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Aluno: Henrique Gabriel Barbosa Santos Nº USP: 11798512

Relatório da palestra 12/06: Impactos Ambientais de


Grandes Obras Civis

Sobre o palestrante:
Camilo Fragoso Giorgi, engenheiro ambiental formado na Poli – USP em
2006. Atualmente é gerente da parte de licenciamento de infraestrutura de
rodovias no setor IETR na CETESB.

Resumo da palestra:
As grandes obras da engenharia civil impactam de algumas formas o
meio ao seu redor, tanto no âmbito social e econômico, quanto no ambiental. A
palestra comandada pelo engenheiro Camilo Fragoso trata-se especificamente
sobre o licenciamento e a sua importância para que sejam realizados projetos
que não prejudiquem o meio ambiente.
Desde 1981 há a preocupação com o impacto ambiental das obras de
construção civil, nesse ano houve a fundamentação do Licenciamento
Ambiental, o qual estabelece as condições, medidas de controle ambiental e
restrições que deverão ser impostas por um órgão licenciador ao empreendedor
de um projeto; e a Avaliação Ambiental de Impacto das obras a serem realizadas,
através da Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA. Porém, foi com a
Resolução CONAMA Nº 1 de 1986 que se tornou obrigatório o licenciamento
ambiental para se realizarem obras no país, podendo ser feito por órgãos
federais, estaduais e municipais, de acordo com o tipo da obra em questão.
Impacto Ambiental, propriamente dito, é qualquer alteração das
propriedades biológicas, físicas e químicas do meio ambiente, advinda de
qualquer atividade humana que afeta, direta ou indiretamente, a saúde,
segurança e bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, a
biota, bem como as condições estéticas, sanitárias e a qualidade dos recursos
ambientais. Em um projeto, as áreas de influência dos impactos ambientais são
definidas como os espaços que serão impactados direta ou indiretamente
durante a implantação e operação do mesmo. Um exemplo de impacto ambiental
que pode ser causado por obras civis, é a obra de ampliação da Rodovia SP
250, em Apiaí, onde houve um carreamento do solo da talude que foi parar na
capitação de água do município, fazendo com que a população daquela cidade
ficasse sem abastecimento de água da SABESP por um breve período.
Como citado anteriormente, são os órgãos licenciadores os responsáveis
por garantir que as obras que serão realizadas não causem danos ao meio
ambiente. Esses órgãos possuem divisões que cuidam da emissão do
licenciamento de diferentes tipos de obras, tendo por responsabilidade: possuir
uma equipe multidisciplinar, com arquitetos, geólogos, biólogos, engenheiros
civis etc.; fazer a gestão dos projetos, solicitar complementações, fazer
autuações, atender denúncias, inspecionar/fiscalizar os empreendimentos nas
fases de obras e operação para garantir o cumprimento das condições inferidas
na licença ambiental emitida.
O licenciamento ambiental é dividido por fases, que são: Licença Prévia
(LP) que possui um prazo de 5 anos, é a fase de viabilidade ambiental e trata da
aprovação da localização do empreendimento no projeto básico; Licença de
Instalação (LI) com prazo de 6 anos, trata da aprovação do projeto executivo e
implementação do empreendimento; e por fim a Licença de Operação (LO) que
pode possuir um prazo de 4 a 10 anos, e é onde têm início a operação do
empreendimento quando finalizada a obra, caso aprovada.

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