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UNION SESI
PORTIFÓLIO DE FINALIZAÇÃO
DOENÇAS CRÔNICAS E DEFICIÊNCIAS FÍSICAS NO MERCADO DE
TRABALHO
Dois Vizinhos
2023
UNION SESI
PORTIFÓLIO DE FINALIZAÇÃO
Dois Vizinhos
2023
1.0 INTRODUÇÃO
A Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), é uma doença inflamatória crônica que não tem
cura, apenas tratamento, e é de origem autoimune, ou seja, no caso desta enfermidade as
próprias células de defesa do organismo atacam os órgãos e tecidos, as articulações, rins,
pele, coração e pulmões são os mais afetados por LES, a mortalidade de um portador e de 5 a
10 vezes maior que a população média do Brasil além de que de 18% a 33% dos acometidos
pela doença se tornam incapazes de trabalhar.
Para que o Lúpus seja desenvolvido existem diversos fatores, desde hormonais a
genéticos, o ambiente externo pode ser um contribuidor para o desenvolvimento da doença
como tabagismo, irradiação solar ou infecções por micro-organismos. Por estimativas e
comprovado que mulheres em idade fértil são 9 vezes mais acometidas que os homens, uma
a cada 1.700 mulheres possui a doença, isso pode ser explicado pelo fato de que o estrogênio
exerce uma função importante na patogênese da LES. [2]
Os sintomas do LES são diversos e tipicamente variam em intensidade de acordo com
a fase de atividade ou remissão da doença. É muito comum que a pessoa apresente
manifestações gerais como cansaço, desânimo, febre baixa (mas raramente, pode ser alta),
emagrecimento e perda de apetite. As manifestações podem ocorrer devido à inflamação na
pele, articulações (juntas), rins, nervos, cérebro e membranas que recobrem o pulmão (pleura)
e o coração (pericárdio). Outras manifestações podem ocorrer devido à diminuição das células
do sangue (glóbulos vermelhos e brancos), devido a anticorpos contra essas células. [3]
A legislação brasileira, de acordo com a Lei 524/19 equipará LES a todas as outras
deficiências físicas e mentais, garantindo a todos os brasileiros que a possuem os mesmos
direitos que qualquer outro PCD tem como por exemplo a assistência clínica, assistencial e
laboral, garantindo mecanismos de proteção social e acompanhamento médico. [4]
2.2 FIBROMIALGIA
2.3 ARTRITE
Classificado como uma deficiência física, decorre por condições genéticas. Sua
característica vem pela baixa estatura comparada à média da população da mesma idade e
sexo. Foi reconhecida como uma deficiência física em 2004.
2017, sancionou-se a Lei 13.472 que estabelece 25 de outubro como o “Dia Nacional
de Combate ao Preconceito com Nanismo”, com a intenção de conscientizar a sociedade para
relações mais equânimes, trazendo dignidade, oportunidades que assegurem a acessibilidade
e a autonomia dessas pessoas. [11]
O Nanismo pode ser classificado em duas diferentes características:
- Nanismo hipofisário ou pituitário: causado por distúrbios metabólicos e hormonais, em
especial pela deficiência na produção do hormônio do crescimento ou por resistência do
organismo à ação desse hormônio. É conhecido, também, por nanismo proporcional, porque o
tamanho dos órgãos mantém a proporcionalidade entre si e com a altura do indivíduo.
- Acondroplasia: considerada uma doença rara, o tipo mais comum de nanismo
desproporcional é uma síndrome genética que impede o crescimento normal dos ossos longos
(fêmur e úmero, especialmente), porque acelera o processo de ossificação das cartilagens
formadoras de ossos. Isso faz com que as diferentes partes do corpo cresçam de maneira
desigual. [12]
Seu diagnóstico pode se iniciar em exames pré-natais. Possibilitando ver em imagens
de ultrassonografia a identificação de alguma desproporção, porém, na maior parte das vezes
a confirmação só ocorre através de exames radiológicos e genéticos quando necessário. [12]
Com base na argumentação teórica acima, pessoas com certas doenças crônicas, são
amparadas pelo Estatuto Da Pessoa com Deficiência, uma deficiência física e qualquer
alteração parcial ou completa que incapacite o indivíduo a certo nível, a legislação assegura os
direitos PcD e promove as pessoas desta minoria, entretanto mesmo com todos os direitos
assegurados, o mercado de trabalho ainda não é um ambiente seguro, principalmente para
deficiências físicas mais visíveis como o nanismo, vistas com desprezo.
