu era pequeno. Ainda sim era o
meu pai.
—Claro que lembro, mas o que tem a ver uma coisa com a outra? —
Murmurou cabisbaixo. —Não estamos mais naquela clínica.
—Esse sou eu te dando um conselho que eu sei que é errado, mas que vai
fazer bem para você. —Sussurrou pegando suas mãos, olhando Jimin nos
olhos. —Esquece esse plano de vingança, vai viver sua vida! O fato do seu
pai estar morto não transforma ele em santo, não! Porque nessa história
ninguém é santo, meu amigo.
—Lembra de tudo o que ele fez? Traiu sua mãe com a sua tia, disse que
você era fruto de golpe da barriga, e te internou em uma clínica depois que
você tentou se matar. Ele nem ao menos foi te visitar um dia sequer e você
ficou lá por um ano inteiro! —Taehyung pegou suas mãos pequenas e olhou
nos olhos do amigo. —É isso o que pessoas como os nossos pais fazem,
Jimin. São perfeitos por fora, mas uma podridão por dentro.
—Não estou defendendo ele! —Disse sincero, ainda olhando em seus olhos.
—Mas ele já fez coisa muito pior, Jimin, e você aceitou.
O menor compreendia o que ele queria dizer. Ele sempre soube onde estava
se metendo, e já teve inúmeras oportunidades de fugir mas não o fez
porque simplesmente não quis… no fim, Jimin e Jungkook eram iguais.
—Que inferno! —Murmurou. —Por que esse maldito tem que ter tanto
efeito sofre mim?
—Vocês são loucos. Mas não são tão diferentes... mas quer saber? Foda-se
a sanidade! O Jungkook é um escroto, admito, mas ele é um escroto que te
ama! —Disse dando de ombros. —É muito melhor do que tudo o que eu já
tive pelo menos, porque a vida é uma verdadeira merda Jimin.
—Mesmo assim, eu não vou desistir de acabar com ele! —Se levantou da
cama se afastando de Taehyung.
Haviam alugado um apartamento no subúrbio de Londres, estavam a
semana toda comandando tudo o que fazer de longe, mas alguns homens
haviam desistido, por medo de Jungkook.
Por isso Taehyung e Jimin estavam sozinhos ali, ninguém mais sabia onde
estavam, e nunca saberiam, porque não tinha como, era impossível.
—Sim...
O ruivo sabia que Taehyung falava com Hoseok quase todos os dias, mas
havia pedido para nunca contar nada sobre Jungkook, ele ficava muito
afetado com qualquer coisa relacionada a ele. Não queria de forma alguma
falar com ele, haviam tomado todo o cuidado para as chamadas não serem
rastreadas.
Sabia que Jungkook sabia das ligações e pedia sempre para falar consigo
por pelo menos um minuto, mas não podia de forma alguma falar com ele,
não queria ouvir sua voz.
Tinha muito medo de alguma recaída, porque por mais que estivesse
morrendo de raiva, não queria arriscar.
—Só quero saber se ele pretende matar mais algum homem sem
necessidade, aquele idiota sádico!
—Ah claro, você só quer saber isso?
—Bom, você conseguiu dar um bom prejuízo para eles, mas todos os caras
estão voltando a trabalhar com ele. —Disse indo em sua direção. —Chim,
você é muito bom, mas não é experiente o suficiente para bater de frente
com ele, e sabe disso. Ainda mais com homens que já trabalharam com ele,
e o admiram e respeitam.
—Eu sei disso, mas eu posso ser tão bom quanto ele! —Disse convicto. —Eu
vou acabar com a vida dele Tae!
—Eu estou aqui para tudo, mas me diz como vamos fazer isso? Qualquer
passo em falso e ele nos acha, e você sabe, quando ele nos achar... já era!
Hoseok tentava de tudo para que Taehyung revelasse onde estava Jimin,
porque ninguém mais estava aguentando. Se Tae falasse onde está o
amigo, Jungkook o perdoaria, mas ele nunca diria nada.
—Ele nunca vai nos achar. Eu vou acabar com ele, e nós vamos seguir
nossa vida longe da Coreia, Ok? Então por favor esquece o Hoseok, pare de
falar com ele.
Taehyung foi até o celular, seu coração bateu forte quando viu o número
desconhecido.
Jimin tremia de nervosismo, porque algo dizia que era Jungkook, e se fosse
mesmo ele?
—Ele não vai encontrar a gente nunca, calma! —Jimin foi até ele e o
abraçou tentando acalmar o amigo.
—Ei, para com isso! —Jimin tentou confortá-lo, mas ele estava apavorado.
—Eu nunca ia deixar que isso acontecesse, Taetae!
—Não é como se você tivesse muita moral com ele agora, né Chim!
Jimin olhou para o número, viu como seu amigo estava desesperado, e sem
pensar duas vezes atendeu.
—Eu sei onde você está! —A voz de Jungkook se fez presente, arrepiando
todos os pelos do corpo do ruivinho, fazendo seu coração disparar, suas
pernas ficarem bambas e surgir uma vontade enorme de chorar. Chorar de
ódio, e de amor por ele. —E eu estou com muita raiva, Jimin.
Ele não o havia chamado de “amor” e aquilo soava muito frio, doeu ouvir
ele sendo tão informal. Mas eles não eram mais nada, então não tinha
motivos para ficar chateado, afinal Jimin não o queria mais. Não é mesmo?
—Você não quis ser meu, Jimin. —Sua voz era tão bonita, o ruivo não
conseguia não se sentir mexido, merecia o papel de trouxa do ano. —Eu te
amei tanto!
Amou? Sinal de que não ama mais? Era tudo o que se passava na cabeça
confusa e perdida do menor.
Jimin estava com uma dor forte no peito, muita vontade de chorar, queria
desligar o telefone mas, algum tipo de imã magnético fazia com que
continuasse ali.
Jimin não havia notado que estava chorando. Suas lágrimas eram quentes e
grossas, ele olhava fixamente para o aparelho em cima da cama, não
conseguia nem mesmo se mexer do lugar.
—Eu tenho outra pessoa agora, pequeno... —Disse com aquela voz que era
sedutora e ao mesmo tempo cruel. —Melhor do que você, mais obediente…
e ele quer ser meu… diferente de você não é?
Seu soluço saiu mais alto do que gostaria, então ouviu a respiração de
Jungkook ficar mais pesada e trêmula do outro lado da linha. Queria se
xingar por ter chorado alto o suficiente para ele ouvir, queria xingá-lo por
estar falando que estava com outra pessoa.
Jungkook estava se traindo, mas Jimin estava com ódio o suficiente para
ignorar esse fato.
—Eu te odeio Jeon! —Sua voz saiu rouca e destruída. —Volte para sua outra
pessoa, porque você nunca mais vai me ver de novo!
Não queria mais correr riscos, então ia tirar seu time de campo. O melhor
castigo para Jungkook não era uma vingança, era ele nunca mais ver Jimin
em sua frente, e depois que conseguisse deixar Taehyung em completa
segurança, ele tiraria a própria vida, como deveria ter sido desde o começo.
(...)
O amava tanto.
Ouvi-lo dizendo que nunca mais o veria foi a coisa mais difícil para o que já
escutou.
Conhecia Jimin, sabia do que ele era capaz de fazer consigo mesmo. Então
ele tinha que encontrá-lo, e iria.
Ou morreria tentando.
O cheiro doce do seu amor havia saído dos lençóis e do seu travesseiro a
muito tempo, e era a única coisa que ainda o tranquilizava um pouco, mas
agora nem isso tinha.
Sabia que estava sendo insuportável com todos ao redor, ninguém mais o
aguentava, mas não conseguia evitar ficar tão obcecado assim.
“Eu te odeio Jeon. Volte para sua outra pessoa, porque você nunca mais vai
me ver de novo!”
Ele repetia aquilo em seu celular milhões de vezes sem parar, era a única
coisa que tinha ouvido de Jimin desde quando eles discutiram naquela noite
que ele lhe deu calmantes.
Agora já fazia um mês e uma semana que havia falado com ele, e tudo o
que tinha conseguido sobre sua fuga até agora foi que ele pegou um táxi,
parou em um beco e sumiu.
Jungkook era muito bom em localizar pessoas, mas dessa vez não estava
conseguindo nada, e esse era o efeito que aquele garoto tinha sobre si. Ele
o deixava vulnerável, fora de órbita, desconcentrado, e isso era um perigo.
Jungkook nunca teve um ponto fraco em sua vida, por isso era tão bem-
sucedido sendo tão jovem, mas agora o seu maior calcanhar de Aquiles
estava perdido, qualquer um de seus milhares de inimigos sabiam de Jimin,
sabiam do seu amor doente pelo baixinho, e todos o queriam. Isso lhe
desesperava muito.
Não sabia mais quanto tempo suportaria aquilo, além do desespero e da
preocupação com a sua segurança, ainda tinha a falta que ele fazia. Sua
presença marcante, sua voz linda, sua beleza estonteante e seu cheiro...
deus do céu como Jungkook amava o perfume da sua pele. Era
naturalmente doce, era ele, somente o ruivo tinha aquele cheiro específico.
Podia ser coisa da sua cabeça, mas para ele somente Jimin era especial
daquela forma.
Sentia falta de sua risada, dos lábios carnudos, sentia falta das suas
conversas intermináveis, do modo como comia enchendo as bochechinhas
ficando absurdamente fofo, e até mesmo das brigas.
Sentia muita falta do seu corpo! Tanta que sonhava todos os dias com ele,
sonhos românticos e na maioria das vezes eróticos, mas todos, sem
exceção tinham Jimin.
Não conseguia pensar em nada, não conseguiu nem ficar feliz com o fato da
polícia não estar mais em sua cola. Só pensava em Jimin, e estava ficando
louco com isso.
“Eu te odeio Jeon. Volte para sua outra pessoa, porque você nunca mais vai
me ver de novo!”
—Vai ficar desse jeito até quando, Jungkook? —Perguntou o mais velho,
parando em sua frente de braços cruzados. —Já passou de um mês e você
só piora!
Droga, não devia ter mentido que tinha outra pessoa, onde estava com a
cabeça? Agora Jimin devia odiá-lo ainda mais.
—Até eu o ter de volta para mim! —Disse sem olhar em seus olhos, o
semblante completamente triste. —Mesmo que agora ele me odeie.
—Eu não sou sensato e eu não quero ser sensato! A única coisa que eu
quero é o Jimin, comigo, só comigo! Na minha vida e na minha cama! —
Disse meio alterado, enchendo mais um copo. —E… eu também quero mais
whisky!
Não tinha muito o que fazer, então Namjoon viu o amigo bebendo metade
de uma garrafa de whisky, ficando ainda mais embriagado.
Namjoon viu seu maxilar trincar, ele morder o lábio inferior e algumas
lágrimas descerem por seu rosto bonito enquanto o olhar continuava
destruído.
Namjoon achou aquilo foi muito bizarro, porque qualquer pessoa que
conhecia Jungkook e sua personalidade, sabia o quão cruel e frio ele podia
ser. Chorar nunca foi uma coisa comum a ele.
O mais velho só conseguia pensar que ele devia estar muito bêbado
mesmo, foi até a porta e chamou a secretária Jisoo.
Como Shin recebia um pouco de atenção do Jeon por se parecer com Jimin,
ele acabava por se sentir muito confortável em sua presença.
Parou em sua frente, vendo Jeon virar a cabeça com dificuldade para o
encarar. Seus olhos vermelhos estavam focados em Shin, e o garoto se
sentia eufórico com essa constatação.
Metade de sua animação passou, mas Shin voltou os olhos para as coxas
musculosas do moreno, doido para sentar sobre elas. Ele se importava sim
por ser chamado de Jimin, mas tinha esperanças que Jeon esquecesse de
uma vez por todas daquele nome e se apaixonasse por ele.
—Você pintou o cabelo, amor? —Jungkook não tirava os olhos de Shin, ele
visualizava Jimin ali e ele o queria mais do que tudo. —Você está loiro de
novo?
Shin não entendia o que ele estava falando, mas se aproximou rapidamente
do moreno, sentando sobre suas coxas, apreciando a beleza de Jungkook de
perto. Confirmando que sim, Jeon Jungkook era ainda mais bonito visto bem
de perto, ele o queria muito.
O garoto ficou receoso de sair dali, queria muito que o moreno pedisse para
que ficasse, queria muito ser dele, queria que o maior esquecesse o Jimin,
mas faria isso aos poucos, não iria pressioná-lo.
—Garoto… —Disse com a voz enrolada, mas firme. —….eu mandei sair!
Shin saiu da sala deixando Jungkook sozinho com seus pensamentos, que
sempre vagavam para a mesma pessoa, que não saia dos seus
pensamentos.
(...)
—Jimin, sério, eu estou achando tudo isso mágico, viajar pela Europa e tal...
mas eu tenho ataque de pânico e você sabe! —Taehyung morria de medo
de avião.
—Daqui até Amsterdã é coisa rápida, sei que é difícil pra você Tae mas você
vai ter que ser forte. Temos que sair daqui o quanto antes.
Eles foram tomar um café enquanto esperavam o horário do voo. Jimin não
queria ter que tirar o capuz e os óculos escuros, porém estava ficando bem
suspeito, então os tirou para comer pelo menos.
Jimin riu e revirou os olhos tomando seu café preto com adoçante.
—Não tem muito o que contar sobre o Hoseok né Taetae. É meio óbvio o
que aconteceu entre vocês!
Taehyung riu enquanto comia os doces, e logo seu semblante ficou triste.
—Você tem certeza que matou várias pessoas? Olhando pra sua cara não
parece.
Taehyung assentiu triste. Jimin lhe falou que depois que se resolvesse com
Jungkook ele podia voltar para a Coreia se quisesse, podia até voltar para
Hoseok caso ele o quisesse. Mas quando Tae perguntou o que é que Jimin
faria depois que terminasse tudo, ele só falou que não precisava se
preocupar.
—Eu sei, e ele sempre insistia para o Jungkook falar com você, disse que o
irmão está muito difícil, mais do que o comum.
Jimin ficou trêmulo, não queria e não podia ouvir falar dele.
—Não me passe informações sobre ele que não serão úteis, Tae, por favor!
—Disse. —Saber dele… não faz bem pra mim.
—Ele partiu para agressão antes, quando matou o meu pai e te ameaçou!
Taehyung desistiu de falar sobre isso com Jimin, ele era muito cabeça dura.
—Além do mais, ele já está com outra pessoa… —Sussurrou olhando para
suas mãos.
—Só na sua cabeça que isso é verdade Jimin! Ele queria mexer com você,
só isso!
Jimin deixou o dinheiro em cima da mesa, e saíram para pegar o voo, porém
estava ouvindo alguns barulhos esquisitos enquanto andavam.
Se virou para trás, mas não tinha quase ninguém, o aeroporto estava quase
vazio. Franziu o cenho e voltou a andar.
Quando Tae entrou primeiro, ele voltou a olhar para ver se via alguém e
finalmente viu. Um homem tirando fotos de si.
Ele era alto e coreano, então obviamente Jimin sabia quem tinha mandado
ele ali para lhe fotografar.
Ele se virou para sair, mas Jimin segurou em seu braço o virando para si
novamente.
