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A TRADUÇÃO AFRICANA DA TERRA DO BRANCO1

Ivana Stolze Lima2

A apresentação resulta do projeto "Diálogos em língua mina e português. Antônio da Costa


Peixoto e a comunicação africana na Obra Nova da Língua Geral Mina (Ouro Preto, 1731 e 1741)",
que busca refletir sobre os dilemas, escolhas e possibilidades de comunicação e interação linguística
que se apresentaram aos africanos escravizados na experiência americana, envolvendo não só a
possibilidade de uso de suas línguas africanas, mas também sua relação com o português e outras
línguas existentes. Especificamente, essa apresentação objetiva identificar perspectivas africanas na
obra de Peixoto, tomada como sinal de práticas dialógicas características da escravidão na área
mineradora na primeira metade do século XVIII. Ali, a significativa presença de povos da Costa da
Mina que compartilharam o complexo linguístico Gbe (como os denominados mahi, fon, savalu,
coura, jeje, adja), possibilitou uma intercomunicação, entendida por diferentes instâncias da ordem
escravista como uma "língua geral". Em contexto em que a violência da escravização era
permanentemente tensionada por diferentes formas de resistência e enfrentamento, a língua geral de
mina se tornou corrente entre uma população escrava e liberta de maioria africana e não crioula.
Outra marca desse momento foi a inserção das mulheres minas nas redes de comércio e em
diferentes instâncias das relações sociais e afetivas, em um quadro de dinamismo econômico,
urbanização e complexificação social característico da exploração do ouro.

Através de uma releitura fina dos manuscritos, referenciada pelo conhecimento linguístico
sobre o complexo Gbe e decompondo as expressões africanas, buscarei trazer à luz um processo de
tradução cultural empreendido pelos africanos escravizados no movimento de estabelecer contatos e
vínculos, agir politicamente, e afinal, fazer uso da linguagem como elemento central da vida social.
Categorias sociais, espaciais, religiosas e familiares, como o homem branco, a senhora branca, o

1
Texto apresentado no 9º Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional, Florianópolis (UFSC), de 14 a 18 de
maio de 2019. Anais completos do evento disponíveis em http://www.escravidaoeliberdade.com.br/.
2
Doutorado em História; Fundação Casa de Rui Barbosa; ivana@rb.gov.br

1
filho do homem branco, a terra de branco, o deus dos brancos, entre outros exemplos, lidas a partir
das expressões africanas (hihabou, hihabouce, boby, hihabouthome, hihabouvodum), são indícios
desse processo de tradução e, consequentemente, de uma espécie de co-autoria africana
determinante para a elaboração dos referidos documentos. Mais ainda, são indícios de um esforço
de compreensão e elaboração simbólica acerca da realidade a que estavam forçados. Apoiada na
rica bibliografia já disponível sobre a área mineradora, a análise dialoga com correntes
historiográficas que propõem o desafio teórico e metodológico de compreender a escravização de
africanos valorizando sua experiência cultural ou, como disse Russel-Wood, o "prisma africano" da
história da escravidão e da liberdade3.

Outrora denominada língua geral de mina: o contínuo Gbe.

Venho explorando, a partir da investigação em distintos campos documentais (em torno do


documento focalizado), a percepção coetânea sobre uma “língua geral de mina”, ou “língua mina”4.
Já é amplamente conhecida a importância do tráfico de povos africanos da região chamada Costa da
Mina para as áreas mineradoras da América portuguesa na primeira metade do século XVIII, que
chegavam através da Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco.5 Para as relações com o golfo do Benim
convergiram várias dimensões econômicas, políticas e culturais como a produção e consumo de
tabaco, a dinâmica política dos reinos e povos africanos, os interesses dos homens de negócio,

3
Em artigo de minha autoria recém-publicado, há uma cuidadosa discussão teórica e metodológica sobre o tratamento
que venho fazendo para uma história social das línguas africanas. Chamo atenção especialmente para o questionamento
sobre o conceito de autoria para analisar um documento como esse. Essa discussão é a base para o argumento que
desenvolverei aqui: a obra como uma tradução africana. A riquíssima historiografia sobre a região mineradora,
fundamental para iluminar a análise do documento, está também referenciada no artigo. LIMA, IVANA STOLZE. A
voz e a cruz de Rita. Africanas e comunicação na ordem escravista. Vol. 38, n. 79, 2018.
4
LIMA, IVANA STOLZE. A voz e a cruz de Rita. Africanas e comunicação na ordem escravista. Revista Brasileira de
História. Vol. 38, n. 79, 2018. Yeda Pessoa de Castro optou por utilizar o termo língua mina-jeje. Como me proponho a
entender um contexto mais específico, mantenho o cuidado com as formulações coetâneas.
5
De acordo com as estimativas do Slave Trade Database, entre 1701 e 1750, selecionando as regiões de embarque
Costa do Barlavento, Costa do Ouro, Golfo do Benim e Golfo de Biafra, desembarcam no Brasil 402 mil africanos.
Selecionando apenas o Golfo do Benim, são 320 mil. www.slavevoyages.org Acesso: maio de 2017. Parte significativa
desse contingente era dirigida à área de mineração (Ribeiro, 2008). Libby estima em 100.000 a população escrava na
Capitania de Minas Gerais em meados do século XVIII. As vilas de Ribeirão do Carmo (Mariana) e Ouro Preto detêm
quase a metade desse número (Libby, 2007, p. 412). Dentre a população escrava a tendência foi de preponderância
africana até a década de 1780. Dentre os africanos, os oriundos da Costa da Mina formaram o maior grupo individual,
atingindo grande proporção em algumas localidades (Libby, 2007, p. 413, 416, 431).

