Você está na página 1de 50

Mecânica dos Solos e Fundações I

Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

Sumário:

2.1. – Sistema trifásico solo-água-ar


2.2. – Grandezas básicas: Índices físicos entre as três fases: índice de
vazios, porosidade, grau de saturação, pesos volúmicos e densidade
relativa das partículas sólidas
2.3. – Granulometria
2.4. – Estado físico de solos granulares ou areias de origem sedimentar
2.5. – Estado físico de solos argilosos ou argilas de origem sedimentar
2.6. – Classificação dos solos

Quintino Jackson Vinevala 1


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.1. – Sistema trifásico solo-água-ar

Um determinado número de grandezas descrevem o estado físico dos


solos. Estas não são usadas em outros materiais. A definição destas
grandezas envolvem os volumes e os respectivos pesos das fases que
constituem o solo.
Antes de avançar para o desenvolvimento das grandezas básicas dos solos,
importa antes referir-se ao sistema trifásico solo-água-ar.

Quintino Jackson Vinevala 2


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.1. – Sistema trifásico solo-água-ar

Quintino Jackson Vinevala 3


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.1. – Sistema trifásico solo-água-ar

A imagem anteriormente apresentada representa o sistema trifásico solo-


água-ar, exemplo clássico da estrutura de um solo, que quanto a
quantidade de água nos vazios, classifica-se como sendo parcialmente
saturado. Nesta situação os vazios são preenchidos por ar e água.

No entanto, existem situações extremas, isto é, solo seco (vazios


preenchidos exclusivamente por ar) ou saturado (vazios preenchidos
exclusivamente por água), conforme ilustram as figuras seguintes.

Quintino Jackson Vinevala 4


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.1. – Sistema trifásico solo-água-ar

Solo saturado Solo seco

Quintino Jackson Vinevala 5


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.1. – Sistema trifásico solo-água-ar

As três fases que constituem o solo (sólida, líquida e gasosa) são


caracterizadas pelos respectivos volumes (Vs – volume da fase sólido, Vw –
volume da fase líquida e Va – volume da fase gasosa) e os pesos das fases
sólidas e líquidas, sendo que o peso do ar é aproximadamente nulo
(respectivamente, Ws – peso da fase sólida, Ww – peso da fase líquida e Wa
– peso da fase gasosa).

Quintino Jackson Vinevala 6


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.1. – Sistema trifásico solo-água-ar

Quintino Jackson Vinevala 6


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.2. – Grandezas básicas

Os três volumes (Vs, Vw, Va) e os três pesos (Ws, Ww, Wa) definem
completamente o estado físico do solo. Na realidade, porém, não é
necessário proceder à determinação daquelas seis grandezas. O peso da
fase gasosa, como foi referido, é desprezável; Vw e Ww estão relacionados
pelo peso volúmico da água que, para efeitos práticos, pode ser
considerado constante e igual a 9,81 kN/m3. Por outro lado, o volume (ou
peso) total da amostra é obviamente arbitrário. Assim, restam três
grandezas para a caracterização física do solo, que se reduzem a duas
quando o solo se encontra saturado.

Quintino Jackson Vinevala 8


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.2. – Grandezas básicas

Na prática determinam-se experimentalmente as três grandezas seguintes:


teor em água; peso volúmico das partículas sólidas e peso volúmico.

Teor em água Peso volúmico das partículas sólidas

Quintino Jackson Vinevala 9


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.2. – Grandezas básicas

Quintino Jackson Vinevala 10


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.2. – Grandezas básicas

Quintino Jackson Vinevala 11


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.2. – Grandezas básicas

Quintino Jackson Vinevala 12


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.2. – Grandezas básicas

Quintino Jackson Vinevala 13


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.2. – Grandezas básicas

Quintino Jackson Vinevala 14


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.2. – Grandezas básicas

Quintino Jackson Vinevala 15


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.2. – Grandezas básicas

Quintino Jackson Vinevala 16


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.3. – Granulometria

A composição granulometrica e os limites de Atterberg constituem as chamadas


características de identificação do solo, usualmente consideradas as
propriedades mais básicas do solo e que por isso devem ser sempre
determinadas.

A composição granulométrica é definida como a distribuição em


percentagem ponderal (isto é, percentagem de peso total) das partículas
do solo de acordo com as suas dimensões.

Quintino Jackson Vinevala 17


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.3. – Granulometria

Para as partículas de maiores dimensões o método convencional para a


determinação da composição granulométrica é o de peneiração. Para as
partículas de menores dimensões usa-se, em geral, o método de
sedimentação.