—Eu tenho dois clientes que pagariam uma verdadeira fortuna por qualquer
informação sua Park Jimin. —Ele sussurrou para falar em seu ouvido. —Você
realmente é bem interessante, é o motivo de uma verdadeira guerra estar
começando… sabe disso não sabe?
—Olha aqui, eu cubro qualquer valor que você tenha recebido, eu pago o
dobro do valor! Mas me devolve as fotos e me diga quem são seus clientes!
E rápido, eu não posso perder meu voo.
—E… ?
Ele se assustou, tinha que avisar Taehyung que não poderia ir. Ele não
podia ir para Amsterdã agora Jungkook sabia onde estava, e Taemin
também. Se fosse junto com o amigo estaria levando o perigo até ele.
Mas sabia que ia ter que tomar suas medidas drásticas para se livrar para
sempre do Jeon, e isso incluía estar sozinho.
(…)
Jungkook abriu seu celular naquela manhã de domingo, estava com muita
ressaca, dor de cabeça e enjoo.
Agradeceu aos céus por ter pensado em contratar homens para ficarem
vigiando as cidades mais óbvias que Jimin iria, ele sempre disse que amava
a Europa, principalmente Paris e Londres, e que um dia queria morar em
uma delas.
—Que ele não viajou, preferiu ficar em Londres. —Disse. —Mas Jimin é bem
discreto, não consegui segui-lo até onde ele está hospedado.
—Ele ofereceu o dobro pra eu não mandar as fotos para o senhor e Taemin.
—Lee Taemin está a procura de Jimin também, mas ele tem a vantagem de
já estar em Londres.
Como ele era desgraçado! Iria matá-lo se ele fizesse alguma coisa a Jimin.
—Ele pretende machucá-lo para me atingir? Ele não seria louco de fazer
isso!
O detetive riu, de maneira que irritou mais ainda o moreno, que já não
estava em seus melhores momentos.
—Na verdade ele disse que não pretende usar de força bruta para ter Jimin,
ele tem outros artifícios. —O detetive estava seguindo perfeitamente as
ordens de Taemin, ele estava sendo pago para isso, queria provocar o Jeon
o máximo que podia. —E que… Jimin seria dele ainda essa noite.
(...)
Jimin se sentia bem burro naquele momento, e olha que era considerado
uma pessoa bem inteligente, ainda mais para sua idade, mesmo que fosse
impulsivo e insensato. Porém nesse momento ele não sabia o que fazer.
Preferiu mandar Taehyung para Amsterdã, de lá ele iria para outro lugar.
Estar perto de Jimin o colocava em risco, e agora que havia sido localizado,
a melhor coisa a se fazer era se afastarem.
Jimin estava no quarto escuro, olhando o dia chuvoso, sem saber lidar com
seus sentimentos, estava com medo.
Não queria ver Jungkook, e sabia que ele poderia aparecer ali a qualquer
momento, qualquer mísera pista faria com que ele o achasse com a maior
facilidade. Não sabia o que mais tinha medo, de o ver agora em sua frente,
ou de nunca mais vê-lo de novo.
Olhou bem para os pulsos ainda marcados das últimas tentativas, pensando
se faria isso antes ou depois de vê-lo de novo. Podia usar sua arma
também… e essa era a sua maior dúvida.
Ouviu batidas leves na porta. E seu coração que já estava disparado quase
saltou do peito.
Sabia que não era Jungkook, se fosse o mesmo tinha invadido a casa e já
estaria nesse quarto. Com esse pensamento se tranquilizou mais, podia ser
a vizinha que sempre pedia açúcar emprestado.
Abriu a porta e deparou com ninguém mais ninguém menos do que Lee
Taemin, parado de modo intimidante de braços cruzados.
Ele soltou um sorriso de canto, seus olhos devorando Jimin dos pés a
cabeça.
Jimin tinha uma pistola calibre trinta e oito carregada em sua mão
esquerda, que se encontrava atrás do seu corpo. Não tinha medo nenhum
daquele cara, estava pouco se fodendo para a existência dele.
—Primeiro, não insinue nada aqui! Fale diretamente o que você quer.
Segundo, não aja como se tivesse qualquer tipo de intimidade comigo, nós
dois sabemos que isso não é verdade. Terceiro, se explique, o que você
queria mandando um cara me fotografar?
—Não, você não pode entrar. Jungkook pode chegar aqui a qualquer
momento, acho que não vai ser muito bom para nós dois se ele chegar e te
ver aqui. —Suspirou impaciente. —Diga logo o que quer e vá embora!
—Você morre de medo dele, né? —Disse debochado. —Todo mundo morre
de medo dele!
Ele passou por si, olhando o da cabeça aos pés, em um olhar de desejo
desconcertante.
Fechou a porta e caminhou até a sala de estar que estava com a lareira
acesa.
Taemin sorriu afirmando, mordendo os lábios e levando sua mão até a coxa
do ruivo, apertando a carne sem nunca desviar os olhos dos dele.
—E também quero que seja meu troféu, quero que fale para todos que você
é meu. Quero que isso chegue aos ouvidos do Jeon, quero que o desgraçado
fique louco com isso!
Jimin franziu o cenho, não sabendo o que responder. Estava com medo do
que Jungkook poderia achar, mas lembrou-se que ele matou seu pai, e
estava com outra pessoa, melhor e mais obediente que ele…
—Eu aceito.
O homem se encaixou no meio de suas pernas e tentou lhe beijar, mas Jimin
virou o rosto e o empurrou com toda a sua força.
—Ei, espera aí! Eu topei ser seu troféu, em nenhum momento eu te dei essa
liberdade! —Disse raivoso, as mãos espalmadas em seu peito tentando o
afastar. —Eu nem te conheço direito, nós só estamos fazendo um acordo!
—Eu não estou me fazendo de difícil. Vou deixar uma coisa bem clara, se
quer trabalhar comigo vai se manter afastado. —Disse com raiva, se
levantando logo em seguida. —É um acordo, e se você não colaborar eu não
colaboro.
O mais velho riu sarcástico com a atitude de Jimin. Não era muito comum
que alguém não quisesse ficar com ele, ainda mais com tanta convicção, e
isso deixava o ruivo ainda mais atraente do que ele já era.
—Ok. Trato é trato. —Disse lhe estendendo a mão para que o pequeno
apertasse, como um selo de contrato.
Não estava se sentindo muito confortável em sua presença, mas para quem
já estava cogitando finalmente encarar Jungkook, aquilo já era uma fuga e
tanto. Pelo menos agora tinha mais opções, porque realmente não sabia o
que seria dele quando visse Jungkook.
—Já?
—Você precisa ficar por perto até destruirmos o Jeon. Eu vou te levar para o
meu apartamento, aqui de Londres mesmo, é um apê grande, lá você está
seguro.
Destruir Jungkook... Por que essas palavras foram como um soco em seu
estômago? Era isso o que ele queria, não era? Devia ser isso.
Mas o maldito amor que sentia por Jeon Jungkook era tão forte que não
queria destruí-lo, por mais que tudo o que ele tenha feito esses últimos
tempos tenha sido lhe magoar.
—E-Eu vou pegar minha mala, eu ia viajar para Amsterdã, ela já está feita.
—Murmurou. —Só um minuto.
Não era como se Taemin quisesse machucar Park Jimin, longe disso. Ele não
era sádico como Jeon, mas adorava provocá-lo, e ter esse garoto por perto
era a melhor de suas provocações, nada o deixaria mais louco do que isso.
Pelo que conhecia da reputação do baixinho, mesmo sendo tão novo, foi ele
quem foi o responsável pela morte de Min Yoongi, e isso não era pouca
coisa.
Além de ele ser muito bonito… não se lembrava de ele ser tão belo. Taemin
o foderia sim, pelo menos uma vez, e assim que conseguisse isso estaria
com uma vantagem enorme sobre o Jeon.
Ele tinha que se vingar por Jungkook já ter transado com sua ex noiva uma
noite antes do seu casamento. Realmente é o tipo de coisa que não se
esquece facilmente, e agora ele pagaria na mesma moeda, porque é assim
que as coisas funcionam.
Por que não podia amar alguém normal, que não fosse possessivo, que não
fosse tão assustador e violento? Por que Jungkook não podia ser um cara
comum?
Pegou sua mala e saiu bufando do quarto. Desceu as escadas com a mala
de rodinhas fazendo barulho pelo caminho.
(...)
A única coisa que esperava era encontrar muitos homens armados por ali,
um verdadeiro exército para evitar que Jungkook se aproximasse de si, mas
não parecia um lugar tão seguro assim quanto achava que seria.
Depois que foi apresentado a cada canto do lugar, Jimin ficou sem jeito
parado em meio a sala enorme, olhando em direção a escada sem saber o
que fazer. Ele não conhecia aquele homem, não sabia se podia confiar nele,
e tinha receio de sua presença, mas estava fugindo com tanta veemência
de Jungkook, que preferiu confiar minimamente em Taemin.
—Legal.
—Achou um lixo né, comparado a sua antiga casa deve realmente ser um
lixo.
—Sério isso, Jimin? O seu medo é tanto que acha mesmo que ele vai
conseguir te encontrar aqui? —Disse se aproximando do ruivo, louco para
beijar o garoto nos lábios.
—Bem...
—E mesmo que ele ache, eu te garanto que eu mesmo dou conta dele.
Estamos na Inglaterra, Jungkook não pode trazer todos os homens dele aqui
para alvejarem o prédio. Agora as coisas são mais pessoais, se ele te achar
aqui... só vai ser ele!
—Eu dou conta dele, Jimin! —Agora Taemin estava irritado pelo garoto
duvidar de suas capacidades. —Eu sei o que eu estou fazendo, não se
preocupe.
Jimin duvidava muito. Se Jungkook o encontrasse ali, não teria mais o que
fazer ou para onde fugir.
A segurança antes que estava sentindo que seria “protegido” não existia
mais, agora estava inseguro novamente. Realmente não sabia como
Jungkook estava agora em relação a si, mas sabia que não era mais a
mesma coisa de antes, isso o assustava porque realmente não tinha ideia
do que ele faria quando o lhe visse novamente.
—Ok.
—Vou te acompanhar até seu quarto. —Taemin sorriu, e Jimin admitiu para
si mesmo que ele era muito bonito. Mas não conseguia sentir nada por ele,
nem mesmo atração, porque Jungkook ainda parecia estar sobre seu corpo
e mente.
—Mas se eu for em algo assim… vou estar muito na vista do Jungkook, ele
vai me achar!
—Jimin eu já estou ficando irritado com isso! Já disse que dou conta dele,
ponto final! —Disse alto, quase gritando. —Se prepare para nos passar
informações preciosas amanhã. Para mim e meus sócios, e nunca jamais
fale que nós não transamos. Todos tem que pensar que você é a minha
cadela!
—Tudo bem.
—Perfeito.
(…)
Se sentia mal ao pensar nisso, mas o fato de Jimin não estar com ele o fazia
se sentir mais seguro. Porque sabia que estava de fato mais seguro longe
do amigo baixinho, longe do drama dele e Jungkook.
Seu telefone tocou pela milésima vez naquele dia, Hoseok estava sendo
bem insistente, e Taehyung muito firme em não o atender, afinal ele amava
conversar com o garoto de topete e sorriso largo. Mas Jimin disse que a
melhor coisa era não atender porque podia acabar passando alguma
informação mesmo que sem querer, e acabar se entregando ou entregando
o amigo. Então, deixou o aparelho tocar até cair na caixa postal de novo.
Bufando, andou pelo pequeno quarto de hotel que havia alugado. Estava
entediado, então pensou seriamente em turistar por Amsterdã, mas ainda
estava com medo de ficar andando por ai sozinho.
Precisaria de um tempo para acostumar a viver ali.
Pegou seu celular, e viu que Hoseok havia deixado uma mensagem de voz
em sua caixa postal. Eufórico clicou para ouvir.
“Tae, eu não sei porque você não me atende mais. Não sei se você está em
perigo, ou se só está me evitando, caso esteja com raiva de alguma coisa
que eu tenha feito me avise por favor. Estou preocupado.”
Sentiu seu coração apertar dentro do peito, mordeu os lábios e sua mão
coçou parar ligar para ele. Não tinha o mesmo autocontrole de Jimin, então
não se aguentando mais ligou o notebook e achou melhor ligar para ele de
um aplicativo.
Não foram necessários dois toques para que ele o atendesse, Taehyung não
ligou a webcam e Hosoek também não.
—Ele está em Amsterdã? —Disse com a voz bem mais alta, apavorado.
—Hoseok...
—Jungkook está em Londres agora. Ele não nos ouve, está cego de ódio. —
Disse, parecendo exausto. —Eu percebi… que não quero mais fazer parte
disso. Não é pra mim, entende?
—NÃO! —O outro praticamente gritou do outro lado. —Eu saí, Tae. Me passa
seu endereço, eu vou ficar com você, quero recomeçar minha vida.
—Como eu vou saber que você não está mentindo? Como vou ter certeza
que você não está dizendo isso para me achar e… me entregar para o seu
irmão?
Taehyung quis chorar de emoção naquele momento, não tinha sido apenas
uma noite, então? Não queria ser iludido, mas não conseguiu evitar ficar
absurdamente feliz ao saber que seus sentimentos eram correspondidos.
—Muito sério. —Disse com aquele riso na voz. —Não adianta fingir, eu sei
que você sente o mesmo.
—Convencido…
—Vamos nos afastar deles Taehyung. Eu sei que você ama seu amigo e eu
também amo meu irmão, mas… vamos viver nossa própria história, longe
deles, vamos viver por nós.
(…)
Taemin exibia-o para todos com orgulho, Jimin vinha a caráter como havia
prometido. Estava muito bem vestido com um terno inteiro vermelho, e
bem colado ao corpo. Sabia que estava chamando atenção, seus cabelos
alaranjados brilhavam, se era para ser exibido teria que estar apresentável
de acordo, e bem chamativo.
Jimin estava muito irritado com esse jeito de Taemin. Ele era sim muito
atraente, mas não parava um segundo de tentar alguma coisa a mais com o
menor, mesmo ele deixando bem claro que o acordo era manter distância.
—Não faz ideia de como eles estão com inveja… —Taemin apertou sua
cintura, olhando nos olhos dos outros homens ali presentes.
—Era isso que você queria né? —Jimin disse, baixinho, dando de ombros. —
Então…
Taemin estava muito próximo, olhando dos seus olhos para sua boca.
—Na verdade eu queria muito mais. Queria ficar com você por pelo menos
uma noite, Jimin…
—Se você continuar fazendo isso pode esquecer o nosso acordo. —Falou
firme, ainda sem o olhar nos olhos. —Estou falando sério!
—Você ainda não entendeu, Jimin? Eu estou sendo gentil com você, não
quis te machucar e acredite, nem quero. —Sussurrou para que só ele
ouvisse, os olhos das pessoas ficaram ainda mais curiosos com os
cochichos. —Mas você não vai sair desse acordo, nem fodendo! Se você
quiser rompê-lo, você não vai poder. Entendeu?
—O acordo era você ser meu troféu, e falar para todo mundo que está
comigo. Então pare de frescuras e me dê um beijo bem gostoso na frente
de todas essas pessoas que conhecem o Jeon!
