ARBITRAGEM DOCENTE: LEONILA MARIA DE MELO MEDEIROS TURMA: 3o PERÍODO DATA: 31/08/2023
1. FORMAS ALTERNATIVAS DE SOLUÇÃO DE
CONFLITOS
Art. 3º, do CPC - Não se excluirá da apreciação jurisdicional
ameaça ou lesão a direito. § 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei. § 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos. § 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. O Código reproduz, com pequena distinção redacional, o teor do art. 5º, XXXV, da Constituição Federal de 1988, assento legal do denominado direito fundamental à jurisdição. O legislador infraconstitucional, ao assim proceder, acentuou o compromisso firmado pelo ordenamento pátrio em ofertar ao jurisdicionado não apenas prestação jurisdicional de cunho repressivo. A ameaça de lesão à posição jurídica justifica, também, o pedido de tutela jurisdicional (tutela preventiva). Vedada à justiça dos próprios punhos, pois, o amplo e irrestrito acesso à justiça (que inclui o acesso ao Judiciário, mas a isso não se limita) revela-se uma das posições jurídicas mais importantes para um Estado que se afirma democrático de direito. Sem prejuízo de reconhecer o direito ao amplo e irrestrito acesso aos tribunais a todo e qualquer jurisdicionado, é diretriz perseguida pelo Código a solução consensual dos conflitos postos à apreciação judiciária. Para além da diretriz acima anunciada (o incentivo à conciliação judicial em detrimento da construção de uma solução estatal impositiva ao conflito), o estímulo à utilização de técnicas alternativas de composição de conflitos (não judiciais), revela-se tônica do novel sistema, que, expressamente, convoca os personagens do foro a, sempre que possível, estimulá-las. Na esteira das concepções preconizadas primordialmente por Cappeletti, a ação judicial passa a ser forma residual para o estabelecimento da paz social (CAPPELETTI, Mauro).
Art. 139, V, do CPC:
O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: (...) V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais (...).
Preferência para que a sessão seja realizada por pessoa diferente do
juiz, a fim de melhor preservar o princípio da imparcialidade e da confidencialidade. Enunciado 18 do CEAPRO – Centro de Estudos Avançados de Processo, nesse sentido.
Mediadores e Conciliadores Judiciais são auxiliares da justiça nos
termos do art. 149, caput, do CPC.
Sujeitam-se às hipóteses de suspeição e impedimento, previstas nos
arts. 144/145, do CPC. Conciliadores e Mediadores Judiciais
Art. 165, do CPC traz a previsão de criação dos Centros Judiciários
de Solução Consensual dos Conflitos, diretrizes básicas e princípios que devem reger a atuação dos conciliadores e mediadores.
CONCILIADORES, art. MEDIADORES art. 165,
165, §º2º, do CPC §3º, do CPC Atuação em casos nos quais não Atuação em casos nos quais haja vínculo anterior entre as haja vínculo anterior entre as partes partes Poderá sugerir soluções Auxilia no restabelecimento da comunicação entre os envolvidos para, por si sós, encontrarem a solução. Princípios regentes da Conciliação e Mediação
Art. 166, do CPC: A conciliação e a mediação são informadas
pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada.
§ 1o A confidencialidade estende-se a todas as informações
produzidas no curso do procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto por expressa deliberação das partes. § 2o Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o conciliador e o mediador, assim como os membros de suas equipes, não poderão divulgar ou depor acerca de fatos ou elementos oriundos da conciliação ou da mediação. § 3o Admite-se a aplicação de técnicas negociais, com o objetivo de proporcionar ambiente favorável à autocomposição. § 4o A mediação e a conciliação serão regidas conforme a livre autonomia dos interessados, inclusive no que diz respeito à definição das regras procedimentais.
Código de Ética - competência
respeito à ordem pública e às leis vigentes empoderamento validação I