Na natureza, quanto a granulometria, existem dois tipos de solos:

• Solos granulares;
• Solos finos.

A base para a separação entre esta divisão é a dimensão de 0,075mm, que


corresponde ao peneiro n.º 200 na série ASTM.

Quintino Jackson Vinevala 18


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.3. – Granulometria Composição granulométrica por peneiração:


Pedregulhos

Pedras

Cascalhos

Areia

Argila e silte

Exemplo de resultados de granulometria por peneiração

Quintino Jackson Vinevala 19


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.3. – Granulometria Composição por sedimentação:

A análise por sedimentação define a curva de distribuição granulométrica


dos solos que são demasiados finos para serem submetidos a peneiração.

A sedimentação classifica as partículas do solo por tamanho usando o


processo físico de sedimentação, um processo que é descrito pela lei de
Stokes.
n – velocidade de sedimentação;
D –diametro das partículas;
gw – peso volúmico da água;
Gs – densidade das partículas
sólidas;
GL – densidade do fluído;
h – viscosidade do fluído.
Quintino Jackson Vinevala 20
Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.3. – Granulometria

Ensaio de peneiração Ensaio de Sedimentação


(Laboratório Pron’gila) (Laboratório Pron’gila)

Quintino Jackson Vinevala 21


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.3. – Granulometria
Composição granulométrica para vários tipos de solos

Quintino Jackson Vinevala 22


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.3. – Granulometria
Grandezas retiradas da curva granulométrica

Quintino Jackson Vinevala 23


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.3. – Granulometria
Grandezas retiradas da curva granulométrica

Quintino Jackson Vinevala 24


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.3. – Granulometria
Os termos mais apropriados para a designação dos solos naturais pode ser dado
pelo Triângulo de Feret:

Quintino Jackson Vinevala 25


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.5. – Estado físico de solos granulares ou areias de origem sedimentar

Designa-se por solos granulares ou, simplesmente, areias os solos onde há um


predomínio de partículas grossas, nomeadamente partículas de dimensão areia e
cascalho. É para estes solos que os conceitos atrás aflorados de boa ou má
graduação se aplicam-se e têm relevância.

As partículas grossas apresentam em geral as duas seguintes propriedades:

a) São constituídas essencialmente por quartzo, material quimicamente


muito estável (praticamente inerte);

a) São aproximadamente equidimensionais, isto é, tomando três dimensões


com direcções ortogonais entre si, elas são, em geral, da mesma ordem de
grandeza.

Quintino Jackson Vinevala 26


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.5. – Estado físico de solos granulares ou areias de origem sedimentar

Quintino Jackson Vinevala 27


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.5. – Estado físico de solos granulares ou areias de origem sedimentar

Quintino Jackson Vinevala 28


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.5. – Estado físico de solos granulares ou areias de origem sedimentar

Quintino Jackson Vinevala 29


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.5. – Estado físico de solos granulares ou areias de origem sedimentar

O índice de compacidade é um parâmetro de grande utilidade já que fornece


indicações acerca da maior ou menor susceptibilidade do solo em experimentar
deformações volumétricas quando carregado, isto é, sobre a sua compressibilidade.

Quintino Jackson Vinevala 30


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.5. – Estado físico de solos argilosos ou argilas de origem sedimentar

Os solos cujo comportamento é, no essencial, controlado por partículas com


dimensões da ordem de 1 mm (1 milésimo de milímetro) serão designados por solos
argilosos ou, simplesmente, argilas.

As partículas de argila apresentam algumas propriedades que interessa destacar:


a) Para além de terem dimensões muito pequena, a sua forma é tipicamente
laminar;
b) São quimicamente muito activas.

Quintino Jackson Vinevala 31


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.5. – Estado físico de solos argilosos ou argilas de origem sedimentar

Exemplo da forma das partículas

Quintino Jackson Vinevala 32


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.5. – Estado físico de solos argilosos ou argilas de origem sedimentar

A actividade química das argilas está relacionada com as características geométricas


das partículas que formam a argila. Destaca-se a chamada superfície específica, que
é definida como a razão da superfície exterior pela massa da partícula, sendo na
verdade uma relação entre uma propriedade geométrica e uma física, no entanto,
para o mesmo solo a densidade é constante..