—Eu não vou te beijar! —Disse irritado, tentando se soltar. —E nosso acordo
está desfeito!
—Só estará desfeito quando eu disser! —Disse, apertando com força o seu
braço.
Jimin empurrou-o com toda a força e saiu andando rápido, bufando. Todos o
seguiram com o olhar, mas ele evitou levantar os olhos para qualquer um.
Saiu do salão a passos rápidos e abriu uma porta que dava para a varanda,
então decidiu ficar ali para esfriar a cabeça.
Foi burro! Se envolveu com outro Jungkook. Jeon ou Lee... Era quase a
mesma coisa!
Ele devia se afastar dessa gente. Mas agora Jungkook saberia que estava
junto com outro em uma festa, e jamais o perdoaria.
A quem queria enganar? Não era medo dele, era preocupação com o que
ele fosse pensar! Não deveria se importar com as opiniões do Jeon mas era
inevitável, se importava e muito mais do que deveria.
Seu choro estava muito mais alto do ele mesmo imaginava, mas como
estava sozinho na enorme sacada, ninguém podia ouvi-lo. Ninguém nunca o
ouvia.
Jimin não era um objeto, não era um prêmio. Ele era um ser humano, e não
suportava mais ser tratado daquela forma por todos.
A noite estava fria, seu terno vermelho sangue não esquentava nada, suas
lágrimas estavam quase congelando em seu rosto.
Jimin ignorou os barulhos e voltou os olhos para a noite fria. O jardim dava
para ser visto ali da sacada, e estava fracamente iluminado por lanternas
românticas, era tudo de muito bom gosto. Era bom olhar as coisas dali, mas
a noite estava mesmo muito fria, tinha que entrar, por mais que não
estivesse sem vontade de ter que encarar Taemin.
Também não queria dizer a ele nada sobre Jungkook, e decidiu que não
diria nem sob tortura. Não sabia por que tinha aceitado isso, na verdade
nunca trairia o ex namorado daquele jeito, se fosse para se vingar seria por
suas próprias mãos, jamais entregaria isso a Taemin.
Ouviu dois tiros de pistola dentro do salão agitado, logo em seguida mais
gritos animados e mais som de briga. Aquilo o fez acordar um pouco e
começou a cogitar que não era uma simples briga, por mais que barulhos
de tiros nessas festas fossem comuns.
Sempre tinha alguma briga, as vezes alguma morte, mas o salão estava
muito barulhento mesmo.
—Tem certeza que ouviram ele entrar aqui? —Aquela voz, aquela maldita
voz!
—Sim, todo mundo viu ele entrando ali. —Uma voz desconhecida falou.
Olhou para todos os lados sem ter nenhuma alternativa de fuga. Jungkook
estava ali, e não tinha para onde fugir.
A porta foi aberta com uma rapidez absurda, quase sendo arrebentada,
tamanha a força usada. Jimin ficou paralisado, não conseguiu nem mesmo
se mover do lugar, não teve tempo de pensar.
Jungkook acariciou seu rosto com tanta delicadeza, parecia com medo que
o pequeno quebrasse, segurou seu queixo o fazendo ter que olhar em seus
olhos. Mas mesmo assim ele manteve-os fechados.
Jimin não desviou mais os olhos de si, não conseguia mais se concentrar em
nada que não fosse Jeon Jungkook parado em sua frente, o olhando daquela
forma única.
—Você vai ir embora comigo agora mesmo… não vai olhar na cara
desfigurada do Taemin, e então iremos para casa, ter uma conversa muito
séria! —Sussurrou firme se aproximando mais.
Jimin estava tão perfeito, ele sempre estava, mas agora parecia ainda mais.
Ele teve que se aproximar, não podia não fazê-lo, tocou em sua cintura,
ouvindo um suspiro desesperado e audível do menor.
Por mais que todo o seu coração explodisse com a presença do outro, ainda
sim pensava que poderia resistir, mas não foi forte o bastante.
Jeon lhe apertava com força contra seu corpo, louco de tesão, paixão e
saudade. Estava se sentindo perdido, desesperado, necessitado, louco e
apaixonado. Jimin havia sido feito para ele, e a saudade que tinha daquele
garoto não podia ser descrita em palavras.
Olhou nos olhos de Jungkook que o fitava com toda aquela intensidade que
lhe era tão familiar. Só ele tinha aquele olhar tão penetrante, tão lindo e
intenso que fazia com que Jimin até mesmo esquecesse das coisas.
Mas o menor havia notado, por alto, que havia uma comoção ao redor
deles.
—Vamos embora daqui, Jimin. —Disse firme, lhe puxando pelo braço.
—Eu não vou com você! —Sussurrou, olhando seriamente nos olhos escuros
e raivosos do Jeon.
Jungkook respirou fundo tentando controlar toda sua frustração e raiva. Não
queria e nem iria humilhar Jimin ao ponto de arrastá-lo a força, mas ele não
estava lhe deixando escolhas.
—Eu já disse que não vou! —Cruzou os braços irritado, ele não iria de boa
vontade. —O que mais me tira do sério é o fato de você simplesmente
querer mandar em mim, como se fosse eu fosse uma criancinha de sete
anos!
—Jeon... largue o meu namorado, ele não quer ir com você! —Taemin disse
entrando e olhando nos olhinhos agora arregalados do Park. —Não é mesmo
querido?
Jungkook ameaçou avançar para cima do outro, mas Jimin parou em sua
frente, olhando-o em completo desespero e medo.
Taemin olhou para ele e sorriu largamente. Provocar Jungkook sempre foi
seu hobbie favorito, afinal ambos sempre disputaram tudo desde a época
que moravam e trabalhavam em um bordel. Sempre se odiaram, ainda mais
porque Taemin era cliente especial e favorito da senhora Jeon, a mulher que
Jungkook mais odiava na vida.
—O Jimin não é seu, ele veio para esta festa comigo, então ele vai voltar
comigo. —Disse sorridente, olhando diretamente nos olhos do pequeno. —
Não é mesmo... meu amor?
Jimin não teve tempo de responder, já que Jungkook entrou em sua frente,
tapando totalmente seu campo de visão.
—CHAMA ELE DESSA FORMA DE NOVO PRA VER O QUE ACONTECE COM
VOCÊ! —Gritou já se aproximando do outro. Seu corpo tremendo, o rosto se
contorcendo de raiva.
—Você não acha que está um pouco alterado demais, Jungkook? —Disse
Taemin. O rosto machucado esboçando seu deboche. —Agora sai de perto
do meu Jimin porque nós vamos para a nossa casa, e para a nossa cama.
Foi muito rápido, Jimin não teve tempo de tentar segurar o moreno, mas
sabia que não teria forças para fazer isso de qualquer forma. Jungkook foi
para cima de Taemin com tudo, e ninguém tentou apartar, pelo contrário, a
platéia que antes parecia congelada, agora vibrava com a cena do Jeon
esmurrando o rosto já ferido do outro no chão.
De alguma forma muito rápida Taemin inverte as posições e fica por cima
de Jungkook, dando-lhe vários socos seguidos.
Taemin está por cima de Jungkook socando seu rosto, o barulho era
horrível, o coração do pequeno se acelera, não sabia o que fazer, ninguém
ajudava e eles iam se matar.
Rápido novamente, Jeon passa o braço entre eles e acerta um soco com a
mesma força na mandíbula de Taemin, que acaba diminuindo a pressão
dele sobre Jungkook. Em segundos Jungkook lhe empurra saindo debaixo do
outro e ambos se embolam no chão novamente.
Jimin perdera a noção de quantos socos foram trocados, o som era muito
alto e assustador, não tinha como saber quem estava ganhando. Era
grotesco.
—ALGUÉM FAÇA ELES PARAREM! —Gritou desesperado olhando para as
pessoas que não lhe deram ouvidos. Tentou se aproximar dos dois, mas não
tinha nem como chegar perto, ambos estavam quase se matando.
—A regra é clara, garoto. Ninguém pode se meter entre uma briga de dois
assassinos. —Um homem falou para Jimin. —Todos aqui são amigos ou tem
alguma parceria com os um dos dois, ninguém pode se meter entre eles!
Jimin ignorou o que o homem disse e foi até os dois de novo. Era difícil até
chegar perto, mas tentou puxar a jaqueta de couro de Jungkook que agora
está por cima do outro totalmente cego de raiva lhe socando sem parar.
—JUNGKOOK! —Jimin tentava lhe chamar de volta, mas ele não lhe dava
ouvidos.
Jeon ficou batendo na cara de Taemin sem parar, não parecia ficar cansado
e muito menos satisfeito, era animalesco demais. O som causava calafrios
no ruivo.
Jimin observou a cena sem ter o que fazer, o Lee já estava ficando
desfigurado, seu rosto bonito inteiro cheio de sangue. O ruivo achava que
Taemin já não poderia enxergar de tão inchados que estavam seus olhos,
agora claramente Jungkook estava ganhando.
Foi a cena mais estranha do mundo, ver Jimin lhe apontando uma arma,
definitivamente é o tipo de coisa que ele não imaginava ver nunca. Então
uma cena que definitivamente o acordou foi quando o pequeno apontou a
arma para o próprio pescoço.
—Eu não ligo de morrer, e você sabe muito bem disso! —Jimin falou
colocando a arma na própria cabeça, os olhos encharcados de lágrimas que
só agora ele notara.
Jungkook estava com muito medo que Jimin puxasse o gatilho, conhecia o
pequeno bem demais, sabia que ele era capaz de fazer isso na
impulsividade, e não podia permitir que isso acontecesse, jamais.
O coração do moreno estava tão disparado que ele não tinha dúvidas que
poderia sair do peito, se aproximou parando bem em frente ao pequeno,
aproximando levemente a mão da arma, sem nunca desviar os olhos dos
dele.
O pequeno estava com sentimentos confusos, não sabia mais o que queria,
se queria viver ou morrer. Não sabia se queria perdoar Jungkook ou não, a
vida era muito complicada. Então Jimin puxou o gatilho... olhando nos olhos
escuros de Jungkook, que os arregalou na mesma hora, com o coração
falhando.
Ficou trêmulo até notar que Jimin não tinha lembrado de destravar a arma.
Jimin não respondeu, somente o olhava com aquela carinha de choro, então
Jungkook teve sua resposta, era óbvio que ele não sabia. Claro que ele
realmente tentou se matar, bem na sua frente.
—POR QUE VOCÊ IA FAZER ISSO COMIGO? —Gritou bem em frente ao seu
rosto, apertando seu braço, quase chorando de raiva, por Jimin fazer isso
consigo. —PELO AMOR DE DEUS JIMIN...
Não olhou no rosto das outras pessoas, não precisava, estava sendo
firmemente apertado contra o corpo do maior.
Jimin não conseguia falar nada, nem dentro do carro, muito menos no
elevador, e quanto mais se aproximavam do quarto, mais nervoso o
pequeno ficava.
Jungkook estava tão sério, não falava com ele, não lhe dirigia olhares, e isso
era estranho.
O pequeno assentiu se sentindo idiota por ter feito o que fez, foi impulsivo.
—Olha nos meus olhos e me prometa que você nunca mais vai fazer isso! —
Implorou, os olhos firmemente aos seus.
Jimin notou que o rosto dele estava ferido, como podia ser tão bonito até
machucado? Não teria como saber, mas sinceramente, ele era lindo demais,
não tinha como não se sentir minimamente atraído. A área dos olhos não
estava machucada por incrível que pareça, só o maxilar e o canto dos
lábios.
—Eu te amo tanto que chega a doer. —Jungkook admitiu, com a voz
sôfrega, embargada. —As vezes sinto que posso explodir ou morrer de
amor!
Olhar para ele depois de mais de um mês de mágoa deveria ser difícil, mas
não era. Também devia assustá-lo, mas não assustava. Sentia
falta, muita mesmo.
—Eu não consigo imaginar uma vida sem você! —Disse se aproximando, o
olhar quente decaindo dos seus olhos para a sua boca. —Eu não consigo
mais ficar longe dos seus lábios, do seu cheiro, do sabor da sua pele... não
suporto mais a distância!
—Eu não ligo se você me odiar ainda! —Sussurrou parando em sua frente,
tocando seu queixo, erguendo o rosto, olhando diretamente em seus olhos.
—Pode me chamar de louco, maníaco e psicopata. Eu errei em matar o seu
pai, eu errei em ameaçar seu amigo, errei em muitas coisas. Mas eu nunca
deixei de te amar, por nenhum segundo sequer!
Queria voltar para o Jeon, mas não queria ser para ele apenas um garotinho
para ele proteger, queria ser mais do que isso, queria ter valor. E mais do
que tudo necessitava do seu respeito, da sua admiração.
O ruivo precisava pensar em tudo, mas não perdoaria a morte de seu pai.
—Eu também sou bom em matar pessoas Jungkook, não tanto quanto você.
—Disse baixinho. —Mas você sabe bem que eu sou melhor do que a maioria
em estratégia e em como manipular pessoas.
Jungkook sorriu para o menor, acariciou sua boca carnuda com devoção.
—Eu sei disso. —Sussurrou, seu hálito batendo contra a boca do pequeno.
—Sei muito bem disso, amor.
Jimin estremeceu.
—Eu sei.
—Então por que não me dá o devido valor? —Perguntou. —Por que acha
que eu tenho que ser tratado como um objeto sexual que está ali para o seu
bel prazer, para discutir, transar, e para trocar juras de amor e transar
novamente?
—Você nunca foi um objeto sexual pra mim, e você sabe muito bem disso!
—Disse indignado. —Eu te amo, sempre deixei isso bem claro, para você e
para todo o mundo!
—Se você me amasse como sempre diz, me deixaria ter amigos e confiaria
em mim!
—Desculpa, mas eu sempre terei ciúmes dele. Faz parte de quem eu sou. —
Jimin bufou irritado tentando sair de perto dele, mas sem sucesso.—Mas eu
prometo que nunca mais o ameaço. —Disse sincero. —Nunca mais faço
nada a ele, e nem a qualquer um que você não queira!
—Se você quebrar essa promessa, eu nunca mais olho na sua cara,
Jungkook!
—Desculpa pela sua casa. —Jimin disse sem se sentir nenhum pouco
arrependido. —Eu estava irritado.
—Foram só alguns milhões que foram para o lixo... —Disse com um sorriso.
—E mais todos os documentos importantes que viraram poeira, sem contar
o dinheiro investido na propriedade, nada de mais.
Jimin realmente não sentia remorso, porque o que fez a Jungkook não se
comparava ao que ele tinha feito para ele.
—Você mereceu e ainda merece muito mais, eu ainda estou com muita
raiva!
Jungkook lhe encarava daquela forma única, que fazia com que suas pernas
ficassem tremendo. E simplesmente o beijou novamente, o lábio
machucado do maior não foi o suficiente para impedir o ato.
Mas mal pudera aproveitar um segundo, já que bateram na porta do quarto.
—Shhh... —Jungkook o calou com seus lábios e sua língua, devorando com
gosto a boca do pequeno que suspirou entregue.
Jimin sabia que não era hora, que não deveria se entregar assim tão rápido,
mas não conseguia resistir a ele. Jungkook passou ou braços nas pernas de
Jimin de forma afoita, fazendo o mesmo entrelaçar as pernas fartas em sua
cintura, ambos gemeram com o contato tão próximo novamente.
