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O menino da sua mãe

Análise linguística e análise de interpretação


Biobibliografia de Fernando pessoa
• Fernando Pessoa nasceu em 13
de junho de 1888 e morreu em
30 de Novembro 1935.
• Ele foi um poeta, filósofo,
dramaturgo, ensaísta, tradutor,
publicitário, astrólogo, inventor.
• As maiores obras dele foram:A
tabaqueira, a hora do diabo e o
marinheiro.
O menino da sua mãe
No Plaino abandonado, A cigarreira breve.
Que a morna brisa aquece, Dera-lha a mãe. Está inteira Dor da família e
A planície e o
De balas trespassado – E boa a cigarreira. juventude do

2ª parte
soldado
Duas de lado a lado- Ele é que já não serve. menino
Jaz morto e apodrece
1ª parte

A-lhe a farda o sangue. De outra algibeira, alada


Ponta a roçar o solo
De braços estendidos, A brancura embainhada
um lenço... Deu-lho a criada
Alvo, louro, exangue,
Velha que o trouxe ao colo.
Fita com olhar langue
E cego os céus perdido
Lá longe, em casa, há a prece: A realidade e as

3ª parte
preces da família
2ª parte

«Que volte cedo, e bem!»


Tão jovem! Que jovem era! (Malhas que o Império tece!)
(Agora que idade tem?) Jaz morto, e apodrece,
Filho único, a mãe lhe deraUm nome e o mantivera: O menino da sua mãe.
«O menino da sua mãe».Caiu-lhe da algibeira
1ª parte Presença das sensações táteis “A
mona brisa aquece”
Hipálage Presença das situações visuais
No plaino abandonado “Raia-lhe a farda o sangue”
Adjectivação intensa
a morna brisa aquece, Frases declarativas
De balas traspassado Antítese
— Duas, de lado a lado —,
Jaz morto, e arrefece.

Hipálage
Raia-lhe a farda o sangue.
De braços estendidos,
Alvo, louro, exangue,
Hipálage
Fita com olhar langue
Hipálage
E cego os céus perdidos.
2ª parte
Acentuação do dramatismo Através
Tão jovem! que jovem era!
(Agora que idade tem?) Aparte do sur
Filho único, a mãe lhe dera gimento das figuras da mãe e da
Um nome e o mantivera: criada com a cigarreira.
«O menino da sua mãe».

Caiu-lhe da algibeira
Hipálage Simboliza o amor,
A cigarreira breve.
carinho materno
Dera-lha a mãe. Está inteira
E boa a cigarreira.
e a vida
Ele é que já não serve.

De outra algibeira, alada Simboliza o amor, o


Ponta a roçar o solo, carinho a pureza e a
A brancura embainhada Hipálage
inocência da
De um lenço... Deu-lho a criada brevidade da vida
Velha que o trouxe ao colo.
3ª parte
As exclamações servem para transmitir a dor
da família, mas também do sujeito poético
Lá longe, em casa, há a prece:
A substituição da palavra “arrefece” pela
«Que volte cedo, e bem!» palavra “apodrece” deve-se ao fato de
aumentar o dramático.
(Malhas que o Império tece!)
Jaz morto, e apodrece,
O menino da sua mãe.
Estrutura externa
de estrofes-30
rimático-a-b-a-a-b
zada-Entre o 1ª e 3ª Verso de cada estrofe
parelhada-3ª e 4ª verso de cada estrofe
Sílaba métrica
no-plai-noa-ban-do-na-do 7 Sílabas
Quea-mor-na-bri-saa-que-ce 7 Sílabas
De-ba-las-tras-pas-as-do 7 silabas
Du-as-de-la-doa-la-do 7 sílabas
Jaz-mor-toear-re-fe-ce 6 sílabas
Rai-a-lhea-far-dao-san-gue 7 silabas
De-bra-ços-es-tem-di-dos 7 silabas
Al-vo-lou-roe-xan-gue 6 silabas
Sílaba métrica parte 2
Fi-ta-com-o-lhar-lan-gue 7 silabas
e-ce-goos-céus-per-di-dos 7 sílabas
Tão-jo-vem-que-jo-vem-e-ra 8 sílabas
A-go-ra-quei-da-de-tem 7 sílabas
Fi-lho-ú-ni-coa-mãe-lhe-de-ra 9 sílabas
Um-no-meeo-man-ti-ve-ra 7 silabas
o-me-ni-no-da-su-a-mãe 8 sílabas
Cai-u-lhe-daal-gi-bei-ra 7 sílabas
Sílaba métrica Parte 3
A-ci-gar-rei-ra-bre-ve 7 silabas
De-ra-lhaa-mãees-tá-in-tei-ra 8 sílabas
E-bo-aa-ci-gar-rei-ra 7 sílabas
E-le-é-que-já-não-ser-ve 8 sílabas
Deou-traal-gi-bei-raa-la-da 7 sílabas
Pon-taa-ro-çar-o-so-lo 7 silabas
A-bran-cu-raem-bai-nha-da 7 silabas
Deum-len-ço-deu-lhoa-cri-a-da 8 sílabas
Sílaba métrica parte 4
Ve-lha-queo-trou-xea-o-co-lo 8 sílabas
Lá-lon-geem-ca-sahá-a-pre-ce 8 sílabas
Que-vol-te-ce-doe-bem 6 sílabas
Ma-lhas-queoim-pé-rio-te-ce 7 sílabas
Jaz-mor-toea-po-dre-ce 6 sílabas
o-me-ni-no-da-su-a-mãe 8 sílabas

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