2
particularmente os da Bahia, dimensões essas já descritas na clássica análise de Pierre Verger
(2002) e que vêm sendo continuamente exploradas pela historiografia. Em 1731, mesmo ano da
primeira versão do vocabulário de Costa Peixoto, o Conde de Sabugosa, governador da Bahia,
defendia a total dependência em relação ao mercado escravo africano, especialmente o de Ajudá
(Boxer, 1969, p. 175.). O uso histórico da categoria mina decorrente dessas relações, engloba
diferentes povos e etnias africanas e para compreender seu siginificado em determinada situação,
deve-se buscar informações e particularidades do tráfico e das regiões americanas em contextos
espaço-temporais específicos (Soares, 2004; Law, 2006).
Uma vez que há essa variação temporal e espacial, não se deve associar automaticamente a
categoria mina com a língua mina, pois dependendo da época e local, o termo pode se referir a um
falante de iorubá, por exemplo, tradicionalmente chamado nagô no Brasil, que é uma outra língua, e
que teve grande concentração na Bahia e Pernambuco nas primeiras décadas do século XIX,
chegando tambem a compor uma língua geral nagô naquele momento (Petter, 2006; Mamigonian e
Reis, 2004; Rodrigues, 1977, p. 165).
Dentre as várias das famílias linguísticas da África Ocidental, o complexo gbe, da família
cuá (ou kwa), compõe a base do que Peixoto, e outros contemporâneos, identificaram como língua
mina. O léxico e diálogos registrados na obra de Peixoto foram identificados, pelos conceitos
linguísticos atuais, como fon (a maioria), maí, gun e evê, todos daquele complexo gbe (Castro,
2002; Rodrigues, 2003; Yai, 2002.) Esse complexo dialetal, de grande importância demográfica,
tem hoje milhões de falantes nos atuais países de Gana, Togo, Benim e Nigéria, e se marca por um
um alto grau de intercompreensão (Capo, 1988).
O conceito de línguas gbe é essencial para entender a percepção coetânea sobre uma língua
geral de mina. Foi proposto pelo linguista Hounkpati Capo (1988) que define as línguas do grupo
Gbe, como um contínuo, com cerca de 50 denominações e variantes, como ewe, fon, adja, gen, e
dezenas de outras. Essa continuidade se marca tanto por equivalências como por particularidades
lexicais e fonéticas. Ao mesmo tempo, existem diferenças na forma como os falantes se percebem e
se organizam, diferenças de cunho simbólico, político, sociológico, e também linguístico.
Reagrupando, com determinados critérios, esse leque, o linguista beninense distingue 5 grupos
principais: vhe (grafia por ele preferida para ewe), gen, ajá, fon e phlá-pherá onde se distribuiriam

3
essas dezenas de falares. Sua proposta consistiu basicamente em estabelecer uma padronização da
escrita, que disponibilizasse uma base comum, e possibilitasse uma esfera de trocas, para superar a
proliferação de critérios de transcrição fonética, mas sem por isso diminuir a relevância, igualmente
central, das variedades. Os distintos critérios das formas escritas da língua devem-se exatamente à
ação de missionários e outros agentes, eles próprios usuários de línguas europeias, em contato com
as línguas locais. No Togo, por exemplo, os protestantes dominaram o eve e os católicos, o gen,
estabelecendo sistemas ortográficos isolados. Os agentes europeus, ao se depararem com os sons
distintos de seu próprio leque linguístico, estabeleciam equivalências e aproximações com o seus
respectivos alfabetos, gerando essa dispersão.