Jogou-o na cama, logo em seguida caindo sobre ele se apoiando nas mãos
para poder finalmente apreciar o dono do seu coração bem ali, entregue
para ele.
Jimin havia sido feito para si, tudo nele o enlouquecia. Seus lábios, seu
rosto, cada mínimo detalhe do seu corpo, sua voz, seu cheiro magnífico, o
jeito que agia, a forma que se entregava a ele, o som dos seus gemidos,
tudo... absolutamente tudo nele havia sido feito para lhe enlouquecer.
—Ele te faz ficar tão entregue assim, bebê? —Sussurrou, olhando em seus
olhos.
—Eu sei que não! —Jungkook sorriu ladino, e arrancou a boxer do menor
com autoridade. Escancarou as pernas de Jimin rapidamente, desesperado
para o ver lá embaixo de novo, olhando excitado para o membro duro e sua
entradinha rosada. —Gostoso...
Estava tudo indo tão rápido, Jimin não teve tempo de pensar muito,
Jungkook tinha muito efeito sobre si, sobre as reações em seu corpo e
principalmente em seu coração.
Mas então viu que Jimin estava enfiando seus dedinhos em sua entrada
enquanto o observava. Jungkook foi a loucura, subindo em cima dele, no
meio de suas pernas, fitando de perto o rosto próximo ao seu.
—Porra... como você consegue ser tão gostoso, Jimin? —Perguntou antes de
se enfiar com tudo em seu buraquinho quente e apertado, grunhindo de
prazer. Apertando os lençóis ao lado de sua cabeça, tremendo, gemendo,
querendo mais, muito mais dele. —Jimin... Jimin!
Jimin já havia visto Jungkook muito excitado, mas igual agora, nunca. Ele
estava muito gostoso daquela forma descontrolada, o pau dele indo fundo
dentro de si, tomando seus pontos mágicos, o fazendo delirar. O cheiro de
sexo preenchendo o ambiente.
—Hmm... ah....Jungkookie...isso!
—Meu! —Jungkook lhe estocava com violência, indo forte, rápido e fundo.
—Nunca mais fuja de mim... —Disse, beijando sua testa, seu nariz, por fim
seus lábios carnudos.
A porta não estava mais sendo batida e sim esmurrada. Jungkook bufou
impaciente e se levantou colocando a calça para ir atender, era um dos
homens que havia trazido junto consigo para Londres.
—Namjoon disse que você não atende o seu. Pediu para eu te falar que era
uma emergência.
—Park Twan está vivo. —Namjoon disse, fazendo o sorriso satisfeito sumir
do rosto de Jungkook.
CAPÍTULO 31 - Dúvidas
—Ok, Namjoon, me mantenha informado sobre tudo. Obrigado. —Jungkook
desligou o telefone e voltou os olhos para Jimin sentado em meio aos
lençóis, ainda completamente nu.
—Nós temos que resolver isso tudo de uma vez por todas Jimin, eu não
aguento mais viver assim. —O moreno disse, estava arrasado com o que
tinha acabado de ouvir no telefone. —Sou possessivo, sou teimoso, violento,
gosto de matar e sempre admiti isso, nossa relação nunca vai ser normal.
Mas eu te amo, isso não conta?
—Conta, claro que conta. —Jimin estava se sentindo tão mal por ver
Jungkook com aquela expressão triste. —Mas… eu menti quando disse que
podia te obedecer, eu nunca, jamais poderia. Eu não sou assim, e com tudo
o que passei percebi o quão forte eu posso ser.
Jimin corou fortemente ao notar o jeito com que ele falou, ainda sentia tudo
o que ele causara ao seu corpo a uns minutos atrás, sua pele ainda tinha
seu cheiro gostoso, seu corpo ainda tinha suas marcas e roxos, feitos pelas
mãos enormes e a boca de Jungkook.
Jeon o olhava com uma expressão tão admirada que fez com que o pequeno
sentisse seu corpo nu se arrepiar sob os lençóis de seda. Jimin sempre se
sentia despido somente com os olhares que Jungkook lhe lançava, mesmo
que agora estivesse coberto por um fino lençol, ainda sim se sentia
completamente exposto aos seus olhos, as orbes escuras e mais
penetrantes que ele já conhecera.
—Eu achei que podia confiar em você, e sem mais nem menos você sumiu
da minha vida, sem a mínima intenção de voltar! —Jungkook falava tudo,
magoado e com raiva, não desviava os olhos do ruivo, que também não lhe
abaixava a cabeça.
—Você matou o meu pai Jungkook, a pessoa que me deu a vida! —Jimin
acusou.
—Não são, amor. Você não tinha o direito de me tirar esse prazer! E sabe o
que é pior? Eu sei que você fez isso para me atingir, por pura vingança!
Mesmo sabendo que seu pai nunca foi um pai de verdade para você,
querendo ou não, até seu tio Hansol foi mais presente do que ele.
—Isso não justifica o que você fez! —Disse com raiva. —Sendo ou não bom,
ele ainda era o meu pai!
Jimin havia pesquisado mais sobre a vida militar de Min Hansol, e descobriu
que havia várias denúncias contra ele que nunca iam para frente porque ele
comprava todo mundo. A maioria dos seus crimes eram de pedofilia, e
aquilo era muito nojento.
—Você também é um criminoso Jimin... e dos bons, dos muito, muito bons!
—Disse com um sorriso malicioso.
—E-Eu sei… mas eu nunca fiz nada de ruim para quem não merecesse, não
tem como comparar ao meu tio que fazia mal a crianças.
—Eu te amo, Jimin. —Sussurrou olhando bem fundos em seus olhos. —Amo
demais!
—Eu sou louco, não sou? —O menor sussurrou, olhando em seus olhos.
Estava tão apaixonado que tinha se esquecido do por que fugira dele e do
por que estava com tanto ódio. —A última coisa que eu queria era te
encontrar de novo, e quando encontro, isso acontece de novo.
—Como assim, bebê? —Jungkook não conseguia tirar os olhos dos olhinhos
castanhos brilhantes do menor.
—Eu sou louco por te amar dessa forma tão forte. —Disse, baixinho. —Me
entregar a você foi a atitude mais burra que eu já tomei na minha vida, mas
também foi a melhor!
—Eu matei a minha mãe. —Jungkook soltou ainda olhando-o. —Foi tão
bom… eu me senti livre do meu passado, Jimin.
Jimin sentiu o coração apertar, Jungkook não costumava falar muito sobre
seu passado, ele era fechado para esse assunto. A única coisa que ele
nunca segurava era dizer que o amava, porque de resto, o moreno era bem
fechado. E o ouvir admitindo isso assim, era inédito e curioso ao mesmo
tempo… mas foi assustador.
—Ela me vendia para uns ricaços desde que eu era criança, e bem… eu
sempre soube em quem iria descontar todo o meu ódio quando tivesse
recursos e a idade suficiente. Porém o que sempre me deixou mal, não
eram os pedófilos que gostavam de me usar, mas o fato da minha mãe me
vender assim, era ela quem devia me amar e proteger sabe? —Disse sério,
os olhos escuros revelando o quanto aquilo ainda o atormentava, e Jimin se
sentiu tão mal por ele. —Eu não dormi com muitos homens e mulheres
nessa época, na verdade eu sempre era o prostituto exclusivo de alguém
por meses, as vezes anos, e… isso me dá nojo até hoje. Eu tenho nojo de
mim mesmo.
—Você foi a única coisa boa que aconteceu na minha vida. —Jungkook
nunca havia sido tão sincero em sua vida. —Eu não tenho mais ninguém, e
quando você foi embora… foi o fim para mim.
—Como assim?
O moreno suspirou.
—Ele acaba de me ligar me contando que seu pai está vivo e bem. —Falou
olhando o pequeno. —Mas isso é impossível.
Jungkook sabia que era impossível, ele deu um tiro na cabeça do homem,
viu seus miolos explodindo, não era coisa da sua cabeça. O que ele
estranhava era o fato de Namjoon inventar uma história sem pé nem
cabeça, de que o homem estava internado e muito vivo. Park Twan não
tinha sequer 1% de chance de estar vivo. O cérebro dele abriu, não foi um
tiro a distância, foi a queima roupa.
Jimin nada disse, isso era algo que dentro de si nunca estaria perdoado. Ele
ainda tinha raiva, porém achava que poderia conviver com isso, pelo menos
esperava que sim. Nada estava garantido em seu coração.
Jungkook colou a mão nos lábios de Jimin para que ele se calasse, estava
ouvindo algo estranho do lado de fora,
—Quem será que é? —Jimin sussurrou já vestido com seu terno vermelho.
Não usava nenhuma camisa por baixo já que Jungkook rasgou a mesma,
seu peito ficou desnudo.
Jungkook fez sinal para que ele fizesse silêncio. Os passos estavam cada
vez mais próximos da porta.
—Você ainda não entendeu que você não tem que deixar mais nada
Jungkook? Eu não tenho mais que te obedecer! —Disse o baixinho de forma
segura. —Eu vou ficar, você querendo ou não!
Jimin ficou totalmente indignado e tentou abrir a mesma, porém não tinha a
chave e ela automaticamente se trancava sozinha.
—Jungkook! —O baixinho socou a porta enquanto ouvia o outro
rapidamente agir do lado de fora. Isso não era justo, ele queria ajudar. —
Não acredito que fez isso!
Do lado de fora haviam dois homens que Jungkook nunca tinha visto.
Largou a arma no chão e pegou uma faca de cano curto e com uma longa
lâmina curvada, foi para cima dos dois quando viu que só um deles estava
armado.
Os homens ficaram tão surpresos por ele ter saído do nada do quarto, que
não tiveram muito tempo para pensar. E uma habilidade que Jungkook tinha
era ser muito mais rápido que a maioria dos homens, por isso era muito
bom e habilidoso com facas, elas eram fatais quando estavam em suas
mãos, também eram práticas e muito silenciosas.
Antes que eles pudessem se quer reagir e levantar a arma em sua direção,
o moreno já havia socado o rosto do mais baixo deles, e tomando com
facilidade a arma de suas mãos, segurou sua cabeça e bateu com violência
contra a parede várias vezes, fazendo o mesmo desmaiar. Isso foi questão
de segundos até sentir o outro tentando lhe dar uma chave de braço muito
mal treinada. Jungkook não deixou que o fizesse, somente torceu o braço do
homem que deu um grito que Jeon teve que abafar com sua mão, puxou o
pescoço do mesmo para o lado com força, até ouvir um estalo alto,
garantindo que havia quebrado o mesmo.
No fim, nem mesmo precisou usar sua faca, foi fácil demais.
Guardou a faca no bolso e pegou a arma, que um deles tentou usar, era
uma boa pistola, iria ficar com ela.
Jimin estava bem revoltado por ter sido deixado para o lado de dentro.
Sabia que Jungkook daria conta, mas queria provar para ele que podia se
virar, isso era bem irritante.
Jungkook pegou o homem desmaiado e jogou sobre seu ombro, abriu a
porta dando de cara com Jimin que estava bem irritado, passou por ele
entrando e fechando a porta.
Jimin queria discutir mas ao mesmo tempo queria o beijar. Jungkook podia
ser bem fofo quando queria, por mais que essa palavra não defina nem um
pouco sua personalidade.
—Prenda ele, eu tenho algemas na minha mala, tape bem a boca, você
sabe o que fazer né, meu amor? —Perguntou carinhoso, e Jimin assentiu
desnorteado com tamanha gentileza do moreno para consigo. —Eu tenho
que mandar alguém tirar aquele corpo lá de fora, enquanto isso você sabe o
que tem que fazer, lindo!
—O-Ok...
Foi até lado de fora e arrastou o corpo sem vida para dentro do quarto,
antes que mais alguém visse, e fechou a porta. Jimin já havia prendido o
homem desmaiado em uma cadeira, ele já estava amordaçado, os pés e as
mãos muito bem presas. Era um trabalho perfeito.
Jimin queria o orgulhar, sempre quis. Porque nunca em sua vida tinha se
sentindo tão bem com outra pessoa, Jungkook lhe tratava com uma
importância que o pequeno sabia que não tinha, era algo exagerado, mas o
moreno o fazia se sentir mais especial do que realmente era, e isso era algo
tão bom.
—Se você não me disser quem te mandou, ou gritar quando eu tirar sua
mordaça, eu garanto que sua morte vai ser prolongada e sofrida. Eu vou
arrancar sua pele, seus dedos, todos os membros do seu corpo, eu vou te
castrar. E só depois de tudo isso eu vou te matar, então o que você prefere?
—Lee Taemin?
Negou novamente.
—Vou tirar sua mordaça, acho que já entendeu o recado caso tente fazer
qualquer coisa.
—Tudo bem, agora você vai morrer em paz, Ok? —O moreno perguntou
pegando sua faca.
—P-Por favor, eu tenho duas crianças para criar, eu… sou sozinho no
mundo, não precisa fazer isso! —Disse, aos prantos. —Eu sumo do mundo,
eu não te denuncio, por favor!
Jungkook não lhe deu ouvidos, só pegou a faca e direcionou para o seu
pescoço. Ele sabia muito bem lidar com aquele tipo de gente , e aquele era
o tipo de coisa que sempre se falava para amolecer o coração das pessoas,
falar que tinha filhos, que ficariam órfãos e blá, blá, blá. Pelo menos 90%
das pessoas falavam esse tipo de coisa na hora do desespero, mas a grande
gigantesca maioria mentia.
—Nunca se prenda a esse tipo de coisa, amor. Você não pode nunca baixar
a guarda se quiser continuar vivo. —Disse lhe entregando a faca. —Mate
ele, você sabe o que fazer.
Jimin não queria matar um policial inocente, pai de dois filhos, que
implorava por sua vida.
—Mata você então, eu não tenho coragem! —O ruivo disse trêmulo lhe
entregando a faca de volta.
—Se eu o matar você só vai ter mais raiva de mim né? Você me acha cruel!
Jimin olhou-o com os olhos faiscando, foi até o homem que o olhava pedindo
ajuda. Enfiou a faca na jugular do mesmo, vendo o sangue sair em
abundância, e os olhos arregalados ficarem paralisados.
Jungkook foi até a porta para ver de quem se tratava, abriu um pouco e se
surpreendeu ao dar de cara com Lee Taemin, com a cara toda desfigurada e
ainda sim com um sorriso no rosto.
—O que você está fazendo aqui, seu lixo? —Jungkook já perguntou irado,
escancarando a porta. —Não apanhou o suficiente? O que você quer?
Jungkook foi com tudo para cima dele o segurando pelo colarinho o
empurrando contra a parede do corredor.
Taemin gemeu ao ter suas costas esmagadas pela parede, mas o sorriso
vitorioso não saía do seu rosto machucado.
—Acho melhor ouvir o que o ruivinho lindo tem a dizer… Kookie! —Disse
debochado.
Então Jungkook olhou para o lado, se deparando com no mínimo uns vinte
homens ali. Todos com as armas apontadas para si, não eram amadores,
eram assassinos profissionais.
—Foi ele que pediu, Jeon! Só estou cumprindo a minha promessa! —Taemin
disse sorridente. —Vamos, Jimin?
