Psicoeducação para o Jogo Ilha Dos Pensamentos

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ILHA DOS

PENSAMENTOS
Entendendo as
distorções cognitivas
Entendendo as distorções cognitivas

Guia de Psicoeducação

Um dos conceitos centrais da Terapia Cognitivo


Comportamental é o conceito das distorções cognitivas.
Antes disso, vale relembrar a premissa central da TCC que
é baseada no modelo cognitivo.

O modelo cognitivo explica a relação dos nossos


pensamentos, das nossas emoções e dos nossos
comportamentos. Dizendo que essas três instâncias estão
muito relacionadas, mas que existe uma predominância no
pensamento.

Não é a situação, mas a forma como eu interpreto e avalio


que determina como me sinto.

O que acontece é que muitas vezes essa interpretação não


é tão precisa e isso seria as distorções cognitivas.

Distorções cognitivas são formas imprecisas de pensar que


podem induzir a emoções negativas e comportamentos
prejudiciais. É comum que as distorções cognitivas nos
levem a acreditar em coisas irrealistas.
Principais distorções cognitivas

Leitura Mental

Você presume o que as outras pessoas estão pensando e


não considera outras possibilidades que são muito mais
prováveis.

Por exemplo: Um colega não olhou na minha direção e a


partir disso eu crio uma hipótese e assumo como verdade:
ele não gosta de mim. (mesmo sem ter dado nenhum sinal,
nunca fez ou falou nada contra você, você apenas assume
o que se passa na cabeça do outro e aceita como
verdade.)

O grande objetivo de identificar as distorções e que eu


começo a tratar esses pensamentos como hipóteses.
“Tudo ou Nada" Pensamento dicotômico

São pensamentos extremos, 8 ou 80, preto ou branco.


Você não considera os aspectos intermediários e outras
alternativas, levando em conta somente duas ideias
polarizadas sobre algum problema em sua vida.

Por Exemplo: Se eu tirei 7 na prova, então eu fui horrível.


Eu desconsidero outras possibilidades, eu não vejo meio
termo. Eu ignoro outras variáveis como por exemplo: "O
professor cobrou uma matéria que ele não tinha
mencionado."

Catastrofização

Você está sempre em alerta em qualquer situação que vive,


esperando o pior acontecer, ainda que não haja evidência
para tal.

Sempre prevendo o futuro negativamente e ativando a


ansiedade.
Por exemplo: Fulano atrasou, deve ter acontecido algo
terrível.
Raciocínio emocional

Ocorre quando a pessoa guia a sua interpretação da


realidade com base nos seus sentimentos atuais, ou seja
para essa pessoa se ela sentiu algo então aquilo é
verdade.

Por exemplo: Você está se sentindo triste e você começa


acreditar que está assim, porque seu relacionamento não
esta dando certo, mesmo que isso não seja verdade.

Abstração seletiva (visão em túnel)

Ocorre quando você foca todo lado negativo de um


evento e desqualifica o lado positivo.

Diante de uma situação que teve várias coisas legais, e


uma que não deu certo, você foca só naquilo. Você não
consegue olhar e ver “teve isso, mas também teve isso,
isso e isso.”

Por exemplo: Você recebe o resultado de uma prova, o


professor corrigiu três palavras, mas elogiou muito. (Você
foca apenas no que não ficou bom e esquece todo o
resto).
Personalização

Ocorre quando você coloca uma culpa desproporcional em


você mesmo pelas coisas ruins que acontecem a sua volta.

•Por ex: Se você for uma pessoa divorciada, você pode


pensar que seu casamento terminou por sua causa, mesmo
que a outra pessoa também tenha contribuído para o
término da relação.

Supergeneralização

Ocorre quando a partir de um único evento desagradável (ou


poucas) ocorrências de um evento, você conclui algo geral e
definitivo.

Por exemplo: Você se candidatou a uma vaga, mas não foi


contratado pela empresa, você pode acreditar que nunca
será contratado por outra empresa ou que as coisas sempre
vão dar errado para você.
Comparações injustas

Quando você se compara e se coloca numa posição de


desvantagem, aquela história de comparar o palco do
outro com seu bastidor.
Comparar coisas que não são equiparáveis.
Como por exemplo: A Fulana é mais bem sucedida do
que eu. – sem avaliar os caminhos que foram trilhados
para chegar a tal ponto. Isso causa sentimento de
inferioridade e insatisfação com a própria vida.

Afirmações do tipo “Deveria”

Ocorre quando você analisa as situações da forma


como elas “deveriam” e não como elas ocorreram.

Por exemplo: Você planejou estudar a tarde toda e


acabou procrastinando. Focar no que você deveria ter
feito pode gerar muita culpa e dificultar mais ainda que
você corra atrás do tempo perdido.
Como reestruturar esses os
pensamentos distorcidos

O objetivo não é ensinar o paciente a decorar todas as


distorções, mas ele entender a percepção dele diante da
situação.
Alguns questionamentos que podem auxiliar no processo de
reestruturação:

Eu tenho elementos suficientes para isso que estou


pensando?”

Você está vendo todas as informações ou tem alguma


que está ignorando?

O que aconteceria se você considerasse o aspecto


positivo?

Se você se importasse com alguém, você levaria em


conta esses aspectos positivos? Por quê? Qual seria a
razão para não considera-los para você?

Examine as evidências a favor e contra.

Como poderia provar que seu pensamento está errado?

O objetivo é mudar os pensamentos e ter uma visão mais


adaptativa, mais realista e mais flexível.

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