O termo gbe foi escolhido pelo fato de que muitas comunidades designam assim sua fala
acrescentando tal partícula aos nomes étnicos, como “adangbe”, "wacigbe", "gungbe" por exemplo.
Capo indica os limites geográficos desse complexo: "do curso inferior dos rios Amugan (ou Volta)
a oeste e Wegbó (ou Ouémé/Wemé) a leste ou mesmo até o rio Yawá. E do Atlântico, ao sul, até a
latitude 9, ao norte". (Capo, cap. 1). Nessa mesma área haveria ainda "enclaves" de populações de
outras línguas, como Avatime, Lolobi e Aguna. E as línguas geograficamente vizinhas seriam o
iorubá, adele, akpafu, akan, ga, dangme. Há um amplíssimo leque de nomenclaturas sob o conceito
Gbe, grafadas também com enorme variação. Outros termos como arda, eve, adja, que foram
adquirindo força histórica de acordo com o conhecimento linguístico produzido por missionários e
colonizadores desde o século XVIII, não seriam, segundo Capo, adequados para ser esse elemento
comum, por serem parciais. O termo gbe carregaria assim um elemento mais neutro para representar
o contínuo.

O conceito de língua geral — ou língua geral de mina, ou associado à nação mina, ou apenas
língua mina — empregado por Peixoto no título da obra de 1741, tem alguns equivalentes
contemporâneos, inclusive de outras regiões coloniais. Obviamente, foi um conceito empregado
também para outras línguas indígenas e africanas. Dentre várias formulações teóricas, a princípio
entenderemos o uso aqui analisado para língua geral como língua amplamente falada com

4
possibilidade de comunicação entre povos que se entendem como distintos6. O discurso
contemporâneo de um "nativo" acerca disso é muito precioso:
Em 1748 que cheguei a esta Capital vindo da cidade de Bahia, achei já esta Congregação ou Corporação de
pretos Minas de varias nações daquela costa a saber Dagomé, Maqui, Iano, Agolin, Sabaru todos de língua
geral com muita união. (...) e continuando o tempo começaram os pretos a se zingarem as Nações umas com as
outras (...)7

A percepção de um maqui sobre uma língua geral que ao mesmo tempo permitia uma
associação, mas não anulava os sentimentos de identidades particulares, corresponde ao conceito de
línguas gbe tal como definido por Capo (1988). Nessa direção, a análise de Mariza Soares (2000)
sobre os grupos de procedência, apontando como a categoria mina, embora criada pelo tráfico, foi
ressignificada, é pertinente para o fenômeno da língua comum na área mineradora. Outro registro
contemporâneo (1756, em Vila Rica) é o batismo de 11 escravos do mesmo proprietário, pelo
pároco Pedro Leão de Sá, que batizou “(...) a João, a Vitorino, a André, a Domingos, a Bernardo, a
Manuel, a Jerônimo, a Tomás, a Pedro e a Matheus, escravos de João Pereira Pinto (...) todos são de
nação mina de língua geral” 8.
Obra do colonialismo francês, o Manuel Dahoméen, escrito por Maurice Delafosse e
publicado em 1894, traz uma descrição da "língua daomeana", ou “fongbé” que ajuda a enfrentar o
desafio de buscar entrar nos manuscritos aqui focalizados. Ainda que do ponto de vista das teorias
linguísticas contemporâneas ele use conceitos superados, sua apreensão oferece para nossa análise
um instrumental interessante. Nos seus termos, a língua daomenana se compõe de radicais
monossilábicos que se justapõem para formar palavras compostas, com um sentido novo. Nos
termos da época, a língua seria classificada como monossilábica e de justaposição9. Assim, hò

6
O conceito de língua geral tem várias definições na linguística atual. Rodrigues (1996) define um recorte analítico
específico para as línguas gerais indígenas nas áreas de colonização portuguesa, mas observa que em muitos
documentos históricos, língua geral queria dizer simplesmente uma língua amplamente falada. Em Barros (2003), o
conceito de língua geral é usado para línguas que serviram ao contato intercultural, comércio, e colonização.
7
Estatutos da Congregação dos pretos minas Maki no Rio de Janeiro (1786). Biblioteca Nacional, seção de
Manuscritos, 9, 3, 11. Grifo nosso. Esse documento constitui a base da obra de Soares (2000). Já foi por mim transcrito
e está sendo analisado, em busca de outros indícios sobre as questões de linguagem.
8
Arquivo Eclesiástico de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto. códice 493, fl.135v, Registro de Batismo de
25/07/1756. Uma parte desse registro foi citada por Maia, 2013, a quem devo a localização do mesmo.
9
Vale observar de toda maneira que o próprio Delafosse cuida em nuançar essa classificação que o próprio Delafosse
cuida em nuançar essa classificação de línguas como monossilábicas, aglutinadas e flexionadas. Como afirmado acima,
trata-se aqui de um uso instrumental da sua descrição, que ajuda a acessar os registros feitos por Antonio da Costa
Peixoto.