—ELE NÃO VAI! —Jungkook entrou em sua frente, não deixando Taemin
nem olhar Jimin.
—Você não tem o que querer, Jeon. —Disse, com o sorriso lento. —O Jimin
me pertence, você querendo ou não.
O que houve ali no momento, Jimin não foi capaz de prever, muito menos
de impedir.
CAPÍTULO 32 – Só Hoje
Taemin estava a anos tentando acabar com a vida de Jeon Jungkook, mas o
desgraçado era tão inalcançável, que nunca em sua vida conseguiu chegar
nem perto.
Jeon planejou sua vida desde que era pequeno, mentindo para sua mãe
sobre a quantidade de dinheiro que ganhava com aquele velho Chung-Hee.
Jungkook matou Jeon Sook, uma mulher maravilhosa na visão do Lee. Ele
simplesmente tirou a vida da própria mãe, e Taemin ainda se vingaria por
isso, também queria sua vingança pela sua noiva.
Jungkook sumiu junto a Namjoon logo depois que matou a mãe, demorou-se
anos até Taemin descobrir onde ambos estavam, e quando ele soube já era
tarde demais, o Jeon crescera absurdamente rápido no mundo dos
assassinos. Não era mais tão fácil acabar ele.
Namjoon e Jungkook estavam ficando cada vez mais ricos, e Taemin mais
distante da vingança que tanto desejava.
Então apareceu Min Hansol e Min Yoongi, que foram um dos poucos que
quiseram fazer parceria com Taemin. Foi justamente nessa época que
descobriu sobre a existência de Park Jimin, mas não levou muita fé de que
Jungkook fosse tão obcecado pelo garoto como todos diziam. Até estar
finalmente presente entre casal e ver com os próprios olhos todo o ciúme e
fúria que Jungkook exalava.
Bem ali ele teve certeza que queria muito foder Park Jimin, já tinha vontade
antes porque ele era realmente gostoso, mas depois de ver como Jeon
reagiu, ficou ainda melhor.
O que esse Jimin tinha de tão interessante? Sabia que Yoongi morrera de
burrice por causa desse garoto e Jungkook se mostrava seguir para o
mesmo caminho. Taemin se sentia atraído só por toda essa atenção que o
ruivinho recebia, mas ele era realmente lindo, e provavelmente a pessoa
mais desejada do mundo do crime. Todos queriam o garotinho do Jeon, só
porque era o garotinho dele, o único que mexeu com a cabeça doentia de
Jungkook.
Mas então vem a melhor parte, Kim Namjoon. Taemin em todos esses
meses havia convencido o Kim a vir para o seu lado, foi difícil, mas depois
de tamanho descontrole que Jungkook vinha demonstrando com o passar
dos meses, Namjoon finalmente cedeu. Nas com a condição de não matar o
Jeon, e claro que Taemin aceitou essa condição, ele queria que Jungkook
sofresse o resto de sua vida, não era maníaco por sangue, só tinha cede de
vingança, e essa vingança tinha nome e sobrenome. Park Jimin.
(...)
Jimin foi para a frente de Jungkook antes que ele partisse para cima de
Taemin, sabia que se não o fizesse o moreno seria morto bem em sua
frente, nunca poderia permitir isso. Ele amava Jeon Jungkook, ele era o seu
amor, sua vida, querendo ou não.
—Cala a boca, Jungkook! Eu só vim pegar o que é meu sem ter o risco que
ele saia com algum arranhão, nossos problemas nós resolvemos só nós
dois!
—Jungkook, para! Por favor, eles vão te matar! —Jimin tentava acalmá-lo.
—Eu te agradeço muito, mas não tem necessidade disso tudo. —Falou
olhando para os homens com as armas todas apontadas para eles. —Aliás,
não tem necessidade deles estarem com as armas apontadas para cá.
Aquela forma que o Lee estava chamando-o fez com que todas as células
do corpo de Jungkook tremessem do mais puro e profundo ódio, mas tinha
que reunir toda a sua pouca paciência para não cometer mais nenhum erro,
tudo tinha que ser calculado.
—Ele não vai com você, pare de ser um maldito covarde e me encare
sozinho, só eu e você! —Jungkook disse irritado. —Ou sente tanto medo
assim?
—Não! —Disse, lhe segurando pelo braço o puxando para trás de si. —De
jeito nenhum, nunca!
—Jeon eu não quero ter que te matar, você sabe o quanto de prejuízo isso
me traria? —Taemin disse com um sorriso, cruzando os braços. —Todos os
seus milhares de sócios viriam atrás de mim e bom… a última coisa que eu
quero é mandar que atirem agora. Sei que é difícil pra um egocêntrico como
você entender mas entenda que não há o que você possa fazer, o Jimin é
importante, ele sabe muita coisa, então ele vai comigo.
—Por que você não me leva então? —Jungkook perguntou. —Eu sei muito
mais coisas do que o Jimin, são incontáveis, e você sabe disso!
—Você sabe muito bem porque. Seus sócios iriam atrás de mim, além de
que o ruivinho é muito interessante… —Provocou.
—E se eu for de boa vontade? E se… —Iria doer dizer aquilo, mas Jungkook
não deixaria Taemin ficar se quer mais um segundo com o seu pequeno.
— ...e se nós fizéssemos uma parceria? Eu posso te contar como derrubar
muitos dos homens que você planeja matar a anos!
—Meu Deus… você gosta mesmo dele! —Taemin disse com um sorriso
irônico. —Eu não acredito nisso. Quem diria, Jeon Jungkook apaixonado? O
mesmo cara que não se importou em assassinar todos os amigos do bordel
queimados, o mesmo cara que matou a mãe a facadas, o mesmo cara que
se quer chorou ao saber da morte do próprio pai!
Jungkook respirou fundo novamente, não conseguindo evitar ficar com tanto
ciúme só do jeito dele falar. Sua vontade era de quebrar todos os ossos
daquele cara, cada um deles e lentamente, adoraria ver o sangue
escorrendo por todo o corpo dele, mas não podia fazer nada agora.
—E por que você acha que o Jimin não mentiria para você?
Taemin sorriu largamente para o menor. Claro que ele queria provocar
Jungkook mais do que tudo no mundo, mas estaria mentindo se dissesse
que não estava nem um pouco interessado no Park, afinal o garoto era um
pedaço de mal caminho. Ter o ruivinho em seus lençóis seria uma forma de
vingança deliciosa contra Jungkook, seria ainda melhor se fosse na frente do
mesmo, mas Taemin não sonhava tão alto.
Ainda tinha muitos homens para convencer a ficar contra Jeon, alguns
viravam a casaca mas a grande maioria infelizmente ainda era muito fiel a
ele, por medo e admiração. E infelizmente para si, ele pagava um salário
que Taemin ainda não podia pagar, porém seria questão de tempo, com
Namjoon ao seu lado Jungkook perderia metade da empresa, e
consequentemente metade de seus homens.
Jimin queria tanto se estapear por ser tão burro e ter caído na armadilha de
Taemin, e agora óbvio que tinha que ir com ele. Jungkook já estava
surtando novamente, mas não podia fazer nada naquele momento.
Jimin saiu de trás do moreno para se encaminhar até Taemin, mas foi
segurado pela mão firme do moreno que apertou com força seu pulso.
—Eu… faço qualquer coisa! —Jungkook disse a Taemin. —Mas deixa ele fora
disso!
Taemin sorriu largamente com isso. Nunca em toda sua vida imaginou ouvir
isso dele, e com certeza foi a melhor das sensações, podia finalmente se
vingar.
—O Jimin vai comigo, mas eu não encosto nele se você me trouxer a cabeça
seu irmão e… me contar aonde sua mãe está enterrada. —Mentiu, pegando
o braço de Jimin e o puxou para si. —Se você fizer qualquer coisa eu acabo
com o ruivinho, depois de me aproveitar bastante dele, claro.
Mas Jungkook jamais deixaria que isso acontecesse para sempre, tinha que
agir, e saber exatamente em quem podia ou não confiar. O engraçado
daquilo tudo, era que Jungkook sabia exatamente quem.
(...)
—Eu não dou duas horas para o Jungkook planejar alguma coisa e já estar
aqui, então tenho que ser rápido. —Sussurrou em seu ouvido, se
encaixando atrás de si, deixando o ruivo absurdamente nervoso. —Eu quero
muito te provar, Jimin, saber que mel é esse que você tem!
Jimin tentou se afastar mas foi firmemente segurado, olhou ao redor para
todos os vários seguranças que não tiravam os olhos da cena que se
desenrolava. Eles pareciam interessados, só deixando-o ainda mais
incomodado e constrangido.
Jimin o empurrou e saiu de seus braços, virou-se para olhar para Taemin
que o fitava com um misto de diversão e desejo, descendo os olhos pelo
pescoço todo cheio de chupões e seu peito branquinho também marcado.
As marcas de Jungkook.
—Já, Park? Não chegou a dar três horas que ele te levou de volta! Você
estava desesperado e cheio de medo do Jungkook te pegar… —Disse se
aproximando do baixinho novamente como um predador. —Mas tudo o que
você mais queria é que ele te pegasse… não é?
Jimin abriu a boca sem que saísse algum som dela, logo em seguida passou
a língua entre os lábios, totalmente nervoso. O outro seguiu o movimento,
se sentindo desejoso.
Jimin não tinha medo de Taemin, mas não sabia como reagir nesse tipo de
situação.
—Você está todo marcadinho pelo seu homem. Não é, Park? —Sorriu
parando em sua frente. —Você gosta disso?
—Não te interessa!
Taemin sorriu, segurou sua cintura aproximando seu corpo do menor, mas
Jimin colocou as mãos sobre seu peito, o afastando o máximo que
conseguia. Aquilo além de incômodo, era extremamente vergonhoso.
Taemin podia até ser bonito, mas era chato, irritante, e definitivamente não
era o seu Jungkook. Não era o homem que ele amava e o único que ele
queria.
Jimin se sentiu ofendido, mas se segurou para não dizer nada, preferiu ficar
em silêncio.
—Qual seu objetivo na vida, Jimin? Ser a foda do Jeon e nada mais?
—Cala essa boca! —Jimin falou irritado, sentindo sua cintura ser segurada
mais firme.
—Eu soube o que você fez com seu primo. Eu também soube que você
salvou o Kim e o Jeon em uma noite, e sozinho. —Disse, falando baixinho só
para ele ouvir. —Você tem muito talento, Park. Só precisa de alguém que
saiba valorizar isso.
Jimin ficou boquiaberto, o encarou com desconfiança.
—Eu posso te ajudar, eu posso fazer você ser muito mais do que é agora, e
é só esquecer completamente da existência daquele cara.
O menor esperava qualquer coisa, menos que ele quisesse mesmo que
fosse para o seu lado.
—Qual é Jimin, que futuro você tem com ele? —Perguntou se aproximando
de sua boca. —Jungkook é doente, e todo esse egocentrismo dele vai ser o
responsável por sua queda, todos já estão se voltando contra ele.
—Todos… quem?
—Jimin, até ontem você me pediu ajuda e eu te ajudei, você está livre dele.
Mas cabe a você agora decidir se quer me ajudar também.
—Eu repito a pergunta, o que você quer ser da sua vida? Você pode ser o
que quiser longe dele, pode ser até muito maior do que o Jungkook, talento
e vontade eu sei que você tem.
—Por que só falta você, olha aqui. —Taemin levantou seu queixo para que o
ruivo o olhasse nos olhos. —O Jeon vai estar aqui em menos de duas horas,
eu não tenho dúvidas. Mas nós vamos voltar para a Coreia, lá está tudo
perdido para ele, pelo menos quase tudo perdido.
—O que?
—As pessoas estão se voltando contra ele, porque nesse último mês ele
enlouqueceu e não conseguia fazer mais nada, ele não é mais a mesma
pessoa.
Jimin estava indignado, Jungkook era um ótimo líder, e muito respeitado por
todos, e aquilo não fazia sentido. Olhou bem para o outro, suspirando e
semicerrando os olhos, estaria ele mentindo?
—É a verdade, Park. Mas você não precisa se afundar com ele, você pode
ficar ao meu lado. —Sussurrou colocando uma mecha de cabelo laranja
atrás de sua orelha, olhando-o nos olhos com um sorriso que nunca tirava
do rosto. —Você acha que Yoongi era burro? Eu conheci seu primo, ele era
um amigo próximo. Antes de ser pego pelo Jeon naquela enrascada, ele já
havia movido muita gente contra o Jeon, gente que o mesmo demorou anos
para se aliar, ainda têm mais homens grandes do meu lado, políticos que
eram muito amigos de Georgiana, parceiros dela. Aquela vadia conhecia
muita gente, assim como muitas pessoas mortas pelas mãos do seu
assassino favorito. Sabe, Jungkook acumulou muitos inimigos, e o mal que
ele causou está se voltando contra ele.
—Mas...
—Hoseok se foi, ele está namorando seu amigo Taehyung, porém não estão
mais em Amsterdã, simplesmente sumiram. —Continuou falando,
pressionando seu corpo ao do garoto com aquele terno vermelho digno de
matar qualquer um do coração. —Namjoon não consegue mais trabalhar
com Jungkook… ele está do meu lado agora, e o Jeon ainda não sabe.
Jimin estava de olhos arregalados, o coração batia forte quase saindo do
peito. Ele precisava avisar Jungkook.
Jimin ainda estava uma confusão de sentimentos, não sabia o que fazer,
mas tinha um objetivo. Alertar Jungkook.
—Sabe aquele médico bonito, Jin? —Jimin voltou os olhos para ele
novamente. —É, fizeram um estrago com ele. Sofreu todo o tipo de coisa, e
quando foi salvo por você, a primeira coisa que fez foi denunciar todo o
sistema de assassinos secretos que nós temos. Sabe o que é isso, Jimin?
Você faz ideia de quanta gente ele fodeu? Não, você não faz. Porém todos
arrumamos uma solução bem genial. Colocar toda a culpa no Jeon, porque
ele é o maior de nós mesmo.
—Algumas provas do que ele realmente fez aqui, outras pistas falsas ali, e
pronto. Jungkook é o homem mais procurado da Coreia, e devo dizer, do
mundo. É com esse tipo de homem que você quer estar? Se ele pisar na
Coreia ele será preso, e você vai junto.
—Ele matou seu pai, Jimin. E Park Twan era um amigo íntimo do presidente.
Como sei disso tudo? Alguns desertores me contaram, e vários o
denunciaram em troca de uma pequena fortuna que foi oferecida por toda a
sociedade de assassinos.
—Mas nada disso vai afetá-lo de verdade, porque conheço e odeio Jeon
Jungkook, mas sei que o desgraçado sabe dar a volta por cima. E mesmo se
não der, já que não se foge da justiça para sempre, eu sei que só há uma
coisa no mundo que o deixaria completamente sem chão.
—Quero que você venha comigo. E então eu não denuncio onde ele está,
porque eu não quero que ele seja preso, seria fácil de mais, eu o quero aqui
do lado de fora para resolvermos nosso acerto de contas como deve ser
feito!
—Sim, você pode, vamos lá Jimin é só dizer sim. Tudo fica melhor pra mim,
pra você e para o Jeon. —Disse. —Você fica comigo, e eu não denuncio ele.
Jimin fungou.