Em uma reportagem da BBC Brasil publicada no ano de 2020, muitos trabalhadores ao
receberem atestado médico pedem que o CID da patologia não seja informado, simplesmente
pelo puro medo de uma demissão, relatos da reportagem também nos informam que a
situação médica igualmente não é revelada durante uma entrevista de emprego, pois de fato
em experiências anteriores a doença ao ser revelada, o RH os descartou imediatamente [13].
Enfermidades crônicas e invisíveis, isto é, que não são visuais, muitas vezes são tidas por
colegas de trabalho e patrões como “preguiça’’, “drama’’ ou “invencionice’’ especialmente com
casos de Lupús, Artrite Reumatoide e Fibriomalgia, doenças geralmente desconhecidas até
mesmo por médicos, que causam fadiga, dores no corpo e impedem de trabalhar por várias
horas seguidas mas que entretanto se houver as devidas adaptações o cidadão consegue ser
inserido no ambiente de trabalho, inúmeros relatos de PcD`s de doenças crônicas descrevem
como se sentiam ridicularizados em seus postos de trabalho por supervisores, colegas e
gerentes que não acreditavam na condição da doença ou pensavam não serem aptos para
receberem promoções na hierarquia da empresa ou muito menos estarem aptos a cumprir
suas devidas funções. [14].
Se com deficiências invisíveis a situação já e lamentável, o quadro de PcD`s com
nanismo é pior, sendo diversas vezes levados a situações vexatórias com piadas insensíveis e
continuamente são desacreditados de suas habilidades profissionais simplesmente por terem
menor estatura, além de o ambiente coorporativo que estão inseridos não terem as
adaptações necessárias para até mesmo as coisas mais básicas como uma pia mais baixa
para que a pessoa com nanismo alcance, o ínvido muitas vezes já sendo um adulto ainda é
tratado com infantilidade ou até mesmo como uma pessoa exótica, algo fora do comum [15].
Segundo o Art. 4º do Estatuto da Pessoa com Deficiência
4.0 CONCLUSÃO
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Planalto. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Brasília, DF, 2015. Disponível em
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso em: Março
de. 2023.
[2] Associação Brasileira de Reumatologia. Lúpus eritematoso sistêmico (LES). Disponível
em: <https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/lupus-eritematoso-sistemico-les/>.
Acesso em: Março de 2023.
[4] Câmara dos Deputados. Projeto de Lei nº 7.544/2017. Brasília, DF, 2017. Disponível em:
<https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1708166. >
Acesso em: Março de. 2023.
[8] Câmara Legislativa do Distrito Federal. CEOF aprova PL que passa a considerar
pessoas com fibromialgia como PCD. Disponível em: <https://www.cl.df.gov.br/-/ceof-
aprova-pl-que-passa-a-considerar-pessoas-com-fibromialgia-como-pcd#:~:text=Desta
%20forma%2C%20a%20pessoa%20com,Eduardo%20Pedrosa%20(Uni%C3%A3o%20Brasil)
>. Acesso em: Março. 2023.
[10] Pfizer. Artrite reumatoide pode afetar articulações e órgãos. Disponível em:<
https://www.pfizer.com.br/noticias/ultimas-noticias/artrite-reumatoide-pode-afetar-articulacoes-
e-orgaos>. Acesso em: Março de 2023.
[15] RACIUNAS, CAROL. Luta por acessibilidade e contra o preconceito marca vida de
pessoas com nanismo. Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/luta-por-
acessibilidade-e-contra-o-preconceito-marca-vida-de-pessoas-com-nanismo/>. Data de acesso
em: Abril de 2023.
[17] Governo do Brasil, Ministério dos Direitos Humanos. Disque 100 recebe mais de 11 mil
denúncias de violações contra pessoas com deficiência Disponível em: <
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2019/junho/disque-100-recebe-mais-de-11-mil-
denuncias-de-violacoes-contra-pessoas-com-deficiencia>. Data de acesso em: Abril de 2023.