5
(casa) e ta (cabeça) se reuniriam em hòta (teto). Esses radicais são em geral compostos por uma
consoante, ou duas, mas sempre terminados por uma vogal: to (pai), no (mãe), blo (fazer).
Delafosse considera uma "língua mãe", uma família ewe, onde situa a língua daomeana10.
Tal família se dividiria em seis "tribos", formadas por dialetos que diferem "ligeiramente" entre si.
"As diferenças entre o popo, o fongbé e o mahi são pequenas, e todos os indígenas que eu consultei
afirmaram que alguém que fale bem o dialeto daomeano seria compreendido facilmente entre os
Popo e os Mahi (...). Com exceção de algumas particularidades análogas e do emprego de partículas
diferentes para a conjugação e a declinação, o fundo da língua, a gramática, radicais, combinação de
palavras são idênticas." (Delafosse, 1894, p. 8-9, traduçaõ minha). O fongbe e o mahi seriam
especialmente próximos. Esse autor apresenta um quadro comparativo dessas línguas, onde
compara seus próprios registros ao de outros autores para os demais falares, demonstrando
facilmente suas equivalências. Na obra, que traz um extenso vocabulário fongbe-francês, é possível
também localizar vários dos termos registrados por Peixoto, servindo assim como um interessante
recurso de referência. Delafosse apresenta ainda uma descrição dos sons da língua, suas opções de
alfabeto, e uma detalhada descrição gramatical.
Essa aproximação com o conhecimento linguístico sobre o grupo gbe, que ainda será
desenvolvida a partir da inclusão de mais algumas obras de referência, é feita aqui como um recurso
para entender a experiência linguística dos povos africanos escravizados na região mineradora na
primeira metade do século XVIII. O que fica bastante claro é que essa comunidade de fala, por
diferentes grupos e povos, não foi algo exclusivo da experiência americana, não foi uma língua
“criada” na América Portuguesa. Além disso, uma hipótese que parece provável é que o “sucesso”
da empreitada dos diferentes agentes africanos e europeus do tráfico de escravos na região, que teve
uma enorme explosão com a mineração do ouro, pode ter contado também com essa possibilidade
de intercomunicação.

A transcrição de Peixoto e a tradução africana – breves palavras


10
Seus limites geográficos dessa família seriam a região entre o rio Volta, a oeste, e o golfo do Benim, ao sul, o reino
Iorubá a leste e ao norte os estados muçulmanos de Boussang e Dagomba, utilizando referenciais geopolíticos do seu
tempo.

6
Na atual etapa da pesquisa, os dois manuscritos estão sendo transcritos e cotejados entre si.
Busco decompor os elementos que ali aparecem. Conforme apontado no resumo dessa
comunicação, o termo hihabou, branco, ocupa um lugar estratégico nessa busca do que seriam os
elementos de oposição e do que se chama elementos diatópicos, que marcam uma diferenciação em
relação ao que é próprio dessa terra dos brancos. Por ocasião momento do seminário, apresentarei
uma mostra maior desses procedimentos e correspondências.
Além disso, a incorporação de elementos culturais e religiosos à análise dialoga com estudos
importantes, tanto sobre a chamada área gbe, como sobre a diáspora mina. O recente trabalho de
Nicolau Parés traz contribuições para entender noções importantes que aparecem em Peixoto – a de
bucô, traduzida ali como cirurgião; Leba, traduzida como demônio; além é claro da cultura do
vodum. Parés discute tais categorias e experiências religiosas, buscando, na medida do possível, a
especificidade dos séculos XVII e XVIII.
O leitor interessado no desdobramento da pesquisa poderá buscar, após a realização do 9º
Encontro, publicações com os resultados da pesquisa.

Fontes

Manuscritas:
Alguns apontamentos da lingoa minna com as palavras portuguezas correspondentes. Por
Antonio Da Costa Peixoto em 1731. (Biblioteca Nacional de Lisboa)
Obra Nova da Lingua Geral de Mina. Antonio da Costa Peixoto. 1741 (Biblioteca Pública de
Évora).
Estatutos da Congregação dos pretos minas Maki no Rio de Janeiro (1786). Seção de Manuscritos,
9, 3, 11. (Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro)

Impressas:
PEIXOTO, Antonio da Costa. Obra nova da língua geral de mina. Manuscrito da Biblioteca
Pública de Évora. Publicado e apresentado por Luís Silveira. Lisboa: Agência Geral das
Colônias, 1944, 36p.

7
PEIXOTO, Antonio da Costa. Obra nova da língua geral de mina. Manuscrito da Biblioteca
Pública de Évora e da Biblioteca Nacional de Lisboa. Publicado e apresentado por Luís Silveira
e acompanhado de comentário filológico de Edmundo Correia Lopes. Lisboa: Agência Geral
das Colônias, 1945, 66p.

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