Seu coração doía, ele achava que só teria que dar um jeito de fugir de
Taemin, mas o buraco era muito mais embaixo, as coisas tomaram
proporções absurdas. Poderia dizer não, mas então ele falaria para polícia
onde Jungkook está e ele seria preso.
—Eu não vou te estuprar, Jimin. —Sussurrou abaixando a cabeça até sua
orelha bonita, mordeu o lóbulo. —Qual é, eu sei que sou atraente, não sou
nenhum velho nojento, e vou fazer direito de um jeito que sei que você vai
adorar.
Jimin olhou nos olhos de Taemin sem saber o que dizer, e assentiu. Estava
exausto de tudo aquilo.
—Só hoje…
CAPÍTULO 33 – A Inconsciência
Taemin jogou Jimin no sofá com brutalidade, o menor não esperava aquele
ato repentino, então ficou assustado.
O mais velho beijou Jimin de forma rápida, enfiando sua língua na boca dele
sem pedir passagem. Seus lábios eram frios, e sua boca não tinha o mesmo
gosto com o qual Jimin estava acostumado, ele queria se afastar, mas
Taemin devorou seus lábios com gula, enquanto apalpava suas coxas.
Jimin era muito bonito, mas estava absurdamente quieto, sem reações e
isso nunca aconteceu a Taemin, normalmente as pessoas ficavam afoitas
em seus braços. Não ficavam completamente estáticas com os olharares
perdido assim como ele estava estava.
Ele fez sinal para que o ruivinho subisse as escadas e o pequeno o fez em
silêncio, dando lhe uma visão privilegiada da sua bunda avantajada e
durinha enquanto subia os degraus em sua frente. Taemin falou para os
cinco seguranças estarem devidamente preparados para qualquer invasão,
porque ele tinha que comer aquele garoto agora, se não enlouqueceria de
tão duro que estava. Sem tirar os olhos de Jimin subindo a escada, subiu em
seguida.
—Tira essa roupa, Park! —Taemin disse se dirigindo até sua cama de casal,
sem tirar os olhos do garoto.
—Eu quero ter tudo com você ruivinho, assim como o Jungkook também
teve. —Disse com um pequeno sorriso. —Tira essa maldita roupa, eu quero
te ver.
Jimin ficou mais vermelho ainda, não conseguiu se mover, não conseguiu se
despir. Só ficou encarando-o com a boca entreaberta e o coração disparado.
O que mais o paralisou foi quando viu Taemin pegar seu celular e apontar
para si, filmando-o descaradamente.
Mordeu os lábios para não deixar o choro sair, e tirou o blazer vermelho,
ficando nu da cintura para cima. Olhou para Taemin que com uma mão
apertava a própria intimidade encarando-o, excitado. E com a outra tinha
seu celular apontado para o ruivo, ele ostentava um sorriso largo.
—Diz que você é meu, fala para o Jungkook que você me pertence! —Ele
disse, gravando tudo. —Olha para o celular e fala para ele aqui, que eu vou
foder você hoje porque você quer!
Jimin não ia dizer isso, não mesmo, nem que aquilo nunca chegasse a
Jungkook. Havia limites para sua humilhação.
—Não vai dizer, ruivinho? —Disse olhando em seus olhos, exalando malícia.
Bateu em sua coxa e chamando-o. —Vem aqui, eu vou te dar motivos para
ficar de boca calada.
Jimin hesitou por alguns segundos, mas vendo que não tinha mais jeito foi
até ele, até parar em sua frente.
Taemin o puxou pela cintura trazendo Jimin para o meio de suas pernas,
beijando sua barriga marcada, passando a língua e abrindo o botão da sua
calça vermelha. Olhou em seus olhinhos que estavam perdidos.
Largou o celular de lado e com as duas mãos puxou a calça de Jimin para
baixo.
Taemin ficou admirado com as coxas fartas. Passou suas mãos ali, desejoso,
apertando a carne, observando as faltas de reações do menor, que ainda
estava estático.
Jimin estava com nojo, mas precisava fazer com que tudo desse certo. Não
o chupou, na verdade ele se levantou e sem mais nem menos se sentou no
colo do outro que gemeu surpreso com o contato inesperado.
Taemin não esperava essa atitude do ruivo que não parecia estar gostando
de nada até agora. Ia dizer alguma coisa, mas não conseguiu, assim que
Jimin começou a rebolar deliciosamente em seu colo, o levando a loucura.
O Lee estava tão entretido que nem ao menos percebeu quando o pequeno
jogou seu celular longe, estava em êxtase. A bundinha farta se movendo
com precisão sobre ele, quase o fazendo gozar nas próprias calças, como
um adolescente inexperiente.
—Q-que isso ruivinho… assim que eu gosto! —Disse com um sorriso perdido
em sensações, apertando suas nádegas com força.
Jimin fez sua melhor cara de safado e mordeu o lóbulo da sua orelha,
enjoado com o cheiro adocicado do seu perfume. O de Jungkook era sem
comparações, era forte, másculo, como que feito para ele.
—Você não disse que queria tudo o que o Jungkook tinha? —Sussurrou em
sua orelha, sem parar de rebolar em seu colo.
Taemin apertou com mais força suas nádegas, investindo contra sua bunda
marcada pela cueca boxer apertada.
—Mas eu vou te dar tudo o que Jungkook nunca teve! —Jimin sussurrou
provocante.
Taemin ficou chocado e com muita raiva, porém não teve tempo de falar ou
agir assim que teve seu pescoço perfurado por uma minúscula faca afiada
que estava na mão do menor.
Rápido, tão rápido que mal deu tempo para notar que ele estava armado
aquele tempo todo.
Taemin não teve tempo de reagir, porque Jimin sabia exatamente onde o
perfurar. Afinal, havia aprendido com o melhor.
Ele tentou empurrar o garoto, mas a dor que sentia na área do pescoço já o
estava deixando tonto. Estava perdendo muito sangue, e até tentou
levantar mas foi firmemente segurado pelas coxas do ruivo.
Taemin foi empurrado para trás caindo de costas na cama, com o garoto
por cima de si, suas mãozinhas estavam encharcadas de sangue. Jimin
puxou a faca minúscula que ele sempre levava presa ao tornozelo, para
emergências como essa. Ela estava gravada no pescoço do Lee e não
estava saindo com facilidade, principalmente pela quantidade absurda de
sangue que saía por ali.
Puxou com mais força e a faca finalmente se soltou da carne. O som que
saiu do ferimento era viscoso, o sangue descia em abundância, como
sempre saia quando o ferimento era nesse local em específico.
O outro tentou gritar, mas Jimin colocou sua mão cheia de sangue em sua
boca, empurrando mais o corpo que se debatia na cama.
—Vai para o quinto dos infernos! —Ele sussurrou com a voz delicada. —Seu
porco nojento!
Jimin sufocou um grito quando o outro veio para cima de si, mesmo cheio
de sangue e todo fraco pela alta perda de sangue.
—Eu vou te matar seu putinho de quinta! —Falou com dificuldades em cima
de Jimin segurando seu pescoço e o apertando. —Você está fodido!
Jimin se debateu embaixo dele, tentando o empurrar, mas ele ainda era
mais forte. Sua vantagem era que ele estava todo ferido.
—S-Senhor Lee… ouvimos gritos, está tudo certo? —Uma voz masculina se
fez presente do outro lado.
Um som oco de batidas fez Jimin paralisar e quase perder o ar, olhou e
direção a porta.
O que faria? A única coisa que passou por sua cabeça, claro.
Olhou para todos os lados daquele quarto, era grande mas a cama de casal
nem tanto. Tinha decorações em tons de vermelho-escuro, parecia mais um
quarto de boate do que qualquer outra coisa.
Então, viu uma arma caída no piso, não havia nem notado que ele estava
armado. Sorriu e caminhou até ela, pegando-a do chão e analisando a
pistola calibre trinta e dois, pequena e com o cano curto, bem velhinha. Mas
seria muito útil, principalmente porque Jimin olhou o pente da mesma
vendo que estava carregada.
Foi até os grandes armários e escolheu uma roupa de Taemin, uma calça de
moletom e uma camisa preta normal. A calça ficou muito larga mas graças
ao elástico não estava caindo, mas de resto tudo ficou bem. Precisava sair
dali, mas antes, ia procurar provas dos crimes dele para livrar Jungkook
daquelas acusações.
—Seu desgraçado! Eu acho muito bom que você não tenha encostado nele,
eu te mato você ainda não sabe do que eu sou capaz Lee Taemin! Eu vou
arrancar cada...
Jungkook soltou uma risa alta, alíviada, que aqueceu seu peito.
—Agora você tem que sair daí, amor. Eu já estou chegando, pode me
obedecer só dessa vez e se esconder? —Perguntou, amoroso. —Estou com
em média dez homens. Eu sei que eu dou conta de todos bebê, mas eu não
quero arriscar a sua segurança.
—Que bom ouvir isso, amor. Não sabe como eu estou aliviado por você
estar bem, mas com a morte do Taemin formamos ainda mais inimigos,
sabe disso, né? —Jungkook falava calmamente, como se não fosse uma
grande preocupação, mesmo sabendo que era.
—Eu sei Jungkookie! O Namjoon está traindo você, e vários de seus homens
também, a polícia está atrás de você... Taemin me disse
—Eu sei disso amor, na verdade eu sempre soube, mas me fingia de cego,
nunca quis acreditar. Mas agora não dá mais para evitar. —Suspirou. —
Quanto a polícia, bem… acho que Taemin pode ter aumentado um pouco as
coisas para te abalar, estão atrás de mim mas se quer tem provas ou
sabem o meu rosto.
—Shhh… você não é burro amor, é só inexperiente. Mas vamos mudar isso,
eu tenho que ir, acabei cheguei bebê, já nos falamos!
Jimin ouviu barulhos de tiros do lado de fora do prédio, levou um susto. Foi
até a janela do quarto e olhou para baixo, estava no segundo andar, mas
conseguiu ver vários carros em frente ao prédio, vários homens disparando
uns contra os outros.
Olhou para Taemin e decidiu que a parte mais difícil ele já havia feito.
O coração do pequeno palpitou, então sem pensar muito, correu até a porta
com a arma na mão. Quando abriu a mesma não deu tempo do outro reagir
e atirou bem em sua cabeça, o corpo do homem caiu em sua frente como
um saco de batatas.
—Ei! Está tudo bem ai em cima? —Um outro perguntou, correndo escada a
cima.
Jimin viu ali que não tinha o que fazer, teria que enfrentar a situação.
Quando o outro terminou de subir as escadas e se virou para se encaminhar
até o quarto, Jimin já estava preparado e deu dois tiros em seu peito, o
corpo do homem surpreso caiu escada a baixo, rolando.
—Ei, ei, ei, o que tá pegando? —Uma voz assustadora começou a falar,
enquanto passos de pessoas subindo se faziam presentes novamente. —
Que merda é essa?
Seu coração palpitava enquanto ouvia passos, ainda tinha três homens
vivos ali dentro do apartamento, mas Jungkook estava chegando.
—Caralho… merda! Lee Taemin está morto! —Ouviu o grito da mesma voz
assustadora. —Que porra tá acontecendo aqui?
—O Jum e o Yoong também! Olha que estrago que aquele pirralho fez!
—Cale a boca e fica de olho! Ele ainda está por aí, fiquem atentos.
(...)
—Idiotas… —Murmurou.
Jungkook ouviu passos, tinha mais alguém ali. Olhou para os dois lados do
corredor, e decidiu arriscar e ir, caminhou devagar, com a arma erguida na
altura dos olhos.
Haviam várias portas abertas naquele corredor, então não sabia em qual
entrar, até que na última porta viu um cara surgir com uma arma, ele deu
dois tiros, Jungkook entrou rápido em outra porta quase sendo atingido.
Um dos dois teria que sair da zona de conforto, e no momento não seria
Jungkook. Sorriu ao ver que o idiota resolveu sair antes e veio com tudo
tentando atirar em si, Jeon rapidamente saiu de trás da porta e seguiu ao
corredor também atirando.
Se perguntou se tinha mais alguém, mas tinha quase certeza que não. Seus
ouvidos eram muito treinados para ruídos e não ouviu mais nenhum passo.
Seu coração aqueceu de tal forma, que não conseguiu não sorrir, ele
parecia cansado, os cabelos alaranjados estavam grudados em sua testa.
Puxou carinhosamente o pequeno dali, sentindo que sua pele estava tão
gelada e que ele tremia. Quando por fim colocou-o em pé o Jimin deu um
gemido de dor e se apoiou em Jungkook.
—Jungkookie... —Ele murmurou sofrido, puxando sua jaqueta enfiando o
rosto em seu pescoço. —Dói!
—Eu estou com sono… —O ruivo sussurrou em seu pescoço. —Eu vou
dormir, tá?
Jungkook nunca sentiu tanto medo em sua vida, pavor de perder Jimin
definitivamente.
Levou-o até o carro que havia alugado, estava estacionado do outro lado da
rua.
A rua estava repleta de corpos e só haviam restado quatro dos dez homens
que Jungkook havia levado para Londres, quando o viram desesperado
carregando o pequeno, já ajudaram abrindo a porta do carro e apenas um
deles se ofereceu para dirigir enquanto os outros iam em outro carro.
—Olha para mim, amor! —Ele pediu preocupado, olhando para seus
olhinhos quase fechados, vendo a boca sempre tão rósea estando agora
totalmente sem cor. Os cabelos ruivos bagunçados, o corpo totalmente
mole.
Ele estava tão frágil…
O ruivo não se mexia mais, seu rosto pálido deixou Jungkook com o coração
na mão. Os olhos não mais o fitavam, estavam fechados, completamente
apagado.
Jungkook voltou seus olhos para o dono do seu coração, deitado em seus
braços. Não sabia como o próprio coração aguentava o sentimento forte
que nutria por Jimin, só sabia que era a melhor coisa que já sentira na vida,
e nunca deixaria isso escapar.
Sua vida sempre foi infeliz, até encontrar uma fotografia de Park Jimin no
escritório daquele psiquiatra e tudo mudar dentro de sua mente e de seu
coração.
Segurou firmemente as lágrimas que ameaçavam descer. Não quis ver seu
ferimento, não aguentaria se visse que era muito grave, Jungkook tinha
experiência com ferimentos e ele saberia facilmente dizer a gravidade
deles, até mesmo quanto tempo é necessário para a pessoa morrer. Mas
não veria esse ferimento agora, tinha medo da resposta imediata que sua
mente viria a criar.
(…)
Suas roupas estavam manchadas com o sangue dele, e isso era como uma
faca perfurando seu peito. Seu coração não estava só apertado, era muito
pior do que isso, ele doía, se contorcia dentro do peito, era algo
inexplicável.
Nunca devia ter sequestrado Jimin, a culpa era toda sua. Devia ter
continuado a observá-lo de longe, pelo menos amá-lo a distância feria só a
si, e não ao seu amor. Mas tinha que ser egoísta e querê-lo para si… se
sentia um lixo naquele momento.
Desde que capturara o ele para si, Jimin sofria de uma forma ou de outra. E
agora o pior podia acontecer, se não fosse tão egoísta de querer o seu amor
debaixo de seu teto e em sua cama só para ele… isso tudo não estaria
acontecendo, tinha certeza.