Quintino Jackson Vinevala 33


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.5. – Estado físico de solos argilosos ou argilas de origem sedimentar

Uma significativa percentagem das moléculas que constituem as partículas de argila


se encontram junto da respectiva superfície, em contacto pois com o exterior. Por
outro lado, a natureza e o arranjo dos átomos nessas moléculas conferem às
partículas cargas eléctricas negativas nas faces e cargas eléctricas positivas nos
bordos.

Quintino Jackson Vinevala 34


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.5. – Estado físico de solos argilosos ou argilas de origem sedimentar

As partículas de uma argila interagem com o exterior por meio de forças de


natureza eléctrica, atraindo iões positivos (catiões) de sais dissolvidos na água (Na+,
K+, Mg3+, Ca2+, Al3+, etc ), bem como moléculas de água.
Para além destas forças de natureza eléctrica existem ainda outras, as chamadas
forças atractivas de Van der Waals. Estas forças desenvolvem-se entre as moléculas
de uma partícula e igualmente entre moléculas de partículas vizinhas.

Quintino Jackson Vinevala 35


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.5. – Estado físico de solos argilosos ou argilas de origem sedimentar

Portanto, entre as partículas de uma argila desenvolvem-se forças de superfície que,


em muitos casos, ultrapassam em importâncias as forças gravíticas. A Actividade
química das argilas manifesta-se precisamente através destas forças de superfície.
Quanto maior é a superfície específica das partículas, maior é a importância das
forças de superfície em relação ao peso próprio e maior é a actividade química das
argilas.

Quintino Jackson Vinevala 36


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.5. – Estado físico de solos argilosos ou argilas de origem sedimentar

Limites de Atterberg ou de consistência

O teor em água é, nos solos argilosos, o parâmetro físico fundamental. Enquanto


que num solo granular o índice de vazios não depende do teor de água, num solo
fino saturado este índice é meramente consequência do teor de água.

Quintino Jackson Vinevala 37


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.5. – Estado físico de solos argilosos ou argilas de origem sedimentar

Limites de Atterberg ou de consistência

Quintino Jackson Vinevala 38


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.5. – Estado físico de solos argilosos ou argilas de origem sedimentar

Limites de Atterberg ou de consistência

Determinação do limite de Determinação do limite de Determinação do limite de


liquidez - Concha de plasticidade retracção
Casagrande (Laboratório Pron’gila) (Laboratório Pron’gila)
(Laboratório Pron’gila)

Quintino Jackson Vinevala 39


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.5. – Estado físico de solos argilosos ou argilas de origem sedimentar

Limites de Atterberg ou de consistência


A comparação do teor em água natural, w, de um dado solo argiloso com os limites
de Atterberg fornece uma indicação aproximada da consistência do solo, designado
o parâmetro que o mede como índice de consistência. Em alternativa, alguns
autores usam o chamado índice de liquidez.

Quintino Jackson Vinevala 40


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.5. – Estado físico de solos argilosos ou argilas de origem sedimentar

Limites de Atterberg ou de consistência


De acordo com experiências levadas a cabo por Skempton, verificou-se que existe
uma proporcionalidade entre o índice de plasticidade e a fracção de argila. Esta
proporcionalidade dá-se o nome de actividade da argila.

Quintino Jackson Vinevala 41


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

2.6. – Classificação dos solos

Até agora vimos apenas um sistema de classificação dos solos baseados na


granulometria: TRIÂNGULO DE FERRET. No entanto, a fracção fina pode diferenciar
amplamente nas suas propriedades físicas, pelo que a classificação por este método
é inadequada quando os solos contêm finos. Por esta razão têm surgido sistemas de
classificação mais elaborados, que levam em conta os limites de Atteberg associada
à granulometria.
Na presente disciplina serão estudados três sistemas de classificação dos solos, que
são: Sistema Unificado; Classificação para fins rodoviários e Classificação de acordo
com a SATCC, igualmente destinado a fins rodoviários.

Quintino Jackson Vinevala 42


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

Quintino Jackson Vinevala 43


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

Quintino Jackson Vinevala 44


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

Quintino Jackson Vinevala 45


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

Quintino Jackson Vinevala 46


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS PARA FINS RODOVIÁRIOS

Quintino Jackson Vinevala 47


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

Quintino Jackson Vinevala 48


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

Índice de grupo – IG:

Quintino Jackson Vinevala 49


Mecânica dos Solos e Fundações I
Cap. 2 – Características físicas e de identificação – solos arenosos e argilosos

CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS DE ACORDO COM A SATCC

Consultar o documento CLASSIFICAÇÃO DO SOLO – SATCC na pasta Bibliografia


Complementar.

Quintino Jackson Vinevala 50

Você também pode gostar