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paulobrites.com.br/correcao-fator-de-potencia-pfc-na-eletronica-2/
31 de agosto de 2014
E, embora meu interesse seja falar do PFC nos equipamentos eletrônicos ou, mais
especificamente, nas fontes de alimentação chaveadas, no artigo anterior citei as cargas
indutivas como a principal “vilã” da necessidade de se providenciar a correção do fator de
potência nas instalações elétricas.
Se o problema do baixo fator de potência fosse provocado apenas pelo capacitor de filtro
poderíamos resolvê-lo ou, pelo menos, amenizá-lo utilizando indutores para compensar a
defasagem que ele provoca entre a tensão e a corrente de modo similar ao que fazem os
eletricistas colocando bancos de capacitores nas instalações elétricas para corrigir a
defasagem provocada pelas cargas indutivas.
Existe, porém, nas fontes de alimentação, outro “vilão” pior que o Coringa, inimigo número
do Batman, que é nada mais nada menos que o nosso “querido” diodo.
Já citei, de passagem, na primeira parte deste artigo, que a correção do fator de potência
em aparelhos eletrônicos passou a fazer parte da agenda de preocupações das agências
internacionais que tratam dos problemas com o meio ambiente pelas implicações de
desperdício de energia que um baixo fator de potência.
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Talvez valha a pena citar aqui que em 1992 a
EPA (Environmental Protection Agency =
Agência americana de Proteção do Meio
Ambiente) criou um padrão voluntário chamado
Energy Star que vem sendo adotado por vários
fabricantes e tem a finalidade de minimizar o
consumo de energia dos equipamentos
eletrônicos.
Estes circuitos utilizam configurações de filtros passa baixa ou passa banda, ambos
sintonizados na frequência da rede elétrica (50 ou 60 Hz) formados por indutores e
capacitores.
É preciso que o técnico não confunda o circuito PFC passivo com os filtros EMI/RFI que
aparecem na entrada das boas fontes de alimentação e que fazem a função de um
verdadeiro filtro de linha e não são aquelas “réguas de tomada” (que poderíamos chamar de
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benjamin deitado) vendidas por aí como “filtros de linha”.
Filtro EMI
(Parte deste circuito foi extraído do livro “Reparando as Fontes dos TV’s LG LCD Linha
30R”, gentilmente cedido pelo Fernando José)
Os circuitos PFC ativos utilizam circuitos integrados específicos para esta função como já
podíamos imaginar.
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O principal destaque é que as fontes com PFC ativo são universais, ou seja, operam
automaticamente com tensões entre 90 e 240VAC, o que não deve ser confundido com
fontes de “chaveamento” da rede automático e que operam em 127 ou 220V, embora sem
chave para comutação da entrada da rede.
As fontes com PFC passivo não são nem automáticas e muito menos universais, portanto a
mudança da tensão de entrada deve ser feita manualmente como podemos ver no esquema
que foi apresentado acima.
Um fator de potência próximo de 1 não traz apenas a vantagem de oferecer menor perda de
energia, que economicamente não será refletida na diminuição da conta de “luz”, mas
certamente prolonga a vida útil dos capacitores de filtro por ficarem submetidos a menores
picos de corrente durante a carga.
E as fontes de PC?
Se você quer fazer um serviço de boa qualidade, convença seu cliente da importância de
uma boa fonte, pois todo o desempenho do computador vai depender dela e não de um
processador “do outro mundo” com “centos” giga de memória RAM.
De preferencia a fontes com PFC ativo e não caia no “conto da sereia” da “fonte real”. Dica
se tem chavinha 110/220V não tem é PFC ativo.
E para finalizar, mande às favas os famigerados filtros de linha e estabilizadores que não
servem para nada.
Aliás, uma perguntinha: – alguém usa estabilizador em notebook ou tv? Então porque
computador precisa de estabilizador?
Se você trabalha com PC do tipo desktop utilize um no-break, ligando a ele apenas o PC e o
monitor. Assim, numa eventual falta de energia você terá seus dados protegidos e tempo
para salvar o que estiver fazendo e desligar o PC.
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Pense nisso.
Resumo da ópera
Estes dois artigos tiveram como intenção principal chamar a atenção de algumas questões
ainda pouco conhecidas dos técnicos reparadores.
Poderei voltar ao tema em outras oportunidades dependendo do interesse dos leitores e por
isso, os comentários são importantes.
Até sempre.
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Paulo Brites
Website: http://paulobrites.com.br
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