Seu coração batia forte e desenfreado dentro do peito, suas mãos suavam,
nunca em toda sua vida esteve tão aflito. Porque nunca em sua vida tinha
se importado tanto com alguém.
Ficou ali por horas, não soube quanto tempo, mas parecia uma maldita
eternidade.
—Acalme-se. Ele vai ficar bem não se preocupe, mas sente-se por favor. —O
médico pediu.
Assim que ouviu que ele ficaria bem, soltou um longo suspiro aliviado e se
sentou.
—A bala não ficou alojada, ela entrou e saiu, isso foi um problema a menos.
Seus órgãos não foram prejudicados, mas ele perdeu muito sangue, e vai
precisar ficar de repouso por alguns dias.
Jungkook sabia que ele estava bem, um alívio imensurável tomou conta de
si.
O médico suspirou.
Jungkook perdeu a fala, realmente Jimin era procurado pela Coreia como o
filho e herdeiro de Park Twan que desapareceu.
—Ele vai ficar, mas precisa de repouso absoluto, e claro, depois que sair
daqui, nenhum exercício que exija esforço físico por dois meses. —Disse
anotando alguma coisa em uma prancheta. —Nada de esportes, tarefas
domésticas, e nada de… relações sexuais.
—Eu quero… não, eu preciso ver ele agora! —Disse se levantando. —Vai ser
rápido. Onde ele está?
O médico suspirou.
—No último corredor, última porta a direita. Não passe de cinco minutos, é
o melhor para ele, Ok?
Quando viu Jimin ali dormindo de forma tão serena, sentiu como se um peso
tivesse sido tirado de seus ombros. Ele estava bem, estava mais corado,
estava saudável.
—Eu vou fazer todos pagarem por tudo o que fizeram contra você, amor. —
Sussurrou como se ele pudesse lhe ouvir, sem deixar de acariciar seus
cabelos macios, admirando o rosto sereno. —Namjoon e os parceiros dele
ainda não viram do que sou capaz, eu vou matar todos meu anjo, antes
mesmo de você sair daqui. Eu prometo a você.
—Eu te amo tanto… —Disse baixinho olhando seu rosto com devoção. —Eu
nunca mais vou cometer os erros que eu cometi, nós somos uma equipe
meu amor, eu finalmente aprendi isso. Eu não posso viver sem você!
Jimin estava totalmente anônimo naquele hospital, ninguém sabia seu nome
verdadeiro, então Jungkook poderia sair dali sem se preocupar. E foi o que
ele fez, ele saiu dali, deixou seu amor sozinho porque ele precisava
descansar.
Estava com sede de vingança, por cada uma das pessoas que ousaram
machucar Jimin, ou que resolveram se voltar contra ele.
Jimin sabia se cuidar, essa era a verdade, mas Jungkook nunca quis aceitar
de fato. O baixinho mesmo em pouco tempo nessa vida de crimes, evoluía
de uma forma absurdamente rápida para alguém tão jovem, ainda mais
alguém que sempre teve tudo na vida. Jungkook se sentia muito orgulhoso,
porque ele era a pessoa mais incrível do mundo, e ele era seu, assim como
Jeon era dele, ponto final. Eles se pertenciam, foda-se quem dissesse o
contrário.
Quando Jimin estivesse melhor, Jungkook lhe ensinaria coisas que iam muito
além do que matar e torturar. Ele lhe ensinaria como crescer e ser temido,
como amedrontar tantas pessoas sem nem mesmo estar presente. Como
ter milhares de pessoas temendo somente seu nome, mesmo que nunca
tenham te visto. Queria ensiná-lo como se defender de homens mais fortes
do que ele, e como ganhar muito dinheiro com tudo isso. Jimin seria muito
superior a ele daqui uns anos, não tinha dúvidas disso, porque ele teria
alguém para o orientar, diferente de Jungkook que teve que se virar sozinho
até encontrar em Namjoon um parceiro que lhe ensinou algumas coisas,
mas a grande maioria ele aprendera sozinho.
Jungkook queria fazer de Park Jimin seu maior desafio, queria que o
pequeno aprendesse tudo o que tinha para aprender, sem mais restrições.
Era tudo muito difícil para ele, porque em sua cabeça Jimin devia ser
protegido do mundo, ele alguém que deveria estar sempre perto dele para
que o mesmo o pudesse defendê-lo sempre. E sempre o faria, até o último
dia da sua vida ele protegeria o ruivo de tudo e de todos, mas não era isso
o que o pequeno queria. Ele queria ser mais, ele queria lutar, queria matar,
queria viver… e se isso o fizesse mesmo feliz, era isso que Jungkook daria,
mesmo que fosse tão difícil ver o seu amor enfrentando pessoas perigosas
que poderiam machucá-lo.
Todos esses sentimentos de aceitação rondavam em sua cabeça e em seu
coração que se apertava. Mas seu ódio por todos os outros era grande
demais no momento.
Jeon Jungkook era conhecido por ser rápido em tudo o que fazia, até mesmo
crescer nessa “carreira” de crimes ele foi extremamente rápido. Demorava
segundos para derrotar outras pessoas em alguma luta, ou quando ia matar
alguém, por isso era tão temido, as pessoas tinham medo de lhe enfrentar
cara a cara. E no fundo ele sabia que era bom que tivessem muito medo
mesmo, porque não costumava ser piedoso.
Porém Kim Namjoon era esperto, Jungkook precisava admitir, muito mais do
que a maioria dos seus inimigos. Ele quisera derrubá-lo na fase mais frágil
de sua vida, quando sequestrara Jimin o seu pequeno simplesmente o
tornou muito mais suscetível a qualquer erro, afinal passava a maior parte
de seu tempo preocupado com Jimin do que com qualquer outra coisa.
Porém as coisas mudariam e nem mesmo Park Twan ressurgindo dos
confins do inferno seria forte o bastante para lhe derrubar, tamanho o seu
ódio.
Aliás a ideia de falar que Park Twan estava vivo somente para atraí-lo de
volta para a Coreia foi realmente péssima, nem mesmo que o diabo
estivesse lhe chamando ele teria voltado. Nunca deixaria Jimin em Londres,
ainda mais ao saber que Taemin estava atrás dele, e pensar em Taemin o
fez rir sozinho naquela sala escura em que se encontrava, seu amor lhe
dera uma lição realmente maravilhosa, e não se cabia de orgulho.
Agora Matt estava ali novamente, como sempre o “ajudando”. Afinal ele
sempre era bem pago para isso, e fazia quase dois anos que não via o
moreno pessoalmente.
Matt observava com deleite as costas do moreno, ele parecia ter malhado,
estava muito mais forte do que sempre fora e mais bonito ainda. Porém
sabia que ele estava apaixonado, e pelo que todos diziam era muito sério. O
fato é que nunca imaginou um cara como Jungkook apaixonado, mas para
tudo tinha sua primeira vez.
—Tudo o que você precisa saber é que eu quero todos esses quatrocentos e
trinta e três homens que me traíram, mortos! —Disse simplesmente sem
olhar Matt nos olhos. —Cada um deles vai queimar, em cada uma das cedes
da nossa maldita empresa! Eu quero que todos os que ainda continuam ao
meu lado longe desses lugares, só os traidores queimarão!
Matt não desviava os olhos do moreno. Não o via fazia tanto tempo que
havia se esquecido de como ele podia ser atraente somente falando de
forma banal como e quando mataria várias pessoas ao mesmo tempo.
—Todos mesmo? —Jeon perguntou se virando para olhar o seu antigo quase
namorado. —Não tem ninguém faltando?
—Namjoon.
—Ele ainda não chegou. Mas você não me disse em qual cidade exatamente
ele ia chegar.
Sim ele devia, por todas as vezes em que Jungkook o salvara da morte,
mesmo a distância, só o poder do seu nome já era o suficiente. Mas não
queria dizer a Jungkook que queria um assassinato sangrento dentro de sua
sala preciosamente limpa.
Jeon Jungkook era mesmo louco.
—Acho bom que eu não encontre uma gota de sangue aqui. —Murmurou
baixinho. —Eu odeio cheiro de sangue!
—Pode deixar. —Disse irônico. —Eu trago alguém para limpar sua sala.
Depois de alguns minutos Jungkook lhe mandou dar a ordem para todos os
homens explodirem todas as cedes em que estavam todos os homens
traidores que aguardavam pelo pronunciamento. Eles estavam esperando
por qualquer sinal do Jeon, mas antes é claro, ele fez uma transmissão ao
vivo, tão tranquilo e sorridente. Disse calmamente todos os motivos pelos
quais todos eles morreriam naquele dia, e que deviam ter pensado muito
melhor qual lado escolher na próxima encarnação. Claro que foi gerado um
caos, muitas pessoas morreram pisoteadas antes mesmo de o fogo chegar
até elas tamanho o desespero.
Jungkook assistia tudo aquilo com o mais singelo sorriso, afinal estava
fazendo história. Deixando claro que não tolerava traição, ainda mais
quando se colocava a vida de Jimin em risco.
Ele simplesmente não tinha um pingo de remorso, porque cada uma delas
mereceu aquilo.
A falsa fabrica de tecidos sumiu, virou poeira, e Namjoon não teria mais
com o que se sustentar. Jungkook achava difícil que o seu ex-amigo
conseguisse se erguer depois disso.
Jungkook realmente não quis ferir Seokjin, por algum motivo preferiu não
fazer nada contra ele.
Matt não ficou horrorizado, ele estava acostumado a ver pessoas morrendo,
querendo ou não era parte de seu trabalho. Só nunca havia visto nada
daquela proporção, Jungkook não estava para brincadeira mesmo.
Namjoon não apareceu naquele dia, sabia que não deveria se encontrar
com Jungkook agora e sair com vida. Obviamente ficou sabendo das
notícias, e depois que Jungkook mandou destruírem a casa dele também, as
coisas devem ter ficado mais complicadas.
Aprendeu que jamais baixaria a guarda de novo, e isso incluía ter Jimin ao
seu lado em tudo isso. Precisava torná-lo experiente naquilo tudo se
quisesse manter os dois vivos e fora de perigo naquele submundo perigoso.
Jimin sairia do hospital naquele mesmo dia, e fazia dias que não via
Jungkook, estava chateado por estar com muita saudade e se sentindo
sozinho. Mesmo sabendo pela enfermeira que o mesmo ia vê-lo todos os
dias, mas sempre estava dormindo e por isso nunca conseguiam se ver.
O pequeno andava mesmo mal, as dores eram muito fortes, e odiava mais
do que tudo trocar o maldito curativo. Em sua cintura estava coberto o
ferimento que ele se recusava a ver, doía como o inferno toda vez que se
movia.
Tudo o que se lembrava daquele dia era de ter matado Taemin e de ter se
escondido, não se lembrava nem mesmo de ter sido salvo por Jungkook. Por
isso foi extremamente horrível acordar em um lugar desconhecido, sem ter
ele ao seu lado.
—Onde ele está? —Perguntou apreensivo. —Tem certeza que o homem que
te contratou e que sempre vem aqui é mesmo o Jungkook?
Jimin estava com medo, e se não fosse Jungkook? Havia passado por tantos
traumas que o seu maior medo era que tudo isso fosse uma enganação e
que no fim não era Jungkook e sim outra pessoa, querendo usá-lo
novamente.
—Ai… —O ruivo gemeu de dor ao ser apertado mais forte, foi como uma
facada, doeu muito.
—Meu Deus! —Ele ia lhe soltar mas Jimin se prendeu mais ao moreno. —Me
desculpa, amor.
—Não, por favor não me deixa! —Sussurrou deitando sua cabeça em seu
peito. —Não solta nunca mais!
A garota ficou chocada com tanto dinheiro, era realmente muita coisa.
—Teremos? —Jimin levantou a cabeça para lhe olhar nos olhos. —No plural?
—Sim amor, somos uma equipe. —Esfregou os dois narizes com carinho. —
Trabalharemos lado a lado para sempre!
Jimin lhe olhou emocionado. Não aguentava mais um segundo se quer sem
tocar seus lábios finos, então foi o que fez, se ergueu na ponta dos pés e lhe
beijou com tamanha doçura que fez com que toda a estrutura de Jungkook
ruísse e ficasse entregue como sempre ficava.
Eram mesmo tão loucos? Podia até ser que sim, mas se tratando dos dois,
era certo. Sim, era isso o que o pequeno sentia. Não tinha mais nenhuma
dúvida dentro de si, porque nada no mundo podia ser comparado aquilo.
Com Jungkook, a vida errada se tornava certa para Jimin. Era uma loucura,
mas era isso o que sentia.
Jimin não era mais um suicida, e se Jungkook era mesmo maluco, Jimin
viveria dessa loucura com ele para sempre.
Hoseok estava dirigindo pelas ruas de Nova Iorque, Taehyung havia tido
mais uma crise de abstinência e ele estava levando o mais novo para o
hospital.
—Você vai! —Ele disse confiante. —Você já aguentou todo esse tempo,
estou muito orgulhoso!
—Está?
—Muito.
Taehyung se calou, preferindo ficar calado. Hoseok era tão bom pra ele, e
agora que estavam livres de todo o drama que envolvia Jungkook e Jimin,
tudo parecia mais leve.
Taehyung tinha pavor de hospital porque todas as vezes que foi para um,
sofreu de alguma forma. Ou era abusado, ou o mandavam para uma clínica
aonde não veria o lado de fora do mundo por um longo tempo.
—Querido, eu te disse que eu não vou deixar ninguém fazer nada a você.
Não se preocupe com nada, eu vou ficar com você o tempo todo. —Disse
segurando em uma de suas mãos. —Confia em mim!
Taehyung estava tão acostumado a ser tratado como lixo por tudo e todos,
que era estranho para si que Hoseok fosse assim tão perfeito. Ele era
carinhoso, bem humorado, e até na hora do sexo era delicado, ia devagar
até que estivesse acostumado, se preocupava se ele estava sentindo prazer
e o tratava com um respeito com o qual não estava acostumado. Além de
que tinham muita química, em todas as áreas de suas vidas.
Taehyung era todo errado, como uma vadia muitos diziam, e tudo o que
sempre quis na sua vida era ser amado e respeitado.
Hoseok se virou para ele e sorriu, aquele sorriso tão largo e bonito,
iluminava todo o seu rosto. Ele também sorria com os olhos, seu rosto todo
era tomado pela alegria e bom, isso fazia com que Taehyung se sentisse
ainda mais apaixonado.
Taehyung ficou tão surpreso que não soube o que falar ou como agir, sua
boca secou e ele continuou olhando estático para o trânsito a sua frente.
Sentia uma falha no coração, o tempo pareceu parar. A garganta fechou,
uma emoção grande tomou conta de si, mal pode notar as lágrimas que
desceram por seu rosto, indo até o pescoço, deu um leve soluço chamando
atenção do moreno de cabelos arrepiados.
—Tae? Está chorando? —Ele parou o carro em uma vaga qualquer, estava
surpreso pelas lágrimas do garoto. Passou preocupado as mãos em suas
bochechas secando as lágrimas. —Foi por que eu disse que te amo?
—Obrigado.
—Está me agradecendo por dizer que te amo? Eu é que agradeço por você
existir e aparecer na minha vida!
Taehyung era muito importante para Hoseok, ele mesmo sem saber o tirou
de uma vida que na verdade nunca quis levar. E sua companhia era tão
boa, estava tão apaixonado que se sentia meio bobo quando ficava olhado
o nada e se lembrando das noites quentes que tinham todos os dias.
Hoseok sorriu para Taehyung, daquela forma que ia até os seus olhos. E foi
daquela forma que sempre terminavam suas conversas, um sorrindo para o
outro.
(...)
O frio de Busan estava realmente cruel naquele ano, Jimin estava enrolado
nas cobertas cobrindo-se até a cabeça.
Já eram seis da manhã, ele e Jungkook tinham que levantar mas o moreno
estava desmaiado e não parecia querer acordar tão cedo.
Estava tão frio que só de tirar os pés para fora do cobertor, certamente
congelaria. Ambos esqueceram de ligar o aquecedor e se aqueceram
apenas com o calor da lareira e dos seus corpos.
Jimin tinha que tomar seus remédios, então se levantou a contragosto indo
na ponta dos pés até o armário do quarto, pegando um moletom de lã bem
fofinho. Abriu a porta para ir até a cozinha pegar os comprimidos e um copo
de água.
O frio fazia seu nariz parecer uma pimenta de tão vermelho, assim como
suas bochechas que estavam rosadas como se ele estivesse corado de
vergonha.
Tanto Jungkook quando Jimin ficaram chocados com aquilo, até porque não
era uma tarefa fácil. Pelo jeito o querido presidente estava devendo muito
dinheiro a muitas pessoas.
Jimin falou ao moreno que era melhor não, ainda mais agora que a polícia
não desconfiava mais dele, toda a culpa dos crimes caiu sobre Taemin e os
assassinos entraram em acordo com aquilo. Os policiais comprados e
muitos assassinos colaboraram para que isso acontecesse, Lee Taemin era
conhecido como o monstro do país.
O ruivo tomou rapidamente seu remédio e bebeu a água que estava tão fria
que desceu congelando. Ligou o aquecedor e se dirigiu novamente ao
quarto. Jungkook não dava nem sinal de que ia acordar tão cedo, então se
enfiou embaixo das cobertas grossas novamente, olhando o rosto tão bonito
e sereno dele.
Jimin não podia fazer movimentos bruscos, seu ferimento eram graves e se
ele se lesionasse mais, poderia complicar muito. Nas primeiras semanas o
pequeno até preferia mesmo, já que sentia muita dor, mas agora, seu corpo
implorava pelo moreno, estava com tanta saudade.
Jungkook tinha o sono muito leve, mas agora parecia dormir tão
profundamente.
Ele era tão gostoso, tão másculo e forte. Sentia seu corpo todo se arrepiar
só com o modo como ele abriu os olhos escuros, as sobrancelhas negras
franzidas, incomodadas com o sol.
Jungkook estava olhando-o tão fundo nos olhos que Jimin tinha certeza que
ele enxergava sua alma.
—Diga, amor. —Sua cabeça deitada sobre seus braços, o cabelo liso e negro
bagunçado a voz tão rouca e sensual.
Jimin ficou tão atordoado e tímido, que o pedido que ia fazer morreu na
garganta.
Mas ele queria tanto que resolveu ao menos tentar mais uma vez.
—E-Eu…
—Dois meses, bebê. Têm que completar dois meses. —Ele disse em tom
sério, por mais que sua expressão estivesse safada e divertida. —Eu não
quero te machucar.
Jungkook mordeu os lábios se controlando muito para não fazer tudo o que
queria. Sabia que não podia, não ainda.
—Eu quero agora! —Disse corado, os olhinhos exalando desejo. —Eu preciso
disso agora!
—Jimin…
Jimin beijou seu queixo sentindo com prazer a ereção do moreno cutucando
sua barriga, o aperto em sua cintura ficar mais firme. Sentindo suas
reações, desceu os beijos por seu maxilar, dando mordidinhas que tiravam
suspiros pesados do Jeon. Passou a acariciar seu peitoral desnudo passando
as unhas curtas com força nos músculos do moreno, marcando o seu
território.
—Isso Kookie… com força! —Jimin estava louco para sentir mais da força
daquelas mãos que tanto amava, queria que ele o jogasse com violência na
cama e o tomasse com todo o desejo que sabia que o moreno estava
sentindo agora. —Me come por favor Jungkookie...
—Amor...
Jungkook não respondeu nada, apenas apreciava com deleite o seu amor
rebolando em cima de si, sem nenhuma vergonha.
Jimin sorriu, sem parar de rebolar. Sentiu o moreno segurar suas duas
nádegas com as duas mãos apertando-as com força, dando tapas fortes e
doloridos, fazendo o ruivo gemer em apreciação.
Sim, era isso o que Jimin queria, o seu Jeon dominante de novo.
Tremeu inteiro quando o maior tomou seus lábios com urgência, enfiando a
língua na sua cavidade quentinha. As línguas se deliciando uma com a
outra, os lábios se mexendo com volúpia e desejo. Jungkook era dominante
até quando beijava, o ruivo mal podia acompanhar e era bom demais. Ele
mordeu seu lábio inferior com violência, arrancando um filete de sangue do
pequeno.
Jimin enfiou as mãos em seus cabelos pretos puxando-o mais para si,
retomando o beijo desesperado e barulhento cheio de línguas, estalos e
gemidos.
—Eu vou ter que poupar minha criatividade e te comer bem devagar, meu
amor! —Disse ofegante arrancando a única peça que ainda cobria a
intimidade do pequeno. —Se não eu destruo você!
—Você não sabe o que está pedindo… —Sussurrou, rente ao seu ouvido.
Depois, fitou o ruivo sem nenhuma peça de roupa. Ele sentiu água na boca
ao visualizar o pau duro de Jimin e a entradinha num mesmo tom de rosa,
tão pequena, mas o abrigava tão bem.
—Vai só admirar, Kookie?
Jimin estava mesmo terrível, então Jungkook lhe deu um tapa estalado na
coxa, e o pequeno gemeu melodioso.
Jimin não conseguiu proferir se quer uma palavra, já que teve seu membro
inteiro envolvido pela boca do moreno que ao mesmo tempo enfiou dois
dedos dentro de si com tudo. Ele estava tão apertado que sentia que seus
dedos iriam partir no meio.
Jimin se arqueou inteiro na mesma hora, não estava preparado para isso, de
jeito nenhum. Fazia um mês que não transava então doeu, mas ele sempre
adorou a dor mesclada com o prazer e Jungkook sabia disso.
Jimin segurou seu cabelo liso em busca de apoio para tanto prazer que
estava sentindo.
Não demorou muito até que o pequeno se desfizesse dentro de sua boca
soltando um gemido demorado, se contorcendo, puxando o cabelo do
moreno com força, tendo sua próstata acariciada pelos dedos enormes. Se
não bastasse o recente orgasmo, ficou ainda mais louco com a visão do
moreno “limpando” seu membro, engolindo cada gota do seu prazer
prolongando ainda mais a sensação.
Jimin puxou lhe pela nuca, não se importando com nada roubando os seus
lábios em desespero, envolvendo sua cintura com as pernas. Queria muito
mais do que isso.
Jungkook prometeu a si mesmo que não faria isso, por mais que Jimin
implorasse. Olhou para a pequena cicatriz do pequeno ainda não totalmente
curada, e se sentiu culpado por não estar resistindo nenhum pouco.
Ele estava tão excitado com o desespero do menor, porque Jimin era tão
perfeito, e seu corpinho nu roçando no seu que estava coberto apenas por
uma boxer não estava ajudando muito em sua situação.
Enfiou só a cabecinha e já era o necessário para sentir muito prazer, ele era
tão quente e apertado. Jimin começou a se empurrar contra ele, então teve
que se segurar muito para não o foder com tudo.
Jimin segurou sua bunda durinha do moreno, puxando-o para cima de si,
fazendo ele entrar inteiro. Jungkook gemeu rouco e selvagem em seu
ouvido.
—Eu… não aguento mais… —Jungkook lhe estocou com tudo soltando um
gemido que mais saiu como um rosnado.
—Ah...Jungkook… Jungkook...
—Você é meu! —Ele falou tão autoritário em seu ouvido, sem parar de se
mover indo fundo dentro do pequeno.
—SIM! —Jimin já sentia os primeiros sinais de que iria gozar de novo, era tão
bom.
—Isso é meu! —Ele disse segurando sua bunda, estocando forte ali dentro,
gemendo ao ver seu pau entrando com tudo. —Isso é meu! —Disse
segurando o pênis do ruivo que gemeu quando o moreno começou a
bombeá-lo. —Isso é meu! —Sussurrou passando a mão em suas coxas e sua
barriga que se contraiu sob seus dedos ágeis. —Isso aqui também é meu,
amor! —Falou passando a língua em seus mamilos entumecidos e rosados,
mordendo levemente, vendo Jimin gemer e se contrair ao seu redor
deliciosamente. —Isso aqui é deliciosamente MEU! —Rosnou mordendo sua
boca, enfiando a língua na cavidade do menor que já era uma confusão de
gemidos.
—Kook... —Jimin gemeu alto jogando a cabeça para trás, em puro deleite.
Foi o fim para Jungkook visualizar aquela cena linda. Jimin gemendo e se
contorcendo, chamando seu nome de forma arrastada, manhosa e tão
perfeita. Ele era tão dele.
Estocando o menor com uma violência capaz de fazer a cama bater com
força contra a parede causando um barulho absurdo, seus gemidos e
rosnados estavam descontrolados e altos. Não conseguia parar de olhar
Jimin, o seu Jimin destruído abaixo de si, com os cabelos ruivos grudados na
testa. Ele ainda gemia rouquinho toda vez que o moreno entrava em si, saia
e entrava com tudo de novo e de novo, e mais uma vez.
—Jimin… AH… JIMIN! —Ele gozou tão forte, gemeu alto, perdido nas
sensações de desejo, prazer, loucura, carinho, paixão, mas acima de tudo
amor. Muito amor por aquele garoto ruivo abaixo de si.
Jungkook quase caiu em cima do pequeno, mas teve forças para se jogar ao
seu lado, respirando pesado, tentando acalmar sua respiração e seu
coração. Olhou para o lado e Jimin também lhe olhava, com um sorriso
cansado no rosto.
Eles não se falavam fazia um bom tempo, por mais que se dessem muito e
o mais velho fosse muito agradecido a tudo o que Jimin fez por ele. Mas
nunca chegaram a ser amigos.
—O jin?
“Jimin, eu sei que faz tempo que não nos falamos, mas eu preciso mesmo te
falar onde o Namjoon está. Ele anda me perseguindo agora que estou
tentando me relacionar com outras pessoas, me ajuda por favor.”
—Acho que devemos ir. —O pequeno disse lhe olhando nos olhos. —Mas
primeiro precisamos saber se é mesmo o Jin que está falando.
Jungkook assentiu.
—Concordo.
Decidiram que o melhor a fazer era ligar e marcar em outro lugar para se
encontrarem, era mais seguro.
Haviam combinado com Jin de chegar lá a uma da tarde, e já era meio dia e
meio. Saíram de casa, já era quase meio dia.
Não precisava terminar assim, não mesmo, porém foi Namjoon que pediu
por isso. Eles eram amigos acima de tudo, antes de serem parceiros e
sócios, eles eram amigos.
E era triste para Jungkook pensar que ele não se lembrara disso em nenhum
momento.
Jimin ficou muito nervoso quando finalmente chegaram no morro que dava
vista para a praia, era de tirar o fôlego.
Lentamente soltou o ar, e socou o volante, sua vontade era de gritar o quão
burro ele foi de ter trazido Jimin ali. Estava tudo perdido.
“Jeon Jungkook, você está preso pelo assassinato de Georgiana Baker, Min
Hansol, Min Yoongi, Park Sue, Park Twan, e pelo menos mais dois mil
homens ricos e importantes nos últimos anos de sua vida.” —Um homem
falou no microfone do carro da polícia. “E também pelo sequestro de Park
Jimin. Saia com as mãos ao alto, e mantenha-se longe da vítima!”
O dia estava tão frio, mas nada foi mais congelante para o pequeno do que
perceber que dessa vez não tinha mesmo nenhuma saída. Eles estavam
cercados.
Jimin se virou para ele, vendo que Jungkook parecia calmo, ele era tão bom
para si. Sabia que o moreno também estava destruído, mas ainda sim
tentava lhe passar calma.
—Você vai sair daqui e me deixar nesse carro, nenhum dos crimes vai cair
sobre você, bebê. Você é a vítima, Ok? —Murmurou lhe olhando nos olhos.
—Eu te garanto isso, eu cuidei para que cada um dos nossos crimes sempre
caísse em mim!
—Não! —Jimin chorou. —Se você foi preso, eu também vou!
—Eu não vou ser preso, amor. —Jungkook sussurrou. Ele pretendia pisar no
acelerador e descer ladeira abaixo, preferia a morte do que a prisão. —Eu
preciso que você saia daqui e diga a eles o quanto eu fui cruel com você, o
quanto você me odeia, tá bom?
—Jungkook… eu não vou sair! —Jimin disse sem nenhuma dúvida no olhar,
nem em suas palavras. —Eu te amo, somos uma equipe, se for para morrer,
nós vamos juntos! Por que nos pertencemos!
Jungkook não desviava os olhos do seu amor, e nem Jimin desviava os olhos
dele.
Era isso, nenhum dos dois viveria sem o outro. Por mais que o moreno não
quisesse que o seu pequeno virasse comida de peixe como ele, sabia pelos
seus olhinhos molhados pelas lágrimas que não tinha o que fazer, Jimin iria
com ele.
Assim como Jungkook, Jimin morreria também por ele, e nada do que ele
falasse mudaria isso.
Suas almas estariam unidas, isso era eles, era paixão, amor, loucura,
adrenalina. Até o fim.
Jungkook não estava surpreso por ele ter matado tantos sozinho e a
distância, e sim porque ele estava ali.
“Eu precisava quitar minha dívida com o Jimin, e pedir perdão a um grande
amigo.” Namjoon disse simplesmente. “Agora parem com esse show,
sumam daqui, antes que os reforços cheguem. Sinceramente… eu não
aguento esse drama de vocês!”
—Até mais Namjoon. —Jungkook disse, não precisava falar mais nada.
Aquilo já bastava, todo o seu agradecimento estava com os olhos e o
perdão também.
—Não chora, amor. —Disse segurando sua mão. —Está tudo bem agora!
Eles sairiam do país para sempre, não tinha mais possibilidade de voltarem.
Nenhum dos dois queria mais viver ali e correr esses riscos, Jungkook agora
seria um homem procurado de fato.
—A primeira vez que eu tentei me matar foi para aliviar minha dor Kookie…
eu não me sentia mais vivo, realmente não ligava, mas agora… tudo o que
eu mais quero é viver. Por isso foi tão assustador! —Fungou. —Quero estar
ao seu lado para sempre, porque eu estou feliz e porque eu te amo!
Jungkook sorriu tão sinceramente, emocionado com suas palavras.
—Você vai viver, amor e eu vou viver. —Disse. —E estaremos juntos para
sempre!
—Para sempre! —O ruivinho disse com um sorriso fofo.